sexta-feira, 29 de junho de 2012

EVIDÊNCIAS

PRECE: Senhor Deus! Nós nos achegamos a Ti, nosso compassivo Redentor; e rogamos-Te, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que se achegam a Ti. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Ámem.
Quem é que tem uma Bíblia? Acredita que esse Livro é a Palavra de Deus? Tem a certeza que não terá sido escrita por homens inteligentes para enganar os incautos? Por que razão Deus no lugar de deixar um livro escrito, não fala directamente de forma pessoal com os Seus filhos?
Houve um tempo em que Deus falava directamente com os Seus filhos, há um texto que diz assim:
"Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi". Génesis 3:8-10
Esta é seguramente uma das passagens mais tristes da Bíblia porque mostra o início da tragédia humana. Deus tinha criado o homem para viver com Ele num clima de companheirismo, de amor e de comunhão, mas parece que o homem não compreendeu o propósito da vida. O propósito da vida é companheirismo com Jesus. A vida cristã é uma vida de comunhão com Cristo. É por isso que somos chamados cristãos. Cristão vem da palavra Cristo. Cristianismo não é simples¬mente pertencer a uma igreja, ou viver preocupado em cumprir determinadas normas, regulamentos e leis. Cristianismo em primeiro lugar e acima de tudo é viver uma vida de companheirismo, de comunhão e de amor com Cristo. A obediência, o bom compor-tamento, a boa conduta, o pertencer a uma igreja, é o resultado do encontro do ser humano, homem ou mulher, jovem ou criança com uma Pessoa, a Pessoa que é Cristo. Cristianismo é uma Pessoa. A Pessoa linda e meiga de Jesus!
A passagem bíblica do início exprime a tragédia da humanidade. Mostra Satanás que se coloca entre o Criador e a criatura e começa a semear a dúvida e a desconfiança. Quando Deus criou o mundo, o Senhor conversava com os Seus filhos face a face. Podia abraçá-los, beijá-los e andar de mãos dadas com eles. Era uma vida de comunhão maravilhosa.
Mas o inimigo apareceu e separou o homem de Deus, separou os filhos do Pai, a criatura do Criador. O texto bíblico diz que quando Deus visitou o jardim naquela tarde, o filho, que noutros tempos corria para os Seus braços e O abraçava com amor, desta vez correu a esconder-se da presença de Deus.
Esta é a tragédia do pecado! Prezado amigo, estimada amiga, Deus criou-nos para viver uma vida de companheirismo com Ele. Se vivêssemos cada dia com o nosso amado Pai, os lares não estariam em ruínas como estão hoje em dia! Os filhos não estariam em busca de casas abandonadas para se injectarem, acenderem uma vela e passar a noite, e depois muitos deles aparecerem mortos no dia seguinte em consequência de overdoses, ou no meio de destroços retorcidos pelo fogo. Os nossos filhos não teriam que enfrentar a maior de todas as calamidades – a Droga e a sua irmã Sida!
Se vivêssemos cada dia com Deus, os nossos sentimentos não teriam como amarras o medo, o medo da solidão, o medo dum divórcio, o medo de perder o emprego, não seríamos invadidos por sentimentos que nos culpabilizam e nos provocam este vazio. Parece que a vida não tem sentido! Não andaríamos pela vida sentindo que ninguém nos dá uma oportunidade. Não sentiríamos vontade de chorar, não sen¬tiríamos angústia no coração porque Jesus nos preencheria! Estaría¬mos nos Seus braços! Não está de acordo comigo?
Não andaríamos atormentados pelo complexo de culpa, não nos sentiríamos sozinhos, abandonados, rejeitados. Mas o inimigo separou o homem de Deus e quando o Pai visitou o jardim, Adão e Eva tiveram que se esconder. Não conseguiam olhar nos olhos do Pai. À medida que o tempo foi passando, os nossos primeiros pais só conseguiam ouvir a voz de Deus, já não podiam vê-Lo. E com o passar do tempo, o pobre ser humano começou a ter medo até de ouvir a voz de Deus.
Foi isso o que aconteceu no Sinai quando Deus se quis comunicar com o Seu povo. Dar mandamentos que reflectissem o Seu nobre carácter. Os filhos de Israel foram a Moisés e suplicaram: "Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus connosco, para que não morramos". Êxodo 20:19. Eu convido cada um de vós a ler todo o capítulo 20 do Êxodo. A ler e a meditar, a ler e a ouvir a voz de Deus. Não fuja, recorrendo a argumentos enganadores. Não se esconde como Adão atrás de arbustos, de argumentos, de tradições mas leia e ouça a voz de Deus, não a voz de um padre ou de um pastor. Escute em Êxodo 20, a voz vinda directamente de Deus. Não permita que aconteça consigo o que fizeram os israelitas ao pé do Monte Sinai.
A partir desse momento o povo já nem sequer podia ouvir a voz do Pai. Que tragédia! Era algo terrível para Deus. Será que Ele teria que ficar em silêncio para sempre? Não, Deus não pode ficar sem comunicar com os Seus filhos.
Foi por isso que Deus teve de escolher homens que viviam uma vida maravilhosa de comunhão com Ele, confiou-lhes a Sua Palavra e revelou-lhes a Sua mensagem de amor para a raça humana. Esses santos homens de Deus escreveram os sonhos, as visões e as mensagens dadas por Deus e deixaram-nos na forma deste livro que chamamos a "Sagrada Escritura", ou a "Santa Bíblia", ou a "Palavra de Deus", ou "Escrito Sagrado". A voz do Pai. O Pai do Céu!
Tenho encontrado muitas pessoas que me dizem: “Quem nos garante que a Bíblia não foi escrita por homens espertos! Quem nos garante que a Bíblia é a Palavra de Deus?” E estas pessoas que me colocam essas interrogações, são muitas delas pessoas sinceras, querem saber, querem ouvir a voz, encontrar a estrada para Deus, mas receiam ser enganadas!
Quem sabe se este não é o seu caso! Talvez seja uma dessas pessoas, até pode ter uma Bíblia em casa, e gostava de a compreender, mas receia. No entanto uma voz dentro da alma clama por verdade, por vida, por ligar-se verdadeiramente ao Pai. Não pode viver sem Ele. Este é o Livro de Deus, creia nestas palavras e deixe-se guiar com toda a sinceridade e o Espírito falará a linguagem da alma, a linguagem que não engana.
Esta noite tenho a certeza que ouvirá a voz do Espírito Santo que trará convicção, que transmitirá a certeza que esteve na presença de Deus e que vai compreender a importância do Livro dos livros. O primeiro argumento que tenho é a declaração dos próprios escritores bíblicos. Ao começarem a escrever, dizem assim: "Palavra de Deus veio a mim". "Palavra de Deus veio ao profeta Isaías". "Palavra de Deus veio ao profeta Jeremias". Eles afirmam que escreveram porque foram inspirados por Deus. O apóstolo Paulo na epístola a Timó¬teo disse: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..." II Timóteo 3:16
O apóstolo Pedro disse: "...sabendo, primeiramente, isto, que nenhu¬ma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo". II Pedro 1:20,21
Posso admitir que ao ouvir-me alguém pense: “Esse não é um bom argumento. Eu também posso escrever um livro e colocar: Palavra de Deus que veio a mim em sonhos e visões e só por isso as pessoas não vão acreditar que foi Deus que me falou"! Muito bem. Pode ser! Este não é o único motivo que me leva a aceitar a Bíblia como a Palavra de Deus. Ainda que eu tenha que reconhecer humildemente, que é plenamente suficiente, o meu espírito não exige nada mais, sinto que o Espírito de Deus fala ao meu espírito através da Bíblia.
Em 1982 realizei um dos maiores sonhos da minha vida – ir a Israel. Eu leio a Bíblia desde os meus 14 anos de idade. E foi-se criando em mim o desejo de andar por onde Jesus andou. Colocar os pés por onde Ele passou. Nunca me esquecerei quando numa tarde caminhei do Monte das Oliveiras até ao lugar chamado Galicanto. Ou seja, do lugar onde Jesus foi preso até ao lugar onde foi julgado. No caminho coloquei-me ao lado do Dr. Teófilo Ferreira, era o nosso guia, vivia em Israel há vários anos e conhecia aquela terra como às suas próprias mãos:
– Com toda a sinceridade, tem a certeza que Jesus passou por este caminho? – perguntei. Ele olhou-me e respondeu:
– É seguramente o lugar onde não há a mínima dúvida, porque ao longo dos anos não houve construções ou alterações no terreno.
Parei, olhei ao redor, e confesso que me senti fascinado. Senti-me envolvido por uma atmosfera de profunda espiritualidade e emoção. E pensei: “O meu Senhor passou por aqui!” Senti vontade de beijar a terra, de me sentar e ficar ali, mas de repente despertei da minha emoção, o grupo já ia longe e corri para me juntar a eles. Gostei daquele momento, porque esse instante me fez desejar estar na presença do meu amado Jesus!
No dia seguinte fomos visitar o Mar Morto. Creio que em nenhuma outra parte da Terra o sol, o calor, o ambiente que rodeia aquele lugar faz pensar no Inferno, como naquele lugar. Há mesmo quem lhe tenha chamado “O Abismo Horrível”, ou “Terra que pertence ao Inferno”. Foi aqui que aconteceu aquela tragédia de Sodoma e Gomorra. Em que fogo e enxofre caíram do Céu e consumiram aquelas duas cidades. Ainda cheira a enxofre!
Mas ali perto, entre Engedi e Qumran há muitas cavernas. Há 3.000 anos, David escondeu-se naquelas grutas, perseguido pelo rei Saul que o procurava caçar com mais de 3.000 soldados. Uma noite, sem o saber, Saul dormiu numa das cavernas onde David estava escondido, mas só o soube no dia seguinte.
Durante muitos séculos essas cavernas, foram habitadas por perseguidos, nem todos tinham cometido algum crime, mas procuravam viver uma vida contemplativa, santa. Os pastores também muitas vezes procuravam estas cavernas para se refugiarem do sol escaldante ou para passar simplesmente, a noite.
A história que vos quero contar começou em 1947. Eu não sei se sabem como são os cabritos mas eles gostam de andar por cima das rochas, saltar. Mas há cabritos e cabritos. O Baki, assim se chamava este cabrito, era endiabrado, era difícil para aqueles rapazes suportá-lo. Um dia Abdullah já desesperado atirou-lhe uma pedra. A pedra entrou numa caverna e ele ouviu o som de louça que se quebrava, havia muitas cavernas, ele tinha entrado em muitas, mas nunca tinha ouvido este barulho.
Ele e o seu amigo ficaram com tanta curiosidade que entraram na caverna para saberem o que tinha provocado aquele ruído de louça. E lá estava um vaso quebrado. Havia outros vasos e dentro deles, pergaminhos. Os meninos pensaram que fosse algum tesouro antigo. E de facto era um tesouro... e que tesouro! Eram os pergaminhos do Mar Morto que continham muitas partes da Bíblia Sagrada. Estes rolos tinham sido escondidos há mais de dois mil anos, e depois de tantos séculos vieram provar que a Bíblia que temos agora é igual à Bíblia do tempo de Jesus.
Esses livros foram enterrados e a notícia do seu aparecimento causou espanto em todo o mundo. Era como se as vozes do passado começassem a falar. Eu sei que vocês não acreditam que os mortos falem, realmente não falam. Mas através daqueles pergaminhos do Mar Morto ouviram-se as vozes de homens que morreram há milhares de anos. Eram vozes que confirmavam as verdades da Bíblia Sagrada.
Os homens que viveram naquelas cavernas, perseguidos pelos soldados do Imperador Romano, tinham escondido os seus livros sagrados. Mas agora aqueles meninos, levaram os rolos que iam encontrando e começaram a vendê-los aos turistas. Um desses turistas compreendeu a antiguidade e valor daqueles manuscritos. Foram analisados e tratava-se de livros da Bíblia.
Durante muitos séculos os incrédulos tentaram destruir e desconsiderar o Livro de Deus. Esses críticos diziam que a Bíblia de hoje tinha sido escrita e readaptada e que já não tinha o mesmo conteúdo original. Que cada religião lhe tinha introduzido mudanças, adaptações conforme às suas crenças. Nas cavernas os meninos encontraram os livros do Antigo Testamento à excepção do livro de Ester. O livro de Isaías estava completo. E tantos outros livros santos ali foram encontrados.
Visitei o Santuário do Livro na cidade de Jerusalém e vi os manuscritos. Não foi encontrada nenhuma mudança ou alteração entre a Bíblia que temos hoje e os livros que foram encontrados no Mar Morto. Todas as descobertas arqueológicas que têm sido feitas só confirmam que a Palavra do Pai se tem mantido sem alterações. Um grande arqueólogo judeu, disse: “Podemos dizer que nenhuma descoberta da arqueologia contradiz a Bíblia.” Nelson Glueck
E um dos mais famosos, senão mesmo o mais famoso arqueólogo disse: “Não pode haver dúvida, a arqueologia tem confirmado a história da Bíblia Sagrada.” Guilherme Albright.

Outro grande especialista da arqueologia afirmou: “A arqueologia tem silenciado muitos críticos da Bíblia Sagrada.” Millhar Burrows.
Durante muitos anos o povo duvidava que a Bíblia pudesse enfrentar as críticas dos incrédulos. Uma Universidade de Paris no ano de 1800 publicou 82 erros e contradições encontrados na Bíblia. Pensaram que estas evidências seriam o fim do cristianismo. À medida que a Ciência evoluiu, ela própria reconheceu que os erros não eram da Bíblia mas da própria Ciência que ainda não tinha chegado aos assuntos e verdades que a Bíblia há milénios já apresentava!
É verdade que nem sempre a Bíblia concorda com as teorias da Ciência. Ainda bem, porque todos os livros da Ciência sofrem adaptações, correcções e alterações. Há Enciclopédias que têm o chamado Year Book. Ou seja um livro que sai todos os anos com as adaptações, ou descobertas que tornaram os conhecimentos desactua¬lizados. Mas a Bíblia não muda.
A Bíblia prediz o desenvolvimento da Ciência, na seguinte passagem:
“Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o Livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.” Daniel 12:4
Qualquer cientista honesto que tenha feito o seu curso em 1940, reconhecerá que se tivesse que ir a exame hoje, não seria capaz de responder a 2/3 das perguntas, porque falam de conhecimentos que não existiam na altura. Qualquer médico que tenha feito a sua licenciatura há vinte anos e que durante estes 20 anos não tenha praticado ou participado em encontros de actualização, não sei se poderia exercer medicina em boa consciência.
Mas a Bíblia está sempre actualizada! A Ciência prova que este livro é a Palavra de Deus. Como? Preste atenção: durante anos a Ciência acreditou que a Terra era plana. Antes de Cristóvão Colombo descobrir que a Terra era redonda, a Ciência dizia que a Terra era plana, e que os barcos no mar desapareciam porque chegavam ao fim da Terra e caíam num precipício. Acredito que alguns dos mais antigos estudaram isto. A Ciência dizia: a Terra é plana, mas a Bíblia já estava escrita quando Cristóvão Colombo descobriu a América, ele não encontrou nenhum precipício no mar. E sabe o que a Bíblia diz em Isaías?
"Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é Ele quem estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar..." Isaías 40:22
A Bíblia dizia que a Terra era redonda e a Ciência afirmava que não. Mas em 12 de Outubro de 1492, Cristóvão Colombo chegou à América e provou ao mundo que a Terra era redonda. A Bíblia tinha razão.

Durante anos, a Ciência dizia que a Terra era sustentada por colunas. Outros afirmavam que era suportada por Hércules. E existiam também os que acreditavam que a Terra estava apoiada por uma tartaruga e os terramotos aconteciam cada vez que a tartaruga dava um passo.
Mas a Bíblia já estava escrita e o livro de Jó dizia o seguinte: "Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada". Jó 26:7
A Bíblia tinha razão mais uma vez. A Terra está suspensa no nada. E o que dizer das profecias bíblicas que se cumpriram? Os seres humanos hoje têm várias teorias em relação ao fim do mundo. Existem os que acham que o mundo vai acabar com a explosão demográfica e que vai chegar um momento em que a produção não será suficiente para atender às necessidades da população e talvez os homens tenham que se comer uns aos outros para poder sobreviver.
Outros acham que o mundo vai acabar por causa da poluição. O homem não cuida do planeta em que vive, polui tudo e um dia vai envenenar a atmosfera, a terra, a água. Dessa maneira, o mundo entrará num caos e acabará. Há ainda os que acreditam que o mundo acabará com a terceira guerra mundial. Algo como uma bomba atómica ou uma guerra nuclear. Outros voltam sua atenção para o espaço, pensando que tudo se acabará quando a Terra bater contra um outro planeta sem rumo. Enfim, cada ser humano tem a sua própria ideia em relação ao fim do mundo.
Eu, pessoalmente, olho para o futuro e sorrio. Não me apavoro com a poluição, nem com a bomba atómica, nem com os flagelos. Não me assusto com a fome que pode vir quando a população crescer muito. Não temo o futuro porque tenho a Palavra de Deus.
Quando a Ciência dizia que a Terra era plana, a Bíblia afirmava que era redonda; e o tempo provou que a Bíblia tinha razão. Quando a Ciência dizia que a Terra era sustentada por qualquer coisa, a Bíblia dizia que estava suspensa no espaço e o tempo provou que a Bíblia tinha razão. Por que teria que me preocupar com relação ao futuro, se na Bíblia está descrita a história do mundo desde o seu início até ao seu fim?
Hoje, por exemplo, um país pode querer dominar o mundo e estabelecer um novo império universal, mas a Bíblia diz que isso não vai acontecer. A Palavra de Deus mostra que se levantou o Império Babilónico e caiu, veio depois o Império Medo-Persa e caiu, apareceu o Império Grego e caiu, levantou-se, finalmente, o Império Romano e caiu, e a profecia aponta que nunca mais se levantará outro império. Não importa qual o país que queira dominar o mundo, a Bíblia mostra o futuro. As suas profecias cumpriram-se maravilhosamente. Aliás, estão a cumprir-se.
Acha que as greves, a luta entre o capital e o trabalho apareceram por acaso? Está tudo profetizado na Bíblia. Pensa que essas chacinas que estão acontecer na América, no Afeganistão, em Timor, na Indonésia, nos países que antes pertenciam ao Bloco Soviético, em todo o mundo são coisas novas? Estão profetizadas na Bíblia. Acha que pestes como a SIDA são novidade? Até isso está profetizado na Bíblia. Você quer conhecer maiores detalhes? Consiga uma Bíblia e comece a estudá-la. Deus descreve tudo na Sua Palavra!
Outras pessoas dizem:
"Nostradamus também fez profecias que se cumprem". E é verdade, mas eu não acredito na Bíblia como a Palavra de Deus só porque as profecias se cumprem. Tenho mais um motivo: a sua unidade. Moisés escreveu o primeiro livro, João escreveu o último. Entre João e Moisés há 15 séculos de separação. Moisés não conheceu João; Mateus não conheceu David; Jonas não conheceu Elias; Lucas não conheceu Oseias.
Muitos escritores da Bíblia não se conheceram, mas ao ler a Bíblia desde a primeira até à última página, sentirá que os 40 autores parece que estavam combinados, da seguinte maneira: "Eu escrevo até aqui e outro continua". A Bíblia é composta por 66 livros e 40 escritores diferentes. Dá a impressão de ser um só livro, escrito por um mesmo autor do princípio ao fim.
Quer um exemplo? Pois então, eu abro a Bíblia na primeira página, encontro a história da criação de Deus. Um mundo perfeito. Na segunda página posso ler a história de como o pecado entrou no mundo. Agora vou para penúltima página da Bíblia e encontro a descrição do fim do pecado, e na última página a descrição de um mundo novamente perfeito. Só que Moisés e João não se conheceram. Houve 1500 anos de separação entre eles. Como é que combinaram para escrever a mesma coisa?
Entre a primeira e a última página está registada a história da humanidade, as nossas necessidades, traumas e complexos. Homens bíblicos são apresentados com os seus sentimentos e a sua personalidade, para que cada um de nós encontrasse neles a nossa imagem e sentisse que Deus está a falar-nos pessoalmente, que não escreveu somente para os homens da antiguidade. Acredito que este livro é a Palavra de Deus porque há uma mente divina a inspirar a todos os escritores bíblicos.
Mas o grande motivo que me leva a aceitar a Bíblia como a Palavra de Deus é o seu poder transformador.
Vou contar um caso verídico, muitos dos que me estão a ouvir sabem de quem estou a falar. Não vou mencionar o seu nome, nem onde se passou. Era um casal maravilhoso, aquela mãe e aquele pai, amavam aquela filha com todas as forças da alma, ela era a luz dos seus olhos.
A jovem era muito inteligente, andava na Universidade, um dia num café onde estudava, conheceu um jovem que soube cativá-la. Ela ficou grávida, e foi obrigada a iniciar uma vida de prostituição e de droga. Ela não queria magoar os seus pais. Mas tinha ido longe de mais, pensava ela. Várias vezes tentou pôr termo à vida. Pude ver o tecto manchado com o sangue que jorrava dos seus pulsos que ela cortava com lâminas, ela queria morrer.
Recordo o tempo em que a sua voz era imperceptível. Recordo-a em casas de recuperação. Às vezes parecia restabelecida, mas passado pouco tempo voltava à vida antiga. Um dia conheceu Jesus, experi¬mentou o poder transformador de Jesus, ouviu a voz do Pai e deixou que ela lhe entrasse na alma. Essa voz, a leitura da Palavra de Deus, foi bálsamo que lhe deu sentido para a vida. Recordo ver aquela jovem, era irreconhecível! O seu olhar cheio de vida e de alegria!
Recordo como falava de Jesus e do Seu amor! Pois é, poderia falar-vos de tanta gente que um dia encontrou a Palavra de Deus, começou a ler a Bíblia e foi transformada. Nós teremos todas as noites alguns testemunhos de pessoas que viveram o poder da transformação. Testemunhos poderosos de que Deus é Deus e continua de mãos estendidas, para si!
Pode ler qualquer livro e conseguirá informações e conhecimentos teóricos, mas não pode ler a Bíblia sem experimentar o poder transformador de Deus, porque quando se lê a Bíblia, não nos confrontamos com homens, e sim com Deus. É Deus que fala, e quando estamos diante dele, parece que Ele sonda o nosso coração; Deus entra no mais íntimo e só nos resta duas opções: ou nos rendemos ou fugimos. Eu quando fui encontrado por Deus, tentei fugir, mas fugir para onde?
Ele diz na Sua Palavra: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá". Salmo 139:8-10
Não fuja de Deus! Ele irá onde estiver e Ele quer dar-lhe a paz, que viva a paz. Esse poder transformador da Bíblia é para mim o maior argumento da sua origem divina. Meu amigo, este livro, mais do que a Palavra de Deus, é a declaração do Seu amor pelo ser humano.
Neste momento, embora não possa vê-Lo, Ele está perto e eu sinto a Sua presença, Ele conhece a história da minha e da sua vida. Sabe se está neste momento a sofrer, ferido, ou atormentado pelo complexo de culpa. Conhece os seus problemas familiares, existenciais ou de saúde. Sabe se tem medo do futuro, da morte ou se sente que está sozinho nesta vida.

Há momentos nos quais não sabemos para onde ir. Há momentos nos quais nos sentimos indefesos, tão amarrados, tão impotentes, tão incapazes, tão tristes que não sabemos o que fazer? Há momentos em que nos parece que estamos abandonados dos homens e de Deus. Nunca se sentiu assim? Perdido na Terra e Céu parece não ter sentido?
Eu já me senti assim, confesso! Mas descobri que Deus se interessa por mim. Ele tem dado tanto sentido à minha vida e à vida de milhares de pessoas que conheço. Que só posso pensar que Ele se interessa por si! Por ti querido jovem! Faz silêncio dentro da alma e ouve a voz, a voz de Deus!
Às vezes somos nós que não queremos ouvir a Sua voz. Corremos como loucos por esta vida. Experimentamos de tudo, até as coisas que sabemos que nos vão fazer mal e trarão dor à nossa vida. O ser humano tem um fascínio pelo desconhecido. Se alguém nos diz que não devemos fazer, é isso que queremos fazer. É próprio de nossa natureza. E depois achamos que Deus não gosta de nós ou que nos castiga. Ele nunca é indiferente ao nosso sofrimento, indepen¬den¬te¬mente das circunstâncias em que sofremos!
Deus quer falar, e quer falar agora! O problema é que o único meio que Ele tem para se comunicar é a Bíblia. É através deste livro que Ele quer chegar ao seu coração. É por isso que tem que ler este livro. Não pode crer? Então caia de joelhos diante de Deus e fale: "Senhor, ajuda-me a crer. Os argumentos que acabei de ler não me convencem, mas Senhor, sinto-me vazio, sinto que falta algo na minha vida. Quero crer e não consigo. Faz um milagre. Dá-me a capacidade de acreditar, porque preciso encontrar a saída para a minha vida e sozinho estou perdido, necessito de Ti".
Ele ouvirá o clamor e responderá. Tenha a certeza disso, porque eu não duvido!
Musica – P’RA SEMPRE TEU
Débora Barradas

Quando estou a sós ouço a Tua voz,
Posso até sentir o Teu olhar.
E neste lugar quero sempre estar,
Quero Te entregar todo o meu ser.

P’ra sempre Teu, p’ra sempre Teu
Entrego minha alma, meu ser agora é p’ra sempre,
P’ra sempre Teu, p’ra sempre Teu,
Entrego minha alma, meu ser agora é p’ra sempre Teu.

Eu não sei porque me afastei de Ti,
Mas o Teu amor me alcançou.
E me deste a paz, o alívio à dor,
E por isso agora eu quero ser.

P’ra sempre Teu, p’ra sempre Teu
Entrego minha alma, meu ser agora é p’ra sempre,
P’ra sempre Teu, p’ra sempre Teu,
Entrego minha alma, meu ser agora é p’ra sempre Teu

ORAÇÃO
Querido Pai, agradecemos-Te porque nos deste uma linda carta de amor que revela o carácter tão lindo e tão meigo, a Tua bondade sem limite. Muito obrigado por esta tão forte evidência que nos amas e nos procuras. Ajuda-nos a que noite após noite possamos ouvir a Tua voz. Pedimos que nos dês sabedoria para compreender completamente este maravilhoso Livro e forças para viver de acordo com o que ela nos ensina. Em nome de Jesus. Amém.
Pr. José Carlos Costa

segunda-feira, 25 de junho de 2012

PEGADAS NA TERRA

Senhor Deus, nós nos aproximamos de Ti, nosso compassivo Redentor; e rogamos, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Oh, Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que hoje estão aqui com o coração ansioso para ouvir a Tua voz. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém.
O tema das nossas conferências é Viver a Paz. Paz: palavra mágica, um sonho, um ideal, uma expectativa. Quanta contradição na busca desse tesouro! Promovem-se guerras e revoluções na intenção de se conseguir paz.
Numa galeria de arte, na Itália, há dois quadros que chamam a atenção pelas semelhanças e contrastes. Em ambos, o céu está carregado de nuvens escuras, prenunciando violenta tempestade. O mar está agitado, com ondas enormes. No quadro da esquerda, um rosto humano, esquálido e terrível, flutua nas águas do mar. No quadro da direita, destaca-se uma rocha no meio das ondas. No topo da rocha, há um arbusto que abriga um ninho, no qual descansa tranquilamente uma pombinha branca.
O primeiro quadro simboliza as pessoas que não têm a paz. Esta infelizmente, é a experiência da maioria das pessoas no mundo, por isso recorrem a drogas, calmantes, lares desfeitos, consciência pesada – estas coisas são simbolizadas por aquele rosto sem vida, flutuando nas águas do mar.
O segundo quadro não revela uma vida sem problemas e lutas. As ondas que vão de encontro à rocha, e o céu carregado de nuvens simbolizam provações e perigos de que o ser humano está rodeado neste mundo. Mas há uma diferença que anima e conforta: A rocha em que está o arbusto e no qual se encontra o ninho com a pombinha branca, simboliza que no meio das ondas, podemos encontrar refúgio, aninhar a nossa esperança e ter paz. É este o percurso que vamos seguir noite após noite, cada tema está interligado, por isso vos convido a não perder nenhum, insistam junto dos vossos queridos familiares, amigos a virem convosco e assistir, eles também precisam de encontrar um lugar de refúgio como aquela pombinha!
Hoje vamos fazer uma viagem imaginária. Entraremos no coração e tentaremos sondar alguns dos seus segredos. No labirinto das veias e artérias que cruzam os órgãos e tecidos, existe biliões de heróis anónimos que esperam calmamente para entrar em acção. Vamos tentar contar a sua impressionante história.
Recentemente, através do microscópio electrónico, os especialistas conseguiram analisar de forma mais ou menos pormenorizada a função dos glóbulos brancos. Observaram uma aventura complexa e fascinante destes glóbulos, eles são verdadeiros heróis que actuam para o bom funcionamento do nosso corpo. A primeira impressão que esta célula provoca não é muito agradável. Parece-se com uma amiba, uma bola líquida e sem forma. Percorre as paredes das veias e artérias lançando uma espécie de anzol e depois arrasta-se.
A sua função é proteger o corpo contra os invasores hostis. Embora não pareça poder derrotar uma lesma, muito menos um exército de ferozes bactérias. Quando porém, as bactérias ou os vírus entram no sangue, de imediato os glóbulos brancos transformam-se em "Rambos" e alteram totalmente o seu comportamento. Alertados do perigo, os glóbulos brancos como que despertam do seu monótono passeio e servem-se da sua capacidade única de mudar a sua forma e rapidamente aparecem onde as bactérias atacam.
Comprimem-se, passam entre as células das paredes capilares e dos tecidos, encurtam o caminho para chegar ao local da batalha. Assim que aí chegam é evidente que os glóbulos brancos fazem parte de um grande exército de soldados altamente especializados. Existem vários tipos de glóbulos brancos e cada um deles ataca o seu inimigo com coragem. Primeiro vem a infantaria, os neutrófilos. Estes glóbulos têm uma grande coisa a seu favor: a quantidade.
A nossa medula óssea produz cerca de cem biliões de neutrófilos todos os dias. A sua função é engolir o inimigo. O seu corpo, parecido com as amibas, lança-se ao redor da substância estranha, desinte¬gram o invasor que fica prisioneiro nas suas enzimas. Depois de ingerir entre cinco a cinquenta bactérias e absorvida as mortíferas toxinas do invasor, o neutrófilo morre em batalha. Morrem aos biliões em sucessivos contra-ataques. Mas isso é apenas o começo.
A seguir vêm os soldados arrasadores, chamados macrófagos, os fortes soldados do corpo. Aumentam de cinco a dez vezes o seu tamanho original quando chamados para a batalha. Cada uma dessas células "Golias" pode devorar uma centena de invasores e sobreviver. Macrófago significa "grande devorador" e é exactamente o que fazem numa fracção de segundo.
Os macrófagos são também especializados em emboscadas. Quando enfrentam um inimigo particularmente grande ou resistente, várias dessas células fundem-se para formar o que é chamado "célula gigante" e em seguida atacam o invasor com as suas enzimas combi¬nadas. Esse contra-ataque prepara o caminho para outro tipo de glóbulos brancos entrarem em combate.
As linfocitárias, parecem assassinos treinados. Cada uma tem a missão de destruir um tipo particular de bactéria, reconhecem o inimigo entre todos os outros e perseguem-no com toda a intensidade. A célula linfocitária é particularmente mortal, envia ao sistema imunológico do nosso organismo a arma mais eficaz contra as bactérias: os anticorpos.
Todos já ouvimos falar dos anticorpos. São como mísseis teleguiados que buscam uma certa presa com precisão absoluta e a destroem. São mísseis inteligentes. Essas correntes de aminoácidos em forma de Y enviam enzimas mortíferas na corrente sanguínea do orga¬nismo. Às vezes um grupo de anticorpos agrupa um número de bactérias para que se tornem um alvo fácil para os fortes soldados (macró¬fa¬gos) devorarem.
Bem, outro tipo de linfocitária é a célula T, também faz parte dos glóbulos brancos. Estas células actuam como comandantes de campo na batalha. Enviam sinais que aumentam a fúria do combate. Acirram a actividade dos glóbulos brancos ao máximo: além disso, calculam constantemente a situação, de forma a manter uma resposta defensiva adequada.
Todos os elementos do sistema imunológico comunicam entre si de maneira que pouco entendemos. Todo o contra-ataque dos glóbulos brancos, em todas as suas diferentes formas, é cuidadosamente coordenado. Da infantaria aos fortes soldados, dos mísseis teleguiados aos comandantes de campo, sabem exactamente o papel que devem desempenhar no combate. Assim que o invasor é derrotado, o exército volta ao seu estado normal. O delicado equilíbrio da química do corpo é mantida e os glóbulos brancos voltam a arrastar-se ao longo das paredes dos vasos sanguíneos como se nada tivesse acontecido.
Sabem, quando pensamos neste maravilhoso exército de comba¬tentes que corre pelas nossas artérias, veias e vasos, formulamos uma pergunta interessante: como surgiu este complexo sistema imunológico? Muitas pessoas dizem que nós somos o resultado da evolução! Se a evolução é a resposta às nossas perguntas sobre a origem da vida, como foi possível que este sistema tão complexo tenha evoluído em simultâneo?
Quanto mais pensamos sobre este assunto, mais complicada é a resposta. Sabem porquê? Todos estes guerreiros sofisticados e especializados do nosso corpo precisam uns dos outros. Os glóbulos brancos são essenciais no esforço de guerra contra os invasores do nosso organismo, têm a capacidade de defesa, mas sem os sinais de certas células, perderiam o controlo, estariam completamente desor-ganizados.
Os grandes devoradores, os macrófagos, também necessitam das mensagens químicas para entrarem em acção. Seriam inúteis se não fossem bem orientados no ataque. Outros glóbulos brancos, por sua vez, não podem agir sem os grandes devoradores que não só consomem a maior parte dos invasores, mas limpam os resíduos após a batalha. Em suma, tudo depende de tudo, uns dependem dos outros. Cada parte contribui para o delicado equilíbrio do todo.
Certamente já ouviram falar de pessoas vítimas de doenças raras que precisam de passar a vida em lugares completamente esterilizados, assépticos, isto é, lugares isentos de todo agente patogénico. São pessoas que têm que ser protegidas de todo contacto directo com o mundo exterior porque qualquer infecção poderia matá-las. Já tive uma irmã nesta situação, com 40 anos, sofria de leucemia, eu falava com ela através de intercomunicadores, via-a através do vidro, mas não lhe podia tocar.
Há algum tempo falou-se muito de um menino português, que vive nestas condições. Nasceu sem as células linfocitárias B e T. Ele tem agora dez ou onze anos de idade. O seu corpo não consegue combater as bactérias. Possui suficientes glóbulos brancos da infantaria, os soldados fortes; tem também biliões de grandes devoradores fluindo da sua medula óssea todos os dias. Mas, é impotente contra as infecções. Porquê? Porque falta uma parte do sistema às células linfocitárias, os tais glóbulos que chamamos “assassinos”.
O que o exército das células brancas do sangue sugere é que Alguém de infinita inteligência as projectou, as concebeu, as criou e colocou no lugar certo e para realizar a tarefa necessária à vida. Esse Alguém é o Omnipotente Criador que a Bíblia nos apresenta. As Escrituras engrandecem este Deus que tem demonstrado uma habilidade tão notável como Criador.
Medite nestas palavras: Salmo 139:13-14 "Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por um modo assombrosamente maravilhoso fui formado!”
De forma tão maravilhosa fomos criados! Após observar o modo maravilhoso pelo qual as nossas células contra atacam e vencem todos os invasores, eu diria, no mínimo, que este Criador está do nosso lado. E é precisamente isso que as Escrituras proclamam bem alto. Eis a confiante promessa de Deus feita através do profeta Isaías 49:25; "Por certo que os presos se tirarão ao valente e a presa do tirano fugirá porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos."
São as palavras de um guerreiro confiante, e Deus faz estas afirmações em nosso favor. Ele contenderá com qualquer um que se atreva a fazer-nos mal, que nos queira ferir, magoar, destruir. É isso que Deus já faz nos nossos glóbulos brancos destruindo bactérias aos biliões a cada hora que passa. Louvado seja o Criador!
Isaías não está sozinho ao apresentar o Senhor Deus como um guerreiro. Nos Salmos encontramos um Deus que prende uma espada ao cinto, cavalga para vitórias como um guerreiro especial e marcha através (imagem de Jesus no cavalo branco-goosalt) dos portões de Sião, um herói conquistador, poderoso na guerra. Ele diz que vence até o Leviatã, o símbolo de tudo o que apavorava os antigos, e esmaga a sua cabeça no mar.
Trata-se definitivamente de alguém que quer estar do nosso lado. O que a Bíblia diz repetidamente é que Ele está, de facto, ao nosso lado. O profeta Sofonias realça esta mesma verdade:
"O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar: Ele se deleitará em ti com alegria." Sofonias 3:17
Aqui está um Deus que se deleita em estar ao lado daqueles que Ele salva do perigo. Deus exulta porque colocou dentro do homem e da mulher, da criança quando ela é ainda um feto, um sistema que o pode salvar! Deus, alguma vez vos pareceu um Ser demasiado distante?
Meu amigo, minha amiga, tem dificuldade em crer que Ele pode realmente fazer a diferença na sua vida? Dar a paz! Rogo-lhe que tire esse pensamento da cabeça, porque esse pensamento impede Deus de estar plenamente livre para o defender. Nós podemos colocar entraves para que Deus não se manifeste nas Suas multiformes acções para nos defender. E então ficamos como aquele menino, sem defesas!
É verdade, às vezes acontecem tragédias que diminuem as nossas certezas. Todo o ser humano está exposto ao vendaval da vida, das tentações, das agressões externas. Quero assegurar-vos com toda a sinceridade, que Deus é um amigo íntimo de todos aqueles que O chamam! Quer chamá-Lo esta noite?
Se duvida, coloque os dedos no pulso, sinta o ritmo que envia o "rio da vida" que faz o sangue correr nas veias em todo o seu corpo. Podemos sentir o Criador que continua a lutar por cada um de nós, neste mesmo instante!
Nem sempre conseguimos ver as coisas como deve ser! Às vezes acontece pensarmos que as coisas são de uma maneira e elas são de outra. No que se refere a Deus não conseguimos ver sempre as coisas muito claras. Claro que toda a gente diz que as coisas na Bíblia são facilmente compreensíveis e que elas revelam a verdade com grade transparência. Sim é verdade! No entanto se começarmos a ler no livro de Juízes, e vermos as guerras que existiam entre o povo de Deus e os povos vizinhos, ficamos tão confusos que até nos apetece deixar a Bíblia de lado. Tudo nos parece desfocado.
Já alguma vez começou a ler a Bíblia e teve que a colocar de lado porque não compreendia o que está escrito? Isso passou-se comigo ao princípio! Mas hoje leio e compreendo tudo. Antes, parecia-me quando a lia que tudo estava desfocado, hoje, é simples e clara.
Recordo uma experiência que vivi há uns anos, era Sábado, tinha apresentado várias conferências naquele dia e sinceramente estava muito cansado. Eu não conhecia bem a cidade, um amigo levou-me, mas como havia muito trânsito deixou-me perto do local onde eu ia pernoitar. Um homem vem na minha direcção a fazer alguns gestos, pensei que pretendia alguma informação. Parou à minha frente e eu parei, de repente estendeu a mão e tirou-me os óculos e fugiu!
Fiquei ali no passeio, via as pessoas, mas não conseguia distinguir o rosto. Queria perguntar onde ficava o meu hotel, mas hesitava muito porque não via com nitidez as pessoas e por outro lado tinha consciência que estava perto e não queria parecer ridículo. A verdade é que estava a poucos metros, mas sem óculos estava tudo desfocado: as pessoas, o local e mais ainda a porta do hotel que eu procurava ansiosamente.
Nós sentimos que Deus nos ama, sabemos que Ele está próximo de nós, ao nosso lado, porém com o tempo e o pecado ficámos míopes espiritualmente, e apalpamos, cambaleamos e queremos encontrá-
-Lo, porém às vezes parece-nos muito longe: por isso repito e peço, coloque o dedo indicador na veia do pulso e sinta o sangue correr e pense que Deus está tão próximo que Ele vigia pela sua vida, para que tudo corra bem.
Permitam-me que diga de coração aberto, que é nos Evangelhos que encontramos em toda a Sua beleza e poder: Jesus! E é em Jesus que podemos ver Deus com toda a nitidez. Jesus é a única imagem de Deus completa e nítida.
Jesus disse aos discípulos: “Quem me vê a Mim vê o Pai. …Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. João 14:9-11
Jesus é Deus visto com nitidez. E em Deus não há absolutamente nada que não seja semelhante a Cristo. Se há algo no Velho Testamento que parece estar em conflito com o carácter de Cristo, é porque há alguma coisa que ainda não compreendemos.
Há dois lugares – pelos menos – nos evangelhos em que o carácter de Deus brilha tão intensamente que os meus olhos ficam marejados de lágrimas, e sinto um nó na minha garganta. Um deles é o Calvário. O outro encontra-se em três histórias que Jesus contou para ilustrar uma característica chave do Seu Pai.
O capítulo começa com os fariseus a murmurarem acerca de Jesus: “Este recebe pecadores, e come com eles”. Lucas 15:1-2
Estes fariseus eram as pessoas respeitáveis desse tempo e eram especialistas a chamar aos outros “pecadores”. Eles tinham um provérbio: “Há alegria no Céu por um pecador que é destruído diante de Deus”. Jesus sabia isso e deliberadamente apresentou uma imagem oposta do Seu Pai: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:10
A primeira das três histórias fala de um pastor que possuía cem ovelhas, uma das quais se tinha perdido. Ele deixou as noventa e nove no redil e, por terreno perigoso, foi em busca da ovelha perdida, até que a encontrou. Então o pastor voltou para a sua aldeia com a ovelha perdida deitada sobre os seus ombros. E toda a comunidade se alegrou com ele.
Houve um grande clamor de alegria e uma festa de agradecimento. Jesus disse: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no Céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Lucas 15:7
O Céu faz uma festa sempre que um ser humano, sozinho e perdido decide voltar ao calor e luz da presença do Pai. E o Pai, Deus é o mais feliz de todos!
A segunda história refere-se a uma mulher que perdeu uma das moedas da sua fita de cabelo. Esta não era uma moeda vulgar; simbolizava a sua condição de mulher casada. As casas judaicas tinham chãos de terra cobertos com palha que não era mudada com frequência. O quadro é de uma mulher que vasculha entre a palha suja, com uma candeia numa mão, até que achou a moeda. Aqui está uma imagem de como Deus, em Jesus, veio das glórias do Céu para nos procurar a si e a mim, entre o lixo da Terra. Quando a mulher encontrou a moeda, chamou os vizinhos para uma festa: “E quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comi¬go; achei a dracma perdida.” Lucas 15:9. Quando Deus o encontrou a si, e me encontrou, houve uma festa especial no Céu.
A terceira história representa o clímax: a parábola do rapaz perdido, ou também conhecida como a parábola do Filho Pródigo. Das três coisas que estavam perdidas – a ovelha, a moeda, o filho – poderia esperar-se que o filho fosse de longe o mais valioso. No entanto, quando a ovelha se perdeu, houve uma busca nocturna até que foi achada. Quando a moeda se perdeu, houve a busca entre o lixo do chão até que foi encontrada. Mas, quando o filho se perdeu, não houve busca.
Por que razão?
As moedas representavam pessoas agradáveis, brilhantes, como os fariseus, nem sequer sabem que estão perdidas. Não têm o mínimo sentimento espiritual e não sentem qualquer necessidade espiritual estão perdidas e não sabem que o estão. Que não seja esta a nossa situação! É o meu grito!
As ovelhas sabem um pouco mais do que as moedas. Representam o que os fariseus chamavam “pecadores” – as pessoas vulgares – do tempo de Jesus. Sabiam que estavam perdidas, mas não sabiam o que fazer. Tinham sentimentos espirituais. Mas não são capazes de decidir por elas próprias. Estão presas ao rebanho, não se importam com o pastor, o importante é o rebanho, é ver muitas ovelhas!
Mas o filho sabia que estava perdido – e estava feliz com isso! Sabia qual o caminho de regresso a casa, mas escolheu não o seguir.
A história encontra-se também em Lucas no capítulo 15, do versículo 11-32. E começa quando o mais novo de dois filhos foi ter com o pai e disse: “Quero a minha parte do teu dinheiro agora. Vou partir. Não posso esperar até que morras”. O pai tinha empregados e podia ter-lhes ordenado que amarrassem o filho e o prendessem num quarto fechado, até que ganhasse juízo. Mas essa não é a forma de Deus agir. E o Pai, nesta história, representa Deus! O primeiro princípio do governo de Deus é a liberdade de escolha; se alguém quer deixar a sua casa e ir para longe, é livre de o fazer.
No país distante, o filho achou que tinha trocado uma bicicleta por um BMW! Que podia viver a vida a toda a velocidade! Ele pegou em toda a fortuna que o Pai lhe deu, dava para gastar à vontade enquanto vivesse. Mas ele esbanjou tudo em pouco tempo e ficou falido.
Diz a parábola que sobreveio uma grande fome sobre a terra. A fome não começou no dia em que o jovem tinha gasto todo o dinheiro. A fome já existia, a fome está sempre na sombra, a fome está sempre à espreita de um descuido nosso para aparecer! Quantas pessoas que nós chamamos os “sem abrigo” vêm de famílias abastadas! Tinham bons empregos, mas um dia saíram do caminho!
Aquele país não tinha nenhuma provisão para os que ficavam sem meios de vida. Não tinha sistema de apoio social. Não havia o voluntariado. Prevalecia a lei da selva. Quando alguém ficava sem meios de subsistência, os habitantes com posses diziam: “Miserável! Desaparece!” É o que normalmente acontece! Ninguém quer saber a sua história, até os familiares têm vergonha, não se querem identificar!
O país distante tem um lugar, um nome, para os filhos e filhas perdidos. É o desespero, é a droga, é dormir na rua dentro dum caixote. O filho perdido, ainda assim teve sorte, encontrou um trabalho. Guardar porcos, mas o salário, era poder comer com os porcos e a comida que os porcos comem.
Então, disse Jesus que estava a contar a história, ele “caiu em si”. De repente, viu as coisas claramente. Na casa do seu pai havia três categorias de pessoas: os filhos – parte da família, que partilhavam dos bens do pai; os escravos – que tinham segurança e eram olhados como um prolongamento da família; os trabalhadores assalariados – na base da escala social – que podiam ser assalariados e despedidos quando já não fossem precisos!
No chiqueiro, o filho mais novo disse: Lucas 15:17 “Quantos trabalhadores de meu pai, têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome.”
Então começou a ensaiar o que havia de fazer. Voltaria para casa do seu pai. Prostrar-se-ia. E diria: Lucas 15:18-19 “Pai, pequei contra o Céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho.” Tudo isso era bem verdade. Mas também pensou acrescentar: Lucas 15:18-19 “Trata-me como um dos teus empregados assalariados.” Isso significava que ele não compreendia o seu pai. Ele achava que podia compensar os pecados passados com as boas obras do futuro. Que podia, por outras palavras, ganhar o favor do seu pai, fazer a sua própria expiação. Ele estava completamente enganado!
Aqui está como Jesus continua a história: “Levantou-se, pois, e foi para o seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se ao pescoço e o beijou…” Lucas 15:18-20
Este é certamente o quadro mais acolhedor e caloroso de todos. O pai nunca tinha desistido do filho desencaminhado. Dia após dia, os seus olhos tinham examinado a estrada que vinha do país distante, perscrutando cada nuvem de pó em busca da silhueta do seu filho. Quando, um dia, a silhueta apareceu, ele dificilmente a reconheceu; mal arranjado, cansado, andrajoso. As cicatrizes do pecado deformam, distorcem e desfiguram. Mas assim que a luz do reconhecimento atingiu a retina dos olhos do pai. “Ele correu”.
Quando eu era menino, tive um amigo judeu, eu creio que era judeu, ou então era cigano. Brincávamos juntos, um dia entrei a correr em casa dele. Na sala estava um caixão, todos os seus familiares estavam vestidos de preto e sentados sobre cadeiras na sala. Não choravam, mas estavam tristes. Era criança e rapidamente aproximei-me do caixão e vi que estava vazio. Pensando que ia dar uma grande notícia, disse:
- Está vazio!
Rapidamente o pai do meu amigo, pegou-me por um braço e pôs-me de casa para fora. Depois soube, que o irmão mais velho do meu amigo não tinha morrido. Tinha casado com uma rapariga que não era da sua raça, os pais consideravam que estava morto.
Esta parábola do filho que saiu de casa já existia no tempo de Jesus, era contada pelos judeus aos seus filhos, mas o filho que sai de casa é o filho perdido, que morre. Não volta para casa, o pai não o receberia. Não há esperança. Jesus sabia que era isto que os sábios judeus acreditavam, mas Jesus é o Filho de Deus. E está a ensinar que esse não é o carácter de Deus. Quando o filho volta para casa. Jesus ensina que o Pai corre, abraça e beija o filho que volta.
O rapaz cheirava a chiqueiro de porcos. Mas o seu pai não esperou que se lavasse. Abraçou o seu filho. Ele sabia que fosse o que fosse que o seu filho tivesse para dizer era melhor dizê-lo com a cabeça apoiada no ombro do pai.
Foi a atitude do pai que comoveu o coração do rapaz e o levou ao arrependimento. Na pocilga, ele tinha feito uma decisão puramente prática. Quando a sua cabeça se encostou ao ombro do pai tudo mudou. Ignorando o cheiro horrível, o pai depôs o beijo da justificação na sua face, mandando para o esquecimento os seus pecados.
Alguém quer receber o beijo da justificação de Deus? Alguém sente que a sua vida tem sido praticamente vivida no chiqueiro? Uma vida sem vida, sem alegria, sem esperança? Aceite o beijo na face, o beijo de Deus!
O filho fez a primeira parte do discurso que tinha preparado, mas não fez a segunda. Nos braços do seu pai aprendeu muito acerca do amor sem limites e da graça incomparável. Compreendeu que o pai sempre esteve do lado dele, mesmo quando ele estava longe!
A segunda parte do discurso que ele tinha preparado dizia: Deixa-me fazer a minha própria expiação. Deixa que a minha degradação continue. Deixa pagar o que fiz com o que vou fazer.
Mas o Pai não quis ouvir nada disso. O Pai disse aos seus servos: “Tragam depressa a melhor roupa, e vistam-lha”. Tendo esquecido completamente os pecados do filho, o pai deu-lhe uma roupa que simbolizava uma justiça que não era sua pessoal.
Jesus nestas parábolas, na Sua vida, veio caminhar na Terra dos homens e mostrar como é o carácter de Deus, o Seu amor. Jesus deixou na Terra as pegadas de Deus. E isto é o que iremos ver durante todas as noites.
Louvado seja Deus, porque o Seu amor é mais amplo do que a medida das mentes humanas!
Se pudéssemos fazer do oceano um tinteiro;
E dos Céus um rolo de pergaminho;
Se cada haste fosse uma pena.
E cada homem um escrivão de profissão,
Escrever o amor de Deus lá em cima
Faria secar o oceano,
E o rolo não poderia conter tudo
Mesmo que esticado de Céu a Céu.
F. E. Lehman
Oração: Esta noite ouviu boas notícias. Não podem ser melhores! Notícias acerca do amor de Deus, o nosso maravilhoso e amoroso Pai celestial! Ouvimos a Sua voz, podemos olhar para Ele com mais nitidez, por Jesus, podemos olhar para Ele e dizer: Pai querido que estás no Céu, perdoa-me, e deixa-me amar-Te cada dia da nossa vida. Dá-me o Teu poder para Te amar, no nome de Jesus. Amém.
Pr. José Carlos Costa

Musica: Débora
Senhor Jesus, meu Pai querido,
A Ti dirijo esta prece,
Te conheci quando menino,
Mas hoje estou muito distante.

No mundo andei em meus caminhos
Tentando achar um bom abrigo
Cansado estou e sem destino
Não tenho lar, não tenho amigos.

Pai, tens visto minhas lágrimas,
Só Tu sabes minhas lutas.
Sei que estás chamando: “Vem, meu filho!
Tu não podes mais ficar sozinho.”

Pai, me entrego totalmente,
Vem guiar-me neste instante.
Quero, ó Pai, voltar ao lar perdido
E em Teus braços descansar.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Deus Existe?

”Eu vou provar para vocês,” disse um professor de cabelo branco e óculos, “que se Deus existe, então ele é mal.”

Ele ergueu a sua voz na sala de aula: “Deus criou tudo o que existe?”

Ninguém ousava responder

O professor continuou o seu argumento: “Se Deus criou tudo, então Ele criou o mal, o que significa que Deus é mal.”

Pare, pense e responda. O que você faria numa situação dessa?

(OBS. Seja sincero com você mesmo!)

1. Eu ficaria quieto.

2. Eu pensaria, ‘não estou pronto para responder porque não me sinto capaz de argumentar sobre isso.’

3. Eu ficaria louco da vida e falaria bem alto que DEUS EXISTE, SIM!

4. Eu levantaria e sairia da sala, como um protesto a professores que são tendenciosos e pregam contra Deus.

5. Eu buscaria responder com argumentos coerentes pra desaprovar o seu pensamento.

O que faria?

Não quero dizer o que você deveria fazer. Pense, ore, medite sobre isso. Cada situação é diferente, mas se você se considera cristão, precisa estar pronto a qualquer momento para partilhar o que acredita. A Bíblia diz:

Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vós.

Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.

1 Pedro 3:15-16

Olha que interessante como Deus chamou Jeremias, um garoto jovem, que não botava fé em si mesmo:

“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. Jer. 1:5

Mas eu disse: “Ah, Soberano Senhor! Eu não sei falar, pois ainda sou muito jovem”.

O Senhor, porém, me disse: “Não diga que é muito jovem. A todos a quem eu o enviar você irá e dirá tudo o que eu lhe ordenar.

Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo”, diz o Senhor.

O Senhor estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: “Agora ponho em sua boca as minhas palavras.”

Jeremias 1:4-9

Ah… mas a história do professor perguntando aos alunos sobre se Deus existe não fui eu quem inventei. Eu vi um vídeo que começa com esse argumento, mas que tem uma resposta incrível depois.

Aprecie o vídeo de 1 minuto, e inspire-se com a resposta de um menino ousado e inteligente, que tenho a certeza você conhece bem quem é:

Deus Existe? – A Resposta de um Menino

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mesmo Que a Figueira não Floresça

“Ao tempo em que Josias começou a reinar, e muitos anos antes, os sinceros em Judá perguntavam-se em dúvida se as promessas de Deus ao antigo Israel seriam cumpridas.
Estas ansiosas interrogações foram pronunciadas pelo profeta Habacuque. Contemplando a situação dos fiéis em seus dias, ele expressou o peso que lhe ia no coração, inquirindo: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás?" Hab. 1:2. ... E então sua fé viu além das desoladoras perspectivas do imediato futuro, e descansando nas preciosas promessas que revelam o amor de Deus por Seus confiantes filhos, o profeta acrescentou: "Nós não morreremos." Hab. 1:12. Com esta declaração de fé, ele depôs sua causa, bem como a de cada crente israelita, nas mãos de um compassivo Deus. ...” Cuidado de Deus, p. 217, MM. 2005

"O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas" Hab. 3:19

Habacuque é um profeta sem pátria e sem sobrenome, pouco se sabe sobre a história deste homem, ele foi contemporâneo ao profeta Naum, viveu por volta do ano 600 a.C. Provavelmente ele estaria envolvido com algum ministério do templo e talvez fosse até levita.

O que se sabe é que Habacuque testemunhou a transição do domínio Assírio, dos caldeus para o domínio persa babilónico. A Assíria é descrita no texto do profeta como a insaciável e aquela que devora os povos. Aquela que confia na sua própria força e na sua rede como um deus.

São tempos de muita opressão, violência e injustiça. No início do livro o profeta se mostra ansioso clamando por um socorro que não vem. A impressão que o profeta tem é que Deus se esqueceu de fazer justiça ao oprimido e ao seu povo. Mas quando o profeta se prontifica a buscar ao Senhor, ainda que pareça demorada a resposta vem.

O livro do profeta Habacuque é um convite à esperança, a crer na ação de Deus ainda que ela pareça demorada. Nós podemos confiar que a palavra de Deus virá como livramento mesmo que pareça que nós pereceremos diante das aflições e amarguras da vida.

Confiar na resposta do Senhor para além do que vê!
A primeira coisa que eu aprendo com este texto de Habacuque é que Deus não age naquilo que os nossos olhos vêem ou nas circunstâncias que a vida nos diz como elas devem ser, mas Ele age até mesmo nas impossibilidades. Habacuque não conseguia mais ver a flor da figueira, os frutos da videira, nem o óleo produzido pela oliveira. As ovelhas haviam sido roubadas e o gado exterminado, mas ele cria no que o coração dizia existir ou que viria a existir no Senhor. Ele cria na esperança de viver por fé e não por visão.

Mesmo que tudo ao seu redor seja dor, morte e destruição, encontre o lugar do louvor e da adoração a Deus pela certeza de que sua promessa de paz se cumprirá.

A alegria jubilante do louvor é a nossa confiança naquilo que Ele, o Senhor fez, faz e fará em nossas vidas independente das circunstâncias que nos cercam. É por fé e não pelas situações da vida que nos alegramos no Senhor. É a certeza de sua presença poderosa e vitoriosa que enche o coração de celebração. No Novo Testamento, o livro Atos dos Apóstolos relata a experiência de Paulo e Silas quando estavam presos.

Eles haviam recebidos muitos açoites e haviam sido encarcerados porque estavam pregando o Evangelho, mas a esperança da Eterna Glória estava em seus corações. Eles estavam dispostos a morrer naquela prisão se preciso, mas a gratidão que eles ofertaram a Deus em forma de cânticos provocou o poder libertador de Deus a favor deles. As cadeias da morte e da desesperança foram quebradas pelo poder da adoração confiante. Esta é a alegria que não se baseia no que os olhos vêem, mas no que o coração crê para justiça de Deus em nós.

Aprender a encontrar no Senhor a força!
No versículo 16 do livro de Habacuque :"Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete". O profeta sente os joelhos se enfraquecerem diante do medo da morte, ele sente como se os ossos estivessem apodrecendo de medo. Mas no versículo 19: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente", ele se volta para quem o faz forte. É esta confiança na força de Deus e não na nossa que mudará as perspectivas de nossas vidas.

Conclusão:
É o modo como olhamos para a vida que nos fará perceber a alegria da salvação. O Senhor Jesus disse que “se nossos olhos forem bons nossa própria vida será iluminada”.

Existem pessoas que perderam a capacidade de crer, que já não conseguem perceber o poder do Senhor de transformar o medo em confiança, a destruição em possibilidade de reconstrução. Mas o Deus que responde mesmo em meio à dor e à perda nos convida a confiar novamente no seu braço forte. Qual é a figueira da sua vida que não dá mais flores? Qual é o fruto que foi arrebatado da sua videira existencial? É tempo de redescobrir a fé que nos capacita a ver o mundo pelo avesso, na perspectiva de Deus

Mutuamente Atraentes

Um fenómeno intrigante assalta nossas mentes nos dias atuais: Por que está cada vez mais difícil vivermos juntos até que a morte nos separe? Essa questão não é uma realidade apenas dos nossos dias, bem o sabemos, mas acentua-se drasticamente.

Se na Bíblia está escrito que o casamento deve perdurar por toda a vida, cabe uma explicação dessa recomendação diante do que parece ser uma imposição semelhante a um castigo. Aliás, muitos o entendem como uma ordem que impõe algo impossível. Em muitos casos, o cumprimento do que parece ser uma ordem, torna-se uma vida de tortura. Mas, em algum lugar, há algo que não está sendo bem entendido. Ou não haveria tantos fracassos no casamento, assim como também não haveria tanta infelicidade em todos os ambientes. Não haveria tanta necessidade de procura por felicidade, sem que seja encontrada. Estariam as pessoas procurando de maneira errada? Em lugar errado?

Partamos do pressuposto verdadeiro de que DEUS não se enganou quando determinou a indissolubilidade do casamento. Se Ele, que é o Criador, fez tal recomendação, por certo sabia do que estava falando! Será que Ele, que é todo amor, que só pensa o bem a nosso respeito, conforme o diz em Jeremias 29:11 “Eu é que sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais”, teria dado uma ordem inviável de ser cumprida. Será que o amor está superado, na realidade não existe? Será utopia, um sonho irreal? Ou, não se daria que nós, numa esmagadora maioria, não sabemos o que é o amor? De duas uma: ou DEUS está exigindo demais, ou nós estamos enganados quanto ao que seja o amor.

Se DEUS verdadeiramente pensa assim a nosso respeito, por certo o modo como determinou a relação entre homem e mulher, no casamento, deve ser a melhor, o modo perfeito de se viver. Por que então não dá certo? Estaria a falha em DEUS, como da parte de muitos se houve falar? Não podemos aceitar isso. Tal postura, sem dúvida, dificulta mais ainda que encontremos a solução e, o que é pior leva-nos a um sofrimento cada vez mais intenso, confuso, aparentemente sem solução. A persistência no erro agrava a situação, qualquer pessoa pode concluir isso. E, se DEUS está certo, então há solução para os que se sentem infelizes, “para DEUS tudo é possível!” (S. Marcos 10:27).

Quando DEUS criou Adão e Eva, os pais da humanidade, Ele os fez puros. Adão amava a sua esposa e sentia forte atração por ela. Eva amava o seu esposo e sentia-se atraída a ele. O amor é assim, atrai os que se amam, um para perto do outro.Isto é de tal maneira verdadeiro que, quando nos amamos, sentimos muito as eventuais separações, até mesmo as temporárias. São crianças que não querem separar-se de seus amigos, são pais que não querem ficar longe dos filhos para estudar em outra cidade, são amigos que sentem o afastamento uns dos outros… Até o pequeno bebezinho, quando separado da mãe, sente que algo está errado e anuncia em alto e bom som. O amor une, nunca afasta. A natureza do amor é unir as pessoas, quanto mais amor, maior o desejo de permanecerem unidas. Quanto mais amor, mais intensa a união, também mais permanente ela será. Foi feito assim no original por parte do Criador. É que unidos somos mais felizes. DEUS tem pensamentos de paz e de felicidade para com aqueles que Ele mesmo criou. Sendo Ele um DEUS de amor, e esse é o Seu caráter, como poderia Ele criar situações onde a felicidade se tornasse inviável? Inadmissível, você não acha?

Uma das principais características do amor é a atração mútua, o desejo de permanecermos juntos. Isso se evidencia entre os namorados, que se alegram quando se encontram e sentem o afastamento, mesmo que por poucas horas. Assim deveria ser sempre, a sensação de querer estar junto de quem se ama, junto o tempo todo. O próprio DEUS, que é todo amor, e fonte de amor, diz: ”Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).

A atração mútua é a chave da felicidade e o modo de ser do amor. O amor jamais impõe, nunca exerce domínio, não força a situação, não controla. O amor não desconfia, não pensa maldade do outro e não age falsamente. Nunca! Sob a influência do amor, é impossível o uso da força, a imposição da vontade própria sobre a de outro, o constrangimento. Isso jamais acontecerá; não existe essa possibilidade. O amor atrai, une e, deste modo, age sempre na direção do bem e da felicidade. Por isso tem condições de ser eterno, sem fim, pode durar sempre. Seu caráter de eternidade torna-se desejável. Amar é bom! JESUS, em Sua passagem entre nós, demonstrou isso. Ele, que era DEUS, que nos criou e, portanto, sabe como todas as coisas devem ser para que seja bom, mostrou a natureza do amor. Ele jamais impôs qualquer coisa sobre as pessoas. JESUS, revelando a natureza de DEUS, atraía as pessoas por onde andava. Livre e espontaneamente O procuravam para estar com Ele e ouvi-lo, sem que fizesse para isso qualquer propaganda. Por onde andava, multidões O seguiam, sentindo-se atraídas por algo que a elas era misterioso. Essa atração deu-se porque JESUS amava as pessoas, tão somente pensava em querer e fazer o bem a todas, não importando o que pensassem dEle ou que retribuição recebesse em troca. O amor não se preocupa com retribuição, quer seja recompensa, quer ingratidão. A tal ponto chegou a atração que JESUS exercia sobre as multidões que, em certa ocasião, disse aos seus discípulos: “Vamos descansar um pouco!” (S. Marcos 6:31). Era tanta gente a segui-lo a todo o momento que Ele e os discípulos necessitavam de um pouco de repouso à parte.

Nós fomos criados seres sociais e, como tais, necessitamos uns dos outros. Por isso é que a essência do mandamento diz: “Amai-vos uns aos outros” (S. João 13:34). Os seres humanos, por não entenderem o quanto necessitam uns dos outros, acarretam sobre si enorme carga de desentendimento, problemas insolúveis e muita desgraça. Se entendêssemos bem o que significa sermos seres sociais, compreenderíamos como nos devemos relacionar uns com os outros. Seríamos inclinados a pensar em como beneficiar o nosso semelhante, não em como explorá-lo. Nós fomos criados assim, seres sociais. Essa é uma das condições para sermos felizes. Mas, ao longo desse período de degradação, a que já vão em torno de seis mil anos, desenvolvemos outros princípios de vida, contrários a nossa própria natureza. Dessa forma, tornamo-nos “néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres (busca ilusória da felicidade), vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros” (Tito 3:3). Em decorrência, nossos intentos mais íntimos estão relacionados a como obter dos outros benefício, não em dar benefício. Daí por diante, nada mais funciona direito. Isso é ilegal do ponto de vista do Criador.

Com esses princípios ilegais, queremos que tudo dê certo. Mas não nos convencemos pelos fatos do dia-a-dia, de que tal forma de vida resulta numa infinidade de consequências desastrosas, não só para aqueles que pertencem ao nosso círculo íntimo, mas para todas as nossas relações, atingindo inclusive a natureza, que DEUS nos deu para cuidarmos (Génesis 2:15). Os problemas daí decorrentes estendem-se para muito além da família, atingem as empresas, a sociedade, os países e o planeta todo. A perfeita Lei de DEUS não está sendo observada. As consequências desastrosas decorrem disso. Pense, o mal jamais poderia advir do amor, ou da obediência ao amor, jamais!

Um dos princípios que muito utilizamos, e que entendemos ser inteligente - somos orgulhosos demais para admitir que nos prejudica e nos deixa infelizes - que destrói a família tal como originalmente foi concebida, é o ódio. O ódio é o contrário do amor. Pode parecer incrível, mas é isso mesmo: ódio. Como humanidade, temos orgulho do uso do ódio. Ele até tornou-se uma próspera indústria para ganhar dinheiro, desde armas até filmes e muitas coisas que o envolvem.

Um casal, após o casamento, aos poucos permite o infiltramento do ódio em seu lar e imperceptivelmente, ocorre o afastamento um do outro. Se no amor somos atraídos uns aos outros, no ódio somos levados ao afastamento uns dos outros. No extremo, nos separamos definitivamente. Em grande escala, fabricamos armas e vamos à guerra para matar nosso semelhante. Qual a causa? O ódio, nas suas mais incríveis e diversificadas formas.

São, inicialmente, pequenos desentendimentos não resolvidos, diferenças de opinião que se tornam num oceano impossível a de ser transposto, expectativas não correspondidas, falta de capacidade para ver o ponto de vista do outro, falta de cortesia e muito mais. Há milhões de maneiras de praticar o ódio sem nos darmos conta.

Essas pequenas coisas não podem ser resolvidas havendo ódio entre um casal, mesmo que em quantidade tão pequena que se torne imperceptível. Sob o amor, todas as diferenças são identificadas e resolvidas, é impossível haver falha permanente. Sob o amor, tanto o que é bom quanto o que acontece de mau, tudo, por fim, acaba contribuindo para o fortalecimento do próprio amor e para maior felicidade entre as pessoas. O amor é diferente do que estamos acostumados a ver em nosso redor. Multidões que desconhecem o verdadeiro amor procuram soluções em lugares onde somente se conhece a experiência e o conhecimento do ódio.

Vejamos isso um pouco mais de perto. No dia-a-dia, onde quer que for, resolvemos quase tudo na base do ódio. É uma resposta indelicada ou, simplesmente do tipo que demonstra que não gostamos. Por exemplo: “Já lhe disse isso, quer que repita?” “Você não entende nada mesmo!” “Outra vez atrasada?” Isso sem falar nas famosas “pegadinhas” pelas quais nos satisfazemos por humilhar o nosso próximo, mesmo por um pequeno momento, até obtermos uma “resposta a altura”. O nosso viver diário é assim, na base da disputa, do ódio. Fazemos, na maioria das vezes, inconscientemente, sem nos darmos conta das consequências. Passa a ser normal.

O amor não age dessa maneira. Nós agimos sob a influência do ódio e sequer percebemos. Ainda pensamos estar utilizando de muita inteligência; quando é o contrário. Para amar, é necessário inteligência, para odiar, basta ter ódio, mais nada.

DEUS, quando nos criou, não nos fez para que nos odiássemos uns aos outros, mas para que nos amássemos uns aos outros. Um pouco de ódio numa relação de amor fermenta tudo, e em pouco tempo, desaparece o amor. Então, inventamos uma “solução inteligente”(?): separação ou divórcio, a legítima consequência do ódio. O ódio gera soluções de ódio, que nada resolvem, apenas enganam.

Pessoas que verdadeiramente se amam jamais alcançam uma situação tal em que não possam mais suportar-se. Elas sentirão, ao longo do convívio, crescente atração entre si, a ponto de se desejarem cada vez mais. Cada dia surpreendem com novas atrações. Elas querem ficar unidas sempre, tal como DEUS disse. A novidade de vida entre aqueles que verdadeiramente se amam é inesgotável. Esse é o normal, ou melhor, o original, a condição que vigorava quando fomos criados. Nunca se tornarão insuportáveis um ao outro, muito menos hostis.

A necessidade de separação não é normal, é uma cunha na felicidade e sempre resulta em tristeza para alguém, muitas vezes um ser inocente. JESUS explica que o divórcio existe por causa da dureza do coração dos seres humanos (S. Marcos 10:5). Ele explica que no princípio, antes que houvesse pecado, homem e mulher viviam felizes, sem que houvesse necessidade de separação. Ele os fizera assim (S. Marcos 10:6 a 9).

Na sociedade atual, faz tempo que esquecemos como se vive bem. Pensamos saber o que é o amor. Na realidade, não sabemos. O que entendemos por amor, na maioria dos casos, é até o contrário. Essa é a razão por que brigamos, nos separamos, por que guerreamos, por que exploramos nossos semelhantes. É o porquê das crises sociais e económicas. É também a razão da destruição da natureza. É a razão das dificuldades que atingem a humanidade. Todas as dificuldades são geradas dessa forma.

Se é assim, parece fácil resolver, não acha? E é fácil mesmo, basta amar com autenticidade. Mas é necessário conhecer bem o amor e a sua natureza. É preciso conhecer o seu Autor. Se você persistir na leitura desse livro, vai descobrir muitas coisas interessantes sobre o amor e sobre o seu Autor. Vai surpreender-se sobre quão fácil é ser feliz e promover a felicidade de todos aqueles com quem entra em contato.

Professor Sikberto Renaldo Marks

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Jesus, o Imutável

Carl Gustav Jung, o renomado psiquiatra suíço, manteve a tese dominante da psique humana é o senso de segurança. Isto é, a pessoa anseia por aquela situação de estabilidade que a ponha a cavaleiro das mutáveis contingências do torvelinho da vida, aspira à condição de equilíbrio em que não fique à mercê dos caprichosos imprevistos da existência, anela pela posição sólida em que não a levem de roldão as múltiplas circunstâncias desfavoráveis do viver.

Karen Horney, a prestigiada psicóloga tão conhecida no nosso meio, destaca o tremendo impacto do senso de instabilidade como fator capital da mentalidade neurótica do nosso tempo.

Jean Ladrière, há não muito, ressaltava, o que é lugar-comum, que o fenómeno mais característico da era contemporânea são as rápidas transformações por que passam a sociedade e as suas instituições.

A realidade é que reina, nos nossos dias, em todos os quadrantes da civilização e em todas as esferas da ação humana, incontido processo de alteração, mudança em ritmo de tal modo acelerado que não parece a maioria em condições de acompanhar-lhe satisfatoriamente o momento. Quase que se pode, respeitada a diferença de contexto e ignorada a explícita esfera de referência, aplicar à situação presente o refrão ontológico de Heráclito, o famoso filósofo jónico do século V antes de Cristo, cuja tese encontraria cerrada oposição dos Eleatas, imutabilistas, burilado nestas palavras — "PANTA, RHEI, OUDÉN MÉNEI", que podemos traduzir, livremente, como: "TUDO ESTÁ EM MUDANÇA NADA PERMANECE FIXO".

E, quando nos voltamos para os aspectos éticos e espirituais, a síntese parece melhor expressar-se no verso do hinólogo: "Mudança vejo em tudo e corrupção". Mudança, e mudança constante, mudança incessante, interminável, sem parar.

Desse estado de coisas resulta, naturalmente, a imprevisibilidade dos eventos, que dá lugar à incerteza do futuro, de que se faz corolário a insegurança do espírito não assistido pelas forças da confiança própria e da fé na racionalidade do governo do cosmos. Isto posto, salta à vista que somente aquele que crê piamente na Divina Providência, isto é, que Deus preside a todo o processo histórico e nada Lhe escapa ao alcance da sabedoria e do poder, a tudo dirigindo segundo os desígnios de Sua vontade excelsa, pode escapar ao tormento da insegurança.

Ao contrário, firmado na certeza da fé e confiado na benevolência da graça, pois que Deus é um Pai de amor e não aflige desnecessariamente aos filhos, cujo bem procura sempre, pode cantar, impávido e constante, com essa figura insigne da obra protestante, Sarah Foulton Kalley:

"As tuas mãos dirigem o meu destino; O acaso, para mim, não haverá!"

O fato doloroso, porém, é que a maioria das criaturas humanas falta o condão da crença dinâmica em Deus, a comunhão-viva com Cristo, a presença real do Espírito Santo, desarvoradas individualidades a vegetar ou a debater-se "sem fé nem Deus no mundo", enquanto não poucos na observação do apóstolo Paulo na primeira das suas epístolas ao jovem pastor Timóteo, discípulo predileto, no capítulo primeiro, versículo dezenove, "tendo dado de mão (a boa consciência) sofreram naufrágio no que respeita à fé".

Quantos não são aqueles que, abalados no árduo embate das contingências humanas, acabam por perdera fé e errar a esmo no oceano agitado da vida como barco à deriva, açoitado pelos ventos e sacudido pelas ondas até dar nos recifes do desespero ou encalhar nos baixios da indiferença, quando não soçobrar no pélago da incredulidade!

Esta se afigura a condição dos crentes a quem é dirigida a Epístola aos Hebreus, o décimo - nono dos livros que constituem o Novo Testamento, no ver de Adolf Deissmann, o ilustre exegeta germânico do começo do século passado, o mais esmerado dos escritos que merecem o título literário de epístola e não mera carta. Não se pode estabelecer com certeza quem a escreveu, nem se sabe ao certo quem os destinatários.

Parece mais provável ter sido enviada de Roma a uma comunidade de crentes constituída de judeus convertidos, que, entretanto, pareciam inclinados a apostatar da fé, repudiar o Evangelho e retornar às práticas do judaísmo. Amargas experiências e desapontamentos sérios os desiludiram das esperanças da fé em Cristo. O gládio da perseguição era-lhes demasiado agudo para suportar e não lhes residia no coração suficiente heroicidade para enfrentar a dura provação.

O Cristianismo que haviam abraçado com fervor e expectativa as mais embaladoras não era o porto seguro ao abrigo das procelas e tormentas, nem o oásis verdejante a acenar ao fatigado viajor da terrena jornada com promessas de placidez e descanso. Ao contrário, penosa lhes passara a ser a caminhada no mundo desde que abraçaram a fé cristã. Era-lhes bem mais suave o viver no velho regime da lei, na tradição dos ancestrais, no aconchego dos patrícios, na solidariedade dos correligionários.

Agora, porém, eram insignificante minoria, mal vista pelas autoridades seculares do Império Romano, a formar núcleos flutuantes sem raízes históricas profundas e sem cobertura suficiente de figuras de projeção, sob a mira minaz e inclemente dos judeus, cuja intransigência era proverbial e cujo ressentimento para com a novel seita era tenso. Era uma situação difícil, plena de sobressaltos, de futuro incerto e riscos graves, uma como que aventura quixotesca embalada por esperanças discutíveis.

Pagaria a pena persistir em tão esdrúxulo movimento? Não seria mais prudente e sensato retornar à fé judaica, de tão admirável passado e de futuro tão abençoado, esperar o real Messias que haveria ainda de vir e a tudo dispor em rumos de absoluta paz e glória, como o braço do Senhor a operar Omnipotente?

É a crentes minados pela dúvida, esbatidos pela perseguição, a fé a claudicar, a esperança a fenecer, a visão a toldar-se pelas terrenas vantagens e preocupações, que o autor endereça essa Epístola monumental. Com magistral perícia demonstra o coroamento de toda revelação divina em Jesus Cristo, que é a perfeita expressão de tudo quanto a Lei e os Profetas haviam prenunciado, n´Ele, Jesus Cristo, provada a Sua manifesta superioridade a todos os tipos, ritos e instituições da antiga dispensação, residindo a plenitude da divina autoridade, evidenciadas, pois, a Sua messianidade e divindade.

Jesus Cristo era, de fato, o Messias das esperanças de Israel, a despeito de atrozes contingências por que passavam e das tremendas dificuldades que experimentavam. O Messias glorioso não implantou um reino de amenidades edénicas e delícias paradisíacas.

Trilhara a senda amarga da injustiça e do sofrimento e findara no suplício infamante da cruz. Mas, era Ele o Redentor Que de Deus adviera, o Salvador Que lhes assegurara a bem-aventurada condição de justos diante do Senhor, o Filho a revestir-se de toda a grandeza e majestade dos Céus. Daí, num epílogo memorável, como que a sintetizar a tese fundamental da maravilhosa peça num estribilho doxológico, a essência destilada de tudo quanto procurara demonstrar nos capítulos anteriores, hino, dia o autor arrebatado: "JESUS CRISTO ONTEM E HOJE É O MESMO E O SERÁ PARA SEMPRE!" (Hebreus. 13:8).

Ponderemos, por breves instantes, o sentido dessa tríplice dimensão em que o autor projeta a ação de Jesus Cristo, sem mudança nem sombra de variação.

1 – JESUS, O MESMO NO PASSADO
A esses judeus os arautos do Evangelho trouxeram a mensagem da cruz. Ouviram, extasiados, as Boas Novas da redenção de Israel. Vieram a saber, com particular júbilo, como Deus, o glorioso Senhor dos Patriarcas, dos Reis e dos Profetas, Aquele que do Egito fizera sair os perseguidos hebreus e os constituirá o Seu povo especial, enviara, na pessoa de Jesus da Galileia, o Messias esperado.

E, perplexos e maravilhados, acolheram toda a extraordinária estória de Jesus, assinalada de lances estupendos e de inequívocas demonstrações do divino poder, desde o nascimento cercado de manifestações sobre-humanas até a ascensão, coroamento apoteótico da carreira do Filho de Deus.

Como lhes soara gloriosa a proclamação apostólica a apregoar a vida sem igual do Galileu humilde, esteira de bênçãos e inspiração sublime, os ensinos magníficos tais como nenhum outro rabino os poderia apresentar, inesquecíveis na forma, incomparáveis no conteúdo, os milagres soberbos, repassados de tocante compaixão e profunda humanidade para com o sofredor desvalido, o equilíbrio de espírito e a serenidade do juízo a apontar as distorções da verdade de Deus e os lamentáveis desvios do caminho da fé, aliados ao zelo pelas coisas do Senhor e à estrita fidelidade ao ensino das Escrituras, o drama patético do Getsémani ao Calvário, na mais nefanda tragédia de todos os tempos, a culminar, porém, na radiosa manhã da ressurreição, a vitória de Cristo, o maior evento da história!

E, daí, os fatos se sucederam em febricitante crescendo.

Durante quarenta dias apareceu Jesus aos apóstolos e discípulos, em grande número, nas mais variadas circunstâncias, em irrefutável evidenciação da realidade do Seu triunfo sobre a morte, vencido o pecado e implantado o Reino de Deus, coroados pela Ascensão aos céus, marca de quem consumara a obra a que viera como o enviado do Pai.

Jamais ouviram esses hebreus história semelhante. Nunca um vulto como Jesus lhes surgira no cenário da história. Era tudo uma visão maravilhosa, acima da humana projeção, própria da ação de Deus. E, o mais admirável, de tal ordem que cada coisa caía no devido lugar, as promessas proféticas, a cumprir-se em moldes estupefacientes, os símbolos e rituais a encontrar a justa realização, a história de Israel a atingir sua plena consumação, a operação sobrenatural do Senhor, manifesta em tantos lances da vida do povo escolhido, agora a atuar como nunca!

Jesus Cristo era a expressão viva da ação de Deus, o centro de toda a Escritura, o expoente máximo do povo eleito, o Messias real, o Redentor glorioso, o Senhor confirmado dos crentes, da Igreja nascente, do Reino advindo.

Com que efusão de alma em hosanas e aleluias, judeus que aguardavam a esperança de Israel, receberam essa estória, a mais sublime das estórias, e reconheceram a soberania de Cristo, o rei dos reis! Esse era o Jesus do passado.

2 – JESUS, O MESMO NO PRESENTE
Se extraordinária era toda a estória da vida, da carreira, da obra, da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, não menos o era a cadeia de acontecimentos que se sucederam desde o Pentecoste. Jesus não era simples vulto do passado, era figura ativa no presente!

Naquele dia inolvidável de maio, na cidade santa, a Jerusalém dos fastos de Israel, o Espírito Santo de Deus Se derramara de modo portentoso, enchendo de poder aos antes timoratos apóstolos, dando-lhes a expressão da eloquência para proclamar o Evangelho, a estória da redenção em Cristo, de forma irresistível e peregrina, capacitando-os a fazer frente aos adversários e aos múltiplos óbices com que se defrontariam na rota da evangelização.

Nesse dia memorável assumira feição concreta a Igreja como a comunidade dos seguidores de Cristo, o novo Israel, a nação santa, o povo eleito. E, a partir de então, a obra de Cristo, pela poderosa atuação de Seu Espírito, avançara por toda a Palestina, pelos territórios vizinhos, além fronteiras, até os remotos rincões de outros continentes!

Mas, desde os primórdios, as barreiras que se erguiam ao avanço da fé cristã eram consideráveis e a perseguição uma constante. Ser discípulo de Cristo era expor-se ao vilipêndio e arrostar com insopitável oposição que ia desde o desprezo passivo até a fúria virulenta. Mormente os judeus rigoristas, apegados à Lei Mosaica, exerciam contra os discípulos do Crucificado renitente pressão. Seguir a Cristo, aceitá-lo como Salvador e Senhor, pertencer-Lhe à comunidade dos fiéis exigia alto preço e acarretava tremendas desvantagens.

Contudo, os verdadeiros crentes, firmes na esperança de Israel, não cediam, expondo-se a sofrimentos atrozes, não fugindo ao sacrifício da própria vida, com que selavam a fidelidade ao Senhor. Não se abalava o crente fiel porque tinha no próprio Jesus Cristo o mais flagrante exemplo desse fato paradoxal: o Filho de Deus, a amar infinitamente a criatura perdida, entretanto, buscando-a redimir dos laços da perdição, a expiras, como criminoso justiçado, na cruz da infamação.

Aliás, aos discípulos fizera ver, continuamente, que não seria outro o destino que teriam de ter: reservava-se-lhes farta messe de perseguições e sofrimentos. Era isto que agora assumia proporções tão alarmantes a esses crentes. Sentiam o peso da oposição, a angústia da animosidade, o látego da perseguição, e a fé lhes fraquejava, e a fidelidade ameaçava capitular.

É a tais crentes, nessa hora crucial, que o autor envia essa mensagem primorosa: Jesus Cristo não mudara. Era tão poderoso agora como o fora no passado. A adversidade não assinalava fraqueza de Jesus, era crisol para refinar o verdadeiro fiel, testemunha de Cristo em qualquer situação, mesmo que isso lhe requeresse derramar o próprio sangue. Cristo era o mesmo agora como no passado, não mudara; eles é que estavam a mudar!

3 - JESUS, O MESMO NO FUTURO
Jamais se lhes contara, a esses crentes judeus, estória tão extraordinária como a de Jesus, nem nunca lhes pareceu Deus, o Senhor, tão perto de cada ente humano como em Cristo, o Messias e Salvador, como se sentiram felizes naquele dia em que aceitaram a proclamação apostólica, fruíram comunhão com Jesus Cristo e lhes renovou o ser o Santo Espírito. A vida se lhes transmutou. Tudo era agora gozo e felicidade. Deus ouvira as preces do povo, o Messias viera e o Reino prometido se implantara!

Afinal, a esperança de Israel se realizara!' É verdade que a sonhada glória de esplendor terreno e domínio universal ainda estava por acontecer. Os eventos da Paixão era desconcertante série de incompreensíveis reveses e estranhas derrotas. Mas, Ele ascendera aos céus e prometera voltar em breve. Era apenas questão de paciente espera e, dentro em pouco, vencidos os derradeiros embaraços, voltaria Jesus cercado de milícias celestiais, assistido de seus anjos, vitorioso e triunfante, para por termo à presente ordem de coisas e estabelecer o reino eterno da justiça e da paz. Então, seria tudo diferente!

Correm os anos e a situação não se altera. A igreja se revela tão frágil como qualquer sociedade humana. Sérias falhas e vícios deploráveis se manifestam no âmbito da fraternidade cristã. Questões pessoais e divergências teológicas separam os irmãos. A morte ceifa não poucos, anciãos vividos e jovens que apenas desabrocham para a vida.

E as adversidades de toda espécie parecem avultar cada vez mais frementes. E nem mesmo ante a ameaça dos inimigos e a perseguição dos adversários ferrenhos se interpõe o braço protetor de Cristo! A Sua anunciada vinda demora-se além do razoável e nem sinais se percebem da proximidade desse esperado evento.

A esperança se lhes faz cada dia menos virente e a dúvida lhes cresce no espírito com vigor renovado. Alfim, bracejam nas bordas da apostasia, ralados de incertezas e cansados de esperar. A tais almas desarvoradas o autor envia a mensagem vívida desta momentosa epístola.

Não, Jesus Cristo Se comprovou o Filho de Deus, Messias e Salvador, irrefutavelmente. A Igreja marcha, sob Sua segura diretriz, na fidelidade que lhe deve ser apanágio. O futuro será tão certo quanto o passado e o presente.

Jesus Cristo não mudou. Triunfou no passado, triunfa no presente, triunfará no porvir. Seu poder é o mesmo de antes e o será por todo o tempo até a consumação final. Em Cristo Jesus não há mudança nem sombra de variação. É sempre o mesmo. Como foi nos primórdios, é ainda hoje, e o será por todo o sempre.

Se viviam esses crentes, como todo discípulo de Cristo, pela fé e na fé, não havia duvidar, nem desesperar-se. Jesus está à frente de Seu povo, tão presente como nos dias dos apóstolos, nada há que temer. Daí, após considerações tão inspiradoras e lúcidas, apela-lhes o autor, como a todos nós, no capítulo doze, versículo um e dois: "À vista de tanto, pois, ...com inabalável constância, corramos nós a carreira que se nos defronta, os olhos postos no autor e consumador da fé, Jesus".

Sim, "Jesus; ontem, e hoje, é o mesmo, e o será para sempre!"

Ouvinte amigo, como está a sua fé? Está você firme? Invade-lhe o espírito a dúvida ou a incerteza? Acha difícil crer? Abatem-lhe a alma as dificuldades e adversidades múltiplas da vida? Não lhe parece fundada a esperança do futuro? Ouça, com aberto coração, ao que lhe diz o autor de Hebreus: "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo e o será para sempre".

Creia em Cristo, espere em Cristo, viva em Cristo e sairá mais do que vencedor em todos os embates do viver. Amém.

Eliseu Fez o Machado Flutuar

Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! II Rs 2:11. Eliseu viu a manifestação de Deus em seu ministério.

E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide. E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor, ele era emprestado. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou. II Reis 6:1-7

Eliseu profetizou aos Reinos do Norte de Israel: Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Jeoás (Joás). Era filho de Safate de Abel-Meolá, se tornou assistente e discípulo de Elias -1 Reis 19:16 -19 - e depois que Elias foi levado ao céu num redemoinho, foi aceito como o líder dos filhos de profetas. Ele possuía, de acordo com o seu pedido, "uma porção dobrada" do espírito de Elias. Durante sessenta anos (892-832 aC) ocupou o cargo de profeta em Israel. O seu nome significa "Meu Deus é a salvação".

A escola dos profetas funcionava na casa de Elias, um lugar pequeno e modesto que se tinha tornado exíguo para tantos seguidores. Estes então sugerem construir um outro lugar de reuniões, próximo ao Rio Jordão. Enquanto trabalham na construção, o machado usado por um dos profetas, solta-se das mãos e cai nas águas do Jordão. Eliseu é chamado para resolver o problema e resolve: corta um pedaço de madeira, lança-o nas águas e o machado flutua. A passagem diz: “flutuou o ferro” o que me leva a crer que o motivo da perda do machado foi devida a este ter-se solto do cabo. O destaque para o ferro também pode ter a intenção de evidenciar o milagre: já que é impossível ferro (sem qualquer força motriz) flutuar na água.

Construir a casa
A madeira usada na construção da casa para escola dos profetas, representa o homem que necessita ser moldado para exercer o ministério: “Cada um de nós, uma viga” (6:2). Jesus disse: “ Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, daí jamais sairá” (Ap 3:12 a). Contudo, para se alcançar o estágio de ser viga e coluna é preciso se deixar moldar pelo Machado que é a Palavra de Deus. Ele corta as arestas, esmiúça a madeira bruta para torná-la em algo útil. No livro do profeta Isaías Deus diz: “Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que corta com ele? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira?” Is. 10:15.

Nenhum homem tem força em si mesmo para a obra de Deus. D´Ele vem a força e providência para o viver. Ele corta com os que cortam com Ele. Ele opera através dos que O recebem no coração e mesmo os que Ele se mantêm alheios, recebem da Sua Palavra a graça para estarem em pé. João 19:11: “Nenhum poder terias contra mim se do alto não te fosse dado” (Jesus para Pilatos). A palavra de Deus é esse Machado a moldar madeiras para o Seu ministério e também para ceifar “os troncos, as vigas” que se negam a servir de bênção escolhendo o caminho do mal: “E também agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bons frutos é cortada e lançada no fogo” Mt 3:10. Aqui vemos machado como juízo de Deus.

O machado caiu na água
Por que teria caído? Faltou firmeza entre o cabo e o machado? O cabo teria ficado nas mãos do profeta e só o ferro teria ido parar na água? Foi o machado inteiro (cabo e a lâmina) que escapou para o rio? O fato é que em algum momento, o profeta deixou de ser instrumento de cortar. Ele parou enquanto os demais continuaram. Através da Providência Divina, e tão-somente através dela, ele teve o machado de volta. Não fora a unção de Eliseu para o fazer flutuar! O rio Jordão é de águas profundas e grande extensão, certamente o descuido do profeta iria acarretar um preço já que o machado era emprestado.

Nalguns momentos das nossas vidas, podemos parecer-nos com esse profeta que perdeu o machado. Distantes de Deus, sem nos deixar moldar, recusando a sermos instrumentos de bênção, de trabalho para o reino. É quando perdemos a força e o vigor. “Eliseu cortou um pedaço de madeira e o lançou nas águas e fez nadar o ferro” (6:6). Foi preciso que a madeira entrasse nas águas do Jordão para que o machado flutuasse. A madeira no rio representou o restabelecimento da comunhão, o homem nascido novamente pelas águas do baptismo, o homem lavado e colocado de pé após ter-se desviado. Eliseu foi o intercessor, uma representação de Cristo Jesus que ouve o clamor dos corações e se dispõe a transformá-lo.

Pedaço de madeira cortado, atirado nas águas do Jordão é o homem pecador, de coração quebrantado, disposto a iniciar uma nova vida pela fé em Cristo Jesus, Aquele que pode e quer “fazer o machado flutuar”.

O machado era emprestado
O Machado (Deus), molda a madeira (homem) para o serviço ministerial. Esse moldar inclui a capacitação através de dons e talentos. Cada servo de Deus recebe do que Lhe é próprio para exercer mordomia: “Cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra” I Cor 7:7. E outra vez diz apóstolo Paulo: “ ministro pelo dom da graça de Deus que me foi dado segundo a operação de seu poder” Ef 3:7. A igreja de Cristo é uma reunião de vigas que se mantêm firme pela força do Machado que trabalhou ( e trabalha) nelas de modo a capacitá-las para sustentação da casa (ministérios). O interessante disso tudo é que apesar da força cortante do machado, ele precisa de mãos para movê-lo. Deus deu ao homem esse imensurável chamado de propagar as Boas Novas do reino de Deus. De convidar seus irmãos para reunião solene, o banquete celestial preparado para os que vivem pela fé no Filho de Deus.

“Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro de que falamos; mas em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituísse sobre as obras de suas mãos” Hb 2: 5-7. O homem (madeira) precisa está ligado ao ferro do machado (Deus). Machado sem cabo, sem mãos para operar é igual vida sem Deus: infrutífera.

Machado nas mãos de falsos profetas
É instrumento de destruição. Essa é uma realidade. Falsos profetas se utilizam da palavra de Deus de forma inescrupulosa para benefício próprio e acabam causando tantos males que podem ser comparados a machados cortando madeiras para serem amontoadas em fogueiras. A boa notícia é: “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Jó 14:7. Ainda há esperança para vítimas de falsos mestres, “é deixar lançar no Jordão pelas mãos de Eliseu”.

E disse Eliseu: Levanta-te!
Então o homem estendeu a mão e tomou o machado (6:7). Ou glória! Comunhão restabelecida, pronto para ser instrumento de Deus nessa terra e cidadão do céu! Ele precisou ir a Eliseu para poder se levantar novamente. Jesus é o que ouve nosso pedido de socorro, homens aflitos, tal qual madeira quebrada lançada no Jordão. Ele É essa resposta que cura, acalenta, acalma e põe de pé novamente para uma nova vida.

Oro para que o Espírito Santo do Senhor o/a lhe tenha falado através destas palavras a ser um/a servo/a que a Deus para cortar afinadamente na sociedade da nossa época. Tal como Eliseu que depois de morto, ainda contribuiu para trazer de volta à vida um cadáver que caíra na sua sepultura: “E caiu um homem morto na sepultura de Eliseu e tocando ele nos seus ossos, reviveu e se levantou sobre os seus pés” II Rs 13:21. O machado continuou a cortar, operando através da vida do profeta, instrumento de Deus que firmou as mãos e se entregou ao Carpinteiro Jesus para ser madeira .