segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ABORDAGEM APOLOGÉTICA

I - APOLOGÉTICA: DEFINIÇÃO E OBJECTIVO

1. Definição
Etimologicamente, a palavra apologética (do grego apologèticos, apologia) significa justificação, defesa. Apologética é, pois, a justificação e defesa da fé cristã.
2. Objectivo
A apologética tem dois fins:
a. Justificação da fé cristã.. Considerando a religião no seu fundamento (isto é, no facto da revelação cristã, de que a Igreja fundada por Cristo e pelos Seus Apóstolos se diz a única depositária fiel), a apologética expõe os motivos de credibilidade, que provam a sua existência. Deve, portanto, resolver esse problema: havendo neste mundo tantas religiões, qual será a verdadeira? Ora, o apologista fiel sustenta que só a sua fé é a verdadeira, e que o é na realidade; deve, pois, provar essa asserção. Este primeiro trabalho constitui a apologética demonstrativa ou construtiva.
b. Defesa da fé cristã. A apologética não só apresenta os títulos que tornam a Igreja Cristão (a Vedadeira, Igreja Adventista do Sétimo Dia) credora da nossa adesão, mas também enfrenta os adversários, respondendo aos seus ataques. E como os ataques variam com as épocas segue-se que deve evoluir e renovar-se incessantemente, pondo de parte as objeções antiquadas e apresentando-se no campo escolhido pelos adversários, para os combates da hora presente. Sob este segundo aspecto, a apologética tem um caráter negativo, e chama-se apologética defensiva.
3. Corolário: Apologética e apologia
Não são termos sinónimos. "Apologética significa propriamente ciência da apologia, do mesmo modo que dogmática significa ciência do dogma.. A apologética é a defesa científica do Cristianismo pela exposição das razões em que se apoia. Uma apologia é a defesa a um ataque” (Hettinger, Théol. Fond. t. I.).
O objectivo da apologética é, portanto, mais geral. A apologia limita-se a defender um ponto da doutrina bíblico no campo do princiio, da moral ou da disciplina. Prova, por exemplo, que o mistério da Trindade. Trindade não é absurdo; que negar a Trindade é imoral ou contra a moral do cristianismo e portanto injusto; que o celibato cristão, como dom, não é digno de censura, enquanto que imposto é imoral. A apologia remonta às primeiras eras do Cristianismo; a ciência apologética aparece mais tarde, e está sempre em via de formação ou, pelo menos, de aperfeiçoamento.
II - FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA APOLOGÉTICA
4. Finalidade da Apologética
Do objectivo da Apologética deduz-se claramente o fim que se propõe.
a. Enquanto demonstrativa, dirige-se não só ao crente, mas também ao indiferente e ao ateu:
1. Ao crente para o arraigar nas suas convicções, mostrando-lhe os sólidos fundamentos da sua fé, iluminando-lhe a inteligência e fortificando-lhe a vontade;
2. Ao indiferente ao ateu: ao primeiro, para o convencer da importância da questão religiosa e da não-razão da indiferença acerca deste assunto; ao segundo, para o arrancar da incredulidade; a ambos, finalmente, para os levar à reflexão, ao estudo e à conversão. Quer se dirija aos crentes, quer se dirija aos incrédulos, a apologética tem sempre em vista levar as almas à certeza concreta da revelação. Ora, há muitas escolas filosóficas que negam ao homem a capacidade de atingir a verdade. Será, pois, conveniente, resolver o problema da certeza.
b. Enquanto defensiva, a apologética visa só os anticrentes e tem por fim refutar os seus preceitos e objeções. Dizemos anticrentes e não incrédulos, porque ordinariamente os incrédulos limitam-se a não crer, ao passo que os anticrentes têm uma religião especial - a religião da ciência, da humanidade, da democracia, da solidariedade, etc. - que dirigem contra a religião católica.
5. Importância
A importância da apologética deduz-se destes dois motivos:
a. É o preâmbulo da fé. Lembremo-nos, que a fé exige o concurso da inteligência, da vontade e da graça. Ora, a missão da Apologética é levar o homem até ao limiar da fé, torna-la possível, provando que é racional. As provas, que a apologia nos fornece acerca do facto da revelação, devem levar-nos a formar dois juízos: a revelação manifesta-se-nos com evidência objectiva e portanto é digna de crédito (credibile est), juízo de credibilidade; se é digna de crédito, há obrigação de crer (credendum est), juízo de credendidade. O primeiro é de ] ordem especulativa, dirige-se só à inteligência; o segundo vai mais longe, atinge a vontade: é um juízo prático. Se considerarmos os factos, a questão para nós não existe, está resolvida antes da discussão, porque, seja qual for a religião a que pertençamos, todos a recebemos do nosso meio e da nossa educação; veio-nos por intermédio dos nossos pais e dos nossos mestres. Muitos há que a aceitam sem discussão nenhuma, fundados somente na autoridade. Mas pode chegar um momento em que a dúvida assalte o espírito, e seja necessário armar a fé contra os ataques inimigos. Não recomendava já o Apóstolo Pedro aos primeiros cristãos que andassem preparados para dar razão de sua crença quando lha pedissem? (I Ped. 3, 15). Hoje, ainda mais do que então, devem os Adventistas conhecer os motivos da sua fé e saber explicá-los aos outros. É bom advertir que não se pode duvidar da fé, embora seja permitido sujeitá-la a exame. Aos que dizem que é preciso fazer primeiro tábua rasa da fé para chegar à verdade, responde Leibniz: “Quando se trata de dar a razão das coisas, a dúvida para nada serve... Que se faça um exame para passar a dúvida..., passe. Mas que, para examinar. Seja necessário começar por duvidar, é isso o que eu nego”.
b. A apologética é a condição necessária da Teologia. Com efeito, a exposição da doutrina da fé Adventista (Apocalipse 14:12; Romanos 10:17; “Eis o soberbo! A sua alma não é recta nele; mas o justo pela sua fé viverá” Hab.2:4) já supõe a fé, e só tem em vista os crentes. Donde se segue que apesar de terem pontos de contacto e de se ocuparem igualmente da revelação bíblica, diferem contudo no ponto de partida e no desenvolvimento. De facto, o apologista, só com o instrumento da razão, eleva-se das criaturas ao Criador, a um Deus revelador, e chega à constação que a Igreja é dirigida pelo Espírito Santo; ao passo que a Teologia segue a ordem inversa: partindo do ponto onde chega a apologética, isto é, da imutável Palavra de Deus não chega com a infalível certeza que ela é compreendida de forma Indutiva, ou seja, da Bíblia para a doutrina (Is. 28:10) e expõe os ensinamentos da fé.

domingo, 6 de setembro de 2009

A NECESSIDADE DE TOMAR POSSE DAS BÊNÇÕAS

Introdução

Não vou fazer exactamente um sermão hoje... vou contar-vos algo que o Senhor me tem ensinado ultimamente.Acham que há coisas que na qualidade de crentes, temos que “comprar” do Senhor?Apocalipse 3.18O texto diz que temos que comprar ouro refinado no fogo, roupas brancas e colírio (estas palavras estão todas com conceito espiritual).“Ouro refinado no fogo”, é a verdadeira riqueza (da-nos abundância na terra e tesouros no céu).
No mundo físico, quem é rico tem muito poder (não é?): a pessoa pode comprar tudo o que este mundo oferece, pode fazer muita coisa que um pobre não pode.
No mundo espiritual, a riqueza também significa poder (mas uma riqueza e poder diferente (João Baptista profetizou que Jesus baptizaria com o Espírito Santo e com fogo; Jesus disse que esse baptismo era um baptismo de poder)É isso: o poder espiritual é algo que temos que comprar – mas nessa compra, o que nos cabe é apenas receber, porque o pagamento já foi feito, na cruz! O texto também menciona “roupas brancas”. Isto refere-se à purificação do nosso velho homem (ou homem natural).
As nossas vestes espirituais precisam ser purificadas, tornadas alvas (isto é conseguido através do processo da cura da alma. Cura interior! O “colírio”, finalmente, é o antídoto ao engano com que fomos enganados, no passado, por Satanás, que trouxe trevas à nossa visão. Avastin o medicamento que na operação do Hospital de Sta Maria provocou a cegueira a pessoas que queriam ver.
Esse colírio purificará os nossos olhos de todo choro. A Palavra diz que isto precisa ser “comprado”; que precisamos TOMAR POSSE ou APROPRIAR-NOS delas... vamos ver o que isto significa, mas antes:SAIBA QUE A OBRA DE JESUS NA CRUZ FOI COMPLETAJesus realizou na cruz uma obra completa. Ele mesmo clamou: “Está consumado!” João 19:30
E na cruz, Jesus conquistou, para nós, bênçãos tais como:
- A vida eterna;- Ele levou sobre si as nossas dores e enfermidades (a Bíblia diz: “...por suas chagas, fostes sarados”, 1Pe 2.24).Ele nos trouxe a cura interior, uma vez que pela obra da cruz Ele sofreu o castigo que nos traz a paz e sarou, assim, nossas feridas de alma – Isaías diz: “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”, Is 53.5.
Todas são nossas de facto! Espiritualmente falando, já estamos abençoados com todas elas!
Mas para desfrutar de cada uma, eu e os meus irmãos, temos que nos apropriar delas.
Se ainda não nos apropriámos/tomamos posse da salvação oferecida por Jesus nunca seremos salvos, não fomos, não somos, não seremos!
(a Bíblia diz que para sermos salvos, temos que declarar, com a nossa boca, que Jesus é o nosso Senhor, Rom. 10.9, 10).
* Confessares – homologeo – Este mesmo verbo traduz-se por professar e como um substantivo, “profissão/professam” (Tito 1:16; Heb. 3:1)Para sermos curados das enfermidades, passa-se da mesma forma: é necessário apropriarmo-nos, assumir de forma coerente que estamos doentes e necessitamos do medicamento que cura.
* Declarar ou professar que Jesus é o Senhor. Os Judeus atribuíam o senhorio unicamente ao Pai. (1 Cor. 12:3; Fil. 2:11). Os gentios adoravam o Imperador como senhor; mas os cristãos reconheciam a Cristo como “o Senhor… o segundo homem é do céu” 1ª Cor. 15:47.
A confissão do senhorio de Cristo implica a disposição para aceitar ser conduzidos por Ele, obedecer aos Seus mandamentos (João 14:21; 1João 2:3-4).
É nesta disposição que temos consciência que a obra de Jesus na Cruz foi completa. E é esta disposição que nos leva a nos apropriarmos das bênçãos por Ele conquistadas e que coloca à nossa disposição: Ef 1.13: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.Quero fazer duas perguntas. A primeira é: Que tipo de bênçãos Jesus conquistou para nós? ...e a segunda é: Onde estão as bênçãos que Jesus conquistou na cruz?
Vejamos a primeira: Que tipo de bênçãos Jesus conquistou para nós: são as BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS, e não bênçãos físicas.Ah! Mas Jesus não conquistou para nós a saúde, levando sobre si as nossas enfermidades?A saúde do corpo, do físico, é uma das bênçãos espirituais que Jesus conquistou para nós; mas ela ainda não se tornou uma bênção física permanente. O nosso corpo ainda não é incorruptível. Sê-lo-á na ressurreição.
Seremos segundo a estatura de Cristo: Efésios 4:13 física, mental, carácter, seremos segundo a genética original, sem o efeito do pecado. Ver Isaias 65:20
E a segunda pergunta: Onde estão as bênçãos que Jesus conquistou na cruz?Já estão na minha vida aqui neste mundo, uma vez que sou crente? ...o que Ef 1.13 nos diz? ...onde é que estão as bênçãos com as quais nós já fomos abençoados?
O versículo diz isto: “...nos lugares celestiais em Cristo”. Irmão: As bênçãos que Jesus conquistou na cruz para nós, elas não estão na esfera do mundo físico; elas ainda estão na esfera espiritual, “nos lugares celestiais”, diz a Bíblia.
Para que eu receba (no mundo físico, em minha vida aqui neste mundo) qualquer uma das bênçãos que Jesus já conquistou para mim na cruz, eu tenho que TIRÁ-LAS da esfera espiritual (dos lugares celestiais) e TRAZÊ-LAS para o mundo físico em que eu vivo!
Tenho que transformar BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS em BÊNÇÃOS FÍSICAS, por assim dizer. E como é que eu faço isso? ...abrindo a minha boca (eu tenho que declarar que aquela bênção eu a quero receber, em nome de Jesus). Por outras palavras: através da oração. (é isso que é APROPRIAÇÃO)!
Vamos ilustrar isso com palavras do nosso mundo físico para entender o que acontece no mundo espiritual:O cheque espiritual. Quando nos convertemos, digamos que foi creditado no céu, dez milhões de bênçãos reais espirituais (e nós recebemos um talão de cheques espirituais, sendo que cada cheque chama-se ORAÇÃO).
Se não usar o cheque, não conseguirá sacar um centavo de bênção espiritual (compreenderam ...cada oração é um cheque)!Mas um cheque tem que ser preenchido correctamente:
Primeiro, você tem que preencher com clareza (por cifra e por extenso) o seu valor – isso significa que no cheque espiritual você tem que, na oração, dizer de forma clara qual é a bênção que você quer (não dizer: “Senhor simplesmente, abençoa-me”).Se você preenche um cheque deixando de especificar o valor, o banco aceita? ...não.
Depois, você tem que preencher o favorecido – na sua oração você também tem que dizer ao Senhor para quem é essa bênção que você está pedindo.
Depois disso, você tem assinar o cheque. “Assinar” numa oração significa TER FÉ (quando você assina um cheque, você está a declarar para ao banco: Pode pagar, pode ter fé que o cheque é meu mesmo – se não assinar um cheque, ele volta). Da mesma maneira: se você orar sem fé, não pense que a sua oração vai ser atendida. (Tg 1.6 diz: "peçam com fé e não duvidem de modo nenhum, pois quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro. Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do Senhor").
Finalmente, no cheque você tem que pôr a data.Na esfera espiritual isso significa que é naquele momento em que ora, em que você está orando, que o elemento TEMPO está sendo inserido na sua bênção, isto é, a bênção está saindo das regiões celestiais e entrando no mundo físico!Percebe por que precisamos fazer ORAÇÃO? ...as bênçãos que Jesus conquistou para nós não vêm automaticamente para nós (se viesse, não haveria necessidade de orar)! ...mas a Bíblia diz para orarmos sem cessar!
Com isso, quero concluir com uma observação muito importante, pois é básica para sermos abençoados em todas as áreas da nossa vida – a observação é a seguinte:Todas as bênçãos espiritualmente já nos foram dadas; mas cada uma delas precisa ser apropriada, num determinado momento da nossa vida.
O modo de você apropriar, de você TOMAR POSSE da bênção de Deus é fazendo oração, é emitindo cheques espirituais.Você tem emitido muitos desses cheques?Ouça: o nosso saldo celestial nunca diminui. Os talões de cheques espirituais nunca chegam ao fim – não é preciso economizar “bênçãos espirituais”; elas são intermináveis! Aleluia?
Mas se você não emitir um cheque, se não orar, as bênçãos de Deus para você ficarão lá para o dia seguinte... se no dia seguinte você também não orar, não sacar do reino do espírito nenhum bênção, elas continuarão lá...Porém, quando Jesus vier e for para a eternidade, vai olhar para os depósitos do céu e vai ver a quantidade interminável das bênçãos que poderia ter recebido e não recebeu...A partir de hoje: Não economize nas suas bênçãos. Tome posse delas!

PORQUE RAZÃO A SALVAÇÃO DE DEUS NOS É NECESSÁRIA?

Todos São Pecadores - “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” Romanos 5:12
Todos São Desgraçados - “Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto os que estão na carne não podem agradar a Deus” Romanos 8:7,8
Todos São Perdidos - “Como está escrito: Não há justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há sequer um” Romanos 3:10,11,12
A SALVAÇÃO É PROVIDENCIADA PARA TODOS
Pelo Amor do Pai - “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16
Pela Morte do Filho - “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos
ímpios, Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para connosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” Romanos 5:6-8
Pela Pregação do Evangelho - “Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e por meio dele todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés”
Actos 13:38,39.
TODOS OS QUE CRÊEM ESTÃO SEGUROS ETERNAMENTE
Todos os Que Crêem Estão Seguros Eternamente
- O Senhor Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente; e ninguém as arrebatará da minha mão” João 10:27,28 Todos os Que Crêem Se Tornam Filhos de Deus
- “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de facto, somos filhos de Deus. Por essa razão o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados; agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos, que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes
a ele, porque havemos de vê-lo como ele é” I João 3:1,2
A Salvação é Só Pela Fé -“Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” Romanos 4:5 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” Efésios 2:8,9
Todos os Que Crêem Precisam Confessar a Cristo
- “A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” Romanos 10:8,9
Todos os Que Crêem Precisam Mostrá-lo Pelas Suas Obras - “Fiel é a palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiantemente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e
proveitosas aos homens” (Tito 3).

A IGREJA FIEL

Introdução
Todos temos experimentado como crentes e como Igreja o cumprimento de todas as promessas que Deus nos faz na Sua Palavra. Por esse motivo, a primeira mensagem de uma série, com base nas cartas enviadas às igrejas da Ásia, tem como texto básico a exortação de Jesus à igreja de Esmirna: "Sê fiel até à morte" (Ap 2.10). há um apelo feito à igreja de Esmirna, feito a todas as igrejas e também à última igreja: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". Na carta à igreja de Esmirna, registada em Apocalipse 2.8-11, o Espírito Santo ensina-nos preciosas lições sobre a FIDELIDADE.
1ª - A FIDELIDADE EXIGIDA.
Jesus, o Senhor da Igreja, exorta: "Sê fiel até à morte..." (2.10). A fidelidade faz parte do carácter do cristão como filho de Deus: "Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (1 Tim. 2.13). Portanto, crente infiel é contradição de termos. O infiel não é crente.Fidelidade apesar das circunstâncias. A fidelidade cristã não nos isenta de dificuldades. Pelo contrário: "Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (João 15.19; 16.33).
Em Esmirna havia muitos judeus que eram ricos, influentes e hostis aos cristãos. O sofrimento vinha de dentro; os judeus e os cristãos tinham a mesma raiz na aliança feita com Abraão (Gál. 3.29 “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.”). Jesus ensina que a igreja deve ser fiel: Eles não foram! (Apoc. 2.9) Nas tribulações. Jesus sabe que a tribulação é como um peso que oprime os cristãos. A igreja é fiel nas tribulações porque a "tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Rom. 5.3-5). As tribulações leva os crentes à maturidade. Na pobreza. O Senhor conhece também a pobreza dos seus filhos (2.9). A palavra traduzida por pobre (ptojia) significava pobreza extrema, a falta de coisas essenciais à vida. Os judeus viam a prosperidade como bênção e a pobreza como maldição. A Bíblia, no entanto, diz que os pobres são bem-aventurados (Luc. 6.20). São participantes das riquezas de Cristo (2 Cor. 8.9). Prisão (2.10). Os povos de Ermirna perseguiam os cristãos instigados pelos judeus, que pertenciam à sinagoga de Satanás (João 8.39, 41, 44). Muitos sofreram o martírio por serem fiéis.Jesus encoraja os cristãos para que permaneçam fieis: "Não temas as coisas que tens de sofrer" (2.10). O tempo da provação seria curto. O tempo da nossa peregrinação é breve comparado com a eternidade. Por isso, somos confortados pelas Escrituras (2 Pedro 3:8).
2ª A FIDELIDADE É POSSÍVEL EM CRISTO Fidelidade a Roma.A cidade de Esmirna era conhecida no mundo antigo pela sua fidelidade a Roma. Por isso, era favorecida pelo poder imperial. Os cristãos eram perseguidos porque recusavam-se a participar do culto ao imperador. As religiões tinham liberdade desde que demonstrassem a sua fidelidade ao império, participando desse culto.Fidelidade a Jesus Os cristãos recusavam fazer a confissão "César é Senhor" porque, para eles, só Jesus era "o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver" (2.8). Confessavam a divindade de Jesus, porque em Isaías 44.6 e 48.12, a afirmação "Eu sou o primeiro e eu sou o último" é feita pelo Senhor (Javé) referindo-se a ele mesmo. Mas Jesus também morreu por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Ele é Todo-Poderoso e compassivo.Fidelidade pela graça de Jesusa) Ele é Deus e soberano sobre os reis da terra. Sejam quais forem os nossos sofrimentos, seremos finalmente vitoriosos em Cristo;
b) Ele encarnou para morrer em nosso lugar. Por isso, ele sofreu tudo o que o ser humano pode sofrer e se compadece das nossas necessidades (Heb. 4.15-16);
c) Cristo venceu a morte pela ressurreição e esse poder da ressurreição já opera em nós e faz tudo além do que pedimos ou pensamos (Efésios 3.20). Pela graça de Jesus podemos permanecer fiéis em qualquer situação.
3ª - A FIDELIDADE É RECOMPENSADA POR JESUS.A recompensa da vida eterna. As palavras do Senhor são claras: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (2.10). Para sermos aprovados como cidadãos do Reino de Deus, precisamos ser provados pelo Rei. Por isso, Tiago escreveu: "Feliz é aquele que nas aflições permanece fiel! Porque, depois de sair provado dessas aflições, receberá como prémio a vida que Deus promete aos que o amam" (Tiago 1.12).
A recompensa do galardão Paulo fala da coroa da justiça reservada aos que cumprem cabalmente o seu ministério e que amam a vinda do Senhor (2 Tm 4.7-8). O uso adequado dos talentos nos dá acesso ao grande banquete com o Senhor (Mat. 25.21).
Conclusão: Cristo ressuscitado e glorioso faz-nos grandes ofertas e uma grande exigência! Mas ele vem morar, pelo Espírito Santo, nos nossos corações, para nos fortalecer interiormente para que sejamos fiéis em qualquer circunstância e herdeiros da vida eterna! Ele chama-nos à fidelidade e nos capacita a sermos fiéis.