quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Igreja – Santa Ceia

I-                   "Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2: 47)
1.      Igreja ou assembleia.
1.1.Sentido da palavra “igreja” – ekklesia – assembleia por convocação ou chamar a si, chamar fora de … Sentido etimológico.
1.2.Assembleia dos eleitos de Deus. Atos 2:47.
2.      A noção de convocação refere-se a uma vocação. A igreja é uma comunidade vocacionada. Efésios 4:4.
3.      Uma assembleia local organizada: 1ª Cor. 1:2ss
4.      Uma organização
a)      Um chefe supremo: Cristo
Efésios 1:22
b)      Responsáveis: Atos 15:22,23 – um colégio de irmãos.
c)      Não há uma pessoa humana suprema (papa) mas funções 1ª Cor. 12:28.
II-                Um Fundamento.
1.      O primeiro fundamento; Cristo 1ª Cor. 3:9-11.
2.      Segundo fundamento; os apóstolos. Os apóstolos formam indiscutivelmente o fundamento humano da igreja ver Ef. 2:19,20; Ap. 21:14.
Eloquente exemplo de Pedro – 1ª Pedro 2:4.
3.      A igreja é o fundamento da fé – a fé exprimida  por Pedro é o cimento da igreja Mateus 16:18.
4.      Pedro não é infalível apesar da sua profissão de fé. Mat. 16:23.
III-             Os poderes disciplinares.
1.      O poder das chaves.  16:19. O poder das chaves pertencem à igreja e não a um homem, Mat. 18:18.
2.      A faculdade de ligar ou de desligar emana do Evangelho, Mat. 16:15,16.
3.      Deve haver arbitragem entre os irmãos Mateus 18:17 “E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
IV-             Uma Missão Sagrada.
1.      Guardar sempre a verdade, 1ª Tim. 3:14,15.
2.      Assegurar a difusão do Evangelho, Mar. 16:15. Entrar na igreja é uma vocação para ser salvo e para salvar ou seja pregar ou anunciar o Evangelho. Sem igreja não há evangelho.
3.      Crendo na eleição de Deus, quem pode recusar esta eleição? Quando iluminados pelo Espírito Santo, fazemos a mesma profissão de Pedro, tornamo-nos pedras vivas como Pedro, como João e os outros.
4.      Pedro – petros – uma pedra – cefas – rochedo.
5.      A pedra sobre a qual Deus edificou a Sua igreja não foi sobre Pedro, mas sobre a sua declaração.
6.      Igreja comete faltas e necessita renovar constantemente o seu voto de fidelidade a Cristo. A santa ceia (1ª Coríntios 11:23-26) é um momento solene de renovação e reafirmação sobre a rocha dos séculos Cristo Jesus.
Citação Desejado Todas as Nações: “A santa ceia aponta à segunda vinda de Cristo. Foi destinada a conservar viva essa esperança na mente dos discípulos. Sempre que se reuniam para comemorar Sua morte, contavam como Ele, "tomando o cálice, e dando graças, deu-lhes, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de Meu Pai". Mat. 26:27-29. Nas tribulações, encontravam conforto na esperança da volta de seu Senhor.”” P.659
José Carlos Costa, pastor

sexta-feira, 17 de maio de 2013

As Boas Vindas a Jesus


Int. Lucas 8:26-39

O endemoninhado de Gadara, havia muito tempo que estava possesso pelos demónios. Nu, esfomeado e louco.
Viu Jesus e prostrou-se por terra: “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?”.
Os demónios pedem para ir para os porcos.
Quando Jesus pretende entrar na aldeia dos proprietários dos porcos estes não consentem. Pedem para que Jesus se vá embora. Dois testemunhos; a) por um lado os guardadores dos porcos contam o que viram e ouviram os endemoninhados (demónios) dizerem que eram uma “legião”, uma legião romana era composta por seis mil soldados de infantaria e 700 soldos montados em cavalo. O número aqui não importa eram “muitos”; ouviram também o testemunho dos discípulos de Jesus contar o que tinha acontecido no mar revolto e como Jesus tinha acalmado.
A população com medo de perder alguma coisa de valor material deixa de ganhar as bênçãos que Jesus levava.
Um só pode para acompanhar Jesus, um só está pronto a deixar a família, o emprego, casa, bens para seguir a Jesus.
E Jesus que cumpria a missão de chamar os homens a segui-Lo recusa esta disponibilidade. E diz-lhe para ele ficar na sua terra, junto dos seus familiares e contar o que o Senhor tinha feito por ele.
Jesus abandonou aquela terra, não se impôs onde não era desejado. Afasta-Se no barco que O tinha trazido. Com certeza a pensar que aquela campanha tinha sido mal sucedida: pouco resultado para tanto esforço.
Satanás tinha dificultado a tarefa do Divino Mestre.
1.      Jesus volta de novo.
Jesus tinha procurado responder às necessidades que Ele sabia existirem naquela terra. Sabia que ali havia corações aflitos. Ele tinha ido ao encontro “clamado, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e não houve quem desse atenção.” Como diz Provérbios 1:24.
Lucas 8:40, diz que Jesus voltou e a atitude das pessoas tinha mudado completamente: “…pois todos o esperavam.”
Um homem tinha cumprido o seu dever, cumpriu a ordem do seu Senhor: “E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus tinha feito.” Lucas 8:39.
As pessoas entretanto tinha reconhecido que Jesus era muito mais importante que qualquer outra coisa na vida, mãos do que os porcos.
Uma só pessoa tinha provocado naquela terra um reavivamento espiritual.
Um só tinha encontrado verdadeiramente a Jesus, tinha ouvido o dom da Sua voz. Um só tinha ouvido o diabo chamar-Lhe “Filho do Deus Altíssimo”, mas convenceu muitos a esperar pelo retorno de Jesus.
Muitas vezes penso que este geraseno é uma verdadeira figura do povo Adventista, que prepara o glorioso retorno de Jesus.
Às vezes como ele temos a impressão que as pessoas estão mais interessados com os porcos, que em ouvir falar do amado Senhor.
Em muitos lugares da Bíblia o retorno do Senhor Jesus Cristo nas nuvens dos céus é comparado com um casamento: o noivo que vem ao encontro da Sua noiva.
História: há uma espécie de formigas que nascem com asas, e estas asas têm uma duração relativamente curta, há um momento preciso em que estas formigas abandonam os seus formigueiros para formarem uma nova colónia. Segundo os especialistas estas novas formigas estão prontas a partir dianas antes, e ficam impacientes, excitadas pelo momento do voo.
No entanto, as mais velhas fazem barragem, não as deixam partir, esperam um momento exato, as novas formigas devem atingir o momento da maturidade ou do desejo de partir, ou ainda, tem de cumprir certas tarefas, a razão da barragem não se sabe.
Quando o sinal é dado as portas são abertas e elas partem aos milhares. Todas as colónias saem a encontrar-se no ar, forma pares com outras formigas de outros formigueiros.
O dia e a hora é o mesmo para todas as colónias daquela região.
O livro do Apocalipse fala que 4 anjos (Ap. 7:1) estão a segurar os ventos da terra até que o povo de Deus, a noiva esteja pronto. Como as formigas operárias, os anjos estão à espera por uma ordem para abrir as portas.
O geraseno, não tinha recebido nenhuma indicação nem do dia nem da hora que Jesus retornaria, mas foi “apregoando” o que o Senhor tinha feito por ele. Ele tinha percebido que Jesus voltaria e não demoraria e se demorasse ele continuaria a cumprir o mandato do Senhor.
Ele tinha um relógio interior, que lhe dizia: Ele voltará, o Espírito Santo que colaborava com ele a preparar os corações das pessoas dava-lhe a certeza do regresso do Mestre: sabia que o voltaria a ver.
2.      O Acolhimento: “Todos o esperavam com alegria”  (só algumas versões dizem com “alegria”.)
O testemunho do endemoninhado fez que o regresso de Jesus fosse tão desejado. Confiavam agora que os enfermos seriam curados, os filhos abençoados, os lares ficariam mais sólidos com a presença e bênção de Jesus. Aprenderam que há coisas mais importantes que o se toca, o que se vê, o imediato.
E de fato assim foi: Lucas 8:41 “Ora um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, chegou e prostrou-se aos pés de Jesus, rogando-lhe que entrasse em sua casa, porque tinha uma filha única de quase doze anos, que estava à morte. E indo ele, apertava-o a multidão.” Ler até ao verso 45.
Filha única, de doze anos, o que revela estes dois pormenores a angústia do pai, e certamente o alívio ao ver que Jesus sem dizer palavra se colocou ao seu lado. Mas de repente Jesus para, olha para um lado e para outro.
Quando os discípulos lhe perguntam a razão Ele responde: “…alguém me tocou.”
Muitos comentários se podem tecer sobre esta atitude de Jesus, para mim é a Sua divina calma que me impressiona.
A menina está atingida com uma doença mortal, ao ponto que São Mateus diz que ela já estava morta. Aliás, Jairo, o príncipe, dirigente da sinagoga, humilhado ao lado de um rabi a quem ele tinha recusado a entrada da primeira vez que Jesus foi à sua terra. Recebe a notícia que a sua filha já está
“Não era longe a casa do príncipe, mas Jesus e Seus companheiros avançaram lentamente, pois a turba o comprimia de todos os lados. O ansioso pai impacientava-se com a demora; Jesus, porém, compadecendo-se do povo, detinha-se aqui e ali para aliviar alguns sofrimentos, ou confortar um coração turbado.” Desejado de Todas as Nações, p. 254.
“Quem me tocou?” esta pode parecer uma pergunta estranha, numa rua estreita onde toda a gente quer estar o mais perto possível para O ver, para Lhe tocar, para contar aos vizinhos.
E face à pergunta todos negam a responsabilidade. Pedro é o que toma a palavra para querer justificar a multidão, “com certeza alguém te tocou empurrando por outro, não porque te queria tocar.”
Jesus queria que esta mulher se identificasse. Depois de ter procurado os melhores médicos, depois de ter tentado todos os conselhos dados pela vizinhas, depois de ter escutado Jesus pregar junto ao mar, tinha sido invadido por uma certeza e agora: “começara a desesperar quando, abrindo caminho por entre o povo, Ele chegou perto de onde ela se achava.” D.T.N., p. 255.
Ali estava a grande oportunidade dela, ali ao alcance da sua mão. Achava-se enfim na presença do grande Médico. Não Lhe podia falar no meio daquela multidão e confusão.
Enquanto pensa na forma de resolver o seu problema Jesus começa afastar-se: “Concentra-se, naquele único toque, toda a fé de sua vida, e, num momento, a doença e a fraqueza deram lugar ao vigor da perfeita saúde.” Idem.
Jesus responde: “…de mim saiu poder.”
Aqui está a resposta ao “quem me tocou”. Mas porque razão fez a pergunta? Parece um mistério. Então Jesus não controlava o poder que tinha? Será que tivesse medo que aquele poder fosse mal utilizado?
Jesus quis trazer a mulher diante do público e isto por várias razões:
1-      Era bom ou mesmo necessário que ela fosse conhecida. Todos os seus familiares deveriam ter consciência do seu estado permanente de impureza e porque praticava o cerimonial da purificação.
2-      Para que ela fosse aceite nas cerimonias religiosas e a sua cura fosse conhecida em público.
3-      Para que na mente dela se realizasse a cura pelo poder de Jesus.
4-      À semelhança do jovem endemoninhado era preciso que ela reconhecesse que o poder tinha vindo de Jesus e quem tinha tocado. Tocado e transformado. Reconhecer!
No verso 47 a mulher apercebe-se que não se pode ocultar. Veio trémula. Sentiu que tinha feito algo errado. Pensou: que irão pensar os que olham? Ali toma a decisão contar tudo “à vista de todo o povo” e como fora curada.
Ela é a única pessoa que tem o privilégio de ouvir estas palvras de ternura: “Filha”.
Era a esta experiência que Jesus a queria conduzir: sentir-se filha. E você? Não quer sentir-se filho, filha?
“Após a cura da mulher, Jesus desejava que ela reconhecesse a bênçãos que recebera. Os dons oferecidos pelo evangelho não devem ser adquiridos às furtadelas, nem fruídos em segredo. Assim o Senhor nos chama a confessar a Sua bondade, “vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor”; Eu sou Deus.” D.T.N., 256 (Is. 43:12).
3.      Quando Jesus volta, volta com bênçãos.
Apocalipse 21:3,4.
Conta-se que no século passado uma aldeia no principado de Sabóia em França, desejava muito que o seu príncipe os visitasse. Mas eles viviam nas montanhas e não havia estradas por onde passar uma charrete.
Então eles decidiram abrir um caminho sobre as montanhas, pontes sobre os rios. Para que o amado soberano pudesse receber as boas vindas dos seus súbditos.
Se queremos que o nosso amado Soberano volte devemos preparar uma estrada para Ele. A principal tarefa e lançar por terra o nosso orgulho e permitir que o Espírito Santo remova os nossos hábitos e introduza na nossa vida o valor de ir apregoando o retorno de Jesus.
 
José Carlos Costa, pastor
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Plano da Salvação


No domingo, 29 de agosto de 1977, o sargento Sílvio Delmar Holembach passeava com a família no Jardim Zoológico de Brasília, quando um jovem, Adilson, devido a um ato imprudente, caiu no viveiro das ariranhas. As ariranhas são animais da família das lontras, mas muito mais agressivas. São animais predadores, que caçam em grupo. Apesar do grande número de pessoas presentes, o sargento Sílvio foi o único a saltar para dentro do viveiro para salvar o jovem Adilson. De facto, quando ele viu os ferozes animais a atarem Adilson, ele saltou para dentro da jaula, tomou o menino nos braços e ajudou-o a subir o poço de dois metros de altura.
Quando o próprio Sílvio se preparava para escalar o poço, foi agarrado nas pernas por uma grande ariranha e caiu de novo dentro da jaula. Imediatamente todos os outros animais caíram sobre ele, arrancando-lhe pedaços do corpo com os seus dentes afiados. Quando os tratadores conseguiram entrar na jaula e afastar as ariranhas, o sargento Sílvio já estava completamente mutilado. Sílvio Holembasch foi levado para o hospital das Forças Armadas, mas não foi possível socorre-lo. Falceu poucas horas depois, certamente o sacrifício de Sílvio Holembrach por Adilson ficou bem marcado na mente do jovem, e todas as vezes que ele ouvir o nome de Sílvio Delmar Holembach, não deixará de se emocionar. Afinal, Holembach morreu para salvá-lo de uma morte terrível.

Esta experiência ilustra em o que Jesus fez por cada um de nós. Também Jesus desceu até ao fundo do poço desta Terra para nos salvar das garras de Satanás, embora estivesse consciente de que tal ato Lhe custaria a vida. Assim, neste pequeno post, gostaria de explorar consigo aquele que é, seguramente, o tema central das Escrituras. Vamos tentar compreender um pouco melhor o Plano da Salvação concebido por Deus para redenção da Humanidade.

Dado que, neste Plano, Jesus desempenha uma função central, ao compreendermos melhor o Plano da Salvação, poderemos também aproximar-nos mais de Cristo e dar mais valor ao seu sacrifício por nós. Comecemos por responder à seguinte pergunta: porque é necessário o Plano da Salvação?

A realidade do pecado no seio da raça humana.
Ao longo de toda a sua História, a Humanidade teve que se defrontar com um sério problema: o problema do pecado. Podemos perguntar: O que é exactamente o pecado? O Apóstolo João define o pecado como sendo “a violação da Lei” (1 João 3:4). Esta Lei que é violada é a Lei Moral dos Dez Mandamentos de que já violámos a Lei de deus. na verdade, é a Lei Mora dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Ora, todos nós temos consciência de que já violámos a Lei de Deus. Na verdade, as Sagradas Escrituras informam-nos de que todos os seres humanos que alguma vez existiram violaram a Lei Moral. Todos pecaram (Romanos 5:12), pois não há pessoa alguma que não peque (2ª Crónicas 6:36). O apóstolo João diz-nos mesmo que, “se dissermos: ´Não temos pecado`, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (1ª João 1:8). De facto, não existe nenhum ser humano justo; não há um sequer (Romanos3:9,10). Isto quer dizer que mesmo os mais virtuosos entre os seres humanos são pecadores, pois não existe alguém tão justo sobre a terra que faça o bem sem jamais pecar (Eclesiastes 7:20). Mas podemos perguntar: Não podemos perguntar: Não pode o ser humano pecador de algum modo justificar-se diante de Deus? a resposta da Bíblia é clara: Não! Diante de Deus nenhum ser humano se pode considerar justo, nem pode considerar como justificáveis os seus atos (Salmo 143:1,2; Job 9:2-3). Por isso, podemos concluir que o ser humano, por si mesmo, nada pode fazer para apagar os seus pecados. Como nos diz o profeta Isaías: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças são como trapo da imundície” (Isaías 64:6). Ninguém pode dizer verdadeiramente que purificou o seu coração de todo o pecado (Provérbios 20:9). Além do mais, os seres humanos não têm força anímica suficiente para deixar os seus pecados pelo seu esforço pessoal. Por nós próprios não podemos fazer constantemente o bem, pois estamos acostumados desde crianças a fazer o mal (Jeremias 13:23). Ora, o problema que os seres humanos pecadores têm que enfrentar em consequência da sua pecaminosidade é bem grave. De facto, a consequência final do pecado é a morte. Não apenas a morte temporal, mas a morte eterna. Pois, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Diante do problema do pecado no seio da raça humana, deveríamos concluir que a salvação do homem pelas suas próprias forças é absolutamente impossível (Mateus 19:25,26).

Felizmente, os seres humanos não estão sós para enfrentar o problema do pecado. Deus está disposto a vir em auxílio dos pecadores. Deus não tem prazer na morte do pecador (Ezequiel 18:32). Ele não quer que ninguém se perca, mas que todos se convertam e sejam salvos (2ª Pedro 3:9). Ora, a boa-nova é que Deus pode, efectivamente, purificar dos seus pecados os seres humanos (Salmo 51:1,9).

A solução de Deus para o problema do pecado humano.
Na verdade, o Deus Criador concebeu um plano para salvar os seres humanos do pecado e da correspondente morte eterna. Trata-se do Plano da Salvação. Jesus Cristo revelou a essência deste plano durante o Seu ministério nesta Terra. Segundo Jesus, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Jesus veio a este mundo “para que o mundo seja salvo por Ele” (João 3:17). Este Plano da Salvação da Humanidade foi concebido pelo Deus Triúno desde a eternidade, isto é, antes mesmo da fundação do nosso mundo (Romanos 16:25,26). Foi seguindo este Plano da Salvação que Jesus veio à Terra para salvar os pecadores (1ª Timóteo 1:15). Como Ele próprio disse: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). Jesus foi designado por Deus para o Salvador da Humanidade. Em nenhum outro podemos encontrar a salvação (Atos 4:12). Apenas em Jesus temos a possibilidade de sermos salvos dos nossos pecados e da morte eterna que eles acarretam. Por que razão é isto assim? Simplesmente porque é pela morte expiatória de Jesus na cruz em nosso lugar que nós temos a possibilidade de sermos resgatados da penalidade do pecado, a morte eterna. Só a morte de Jesus nos permite alcançar a remissão dos pecados.

Como diz o profeta Isaías, ao descrever a missão do Messias, “Ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude das nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre Ele, sim, por Suas feridas fomos curados. (…). Iahweh fez cair sobre Ele a iniquidade todos nós. (…). Pelo Seu conhecimento, o justo, Meu Servo, justificará a muitos e levará sobre Si as suas transgressões” (Isaías 53:5,6,11). Portanto, Jesus morreu pelos pecados, isto é, por todos os seres humanos que existem e já existiram neste Planeta (1ª João 2:2). A Sua morte única sobre a cruz é suficiente para expirar todos os pecados da Humanidade (Hebreus 9:28).

Assim sendo, devemos concluir que nós somos salvos apenas pela graça de Deus, manifestada na morte expiatória de Jesus. Nós podemos ter a redenção gratuitamente, se aceitarmos a morte de Jesus por nós (Efésios 2:8,9; Atos 15:11). Mas para que sejamos salvos pela graça de Deus, devemos exercer fé em Jesus como nosso Salvador. É a fé que se apropria da redenção oferecida gratuitamente pelo Plano da Salvação. Por isso, todo o pecador que confia em Jesus é justificado dos seus pecados pela fé (Romanos 5:1,2). Para alcançar a salvação, devemos ter fé em Jesus como Salvador da Humanidade (Atos 16:30 e 31). Assim sendo, é evidente que Jesus é o único mediador entre Deus e a humanidade pecadora (1 Timóteo 2:5,6), pois só Jesus foi designado por Deus para ser o Salvador dos homens (Atos 5:31). Assim, no Evangelho de Cristo nós temos a Boa-Nova de que Deus “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.3,4) por intermédio do Seu Filho Jesus.

As condições para a salvação do pecador.
No entanto, o Plano da Salvação tem implícitas certas condições para que o pecador possa ser salvo. De fato, Jesus veio chamar todos os pecadores ao arrependimento (Lucas 5:31 e 32), mas, para que possa ser perdoado por Deus, o pecador deve reconhecer os seus pecados (Salmo 51:3-6). Assim, quando toma consciência do seu pecado, o pecador deve passar por três etapas. Primeiro, deve entristecer-se pelo pecado cometido (2ª Coríntios 7:10); em segundo luar, deve arrepender-se sinceramente (Atos 3:19); e, em terceiro lugar, deve mudar o seu comportamento, deixando de cometer o pecado de que se arrependeu (Atos2:37 e 38). Após estas etapas, o pecador arrependido deve confessar o seu pecado a Deus (Provérbios28:13). Esta confissão deve ser realizada através da oração (Salmo 32:5). Ao confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele perdoa-nos completamente o erro cometido. Ele apaga as nossas transgressões (Isaías 43:25). No entanto, para que Deus possa perdoar os nossos pecados, há ainda uma última condição que deve ser preenchida pelo pecador. Ele deve ser capaz de se perdoar também aos seres humanos que o tenham ofendido (Mateus 6:14 e 15).

Assim, graças à morte expiatória de Jesus na cruz do Calvário, Deus por perdoar todos os nossos pecados. É no Filho amado de Deus que temos a rendição pela remissão dos pecados (Colossenses 1:3). Invocando o nome de Jesus e crendo na Sua intercessão, recebemos de Deus a remissão dos pecados (Atos 10:43). O pecador deve, pois, crer em Jesus como seu Salvador para ser perdoado por Deus (João 3:16).

A Justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo.
Vamos agora ver em detalhe como ocorre a justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo. A Fé é o princípio fundamental do Evangelho de Jesus pregado para salvação do pecador. Por isso, a Bíblia diz-nos que “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:16,17). É pelo exercício da fé em Jesus que o pecador é justificado gratuitamente por Deus de todos os seus pecados. Em Jesus “é justificado todo aquele que crê” (Atos 13:38 e 39; Romanos 3: 23-26). No entanto, podemos perguntar-nos: Como funciona o processo da justificação pela fé? É muito simples! Assim como Adão, pelo seu pecado original, levou toda a humanidade a cair no pecado e na sua consequência, a morte, também Jesus, pela Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado e da morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado e da morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita. Assim, aparecemos aos olhos de Deus como perfeitamente justos, isentos de pecado (Romanos 5:17-19). Deus olha para nós e, em vez de ver a nossa deformidade moral, merecedora de morte eterna, vê a perfeição moral de Cristo, merecedora de vida eterna. Isto é a justificação do pecador pela sua fé em Jesus. Portanto, devemos aqui sublinhar que o ser humano é justificado gratuitamente pela sua fé em Jesus, sem as suas boas obras (Romanos 3.28).

Como escreveu o apóstolo Paulo: “Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus: não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho” (Efésios 2:8 e 9). Desta forma, a esperança do pecador arrependido encontra-se no Plano da Salvação, pelo qual é justificado gratuitamente pela fé em cristo. “Nós aguardamos, no Espírito, a esperança da justiça que vem da fé” (Gálatas 5:5). Sendo justificados por Deus, alcançamos o maior bem que qualquer ser humano pode desejar: “Estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1-2).

Conclusão
Portanto, temos razões para celebrar. Deus ama-nos e providenciou um meio para que todos os pecadores possam ser libertados das cadeias do pecado e escapem à sentença da morte eterna.

No entanto, para que o Plano da Salvação possa produzir resultados, é necessário que aceitemos Jesus como nosso Salvador pessoal. Devemos crer em Jesus como nosso sacrifico expiatório, arrepender-nos dos nossos pecados e confessa-los a Deus. Pode-se perguntar: “Quando?” Caro amigo, demos fazê-lo o mais brevemente possível, pois não somo senhores da nossa vida e o tempo está a esgotar-se para todos nós, na medida que passa sem cessar.

A última vez que o ator de cinema Tyrone Power apareceu diante das câmaras de Hollywood, apelo ao público que contribuísse financeiramente para a luta contra as doenças de coração. No estúdio, Tyrone pegou numa ampulheta, virou-a ao contrário lentamente e observou a areia a escorrer. Ele disse então: “Para todos nós, o mais precioso elemento que temos é o tempo. Mas o tempo termina cedo de mais para muitos milhões, porque as doenças de coração colhem mais vidas do que todas as outras doenças combinadas.” Alguns dias depois, quando estava de férias em Espanha, Tyrone sucumbiu, ele mesmo, a um ataque de coração fulminante! Obviamente que ele não estava à espera que o seu tempo terminasse tão brevemente. Também muitos de nós, ocupados na vida quotidiana, nem nos damos conta que o nosso tempo está a fluir incessantemente. Por isso, lanço-lhe um apelo: Aceite a oferta de Deus, hoje mesmo. Amanhã, pode ser tarde de mais. Se já aceitou a expiação de Cristo, apelo para que continue firme nessa decisão, pois é a melhor decisão que poderia tomar. Ficando firmes na nossa fé em Cristo, alcançaremos seguramente a salvação eterna!

Paulo Lima

preparado por José Carlos Costa.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A Porta Santa e o Perdão dos Pecados

Introdução: João 10:7-10


No dia 1 de fevereiro de 1992, estive na Basílica de São Pedro pela primeira vez. Depois disso visitei este lugar por diversas vezes, creio que não há espaço aberto ao público e algum privado que não tenha visitado.
Quem frequenta este lugar e faz amizade com certas personalidades descobre coisas interessentes, como por exemplo as histórias das 4 portas santas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Porta_Santa ), deixo aqui o link para a história oficial.
 
1.      História do ano santo e o sentido do mesmo.
Contou-me o meu amigo então padre Duílio Darpino e posteriormente pastor adventista o seguinte: pelo natal do ano 1299, começou a circular o boato em Roma que no ano seguinte todos os peregrinos que viessem a Roma o papa concederia um “amplo e generoso perdão” para todos os pecados cometidos até então. Acrescentava o boato que isto já tinha acontecido no ano 1000, 1100 e 1200.
Ora este rumor chegou ao palácio papal. Era então papa Bonifácio VIII o napolitano. Muito astuto, pediu aos seus cardeais para investigar se este rumor tinha algum fundamento histórico. Depois de analisados todos os arquivos não acharam nada que falasse deste assunto.
Bonifácio VIII, promulgou uma Bula intitulada “Antiqera habet fido relatio”. Que prometia para todos os católicos que visitassem diariamente e durante 30 dias, todos os pecados seriam perdoados.
O mesmo aconteceria para todos os peregrinos estrangeiros e que em Roma permanecessem durante 15 dias, fazendo peregrinação entre a Basílica de S. Pedro e a de S. Paulo, confessando os pecados e arrependendo-se sinceramente.
Podiam depois disto ir para suas casas descansados porque ele lhes perdoava os pecados.
Era ponto assente: “Os pecados são perdoados a homem algum, a não ser que ele creia que ele creia que lhe são perdoados quando o sacerdote o absolve.” Papa Leão X.
Naturalmente, a isso deviam juntar um sentido profundo de generosidade equivalente ao perdão concedido. Foi um êxito tão grande, milhões de fiéis assistiram.
Clemente VI encurtou este período para o ano1350, introduzindo no entanto um ritual verdadeiramente espectacular, juntou a passagem por mais duas basílicas; João de Latrão e Santa Maria a Maior. Os períodos desde então tem sido encurtados.
Foi este papa que escreveu a bula 'Unigenitus' (27 de Janeiro de 1343), para justificar o poder papal e a concessão de indulgências. Este documento foi usado na defesa das indulgências muitos anos depois, quando Martinho Lutero afixou as suas 95 teses em Wittenberg, em 1517.
 
2.      As portas santas.
O ritual passa-se essencialmente na porta de São Pedro, que está fechada por uma parede de tijolos e um reboco fino, lisa e com uma cruz negra.
O papa acompanhado por um numeroso cortejo de cardeais e bispos, entre hinos e salmos alusivos, majestosamente vestido caminha até à porta. Bate na porta 3 vezes com um martelo de prata e cabo de marfim enquanto pronuncia palavras rituais.
A parede que foi previamente seccionada, é demolida por operários. Com uma vela acesa na mão esquerda e uma cruz na mão direita, entra na nave principal. A procissão na direcção da “Pietá” de Miguel Ângelo. Aí o papa dirige um breve alocução e conclui o ato.
Simultaneamente, cardeais incumbidos pelo papa abrem as portas santas das outras três igrejas.
Começa o ritual de milhares, milhões de pessoas que passam durante duas semanas pelas quatro portas, rezando e confessando os seus pecados.
Esperançados que a bula 'Unigenitus' (antiquera habet fido relatio) seja o meio adequado para um perfeito perdão.
 
3.      É bíblico todo este Cerimonial?
Creio que nada é mais incómodo que o peso dos pecados. Alguém disse: “O pecado narcotiza o entendimento, envenena o espírito, destrói a aspiração pelas coisas divinas e faz com que o fim do homem seja miserável e de sofrimento.”
Quantos célebres ateus na hora da morte gritam por Deus como o fez Voltaire!
Qual é o método para obter o perdão dos nossos pecados?
Moody num dos seus célebres sermões dizia: “Se Deus expulsou Adão do Paraíso por um só pecado, certamente não nos deixará entrar no céu com todos os nossos pecados, a menos que apelemos para a expiação do nosso Senhor Jesus Cristo.”
São Pedro inspirado pelo Espírito Santo disse as palavras que encontramos em Atos 8:20-22.
O que foi que o Apóstolo Pedro está a dizer? Parece muito importante: “O teu dinheiro seja contigo para perdição” ou perde-te com o teu dinheiro.
É uma expressão de tristeza, de desgosto, se Simão que tinha praticado artes mágicas não mudava de atitude, isto é não se convertesse seria destruído.
Não quer dizer que não haja esperança porque no verso 22, insta a que se arrependa.
Simão tinha como diz o verso 13: “Creu até o próprio Simão, e, sendo baptizado, ficou de contínuo com Filipe.”
Creu com o intelecto, era tão evidente a verdade que ele anuiu com a mente mas a mente ficou longe. A verdade deve pelo Espírito Santo atingir a mente e o coração.
Como diz Stanley Jones: “Há dois tipos de crentes: os que experimentaram a conversão horizontal e os que a tiveram no sentido vertical. A primeira é superficial, a segunda é profunda.”
 
A atitude de Simão revela uma incompreensão fundamental do carácter de Deus e dos dons do Espírito Santo.
 
Tinha que aprender que as coisas mais preciosas da vida não se podem comprar com dinheiro. Como por exemplo:
O amor.
O respeito.
E sobretudo o perdão de Deus.
 
“Arrepende-te”. O arrependimento é a primeira condição para se alcançar o perdão e evitar o castigo merecido. Mas é o caminho mais difícil, o arrependimento, porque arrepender-se é a decisão de seguir outro caminho, outra direcção que é apontada por Deus. Por isso é vertical: contemplar dia a dia o Calvário.
 
O ser humano está mais vocacionado para:
Esforços
Atos heróicos
Pagar
Sacrifícios pessoais.
 
Lutero, tentou fazer tudo isso quando subia a “Escada de Pilatos”. Escada que existe numa pequena igreja católica em Roma (perto de São João de Latrão), diz a tradição que esta escada foi levada miraculosamente de Jerusalém para Roma. A escada que Jesus subiu quando foi julgado. Por decreto papal prometia-se indulgência a todo aquele que subisse os degraus de joelhos.
 
Lutero subia de joelhos essa escada para livrar a sua alma do sofrimento do pecado, assim como tirar a alma do seu tio do purgatório, quando o seu pensamento foi invadido por uma passagem da Bíblia: Romanos 1:17.

Lutero queria salvar a alma do seu tio. E ao mesmo tempo libertar-se de uma consciência culpada. Lutero estava errado, não podia fazer nada pelo seu tio, tal como nos diz São Paulo nesta epístola de Romanos 14:12.

É uma responsabilidade pessoal de cada crene. Em assuntos de consciência cada pessoa é individualmente responsável perante Deus, isto não invalida que nós tudo devamos fazer para que os nossos queridos, os nosso vizinhos, os homens e as mulheres com quem privamos e os que procuramos como ovelhas desgarradas, aceitem a Jesus enquanto vida possuem.
 
4.      Há uma Única Porta Santa.
João 10:7.
Há realmente uma porta, mas não é nenhuma daquelas instituídas por Roma. Essas representam os méritos, as obras praticadas pelo ser humano. Oferecem uma salvação decretada pelo homem. Não perdoa, não salva!
 
Há uma porta: Essa é Cristo. Que está de braços bem abertos, a única que dá acesso ao reino da graça e consequentemente da vida eterna.
 
Todos aqueles que apresentam outras portas, são falsos mestres, pedras de tropeço, que nem entram nem deixam entrar.
 
Como podemos entrar nesta porta?
- Crendo no Seu amor
- Crendo que Ele morreu por nós
- Crendo que o Seu sangue tem poder para lavar-nos dos pecados: 1ª João 1:7
 
Devemos expressar esta fé em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador mediante o baptismo e uma vida coerentemente cristã à luz da Sagrada Escritura.
 
A conversão e o perdão dos pecados é o sentimento de que “Quando encontramos Cristo, encontramos tudo; quando Cristo nos encontra, não acha nada.”
 
Que acontece depois se pecarmos? Leia 1ª João 1:9.
“Jesus é a porta do redil de Deus. Por essa porta acharam entrada todos os Seus filhos, desde os mais antigos tempos. Em Jesus, segundo é mostrado em tipos, prefigurados em símbolos, manifestado nas revelações dos profetas, patenteado nas lições dadas aos discípulos e nos milagres operados em favor dos filhos dos homens, têm eles contemplado "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29), e por meio d´Ele são introduzidos no aprisco de Sua graça. Muitos têm vindo apresentando outros objetos à fé do mundo; têm-se imaginado cerimónias e sistemas pelos quais os homens esperam receber a justificação e a paz com Deus, encontrando assim entrada para Seu redil. Mas a única porta é Cristo, e todos quantos têm interposto qualquer coisa para tomar o lugar d´Ele, todos quantos têm buscado entrar no aprisco por qualquer outro modo, são ladrões e salteadores.” D.T.N, pág. 478
 
Que Deus nos ajude a perseverar em Cristo.
José Carlos Costa, pastor

segunda-feira, 6 de maio de 2013

PROGRAMA DE SANTA CEIA

Depois do lava-pés
1.      Pastor, Anciãos, Diáconos e Diaconisas oficiantes, saem do escritório uns directamente para a mesa, outro (diáconos e diaconisas) para se sentarem nos bancos da frente.
2.      Mesa – cantam um hino alusivo à cerimónia ou um solo.
Pastor e Anciãos de joelhos.
Congregação de pé.
Os oficiantes levantam-se.
As diaconisas dirigem-se à Mesa e retiram a toalha que cobre os símbolos da ceia.
3.      Santa Ceia: o Pão (s/fermento).
Pastor lê: “O exame próprio, a confissão do pecado, a reconciliação dos desentendimentos, tudo já foi feito. Agora, chegam para se encontrar com Cristo. Não devem permanecer à sombra da cruz, mas à sua luz salvadora.” D.T.N, p. 492.
Oração pelo pão: Ancião previamente designado ora depois de partidos alguns pedaços deixados para o propósito.
As bandejas onde se encontra o pão passa das mãos do Pastor para os Anciãos e destes param os diáconos (diaconisa) que distribuem pela assembleia que se encontra de pé. Os que por alguma razão não participam mantém-se sentados.
Enquanto se distribui o Pastor lê alguns textos de Isaías 53.
Depois de todos os crentes serem servidos. Diáconos e diaconisas voltam à mesa e devolvem de novo as bandejas aos anciãos estas são colocadas umas sobre as outras restando uma, com a qual o pastor serve os anciãos e por fim com ajuda do 1º ancião serve-se.
Lendo 1ª Coríntios 11:23-24 dá ordem para que todos comam do pão.
4.      Santa Ceia: o Vinho (s/álcool).
Oração de joelhos por um outro ancião. A assembleia mantém-se de pé.
A distribuição do vinho processa-se tal como o pão.
Enquanto o vinho é distribuído o Pastor lê Apocalipse 19:6-9.
Estando todos servidos, o Pastor lê 1ª Coríntios 11:25,26 e dá ordem para que beber do vinho.
Recolha dos copos/Cobre-se a mesa.
5.      Conclusão da Cerimónia.
Hino
Despedida com Bênção: 1ª Reis 8:57-58, 60-61 ou Números 6:24-26.

José Carlos Costa, pastor

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Livre dos meus Complexos


Salmo 124:7-8

Está na hora de você ter mais orgulho de si mesma

Foto: Dreamstime
·         Tenho tido a oportunidade de encontrar milhares de pessoas: pastores, médicos, engenheiros, industriais, pobres e ricos, novos e idosos. Poucas mesmo muito poucos sãos os que nãos sofrem de um ou mais complexos, uns são complexos pequenos, outros grandes, pessoas tem mesmo vários complexos.

·         Os complexos são uma espécie de fardo que se carrega sobre os nossos ombros.

·         Este fardo não nos impede de caminhar, mas prejudica os nossos movimentos, atrasa-nos e impede-nos de correr e ser felizes.

·         Este fardo podemos transportá-lo toda a vida, não se trata de uma doença mortal, mas queridos a Bíblia tem uma solução para os complexos, permitamos ser libertos.

·         Há algum tempo li um artigo escrito por um autor francês, o escritor dize: não haver só pessoas com complexos, mas também países e enumerava uma série de países e regiões. Por exemplo referia La Loire-Inférieure e os Basses-Alpes, os governantes locais pediram para que o nome fosse mudado e agora chama-se Loire-Atlantique e Alpes da Alta Província (Provence).

·         Nas empresas, hoje prefere-se o título de director adjunto a vice-diretor, porque o advérbio vice tem complexos.

·         Os países subdesenvolvidos, agora chamam-se países em vias de desenvolvimento, etc. porque dá mais classe, mais charme. Menos complexos.

 

1.      O que é um Complexo?

O psicanalista Jung, que passa por ser o autor deste conceito – psicanálise – pensava que os complexos eram um conjunto de recordações ou de ideias relacionadas com o plano afectivo, e que provocaram um problema pessoal íntimo, como uma ferida, e a pessoa vai procurar defender-se, quando a situação se depara, um problema, as pessoas inconscientemente procuram defender-se para serem feridas.

O problema da Pérola.

Um pequenino grão de areia pode ser um segredo desagradável, inferiorizante, culpabilizante, um recalcamento, metido lá no fundo da nossa memória, que nós não queremos relacionar com a nossa vida actual. Mas trata-se de qualquer coisa bem concreta.

Freud retomou esta definição de Jung e valorizou uma outra possibilidade, que seria na infância termo-nos apaixonado pelos nossos pais do sexo oposto, por isso ele chama de complexo Oedipus, e que nesta atração desenvolve-se como que uma hostilidade contra o parente do mesmo sexo, uma espécie de ciúme com desejo de morte.

Há ainda um outro Adler, que desenvolveu estudos a que chamou complexo de inferioridade.

"Examinai tudo. Retende o bem.” (I Tessalonicenses 5: 21)

A verdade é que a palavra complexo não se encontra na Bíblia, e muitos irmãos dizem então este assunto não deve ser estudado, mas a palavra Trindade também não se encontra na Bíblia e é uma maravilhosa realidade.

E também é verdade mesmo se a palavra não existe na Bíblia, iremos ver que muitos personagens bíblicos sofriam de complexos.

 

2.      Os complexos num círculo vicioso.

Uma pessoa que sofre de complexos pode facilmente cair numa ratoeira que se chama “círculo vicioso”, o que é que eu quero dizer?

Ela vai procurar fechar-se sobre si-mesma porque cada pormenor, palavra, atitude são interpretados (mal claro) pelo complexo como uma confirmação do que ela pensa.

Por exemplo, uma pessoa que tem o complexo de exclusão, sente que não é amada, desejada no grupo, será suficiente para ativar o complexo se num certo dia não foi saudada/cumprimentada com o mesmo entusiamo que nos outros dias, para ativar o pensamento que “não está no sítio certo”.

O pastor que um Sábado não cumprimenta com o mesmo entusiasmo a pessoa passará o resto da semana a perguntar-se “o que é que eu lhe fiz?”

E isso para a pessoa confirma uma suspeita que o habitava, o pastor ama mais fulano do que a mim, talvez, porque não sou rico. Complexo de inferioridade. Talvez um problema de criança, mal tratada, mal nutrida, etc.

Complexos repetitivos, ou de automatismo: os mesmos acontecimentos acabarão sempre com as mesmas consequências.

Exemplo o tímido ficará vermelho sempre que seja o ponto de atração. Ele não se sente bem, muda de lugar, ela não acredita em si mesmo como podem os outros interessar-se?

Talvez que quando pequeno, ele foi obrigado a usar as roupas de um irmão mais velho, sentiu-se desvalorizado.

Ouviu os pais comentarem que desejavam um menino e veio uma menina.

O complexo da fé: sim eu creio que há também o complexo da fé; talvez uma criança que viu os pais atropelarem os princípios tenha dificuldade em aceitar a fé, pensa: são hipócritas, não vale a pena ser cristão.

Ler Sal. 91:3; João 8:26.

 
3.      A Origem.

Queridos, nós somos todos diferentes. Uma criança pode usar óculos sem nunca ser afetada. Outro fará complexos.

Um pode reagir sem problemas a uma educação paterna culpabilizante o outro pode fazer um complexo que marque a sua vida profundamente.

Não é difícil de saber a origem dos nosso complexos. A questão será de saber se é útil descobrir?

Eu pessoalmente acho que sim, e vou dizer porquê; porque podemos pedir a Deus que cure as nossas feridas que nos ferem e magoam. E Deus que estava (Jer. 1:5) conosco desde a concepção anseia curar-nos.

Alguém pode reagir positivamente a uma educação paterna culpabilizante o outro pode fazer um trauma que só Jesus pode curar com o bálsamo de Gileade.

 

José Carlos Costa, pastor

 

Este é um assunto que faz parte de um seminário e pretendo postar todos os temas neste blog.

Um abraço e ânimo no Senhor!

 

 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Batismo Cristão



1. Introdução: Ef. 4:4,5.
- O baptismo é uma das doutrinas fundamentais da igreja, e mesmo da Sagrada Escritura. E esta importância é dada por nosso Senhor Jesus Cristo pelo fato que inicia o seu santo ministério (Mt. 3:14,15).
- Jesus ia de Nazaré para Jerusalém, era outono, as colheitas tinham sido feitas, e todo o povo se dirigia a Jerusalém para participar nas três festas; 1) festa das trombetas 2) dia da Expiação e 3) festa dos tabernáculos, ou cabanas.
- É de supor que Jesus terá parado nas margens do Jordão para ouvir João Batista, o seu primo pregar. Sentiu o chamado e confirmação do Pai para dar inicio ao Seu ministério público, e avança para dentro do Jordão e ser batizado.
- O texto diz que João se “opunha” resistia, não se achava digno. Ele sabia a forma extraordinária como Jesus tinha sido concebido, e como tinha crescido e ao olhar para Jesus vê o rosto d´Aquele que tem o rosto nobre e os olhos limpos do pecado. Vê o Messias e Cordeiro de Deus.
- “Sou eu que tenho necessidade de ser baptizado por ti.” Consciência da majestade divina, é a consciência de todo o pecador que se aproxima de Deus: “Eu tenho necessidade de ser baptizado por ti.”
- Esta consciência é um sentimento maravilhoso, é uma sensação que marca a vida para sempre. É na verdade o baptismo do Espírito Santo. É o selo da presença de Deus, é afirmação em nós de Deus: “Tu és meu filho, minha filha.”
- “E tu vens a mim?” João quer dizer: Assim face a face, sentia-se inibido de batizar Quem ele sabia que não tinha pecado.
- João não sabia que era necessário que Jesus tinha de estabelecer um modelo para todo o pecador como sinal de entrega para receber a graça de Jesus. Para todo o pecador que aceita Jesus como Salvador pessoal.
- E é por essa razão que Jesus começa o Seu ministério por este ato público: de entrar na água e ser mergulhado nela, mas terminará o Seu ministério dando esta ordem, depois de ter realizado a expiação na cruz está agora em condições de dizer: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for baptizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15,16.
- Quendo o apóstolo Pedro pregava no dia de Pentecostes, o Espírito Santo tocou os corações dos presentes. Foram convencidos dos seus pecados, sentiam-se sujos diante de Deus e precisavam de ser lavados: por isso perguntaram: Atos 2:37,9.
- Numa outra ocasião  quando Paulo e Silas estavam na prisão, era meia noite, eles oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. De repente houve um tão grande terramoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos, o carcereiro fica tão impressionado  que pergunta: “Senhores que devo fazer para me salvar?”
- A resposta está em Atos 16:31-33.
- Depois de ter sido instruído na doutrina cristã, o carcereiro e a sua família forma batizados.
- Aceitar o baptismo de Jesus é aceitar a declaração de Jesus acerca de João Batista, em S. Lucas 7:28,29. Este é um texto muito importante: Porque segundo esta afirmação aceitar o baptismo é aceitar os desígnios de Deus para a nossa vida, “os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus…” por isso não foram batizados.
Queridos amigos nós temos todo o interesse em nos submetermos às prescrições dadas por nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo disse: “Se alguém não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus.”
- Não podemos nesta matéria tão importante da qual depende a nossa entrada no reino de Deus deixar para a opinião de pastores, padres, família ou outros conselheiros, estes são preceitos antigos com validação enquanto povo houver para ser salvo.
- Às vezes ouço pessoas dizerem: “…a gente não sabe quem será salvo, se soubéssemos…!”
- Elas estão a dizer que ignoram as Sagradas Escrituras e o que estas dizem, mas às vezes não é só ignorância é falta de verdadeiro interesse, de vontade, de procurar saber, pois receiam ser criticadas pela família e vizinhos. Isso é triste!
- Vergonha. Ninguém tem vergonha de ir para a escola, universidade, preparar-se para vencer na vida, ter uma vida melhor, porque havemos de ter vergonha no que concerne à vida eterna, a uma vida com Deus? Qual a razão para hesitar?
2. O baptismo bíblico.
- Eu sei que existe outro batismo administrado pela igreja tradicional. Um baptismo por aspersão. Ou seja derramar alguma água sobre a cabeça de bebés.
- A palavra batismo, batizein quer dizer mergulhar, emergir/emersão, “movimento de um corpo que sai de um fluído no qual estava mergulhado. É isso que diz S. Paulo aos Romanos 6:3,4.
- O batismo é um sepultamento com e em Cristo. A Bíblia diz que Jesus após ter sido batizado saiu da água.
- Um dia conversando com uma senhora católica sobre o baptismo, ela disse: “Se o senhor me mostrar que Jesus saiu da água, porque eu vi um filme e Jesus era batizado fora de água. Eu quero ser batizada como foi Jesus.”
Então estudamos esse assunto com a Bíblia e mostrei-lhe Mateus 3:16. Tentei situar o texto no contexto. Depois lemos Atos 8:38, 39 e falei da experiência de Filipe e o etíope e como desceram do carro num lugar onde havia muito água. Falei-lhe sobre a posição deste homem e como era impossível fazer uma viagem tão longa sem estar munido de água e com ela ser batizado mesmo no carro. Eu queria falar mais, ela interrompeu e disse: “Sinto a minha mente e coração abrirem-se e essa é a verdade. Desejo se batizada quanto antes.” Louvado seja Deus! ainda li João 3:23 e outras passagens. Não muito tempo depois tive o privilégio de a batizar. Ela foi ungida pelo Espírito Santo, não tenho a mínima dúvida!
3. O que precede e o que se segue ao baptismo.
- Para seguirmos o Senhor no baptismo deve a pessoa ter suficiente idade para viver as seguintes experiências:
a) Ser ensinado.
b) Crer em Jesus Cristo
c) Capacidade de arrependimento, conversão e confissão a Deus (1ª João 1:9).
- O crente seguindo o baptismo de Jesus torna-se membro da igreja de Jesus. E pode ter a certeza que terá não só uma comunidade de fé que apoia mas um Protetor e o Senhor da Palava de vida.
- Fundamentalmente é possuído pela mais sublime esperança: Col. 3:4.

 

José Carlos Costa, pastor