terça-feira, 25 de junho de 2013

COMO AUMENTAR A NOSSA ALEGRIA DE VIVER

(Filipenses 1:1-11)
“Que tal, se fôssemos para casa para termos alguma comunhão?”
“Que belo jogo de golfe! Tivemos um convívio fantástico!”
“A comunhão que se desfrutou no retiro foi formidável!”
A palavra comunhão parece significar muitas coisas para diferentes pessoas. Talvez, como acontece com uma moeda já gasta, esteja a perder o seu verdadeiro cunho. Se é esse o caso, faríamos melhor em tomar medidas para o salvar. Afinal de contas, continuar em circulação o mais tempo possível.
Apesar das circunstâncias difíceis que estava a atravessar como prisioneiro em Roma, Paulo está alegre. O segredo da sua alegria é a sua mente integral: ele vive para Cristo e para o evangelho.  – Cristo é mencionado 18 vezes no capítulo 1, e evangelho é referido 6 vezes -. “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (1:21). Mas o que é de facto uma “mente integral”? é a atitude que diz: “De nada interessa o que me possa acontecer a mim, contanto que Cristo seja glorificado e o evangelho partilhado com outras pessoas.” Paulo regozijava-se apesar das circunstâncias, porque elas fortaleciam a comunhão do evangelho (1:1-11), promoviam o avança do evangelho (1:12-26) e guardavam a fé do evangelho (1:27-30).
A palavra comunhão significa simplesmente “ter em comum”. Todavia, a verdadeira comunhão cristã é realmente muito mais profunda do que um mero partilhar de chá e bolos, ou mesmo dum agradável jogo de golfe em conjunto. Muitas vezes, o que pensamos ser “comunhão” não passa dum conhecimento ou amizade. Não se pode ter comunhão com alguém, a não ser que exista algo em comum; e no que respeita à comunhão cristã, isso significa a posse da vida eterna no coração. A menos que a pessoa tenha posto a sua confiança em Cristo como seu Salvador, ela desconhece totalmente “a comunhão do evangelho.” Em (Fil. 2:1) Paulo escreve a respeito de “a comunhão no Espírito”, porque quando a pessoa nasce de novo recebe o dom do Espírito (Rom. 8:9). Existe também “a comunhão dos Seus sofrimentos” (Fil. 3:10). Quando partilhamos o que possuímos com outros, isso é também comunhão. (Neste versículo 4:15 a versão portuguesa traduz por “comunicar”).
Assim, a verdadeira comunhão cristã é muito mais do que ter o nome no rol de membros duma igreja ou marcar presença numa reunião. É possível estar fisicamente perto das pessoas e a quilómetros de distância delas espiritualmente. Uma das fontes da alegria cristã é esta comunhão que os crentes têm em Jesus Cristo. Paulo estava em Roma, os seus amigos encontravam-se a mutos quilómetros de distância, em Filipos, mas a sua comunhão espiritual era real e perfeita. Quando possuímos uma mente integral não nos queixamos das circunstâncias, porque sabemos que as circunstâncias difíceis resultarão em fortalecimento da comunhão do evangelho.
Paulo apresenta três pensamentos em 1:1-11 que descrevem a verdadeira comunhão cristã: Tenho-vos na minha mente (vs. 4-6), tenho-vos no meu coração (vs. 7,8), tenho-vos nas minhas orações (vs. 9-11).
1.      Tenho-vos na minha mente (1:3-6).
Não é impressionante que Paulo pense nos outros e não em si mesmo? Enquanto espera o seu julgamento em Roma, a mente de Paulo volta-se para os crentes de Filipos e todas as recordações lhe trazem alegria. Se lermos Actos 16, poderemos descobrir que aconteceram algumas coisas a Paulo em Filipos cuja recordação lhe poderia causar tristeza. Ele foi ilegalmente preso e espancado, foi posto no tronco e humilhado diante das pessoas.
Mas mesmo essas recordações despertavam nele alegria, porque fora através do seu sofrimento que o carcereiro encontrara Cristo! Paulo lembrava-se de Lídia e de sua casa, da pobre escrava que havia sido endemoninhada, e dos outros queridos cristãos de Filipos; e cada uma dessas recordações constituía uma fonte de alegria. (Valerá a pena perguntar: “Sou eu o tipo de crente que traz alegria à mente do meu pastor quano ele pensa em mim?”)
É possível que o versículo 5 se refira a uma participação financeira no sustento de Paulo, um tópico que ele retoma em 4:14-19. A igreja de Filipos foi a única que entrou em comunhão com Paulo no sentido de ajudar a sustentar o seu ministério. A “boa obra” do versículo 6 pode referir-se ao facto de ele partilhar dos seus meios; essa boa obra fora começada pelo Senhor e Paulo estava certo de que Ele a continuaria a completaria.
Mas não nos afastaremos do sentido se aplicarmos estes versículos à obra de salvação e à vida cristã. Não somos salvos pelas nossas boas obras (Ef. 2:8,9). A salvação é a boa obra que Deu realiza em nós quando confiamos no Seu Filho. Em Filipenses 2:12-13, lemos que Deus continua a operar em nós através dos Seu Espírito. Por outras palavras, a salvação é uma obra tripla:
·         A obra que Deus faz por nós – redenção.
·         A obra que Deus faz em nós – santificação.
·         A obra que Deus faz através de nós – serviço.
Este trabalho continuará até nos encontrarmos com Cristo, e então ficará completo. “Seremos semelhantes a Ele, porque assim como é o veremos” (1ª João 3:2).
Constituía uma fonte de alegria para Paulo o facto de saber que Deus continuava a trabalhar nas vidas dos seus companheiros crentes de Filipos. Ter Deus a trabalhar diariamente nas nossas vidas é, afinal, a base autêntica para uma comunhão cristã jubilosa.
“Parece haver atrito no nosso lar” – disse uma esposa preocupada a um conselheiro matrimonial. “Francamente, não sei qual é o problema.”
“A fricção é causada por uma de duas coisas”  - disse o conselheiro que, para ilustrar, pegou em dois blocos de madeira que se encontravam na sua secretária. “Se um dos blocos se mover e o outro estiver parado, haverá fricção. Ou, se os dois se movimentarem, mas em direcções opostas, também há fricção. Ora, qual destes casos será?”
“Tenho de admitir que estou retrocedendo na minha vida cristã, enquanto Joe tem estado a crescer” – confessou a esposa. “O que eu preciso é voltar à comunhão com o Senhor.”
2.      Tenho-vos no meu coração (1:7-8)
Vamos agora um pouco mais fundo, pois é possível ter os outros na mente, sem de facto os termos no coração. (Alguém observou que muitas pessoas hoje em dia teriam de confessar: “Tenho-vos nos meus nervos!) O sincero amor de Paulo pelos amigos era algo que não podia disfarçar-se ou esconder-se.
O amor cristão é “o laço que une”. O amor constitui a evidência da salvação: “Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os irmãos (1ª João 3:14). É a “lubrificação espiritual” que conserva a maquinaria da vida em perfeito funcionamento. Já notaram quantas vezes Paulo usa a expressão “todos vós” quando escreve? Há pelo menos nove casos nesta carta. Ele não quer deixar ninguém de fora! (Algumas tradições  trazem no versículo 7 “vós tendes-me no vosso coração”, mas a verdade básica é a mesma).
Como é que Paulo demonstrava o seu amor para com eles? No facto de estar a sofrer por eles. As suas prisões provocaram o seu amor. Ele era o “prisioneiro de Jesus Cristo por vós os gentios” (Ef. 3:1). Por causa do julgamento de Paulo, o cristianismo ia ser proclamado perante os oficiais de Roma.
Como Filipos era uma colónia romana, a decisão iria afectar os crentes ali. O amor de Paulo não era algo de que simplesmente falava, mas sim alguma coisa que ele praticava. O apóstolo considerava as suas circunstâncias difíceis como uma oportunidade para defender e confirmar o evangelho. E isso ajudaria os seus irmãos em toda a parte.
Mas como é que os cristãos podem aprender a praticar este tipo de amor? “Eu dou-me melhor com os meus vizinhos não crentes, do que com os meus parentes crentes!” O amor cristão não é algo que nós próprios realizemos; é algo que Deus faz em nós e através de nós. Paulo tinha saudades dos amigos “em estranhável afeição de Jesus Cristo” (v. 8b).
Não se tratava do amor de Paulo canalizado por Cristo; era Sim o amor de Cristo canalizado por Paulo. “O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom. 5:5, NVI). Quando deixamos que Deus realize a Sua “boa obra” em nós, então crescemos no nosso amor para com os outros.
Como é que podemos dizer que nos encontramos verdadeiramente ligados em amor a outros cristãos? Pelo simples facto de que nos preocupamos com eles. Os crentes de Filipos interessavam-se por Paulo e enviaram Epafrodito para o servir. O apóstolo tinha também muito interesse pelos seus amigos de Filipos, e revelou-o particularmente quando Epafrodito adoeceu e não pôde regressar logo (2:25-28). “Meus filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas por obra e em verdade” (1ª João 3:18).
Outra evidência do amor cristão é a disposição para nos perdoarmos uns aos outros. “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros porque a caridade (amor) cobrirá a multidão de pecados” (1ª Pedro 4:8).
“Aponte-nos alguns dos erros que a sua esposa tem cometido” – perguntou o orientador dum jogo radiofónico a um dos participantes.
“Não consigo lembrar-me de nenhum” – respondeu o homem.
“Oh, certamente consegue lembrar-se de algum!” – insistiu o locutor.
“Não, de facto não me recordo de nada” – repetiu o candidato. “Amo muito a minha esposa e, francamente, não me lembro de qualquer coisa desse género.” Em 1ª Coríntios 13:5, lemos que “o amor não mantém um registo dos erros” – (NVI).
Os cristãos que amam de facto experimentam alegria constante; ambos resultam da presença do mesmo Espírito Santo. “O fruto do Espírito é amor, gozo…” (Gál. 5:22).
3.      Tenho-vos nas minhas orações (1:9-11).
Paulo encontrava alegria nas recordações dos amigos de Filipos, e no seu crescente amor por eles. Encontrava igualmente alegria ao recordá-los perante o trono da graça em oração. O sumo-sacerdote do Velho Testamento usava uma veste especial, o éfode, sobre o coração. Nele estava doze pedras com os nomes das doze tribos de Israel gravados nelas, uma jóia para cada tribo (Ex. 28:15-29). Ele transportava o povo sobre o coração em amor e Paulo agia do mesmo modo. Talvez seja junto ao trono da graça, ao orarmos uns com os outros e uns pelos outros, que poderemos experimentar a comunhão e a alegria cristãs de um modo mais profundo.
Aqui temos uma oração por maturidade e Paulo começa com amor. Afinal de contas, se o nosso amor cristão é aquilo que deve ser, tudo o mais se seguirá. Ele roga a Deus que os crentes possam experimentar um amor abundante e com capacidade para discernir. O amor cristão não é cego! O coração e a mente trabalham juntos, de modo que experimentamos amor com discernimento e discernimento com amor. Paulo quer que os seus amigos cresçam em ciência e em todo o conhecimento, na capacidade de “discernir as coisas que diferem”.
A capacidade de discernir é um sinal de maturidade. Quando um bebé aprende a falar, pode chamar a todos os quadrúpedes um “ão-ão”, mas depois a criança vem a descobrir que há gatos, cães, ratos brancos, vacas e outros animais de quatro patas. Para um bebé, um automóvel é exactamente igual a outro, mas já não se verifica o mesmo com um adolescente que tem a mania de carros! Ele é capaz de apontar as diferenças entre os modelos antes que os pais consigam indicar as marcas dos carros! Um dos sinais seguros de maturidade é o amor com discernimento.
Paulo ora também para que eles possam ter um carácter cristão amadurecido, “sinceros e sem escândalo algum.” A palavra grega traduzida por sincero poder ter vários sentidos. Alguns traduzem-na por “provado pela luz do sol”. O cristão sincero não teme ficar diante da luz! Um indivíduo disse a Carlos Spurgeon, o grande pregador britânico, que desejava escrever a sua biografia. Spurgeon respondeu: “Pode escrever a minha vida nas nuvens! Não tenho nada a esconder!”
Paulo ora no sentido de que eles revelem maturidade no amor e carácter cristão, “sem escândalo algum até ao dia de Jesus Cristo” (v.10). Isso significa que as suas vidas não deviam fazer tropeçar outros e que eles estariam prontos para comparecer perante o tribunal de Cristo quando Ele voltar (2ª Cor. 5:10 e 1ª João 2:28). Eis dois bons testes para seguirmos à medida que exercitamos o discernimento espiritual: (1) Será que isto vai escandalizar os outros? (2) Ficaria eu envergonhado se Jesus voltasse?
O apóstolo ora também para que eles revelem um serviço cristão amadurecido. Ele quer vê-los cheios e frutíferos (v. 11). Não está meramente interessado em “actividades na igreja”, mas no fruto espiritual que brota quando estamos em comunhão com Cristo. “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós se não estiverdes em mim” (João 15:4). Há muitos cristãos que tentam “produzir resultado” pelos seus próprios esforços, em vez de permanecerem em Cristo e deixarem que a Sua vida produza o fruto.
Qual é o “fruto” que Deus quer ver nas nossas vidas? Certamente que é o fruto do Espírito (Gál. 5:22,23), um carácter cristão que glorifique a Deus. Paulo compara o ganhar almas perdidas para Cristo com o produzir fruto (Rom. 1:13) e menciona também “santidade” como um fruto espiritual (Rom. 6:22). O apóstolo exorta-nos a frutificarmos em “toda a boa obra” (Col. 1:10), e o autor de Hebreus recorda-nos que o nosso louvor é o “fruto dos lábios” (13:15). A árvore de fruto não faz grande alarde quando frutifica; deixa simplesmente que a vida que existe em si opere de modo natural. O fruto é o resultado. “Quem está em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
A diferença entre fruto espiritual e “actividade religiosa” humana é, o fruto redunda em glória para Jesus Cristo. Sempre que fazemos alguma coisa na nossa própria força, temos a tendência para nos orgulharmos dela. O fruto realmente espiritual é tão belo e maravilhoso que nenhum homem pode ter pretensão de o ter produzido; a glória tem de ir só para Deus.
É nisto que consiste a verdadeira comunhão cristã – um possuir em comum que é muito mais profundo que uma simples amizade. “Tenho-vos na minha mente… tenho-vos no meu coração…tenho-vos nas minhas orações.” É esta a comunhão que produz alegria, e é a mente integral que produz este tipo de comunhão!
Jerry tinha de ir para a cidade de Nova Iorque a fim de ser submetido a uma operação delicada, e nem queria pensar nisso. “Por que é que não poderei fazê-lo aqui?” - perguntou ele ao médico. “Eu não conheço ninguém nessa cidade grande e inóspita!” Mas quando ele e a sua esposa chegaram ao hospital, encontrava-se já lá um pastor à sua espera e que os convidou para ficarem na sua casa até ao internamento. A operação foi séria e a permanência no hospital foi longa e difícil; mas a comunhão do pastor e esposa levaram uma nova alegria àquele casal aflito. Eles vieram a reconhecer que as circunstâncias não precisam de nos roubar a alegria. Basta para tal que nós deixemos que essas mesmas circunstâncias fortaleçam a comunhão com o evangelho.
Vamos pôr este ensino em prática!
Durante esta semana, deixemos que as circunstâncias no levem para mais perto dos nossos amigos cristãos. Se possuímos uma mente integral – vivendo para Cristo e para o evangelho – descobriremos então que as dificuldades e os problemas contribuirão para fortalecer a comunhão do evangelho e que essa comunhão do evangelho e que essa comunhão aumentará grandemente a nossa alegria. Em 1967 fui acometido de uma doença esmagadora, febre reumática com dilatação cardíaca.  Fui internado num pequeno hospital na Ilha do Sal em Cabo Verde. Respirava com muita dificuldade e fiquei progressivamente com os membros inferiores e superiores paralisados, além de ter perdido por completo o apetite de comer, fiquei em semanas reduzido a pouco mais que um esqueleto. Longe da família, sem amigos e a pensar que Deus estava longe de mi. Ouvia frequentemente o enfermeiro dizer ao médico “ele já não respira”. No entanto, consegui durante uma noite mexer-me o suficiente para procurar a minha Bíblia e abrir ao “acaso” em Isaías 41:13. Percebi, finalmente, que não estava sozinho. O resultado foi no meio das dificuldades encontrei a esperança, a certeza que não estava só. As minhas circunstâncias só concorreram para me aproximar de Deus e procurar o Seu povo!
“Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é ganho” (1:21). Ou, como diz um coro infantil:
“Jesus, os outros e tu! Que bela forma de escrever ALEGRIA!”
 
Pr. José Carlos Costa

A ORAÇÃO FAZ A DIFERENÇA

1.           A oração, enfurece, provoca alarme e faz tremer a Satanás. Mateus 17:21 – “ Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum”.
“A oração enfurece Satanás porque ele sabe que sofrerá uma perda”. (Testimonies for the Church, T. I, p. 295).
“Ele detesta o nome de Jesus, nosso Advogado; e quando vamos fervorosamente a Ele pedindo ajuda, a hoste de Satanás se alarma”. (Ibidem, p. 296).
 

Satanás conhece muito bem o poder que podem ter os crentes quando dependem de Cristo para sua fortaleza.  “Quando humildemente solicita ajuda do poderoso Conquistador, o mais débil crente na verdade, confiando firmemente em Cristo, pode repelir com êxito a Satanás e toda sua hoste.” (Testemunhos Seletos, Tomo I, p. 139??)

2.           As maiores vitórias se obtém com a oração – Génesis 32:26

“Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir, se me não abençoares.”


“As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular, não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia lança mão do braço Todo-poderoso.”  EGW, Patriarcas e Profetas, p. 203.

 

Talento        -        É bom deseja-lo, mas não é a prioridade diante de Deus.

 

Educação          -    Os estudantes universitários procuram os títulos como uma importância máxima.  Mas, as    melhores qualificações não são as que nos proporcionam as maiores vitórias.

 

Riqueza            -    Se a Igreja tivesse milhões de dólares de reserva, talvez isso

    não aumentaria o número de pessoas convertidas a Cristo, a 

    menos que estivéssemos orando fervorosamente.

 

O favor dos Homens – Os políticos o buscam. Os executivos das empresas o

    buscam.  Alguns administradores da igreja dizem: “Se somente

    pudéssemos tê-lo!”

Tanto para Igreja como para o cristão individual, as vitórias reais se obtém na câmara secreta de audiência com Deus.


OS SEGREDOS DA VITÓRIA CONTRA O PECADO


1.           Para evitar o pecado, necessitamos do que Paulo chama:

 

CONHECIMENTO – Filipenses 1:1


DISCERNIMENTO – COLÍRIO – Apocalipse 3:18

CAPACIDADE DE DIFERENCIAR  entre o bem e o mal.


Filipenses 1:9-11 – “E também faço esta oração; que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as cousas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.”

 
3.      A primeira promessa da Bíblia oferece o ÓDIO PELO PECADO. – Gênesis 3:15 – “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.


Estas palavras ditas a Lúcifer é também uma promessa para nós.  “E porei inimizade”. Esta inimizade para com o pecado e que ajuda-nos a odiá-lo, é a graça de Cristo.

 
A tendência do coração humano é rogar a Deus por indulgência, em lugar de suplicar repúdio pelo pecado.


Marcos 8:34 u.p. diz – “... Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.

 
Com a ajuda de Deus exercemos, a cada dia, exercemos a prática da negação própria.   Por exemplo, omitir uma sobremesa, não comer entre as refeições, freiar uma palavra de crítica, deixar de ver televisão um dia ou uma semana.  Ao orar por isto, siga o que o Espírito Santo te sugerir.


    Lembre-se que o pecado aparecerá diante de você como muito

“ATRATIVO” e “DESEJÁVEL”.  Mas quando este já for história, traz

consigo a DOR, e o REMORSO.

 
O pecado que pensamos cometer, atrai, fascina, seduz, engana.  Mas uma

vez que foi levado à ação, os sentimentos são de amargura, pesar, tristeza        arrependimento.


4.      Qualquer pecado que não VENCEMOS, se converterá em nosso AMO  

          NOS ARRUINARÁ.  Tiago 1:14, 15.

Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.  Então a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.


Por exemplo, se você estiver mais fascinado pelo sexo, pela violência, pela televisão, pelos CDs, vídeos ou de visitar lugares que sejam impróprios, e outras coisas que nos separam de Deus; então, em pouco tempo você se converterá em um escravo destas coisas.  Não poderá livrar-se delas sem a intervenção direta de Deus.

 
Conclusão:           Se você tiver um PECADO CONHECIDO, o maior perigo será POSTERGAR a decisão de erradica-lo com a ajuda de Deus.  II Coríntios 6:2

“(Porque Ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação. Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação).”


Cristo nos liberta do pecado com o maior prazer, e espera que permaneçamos nEle.  Não nos obriga.  Ele sempre respeita a nossa escolha, ou a nossa decisão.’

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vida Consagrada: A maior necessidade

“Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. E disse: ah! SENHOR, Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos!” Neemias 1:4,5
Judá estava no Exílio Babilónico. Desde 586 (a. C.) Em 540 (a. C.) Ciro o grande, do Império Medo-Persa domina Babilónia, passa então a libertar Israel do seu cativeiro, progressivamente.
Neemias relata os três retornos dos exilados a Jerusalém. Esdras trata de fatos dos dois primeiros retornos (538 a. C. 457 a. C.), e Neemias, de fatos ligados ao terceiro (444 a. C.). Neemias era copeiro do rei Artaxerxes I.
Jerusalém ficava a 1.600 Km de distância de Susã, na Babilónia. Cinquenta mil habitantes encontravam-se em Jerusalém quando Neemias lá chegou.
Neemias nasceu e cresceu em Babilónia, nunca estivera em Jerusalém.
A SENSIBILIDADE DE NEEMIAS.  Cap. 1
Procurando saber como estava seu povo em Jerusalém. Vs 3
A sua reacção diante do relato: Assentou-se; chorou; lamentou-se por alguns dias; jejuou; orou; dispôs-se a ir reconstruir os muros derribados.
“ Era um homem de coração partido, um homem de oração, de fé, um homem de mãos ocupadas; justamente o que é preciso para reconstruir nos dias de opróbrio (vexame).”
Neemias sentia a carga espiritual de seu povo, essa é a característica de um grande homem de Deus. (Gálatas 4:19 )
São poucos os homens que sentem a carga espiritual de seu povo, muitos estão preocupados em construir o seu próprio reino. Mateus 9:36-38
A carga de sobre Neemias não permitiu ser mais o mesmo, ele se dispôs a ir e ousar.
Quando existe um coração apaixonado pelas almas perdidas a sociedade sente uma grande diferença. (Jerusalém fora agraciada com este líder)
Quando existe um homem com a carga espiritual de seu povo faz grande diferença a nação em que vive.
O exemplo de Jonh Wesley  no seu tempo estabeleceu 10.000 células, conhecidas como clube santos, grupos de santidade.
Nós fomos chamados para fazer a diferença na sociedade em que vivemos.
Coisas terríveis nos acontecem quando nos tornamos insensíveis diante dos pecados da nação em que fazemos parte. Ezequiel 9:1-11
Porque não estão tristes pelos pecados e atrocidades que o maligno comete contra os jovens e crianças de nossa cidade? Lamentações 2:19
Paulo em Atenas se revoltava em espírito por causa da situação espiritual da cidade. Atos 17:16
A sensibilidade espiritual é que nos qualifica como líderes.
“ A classe de ministros que precisamos é a que ardem pelas almas dos perdidos.” Jeremias 3:15; Ezequiel 34:1-16
“Se Não houver fogo nos púlpitos não haverá fogo nos bancos” “ Se não tivermos a sensibilidade espiritual, o peso e a carga espiritual é melhor pedir a Deus ou dar o púlpito pra outra pessoa.”
A paixão pelas almas perdidas é a principal razão de existimos. A palavra paixão significa: emoção intensa ou transbordante, um intenso entusiasmo por alguma coisa; um forte interesse por algum assunto ou atividade, como uma paixão pela música”
É missão da igreja a responsabilidade de levar a palavra de salvação aos pecadores. “ … Ai de mim se não pregar o evangelho.” I Coríntios 9:16; 4:1; II Timóteo 4:1-5
 A sensibilidade espiritual é um assunto de vida e morte, porque enquanto estamos parados, os muros estão derribados e os inimigos estão trucidando, matando os nossos irmãos. Tiago 4:17
Quatro meses se passaram orando e jejuando e esperando o momento para começar a receber a bênção.
 Deus dobra o coração do rei Artaxerxes. Provérbios 21:1
- Deus é maior que: Pecados; tribulação; doença; angústia; luta; pessoas.
Um grande testemunho em terra estranha. ( nunca estivera triste diante do rei ).
Expondo sua tristeza no momento certo. (desabafo)
A pergunta do rei e postura do homem de Deus. “O que me pedes agora?       (“Então orei ao Deus dos céus”)
“Pelo menos em onze situações do seu livro, observamos Neemias orando ao Senhor Deus.” Demonstrando com isso espírito de dependência, fé, esperança, humildade e confiança no seu Deus.
“ Um líder que sabe orar conhecerá a vontade de Deus a seu respeito”.
Precisa-se de homens como Neemias, que se disponham a fazer a obra. Vs 5
Neemias, o líder. (Eu reconstruirei)
Somos chamados para sermos líderes; homens e mulheres de frente; que vão liderar outras; o primeiro; o que toma iniciativa; a cabeça; não a cauda. Deuteronómio 28:13; Isaías 6:8 …“Eis-me  aqui envia-me a mim”.
Alexander Whyte descreveu com perfeição o tipo de líder que é Neemias: “ Não começa sem ter avaliado o custo. E depois não pára sem ter terminado a obra”.
Os projectos do homem de Deus.
- Quando o rei perguntou: “Quanto durará a tua ausência? Quando voltarás?”
- Ele marcou tempo; pediu cartas para os governadores, para Asafe que cuidava da floresta, pediu madeiras para a construção do templo, dos muros e casa aonde moraria.
- Neemias sabia que Deus é que movia a mão do rei. (visão espiritual) vs 8
Neemias fez três tarefas difíceis que, espiritualmente falando, a igreja precisa realizar hoje:
1. Reconstruindo os Muros.
Os muros trazem segurança, proteção e defesa contra os inimigos.
Traz separação como fator primordial de segurança.
 
Uma das primeiras coisas importantes que um Governador fazia naqueles dias era reforçar e estender os muros da cidade.
E a primeira cousa que um inimigo tentava fazer era derrubá-los.
O próprio David orou dizendo: “Edifica os muros de Jerusalém.” Salmo 51:18
Pensamento: “ A nova Jerusalém deve, do mesmo modo, ser rodeada e protegida por um largo muro de não-conformismo para com o mundo, e de separação dos seus costumes e espíritos. A tendência atual é demolir a barreira santa e tornar a separação entre a igreja e o mundo apenas nominal.” Charles H. Spurgeon.
Deus adverte: “ Retirai-vos do meio dela…” Apocalipse 18:4  “ Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos…” II Coríntios 6: 14; “ Não ameis o mundo…”  I João 2: 15,16 “ Não vos conformeis com este século…” Romanos l2: 2    “Infiéis não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus...” Tiago 4:4
Pensamento: “O que alguns chamam de  “separação do mundo” realmente não passa  de  isolamento do mundo, e o que outros chamam de  “penetração no mundo” pode ser nada mais do que o antigo acomodamento com novo nome. Quando a igreja, tentando alcançar o mundo, se torna igual a ele, perde o seu impacto sobre o mundo. Quão trágico é que cooperar com o inimigo, demolindo os nossos próprios muros! Perdemos a nossa característica e destruímos as nossas defesas.” A. D.
·         Não devemos estar isolados, mas separados.
·         Andando no meio do mal sem ser atingidos por ele.
Separação é contato sem contaminação. “Jesus foi santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores ( Hebreus 7:26 ) Contudo, foi “amigo de publicanos e pecadores” Lucas 7:34
Pensamento: “ Jamais derrube uma cerca sem saber antes por que ela foi construída.” G. K. Chesterton.
Cercas e muros não apenas impedem a entrada; também impedem a saída. A igreja sempre perde suas coisas valiosas, inclusive pessoas de valor, quando os muros de separação são demolidos.
Preservando os marcos antigos. Provérbios 22:28; Deuteronómio 27:17; 19:14
2. Assentando as portas no muro.
A porta da cidade, no Oriente, era muito mais do que um lugar de entrada e saída; era também um lugar de jurisdição, onde as autoridades se encontravam para tratar de negócios.
Por mais fortes que sejam os muros, eles são inúteis se as portas não forem resistentes ou se os guardas forem descuidados ou desleais. A Grande Muralha da China foi transposta por inimigos pelo menos três vezes, sempre porque os guardas foram subornados. A igreja necessita desesperadamente de portas fortes e de guardas leais.
Os vários tipos de portas assentadas no muro de Israel:
Porta aberta. Apocalipse 3:8; Porta fechada. Mateus 25:10; Jesus é a porta das ovelhas; João 10:7; Porta que existe em cada coração, que só é aberta pelo seu dono. É Cristo que bate suavemente para entrar; Apocalipse. 3:20; Porta da fé; Atos 14:27; Estar à porta ou perto da porta significa que resta pouco tempo antes da ocorrência de alguma coisa;Mateus 24:33; Tiago 5:9 (Parousia) e o julgamento.
Os fariseus e hipócritas ficavam à porta, e não entravam e nem deixavam outros entrarem para terem comunhão com Deus. Mateus 23:13
 3. Removendo os escombros para uma melhor edificação.
Os escombros  impediam de edificar os muros. Não tiveram de assentar novos alicerces. Tudo o que tinha de fazer era tirar o lixo, encontrar os alicerces antigos e construir o muro. Mas essa tarefa não foi fácil: “ Então disse Judá: Já desfaleceram as forças dos carregadores, e os escombros são muitos; de maneira quer não podemos edificar o muro ” (Neemias 4:10)
 
Os alicerces determinam o tamanho, o formato e a resistência da estrutura. Construir um muro sem alicerces ou sobre alicerces errados seria insensato e perigoso. A fim de encontrar os alicerces antigos, os homens de Neemias primeiro tinham de livrar-se dos escombros antigos.
Os escombros, os lixos, são tudo aquilo que atrapalha o desenvolvimento da obra na igreja, ou na vida espiritual de cada membro do corpo de Cristo. Fazia parte, mas agora não faz mais, está atrapalhando.
Jesus quer fazer novo e dar mais mobilidade, agilidade. A igreja não pode viver enraizada com métodos e estruturas antigas que só atrapalham o seu desenvolvimento e saúde espiritual. A doutrina deve ser conservada, mas os escombros, os lixos têm que ser lançados fora; porém, todos têm que ajudar a retirar e jogar longe.
Lançar fora os escombros não é trabalho fácil nem traz popularidade. Mas é importante.
Uma geração de líderes sedentos de poder provavelmente incapacitará a igreja por muitos anos. Sabemos do que precisamos: Pregadores como Jeremias e João Batista, e líderes como Neemias.
 
Precisamos de algo mais: Intercessores como Moisés. Se não nos voltarmos para a oração, não há esperança de reavivamento na igreja.
“Todo obreiro que segue o exemplo de Cristo, estará apto a receber e empregar o poder que Deus prometeu a Sua igreja para a maturação da seara da Terra. Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor, renovando-Lhe seus votos de consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu Espírito, com Seu poder vivificante e santificador. Ao saírem para seus deveres diários, têm eles a certeza de que a invisível atuação do Espírito Santo os habilita a serem "cooperadores de Deus". I Cor. 3:9.” E.G.White
José Carlos Costa, pastor

terça-feira, 11 de junho de 2013

Como o Ladrão a Noite


Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite. I Tes. 5:1 e 2.
Já aconteceu de um ladrão ter entrado em sua casa enquanto você dormia, levando o que você tinha de valor? Se já aconteceu, você pode entender a sensação de ser tomado de surpresa.
Recentemente, um amigo meu que está emigrado na Suíça com toda a suas família a meio da noite recebeu a amarga notícia que a sua casa aqui em Portugal tinha sido assaltada. Ele e a esposa não esperaram, pela manhã fizeram estrada da Suiça para Portugal. Quando os encontrei levaram-me a casa, o lar deles era um qudro bem triste; não tinham nada na cozinha, ou nos quartos e a sala tudo tinha sido saqueado. A esposa chorava copiosamente e lamentava-se “…levaram toda a nossa vida.”
Na verdade é indescritível a angustia deles. Eu próprio fiquei amargurado por ver aquela casa vandalizada.
Essas experiências desagradáveis podem ajudar-nos a compreender melhor o amargo desapontamento dos pecadores impenitentes quando o Dia do Senhor os apanhar sem estarem preparados, completamente de sopresa. Essas experiências também nos podem motivar a preparar-nos para aquele dia.
Geralmente pensamos que as palavras de Paulo se aplicam ao espanto daqueles que serão apanhados de surpresa pela Segunda Vinda. No entanto, elas parecem descrever mais apropriadamente aqueles que aguardam a Segunda Vinda, mas estarão despreparados quando se encerrar a porta da graça.
Atente para estas palavras: "Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado." - O Grande Conflito, pág. 494.
Nenhum cristão precisa ser apanhado desprevenido por esse evento. Como diz o texto para nossa meditação: "Vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia como ladrão vos apanhe de surpresa." I Tes. 5:4. Nós somos os "filhos da luz", e continuaremos a ser filhos da luz enquanto permanecermos perto da Luz do mundo.
Dia de Preparação
Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus. Amós 4:12.
Na Bíblia, o milénio (aquele período de mil anos que se interporá entre a segunda e a terceira vinda de Cristo), é também chamado de "o dia do Senhor", o "dia" no qual Deus intervirá diretamente nos negócios humanos (ver Sof. 2:1 e 2; I Tes. 5:2-4). Os remidos de Deus passarão aquele "dia" no Céu, em companheirismo com Ele, com os anjos e com os seres não-caídos de outros mundos. Satanás e seus anjos maus estarão presos na Terra, e o planeta descansará num sábado de mil anos.
"O grande conflito entre Cristo e Satanás, em andamento por quase seis mil anos, está para terminar em breve" (Signs of the Times, 8-5-1884). E quando terminar, começa o dia do Senhor. Assim, no momento, estamos em certo sentido vivendo no "dia da preparação", esperando o "sábado" milenar quando nos encontraremos com Deus face a face.
Numa sexta-feira à tarde, não faz muito tempo, depois de terminar meus afazeres e me preparar para receber o sábado, sentei-me numa cadeira de jardim no alpendre de trás da casa para apreciar o crepúsculo. Ao olhar para o sol poente, veio-me repentinamente o pensamento de que não só era o entardecer de uma sexta-feira da semana literal, mas também o entardecer da sexta-feira na história do mundo. Ao se unirem os dois conceitos em minha mente, pensei: "Com certeza é alto tempo de nos prepararmos para o encontro com nosso Senhor em paz."
Você teve oportunidade de ver, em nossas publicações mais antigas, a gravura que mostra um menino da área rural, carregando um balde de leite, esforçando-se para chegar a casa antes de o sol mergulhar no horizonte? Se bem me lembro, a legenda da ilustração era: "Correndo para preparar-se para o sábado."
Os tempos mudaram. Grande parte da ordenha nos dias de hoje é feita por máquinas, de modo que não serão muitos os que experimentarão esse tipo de falta de preparo para receber as horas sabáticas. Pode haver, entretanto, outras causas para estarmos despreparados na hora do pôr-do-sol da sexta-feira.
Em vista do fato de estarmos vivendo o ocaso da história do mundo, não deveríamos preparar-nos para o encontro com Deus em Seu dia especial, quando ele chegar na tardezinha de sexta-feira? (Ver Heb. 10:25.)
Esteja Preparado
Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá. S. Mat. 24:43 e 44.
Em março de 1914, a Expedição Imperial Britânica para a Antártica saiu da Inglaterra sob a liderança de Ernest Shackelton, com a intenção de cruzar o continente gelado a partir de uma base no Mar de Weddell, rumo a McMurdo Sound, via Pólo Sul. Acontece que o seu navio, o Endurance, ficou preso entre placas de gelo. Depois de ficar à deriva entre banquisas por cinco meses, conseguiram escapar para a Ilha do Elefante, no arquipélago Shetland do Sul. De lá, Shackelton e cinco homens navegaram 1.300 quilómetros num barco baleeiro até à ilha Geórgia do Sul, onde obtiveram ajuda.
Três vezes Shackelton partiu para resgatar seus homens encalhados, e toda vez era impedido pelo mar congelado. Em sua quarta tentativa, entretanto, ele encontrou um estreito canal entre as placas de gelo e por fim alcançou-os. Ao chegar, ficou feliz por vê-los preparados para embarcar sem um momento de demora.
Depois que diminuiu a emoção do resgate, Shackelton perguntou a seus homens como foi que eles estavam prontos para embarcar no momento em que ele havia chegado. Contaram-lhe que, todas as manhãs, o líder assistente que ele havia designado enrolava o seu saco de dormir e dizia: "Deixem suas coisas prontas, rapazes; o patrão pode chegar hoje."
A segunda vinda de Cristo é muito mais certa do que o retorno de Shackelton à Ilha do Elefante. Pouco antes de partir da Terra e voltar para Seu Pai, Ele prometeu: "Voltarei" (S. João 14:3), sem "talvez" ou "quem sabe".
Quando Jesus retornar, todos os cristãos genuínos estarão prontos e ansiosamente aguardando (I Tes. 4:16 e 17) "a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus". Tito 2:13. Estarei eu pronto, estará você pronto para a Sua vinda? Essa é a importante pergunta à qual somente nós podemos responder.
Os homens de Shackelton prepararam-se todas as manhãs para o retorno de seu líder. Uma das melhores maneiras de preparar-nos para o retorno de nosso Líder é estudar Sua Palavra e nela meditar no início de cada dia.
Treinamento Para a Realeza
Jesus Cristo, ... que nos ama, e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus..., a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Apoc. 1:5 e 6.
Muitos pensam na realeza em termos dos grandes privilégios que caracterizam essa classe. E se esquecem de que, para ser membro da realeza, é necessário adquirir preparo especial.
A Rainha Elizabeth II e sua irmã, a Princesa Margaret, não estavam na linha direta de sucessão quando o pai delas, Rei George VI da Inglaterra, subiu ao trono após a abdicação de seu irmão, Rei Eduardo VIII, em 1936. Apesar disso, as duas meninas tinham sido preparadas desde a infância para as responsabilidades que poderiam assumir algum dia como monarcas reinantes.
Assim como os membros de uma família real são treinados por um período de tempo para ocupar sua elevada posição numa corte real aqui na Terra, assim também os cristãos passam por um período de provas durante o qual se preparam para as cortes celestiais.
A Inspiração nos conta que "Adão foi coroado rei no Éden" (Review and Herald, 24-2-1874). Deus concedeu a ele e a Eva o domínio sobre toda a Terra (ver Gén. 1:28). Mas ao escolherem egoisticamente seu próprio caminho em lugar do de Deus, nossos primeiros pais foram privados de seu direito à realeza - e não apenas eles, mas seus descendentes também. Desde aquele tempo, a única maneira de obtermos a elevada honra de pertencer à família real de Deus é a adoção. A fim de preparar-nos para ocupar um lugar no reino de paz, precisamos humilde e alegremente submeter-nos a um preparo aqui na Terra.
Para que tivéssemos um modelo a ser copiado nesse treinamento, o Soberano do Universo enviou Seu próprio Filho unigênito à Terra, a fim de mostrar-nos como se comporta um membro da família real do Céu. Além disso, Deus nos deu um Livro-Guia que estabelece claramente os princípios e preceitos para os que desejam tornar-se membros da casa real do Céu.
Em vista desse fato, aqui estão algumas perguntas para você e para mim: Estou eu me preparando diariamente para ser membro da família real de Deus? Estou eu me capacitando a ser membro da realeza celestial através de cada pensamento que cultivo, cada palavra que profiro e cada ação que pratico?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia Internacional da Mulher Cristã

Com este breve estudo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, queremos aqui oferecer uma oportunidade de, reflexão a respeito do papel feminino na sociedade e influência benéfica ou maléfica a uma nação, trazendo liberdade e vitória ou escravidão e opressão, pela óptica da Palavra de Deus. Depois disto esperamos que um dia só é pouco para se lembrar o BEM que a mulher deve exercer e o MAL (citado neste texto apenas para contraste, mas é ideal que não seja lembrado) que deve evitar. Mulher, seja corajosa, benigna, amorosa, sábia e cheia de compaixão. Com isto em mente, respire fundo e leia de uma só vez o texto a seguir.
Jezabel foi rainha num negro período de Israel, resultante de todo o povo ter-se corrompido atrás da adoração de outros deuses. Depois dos tempos gloriosos e de paz no reinado de Salomão, começaram as dificuldades a partir de uma gestão leviana de seu filho, Roboão que culminou na separação de Israel em dois territórios: ao norte, chamado Reino de Israel composto por dez das doze tribos descendentes de Jacó; ao sul, chamado Reino de Judá com as duas tribos restantes. Roboão permaneceu no Reino do Sul, enquanto Jeroboão passou a comandar o Reino do Norte. Foi fiel a Deus durante um período, mas depois passou a adorar os deuses da terra. Na linha sucessória de reis, existiram reis que eram fiéis, cada um no seu grau de fé a Deus e desfaziam altares e quebravam ídolos de pedra. Com esses reis, o povo recuperava a fé, mas depois vinham reis pagãos que incentivavam a idolatria e o povo se corrompia novamente. Algumas dessas sucessões foram frutos de guerras. Certa vez era rei de Israel, o rei Elá, que tinha um servo chamado Zinri. Após dois anos de reinado, Zinri conspirou com alguns do povo e matou Elá, assumindo o reino, que só durou sete dias, pois o povo indignou-se com seu ato sórdido e nomeou rei a Onri, chefe do exército. Percebendo que a cidade onde estava havia sido cercada, Zinri ateou fogo ao castelo e morreu queimado dentro dele..
As suas origens
O sucessor de Onri, seu filho Acabe, seguiu os maus exemplos do pai e acabou casando-se com Jezabel, filha de Et-Baal, rei dos sidónios, adotando o culto pagão de seu sogro.
Os seus feitos
Jezabel, na sua intolerância religiosa, perseguiu todos os profetas do Senhor em Israel, matando a muitos deles. O profeta Obadias, mordomo de Acabe, em defesa, escondeu cem profetas, cinquenta em cada caverna e os sustentou com pão e água. Nesse período havia grande fome e seca na terra por falta de chuvas. Deus mandou o profeta Elias procurar Acabe. Elias encontra-se com Obadias que temia ser morto por Acabe por havê-lo encontrado e, Elias, garantindo-lhe a vida o mandou de volta. Obadias avisou Acabe de que Elias queria encontrá-lo. No encontro, Acabe acusa-o de perturbar Israel. Elias responde que quem perturbava Israel era ele e toda sua família. Elias desafiou Acabe a mandar os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal irem encontrá-lo no Monte Carmelo. Lá, Elias propôs a eles de oferecer dois carneiros como sacrifício, o dele, ao Senhor e o deles, a Baal. O povo ajuntou-se lá e Elias disse que aquele que respondesse às orações com fogo do céu e consumisse toda a oferenda, o povo o reconheceria como verdadeiro Deus. Os profetas de Baal fizeram de tudo para que Baal lhes respondesse: clamaram, flagelaram-se, dançaram e não houve resposta. Elias zombava deles dizendo que talvez Baal tivesse ido fazer uma longa viagem ou estivesse dormindo. Depois de bastante tempo, Elias chamou o povo a si e havendo preparado o sacrifício e regado com água, orou e desceu fogo do céu e consumiu toda a carne com a água junto. O povo gritou: - Só o Senhor é Deus! Elias incentivou o povo a matar os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e nenhum deles restou. Depois disto, Elias orou no Monte Carmelo pedindo chuva e chuva abundante caiu.
Jezabel, ao saber de Acabe que Elias havia matado todos os seus profetas, cheia de cólera enviou mensageiros a Elias para avisá-lo que no dia seguinte àquela mesma hora ela faria a ele o que fizera com seus profetas. Elias, já cansado, temeu a ameaça de Jezabel e fugiu para local seguro.
Muito tempo depois, estando Acabe em Jezreel, na Samaria, viu que Nabote, o agricultor, possuía uma vinha ao lado do seu castelo. Procurou Nabote, e quis comprar sua vinha ou dar-lhe em troca uma vinha maior. Nabote negou-se a vendê-la pois era herança de seus pais. Acabe voltou desgostoso para casa. Jezabel, sabendo a causa de tão grande desgosto, enviou cartas seladas com o sinete (anel do rei usado para carimbar) aos anciãos e nobres de Israel para que apregoassem um jejum e conseguissem dois homens perversos para acusarem falsamente Nabote por haver blasfemado contra Deus e contra o rei, que fosse apedrejado e morto por isso (nessa época quando alguém era julgado segundo a lei de Moisés, somente por duas testemunhas podia o acusado ser absolvido ou condenado.) Assim fizeram os anciãos e nobres e Nabote foi morto. Acabe, então, tomou posse da vinha. Por causa disso, Deus enviou Elias a Acabe para amaldiçoar toda sua descendência. Todos os da família que morressem na cidade seriam comidos por cães e os que morressem no campo seriam devorados pelas aves. Jezabel seria devorada por cães bem defronte ao muro do castelo de Jezreel. Acabe clamou pela misericórdia do Senhor e, por causa disso as maldições foram adiadas para os tempos do reinado de Acazias, seu filho.
O profeta Elias não morreu. Foi arrebatado aos céus por Deus, diante de Eliseu, ao qual ungira profeta em sua substituição. Eliseu ordenou que um jovem profeta, seu ajudante, fosse à casa de Jeú, capitão do exército de Israel e o ungisse rei. Estando lá, o profeta o ungiu e, como o Senhor anunciara a Elias no passado, a missão de Jeú foi a de juntar o exército e exterminar toda a família de Acabe, como vingança do Senhor contra Jezabel. Nesta época, Hazael era rei da Síria e acabara de vencer Jorão, descendente de Acabe, deixando-o gravemente ferido. A sentinela da cidade onde Jorão estava acamado avisou-o que Jeú estava vindo com seu exército. Jorão mandou dois mensageiros pedindo paz, mas nenhum deles voltou. Jeú invadiu a cidade e matou Jorão. Acazias fugiu mas foi alcançado na estrada e morto. Daí, Jeú e seus homens retornaram de Jerusalém ao castelo de Jezreel.
Sabendo Jezabel que Jeú vinha ao seu encontro, pintou seus olhos e enfeitou seus cabelos para recebê-lo. Quanto Jeú entrou no pátio, Jezabel chegou à janela e perguntou a ele: “- Teve paz, Zinri, que matou a seu senhor?” – Ela perguntara em tom de ameaça sugerindo que o mesmo que ocorreu a Zinri ocorreria a ele. Jeú não se intimidou e gritou para os criados de Jezabel que estavam com ela: “- Quem de vocês aí está a meu favor?” Dois dos criados olharam para ele, então os mandou atirar Jezabel pela janela. A mulher espatifou-se no chão, espirrando sangue para todos os lados. Jeú, depois de entrar no castelo, alimentou-se e mandou os criados irem lá em baixo enterrar Jezabel pois, sendo filha de rei, merecia essa honra. Quando os criados voltaram lá de baixo disseram ter encontrado somente a caveira, a palma das mãos e as plantas dos pés, pois o resto os cães tinham levado embora. Assim foi porque o Senhor quis apagar da face da terra a lembrança daquela mulher, e seus ossos viraram esterco na vinha de Jezreel.
Contexto histórico: fonte - Livro de Ester
Ester viveu no período do longo exílio do povo hebreu, quando cativo na Babilónia. Rainha do império persa, casada com o rei Assuero, foi de fundamental importância na libertação e retorno do povo hebreu à Jerusalém. O império persa, nesta época, estendia-se da Índia até à Etiópia, num total de cento e vinte e sete províncias. Ester foi contemporânea de Neemias, copeiro-mor do rei Artaxerxes e de Esdras, o sacerdote. Ambos, juntamente com Zorobabel reconstruíram a cidade de Jerusalém e restauraram o culto ao Deus único. Estes foram protagonistas de um dos três períodos de retorno do povo hebreu ã Palestina, num período de setenta anos.
A sua origem:
Hadassa (este era seu nome de origem hebraica) era filha de Abiail, tio de Mordecai (ou Mardoqueu, segundo outras versões bíblicas). Mordecai, criou sua prima, quando seus pais morreram. Dentre os persas eram conhecidos por Ester. Tornou-se rainha e companheira de Assuero depois de um concurso de beleza realizado pela corte para escolher uma substituta para a rainha Vasti, deposta de sua condição de rainha, por ter sido rebelde e não ter aceitado o convite do rei para comparecer diante dele num dos banquetes promovidos para seus príncipes. Isso foi tomado como insolência e, aconselhado pelo príncipe Memucã, entendido em leis (e a lei persa era irrevogável depois de outorgada pelo rei), baniu-a do palácio para que não se tornasse mau exemplo para que as outras mulheres seguissem a ponto de degradar o relacionamento das mulheres persas com seus maridos.
Ester, durante o concurso, encantou ao rei e a seus eunucos (servos da casa real) diante de todas as outras jovens virgens candidatas, não só por sua beleza e pela sua graça, mas por sua humildade e fineza com que se colocava na presença do rei. Não quis receber nenhum dos presentes do rei, que todas as outras ganhavam depois que se apresentavam. Como resultado, ganhou a coroa real que era de Vasti.
 
Os seus feitos:
Tão logo empossada como rainha, foi instrumento de grande livramento da vida do rei. Mordecai acostumara-se a assentar-se à porta do palácio quando desejava comunicar-se com Ester e vê-la como estava. Numa dessas vezes ele ouviu a conversa de dois porteiros que tramavam matar o rei. Mordecai contou a Ester o que ouviu e esta contou ao rei, que ordenou investigação imediata e, apurando-se a verdade, ambos os porteiros foram enforcados. Este fato ficou registrado no livro das Crónicas dos reis de Israel, com citação de Mordecai.
Mordecai, ainda quando Ester era candidata, a ordenara expressamente que, em nenhuma circunstância, revelasse ser mulher hebreia por causa da grande discriminação do povo hebreu em seu exílio na Pérsia. Ester obedeceu a Mordecai em todo o tempo. Todavia, Hamã, um dos príncipes de Assuero, cresceu em honra e consideração diante do rei pelo que, como tributo a sua autoridade, o rei ordenara a que todo o povo, quando o visse nas ruas, curvasse a cabeça em reverência a ele. Mordecai, bem como o povo judeu não se curvavam à Hamã e, acontecendo isso por diversas vezes, Hamã enfureceu-se e tramou um plano para que Mordecai e o povo judeu fosse eliminado da Pérsia. Com astúcia, Hamã informou ao rei que os judeus não obedeciam as leis persas e ofereceu a ele dez mil talentos de prata (moedas da época) para que outorgasse um decreto (lembrando que os decretos persas eram irrevogáveis) marcando uma determinada data para que o povo persa se levantasse contra todo o povo judeu e os aniquilasse, homens, mulheres, velhos e crianças. O povo judeu, diante do decreto, desesperado, colocou-se em jejum e oração por solução e Mordecai clamou por socorro à rainha, lembrando-a que ela também seria morta por causa do decreto.
Arriscando sua vida, embora não fosse chamada pelo rei há trinta dias, decidiu entrar na sua presença, sem ser convidada, o que era considerado desrespeito passível de morte. Mas o rei neste dia estava bem-humorado e considerando-a, estendeu-lhe o cetro e ela tocou a sua ponta – esse era o sinal de aprovação do rei à presença da rainha. Ester pediu ao rei que comparecesse com Hamã a um banquete organizado por ela. Ao saber deste convite, Hamã sentiu-se lisonjeado e exibiu-se diante dos seus familiares e amigos cheios de si pela importância pessoal que auferira. Durante o evento, Ester pediu que ambos comparecessem no segundo dia do banquete, pois ela revelaria o seu pedido ao rei – toda rainha, após estar na presença do rei, podia pedir qualquer coisa como presente. Naquela primeira noite o rei não conseguiu dormir, então chamou seus os servos para que lessem o livro com os registos do seu governo. Em certo instante, foi lido a respeito do ato de Mordecai que salvou o rei. Então Assuero, ao saber que nenhuma condecoração houvera sido dada a Mordecai pelo seu ato heróico, mandou chamar Hamã para saber a sua opinião quanto a que condecoração daria o rei ao homem que lhe agradasse pelos seus atos. Hamã, cheio de si, entendendo que o homem que mais agradava ao rei era ele próprio, sugeriu colocar vestes reais nesse homem e a coroa real em sua cabeça e, montado num dos melhores cavalos do rei fosse levado por um de seus mais importantes príncipes a um passeio pela cidade, sendo que, por onde passasse, fosse proclamado o motivo de sua honra. Assuero, então, encarregou Amã de ser o príncipe que levaria Mordecai vestido com vestes reais e coroa, de cavalo pelo reino. Amã proclamaria a mensagem de honra a Mordecai.
Foi cumprida a ordem, mas Amã chegou irado em casa com isso e sua mulher, Zeres, o alertou que estava começando a perder sua importância diante de Mordecai e do povo judeu e, por isso, seu plano de acabar com os judeus poderia dar errado. Aconselhado por ela, Amã construiu uma forca próxima à sua casa para que nela, Mordecai fosse enforcado. À noite, Amã compareceu ao segundo dia do banquete promovido por Ester. Em certo momento, Ester, corajosamente, revela sua identidade hebreia ao rei e denuncia a trama de Amã para acabar com seu povo. Assuero, furioso, levanta-se da mesa e sai da sala. Amã se prostra diante de Ester, pedindo clemência. O rei, ao retornar ao recinto, viu Amã deitado no divã de Ester e entendeu que Amã tentava violar Ester para conseguir seu perdão. O rei o acusou de intentar isso para com Ester e pediu que dois de seus seguranças o prendessem, com o que, lançaram sobre Amã um capuz para levá-lo. Um dos eunucos contou ao rei que Amã havia construído uma forca para Mordecai. Assuero, então mandou que ele fosse enforcado nela, diante da sua família. O rei nomeou Mordecai como conselheiro e deu a Ester a casa de Amã.
O rei, a pedido de Ester, publicou novo decreto – irrevogável, já que a destruição dos judeus estava determinada – dando aos judeus o direito de se agruparem e se armarem para que, naquele dia marcado se defendessem. Tal foi o empenho dos judeus naquele dia, que os do povo que lhes estavam contrários foram apanhados de surpresa em todas as províncias do reino e foram mortos ao fio da espada. Porém, para si nada tomaram do que era de seus inimigos. Os dez filhos de Amã também foram mortos. A data da vitória dos judeus foi estabelecida como data comemorativa. Com a misericórdia de Deus e a coragem de Ester permitiu-se que os judeus optassem por voltar à Palestina e reconstruir Jerusalém ou permanecer ali sob sua égide. E foi, ainda, longo e de paz seu reinado com Assuero.
Conclusão
Eis, aí, duas mulheres de personalidades diametralmente opostas. Mas a mulher que queremos homenagear aqui é Ester, pois se não houvessem mulheres de fibra, cheias de amor e sabedoria, não valeria a pena existir o Dia Internacional da Mulher, não é mesmo? Um abraço a todas, e que Deus abençoe e transforme seus corações, mães, profissionais, amigas, irmãs e as servas do Senhor Jesus.