segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PORQUE CHORAS?


Era paragem obrigatória de turistas, símbolo máximo da economia ocidental e, com os seus 417 metros, duas das mais altas torres do mundo. Mas tudo isso foi antes do dia 11 de Setembro de 2001. Agora, as Twin Towers não passam de uma recordação que dificilmente se apagará da memória de todos os que, directa ou indirectamente, viveram a tragédia.
 
O dia mal tinha começado na costa Leste dos Estados Unidos. Eram precisamente 8h45, horas locais, mais cinco em Portugal, quando um avião comercial, um Boeing da American Airlines, embateu na torre Norte do World Trade Center, na Baixa de Manhattan.
 
Um ´acidente´ que parecia impossível. De olhos postos nos céus de Nova Iorque, minutos depois, o mundo assistiu, em directo, ao embate de outro Boeing na torre Sul, vendo a realidade ultrapassar a ficção. E percebeu que não era acidente e sim um acto do mais cruel terrorismo.
 
O mundo ficou em suspenso. Famílias de todo o mundo começaram a telefonar. De um momento para o outro toda a gente tinha um familiar que ou estava de visita às Torres ou lá trabalhava… a resposta era invariavelmente: ”desaparecido”. Depois, sim depois os caixões cobertos com a bandeira Americana levaram muita gente a parar para reflectir  sobre a vida e a morte, e em como confortar as famílias dos que morreram.
 
Talvez este acidente tenha sido muito longe de nós! Recordamos com maior dor o que se passou na “Ponte da Morte” ou a Ponte de Entre Rios (Portugal), fez um ano recentemente. Temos as imagens dos corpos que eram retirados do rio, os caixões, os cemitérios, as flores lançadas ao rio em memória de 36 corpos que não foram resgatados ao rio Douro.
 
O primeiro princípio que a Bíblia apresenta pode não parecer tão encorajador à primeira vista. Ele é, de facto, triste. Em Génesis 3, descobrimos certos aspectos da vida que Deus revelou a Adão e Eva imediatamente após o pecado e a morte entrarem em cena: "No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra; pois dela foste formado: porque tu és pó e ao pó tornarás." Génesis 3:19
 
As Escrituras enfrentam a morte humana abertamente. Elas não tentam imaginar a morte distante. Noutras passagens bíblicas o homem é descrito como "um sopro que passa e que nunca mais volta", ou uma "flor que murcha".
 
Mesmo no Novo Testamento encontramos esta aceitação da natureza passageira da existência humana. Tiago escreveu isto para alguns dos seus arrogantes contemporâneos: "... que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa". Tiago 4:14
 
Uma neblina que se dissipa. E o que mais chama a atenção de quem conhece a Palavra de Deus é que em nenhum lugar da Bíblia encontramos passagens sobre a imortalidade da alma do homem, ou que o espírito que nos anima é eterno, depois da morte do corpo. Tais frases não estão na Bíblia.
 
Mas muitas pessoas associam a ideia de que a imortalidade da alma é de origem cristã; e cristãos procuram animar outros cristãos com a ideia de que a alma é imortal! Mas as Escrituras deixam muito claro que por causa do pecado o homem é sem excepção, mortal. Ou seja, que quando o corpo morre, acaba todo o tipo de vida que animava esta pessoa! Será que isto quer dizer que não existem bases para a esperança além-túmulo? O nosso destino eterno é o pó?
 
Ah, queridos amigos, a Bíblia, na realidade, está repleta de esperança como iremos ver; mas ela dirige tal esperança numa única direcção. Ouçam esta entusiástica oração de Paulo: "...bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita na luz inacessível..." I Timóteo 6:15,16
 
Reparem no texto, "o único que possui imortalidade". Este é o ponto de partida da esperança na Bíblia. Só Deus é imortal. Esta é a primeira resposta que devemos procurar!
   
Quando procuramos perceber o significado da vida e da morte, (aqueles caixões cobertos com bandeiras), devemos buscar esperança somente em Deus.
 
Se assim não for é fácil mergulhar no desespero e aceitar teorias erradas. Há pessoas que tentam até captar algum traço de uma vida anterior, e colocam as suas esperanças na reencarnação. Porém, essa ideia pouco a pouco torna-se para muitas pessoas, em angústia e medo. Começam a ver vultos em casa, a ouvir vozes de pessoas que já morreram. E isto torna-se tão doloroso!
 
Recordo-me quando era jovem, a minha irmã vivia apavorada porque via em nossa casa a cabeça de pessoas mas não via o resto do corpo. A minha mãe ouvia correntes arrastarem-se à noite diante da porta da nossa casa. Recordo-me de ter visto coisas tão estranhas, não quero falar sobre isso. Eu sei que muitos dos que me ouvem, sabem por experiência pessoal do que estou a falar. Vocês também têm sofrido, estou seguro!
 
A Bíblia é clara, meu amigo: somente Deus é imortal. Nossa esperança está n’Ele e em mais nada. Encontrar um caminho para o além da sepultura, só é possível em Deus, na Palavra de Deus e com a ajuda do Espírito Santo. 
 
Reconheço que para uma pessoa que ouviu falar que a alma vai para o Céu, para o Inferno ou para o Purgatório pode parecer que a Bíblia é difícil de compreender quando diz: “Tu és pó e ao pó tornarás”. Tal facto pode parecer um problema demasiado grande para muitas pessoas. Afinal, Deus, o único eterno, é também descrito como O que habita na luz inacessível.
 
Bem, é aqui que é apresentado o segundo grande princípio da Bíblia sobre a imortalidade. O apóstolo amado proclama alto e claro: "...que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no Seu filho. Aquele que tem o filho tem a vida; aquele que não tem o filho de Deus não tem a vida." I João 5:11,12
 
Esta imortalidade que habita na luz inacessível desceu à Terra. A vida eterna veio até nós na pessoa de Jesus Cristo. É como se as riquezas infinitas do Céu fossem condensadas num presente brilhante. E esse presente é Cristo, o Filho de Deus. A imortalidade é a dádiva que Ele nos traz da parte do Seu Pai. O apóstolo João esclarece ao dizer: se tiver o Filho, tem a vida; se não O tiver, não tem a vida.
   
A Bíblia torna a imortalidade uma questão de relacionamento. É uma coisa pessoal entre si e Cristo. É uma escolha: ao aceitá-LO, somos recebidos na vida eterna. Esta é a resposta que cada um de nós precisa, hoje; uma resposta pessoal, individual.
 
Aqueles homens, mulheres e jovens que morreram nas Torres de Nova Iorque, ou os que ficaram no fundo do rio Douro. Foram cada um, um coração que pulsou, uma história, um rosto, eles sentiram que tinham um encontro com a morte, mas o mais importante é que eles tenham tido durante as suas vidas um encontro com Jesus.
 
Um soldado que esteve na guerra do Golfo Pérsico, quando o Iraque invadiu o Koweit, ao embarcar foi entrevistado por um jornalista, que lhe perguntou:
 
– Tens medo de morrer nesta guerra?
 
O soldado respondeu:
 
– Se houver uma bala por lá com o meu nome, tudo bem, será a minha vez. O que me preocupa é saber se o meu nome está no livro da vida.
 
Quando li esta entrevista, pensei que o soldado americano se referia a esta passagem: “Abriu-se outro livro, que é o da vida… O mar entregou os mortos que nele havia, a morte e o túmulo deram os mortos que neles havia… E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.” Apocalipse 20:12-14
 
Este jovem, se tivesse de morrer, não queria que o seu nome fizesse parte apenas de uma estatística. Ele queria que o seu nome estivesse no livro da vida! Ou seja, ele tinha dado a vida a Jesus e confiava.
 
Ele acreditava que se o seu nome fizesse parte da lista de baixas, não fosse apenas um número nas estatísticas dos que morreram na guerra! Ele sabia que há um Céu a ganhar e um Inferno a evitar. O Céu só se ganha aceitando Jesus como Salvador pessoal. O Inferno só se evita, aceitando Jesus como Salvador! Este soldado conhecia a passagem que vem a seguir a esta que lemos: “E vi um novo céu, e uma nova terra… e ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.” Apocalipse 21:1,3
 
Sabem, quando aceitamos Jesus como Salvador, significa que já não seremos julgados no Juízo Final. O nosso julgamento é na Cruz, e não pode haver condenação eterna para o pecador que é julgado na Cruz, assim como não houve para o ladrão arrependido, porque o condenado já foi julgado: Jesus tomou na cruz o lugar dos arrependidos!
 
Este jovem soldado amava as notícias que Jesus tinha vindo trazer a esta Terra. Ele sabia que a vinda de Jesus à Terra era o modo de Deus dizer: "meus filhos, vocês são tão importantes para mim, sim, cada um individualmente. Quero conhecer cada pessoa que nasce na Terra, quero ter uma relação pessoal com cada pessoa, e quero que Me aceitem para que possamos desfrutar juntos a vida eterna". O soldado queria estar no livro de Deus, no livro da vida!
 
Que triste haver tanta gente, gente tão boa, gente que se preocupa com a família, não querem que nada falte aos seus filhos. Mas esquecem o presente que o Pai do Céu tem para oferecer aos Seus filhos. Quem é o pai ou mãe que não ficaria triste se os filhos recusassem os seus presentes... mas estão tão pouco preocupados com o presente de vida que o Pai do Céu tem para cada um?!
 
Deus percorreu grandes distâncias para nos dar segurança sobre como podemos ter esperança além da morte. Vejam o que o Salvador disse: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” João 5:24
 
O apóstolo Paulo diz o seguinte o Filho de Deus: "a imagem do Deus invisível" e continua: "porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis..." Colossenses 1:15,16
 
Jesus Cristo é o Criador. É Ele quem nos dá a garantia da vida eterna. Foi Ele quem fez todas as criaturas que povoam a Terra. Ele é Aquele que formou Adão do pó da terra. E amigo, Ele é aquele que nos chamará de novo do pó, nos levantará da morte e dará a vida eterna pelo Seu poder! Ele pode fazer isso.
 
Homens e mulheres que enfrentam os horrores de ver um filho morrer, a esposa, o marido, o pai a mãe, ou um irmão ou irmã descer ao túmulo precisam saber a verdade luminosa de Deus, a verdade que traz paz! Como é difícil para a mãe, irmão ou esposa que choram um ser querido que morreu, agarrar-se à esperança, se continuam a crer que este ente querido anda a errar no espaço, entre o céu e a terra! Como podem agarrar-se à esperança, se não lhes ensinaram as coisas correctas? O correcto é o que diz a Palavra Santa. Esta é a única Palavra Santa!
 
Há pessoas a quem foi ensinado que os mortos podem andar errantes, tristes, a sofrer porque têm alguma coisa a pagar, que querem falar com a família porque têm algum pecado a espiar!
 
Há uma passagem bíblica que nos ilumina: “Porque os vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma… mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. O seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram… Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, pois na sepultura, para onde vais, não há obra, nem projectos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:5,6,10
   
Jesus virá no dia final, para julgar os vivos e os mortos mas os que tiverem o nome no Livro da Vida, Jesus os chamará como chamou Adão e como chamou Lázaro que esteve morto quatro dias, já cheirava mal, estava em decomposição. Jesus pode criar do nada. O segredo para ter vida eterna é ter o nome no Livro de Deus. Não procure a imortalidade numa alma imperecível; não tente ouvi-la no sussurrar de algum espírito, porque então o que ouvirá é a voz do inimigo, a voz do Acusador, do Enganador.
 
Pense comigo, “quem tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho não tem a vida.” I João 5:12 Já sente o Filho de Deus no seu coração?
 
Vou abordar um outro aspecto. Algumas pessoas perguntam: Qual é o tipo de vida que existirá depois da sepultura, quando Jesus vier para nos ressuscitar para a vida eterna, a nós que estivermos no livro da vida?
 
Quando Deus soprou o fôlego da vida em Adão, ele tornou-se um ser consciente. O grande engano que Satanás tem espalhado é o seguinte: fazer acreditar que a imortalidade é algo gerado dentro de nós.
 
Esta ideia não sugere vida após a morte, mas o contrário, sugere morte após a morte. As Escrituras oferecem uma figura bastante definida da vida eterna no Céu com Deus e com nossos entes queridos. A Bíblia fala dum lugar real para a vida real com relacionamentos reais. A vida recomeçará num tempo concreto e preciso, no tempo cronológico.
 
O apóstolo Paulo, ao explicar à Igreja como será a Segunda Vinda de Jesus, diz: "...nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.” I Coríntios 15:51-53
 
As Escrituras não dizem que flutuaremos para dentro das nuvens. A Bíblia diz que Cristo nos recriará e seremos revestidos com a imortalidade. Será aí que o dom da vida eterna se transformará numa realidade física. Do pó da sepultura nos levantaremos para a vida eterna, pensando, sentindo como seres humanos completos, libertos do corpo de pecado que agora temos. Isto não será uma experiência extracorpórea.
 
Paulo descreve-a de maneira maravilhosa: "Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. ...Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo carnal (tendência a pecar), ressuscitará corpo espiritual." I Coríntios 15:42-44
 
Cristo, o Criador, nos dará novos e maravilhosos corpos na Sua vinda, corpos infinitamente melhores que os que temos agora, corpos que, como Paulo diz "terão a semelhança do homem do céu". Esta é a esperança que a Palavra de Deus oferece a cada um de nós. E esta é a esperança que o nosso mundo precisa desesperadamente. Idosos e adultos, jovens e meninos devem saber que há uma ressurreição, uma ressurreição para a vida física real. Quem perdeu os seus familiares pode ter a certeza que existe um Céu, um Céu verdadeiro onde encontraremos os nossos queridos.
 
Numa guerra, quase há dois séculos, numa época em que os exércitos de Napoleão atacavam quase toda a Europa, um dos generais de Napoleão fez um ataque surpresa à pequena cidade de Feldkirch, localizada na fronteira da Áustria. O povo olhava pelas janelas e via um enorme grupo de soldados franceses a marchar pelas lindas colinas perto da cidade.
 
Um conselho de cidadãos foi convocado às pressas e começou a debater nervosamente se deveriam render-se imediatamente ou tentar alguma defesa. A situação parecia desesperadora. Mas o velho pastor da igreja levantou-se diante do conselho e declarou:
 
"Hoje é o dia da Páscoa. Estamos a contar com as nossas forças e elas são insuficientes, fracassaremos. Hoje é o dia da ressurreição do Senhor. Vamos realizar o culto e tocar os sinos como de costume e deixar o problema nas mãos de Deus. Conhecemos as nossas fraquezas e não o poder de Deus".
 
Aquelas palavras produziram um grande efeito naquelas pessoas em Feldkirch. Decidiram aceitar o plano do pastor. Ele pregou e depois subiu à torre da igreja e todos ouviram os sinos tocarem alto e claro anunciando alegremente a ressurreição do Salvador. E aquele som ecoou pelos vales e colinas até que as tropas francesas ouviram.
 
Preparavam os canhões e colocavam as baionetas. Os oficiais concluíram que aquele toque repentino dos sinos significava que o exército austríaco tinha chegado durante a noite. Rapidamente levantaram o acampamento e fugiram para França. O perigo tinha passado antes dos sinos da Páscoa pararem de tocar.
 
Amigo, não existe melhor notícia no mundo do que a notícia da ressurreição de Cristo. Somente este evento pode dar esperança às pessoas, mesmo no meio dos horrores da guerra. Somente esse evento nos oferece a oportunidade de vida real, de vida eterna para além do túmulo.
 
Há dois mil anos atrás as mulheres que acompanharam Jesus do Calvário ao sepulcro onde foi sepultado, ficaram surpreendidas no domingo de Páscoa. Elas queriam ungir o corpo de Jesus, mas vejam o que aconteceu: “As mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, seguiram a José e viram o sepulcro, e como o corpo fora ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e unguentos. E no Sábado repousaram, conforme o mandamento. No primeiro dia da semana bem cedo, elas foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. Acharam a pedra removida do sepulcro, mas quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus.” Lucas 23:55-56 a Lucas 24:1-3
 
Às vezes tenho a ideia que aquelas mulheres não foram muito corajosas enquanto Jesus levava a cruz a caminho do Calvário! Parece-me que caminhavam de forma apática, abúlicas seguem os acontecimentos. Muitas vezes isto acontece connosco, temos consciência que deveríamos fazer qualquer coisa, devemos tomar uma decisão por Jesus e seguir-Lhe as pegadas, mas parece que Satanás nos paralisa! 
 
Porém depois que Jesus foi sepultado, estas mulheres deixaram despertar todas as suas energias de fé. Foram zelosas na observância dos mandamentos que Jesus observou. E o Sábado foi o primeiro mandamento que observaram depois do Senhor Jesus ter sido sepultado.
 
Depois, e assim que o primeiro dia da semana despontou, muito cedo, dirigiram-se para o sepulcro, reanimadas e fortalecidas na fé e no amor genuíno que sentiam por Jesus. Ignoravam o que se tinha passado. Entretanto, aproximaram-se do horto, dizendo: “Quem nos revolverá a pedra do sepulcro?” Sabiam que não lhes era possível afastá-la, todavia continuaram. E eis que os céus se iluminaram com uma glória que não provinha do Sol nascente. A Terra tremeu. A pedra tinha sido removida. O sepulcro estava vazio.
 
Enquanto se demoravam por ali, perceberam que não estavam sós. Viram um jovem de vestes brilhantes sentado ao pé do túmulo. Era o anjo que rolara a pedra. Tomara a forma humana, a fim de não atemorizar estas amigas de Jesus. Todavia, brilhava ainda à sua volta a glória celestial, e as mulheres temeram. Voltaram-se para fugir, mas as palavras do anjo detiveram os seus passos. “Não tenhais medo”, disse ele: “pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde ver o lugar em que o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já ressuscitou dos mortos.” Mateus 28:5-7
 
“Ressuscitou! Ressuscitou!” As mulheres repetem e tornam a repetir as palavras. Não há, pois, necessidade de unguentos para a unção. O Salvador está vivo, e não morto. Que dia é este para o mundo! Pressurosas, as mulheres afastam-se do sepulcro e “com temor e grande alegria, correm a anunciá-lo aos Seus discípulos.”
 
Maria foi ao sepulcro e encontrou-o vazio. Foi ter com Pedro e João, levando a dolorosa mensagem: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde O puseram.” João 20:2
 
Os discípulos correram para o túmulo e acharam que era como Maria dissera. Viram o sudário e o lenço, mas não encontraram o seu Senhor. Encontrava-se ali o testemunho da Sua ressurreição. As roupas do sepultamento não estavam atiradas com negligência, mas cuidadosamente dobradas, cada uma num lugar à parte. João “viu e creu”. Ainda não compreendia a escritura que dizia que Jesus devia ressuscitar dos mortos, mas a voz da fé falou no seu coração, e compreendeu. Jesus ressuscitou!
 
Prezados amigos, já alguma vez vos aconteceu, não compreenderem a Palavra de Deus, mas sentirem a voz da fé que diz: “Este é o caminho da verdade”? E quanto mais ouvem e se aprofundam na Palavra de Deus, mais e mais essa fé é forte e vigorosa. Já vos aconteceu não serem guiados pela opinião pública, mas pela bússola de Deus?
 
Pedro e João voltaram para Jerusalém, Maria ficou. Ao olhar o interior do túmulo vazio, o coração encheu-se-lhe de dor. Olhando para dentro, viu dois anjos, um à cabeceira, outro aos pés do lugar onde Jesus jazera: “Mulher, por que choras?” Perguntaram-lhe os anjos e ela imediatamente responde: “Porque levaram o Meu Senhor,” disse ela, “e não sei onde O puseram.”
 
Eu não critico Maria. Ela amava o Senhor Jesus. Ela tinha sido perdoada dos seus pecados, todos a tinham abandonado e quiseram mesmo apedrejá-la. Ela foi uma mulher da vida, uma mulher desprezada. Ela sentiu-se ninguém. Ela sentia vergonha dela própria. Mas Jesus foi o Único que não a condenou, o Único que lhe abriu os braços e onde ela pôde encontrar refúgio e a sua dignidade. Eu não critico Maria, ela amava Jesus. Alguém esta noite sente amor por Jesus? Alguém esta noite era capaz de continuar ali junto ao túmulo? Eu era!
 
Então se você pode estar junto ao túmulo, pode ouvir a voz: “não chores”. Os olhos dela choravam, procurava Deus ao longe. Porém, de repente, descobriu Deus perto dela. Ela voltou-se para se afastar, mesmo dos anjos, pensando encontrar alguém que lhe dissesse o que fora feito do corpo de Jesus. Foi quando ouviu uma outra voz, que lhe perguntou: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” João 20:15
 
Através das lágrimas que lhe obscureciam os olhos, Maria viu a figura de um Homem e pensou que fosse o hortelão, o dono daquele horto. E disse: “Senhor, se tu O levaste, dize-me onde O puseste, e eu O irei buscar.” João 20:15
 
Havia um sepulcro que a voz do próprio Jesus deixara vago: aquele em que Lázaro jazera. Esse sepulcro de Lázaro estava vazio porque Jesus tinha ressuscitado o seu irmão. Ela poderia levar para lá o Seu Senhor. Sentiu que cuidar desse precioso corpo crucificado seria uma grande consolação para a sua mágoa.
 
Mas agora, na Sua voz familiar, Jesus diz-lhe: “Maria!” João 20:16 Imediatamente ela percebeu que não era um estranho que a ela se dirigia e, voltando-se, viu diante de si o Cristo vivo. Na sua alegria, esqueceu-se que Ele fora crucificado. Saltando para Ele, como que para Lhe abraçar os pés, como já o fizera no passado, ela disse: “Raboni”. Mas Cristo ergueu a Sua mão e disse: “Não Me detenhas, porque ainda não subi para Meu Pai. Mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus.” João 20:17
 
E Maria pôs-se a caminho para ir ter com os discípulos, com aquela alegre mensagem. Jesus subiu às Cortes Celestiais, e ouviu do próprio Deus a afirmação de que a Sua expiação pelos pecados dos homens fora completa, de que por meio do Seu sangue todos poderiam obter a vida eterna. O Pai ratificou o concerto feito com Cristo, de que receberia os homens arrependidos e obedientes e que os amaria como ama a Seu Filho. Jesus foi ouvir isto da boca do Pai do Céu: “O varão será mais precioso que o ouro, e o homem sê-lo-á mais que o ouro acrisolado.” Isaías 13:12
 
O antigo código legal dos hebreus tinha um princípio fundamental que regulamentava o direito de defesa do acusado. Porque, nos tempos do Velho Testamento, a defesa do acusado era um dever tão sagrado, que o juiz se recusava a delegar esta tarefa a um advogado. Ele mesmo fazia a defesa do acusado. A enciclopédia judaica explica que: “advogados de defesa são desconhecidos no direito judeu.” O código legal pedia que os juízes “se inclinassem sempre para o lado do acusado e lhe dessem o benefício possível da dúvida.”
 
Imaginemos: testemunhas do crime apresentavam a acusação, enquanto o juiz promovia o caso do acusado, sempre a favor de uma absolvição. Somente quando as provas eram tão evidentes que o juiz não tinha a menor dúvida que o acusado era culpado, é que ele abandonava a defesa e pronunciava a condenação. Sistema interessante, não acha?
 
Nos nossos tempos, nos tempos cristãos, criou-se um outro ensinamento e por isso muitos cristãos temem enfrentar Deus como seu Juiz. Se ao menos entendessem o método bíblico de julgamento, eles perceberiam que Ele está do nosso lado!
 
Jesus não quis que Maria Lhe tocasse sem antes ir à presença do Pai para ouvir dos lábios santíssimos, que o Pai estava juntamente com o Santo Filho do lado do ser humano que pecou, mas que se arrepende sinceramente. A questão fundamental é esta, quem nos acusa? Se Deus Pai e Deus o Filho nos defendem, quem nos está a acusar? Sim, acertou – o diabo! A Bíblia diz: “aquele que acusa os irmãos”, aquele que “nos acusa perante Deus dia e noite,” como podemos ver em Apocalipse 12:10
 
Satanás está com ciúmes, porque aqueles que aceitam a defesa de Jesus irão para um lugar onde ele já foi o anjo mais importante, o príncipe dos anjos: o Céu. Por isso, ele acusa os filhos de Deus de serem inaptos para passarem pelos portões de pérolas. Se ele vai ser destruído porque Deus quer acabar com o pecado e com a morte, Satanás diz: “o ser humano está do meu lado. Também pecaram e devem sofrer o meu destino. Eles não são merecedores.”
 
Realmente nós não somos merecedores! Então como é que iremos escapar das acusações do inimigo? Observe o que está escrito em Apocalipse 12:11 “e eles o venceram pelo sangue do Cordeiro.”
   
Deus não pode negar a alegação de Satanás de que somos imperfeitos, que estamos longe do Seu ideal. Mas no sangue derramado na Cruz do Calvário, o nosso Juiz encontra as provas de que precisa para nos defender e nos declarar inocentes.
 
Portanto, em nome de Cristo, Deus rejeita as acusações de Satanás. Ele endossa a promessa de salvação que nós vivemos em Jesus desde que O aceitamos. Esta compreensão do julgamento de Deus faz-nos sentir confiantes quanto à nossa salvação em Cristo. Emocionante! Não acham?
 
Apelo: Meu amigo, minha amiga! “Porque choras?” Foi a pergunta que Jesus fez a Maria. Esta noite Jesus ainda faz a mesma pergunta: “Porque choras?” Ainda não confiou a sua vida a Jesus? Se ainda não colocou a sua fé no Seu sangue salvador, apelo de todo o meu coração para que o faça hoje, agora, neste mesmo instante! Porque a vida é efémera e sem Cristo não há vida eterna!
 
José Carlos Costa, pastor

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

PREGAÇÃO CHOCANTE

Esta é uma pregação (legendada para o português) de Paul Washer, um excepcional pastor norte-americano, que ao ser convidado a pregar em uma igreja, abandonou o “politicamente correto” e repudiou o abominável conforto de que “uma vez salvo pra sempre salvo”, ou que basta fazer uma oração e o crente já está eternamente salvo, independentemente do que fizer depois. Este ensinamento é muito comum e foi duramente rebatido por Washer. Vale a pena conferir esta impactante pregação que com certeza vai marcar a sua vida.



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Os Dons numa igreja Unida

Efésios - 4 - 7 : 16
Como todo organismo vivo, a igreja passa por fases. Muitas vezes está no alto, outras está meio desanimada. Mas como a igreja é feita de pessoas que estão crescendo espiritualmente (pelo menos assim deveria ser), a igreja precisa chegar à maturidade. A melhor maneira de uma igreja demonstrar essa maturidade é com relação à forma que seus membros exercem seus dons espirituais. No texto de Efésios 4.7-16, descobrimos algumas coisas que nos fazem ver como uma igreja madura trata os dons.
1. NUMA IGREJA UNIDA: OS DONS SÃO ATOS DA GRAÇA DE DEUS Ef 4.7 e 11
Veja o que Paulo diz: "(v.7)a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo; (v.11)Ele (Deus) designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres". O crente não merece ter um dom, como se os dons espirituais fossem merecidos pela pessoa. Os dons são atos da graça de Deus, porque Ele os concede, não como prêmio, mas como uma tarefa. Se os dons são designados por Deus, eu não devo e não posso me orgulhar de tê-los e nem posso recriminar aqueles que não possuem os mesmos dons que eu.
2. NUMA IGREJA UNIDA, AS PESSOAS CERTAS ESTÃO NOS LUGARES CERTOS Ef 4.11
Se os membros recebem um dom, devem exercê-lo de forma sábia e habilidosa para aquilo que foi chamado. Se um crente se omite em fazer aquilo que deveria, está prejudicando o "corpo", prejudicando a igreja. Por menor que seja a igreja, Deus irá despertar dons nos seus membros para que aquele pequeno grupo seja uma igreja completa, apesar do tamanho. Ninguém possui todos os dons, mas não há ninguém sem pelo menos um dom. Ore a Deus para que você descubra qual é o seu dom e coloque-o em exercício.
3. NUMA IGREJA UNIDA, OS DONS SÃO UTILIZADOS DA MANEIRA CERTA Ef 4.12-14
Existem propósitos para os dons. Neste texto vemos que é para a "preparação dos santos para a obra" que os dons existem. E se os dons forem exercidos corretamente, a igreja terá a "unidade da fé", "crescimento e maturidade". Quando os dons são usados para exaltação própria, deixam de ser dons e então não passarão de meras habilidades humanas e passageiras.
 
4. NUMA IGREJA UNIDA, OS CRENTES VIVEM DE FORMA AUTÊNTICA Ef 4.15
O versículo 15 fala sobre a igreja que, com maturidade, usa os seus dons com sabedoria. O resultado é uma vida autêntica! Ela obedece a ordem: "seguindo a verdade em amor". Verdade e amor são os dois ingredientes de uma igreja autêntica. Os membros viverão o que pregam.
 
5. NUMA IGREJA UNIDA, EXISTE VIDA DE COOPERAÇÃO Ef 4.16
Finalmente, a cooperação mútua é um sinal da maturidade da igreja. Cooperar significa "operar com, trabalhar junto, ao mesmo tempo ". Cooperação é o antónimo de competição. Na igreja madura não pode haver competição! Estamos todos na mesma equipa, tendo funções e dons diferentes! É disso que Paulo fala ao dizer que "todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor". Crescer e edificar-se em amor. Esse é o propósito para o uso dos dons na igreja. Tudo o que fugir disso não é dom, não vem de Deus.
Então, pra resumir, o que é preciso haver numa igreja madura com relação aos dons?
É preciso haver cooperação. É preciso haver compromisso. É preciso haver maturidade e preparo.
Que Deus nos abençoe a sermos assim! Amém!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O SONO DA MORTE

INTRODUÇÃO
Qual é a condição do homem na morte?...
Em realidade, estas questões relacionadas com o estado do homem na morte têm suscitado um grande ponto de interrogação na mente de muitas pessoas. . . Mas também a Bíblia responde claramente a estas indagações da mente humana.
I – A  EXPERIÊNCIA  DE  LÁZARO
A – O Contexto Histórico
a)  São João 11 apresenta a descrição do maior milagre que Cristo operou durante o Seu ministério terrestre – a ressurreição de Lázaro.
b)  Betânia era uma pequena aldeia que distava cerca de 3 Km. de Jerusalém, no outro lado do monte das Oliveiras, no caminho que ia de Jerusalém a Jericó.
c)  Certa ocasião Jesus recebeu a notícia de que o Seu amigo Lázaro de Betânia estava enfermo; porém Ele "ainda Se demorou dois dias no lugar onde estava" (v. 6).
d)  E foi neste contexto que Cristo esclareceu a natureza do estado do homem na morte: - João 11:11 e 14
B – O Sono da Morte
a)  Cristo declarou que a morte é como um sono.
b)  As principais características de quem dorme são:
1º) A inconsciência do que ocorre ao redor.
2º) E não ter noção de tempo.
c)  E a mesma coisa ocorre também com os que morrem – eles estão num estado de inconsciência e não têm noção de tempo.
d)  Em realidade, o cap. 11 de João não relata nada que Lázaro tenha dito a respeito dos 4 dias que ele esteve morto (vs. 17 e 19), porque ele não tinha nada a dizer!...
C – A Parábola do Rico e Lázaro
a)  Há aqueles que querem ver na parábola do Rico e Lázaro uma evidência da imortalidade da alma, o que é totalmente infundado.
b)  Se tomássemos esse relato, que encontramos em Lucas 16: 19-31, literalmente, então teríamos de admitir que o Céu e o inferno se encontram bastante próximos para permitir uma conversação entre os habitantes de ambos os lugares; e se dissermos que a pessoa ao morrer se transforma num ser espiritual, então teremos de admitir também que ele teria membros, como o descreve esta parábola ("olhos", "dedo" e "língua" – versos 23 e 24). Isto seria uma total incoerência!
c)  É por esse motivo que o Dr. George Eldon Ladd, uma das maiores autoridades sobre o Novo Testamento declara que "provavelmente a história do rico e Lázaro (Luc. 16), como também a história do mordomo injusto, no mesmo capítulo (Luc. 16:1-9), fosse uma parábola de uso corrente no pensamento judaico e não tencione ensinar coisa alguma acerca do estado dos mortos." (O Novo Dicionário da Bíblia, Ed. Vida Nova, vol. I, p. 512).
d)  E o próprio relato da parábola declara que a maneira como alguém que morreu pode comunicar-se com os vivos, é se ele ressuscitar (verso 31), e acrescenta: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos" (verso 29). Consideraremos, portanto, o que "Moisés e os profetas" têm a nos dizer sobre o estado do homem após a morte.
II – IMORTALIDADE CONDICIONAL
A – O Homem Antes da Queda
a)  O homem foi criado originalmente dotado de imortalidade condicional, e a condição era a obediência à vontade divina: – Gén. 2:16 e 17
b)  Este ponto é confirmado em 1 Tim. 6:16, ao declarar que Deus é o único que possui imortalidade", isto é, imortalidade inerente em Si mesmo.
B – O Homem Após a Queda
a)  Ao pecar, Adão perdeu o direito e a capacidade de viver eternamente: – Rom. 5:12
b)  Em Gén. 2:7 nos é dito que o homem ao ser criado por Deus "passou a ser alma vivente", e não a ter uma alma. E como o homem "é" uma alma, e não "tem" uma alma, essa alma também está sujeita à morte.
c)  É por isso que Ezeq. 18:4 diz: "a alma que pecar, essa morrerá." Por conseguinte, assim como o corpo é mortal, também o é a alma.
d)  Na verdade, a teoria de que a alma é imortal originou-se com o diabo, ao tentar seduzir a mulher – de um lado estava a afirmativa divina: se "dela comeres, certamente morrerás" (Gén. 2:17) e do outro, a mentira satânica: "é certo que não morrereis" (Gên. 3:4).
C – Vida Eterna em Cristo
a)  Ao pecar, o homem tornou-Se mortal, porém em Cristo ele pode reaver a imortalidade: – João 3: 16; 1 João 5:11 e 12
b)  É por ocasião da conversão que o ser humano passa a ter direito à vida eterna outra vez: – João 5:24; João 11:25 e 26
c)  O direito à vida eterna é assegurado nesta vida, porém a vida eterna em si só será concedida àqueles que crerem, quando Cristo voltar em Glória: 1 Cor. 15:21-23
d)  Em I Cor. 15:16-18, o apóstolo São Paulo declara que "se os mortos não ressuscitam. . . os que dormiram em Cristo pereceram." "Se durante quatro mil anos os justos tivessem á sua morte ido diretamente para o Céu, como poderia S. Paulo ter dito que se não há ressurreição 'os que dormiram em Cristo estão perdidos'? Não seria necessário ressurreição." (O Grande Conflito, pp. 546 e 547).
III – O  ESTADO  DO  HOMEM  NA  MORTE
A – O Sono da Morte
a)  Porém enquanto Jesus não vem, os mortos "dormem no pó da terra" (Dan. 12: 2).
b)  E, biblicamente, este sono da morte é descrito como sendo um estado de total inconsciência: Ecles. 9:5 Sal. 6:5; Sal. 115:17.
c)  Ao o homem morrer sai-lhe o seu espírito (Ecl. 12:7), porém esse espírito não tem raciocínio nem consciência própria: – Sal. 146:4
d)  O espírito que sai do homem ao morrer é o mesmo que entrou no homem ao Deus criá-lo, e que a Bíblia chama de "o fôlego de vida" (Gên. 2: 7).
e)  Assim como a luz cessa quando é desligada a chave de luz, interrompendo o fluxo da corrente elétrica; também a vida consciente cessa ao o fôlego de vida deixar de fluir.. .
B – Os Enganos Satânicos
 
a)  Porém neste ponto surge uma indagação: Se a pessoa ao morrer permanece num estado de total inconsciência, o que significam as aparições de mortos, que ocorrem especialmente nas sessões espíritas?
b)  Na verdade, a satânica declaração de Gén. 3:4 de que o homem não morre, tem encontrado eco durante toda história da humanidade. E para fazer com que maior número de pessoas creiam nessa mentira, o diabo procura personificar pessoas que já morreram, e para tal, se necessário for, ele é capaz até de se transformar em anjo de luz (II Cor. 11:14). 
c)  Biblicamente, porém, todas as aparições de pessoas mortas, e que não foram ressuscitadas de maneira corpórea pela atuação do poder divino direto, são estratagemas de Satanás.
d)  Um exemplo clássico disto encontramos em I Sam. 28, onde o rei Saul, após ter sido rejeitado pelo Senhor (verso 6), Procurou uma mulher que era médium (verso 7), para que esta lhe fizesse vir o profeta Samuel, que já havia morrido (1 Sam. 25:1).
e)  A Bíblia porém condena radicalmente esta prática diabólica : - Isa. 8:19 e 20; Êxodo 22:18
f)  A Bíblia também não suporta a ideia da reencarnação; pois em Heb. 9:27 nos é dito que "aos homens está ordenado morrerem uma Só vez e, depois disto, o juízo."
CONCLUSÃO
Na verdade, a Bíblia no seu todo estabelece a doutrina de que o homem, após a morte, permanece na sepultura num estado de total inconsciência, aguardando a ressurreição final, e o que disso passar é doutrina de homens.
E o apóstolo São Paulo adverte: – Gál. 1:8
Todos os seres humanos estão sujeitos à morte; porém, aceitando a Cristo pela fé, podemos hoje mesmo assegurar o direito à vida eterna...
Aceitemos hoje a oferta divina de vida eterna!