quarta-feira, 27 de abril de 2011

O SACRIFÍCIO DE CRISTO REVELADO NO MONTE MORIÁ

Introdução: Génesis 22:1-8
1. A salvação pela graça foi sempre o método divino oferecido à humanidade desde a entrada do pecado no mundo.
2. A salvação é o auge da revelação de Deus a fim de atrair o pecador. Deus faz de tudo para torná-la compreensível!
3. A salvação é um assunto que Deus mais quer esclarecer ao pecador, de valor incalculável.
4. A salvação pela graça é ilustrada de maneira pedagógica, didáctica e trágica no pedido de Deus a Abraão.
I. Abraão representa a – dedicação – de Deus Pai: Génesis 22:2-3, 161. “Toma agora o teu filho”. Se estas palavras foram pronunciadas lentamente, como é provável, Abraão deve ter sentido sucessivamente: orgulho, temor e horror.
1.1 A repetição foi calculada por Deus para despertar o afecto paternal e para preparar Abraão para a severa prova que em breve iria viver. Ao referir-se a Isaque como “teu único”filho. Deus queria dizer que ele era considerado o único herdeiro/legítimo herdeiro da promessa. Isto contrasta com a expressão do Génesis 21:12,13, onde Deus chama a Ismael “filho da serva”.
1.2 Nos tempos antigos era comum a oferta de sacrifícios humanos, especialmente meninos. Tanto na Bíblia como a arqueologia afirma que os cananeus praticavam tais ritos. Por isso, não era uma ideia estranha a Abraão o sacrifício do primogénito à Divindade. No entanto, Deus proibiu explicitamente tais sacrifícios: Levíticos 18:21, (não se sabe se para Abraão a proibição de Deus era do seu conhecimento). Será que Abraão não teve conhecimento do pedido de Deus? Ou, conhecia Abraão Deus pessoalmente?
1.3 “levantou-se pois de manhã cedo”. (19:27; 21:14, levanta-se cedo). A verdade, Abraão era um homem de acção, e agora que Deus tinha falado, o seu único pensamento foi obedecer imediatamente. Por outro lado, como poderia ele dormir tendo recebido esta mensagem? Que dúvidas devem ter assaltado Abraão! Será que ouvi bem? Será que a minha mente está suficientemente lúcida?
Que temores!
Que dirá Sara? A verdade, na prova suprema de uma vida cheia de trabalhos, Abraão obedeceu sem formular uma única pergunta, sem apresentar uma única objecção e sem procurar um único conselho humano.
Quando está implicado um princípio, o cristão amadurecido tem uma percepção clara do dever. A cooperação de Abraão emana de um coração pelo de amor a Deus e plenamente consagrado. Certamente, houve luta no coração do “amigo de Deus”.
2. Abraão entregou completamente o seu filho a Deus. Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho a fim de morrer e oferecer salvação aos pecadores (João 3:16)
3. Abraão esperou o filho da promessa, o qual seria uma bênção para todas as nações (Génesis 22:15-18), como Deus prometeu e cumpriu a promessa de enviar o Seu Filho para ser o Desejado de todas as nações (Ageu 2:7).
4. Abraão não poupou o seu “único” filho, como Deus também “nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós” (Romanos 8:32).
II. Há uma forma didáctica na atitude de Isaque (prefigura a atitude de Deus Filho): Génesis 22:6-101. v.6: “foram”, pai e filho começam a subida em silêncio, Abraão em meditação e oração. Isaque estranha o silêncio do pai, a viagem e o propósito. “estranha a falta do cordeiro”.
1.2 v.7. “Meu pai!” esta expressão carinhosa deve ter lacerado o coração de Abraão. Isaque é um jovem muito bem educado, filho de uma família culta. Naquele tempo nenhum filho bem educado ousava fazer perguntas ou a formular declarações sem a autorização dos pais. Abraão permitiu: “Eis-me aqui, meu filho!”
1.3 v.9 “amarrou a Isaque”, quando tudo estava pronto e não faltava mais nada, tremendo, Abraão tendo explicado (v. 8), e tendo explicitado a sua própria fé na restauração de Isaque. É difícil de explicar os sentimentos que terão surgido no peito de Isaque: assombro, terror, submissão e finalmente confiança. Terá, certamente, pensado na honra de entregar a sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos, facilmente podia ter resistido. Em vez, animou o pai nos momentos que precederam a realizar o pedido de Deus. Assim Isaque torna-se converte-se no símbolo adequando do Filho de Deus, que se submeteu à vontade do Pai (Mat. 26:39). Em ambos os casos, o pai entrega o seu único filho.
2. Isaque apontava para Cristo por ser o Filho da promessa; da mesma forma Jesus foi prometido na primeira profecia bíblica na figura do descendente da mulher (Génesis 3:15) desde o início da história do pecado no mundo.
3. Isaque apenas apontava para Cristo no comportamento, pois não poderia morrer para salvar a ninguém, por isso o anjo não permitiu que ele fosse sacrificado.
III. O Cordeiro é o verdadeiro tipo (símbolo) do sacrifício de Jesus: Génesis 22:8, 13-141. v.8 “Deus proverá para si o cordeiro”. A resposta constitui uma expressão profética emanada pela fé. Por inspiração divina apontava para o cordeiro (v. 13) como o Cordeiro de Deus, que estava para além do alcance da vista.
1.1 Não fora a convicção de que estava a realizar a vontade de Deus e que o seu “único” filho lhe seria restituído, a agonia de Abraão face ao pensamento de o perder teria sido insuportável. Contudo, a pergunta do filho deve ter-lhe atravessado o coração de pai. Compreenderia Isaque?
1.2 V.13 “tomou o carneiro”. Ao descobrir o carneiro e ao perceber a sua presença como um sinal adicional da providência de Deus, Abraão não necessitou de mais instruções da forma como deveria agir. Ali estava o cordeiro do v. 8!
1.3 V.14 “O Senhor proverá” (Moriah). Sim, Deus proverá.
2. O cordeiro foi providenciado por Deus porque a fé e a abnegação de Abraão eram insuficientes para salvar-se a si e ao seu filho da morte.
3. O Cordeiro (ou carneiro) simboliza Cristo, o meio pelo qual Deus providenciou a fim de executar um sacrifício expiatório em lugar do pecador (Hebreus 10:5-10).
Conclusão:1. Este relato é vital para a compreensão do evangelho tanto no Antigo como no Novo Testamento. Jesus morreu para que nós não fossemos lançados na morte eterna.
2. Este episódio retrata o evangelho de maneira que todos em todas as épocas o podem compreender. Os pecadores devem morrer, mas Jesus como Cordeiro inocente tomou o lugar do pecador culpado.
3. Este incidente revela a provisão que Deus fez para nos livrar da condenação do pecado, que é a morte. Com a morte de Cristo é possível libertar-nos do pecado e das suas trágicas consequências.
APELO:
1. Aceitemos o sacrifício que Deus Pai e Filho fizeram para nos libertar do pecado e das suas consequências.
2. Aceitemos a substituição realizada por Cristo no nosso lugar, Ele deu a vida por mim e por ti para que demos voluntariamente a vida.
3. Tomemos a decisão de viver longe do pecado e próximo de Deus pela fé, como Abraão.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A ESPERANÇA

A Igreja Adventista do Sétimo Dia teve em Angola, no Bongo, um grande hospital que serviu milhares e milhares de pessoas ao longo de décadas. Foi certamente um dos hospitais mais famosos deste País. Entretanto, e em consequência da guerra, este centro hospitalar foi desactivado. Em 1993, numa das minhas viagens a Huambo, tomei a firme decisão de ir visitar o que restava daquele hospital.

Visitei as instalações. Impressionou-me ver o bloco operatório completamente destruído, e todos os outros edifícios encontravam-se completamente vazios. Senti tristeza, mas pude imaginar quantas pessoas terão entrado ali sem esperança de vida e deixaram aquele hospital com uma esperança renovada!

Chegou a hora de iniciarmos a viagem de regresso. A noite caía depressa. Tínhamos feito uns 5 km, quando o motor começou a dar sinais de que alguma coisa não funcionava. Alguns dos meus companheiros começaram a dar alguns sinais de intranquilidade. De repente as luzes dos faróis apagaram-se e o motor deixou de trabalhar. Olhámos uns para os outros como numa interrogação surda: “E agora?”

Olhei para fora e vi alguns agricultores que voltavam do cultivo das suas terras com os seus utensílios, entre os quais grandes catanas. Senti um certo calafrio na espinha. Saí, recorrendo aos meus conhe-cimentos de mecânico, fui limpando o distribuidor, os bornes da bateria, e orava ao Senhor Deus para nos ajudar. Enquanto isso, os meus colegas estavam dentro da cabina fazendo gestos para me despachar. No clarão da linda África, podia olhar as montanhas e ver silhuetas de pessoas que me olhavam certamente com muita curiosidade.

Finalmente, fiz sinal para que dessem à chave de ignição. O motor começou a trabalhar como novo e os faróis iluminavam o caminho, como nunca antes. Sentimos uma imensa alegria e foi motivo de conversa até chegarmos a Huambo que dista 60 km do Bongo.

A humanidade está também a percorrer a parte mais agitada e difícil do percurso da sua existência; e tem de fazê-lo, de noite, quando reinam as trevas e a confusão! Mil problemas, que surgem nas sombras, podem produzir desastrosos acidentes, seja na vida colectiva dos povos, ou na experiência pessoal.

Assistimos ao cumprimento profético traçado por Isaías há mais de 7 séculos antes de Cristo, quando disse: “Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos.” Isaías 60:2

Há desorientação na vida, tanto social, política e económica. Os governantes acusam-se uns aos outros!

Nos dias 16 e 17 de Agosto de 1987, aconteceu algo estranho no Monte Shasta, Califórnia. Era o som de uma ladainha que aumentava e diminuía sobre os montes. Mais de 5 mil pessoas estendiam os braços em direcção ao sol nascente, de mãos dadas, formando um círculo.

Acontecimentos invulgares não são novidade na Califórnia. Chama-ram a este evento a "Convergência Harmónica". Por todo o mundo, naquele domingo, os fiéis da "Nova Era" reuniram-se em 36 locais que consideram sagrados, como o Grand Canyon, as Pirâmides do Egipto, o monte Fuji no Japão. Reuniram-se para dar as boas vindas à Nova Era de paz e amor.

Os seguidores da Nova Era estudam as antigas profecias dos índios norte-americanos, ligando-as ao culto do sol dos maias, dos astecas e dos antigos egípcios. Concluíram que naquele domingo e segunda-feira, 16 e 17 de Agosto de 1987, um alinhamento especial dos planetas e constelações iria acontecer e produziria energia purificadora no nosso planeta. Esta era para eles a primeira vez em 23.412 anos que os céus se colocariam numa posição tão abençoada.

Emile Canning, líder do grupo Nova Era, tinha-os convidado para que naqueles dias se reunissem. Leio as suas palavras: "144 mil dançarinos do sol para trazerem a Nova Era. Estes dois dias resultarão em paz mundial e na diminuição das catástrofes."

Naqueles dois dias, mais do que os 144 mil dançarinos exigidos, se reuniram nas 32 montanhas sagradas. Mas as suas esperanças para uma Nova Era fracassaram. As guerras não pararam de aumentar. Desde então, e naquela mesma noite, o voo 255 da Northwest caiu em Detroit. Foi considerado o segundo pior desastre aéreo na história dos Estados Unidos.

O fim-de-semana passou também sem o aparecimento em massa de discos voadores como os dirigentes tinham predito. As danças, e o estender as mãos para o sol, tinha um segundo sentido: era dar as mãos aos espíritos. Desta maneira pretendiam comunicar com personalidades famosas já falecidas e que viriam revelar planos através dos médiuns. Mas o que mais esperavam não aconteceu: o Apóstolo João, o discípulo amado, faria ouvir a voz através dum médium chamado Jerry Bowman.

EU CREIO QUE MUITA DESTA GENTE ERA BEM INTENCIONADA. EU CREIO QUE MUITA DESTA GENTE QUERIA ACREDITAR, QUERIA VER, DESEJAVA OUVIR O APÓSTOLO JOÃO. EU CREIO QUE NO CORAÇÃO DO HOMEM HÁ UM DESEJO PROFUNDO: OUVIR A VOZ DE JESUS! POR ISSO ELE DEIXOU ESTA PROMESSA: "NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO. CREDES EM DEUS, CREDE TAMBÉM EM MIM. NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS. SE NÃO FOSSE ASSIM, EU VO-LO TERIA DITO. VOU PREPARAR-VOS LUGAR. E, SE EU FOR, E VOS PREPARAR LUGAR, VIREI OUTRA VEZ, E VOS LEVAREI PARA MIM MESMO, PARA QUE ONDE EU ESTIVER ESTEJAIS VÓS TAMBÉM." JOÃO 14:1-3

QUE MARAVILHOSA PROMESSA! VIVER UMA VIDA DE PAZ, UMA VIDA ETERNA! TER O SENHOR JESUS CRISTO PARA SEMPRE! SIM, COM A SUA VINDA COME¬ÇARÁ UMA NOVA ERA, COMO EXPLICA A BÍBLIA. COMEÇA COM A VINDA DE CRISTO EM PODER E GLÓRIA!

A Bíblia é suficientemente poderosa para nos iluminar e permitir reencontrar o caminho, a estrada da vida e da paz! O salmista disse: “Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmo 119:105

Assim como os faróis potentes de um automóvel dissipam com os seus poderosos raios luminosos a escuridão da noite e permitem que se viaje com a mesma segurança que de dia, também a luz inextinguível que irradia deste farol majestoso, a Bíblia, dissipa as trevas da incerteza, soluciona as incógnitas do ser humano e mostra um caminho de esperança face às dificuldades deste mundo. Um caminho que conduz a um eterno destino de glória!

Nas páginas maravilhosas da Bíblia, revela-se a natureza e as características de Deus, como Criador supremo e Pai amoroso; a origem e a essência do homem; o objectivo da vida; o destino glorioso da humanidade remida. Está aqui!

A Bíblia estabelece a mais admirável e perfeita classificação dos valores; dá o primeiro lugar ao problema essencial do homem; a sua relação com Deus, salienta a imutabilidade dos valores morais revelados na Lei de Deus, apresenta o programa divino para uma vida feliz, na vida conjugal, na dieta alimentar e assegura-nos a felicidade eterna.

Foi Jesus que o disse: “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam.” João 5:39

A Bíblia é a base inamovível da nossa fé, é o documento fundamental do Cristianismo. Não há cristãos sem Cristo, nem doutrina cristã sem a Bíblia. O apóstolo Pedro, ao falar da profecia das Sagradas Escrituras, declara: “Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular, porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Pedro 1:20,21

Um dia, Daniel estava muito preocupado: "No primeiro ano do seu reinado (rei Dario), eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos." Daniel 9:2

UMA PROFECIA ANTERIOR A DANIEL DIZIA QUE O EXÍLIO EM BABILÓNIA SERIA DE 70 ANOS. ASSIM QUE ESTE TEMPO TERMINASSE, DEUS PROMETIA, DE ACORDO COM JEREMIAS 27:22: "ENTÃO OS FAREI SUBIR, E OS TORNAREI A TRAZER A ESTE LUGAR."

MAS ALGUMA COISA PARECIA ESTAR ERRADA AOS OLHOS DE DANIEL, EMBORA FALTASSEM AINDA 2 ANOS PARA O FIM DOS 70 ANOS. ERAM ANOS LITERAIS, E JÁ TINHAM PASSADO 68. MAS O CAMINHO DE REGRESSO PARA O SEU POVO NÃO SE ABRIA.

O QUE É QUE SE PASSAVA? DANIEL LEVOU A SUA PERPLEXIDADE DIANTE DE DEUS: "E EU DIRIGI O MEU ROSTO AO SENHOR DEUS, PARA O BUSCAR COM ORAÇÃO E ROGOS, COM JEJUM, E SACO E CINZA." DANIEL 9:3

POR QUE RAZÃO DANIEL ESTAVA TÃO PREOCUPADO? DEUS TINHA DITO 70 ANOS: UMA PROMESSA MAIS DO QUE GARANTIDA! OU NÃO?

DANIEL ESTAVA PREOCUPADO, PORQUE HAVIA UMA CONDIÇÃO PARA DEUS INTERVIR NA LIBERTAÇÃO. UMA CONDIÇÃO REQUERIDA POR DEUS. SEM O CUMPRIMENTO DESTA O SENHOR NÃO PODIA INTERVIR!

OS EXILADOS DEVIAM CUMPRIR A SUA PARTE NO ACORDO QUE DEUS FEZ COM ELES. POR ISSO LEMOS: "E OREI AO SENHOR MEU DEUS, E CONFESSEI, E DISSE: AH! SENHOR! DEUS GRANDE E TREMENDO, QUE GUARDAS O CONCERTO E A MISERICÓRDIA PARA COM OS QUE TE AMAM E GUARDAM OS TEUS MANDAMENTOS." DANIEL 9:4

DEUS MANTÉM O SEU PACTO E A SUA PALAVRA DE FORMA FIEL E IMUTÁVEL, SEM NADA ACRESCENTAR OU RETIRAR COM AQUELES QUE CUMPREM A ALIANÇA. DANIEL ESTAVA PREOCUPADO NÃO COM DEUS. ELE CONHECIA DEUS E CONHECIA O POVO E RECEAVA QUE ESTE, EM CONSEQUÊNCIA DA INFIDELIDADE, NÃO RETORNASSE A JERUSALÉM, APESAR DE ESTAR PRÓXIMO O CUMPRIMENTO DA PROFECIA DOS 70 ANOS.

TODO O PACTO É UMA SOCIEDADE, UM ACORDO ENTRE DUAS PARTES COM CONDIÇÕES PARA AMBAS CUMPRIREM. COMO O CASAMENTO, POR EXEMPLO. OS NOIVOS CAMINHAM PELA IGREJA E FICAM DIANTE DO PASTOR PARA FAZER OS VOTOS. AMBOS FAZEM UM PACTO ENTRE SI. CONCORDAM EM ACEITAR E OBEDECER AOS PRINCÍPIOS QUE REGEM UM CASAMENTO CRISTÃO. O PACTO PODE DEIXAR DE TER VALOR, SE UM DELES FOR INFIEL À ALIANÇA!

EXACTAMENTE COMO O CONCERTO ENTRE O SENHOR E A NAÇÃO JUDAICA. DANIEL CONHECIA DEUS E SABIA COMO ELE ABENÇOA E É FIEL, MAS NÃO TINHA A MESMA CERTEZA EM RELAÇÃO AO POVO!

DANIEL TINHA OUTRA PREOCUPAÇÃO: ELE NÃO SABIA O QUE SIGNIFICAVAM AQUELAS 70 SEMANAS. ESTAS, ELE SENTIA QUE NÃO ERAM LITERAIS, MAS SIMBÓLICAS. ERA UM SONHO DADO POR DEUS ENQUANTO DORMIA. SABIA QUE ESTAVAM RELACIONADAS COM O POVO DE DEUS, COM ISRAEL, MAS NÃO COMPREENDIA O SIGNIFICADO!

A PALAVRA DE DEUS É SEMPRE LÍMPIDA, COMO LÍMPIDO É O CARÁCTER DE DEUS. MAS É PRECISO ESTAR MUITO PERTO DE DEUS PARA COMPREENDER A SUA PALAVRA E O SEU LINDO CARÁCTER. POR ISSO, DANIEL ORAVA E ESTAVA AINDA A ORAR QUANDO O ANJO GABRIEL CHEGOU DO CÉU COM BOAS NOTÍCIAS: "DANIEL, AGORA SAÍ PARA FAZER-TE ENTENDER O SENTIDO." DANIEL 9:22

GABRIEL COMEÇOU A EXPLICAR: "SETENTA SEMANAS ESTÃO DETER¬MINA-DAS SOBRE O TEU POVO, E SOBRE A TUA SANTA CIDADE, PARA FAZER CESSAR A TRANSGRESSÃO, PARA DAR FIM AOS PECADOS, PARA EXPIAR A INIQUIDADE, PARA TRAZER A JUSTIÇA ETERNA, PARA SELAR A VISÃO E A PROFECIA, E PARA UNGIR O SANTO DOS SANTOS." DANIEL 9:24

DEUS NÃO TINHA ABANDONADO O SEU POVO APESAR DOS SEUS PECADOS. ELES RETORNARIAM A JERUSALÉM EM CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE JEREMIAS. E DEUS TINHA DETERMINADO UMA OPORTUNIDADE ESPECIAL, UMA OPORTUNIDADE ÚNICA, UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE PARA O POVO DE ISRAEL CONTINUAR A SER O SEU POVO PARTICULAR. DEVIAM, NO ENTANTO, ACEITAR A ALIANÇA QUE DEUS PROPUNHA. DEUS FAZ SEMPRE ALIANÇA COM CADA HOMEM E MULHER QUE O ACEITAM, UMA ALIANÇA DE FIDELIDADE.

DEUS DAVA UM PERÍODO DE 70 SEMANAS. ISTO ERA O TEMPO PARA QUE ISRAEL SE PREPARASSE PARA RECEBER O MESSIAS, QUE FARIA "A RECONCILIAÇÃO PELA INIQUIDADE" E "TRARIA A JUSTIÇA ETERNA".

A PROMESSA RELACIONAVA-SE COM O QUE SE PASSOU NO CALVÁRIO NAQUELA ESCURA TARDE DE SEXTA-FEIRA. VEMOS JESUS NA CRUZ, CUMPRINDO A SUA PROMESSA DE CONCERTO, FEITA EM DANIEL 9, DE FAZER A EXPIAÇÃO PELA INIQUIDADE. COM O SEU ÚLTIMO FÔLEGO BRADA: "ESTÁ CONSUMADO". MISSÃO IMPOSSÍVEL CUMPRIDA!

JESUS TRIUNFOU SOBRE O PECADO E TROUXE A JUSTIFICAÇÃO ETERNA. AGORA, ATRAVÉS DO CALVÁRIO, PODEMOS SER ACEITES POR DEUS, ATRAVÉS DA FÉ PELO PACTO DE SALVAÇÃO. TEMOS O REMÉDIO DO CÉU PARA O PROBLEMA DO PECADO SOBRE O QUAL DANIEL OROU E QUE PODIA IMPOSSIBILITAR A LIBERTAÇÃO DO POVO JUDEU DO EXÍLIO, E PODE IMPEDIR A SALVAÇÃO A TODO O CRISTÃO QUE NÃO CUMPRA A SUA PARTE DO CONTRATO. DANIEL 9 É UMA EMOCIONANTE PREVISÃO DA SALVAÇÃO EM CRISTO. HÁ UM TEMPO DE PROFECIA QUE INDICA EXACTAMENTE QUANDO JESUS APARECERIA COMO O MESSIAS: "SABE E ENTENDE: DESDE A SAÍDA DA ORDEM PARA RESTAURAR E PARA EDIFICAR JERUSALÉM, ATÉ AO MESSIAS, O PRÍNCIPE, SETE SEMANAS, E SESSENTA E DUAS SEMANAS." DANIEL 9:25

UM PERÍODO DE TEMPO DE 7 SEMANAS MAIS 62 SEMANAS, TOTALIZANDO 69 SEMANAS. O PONTO DE PARTIDA SERIA UMA ORDEM ESPECIAL PARA RECONSTRUÍREM JERUSALÉM, QUE TINHA SIDO DEVASTADA DURANTE A INVASÃO BABILÓNICA. ESSAS 69 SEMANAS QUE SE ESTENDERIAM DA ÉPOCA DESSA ORDEM, ATÉ À UNÇÃO DE JESUS!

A TRADUÇÃO DA PALAVRA "SEMANAS" SIGNIFICA LITERALMENTE "GRUPOS DE SETE". E ISSO PODE SER UMA UNIDADE DE 7 DIAS OU UMA UNIDADE DE 7 ANOS. QUANDO OBSERVAMOS COM ATENÇÃO DANIEL 9, FICA CLARO QUE TEMOS ALI UM PERÍODO DE PROFECIA COM 69 UNIDADES DE 7 ANOS CADA, TOTALIZANDO 483 ANOS.

ASSIM, ESSA PROFECIA PREVIU QUE 483 ANOS SEPARARIAM A ÉPOCA EM QUE JERUSALÉM SERIA RECONSTRUÍDA E A ÉPOCA EM QUE O MESSIAS APARECERIA.

PARA DANIEL NÃO ERA DIFÍCIL SABER O INÍCIO DO PERÍODO DA PROFECIA. A DIFICULDADE ERA SABER QUANDO SERIA O FIM DA PROFECIA. E ISTO AGORA ERA IMPORTANTE PARA ELE, QUE TODA A SUA VIDA TINHA ESPERADO O LIBERTADOR, O MESSIAS, O VERDADEIRO PRÍNCIPE!

A DATA DO COMEÇO DA PROFECIA SERIA A ORDEM OFICIAL DA LIBERTAÇÃO. ELE ERA O PRIMEIRO-MINISTRO, ESTARIA A PAR DESSA DATA. A SUA PREOCUPAÇÃO ERA QUE O SEU POVO FOSSE INFIEL, E DEUS TIVESSE QUE POSTERGAR A DATA.

GRAÇAS A DEUS, PELA SUA MISERICÓRDIA, A DATA DA LIBERTAÇÃO FOI MESMO DEPOIS DO CUMPRIMENTO DOS 70 ANOS DE CATIVEIRO, OU SEJA, COMO ESTÁ NO LIVRO DE ESDRAS QUE REGISTA O DECRETO NO SÉTIMO ANO DO REI PERSA, ARTAXERXES, E A HISTÓRIA DIZ QUE FOI EM 457 A.C.

ESSA DATA JÁ FOI CONFIRMADA PELAS MODERNAS DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS, UM FACTO RECONHECIDO POR MUITOS ESTUDIOSOS DA BÍBLIA. A MUNDIALMENTE FAMOSA ENCICLOPÉDIA DAS DIFICULDADES DA BÍBLIA, POR EXEMPLO, APOIA 457 A.C. COMO O PONTO DE PARTIDA DO INÍCIO DA PROFECIA DE DANIEL 9. ESTE LIVRO RECENTE, PUBLICADO PELA ZONDERVAN, EXPLICA COMO A PROFECIA SE DESDOBRA. OBSERVEMOS COM ATENÇÃO: "TENDO O DECRETO DE 457, DADO A ESDRAS PARA A RECONSTRUÇÃO DE JERUSALÉM, TOMADO COMO... O PRINCÍPIO DOS... 483 ANOS, CHEGAMOS AO ANO EXACTO DO APARECIMENTO DE JESUS DE NAZARÉ COMO O MESSIAS (OU CRISTO): 483 MENOS 457 LEVA-NOS AO ANO 26 D.C.

CONSIDERANDO-SE QUE UM ANO É ACRESCIDO QUANDO SE PASSA DE 1 A.C. A 1 D.C. (NÃO EXISTE UM ANO ZERO), NA REALIDADE CHEGAMOS AO ANO 27 D.C.

– UMA IMPECÁVEL PRECISÃO NO CUM¬PRIMENTO DESTA ANTIGA PROFECIA." ENCICLOPÉDIA DAS DIFICULDADES DA BÍBLIA TEMOS A PROVA MATEMÁTICA DE QUE JESUS É O MESSIAS!

EM 27 D.C., O PRÓPRIO ANO PREDITO EM DANIEL 9, JESUS FOI UNGIDO COMO O MESSIAS NO BAPTISMO. AO DESCER SOBRE ELE O ESPÍRITO SANTO E AO RECEBER O TESTEMUNHO DO PAI, “ESTE É O MEU FILHO AMADO EM QUEM ME COMPRAZO”. E GABRIEL DIZ A DANIEL QUE COM ESTE ACONTECIMENTO: "O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO."

QUANDO JESUS COMEÇOU OS SEUS MILAGRES, OS LÍDERES RELIGIOSOS CONTINUAMENTE TENTARAM MATÁ-LO. MAS JESUS ESCAPAVA PORQUE NÃO ESTAVA CUMPRIDO O TEMPO PARA O SACRIFÍCIO SUPREMO, A IMOLAÇÃO COMO CORDEIRO DE DEUS.

É O QUE DIZ JOÃO 7:30: "PROCU-RAVAM POIS PRENDÊ-LO, MAS NINGUÉM LANÇOU MÃO DELE, PORQUE AINDA NÃO ERA CHEGADA A SUA HORA." HAVIA UMA DATA ESPECIAL PARA CRISTO SER IMOLADO? SIM, HAVIA UM CALENDÁRIO COM CONTAGEM REGRESSIVA ATÉ AO CALVÁRIO. NA NOITE ANTES DE MORRER, JESUS OROU: "PAI, É CHEGADA A HORA."

FOI O TEMPO EXACTO PREDITO EM DANIEL 9, EXACTAMENTE NO MEIO DA ÚLTIMA SEMANA. NO PRINCÍPIO DA SEMANA JESUS TINHA SIDO BAPTIZADO, A MEIO DELA ELE EXPIARIA OS PECADOS: DANIEL 9:27 "...E NA METADE DA SEMANA FARÁ CESSAR O SACRIFÍCIO E A OFERTA DE MANJARES." É EXACTAMENTE QUANDO TERMINARAM OS SACRIFÍCIOS E OFERTAS PELOS PECADOS ATRAVÉS DA SUA MORTE. O VÉU DO TEMPLO RASGOU-SE EM DOIS: DEMONSTRAÇÃO CLARA DE QUE NÃO ERAM NECESSÁRIOS MAIS SACRIFÍCIOS, NEM CERIMÓNIAS LEVÍTICAS NO TEMPLO DOS JUDEUS.

DESTA MANEIRA, O CALVÁRIO ACONTECEU NA DATA PROFETIZADA, EM 31 D.C.: TRÊS ANOS E MEIO DEPOIS DO BAPTISMO DE JESUS.

UMA PROVA POSITIVA DE QUE JESUS É EXACTAMENTE QUEM AFIRMOU SER, O MESSIAS, O CORDEIRO DE DEUS! NÃO É DE ADMIRAR QUE MILHARES DE JUDEUS TÊM DEPOSITADO A FÉ EM JESUS COMO O MESSIAS AO COMPREENDEREM ESTA PROFECIA DE DANIEL 9. EM ISRAEL EXISTEM MUITAS IGREJAS ADVENTISTAS COMPOSTAS POR JUDEUS, QUE ACEITARAM A JESUS E A CHAVE DA COMPREENSÃO É SEMPRE ESTA PROFECIA DA PALAVRA DE DEUS. MUITOS JUDEUS NOS ESTADOS UNIDOS, NO BRASIL E EM MUITAS PARTES DO MUNDO CONTINUAM A TER COMO ESPE¬RANÇA A BÍBLIA E AS PROFECIAS, TAL COMO NÓS!

É INTERESSANTE QUE JESUS TENHA ESCOLHIDO O NÚMERO "70 VEZES 7" PARA ILUSTRAR QUANTAS VEZES DEVERÍAMOS TER MISERICÓRDIA DAQUELES QUE NOS FERISSEM. TERIA ELE EM MENTE O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL "70 VEZES 7", OS ANOS DE MISERICÓRDIA DE DEUS PARA COM A NAÇÃO DE ISRAEL? BEM, NÃO SABEMOS! MAS OBRIGA-NOS A PENSAR. NÃO ACHAM?

CHEGAMOS AO ANO EM QUE JESUS FOI CRUCIFICADO, 31 D.C. PORÉM, A SEPTUAGÉSIMA SEMANA NÃO TERMINOU COM A MORTE DE CRISTO. TRÊS ANOS E MEIO ADICIONAIS PERMANECERAM APÓS O "MEIO DA SEMANA". ISSO LEVA-NOS DO CALVÁRIO, INÍCIO DE 31 D.C., ATÉ 34 D.C.: O FIM DAQUELAS "70 SEMANAS" DE OPORTUNIDADE DADAS À NAÇÃO JUDAICA EM DANIEL 9:24.

PORTANTO, DEUS MANTEVE A SUA PROMESSA NO CONCERTO E ENVIOU JESUS COMO O MESSIAS.

AGORA, A QUESTÃO CRUCIAL É: QUE RESPOSTA DEU O POVO JUDEU A DEUS DEPOIS DA MORTE DO MESSIAS NO ANO 31 D.C? COMO PASSARAM ELES OS ÚLTIMOS TRÊS ANOS E MEIO DO TEMPO CONCEDIDO PELO CONCERTO? A PERSEGUIR E MATAR AQUELES QUE FORAM FIÉIS E A REJEITAR A PROMESSA DE CONCERTO E DE NOVA ALIANÇA.

QUERIDO IRMÃO, IRMÃ, QUERIDOS AMIGOS, JÁ ACEITARAM A NOVA ALIANÇA? SE O NÃO FIZERAM, A VOSSA VIDA ESTÁ EM PERIGO ETERNO!

PORQUE DEUS NÃO SE DEIXOU ESCARNECER PELO POVO JUDEU, DA MESMA MANEIRA NÃO SE DEIXARÁ ESCARNECER DEPOIS DE NOS TER DADO TANTAS E TANTAS OPORTUNIDADES!

O APÓSTOLO PAULO DIZ O SEGUINTE: "DE SORTE QUE OS QUE SÃO DA FÉ SÃO BENDITOS COM O CRENTE ABRAÃO. E, SE SOIS DE CRISTO, ENTÃO SOIS DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO, E HERDEIROS CONFORME A PRO-MESSA." GÁLATAS 3:9,29

SEM A FÉ NO MESSIAS, O CONCERTO DE VIDA ETERNA COM DEUS NÃO PODE SER CUMPRIDO. NÃO O FOI COM A NAÇÃO JUDAICA, NÃO O SERÁ CONNOSCO.

DANIEL CONFESSA OS SEUS PECADOS: "TEMOS PECADO E PROCEDIDO IMPIAMENTE." DANIEL 9:15

O QUE É QUE DANIEL ESTAVA A DIZER AO CONFESSAR-SE COMO UM PECADOR? NÃO ENCONTRAMOS UM SÓ PECADO QUE DANIEL TENHA COMETIDO, NEM UMA SÓ VEZ. COM CERTEZA QUE TEVE OS SEUS MOMENTOS DE FRAQUEZA. MAS ATÉ OS SEUS INIMIGOS INVEJOSOS, NÃO VIAM NADA REPROVÁVEL NA SUA CONDUTA. PODEMOS DE FACTO FICAR ADMIRADOS COM ESTA ORAÇÃO!

MAS NÃO PODEMOS ESQUECER A PALAVRA DO PROFETA QUE DIZ: "MAS TODOS NÓS SOMOS COMO O IMUNDO, E TODAS AS NOSSAS JUSTIÇAS COMO TRAPO DA IMUNDÍCIA." ISAÍAS 64:6

APESAR DE DANIEL NÃO TER NADA EM PARTICULAR PARA SE ARREPENDER, ELE SABIA QUE TINHA FALHADO EM ALCANÇAR O GLORIOSO IDEAL DE DEUS. E CONFESSOU-SE COMO SENDO UM HOMEM PECADOR, ALGUÉM QUE NECESSI¬TAVA DO MESSIAS! QUAL ERA A ESPERANÇA DE SALVAÇÃO DE DANIEL? "PORQUE NÃO LANÇAMOS AS NOSSAS SÚPLICAS PERANTE A TUA FACE FIADOS NAS NOSSAS JUSTIÇAS, MAS NAS TUAS MUITAS MISERICÓRDIAS. Ó SENHOR, OUVE! Ó SENHOR, PERDOA!" DANIEL 9:18 E 19

DANIEL DEPOSITOU A SUA PAZ NA BIBLIA, SEGURA PALAVRA DE DEUS COMO O FAROL QUE NUNCA SE EXTINGUE, QUE GUIARÁ OS FIÉIS AO PORTO SEGURO. CONFIOU QUE APENAS A PURA MISERICÓRDIA NOS QUALIFICARÁ PARA O CÉU.

ESTÁ A NOSSA ESPERANÇA ANCORADA NA PALAVRA DE DEUS? ENTÃO PODEMOS ESTAR CERTOS QUE O MESSIAS EM BREVE VOLTARÁ, NUMA NOITE QUE BRILHARÁ COMO O SOL DO MEIO-DIA, COM MILHARES DOS SEUS ANJOS, FICARÁ NAS NUVENS DO CÉU, PARA QUE TODO O MUNDO, TODO O UNIVERSO O VEJA. OS SEUS ANJOS VIRÃO AO NOSSO ENCONTRO PARA NOS LEVAR AOS PÉS DE JESUS, E SUBIR COM ELE PARA A MORADA DO PAI.

A BÍBLIA É UM FAROL QUE ILUMINA A ESPERANÇA! DEUS É FIEL, PODEMOS CONFIAR! AMÉM.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A GRAÇA DIVINA NA VIDA DO PECADOR IMPENITENTE

Texto bíblico: Génesis 4:1-16 1. Existem pessoas que não reconhecem a graça de Deus no Antigo Testamento. 2. Há quem declare que a graça manifestou-se apenas no Novo Testamento. 3. Outros defendem que no Antigo Testamento Deus impunha uma religião legalista, sem misericórdia, sem amor e sem compaixão. 4. Por fim, os que não admitem a comiseração de Deus – sentimento de piedade pela infelicidade de outrem – no Antigo Testamento. I. Uma Oferta a Jeová. “O Senhor dera a Caim e Abel instruções relacionadas com o sacrifício que deveriam trazer-Lhe. Abel, guardador de ovelhas, obedeceu à ordem do Senhor e trouxe um cordeiro como oferta. Esse cordeiro, ao ser morto, representava o Cordeiro de Deus, que seria morto pelos pecados do mundo. Caim trouxe como oferta o fruto da terra, a sua própria produção. Não estava disposto a depender de Abel quanto a uma oferta. Não lhe pediria um cordeiro. Pensou nas suas próprias obras perfeitas, e estas apresentou a Deus. ...” Cristo Triunfante, 2002, p.35 (Meditações) 1. Deus pediu uma oferta e especificou. Só não é dito se eles construíram um altar. No entanto, o sacrifício seguinte que é referido, refere um altar (Gén. 8:20). 2. O sistema de ofertas e sacrifícios foi introduzido por Deus quando o homem foi expulso do Jardim (E.G.White, PP. 54-58). 3. Os vs. 3-4. Revelam que Caim sabia que estava a fazer mal ao apresentar uma oferta que Deus não pediu. Ele foi instruído que o sangue representava o sangue do Filho de Deus que seria derramado pela expiação dos pecados. 4. Ao seguir a orientação divina de sacrificar um cordeiro pelos seus pecados, ele teria mostrado lealdade a Deus, autor do sistema de sacrifícios, teria expressado fé no plano da redenção: Heb. 11:4. 5. Caim reconheceu parcialmente os direitos de Deus sobre ele. Há em primeiro lugar uma revolta contra o pedido de Deus. Há uma recusa de reconhecer-se como pecador e necessitado de um Salvador. 6. A sua oferta não representava penitência pelo pecado: Heb. 9:22. 7. Caim reconhecia a existência de Deus e o Seu poder para dar ou para reter as bênçãos terrenas. Sentia que era proveitoso viver em boa relação com a Divindade. Considerou que esta oferta era suficiente para apaziguar a ira de Deus. Que tipo de carácter tinha desenvolvido Caim? II. O Carácter de Caim: “…mas Caim e a sua oferta” (Génesis 4:5) 1. Prepotente: Vemos como Caim se vê, vê o seu irmão e como vê Deus. 2. O sacrifício não é aceite por Deus, sente o orgulho ferido e a sua arrogância transparece. Caim percebeu a ausência de um sinal visível do agrado de Deus e da aceitação da sua oferta. 3. “Pelo que irou-se Caim fortemente,” pode dizer-se “ira = arder”. Sentiu um poderoso ressentimento contra o seu irmão e para com Deus. 4. A conduta de Caim exemplifica o pecador impenitente cujo o coração não é subjugado. Quando percebe que não é aceite, torna-se ainda mais rebelde. Caim não ocultou os seus sentimentos. O seu semblante “descaiu-lhe”. Frustração, desagrado e ira. 5. Presunçoso: Presunção é o acto de supor algo, pretensioso. Caim ouviu a orientação de Deus (Génesis 4:6-7) e sem dizer uma palavra saiu com a pretensão de cometer fratricídio (Génesis 4:8). Assassinou o seu inocente irmão. 6. Displicente: Pessoa que revela desinteresse. Deus conversa com Caim duas vezes. A primeira para orientá-lo antes de matar o seu irmão (Génesis 4:6-7), ele nada respondeu. A segunda para convidá-lo à reflexão depois de derramar sangue inocente (Génesis 4:9), ele revela desinteresse por Deus. 7. Incorrigível: Alguém que não se sujeita a correcção, embora seja para seu bem. Caim questiona Deus pelas consequências de seu próprio pecado, insinuando que Deus é injusto. III. O Carácter de Deus: como Deus vê Caim. 1. Compaixão: Deus vê Caim triste e compadece-se dele (Génesis 4:6-7). * “Então Deus perguntou a Caim: Porque te iraste? Quem fala é Deus (ver vs. 14-16). Deus continua a aproximar-se pessoalmente dos homens depois de terem sido expulsos do Jardim. 2. Bondade: Depois que Caim mata o irmão, Deus ainda se aproxima dele com bondade, fazendo uma pergunta que certamente Caim sabia a resposta (Génesis 4:9). * A recusa da oferta por Deus, não significa necessariamente a recusa de Caim. Deus, com compaixão, (misericórdia e paciência), estava pronto a dar-lhe outra oportunidade. * Apesar de lhe mostrar o desagrado ao recusar a oferta, apresenta-se diante do pecador para falar, aprofundar as razões, para persuadir do erro do seu proceder. * Deus falou a Caim como a um menino caprichoso, na intenção de o ajudar a compreender a verdadeira motivação que assaltava o seu coração como um animal feroz. 3. Amor/Disciplina: “Que fizeste?” Não tendo tido resultados no trato suave, Deus procedeu de forma directa; fazendo compreender Caim o crime que tinha cometido. “Que fizeste?” implica que Caim tinha plena consciência do seu acto. * Abel é um tipo de Cristo. Também Jesus, ao vir ao mundo como “parente” da humanidade, foi recusado e morto pelos seus irmãos. (v.10) Deus faz cair o castigo maior sobre a terra e não sobre Caim (Génesis 4:10-12). Caim continua com vida e saúde por muitos anos! 4. Graça: Deus não elimina Caim, embora o salário do pecado seja a morte: o do Cordeiro ou de quem não aceitou o Cordeiro. Embora Deus revelasse justiça se tirasse a vida de Caim para não perpetuar suas características, Ele coloca um sinal de protecção “para que não o ferisse quem quer que o encontrasse” (Génesis 4:15). Caim saiu ingrato da presente graça de Deus a fim de seguir sua própria vida de pecado! Conclusão: 1. Deus ama mesmo aqueles que não merecem ser amados. Ter uma audiência com Deus, estar em Sua presença e sentir Seu amor nem sempre resulta numa transformação de vida. 2. Deus protege mesmo aqueles que O ignoram. A protecção de Deus é incondicional, mas nem sempre é reconhecida. 3. Deus aconselha mesmo aqueles que O desprezam. Os conselhos de Deus são bons, mas nem sempre são considerados. 4. Deus oferece Sua preciosa graça mesmo sabendo que o beneficiado O rejeitará. A graça de Deus é infinita, mas não irresistível.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

OS SINAIS SÃO CADA VEZ MAIS...

INTRODUÇÃO: Mateus 24:6-8 1. O sermão profético de Jesus aborda a proliferação das tragédias mundiais. 2. O sermão profético de Jesus deveria interessar a todos os verdadeiros cristãos. 3. O sermão profético de Jesus esclarece o tempo em que estamos a viver: o fim do mundo!

I. GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS – Mateus 24:6-7

1. Depois das duas grandes guerras mundiais, rumores de guerras, guerras e terrorismo têm aumentado em proporções incalculáveis.

2. Depois de 1914 a intensidade dos sinais bíblicos do fim tem-se intensificado assustadoramente.

3. Desde então, os seres humanos deveriam ter buscado com mais intensidade o conhecimento do Príncipe da Paz, que é Jesus.


II. GRANDES TERRAMOTOS ASSINALAM O FIM DO MUNDO – Mateus 24:7-8

1. Depois de 1960 segue-se uma lista dos 4 maiores terramotos da história:

a) 22 de Maio de 1960, no Chile, 9,5 graus na escala Richter.

b) 28 de Março de 1964, Alasca – EUA, 9,2 graus na escala Richter.

c) 26 de Dezembro de 2004, Sumatra, 9,1 graus na escala Richter.

d) 11 de Março de 2011, Japão, 9,9 graus na escala Richter.

2. Quem analisa, percebe que a quantidade e intensidade dos terramotos atuais nunca foram sentidas antes na história.

3. Depois disso os terramotos deveriam servir para sacudir os seres humanos de todos os lugares, a fim de que acordem da letargia espiritual em se encontram.

III. GRANDE AUMENTO DA MISÉRIA – Mateus 27:7-8

1. Com o aumento da população mundial automaticamente aumenta a fome e a miséria das pessoas em todos os lugares. O nosso planeta está a ficar lotado. A população mundial deve chegar aos 7 biliões em meados do 4 trimestre de 2011, de acordo com um relatório da ONU. A maior parte desse crescimento acontece nos países mais pobres da Ásia e África. A população mundial atingiu os 6 biliões em 1999. O primeiro ponto da agenda do G.20 é a economia. O segundo é a alimentação: questiona-se que mais 90% da população terão que eliminar a palavra “jantar”

2. Com o aumento da população mundial, em 2009 a fome alcançou um recorde histórico com 1,2 milhões de pessoas passando fome. A cada 24 horas mais de 100.000 pessoas morrem de fome no mundo. Dos quase 7 biliões de habitantes mais de 4 biliões vivem abaixo da linha de pobreza.

3. Com o aumento da fome física deveria aumentar a fome espiritual de cada pessoa que vive neste mundo que vai de mal a pior. IV. GRANDE CRESCIMENTO DE EPIDEMIAS EVIDENCIA


O FIM DO MUNDO – Mateus 24:7-8

1. Com a destruição causada pelas guerras e pelos terramotos e tsunamis aumenta grandemente as epidemias: “Nação contra nação”: v. 7

a. É verdade que este texto refere em particular o período 31 a 70 d.C., como um período de calamidades. Estas palavras do Senhor cumpriram-se literalmente na queda de Jerusalém. Certamente que as pestes, terramotos, vulcões como o que atingiu no ano 69 Pompeia, foram seguramente, entre tantas outras calamidades avisos que o Senhor deixou para que o Seu povo tivesse prevenido. O versículo 8, refere que seriam o “princípio das dores”. Õdin, dor de parto. Como seriam e serão estes acontecimentos a cumprirem-se no final do tempo?

b. Uma pandemia é uma epidemia que se espalha à escala global, podendo causar a morte de milhões de seres humanos. A maior pandemia da história foi o surto de Influenza, conhecido por gripe espanhola, que ocorreu no final da 1ª Guerra Mundial e que matou entre 20 e 40 milhões de pessoas, consoante as estimativas.

A vulnerabilidade da população, subnutrida e enfraquecida pela guerra, as más condições de higiene nas trincheiras e o acréscimo de mobilidade das tropas aliadas em 1918, facilitaram a propagação de um (provavelmente) novo vírus da gripe, que se espalhou rapidamente pelo mundo inteiro, apesar das medidas de prevenção tomadas imediatamente por muitos governos.

c. O pânico gerado pela questão nuclear no Japão está a alertar a atenção das autoridades de uma possível crise humanitária, que pode envolver as mais de 452 mil pessoas que estão a viver em abrigos temporários.

d. Assim como foi antes do ano 70, acontecerem todos os sinais. Há crentes que pensam que o que se está a passar é uma “onda que replicará pelo mundo.”

e. O Governo brasileiro mobilizou cerca de 600 militares em consequência do temporal para resgatar da zona serrana do Rio de Janeiro, dos escombros, vivos, feridos e mortos, muitos cadáveres ficaram debaixo da lama em consequência mais uma devastadora epidemia Dengue.

f. Poluição dos mares e oceanos: o mar foi desde sempre considerado como um vazadouro natural e durante milénios os ciclos biológicos asseguravam em larga medida a absorção dos dejetos e a purificação das águas. Atualmente, graças à sociedade industrializada e ao mundo militarizado, chegamos a um estado de desequilíbrio do meio marinho. Nele atuam diversos fatores químicos, físicos e biológicos. O mar possui uma grande capacidade de autodepuração e constitui um meio pouco favorável ao desenvolvimento da maioria dos germes patogénicos. Contudo, o lançamento incontrolado de águas utilizadas, provenientes de zonas urbanas, e os resíduos industriais tornaram as águas costeiras num meio propício ao desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

2. Com o aumento da população e da pobreza aumenta as mais variadas epidemias, doenças e enfermidade de toda espécie.

3. Com o crescimento das epidemias e pestes as pessoas deveriam aguardar com mais intensidade a vinda de Cristo, o qual virá retirar os salvos deste Planeta que está em ritmo acelerado de destruição.

CONCLUSÃO:

1. Esses são o final da dores: A vinda de Jesus está a eclodir: Tito 2:13 “aguardando”, “esperar, “estar na expectativa”. Paulo incentiva os membros da igreja dirigida por Tito, Creta, para que vivam como representantes de Jesus Cristo. Há razões para isso a dádiva da vida eterna; por isso, a vida diária deve estar em harmonia com o anelo do cristão sobre a iminente vinda de Jesus.

2. Assim como Simeão foi recompensado quando contemplou Jesus (Lucas 2:25) porque “esperava” como nós cristãos esperamos e sentiremos em breve o máximo gozo ao sermos testemunhas da segunda vinda de Jesus.

3. A esperança da vinda de Jesus é o grande incentivo dos crentes face a todas as vicissitudes da vida. Os momentos escuros, o desânimo, a desilusão, a dor própria da condição humana são superadas pela esperança cristã da segunda vinda. O grande Senhor do Universo vier segundo a sua promessa; João 14:1-3. 2. Esses sinais são apenas o princípio das dores: Jesus assim declarou para que não esperemos um tempo de paz e tranquilidade antes do retorno do Príncipe da Paz. Esses sinais são apenas o princípio das dores: Jesus assim declarou a fim de que não coloquemos nosso foco nos sinais, mas n´Aquele que é maior do que os sinais, e num evento que é maior do que qualquer tragédia:

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO!

1. Estudemos mais a Bíblia para conhecer vigiando os sinais d´Aquele que vem sobre as nuvens com poder e grande glória (Mateus 24:30).

2. Estudemos e conheçamos melhor os planos de Deus para o fim do mundo.

3. Estudemos as profecias com atenção, oração e humildade a fim de que o Espírito Santo impressione o nosso coração e transforme a nossa vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

QUE TIPO DE CRISTÃO É?

2ª Reis 6: 8-18 "Ora, o rei da Síria fazia guerra a Israel. Depois de consultar os seus oficiais, disse: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento. Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar, porque os sírios estão descendo ali. Pelo que o rei de Israel enviou homens àquele lugar de que o homem de Deus lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se salvou, não uma nem duas vezes. Este incidente turvou o coração do rei da Síria, que chamou os seus oficiais e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? Disse um dos seus oficiais: Ninguém de nós, ó rei meu senhor, mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. Disse o rei: Ide e vede onde ele está, para que o envie homens e mande trazê-lo. Deram-lhe aviso, dizendo: Está em Dotã. Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade. Quando o moço do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, viu que um exército com cavalos e carros tinha cercado a cidade. Então seu moço lhe perguntou: Ai, meu senhor, o que faremos? Ele respondeu: Não temas. Mais são os que estão connosco do que os que estão com eles. E orou: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele olhou e viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. Enquanto o inimigo descia contra ele, Eliseu orou ao Senhor: Fere, peço-te, de cegueira esta gente. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. (II Reis 6:8-18) Havia uma guerra em Israel. E o rei da Síria, junto com os seus oficiais, traçava planos em como derrotar a Israel. Mas, todas as vezes que os sírios se preparavam para a guerra, Deus revelava a Eliseu quais eram os planos do rei da Síria, de forma que os exércitos de Israel escapavam de qualquer emboscada. Eliseu sabia dos planos de rei da Síria porque Deus lhos revelava. Enquanto Eliseu estava a orar, Deus falava-lhe o que os oficiais da Síria estavam a planear. No Novo Testamento, esta manifestação do Espírito Santo, é chamada de Palavra de Conhecimento, ou seja, uma revelação sobrenatural que recebemos de Deus de algo que não poderíamos saber de outra forma. Eliseu sabia dos planos do rei da Síria porque Deus lhos revelava. Ao ver que Israel escapava das suas armadilhas, o rei da Síria pensou que houvesse um traidor entre os seus homens pois não compreendia as coisas espirituais. Eliseu era um homem de Deus. Era um profeta. Era um homem que orava. Vemos Eliseu a orar duas vezes neste texto (vs. 17 e 18), e por isso recebia as revelações de Deus. Sabia que o mundo invisível (dos anjos e demónios) era tão ou mais real do que o mundo que podia ver com os olhos. Somente a pessoa que ora, e ora bastante, consegue discernir estas coisas correctamente. Este Texto da Bíblia revela quatro tipos de pessoas diferentes, e com certeza nós nos encaixamos em qualquer destes tipos.

1. O Primeiro tipo de pessoa; é revelado pelas atitudes de Rei da Síria e do servo de Eliseu Quando o rei da Síria viu que Israel conhecia os seus planos disse: "...quem dos nossos é pelo rei de Israel?" (v. 11). Ele pensou que alguém estava o trai-lo. Por sua vez, o servo do profeta Eliseu, ao ver que o exército inimigo tinha cercado a cidade para prendê-los, perguntou a Eliseu: "Ai, meu senhor, o que faremos?" (v. 15). Estas atitudes revelam um tipo de pessoa que só consegue ver o natural, o que é lógico, o que é visível aos seus olhos naturais. Só consegue vislumbrar os seus próprios problemas, o tamanho dos gigantes, a lógica de que se "Eliseu sabe", alguém nos traiu disse aos seus. Estas pessoas não conseguem perceber o mundo invisível. Muitas vezes, numa casa há discórdias, brigas, ódio e muitas outras coisas, mas as pessoas não conseguem discernir que o problema acontece na esfera espiritual. Lares são destruídos, a situação financeira torna-se difícil, mas este tipo de pessoa não consegue ver nada além do que os seus sentidos naturais dizem. Eles perguntam amedrontados: "Ai, o que faremos?". Efésios 6:12 diz: "A nossa luta não é contra a carne, nem contra o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestiais."

2. O Segundo tipo de pessoa; é alguém que pensa que realmente há um mundo invisível, mas ainda procura meios lógicos e naturais para encontrar a solução O rei da Síria acreditou que Deus revelava os seus planos à Eliseu, acreditou que havia um mundo invisível sobrenatural, mas ao invés de tomar uma atitude correta mandou achar a Eliseu e prendê-lo. Nem lhe ocorreu que se Eliseu "sabia as palavras que o rei dizia no seu quarto", certamente saberia que o rei queria prendê-lo. O rei deveria ter orado a Deus e perguntado o que deveria fazer, qual o caminho a tomar, como resolver esta situação, mas na sua cabeça natural, cheia de lógica, o problema seria resolvido se Eliseu fosse preso. Mandou prendê-lo. Mandou cercar a cidade onde Eliseu estava. Enviou centenas de soldados que caminharam toda a noite. Armou uma grande estratégia militar, mas o seu plano foi um fracasso. Ficou envergonhado. Tentou resolver a situação à sua maneira quando a solução do problema era espiritual e não física. As atitudes deveriam ser tomadas depois de muita oração, debaixo da oração de Deus, e nem sempre os caminhos de Deus são a lógica do homem. Muitas vezes as pessoas fracassam na sua vida porque em vez de buscar a Deus para saber o que fazer, fazem o que lhes vem à cabeça, o que "acham" que é o melhor caminho. "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor."Pv. 16:1

3. O Terceiro tipo de pessoa; é a pessoa que acredita em Deus, acredita que há uma solução espiritual, mas não consegue ver a proximidade da mesma. O servo de Eliseu vivia com o profeta. Testemunhara muitos milagres. Cria em Deus, mas não conseguia entender que Deus estava ali. Não conseguia crer que Deus iria livrá-los. Ficou apavorado. Pensou: "Estamos perdidos; estamos mortos. Que adiantou servir a Deus todos estes anos. Ai meu senhor, o que faremos?" Não percebeu a presença de anjos. Não percebeu que os problemas de homens são só uma oportunidade para os milagres de Deus. Cria em Deus, mas num Deus que está distante, num Deus que não deve estar muito preocupado comigo, num Deus que não está a ver a minha situação desesperada. "Ai meu senhor, o que faremos?" Ficou com medo, pois não tinha no seu coração o pensamento que "se Deus é por nós, quem será contra nós". Rom. 8:31 O servo de Eliseu, como muitos cristãos, estava com os seus olhos espirituais fechados. Recebem o diagnóstico médico e ficam apavorados, desesperados, querem abandonar a fé. Parece que Deus está distante. Não sabem o que fazer, precisam ter os seus olhos abertos para ver que "mais são os que estão connosco do que os que estão com eles."

4. O Quarto tipo de pessoa; são as pessoas que vêem o invisível, sabem que o poder está disponível e agem com tranquilidade pela fé e oração Eliseu era esta pessoa. Ele sabia o Deus que tinha. Os seus olhos espirituais estavam mais abertos do que os seus olhos físicos. Não se preocupou com o exército inimigo, pois estava certo que "mais são os que estão connosco do que os que estão com eles" (v. 16). Não ficou com medo pois sabia que o "anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra." Eliseu orou. Não orou por si, mas por aquele que não criam: "Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja." Deus ouviu a oração de Eliseu, e "o Senhor abriu os olhos do moço, e ele olhou e viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu." Havia mais anjos armados do que soldados armados. Todo o espaço à volta estava repleto de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. O monte estava "cheio". Todo o tempo os anjos estiveram lá, e Eliseu sabia disto, embora os seus olhos naturais não vissem nada. Mas Eliseu era um homem diferente. Cria na oração. Via o invisível. Sabia que Deus não o abandonaria, que Deus cuida, que Deus protege os que o amam, que Deus interviria quando necessário, Que Deus o livraria, que Deus estava presente vendo tudo, que Deus estava a ver a movimentação dos soldados, que Deus não falharia. Eliseu não fez uma oração apavorada, de última hora, quem sabe numa última tentativa. Não, ele nem orou por si. Neste momento ele nem precisava de oração, pois ele estava tranquilo. Afinal, ele servia ao "Senhor dos Exércitos". "Enquanto o inimigo descia contra ele, Eliseu orou ao Senhor: Fere, peço-te..."(v. 18). Não orou apavorado clamando por misericórdia. Não reclamou a Deus dizendo: "Que adiantou servir a Deus. Olha a minha situação agora". Eliseu estava tranquilo porque sabia que Deus tinha o controlo da situação. Talvez algumas vezes na tua vida, parece que não há saída, que não há solução. Tem vontade de chorar e desesperar e abandonar a fé. Saiba que Deus cuida e mesmo que você não veja nada com os olhos físicos, Deus ordenou aos seus anjos para o guardarem em todos os caminhos. Então fique firme no Senhor. Fique firme com a Palavra. "Não temas. Mais são os que estão connosco do que os que estão com eles." Ore bastante. Aprenda a jejuar, pois nada nos torna mais sensíveis ao mundo espiritual do que o jejum e a oração e este é o tipo de cristão que Deus quer que sejamos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PEGADAS NA TERRA

Senhor Deus, nós nos aproximamos de Ti, nosso compassivo Redentor; e rogamos, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Oh, Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que hoje estão aqui com o coração ansioso para ouvir a Tua voz. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém. O tema das nossas conferências é Viver a Paz. Paz: palavra mágica, um sonho, um ideal, uma expectativa. Quanta contradição na busca desse tesouro! Promovem-se guerras e revoluções na intenção de se conseguir paz. Numa galeria de arte, na Itália, há dois quadros que chamam a atenção pelas semelhanças e contrastes. Em ambos, o céu está carregado de nuvens escuras, prenunciando violenta tempestade. O mar está agitado, com ondas enormes. No quadro da esquerda, um rosto humano, esquálido e terrível, flutua nas águas do mar. No quadro da direita, destaca-se uma rocha no meio das ondas. No topo da rocha, há um arbusto que abriga um ninho, no qual descansa tranquilamente uma pombinha branca. O primeiro quadro simboliza as pessoas que não têm a paz. Esta infelizmente, é a experiência da maioria das pessoas no mundo, por isso recorrem a drogas, calmantes, lares desfeitos, consciência pesada – estas coisas são simbolizadas por aquele rosto sem vida, flutuando nas águas do mar. O segundo quadro não revela uma vida sem problemas e lutas. As ondas que vão de encontro à rocha, e o céu carregado de nuvens simbolizam provações e perigos de que o ser humano está rodeado neste mundo. Mas há uma diferença que anima e conforta: A rocha em que está o arbusto e no qual se encontra o ninho com a pombinha branca, simboliza que no meio das ondas, podemos encontrar refúgio, aninhar a nossa esperança e ter paz. É este o percurso que vamos seguir noite após noite, cada tema está interligado, por isso vos convido a não perder nenhum, insistam junto dos vossos queridos familiares, amigos a virem convosco e assistir, eles também precisam de encontrar um lugar de refúgio como aquela pombinha! Hoje vamos fazer uma viagem imaginária. Entraremos no coração e tentaremos sondar alguns dos seus segredos. No labirinto das veias e artérias que cruzam os órgãos e tecidos, existe biliões de heróis anónimos que esperam calmamente para entrar em acção. Vamos tentar contar a sua impressionante história. Recentemente, através do microscópio electrónico, os especialistas conseguiram analisar de forma mais ou menos pormenorizada a função dos glóbulos brancos. Observaram uma aventura complexa e fascinante destes glóbulos, eles são verdadeiros heróis que actuam para o bom funcionamento do nosso corpo. A primeira impressão que esta célula provoca não é muito agradável. Parece-se com uma amiba, uma bola líquida e sem forma. Percorre as paredes das veias e artérias lançando uma espécie de anzol e depois arrasta-se. A sua função é proteger o corpo contra os invasores hostis. Embora não pareça poder derrotar uma lesma, muito menos um exército de ferozes bactérias. Quando porém, as bactérias ou os vírus entram no sangue, de imediato os glóbulos brancos transformam-se em "Rambos" e alteram totalmente o seu comportamento. Alertados do perigo, os glóbulos brancos como que despertam do seu monótono passeio e servem-se da sua capacidade única de mudar a sua forma e rapidamente aparecem onde as bactérias atacam. Comprimem-se, passam entre as células das paredes capilares e dos tecidos, encurtam o caminho para chegar ao local da batalha. Assim que aí chegam é evidente que os glóbulos brancos fazem parte de um grande exército de soldados altamente especializados. Existem vários tipos de glóbulos brancos e cada um deles ataca o seu inimigo com coragem. Primeiro vem a infantaria, os neutrófilos. Estes glóbulos têm uma grande coisa a seu favor: a quantidade. A nossa medula óssea produz cerca de cem biliões de neutrófilos todos os dias. A sua função é engolir o inimigo. O seu corpo, parecido com as amibas, lança-se ao redor da substância estranha, desinte¬gram o invasor que fica prisioneiro nas suas enzimas. Depois de ingerir entre cinco a cinquenta bactérias e absorvida as mortíferas toxinas do invasor, o neutrófilo morre em batalha. Morrem aos biliões em sucessivos contra-ataques. Mas isso é apenas o começo. A seguir vêm os soldados arrasadores, chamados macrófagos, os fortes soldados do corpo. Aumentam de cinco a dez vezes o seu tamanho original quando chamados para a batalha. Cada uma dessas células "Golias" pode devorar uma centena de invasores e sobreviver. Macrófago significa "grande devorador" e é exactamente o que fazem numa fracção de segundo. Os macrófagos são também especializados em emboscadas. Quando enfrentam um inimigo particularmente grande ou resistente, várias dessas células fundem-se para formar o que é chamado "célula gigante" e em seguida atacam o invasor com as suas enzimas combi¬nadas. Esse contra-ataque prepara o caminho para outro tipo de glóbulos brancos entrarem em combate. As linfocitárias, parecem assassinos treinados. Cada uma tem a missão de destruir um tipo particular de bactéria, reconhecem o inimigo entre todos os outros e perseguem-no com toda a intensidade. A célula linfocitária é particularmente mortal, envia ao sistema imunológico do nosso organismo a arma mais eficaz contra as bactérias: os anticorpos. Todos já ouvimos falar dos anticorpos. São como mísseis teleguiados que buscam uma certa presa com precisão absoluta e a destroem. São mísseis inteligentes. Essas correntes de aminoácidos em forma de Y enviam enzimas mortíferas na corrente sanguínea do orga¬nismo. Às vezes um grupo de anticorpos agrupa um número de bactérias para que se tornem um alvo fácil para os fortes soldados (macró¬fa¬gos) devorarem. Bem, outro tipo de linfocitária é a célula T, também faz parte dos glóbulos brancos. Estas células actuam como comandantes de campo na batalha. Enviam sinais que aumentam a fúria do combate. Acirram a actividade dos glóbulos brancos ao máximo: além disso, calculam constantemente a situação, de forma a manter uma resposta defensiva adequada. Todos os elementos do sistema imunológico comunicam entre si de maneira que pouco entendemos. Todo o contra-ataque dos glóbulos brancos, em todas as suas diferentes formas, é cuidadosamente coordenado. Da infantaria aos fortes soldados, dos mísseis teleguiados aos comandantes de campo, sabem exactamente o papel que devem desempenhar no combate. Assim que o invasor é derrotado, o exército volta ao seu estado normal. O delicado equilíbrio da química do corpo é mantida e os glóbulos brancos voltam a arrastar-se ao longo das paredes dos vasos sanguíneos como se nada tivesse acontecido. Sabem, quando pensamos neste maravilhoso exército de comba¬tentes que corre pelas nossas artérias, veias e vasos, formulamos uma pergunta interessante: como surgiu este complexo sistema imunológico? Muitas pessoas dizem que nós somos o resultado da evolução! Se a evolução é a resposta às nossas perguntas sobre a origem da vida, como foi possível que este sistema tão complexo tenha evoluído em simultâneo? Quanto mais pensamos sobre este assunto, mais complicada é a resposta. Sabem porquê? Todos estes guerreiros sofisticados e especializados do nosso corpo precisam uns dos outros. Os glóbulos brancos são essenciais no esforço de guerra contra os invasores do nosso organismo, têm a capacidade de defesa, mas sem os sinais de certas células, perderiam o controlo, estariam completamente desor¬ganizados. Os grandes devoradores, os macrófagos, também necessitam das mensagens químicas para entrarem em acção. Seriam inúteis se não fossem bem orientados no ataque. Outros glóbulos brancos, por sua vez, não podem agir sem os grandes devoradores que não só consomem a maior parte dos invasores, mas limpam os resíduos após a batalha. Em suma, tudo depende de tudo, uns dependem dos outros. Cada parte contribui para o delicado equilíbrio do todo. Certamente já ouviram falar de pessoas vítimas de doenças raras que precisam de passar a vida em lugares completamente esterilizados, assépticos, isto é, lugares isentos de todo agente patogénico. São pessoas que têm que ser protegidas de todo contacto directo com o mundo exterior porque qualquer infecção poderia matá-las. Já tive uma irmã nesta situação, com 40 anos, sofria de leucemia, eu falava com ela através de intercomunicadores, via-a através do vidro, mas não lhe podia tocar. Há algum tempo falou-se muito de um menino português, que vive nestas condições. Nasceu sem as células linfocitárias B e T. Ele tem agora dez ou onze anos de idade. O seu corpo não consegue combater as bactérias. Possui suficientes glóbulos brancos da infantaria, os soldados fortes; tem também biliões de grandes devoradores fluindo da sua medula óssea todos os dias. Mas, é impotente contra as infecções. Porquê? Porque falta uma parte do sistema às células linfocitárias, os tais glóbulos que chamamos “assassinos”. O que o exército das células brancas do sangue sugere é que Alguém de infinita inteligência as projectou, as concebeu, as criou e colocou no lugar certo e para realizar a tarefa necessária à vida. Esse Alguém é o Omnipotente Criador que a Bíblia nos apresenta. As Escrituras engrandecem este Deus que tem demonstrado uma habilidade tão notável como Criador. Medite nestas palavras: Salmo 139:13-14 "Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por um modo assombrosamente maravilhoso fui formado!” De forma tão maravilhosa fomos criados! Após observar o modo maravilhoso pelo qual as nossas células contra atacam e vencem todos os invasores, eu diria, no mínimo, que este Criador está do nosso lado. E é precisamente isso que as Escrituras proclamam bem alto. Eis a confiante promessa de Deus feita através do profeta Isaías 49:25; "Por certo que os presos se tirarão ao valente e a presa do tirano fugirá porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos." São as palavras de um guerreiro confiante, e Deus faz estas afirmações em nosso favor. Ele contenderá com qualquer um que se atreva a fazer-nos mal, que nos queira ferir, magoar, destruir. É isso que Deus já faz nos nossos glóbulos brancos destruindo bactérias aos biliões a cada hora que passa. Louvado seja o Criador! Isaías não está sozinho ao apresentar o Senhor Deus como um guerreiro. Nos Salmos encontramos um Deus que prende uma espada ao cinto, cavalga para vitórias como um guerreiro especial e marcha através (imagem de Jesus no cavalo branco-goosalt) dos portões de Sião, um herói conquistador, poderoso na guerra. Ele diz que vence até o Leviatã, o símbolo de tudo o que apavorava os antigos, e esmaga a sua cabeça no mar. Trata-se definitivamente de alguém que quer estar do nosso lado. O que a Bíblia diz repetidamente é que Ele está, de facto, ao nosso lado. O profeta Sofonias realça esta mesma verdade: "O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar: Ele se deleitará em ti com alegria." Sofonias 3:17 Aqui está um Deus que se deleita em estar ao lado daqueles que Ele salva do perigo. Deus exulta porque colocou dentro do homem e da mulher, da criança quando ela é ainda um feto, um sistema que o pode salvar! Deus, alguma vez vos pareceu um Ser demasiado distante? Meu amigo, minha amiga, tem dificuldade em crer que Ele pode realmente fazer a diferença na sua vida? Dar a paz! Rogo-lhe que tire esse pensamento da cabeça, porque esse pensamento impede Deus de estar plenamente livre para o defender. Nós podemos colocar entraves para que Deus não se manifeste nas Suas multiformes acções para nos defender. E então ficamos como aquele menino, sem defesas! É verdade, às vezes acontecem tragédias que diminuem as nossas certezas. Todo o ser humano está exposto ao vendaval da vida, das tentações, das agressões externas. Quero assegurar-vos com toda a sinceridade, que Deus é um amigo íntimo de todos aqueles que O chamam! Quer chamá-Lo esta noite? Se duvida, coloque os dedos no pulso, sinta o ritmo que envia o "rio da vida" que faz o sangue correr nas veias em todo o seu corpo. Podemos sentir o Criador que continua a lutar por cada um de nós, neste mesmo instante! Nem sempre conseguimos ver as coisas como deve ser! Às vezes acontece pensarmos que as coisas são de uma maneira e elas são de outra. No que se refere a Deus não conseguimos ver sempre as coisas muito claras. Claro que toda a gente diz que as coisas na Bíblia são facilmente compreensíveis e que elas revelam a verdade com grade transparência. Sim é verdade! No entanto se começarmos a ler no livro de Juízes, e vermos as guerras que existiam entre o povo de Deus e os povos vizinhos, ficamos tão confusos que até nos apetece deixar a Bíblia de lado. Tudo nos parece desfocado. Já alguma vez começou a ler a Bíblia e teve que a colocar de lado porque não compreendia o que está escrito? Isso passou-se comigo ao princípio! Mas hoje leio e compreendo tudo. Antes, parecia-me quando a lia que tudo estava desfocado, hoje, é simples e clara. Recordo uma experiência que vivi há uns anos, era Sábado, tinha apresentado várias conferências naquele dia e sinceramente estava muito cansado. Eu não conhecia bem a cidade, um amigo levou-me, mas como havia muito trânsito deixou-me perto do local onde eu ia pernoitar. Um homem vem na minha direcção a fazer alguns gestos, pensei que pretendia alguma informação. Parou à minha frente e eu parei, de repente estendeu a mão e tirou-me os óculos e fugiu! Fiquei ali no passeio, via as pessoas, mas não conseguia distinguir o rosto. Queria perguntar onde ficava o meu hotel, mas hesitava muito porque não via com nitidez as pessoas e por outro lado tinha consciência que estava perto e não queria parecer ridículo. A verdade é que estava a poucos metros, mas sem óculos estava tudo desfocado: as pessoas, o local e mais ainda a porta do hotel que eu procurava ansiosamente. Nós sentimos que Deus nos ama, sabemos que Ele está próximo de nós, ao nosso lado, porém com o tempo e o pecado ficámos míopes espiritualmente, e apalpamos, cambaleamos e queremos encontrá- -Lo, porém às vezes parece-nos muito longe: por isso repito e peço, coloque o dedo indicador na veia do pulso e sinta o sangue correr e pense que Deus está tão próximo que Ele vigia pela sua vida, para que tudo corra bem. Permitam-me que diga de coração aberto, que é nos Evangelhos que encontramos em toda a Sua beleza e poder: Jesus! E é em Jesus que podemos ver Deus com toda a nitidez. Jesus é a única imagem de Deus completa e nítida. Jesus disse aos discípulos: “Quem me vê a Mim vê o Pai. …Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. João 14:9-11 Jesus é Deus visto com nitidez. E em Deus não há absolutamente nada que não seja semelhante a Cristo. Se há algo no Velho Testamento que parece estar em conflito com o carácter de Cristo, é porque há alguma coisa que ainda não compreendemos. Há dois lugares – pelos menos – nos evangelhos em que o carácter de Deus brilha tão intensamente que os meus olhos ficam marejados de lágrimas, e sinto um nó na minha garganta. Um deles é o Calvário. O outro encontra-se em três histórias que Jesus contou para ilustrar uma característica chave do Seu Pai. O capítulo começa com os fariseus a murmurarem acerca de Jesus: “Este recebe pecadores, e come com eles”. Lucas 15:1-2 Estes fariseus eram as pessoas respeitáveis desse tempo e eram especialistas a chamar aos outros “pecadores”. Eles tinham um provérbio: “Há alegria no Céu por um pecador que é destruído diante de Deus”. Jesus sabia isso e deliberadamente apresentou uma imagem oposta do Seu Pai: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:10 A primeira das três histórias fala de um pastor que possuía cem ovelhas, uma das quais se tinha perdido. Ele deixou as noventa e nove no redil e, por terreno perigoso, foi em busca da ovelha perdida, até que a encontrou. Então o pastor voltou para a sua aldeia com a ovelha perdida deitada sobre os seus ombros. E toda a comunidade se alegrou com ele. Houve um grande clamor de alegria e uma festa de agradecimento. Jesus disse: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no Céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Lucas 15:7 O Céu faz uma festa sempre que um ser humano, sozinho e perdido decide voltar ao calor e luz da presença do Pai. E o Pai, Deus é o mais feliz de todos! A segunda história refere-se a uma mulher que perdeu uma das moedas da sua fita de cabelo. Esta não era uma moeda vulgar; simbolizava a sua condição de mulher casada. As casas judaicas tinham chãos de terra cobertos com palha que não era mudada com frequência. O quadro é de uma mulher que vasculha entre a palha suja, com uma candeia numa mão, até que achou a moeda. Aqui está uma imagem de como Deus, em Jesus, veio das glórias do Céu para nos procurar a si e a mim, entre o lixo da Terra. Quando a mulher encontrou a moeda, chamou os vizinhos para uma festa: “E quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comi¬go; achei a dracma perdida.” Lucas 15:9. Quando Deus o encontrou a si, e me encontrou, houve uma festa especial no Céu. A terceira história representa o clímax: a parábola do rapaz perdido, ou também conhecida como a parábola do Filho Pródigo. Das três coisas que estavam perdidas – a ovelha, a moeda, o filho – poderia esperar-se que o filho fosse de longe o mais valioso. No entanto, quando a ovelha se perdeu, houve uma busca nocturna até que foi achada. Quando a moeda se perdeu, houve a busca entre o lixo do chão até que foi encontrada. Mas, quando o filho se perdeu, não houve busca. Por que razão? As moedas representavam pessoas agradáveis, brilhantes, como os fariseus, nem sequer sabem que estão perdidas. Não têm o mínimo sentimento espiritual e não sentem qualquer necessidade espiritual estão perdidas e não sabem que o estão. Que não seja esta a nossa situação! É o meu grito! As ovelhas sabem um pouco mais do que as moedas. Representam o que os fariseus chamavam “pecadores” – as pessoas vulgares – do tempo de Jesus. Sabiam que estavam perdidas, mas não sabiam o que fazer. Tinham sentimentos espirituais. Mas não são capazes de decidir por elas próprias. Estão presas ao rebanho, não se importam com o pastor, o importante é o rebanho, é ver muitas ovelhas! Mas o filho sabia que estava perdido – e estava feliz com isso! Sabia qual o caminho de regresso a casa, mas escolheu não o seguir. A história encontra-se também em Lucas no capítulo 15, do versículo 11-32. E começa quando o mais novo de dois filhos foi ter com o pai e disse: “Quero a minha parte do teu dinheiro agora. Vou partir. Não posso esperar até que morras”. O pai tinha empregados e podia ter-lhes ordenado que amarrassem o filho e o prendessem num quarto fechado, até que ganhasse juízo. Mas essa não é a forma de Deus agir. E o Pai, nesta história, representa Deus! O primeiro princípio do governo de Deus é a liberdade de escolha; se alguém quer deixar a sua casa e ir para longe, é livre de o fazer. No país distante, o filho achou que tinha trocado uma bicicleta por um BMW! Que podia viver a vida a toda a velocidade! Ele pegou em toda a fortuna que o Pai lhe deu, dava para gastar à vontade enquanto vivesse. Mas ele esbanjou tudo em pouco tempo e ficou falido. Diz a parábola que sobreveio uma grande fome sobre a terra. A fome não começou no dia em que o jovem tinha gasto todo o dinheiro. A fome já existia, a fome está sempre na sombra, a fome está sempre à espreita de um descuido nosso para aparecer! Quantas pessoas que nós chamamos os “sem abrigo” vêm de famílias abastadas! Tinham bons empregos, mas um dia saíram do caminho! Aquele país não tinha nenhuma provisão para os que ficavam sem meios de vida. Não tinha sistema de apoio social. Não havia o voluntariado. Prevalecia a lei da selva. Quando alguém ficava sem meios de subsistência, os habitantes com posses diziam: “Miserável! Desaparece!” É o que normalmente acontece! Ninguém quer saber a sua história, até os familiares têm vergonha, não se querem identificar! O país distante tem um lugar, um nome, para os filhos e filhas perdidos. É o desespero, é a droga, é dormir na rua dentro dum caixote. O filho perdido, ainda assim teve sorte, encontrou um trabalho. Guardar porcos, mas o salário, era poder comer com os porcos e a comida que os porcos comem. Então, disse Jesus que estava a contar a história, ele “caiu em si”. De repente, viu as coisas claramente. Na casa do seu pai havia três categorias de pessoas: os filhos – parte da família, que partilhavam dos bens do pai; os escravos – que tinham segurança e eram olhados como um prolongamento da família; os trabalhadores assalariados – na base da escala social – que podiam ser assalariados e despedidos quando já não fossem precisos! No chiqueiro, o filho mais novo disse: Lucas 15:17 “Quantos trabalhadores de meu pai, têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome.” Então começou a ensaiar o que havia de fazer. Voltaria para casa do seu pai. Prostrar-se-ia. E diria: Lucas 15:18-19 “Pai, pequei contra o Céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho.” Tudo isso era bem verdade. Mas também pensou acrescentar: Lucas 15:18-19 “Trata-me como um dos teus empregados assalariados.” Isso significava que ele não compreendia o seu pai. Ele achava que podia compensar os pecados passados com as boas obras do futuro. Que podia, por outras palavras, ganhar o favor do seu pai, fazer a sua própria expiação. Ele estava completamente enganado! Aqui está como Jesus continua a história: “Levantou-se, pois, e foi para o seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se ao pescoço e o beijou…” Lucas 15:18-20 Este é certamente o quadro mais acolhedor e caloroso de todos. O pai nunca tinha desistido do filho desencaminhado. Dia após dia, os seus olhos tinham examinado a estrada que vinha do país distante, perscrutando cada nuvem de pó em busca da silhueta do seu filho. Quando, um dia, a silhueta apareceu, ele dificilmente a reconheceu; mal arranjado, cansado, andrajoso. As cicatrizes do pecado deformam, distorcem e desfiguram. Mas assim que a luz do reconhecimento atingiu a retina dos olhos do pai. “Ele correu”. Quando eu era menino, tive um amigo judeu, eu creio que era judeu, ou então era cigano. Brincávamos juntos, um dia entrei a correr em casa dele. Na sala estava um caixão, todos os seus familiares estavam vestidos de preto e sentados sobre cadeiras na sala. Não choravam, mas estavam tristes. Era criança e rapidamente aproximei-me do caixão e vi que estava vazio. Pensando que ia dar uma grande notícia, disse: - Está vazio! Rapidamente o pai do meu amigo, pegou-me por um braço e pôs-me de casa para fora. Depois soube, que o irmão mais velho do meu amigo não tinha morrido. Tinha casado com uma rapariga que não era da sua raça, os pais consideravam que estava morto. Esta parábola do filho que saiu de casa já existia no tempo de Jesus, era contada pelos judeus aos seus filhos, mas o filho que sai de casa é o filho perdido, que morre. Não volta para casa, o pai não o receberia. Não há esperança. Jesus sabia que era isto que os sábios judeus acreditavam, mas Jesus é o Filho de Deus. E está a ensinar que esse não é o carácter de Deus. Quando o filho volta para casa. Jesus ensina que o Pai corre, abraça e beija o filho que volta. O rapaz cheirava a chiqueiro de porcos. Mas o seu pai não esperou que se lavasse. Abraçou o seu filho. Ele sabia que fosse o que fosse que o seu filho tivesse para dizer era melhor dizê-lo com a cabeça apoiada no ombro do pai. Foi a atitude do pai que comoveu o coração do rapaz e o levou ao arrependimento. Na pocilga, ele tinha feito uma decisão puramente prática. Quando a sua cabeça se encostou ao ombro do pai tudo mudou. Ignorando o cheiro horrível, o pai depôs o beijo da justificação na sua face, mandando para o esquecimento os seus pecados. Alguém quer receber o beijo da justificação de Deus? Alguém sente que a sua vida tem sido praticamente vivida no chiqueiro? Uma vida sem vida, sem alegria, sem esperança? Aceite o beijo na face, o beijo de Deus! O filho fez a primeira parte do discurso que tinha preparado, mas não fez a segunda. Nos braços do seu pai aprendeu muito acerca do amor sem limites e da graça incomparável. Compreendeu que o pai sempre esteve do lado dele, mesmo quando ele estava longe! A segunda parte do discurso que ele tinha preparado dizia: Deixa-me fazer a minha própria expiação. Deixa que a minha degradação continue. Deixa pagar o que fiz com o que vou fazer. Mas o Pai não quis ouvir nada disso. O Pai disse aos seus servos: “Tragam depressa a melhor roupa, e vistam-lha”. Tendo esquecido completamente os pecados do filho, o pai deu-lhe uma roupa que simbolizava uma justiça que não era sua pessoal. Jesus nestas parábolas, na Sua vida, veio caminhar na Terra dos homens e mostrar como é o carácter de Deus, o Seu amor. Jesus deixou na Terra as pegadas de Deus. E isto é o que iremos ver durante todas as noites. Louvado seja Deus, porque o Seu amor é mais amplo do que a medida das mentes humanas! Se pudéssemos fazer do oceano um tinteiro; "E dos Céus um rolo de pergaminho; Se cada haste fosse uma pena. E cada homem um escrivão de profissão, Escrever o amor de Deus lá em cima Faria secar o oceano, E o rolo não poderia conter tudo Mesmo que esticado de Céu a Céu." F. E. Lehman