sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A NECESSIDADE DE ESTAR VESTIDO

Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha. Apoc. 16:15.
Desde que Adão e Eva comeram do fruto da árvore proibida, os seres humanos (generalizando) têm sentido vergonha de aparecer despidos em público. Até mesmo aqueles que têm pouco ou nenhum contacto com a civilização, normalmente usam algum tipo de tanga para cobrir-se.Alguma vez você já sonhou ter aparecido nu em público? A maioria já teve esse sonho. Recentemente, um amigo meu sonhou que estava nu em sala de aula. Podemos imaginar-lhe o constrangimento. Seu professor olhou-o dentro dos olhos, chamou-o pelo nome e lhe fez uma pergunta sobre a lição. Quando ele respondeu que não sabia, o professor mandou-o embora, sem cerimónia.Meu amigo diz que sabe como se sentiu o homem da parábola de Jesus sobre o traje nupcial, quando o rei entrou e viu-o impropriamente vestido (S. Mat. 22:2-13). Era culpa dele mesmo, pois o rei havia providenciado trajes para todos.Apocalipse 3:17-20 descreve Jesus batendo a uma porta. O indivíduo atrás da porta é descrito como alguém que alega ser rico, abastado e que não precisa de coisa alguma. A verdade, porém, é que ele é "infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu" (grifo acrescentado). A condição de tal pessoa não corresponde à sua alegação. Finge não precisar de nada, mas no fundo do coração sabe que está pelado. Podemos entender sua relutância em abrir a porta, mas a solução do problema está com Aquele que espera ser recebido dentro da casa.Em seu sonho, meu amigo parecia não ter forma de sair daquele apuro. Mas graças a Deus, enquanto o dia da salvação não chega, os pecadores podem aceitar as "vestes brancas" oferecidas pelo Anfitrião celestial, para que se vistam e não seja manifesta a vergonha de sua nudez (ver Apoc. 3:18).
Como Tratar um TransgressorIrmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o, com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Gál. 6:1.
Walter B. Knight, autor de um livro de ilustrações, relata que certo membro de igreja cometeu grave pecado, tendo tocado ao pastor o dever de lidar com o problema. Levou-o à comissão da igreja. Todos concordaram com o facto de que o pecado era grave. Uma irmã da comissão, furiosa, disse que aquele era um tipo de pecado do qual ela jamais seria culpada. Todos os outros membros da comissão, com excepção de um, concordaram com ela: ninguém seria apanhado cometendo aquele pecado específico. O membro que foi excepção declarou que, se tivesse sido tentado, poderia ter caído mais baixo ainda. Quando a comissão resolveu que o irmão transgressor devia ser visitado, para se tratar do seu erro e da sua situação perante a igreja, o pastor escolheu levar consigo o membro da comissão que admitiu que poderia ter pecado ainda mais gravemente. Disse o pastor: "O irmão parece ser o único, entre nós, que tem o devido espírito para visitar o nosso irmão em pecado e restaurá-lo à comunhão da igreja e aceitação do Senhor."Quando lemos Gálatas 6:1, torna-se evidente que com demasiada frequência, no nosso trato com pecadores, deixamos de seguir o espírito requerido e agimos mais pela letra. "Mas", objectou alguém, "como é que uma pessoa pode reprovar o pecado se admite que poderia ter feito coisa pior ainda? Uma pessoa deve pelo menos estar acima daquele pecado em particular; caso contrário, não tem autoridade moral. " Isso pode ser verdade, mas abordar um pecador com essa atitude "sou-mais-santo-que-você" (ver Isa. 65:5) vai apenas afastá-lo para mais longe ainda. Se já houve alguém que teve o direito de tratar pecadores com tal espírito, essa pessoa foi Jesus, que nunca pecou. E o curioso é que Ele jamais usou essa abordagem! (Ver S. João 8:3-11.).

O QUE ELE SOFREU POR SI

Relato aqui a descrição das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet: dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão. "Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto escrever sem presunção."
Jesus entrou em agonia no Getsemani – escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenómeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande
medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríficas, o sangue mistura-se ao suor e concentra-se sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e prendem-no pelos pulsos a uma coluna no pátio. A flagelação efectua-se com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele dilacera-se e rompe-se; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças esvaem-se; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira numa vertigem de náusea, calafrios correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia na poça de sangue.
Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinquenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário.
Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados puxam no com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga escorrega, e esfola-lhe as costas.
Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada às chagas e tirá-la é atroz. Já alguma vez tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram? Podem agora dar-se conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao arrancarem a túnica, laceram as terminações nervosas postas a descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento.
Como é possível que aquela dor atroz não provoca a perda dos sentidos?
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de terra e pedras. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontiagudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto de forma terrível. No mesmo instante outro prego foi gravado na outra palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, indo e vindo do cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!
Ao contrário (constata-se experimentalmente com frequência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contacto com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do
capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenómeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se
enrijecem em uma contracção que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdómen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés.
Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa.
Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. O BATISMO DE "SANGUE" DOS APÓSTOLOS
Simão Pedro: segundo a tradição foi crucificado de cabeça para baixo; André: segundo a tradição crucificado numa cruz em "X", que a partir daí levou o nome de "cruz de Santo André"; Tiago, irmão de João: decapitado (Act 12:2); Tiago: segundo a tradição crucificado no Egipto; Judas Tadeu: segundo a tradição martirizado na Pérsia; Felipe: segundo a tradição morreu na Frígia; Bartolomeu: segundo a tradição morreu esfolado; Mateus Levi: segundo a tradição martirizado na Etiópia; Tomé Dídimo: segundo a tradição trespassado por flechas; Simão Zelote: crucificado; Judas Iscariotes: suicidou-se após trair o seu Mestre (Mt 27:50); João: segundo a tradição o único a morrer por morte natural depois de tentarem mata-lo mergulhando-o em óleo fervente; "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos" I Jo 3:16. E nós reclamamos por um arranhão ou simples tropeço num dos dedos dos pés...

A MARATONA DOS SÉCULOS

A lenda que deu origem à maratona moderna ocorreu após a Batalha de Maratona, na Primeira Guerra Médica, no século V a.C..Tudo começou no ano de 490 a.C., quando soldados gregos e persas travaram uma batalha que se desenrolou entre a cidade de Maratona e o mar Egeu.
A luta estava difícil para os gregos. Comandados por Dario, os persas avançavam seu exército em direcção a Maratona. Milcíades, o comandante grego, resolveu pedir reforço. Chamou então Fidípides, um de seus valentes soldados e óptimo corredor, que levou o apelo de cidade em cidade até chegar a
Atenas, a quarenta quilómetros de distância. Fidípedes voltou com dez mil soldados e os gregos venceram a batalha, matando 6.400 persas.
Entusiasmado com a vitória, Milcíades ordenou que Fidípides fosse até Atenas outra vez para informar que eles tinham vencido a batalha. Fidípides retornou correndo, sem parar. Quando chegou ao seu destino, só teve forças para dizer uma palavra: "Vencemos!". E caiu morto.
MATEUS 28: 18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

A JANELA E O ESPELHO

Um jovem muito rico foi ter com um Rabi e pediu-lhe um conselho para orientar a sua vida. Este o conduziu até a janela e perguntou-lhe: - O que vês através dos vidros? - Vejo homens que vão e vêm, e um cego a pedir esmolas na rua. Então o Rabi mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou: - Olha neste espelho e diz-me agora o que vês. - Vejo a mim mesmo. - E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria-prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada ao vidro, não vês nele mais do que a tua pessoa? Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro. Pessoas de fé, de boa índole, vêem os outros e tem compaixão por eles. Coberto de prata – o egoísta, hipócrita, pobre de espírito – vê-se a si mesmo. Só vales alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.
"A verdadeira riqueza do homem é o bem que ele faz aos seus semelhantes."Mahatma Gandhi
"Somos todos anjos de uma asa só e só podemos voar quando abraçados uns aos outros.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ALEGRIA NA COLHEITA

Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Sal. 126:6. Thomas Johannes Bach, estudante de Engenharia, caminhava por uma rua de Copenhague certo dia, quando um rapazinho se aproximou dele com um folheto na mão.- Aceita este folheto? - perguntou o menino. - Ele tem uma mensagem para o senhor.Olhando para o folheto, Thomas viu que era religioso. Não estava interessado e não gostou de ter sido incomodado na rua por causa de um folheto.- Porque razão estás a incomodar as pessoas com a religião? - quis saber - Sou perfeitamente capaz de tomar conta de mim mesmo.Como o rapazinho continuasse com a mão estendida, Thomas pegou o folheto de modo grosseiro, rasgou-o e colocou-o no bolso. O garoto virou-se e foi-se embora muito triste. Mas Thomas não conseguiu tirar os olhos do menino.Dirigindo-se ao vão de uma porta, a criança curvou a cabeça e orou silenciosamente. Thomas observava e percebeu que lágrimas corriam pela face do menino. O coração de Thomas foi tocado. Ali estava alguém que se importara tanto com a sua alma, a ponto de oferecer-lhe um folheto, e ele tinha-o rejeitado. A partir daquele momento, a vida de Thomas tomou um rumo diferente. Em vez de se tornar engenheiro, tornou-se missionário na América do Sul.Alguns, ao lerem sobre o método que o menino usou para testemunhar, podem achar que não foi o melhor "impor" a religião aos outros- e talvez ele o estivesse a fazer. Alguns podem concluir que as lágrimas dele provinham de sentimentos feridos, e não de preocupação pela alma de Thomas - e podem estar certos! Mas outros ainda podem ver nas lágrimas do rapazinho um interesse genuíno pelas almas, como se estivesse clamando: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jer. 8:20) – e talvez estejam certos! Por que não dar ao garoto o benefício da dúvida?Testemunhar por Cristo deve ser feito de modo cativante e inofensivo; as lágrimas derramadas devem provir da preocupação pelas almas e não de sentimentos feridos. Mas quem pode contestar o facto de que o Espírito Santo usou o testemunho do menino para ganhar uma alma para Cristo? Estamos nós a fazer a mesma coisa por Ele?Não posso deixar de crer que no grande dia da colheita, no fim do mundo (ver S. Mat. 13:39), aquele rapazinho virá com regozijo, trazendo o seu "feixe" de almas!

A SOLUÇÃO DE DEUS PARA O DESALENTO

Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó. Sal. 103:13 e 14.
Se já houve alguém com boas razões para sentir-se no topo do mundo, foi Elias. Por sua palavra, havia deixado de chover por três anos e meio (ver S. Tiago 5:17). Em resposta à sua oração, um relâmpago cortou um céu sem nuvens e consumiu o sacrifício sobre o altar. Ele orou, e choveu outra vez (ver o versículo 18 e I Reis 18:36-39 e 45). Exuberante com o sucesso, Elias correu na frente da carruagem de Acabe, desde o cume do Carmelo "até à entrada de Jezreel". I Reis 18:46.Pouco depois dessa experiência no alto do monte, entretanto, Elias encontrou-se atolado no lamaçal do desalento. Como se pode explicar essa mudança de estado de ânimo? Seria possível que, após ter o Senhor actuado tão poderosamente através dele, Elias começasse a pensar que o poder para fazer todas aquelas coisas vinha dele próprio? Ou estaria simplesmente a passar por uma reacção natural ao esforço físico depois de correr do Carmelo até Jezreel? Ou teria sido um caso de depressão devido à ingratidão de Acabe e Jezabel?Seja qual for o motivo, gosto da maneira como Deus lidou com o desalento do Seu servo. Lembram-se: Ele falou com Elias no Monte Horebe, numa voz tranquila e suave.Posso imaginar Deus a colocar o braço em torno de Elias e dizer:- O que é que estás a fazer aqui, Elias? Tu estás a tentar fazer o Meu trabalho, em vez de permitir que Eu tome conta do caso. Deixa Jezabel e os seus ímpios seguidores comigo; sei como cuidar disso.E posso ouvir a resposta de Elias:- Senhor, tenho sido muito zeloso na Tua causa, e o único fiel que resta em todo o Israel; mas vê agora: procuram matar-me!Ouço a resposta de Deus:- O que tu não percebes, Elias, é que ainda tenho 7.000 em Israel que não dobraram os joelhos a Baal. Meu filho, esqueces-te disso. Ainda tenho muito trabalho para tu fazeres.

A PAZ QUE TRAGO NO PEITO

1ª Cor. 1:26-31
A paz que trago hoje no meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia... Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e que não enfrentaremos contradições ou decepções.
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado da compreensão de algumas lições importantes que a vida nos ensina. A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter a certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou-se... Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama... Ter paz é brincar com as crianças,voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que na água se espreguiçam... Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer... Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade... É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências... A paz que hoje trago no meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insectos... É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me ficar prisioneiro do que não possuo. É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não me zangar por causa disso. A paz que hoje trago no meu peito é a confiança n´Aquele que criou e governa o mundo... A certeza da convicção de que receberei, das Suas mãos soberanas a vida,a vida que Ele tinha prometido.

A PARÁBOLA DA ROSA

Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele foi ver o botão da rosa.Viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, "Como pode uma bela flor vir de uma planta cheia de espinhos tão afiados?"Entristecido por este pensamento, decidiu não regar a roseira, e antes da rosa desabrochar, morreu. Assim é com muitas pessoas.Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescem entre os espinhos das nossas faltas.Muitos de nós olhamos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Desesperamos, pensamos que nada de bom pode vir do nosso interior. Deixamos de regar o bem dentro nós, e consequentemente, a planta murcha.Perdemos de vista o potencial que Deus colocou e espera que desenvolvamos com a Sua graça. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou partilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.Essa é a característica do amor – olhar uma pessoa e conhecer as suas verdadeiras faltas.Aceitar aquela pessoa na nossa vida, reconhecer a beleza da planta que Deus plantou na alma do outro e colaborar para que ela perceba que ela pode superar as suas imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas vencerão os seus próprios espinhos.Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

A PEDRA REJEITADA

Vocês já leram nas Escrituras que a pedra rejeitada pelos construtores passou a ser a mais importante do edifício? Isto é obra do Senhor e é uma coisa admirável de se ver. S. Mar. 12:10 (A Bíblia Viva).
Durante milénios, uma pedra permaneceu sem ser tocada por mãos humanas no leito de um riacho no Estado da Carolina do Norte, Estados Unidos. Certo dia, um homem ergueu a pedra, viu que o seu peso era fora do comum e decidiu usá-la como retentor de porta na sua casa. Ali ficou durante anos. Um dia, um geólogo passou por aquele caminho e viu a pedra. Os seus olhos experientes reconheceram nela uma pepita de ouro – o maior volume de ouro nativo encontrado a leste das Montanhas Rochosas.Uma antiga tradição rabínica diz que, quando foi construído o templo de Salomão, as pedras maciças para as paredes e os alicerces foram cortadas da rocha viva e modeladas na própria pedreira, sendo depois transportadas para o monte onde se erguia o templo. De acordo com a história, uma pedra de tamanho invulgar foi levada para o local, mas os construtores não encontraram o lugar certo para a colocar, de modo que ficou de lado, sem uso. Enquanto continuavam o trabalho do alicerce, aquela pedra parecia ser um estorvo para os homens que trabalhavam. Durante longo tempo permaneceu negligenciada e até rejeitada.Então, um dia, os construtores chegaram ao local onde devia ser colocada a pedra angular. Para poder suportar o tremendo peso do templo, a pedra precisava ter tamanho e resistência enormes. Tentaram colocar várias pedras, mas nenhuma era apropriada. Por fim, a atenção caiu sobre a pedra rejeitada há tanto tempo. Exposta às intempéries durante aqueles anos, ela não revelava nenhum defeito ou rachadura e, quando colocada no devido ângulo, encaixou-se perfeitamente.O salmista, no nosso texto, alude a essa tradição, e os rabis reconheciam que fazia referência ao Messias.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

À PROCURA DA FELICIDADE

Um homem não conseguia encontrar a felicidade em lugar nenhum. Um dia ele resolveu sair pelo mundo à procura da felicidade. Fechou a porta da sua casa e partiu com a disposição de percorrer todos os caminhos da terra até encontrar o lugar onde poderia ser feliz. Aonde chegava reunia um grupo a quem explicava os planos que tinha para ser feliz.Afirmava que os seus seguidores seriam felizes na posse de regiões gigantescas, onde haveria montes de ouro. Mas o povo lamentava e ninguém o seguia. No dia seguinte novamente partia. Assim, foi percorrendo de cidade em cidade, de país em país, anos a fio. Mas um dia percebeu que estava a ficar velho sem ter encontrado a felicidade. Os cabelos estavam a ficar brancos, as suas mãos estavam enrugadas, a roupa esfarrapada, o calçado aos pedaços.Além disso, estava cansado de procurar a felicidade, tão inutilmente. Enfim, depois de muito andar, parou em frente de uma casa antiga. As janelas de vidro estavam quebradas, o mato cobria o canteiro do jardim, a poeira invadia quartos e salas. Ele olhou e pensou que ali, naquela casa desprezada e sem dono, ele construiria a sua felicidade: arranjaria o telhado, colocaria vidros nas janelas, pintaria as paredes, cuidaria do jardim. "Vou ser feliz aqui" disse ele. E o homem cansado foi andando até chegar à porta. Quando entrou, ficou imóvel, perplexo! Aquela era a sua própria casa, que ele abandonara há tantos anos à procura da felicidade. Então ele compreendeu que de nada tinha adiantado dar a volta ao mundo.

A CARROÇA

Certa manhã bem cedo, o meu pai convidou-me para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros. Acedi com grande alegria e lá fomos nós, o terreno estava húmido e os nossos sapatos ficaram enlameados. Paramos numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me:- Estás a ouvir alguma coisa para além do canto dos pássaros?Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:- Estou a ouvir o barulho de uma carroça que deve estar a descer pela estrada.
- Isso mesmo...disse ele. É uma carroça vazia. Sabes porquê?- Não, respondi intrigado.Então, o meu pai pôs-me a mão no ombro e olhou bem para mim e disse:- Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia for a carroça, maior é o barulho que faz.Não disse mais nada, porém deu-me muito que pensar. Tornei-me adulto. E, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa, ou quando eu mesmo, por distracção, me vejo prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar a ouvir a voz do meu pai na clareira do bosque e a ensinar-me:- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

A MESA DO VELHO AVÔ

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, e a vista turvada, e o seu passo era hesitante.A família comeu à mesa. Mas as mãos trémulas do avô e a sua visão, tornou difícil o almoço. As ervilhas caíam do garfo e rolavam pelo chão. Quando ele pegou o copo, derramou o leite na toalha da mesa. A confusão irritou fortemente o seu filho e nora:
"Nós temos que fazer algo sobre o meu pai," disse o filho. "Isto foi um desastre e ouvi-lo comer ruidosamente, fico sem apetite!”
E deste modo marido e esposa prepararam uma mesa pequena num canto da sala.
Lá, o avô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.
Depois do avô ter quebrado um ou dois pratos, a comida era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava de relance na direcção do avô, às vezes percebiam nele uma lágrima nos seus olhos por estar só.
Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha eram advertências nervosas sempre que ele deixava cair um garfo ou derramava comida.
O neto de quatro anos assistiu a tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que o seu filho estava a brincar no chão com uma faca um pedaço de madeira. O pai perguntou docemente à criança: "O que estás a fazer? " Da mesma maneira dócil, o menino respondeu: " Oh, eu estou a fazer uma pequena tigela para o papá e vou fazer outra para a mamã comerem a comida quando eu crescer." O neto mais de quatro anos sorriu e continuou a trabalhar.As palavras do menino atingiram os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a rolar nos seus rostos.
Entretanto nenhuma palavra foi dita, ambos souberam o que deviam fazer. Aquela noite o marido pegou a mão do avô e com suavidade conduziu-o para a mesa familiar.O resto dos seus dias o velho homem comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam preocuparem-se com um garfo quando este caía das mãos trémulas, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha ficava suja.
As crianças são notavelmente perceptivas. Os olhos delas observam, os seus ouvidos escutam, e as suas mentes processam as mensagens que elas observam. Se elas nos vêem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz na nossa casa, para os nossos familiares, eles imitarão aquela atitude para o resto das suas vidas. O pai sábio percebe isso diariamente, que o alicerce está a ser construído para o futuro da criança.
Sejamos sábios construtores de bons exemplos de comportamento de vida nas nossas funções. (leia Deuteronómio. 6)
Lembre-se também do Mandamento que Deus nos deixou: "Honra o teu pai e tua mãe para que se..." (Êxodo 20:12)

METAMORFOSE

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rom. 12:2.
A expressão traduzida como "transformai-vos", no nosso texto, vem da palavra grega metamorphoo, "mudar, transfigurar, alterar na aparência". Nossa palavra "metamorfose" é derivada dessa raiz grega. Uma das definições de metamorfose é "uma mudança acentuada que tem a ver com desenvolvimento, na forma ou estrutura de um animal (como uma borboleta ou rã), e que ocorre após o nascimento".A minha esposa e eu gostamos de jardinagem, mas a menos que tomemos algum cuidado, certos animais que passam por metamorfose arruínam aquilo que plantamos. É assim a sua natureza. São chamadas lagartas. A maioria das pessoas mata-as por serem tão destruidoras de legumes, flores e outras plantas. Mas quando uma lagarta passa pela metamorfose, a sua natureza altera-se e ela emerge da crisálida como uma linda borboleta.Nos primeiros séculos da era cristã, a borboleta serviu de símbolo da ressurreição. A ideia era a seguinte: assim como a natureza da lagarta se transforma pelo processo da metamorfose, assim também aqueles que morrem em Cristo serão transformados de mortais para imortais pela ressurreição na Segunda Vinda (ver I Cor. 15:51-53).A Bíblia ensina que o povo de Deus passará por uma metamorfose por ocasião da Segunda Vinda. Se quisermos experimentar essa mudança, precisamos primeiro experimentar a metamorfose da conversão – a transformação que ocorre quando o Espírito Santo entra na nossa vida e nos torna novas criaturas em Cristo. Em ambos os casos, é o poder de Deus que entra em acção. Alguns chamam a essa energia transformadora "o poder da ressurreição" (ver Filip. 3:10).Todos nós precisamos desse poder hoje!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

PORQUÊ?

Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás? gritar-Te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniquidade, e me fazes ver a opressão? Hab. 1:2 e 3.
A minha mãe costumava dizer que, quando eu era menino, a deixava louca e questionava-se: "Porquê?" Sem conseguir perceber, voltava eu de novo: "Mas porquê?"As crianças não são as únicas que tem este tipo de atitude. Os adultos também perguntam. O profeta Habacuque, autor do nosso verso, foi um deles. Muitas pessoas lêem este pequeno livro e não conseguem perceber a grande mensagem. O tema central é a pergunta Porquê?Habacuque viveu num tempo de apostasia. Ao investigar a condição espiritual do seu povo, ficou perplexo e quis saber a razão de Deus permitir que o povo permanecesse impune.Não tardou muito para que obtivesse a resposta. "O Senhor respondeu: 'Prestem atenção e ficarão de boca aberta! Vocês ficarão espantados com o que Eu vou fazer muito em breve! Ainda enquanto estiverem vivos, Eu farei uma coisa que vocês terão de ver para crer'." Hab. 1:5, A Bíblia Viva. Imagino que Habacuque deve ter suspirado de alivio ao saber que, por fim, Deus iria fazer qualquer coisa em relação à impiedade de Judá!Quando o Senhor revelou o que tinha em mente, entretanto, Habacuque ficou mais perplexo ainda. Deus disse: "Eu estou a preparar uma nova potência mundial, os caldeus, uma nação cruel e violenta que marchará pelo mundo e o conquistará." Verso 6, A Bíblia Viva. Deus iria usar uma nação ainda mais ímpia que Judá para castigar o Seu povo! Porquê? Não é de admirar que Habacuque tenha completamente perplexo.Deus nunca respondeu a todas as perguntas de Habacuque, mas o profeta finalmente compreendeu que "O Senhor está no Seu santo templo". Deus estava no trono; Ele estava no controlo da situação e, assim sendo, Ele estava a controlar tudo e Habacuque pôde dizer: "Cale-se diante d´Ele toda a terra." Verso 2:20. Saber que o Deus de infinito poder e sabedoria estava controlar todas as coisas era uma resposta mais que suficiente.Você alguma vez já perguntou "Porquê?" sem obter uma resposta satisfatória? Lembre-se: "O Senhor está no Seu santo templo." Mesmo que as aparências digam o contrário, Deus é o Senhor de tudo, e para você e para mim isso é resposta suficiente - por enquanto. As respostas completas e definitivas virão quando estivermos no Céu.