quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CONHECER O PAI CELESTIAL

“Nunca O conheci como um Deus de Amor”

         “Nunca O conheci como um Deus de Amor”. Esta foi a declaração daquele homem idoso no dia em que o pastor o visitou. Um leigo ativo que, por anos, havia sido o único ancião da pequena congregação. Nos tempos recentes ele estivera pregando mais e mais, visto que o distrito crescera e o pastor dependia dos anciãos para pregarem em sua ausência.

         Ele era idoso, jubilado, com tempo para dar. Por anos havia mantido a congregação sob suas asas, como se fosse sua. Era como um pai para ela, mas não um pai bondoso. Começaram a aparecer reclamações quanto a sua pregação dura do púlpito. Não apenas ele era o primeiro ancião, mas o diminuto grupo havia feito dele seu tesoureiro também. Portanto, quando os dízimos e as ofertas diminuíram em um determinado período difícil na pequena igreja, ele tirou proveito de sua posição de tesoureiro. Afrontou os membros, censurando-os por deixarem de seguir a ordem que Deus dera em Malaquias: “trazei todos os dízimos à casa do tesouro”. Ele os açoitava por sua óbvia ingratidão para com Deus, destacando o decréscimo nas ofertas voluntárias. Repetidas vezes, usou seu discurso violento contra as pessoas e sua falta de conhecimento da Bíblia, por chegarem atrasados, pelo fato de não estarem cantando com alegria e suficientemente alto. Quando o rosto os membros mostravam no semblante que estavam tristes, ele franzia e testa e os admoestava dizendo que deveriam estar sorrindo, que deveriam ser cristãos felizes para testemunharem ao mundo inteiro.

         A situação atingiu seu ponto crítico. Os membros antes assíduos na igreja, estavam notoriamente ausentes. Normalmente, os visitantes não retornavam. Alguns membros reclamavam: “Ele nunca prega a respeito do amor de Deus”. “Por favor, pastor,”  pediu uma viúva idosa, “não permita que esse homem continue pregando. Ele tem a igreja na palma da sua mão e a está apertando de tal forma que o suco lhe está correndo por entre os dedos!”

         Este foi o motivo da visita e o dia em que a história se tornou conhecida. Quando o pastor falou a respeito do desejo dos membros de ouvirem mais sermões a respeito do amor de Deus, aquele idoso ancião rompeu em lágrimas. Quase imediatamente, começou a contar a história de um menino e de seu pai. Ao que parece o menino tentara constantemente chamar a atenção de seu pai, mas era sempre desprezado. Ele nunca ouvia palavras bondosas ou de apreciação de seu pai, mesmo quando tirava boas notas na escola, mesmo quando cumpria suas tarefas fielmente. Ele desejava tanto receber um toque carinhoso, um abraço, um tapinha nas costas. Mas não, seu pai sempre o empurrava, até mesmo o chutava, dizendo-lhe para afastar-se – pois não tinha tempo para brincadeiras estúpidas. Ainda, certificava-se de que o menino fizera o dever de casa e outras tarefas.

         O pastor ouviu, ficou tocado pela história, e curioso quanto a seu objetivo e propósito. Não sabia que esta era a história do ancião! Ele nunca afirmou, mas era vidente – pela descrição íntima, pelos detalhes que ocorreram mais de setenta anos atrás, pelas lágrimas que rolavam enquanto a história era contada. Como se ele estivera presente, como se os fatos tivessem acontecidos no dia anterior, o idoso prosseguiu falando do menino e de sua triste situação, ainda usando os pronomes na terceira pessoa. Então, abruptamente, passou para a primeira pessoa: “Eles dizem que Deus é um Deus de amor. Nunca o conheci como um Deus de amor”.

Visto pelos olhos de uma criança

         Muitas coisas passaram a fazer sentido para o pastor. O velho ditado: “O que se planta se colhe”, é verdade. O ancião era o menino, que buscara desesperadamente o amor, a bondade e a afeição, e que crescera e envelhecera. A vida no lar havia moldado-lhe a visão do mundo, especialmente sua visão do mundo espiritual. ...

         Para as crianças Deus é primeiro compreendido na imagem dos pais, especialmente a do pai. Isto não é difícil de ser compreendido. Toda pessoa que é maior e mais velha e em posição de autoridade é vista pelas crianças através das lentes dos adultos mais próximos delas. Quem são os adultos a quem elas conhecem? Seus pais. Portanto, a pessoa de Deus, a criança raciocina, deve ser como minha mãe e pai. Visto que chamam a Deus de “Pai”, Ele deve ser semelhante ao pai que conhecem na terra.

         É importante que nos coloquemos e enxerguemos através dos olhos da criança. Estas são duas das afirmações mais profundas que encontramos a respeito de como as crianças chegam a conclusões a respeito de seu mundo, especialmente do mundo espiritual. A primeira é do professor de psiquiatria da Harvard, Armand Nicholi:

                  As experiências iniciais em nossa vida determinam nossa estrutura de caráter na vida adulta, o retrato interior que temos de nós mesmos, como vemos e sentimos a respeito dos outros; nosso conceito de certo e de errado, nossa capacidade de estabelecer relacionamentos íntimos, amorosos e de apoio necessários para termos nossa própria família; nossa atitude para com a

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO

Antes de Sua ascensão ao Céu, Cristo prometeu aos Seus discípulos que enviaria o Espírito Santo: – Atos 1:8
Essa promessa cumpriu-se por ocasião do Pentecostes (Atos 2); porém a Sra. White declara que "a grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menos manifestação do poder de Deus da que a que assinalou o seu início." (O Grande Conflito, p. 611).
Como a promessa do Espírito Santo é extensiva também aos "últimos dias" (Atos 2:17-21), muitos cristãos sinceros têm acalentado dúvidas com respeito à[s modernas manifestações "carismáticas" e "pentecostais" Seria isso o cumprimento da profecia bíblica?. . .
Para uma melhor compreensão do assunto, analisaremos qual é o verdadeiro conceito bíblico sobre a "Obra do Espírito Santo".
Basicamente, a obra do Espírito Santo pode ser dividida em dois aspectos:
(a)        A obra do Espírito Santo em chamar os pecadores ao arrependimento e neles tornar eficaz o sacrifício expiatório de Cristo. Esta obra que é de natureza universal, isto é, que o Espírito Procura efetivar em todos os seres humanos, diz respeito à salvação.
(b)       Porém aparece também um outro aspecto da Sua obra, que visa a capacitar aqueles que já se submeteram ao Seu chamado à salvação, com um poder especial, de acordo com as necessidades, para testemunhar aos outros pecadores, da salvação em Cristo. Esta é portanto uma capacitação de natureza evangelística.
E, nesta oportunidade, além de analisarmos esse duplo aspecto da obra do Espírito Santo, consideraremos também as condições para sermos cheios do Espírito Santo e também as evidências de que Ele habita em nós.

I – A  OBRA  UNIVERSAL  DO  ESPÍRITO  SANTO

A – A Sua Obra Fundamental do Mundo
a)         A missão individual do Espírito Santo no mundo é vividamente descrita nas palavras de: – Apoc. 3:20
– E o conselho divino é: "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações. . ." (Heb. 3:15)
b)         Cristo afirmou que o Espírito Santo viria para convencer "o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). Estes são aspectos cruciais da salvação.
c)         E Cristo afirmou também que o Espírito Santo viria para O glorificar: – João 16:14
d)        E mais do que isso, o Espírito Santo é também o agente regenerador (Tito 3:5) que torna eficaz o sacrifício de Cristo na vida do crente.

B – A Sua Obra em Relação à Verdade
a)         Outro aspecto da missão do Espírito Santo aparece na declaração de Cristo em: – João 16:13
b)         Esta é uma obra de santificação, pela qual o próprio Cristo orou: – João 17: 17
c)         E o salmista acrescenta: "a Tua Lei é a própria verdade" (Sal. 119:142)
d)        "O Espírito é chamado 'o Espírito da verdade', pois Sua obra é guiar os seguidores de Jesus a "toda a verdade'. Enquanto os dias passam o Espírito os guiará mais e mais profundamente no conhecimento da verdade." (Leon Morris, The Gospel According to John, p. 700).
e)         Como foi o Espírito Santo que inspirou a Bíblia, Ele jamais guiará os genuínos cristãos de maneira contrária a ela.

C – A Sua Obra não Iniciou Apenas por Ocasião do Pentecostes
a)         A Bíblia apresenta a atuação do Espírito Santo mesmo antes da semana da criação: – Gén. 1:2
b)         Inúmeras vezes é Ele mencionado no Velho Testamento. Deus mesmo prometeu aos israelitas após o êxodo: "O Meu Espírito habitará no meio de vós". (Ageu 2:5)
c)         E ainda antes do Pentecostes Cristo afirmou que o Espírito Santo já habitava nos Seus discípulos: – João 14:17
d)        Portanto, o Espírito Santo não iniciou a Sua obra apenas por ocasião do Pentecostes, como querem alguns.

II – A  OBRA  ESPECIAL  DO  ESPÍRITO  SANTO

A – Uma Capacitação Especial de Poder para Testemunhar
a)         A natureza da obra especial do Espírito Santo é bem clara na própria promessa de Cristo: – Atos 1:8
b)         Este texto declara que essa obra especial do Espírito Santo seria de natureza cristológica e evangelística – o Espírito Santo lhes concederia um poder especial para testemunharem de Cristo!

B – Os "Dons Espirituais"
a)         O apóstolo S. Paulo chama esta capacitação especial de "dons espirituais" (I Cor. 12:1).
b)         E o apóstolo Paulo não diz que esses dons são concedidos sem motivo, mas "visando um fim proveitoso" (I Cor. 12:7).
c)         Em Efésios 4:12 ele confirma a natureza evangelística dos "dons espirituais", ao declarar que eles são concedidos visando o "aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo".

C – O Dom de Línguas no Pentecostes
a)         O exemplo clássico desta capacitação especial para testemunhar de Cristo é o dom de línguas que os discípulos receberam no Pentecostes. (Atos 2).
b)         Nesta ocasião estavam em Jerusalém pessoas das mais diversas nacionalidades (Atos 2:5, 9-11), as quais, ao ouvirem o testemunho dos discípulos ser-lhes dado na sua "própria língua materna" (Atos 2:8), maravilharam-se profundamente; e o resultado para a igreja cristã foi "um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas" (Atos 2:41).
c)         Portanto a manifestação do dom de línguas no Pentecostes não tinha um fim em si mesmo, para a satisfação e orgulho pessoal dos apóstolos, mas sim um objetivo evangelístico.
d)        E o próprio apóstolo S. Paulo esclarece ainda mais este assunto ao dizer que "as línguas constituem um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos" (I Cor. 14:22), e ele acrescenta: – I Cor. 14:19

D – A Diversidade de Dons
a)         A Bíblia afirma ainda que "os dons são vários, mas o Espírito é o mesmo" (I Cor. 12:4), e que esses dons são concedidos a cada um individualmente, segundo apraz ao Espírito Santo (1 Cor. 12:11).
b)         Portanto não é o indivíduo que escolhe os dons que deseja possuir, pois isto é obra do Espírito Santo.
c)         A Parábola das Talentos, em Mat. 25:14-30, ilustra muito bem este princípio.

III – CONDIÇÕES  PARA  O  RECEBIMENTO  DO  ESPÍRITO  SANTO

A – Quanto ao Recebimento da Espírito Santo
a)         Uma vez que a iniciativa da nossa salvação é divina (Apoc. 3:20), a parte que nos corresponde para o recebimento do Espírito Santo é simplesmente aceitarmos o Seu convite; pois é Ele quem efetua em nós "tanto o querer como o realizar" (Filip. 2:13).
b)         Todos os impulsos de nossa parte para aceitarmos a salvação, são por Ele motivados; porém cabe a nós a decisão de os aceitar ou de os rejeitar.
c)         Mas "a todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha." (Atos dos Apóstolos, p. 49).

B – Condições para que o Espírito Santo Permaneça em nós e nos capacite com poder especial para testemunharmos de Cristo:
1º) Em primeiro lugar, é necessário que nos arrependamos dos nossos pecados: – Atos 2:38
2º) É necessário crermos: – Gál 3:14
3º) É necessário que obedeçamos toda a vontade de Deus como expressa em Sua Palavra e nos Dez Mandamentos:
– Atos 5:32 ú.p.; João 14:15 e 16; Ezeq. 36:26 e 27
4º) É necessário perseverarmos em oração – Luc. 11:13; Atos 4:31
– Mas mesmo a nossa oração deve sempre ser submetida á vontade de Deus (Mat. 6:10).

C – O Batismo no Espírito Santo
a)         Biblicamente o batismo em nome de Cristo e do Espírito Santo são simultâneos: – Mat. 28:19
b)         Assim como Cristo recebeu a unção do Espírito Santo por ocasião do Seu batismo nas águas do rio Jordão, por João Batista (Mar. 1:10), todos aqueles que aceitam as boas novas da salvação devem ser batizados ao mesmo tempo "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mat. 28:19).

D – A Busca de Milagres
a)         Cada cristão deve buscar com profundo ardor e insistência diariamente o poder regenerador e santificador do Espírito Santo na vida; porém a escolha dos "dos espirituais" não lhe cabe decidir, pois isto pertence à vontade do Espírito Santo, de acordo com as necessidades e conveniências (I Cor. 12:11).
b)         É por esse motivo que Cristo condena a busca de milagres:    – Mat. 16:4
c)         E em Seu diálogo com Tomé, Cristo valoriza a fé sem milagres, ao afirmar: – João 20:29

IV – EVIDÊNCIAS  DO  RECEBIMENTO  DO  ESPÍRITO  SANTO

A – A Operação de Milagres não é em si uma prova decisiva de que alguém possui o Espírito Santo
a)         Muito embora um cristão cheio do Espírito Santo possa receber poder para operar milagres, como ocorreu com os apóstolos por ocasião do Pentecostes, não é esta evidência decisiva de alguém possuir o Espírito Santo na vida.
b)         Cristo, com o Seu olhar profético, declarou que nos últimos dias surgiria um grande movimento de simulação da verdadeira obra do Espírito Santo:
–          Mat. 24:24
–          Mat. 7: 21-23
–          É interessante notarmos que Cristo não faz a salvação depender sobre o poder de realizar milagres, mas em fazer a vontade de Deus.
c)         A experiência ocorrida no Egito, quando os sábios de Faraó simularam os milagres que o Senhor operara através de Moisés e Arão (Êxo. 7:11), repetir-se-ia nos últimos dias:      – II Tess. 2:9-l1
d)        É por essa razão que o próprio Espírito Santo inspirou o apóstolo João a alertar os crentes a esse respeito: – João 4:1

B – A verdadeira evidência de que alguém possui o Espírito Santo
a)         Na verdade, a evidência da presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa "é tão ampla quanto a Sua obra". (Wilson H. Endruveit. Movimento Carismático, p. 27).
b)         Cristo disse que "pelos seus frutos as conhecereis" (Mat. 7:20), e o apóstolo S. Paulo acrescenta que "o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." (Gál. 5:22 e 23).
c)         Portanto, a evidência concreta de que alguém possui o Espírito Santo é o fato de sua vida ter sido transformada de acordo com o padrão divino, procurando conhecer e viver em conformidade com "toda a verdade" (João 16:13), pois esta é a obra do Espírito Santo.
d)        Jesus disse que os que entrarão no reino dos céus são aqueles que fazem a vontade de Deus (Mat. 7:21).
e)         A Bíblia declara que João Batista era "cheio do Espírito Santo" (Luc. 1:15), mas "não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito d´Este era verdade" (João 10:41). E isto foi suficiente para Cristo afirmar que "entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Luc. 7:28).

C – A Diversidade de Dons não Permite que Generalizemos a Obra Especial do Espírita Santo
a)         Muito embora a obra universal do Espírito Santo seja universalmente a mesma, isto não ocorre com a Sua obra especial de capacitação especial para testemunhar.
b)         Há certas pessoas que afirmam que a evidência de alguém possuir o Espírito Santo é falar em outras línguas, isto é, possuir o dom de línguas. Tal conceito, porém, é uma demonstração clara de ignorância do verdadeiro conceito bíblico sobre os "dons espirituais".
c)         A Bíblia diz que "os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo" (I Cor. 12:4), e que esses dons são distribuídos pelo Espírito a cada um, "como Lhe apraz" (I Cor. 12:11); portanto o fato de um genuíno cristão viver em plena conformidade com a vontade de Deus, mas não possuir determinado dom (como é o caso do dom de línguas), não é evidência de que ele não seja cheio do Espírito Santo.
d)        Por outro lado, o próprio fato de alguém vangloriar-se de possuir determinado dom que outra pessoa não possui, é evidência clara de que ele não está sendo guiado pelo Espírito Santo (Gál. 5:25 e 26).

CONCLUSÃO

Na verdade, aquilo que em muitos meios religiosos de nossos dias é tido como sendo obra do Espírito Santo, nada mais é do que uma simulação da Sua verdadeira obra e falta de reverência na casa de Deus.
Em nossos dias tem-se cumprido literalmente as palavras da Sra. White:
"O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. . . . O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão." (O Grande Conflito, p. 464).

Em realidade, a experiência ocorrida no Egito, quando os sábios de Faraó simularam a obra do poder divino (Êxo. 7:11), está se repetindo largamente em nossos dias.
Mas a promessa divina é que Deus há-de operar poderosamente, antes que chegue o fim. Diz a Sra. White que:
"Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, á vista dos homens. (Apoc. 13:13). Assim os habitantes da Terra serão levados a decidir-se." (O Grande Conflito, p. 612).

E a característica distintiva daqueles que estarão sob a influência direta do poder do Espírito Santo, no desfecho final da grande controvérsia, reside no fato de que as suas palavras e a sua vida está em perfeita harmonia com a Palavra de Deus (Isa. 8:20).

Preparemo-nos para estar entre aqueles que darão o último e final testemunho cósmico em favor do evangelho eterno!

(Alberto Ronald Timm)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O Cântico ao Cordeiro de Deus

I – Introdução:

Jesus é o Cordeiro de Deus e por Seu sacrifício, todos os remidos O louvarão.
O Céu vive um clima de música e louvor. Esta é uma das características do Paraíso de Deus. O louvor está sempre presente na ordem do dia.
Embora por toda a eternidade passada, presente e futura, o Céu viva o clima do louvor, haverá um momento especial na história do Universo quando os redimidos vão cantar um cântico de vitória.

Será um hino de louvor ao nosso Deus e ao Cordeiro.
Será o cântico da vitória sobre o pecado, sobre este mundo e sobre Satanás. Será também um cântico de vitória sobre a morte, pois a vida florescerá para os remidos de uma maneira interminável. Começa para os remidos a vida eterna que é conferida aos vencedores. Jesus afirmou: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus”. Apocalipse 2:7. “Ao vencedor dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu também venci e me sentei com meu pai no seu trono”. Apocalipse 3:21.

Comer da árvore da vida significa viver eternamente com o Senhor e assentar no trono com Ele significa reinar com Jesus para sempre.
Vamos ler sobre o Cântico do Cordeiro no livro de Apocalipse 15:2-4. (Ler o texto).
Se compararmos este texto que retrata o Cântico do Cordeiro, com o que está escrito em Apocalipse 7:9-14, vamos ter uma visão mais ampla dos que estarão no mar de vidro cantando o Cântico do Cordeiro.

I I – Cântico dos Vencedores:
Quem vai cantar o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro?
Na visão que João teve dos glorificados, ele viu uma grande multidão, tão grande que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Uma representação fiel dos habitantes do Planeta. Uma seleção composta de pessoas de todos os lugares do mundo.

Os redimidos ou remidos, estavam vestidos de vestiduras brancas, símbolo de pureza; e com palmas nas mãos, símbolo de vitória.
João diz também que estavam numa praça semelhante a um mar de vidro, mesclado com fogo. Esta foi a melhor maneira de definir a beleza da praça onde ele viu os redimidos.
João os chama de vencedores. Venceram pelo sangue do Cordeiro e estavam de pé, tinham nas mãos as harpas de Deus.
Estavam de pé porque venceram.
Venceram a besta e sua imagem quer dizer que venceram as provações e perseguições impostas aos filhos de Deus pelos poderes do mal.
No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, a receberem o sinal da besta, o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro.

Em Êxodo 15, está o cântico de Moisés. Cântico de louvor a Deus após a passagem pelo Mar Vermelho. É um cântico comemorando a vitória de Deus ao tirar Seu povo do Egipto.
Quando rompeu a manhã, esta revelou às multidões de Israel tudo que restava do seu poderoso adversário: os corpos, vestidos de malha, arremessados à praia. Do mais terrível perigo restara um completo Livramento. Aquela vasta e indefesa multidão - escravos não acostumados à batalha, mulheres, crianças e gado, com o mar diante de si, e os poderosos exércitos do Egipto fazendo pressão na retaguarda - vira seu caminho aberto através das águas e os inimigos submersos no momento do esperado triunfo. Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para Ele volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de acções de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas.

Este cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam.
Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que "saíram vitoriosos", em pé sobre o "mar de vidro misturado com fogo", tendo as "harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2 e 3.

O Cântico do Cordeiro será o cântico dos remidos após vencerem este mundo de pecado, quando estivem do outro lado da eternidade.
O Cântico retrata o poder de um Deus que ama Seus filhos. Fala das admiráveis obras de Deus, o Senhor Todo-Poderoso. Fala de Sua justiça e de Seu reino. E por Sua santidade todos O adorarão.
É um cântico com sabor de liberdade e amor, gratidão e reconhecimento, louvor e adoração.
O desejo de Deus é que você e eu façamos parte daquela multidão que cantará o Cântico do Cordeiro lá no Mar de Vidro.

I I I – Jesus é o Cordeiro do Cântico:
João viu a misericórdia, a compaixão e o amor de Deus de mistura com Sua santidade, justiça e poder. Viu encontrarem os pecadores um Pai nAquele a quem eles, por pecadores que eram, foram levados a temer. E olhando para além da conclusão do grande conflito, contemplou Sião e também os que saíram vitoriosos, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro. Apocalipse 15:2-3.
O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá”, e de um “Cordeiro, como havendo sido morto”. Apocalipse 5:5-6. Esses símbolos representam a união do omnipotente poder e do amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis.

Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, lembrar-nos-emos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançar-Lhe-emos aos pés nossas coroas, erguendo o cântico: “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor. Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra e glória e o domínio pelos séculos dos séculos”. Apocalipse 5:12-13.

Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação.
A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplandecentes serafins se deleitavam em adorar - humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele arrostou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário.
O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue.

I V – O Cordeiro é nosso Resgatador:
O Antigo Testamento fala do resgatador como uma pessoa ligada à família, isto é: um parente. Quando alguém do povo de Deus no Antigo Testamento ficava endividado e suas terras tinham que ser vendidas, de acordo com a lei, a terra e também os familiares podiam ser resgatados por um parente próximo. (Para compreender isto, ler o livro de Rute).
Nosso planeta e nós mesmos, vivíamos uma situação idêntica. A terra e seus moradores foram entregues a Lúcifer com a queda de Adão e Eva.
Alguém deveria nos resgatar e Jesus tornou-se nosso irmão para ser o nosso resgatador.
O Cordeiro é digno de louvor porque como nosso parente chegado Ele abriu os selos, isto é: Ele nos resgatou. Em Apocalipse 5:9 está escrito: Com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniquidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão.
Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança da ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.

Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, digno é o Cordeiro que foi morto e reviveu. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.

Esta reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura a todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor. O próprio Jesus vendo os frutos de seu trabalho, exulta também.
O mistério da cruz explica todos os outros mistérios.
Ver-se-á que Aquele que é infinito em sabedoria não poderia idear plano algum para nos redimir, a não ser o sacrifício de Seu Filho. A compensação desse sacrifício inunda o coração dos remidos de alegria. E majestosa é também a alegria de Deus ao povoar a Terra com seres resgatados, santos, felizes e imortais. O resultado do conflito entre o Salvador e os poderes das trevas é alegria para os remidos, redundando para a glória de Deus por toda a eternidade. E tal é o valor de cada alma que o Pai está satisfeito com o preço pago; e o próprio Cristo, contemplando os frutos de Seu grande sacrifício, exulta e fica satisfeito.

V – Conclusão:
Nunca em toda a história se viu ou se ouviu algo semelhante. O Universo inteiro rejubilará com o Cântico que será prestado ao Cordeiro.
Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele é digno de louvor.

Pela graça de Deus você e eu estaremos lá, louvando a Jesus o Cordeiro de Deus.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SALMO 15 - O PECADOR QUE VAI SER CIDADÃO DO CÉU

Você já se perguntou se está preparado para entrar no Céu? Quais seriam as qualidades necessárias para você entrar no Céu? Como posso viver de tal modo que não seja decepcionado em minhas expectativas e anseios para morar um dia no Paraíso celeste? De fato, esta é uma grande preocupação, e deve ser respondida, antes que seja tarde demais.

O Salmo 14 ensina a universalidade do pecado: todos são pecadores, e não há quem busque a Deus. Mas, de acordo com o Salmo 15, como poderia um pecador sequer pensar na possibilidade de entrar na presença de Deus? Após a revelação do Salmo 14, é lógico pensar na impossibilidade de termos acesso a Deus. Entretanto, diz o Salmo 5:7, que é pela riqueza da misericórdia de Deus que entramos na Sua casa, e nos prostramos diante do Seu santo templo, no Seu temor. É pela graça de Deus que somos transformados de pecadores em santos. Somente os santos habitarão no Seu “santo monte”.

O salmo 14 foi escrito para que soubéssemos quão pecadores somos. O Salmo 15 foi escrito para que soubéssemos quão perfeitos podemos ser. O Salmo 14 nos coloca no pó; o Salmo 15, nos coloca na glória. O Salmo 14 humilha o pecador; o Salmo 15 exalta o justo. Ele é estimulante e desafiador. Ele nos leva a um profundo exame de consciência e a um desejo de agradar a Deus a fim de podermos estar com Ele. Este é o verdadeiro equilíbrio das Escrituras.

Este salmo é mais uma jóia da Inspiração que usou o poeta Davi para nos presentear com a sabedoria divina. Aqui estão as qualidades do verdadeiro cidadão do Céu. Portanto, trata-se de um assunto essencial, a fim de que não fiquemos desavisados de nossas obrigações espirituais e sociais para com Deus e nosso semelhante.

I – UMA PERGUNTA PERSCRUTADORA (v. 1)
O salmo começa com uma pergunta dirigida a Deus Jeová: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” Esta é uma das perguntas mais perscrutadoras, mais perturbadoras, mais temidas, mais decisivas. Já pensou você fizesse esta pergunta e Deus lhe respondesse: “Você está longe disso!”? Mas Cristo disse certa vez para alguém: “Não estás longe do reino de Deus!” (Mc 12:34).

Muitos estão se perguntando em nossos dias: Diante de tantas igrejas cristãs, qual é a igreja verdadeira? Qual é a que se aproxima um pouco mais da verdade? Mas a pergunta que deveria estar em nossa mente, nestes dias de tanta insegurança e confusão religiosa é esta: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?” Certamente, uma pessoa que fizer tal pergunta jamais será desapontada com referência à verdade.

A palavra “SENHOR” é correspondente a Yahweh no original, e, portanto, invoca ao próprio Jeová, que é o Deus da redenção e da aliança com o Seu povo. “Tabernáculo” ou “tenda” é o símbolo tradicional de Sua presença para um peregrino, porque somos peregrinos neste mundo, em direção à Canaã celestial, onde é o país dos nossos sonhos. Isso nos traz à lembrança o texto de Hebreus 11, onde lemos acerca dos Heróis da fé, como os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, além de muitos outros, que viveram em tendas e ansiavam habitar com Deus, mas morreram sem ter obtido a concretização de suas esperanças.

Por outro lado, a expressão “santo monte” se refere ao monte Sião, onde foi edificado o templo de Jerusalém, a casa de Deus, na Palestina, monte que se tornou um símbolo da habitação de Deus no Céu, onde foram vistos os 144.000 diante do Seu trono (Ap 14:1).

A pergunta (Sl 15:1) de início poderia transparecer uma conotação legalista, em que certas pessoas exclusivas teriam acesso à morada de Deus, na condição de preencher certos requisitos da Lei e dos mandamentos de Deus. De uma leitura superficial, alguém poderia citar as palavras deste Salmo para dizer que ninguém pode alcançar um alvo tão elevado como a pretensão de habitar com o Eterno, o Criador do universo.

Entretanto, o contexto indica que esse não é o caso. Qualquer pessoa pode chegar ao soberano ideal de subir ao Céu e habitar com o Altíssimo por toda a eternidade. A primeira coisa que tal pessoa faz é se dirigir a Deus e Lhe fazer a mesma pergunta, sinceramente: “Senhor, como é que eu posso estar contigo sempre e morar em Tua companhia? Senhor, eu Te anseio e desejo tanto morar contigo, porque te amo tanto que desejo habitar no Céu onde estás. Como é que eu consigo isso?”

II – UMA RESPOSTA INTRIGANTE (vs. 2-5b)
A pergunta acima só será feita por uma pessoa humilde que já possui características essenciais para ser um cidadão do Céu, porque está sendo atraída pelo Espírito Santo, e é um crente no poder, na bondade e sabedoria de Deus. A resposta de Deus para tal pessoa é como encontramos nos versos seguintes.

1 – O Cidadão do Céu é Íntegro (v. 2a)
“O que vive com integridade.”
Arthur Gordon numa conferência em 1986, contou a seguinte história: Na sala de operação de um grande hospital, uma jovem enfermeira experimentou o seu primeiro dia de responsabilidade total.
- "O senhor retirou 11 esponjas, doutor," disse ela ao cirurgião. "Nós usamos 12."
- "Nós as removemos todas," declarou o doutor. "Vamos fechar a incisão agora mesmo."
- "Não!" objetou a enfermeira. "Nós usamos 12."
- "Eu tomo a responsabilidade!" retorquiu o cirurgião com severidade "Suture!"
- "O senhor não pode fazer isso," gritou a enfermeira. "Pense no paciente!"
O doutor sorriu e mostrou à enfermeira a 12ª esponja. - "Você passou," disse o médico. Ele estava testando a sua integridade - e ela tinha passado no teste.

O salmista apresenta a maior virtude do cidadão do Céu: integridade! Esta é uma palavra que tem um significado amplo. Muito mais do que a ilustração acima pôde transmitir. Não basta procurar um Dicionário para defini-la. Um Dicionário diria que integridade é “inteireza moral, retidão, imparcialidade, inocência.” (Michaelis). Entretanto, integridade vai muito mais além do que simples ética moral; integridade na Bíblia é excelência moral na ética e na espiritualidade. É um conjunto de qualidades morais e espirituais que justificam a sua existência. Portanto, para definir integridade corretamente, é preciso consultar a Bíblia.

Integridade no Salmo 15 vem da palavra hebraica “tâmyîm” que significa “perfeição”, como encontramos em Génesis 17:1, onde lemos a mensagem de Deus para Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.” Esse homem de Deus tinha 99 anos e ainda não era perfeito. Em certo sentido isso é uma consolação para todos. Mas Deus lhe dava a fórmula para ser perfeito e íntegro: “Anda na minha presença!” Abraão em sua natureza pecaminosa não era íntegro, tanto é que falhou em algumas vezes, mentindo, desconfiando e dissimulando. Mas quando ele se encontrava na presença de Deus, e andando com Ele, era íntegro e perfeito.

Portanto, integridade significa harmonia com Deus, porque ninguém é completo se não estiver em harmonia com o seu Criador.

Assim, integridade é excelência de caráter espiritual que se expande para todas as áreas da vida, e que só pode ser adquirida por meio de uma obra de Deus que permitimos ser realizada em nós, pelo Espírito Santo. Vem do próprio conhecimento do Todo-Poderoso.

Integridade é o clímax de todas as virtudes. É por isso que ela vem em primeiro lugar. Logo depois, vemos as demais virtudes, nos versos seguintes, que são apenas um desdobramento da integridade, e que servem apenas de ilustrações não exaustivas do que faz ou deixa de fazer uma pessoa íntegra. Este é o método em muitos poetas e profetas do Antigo Testamento: Primeiro eles apresentavam o clímax, o melhor, e depois passavam a demonstrar como chegar lá.

Integridade (“tâmyîm”=perfeição) é mais do que aparência externa. Integridade é uma virtude que parte do

domingo, 5 de janeiro de 2014

A MARAVILHOSA PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

São João 14:17

INTRODUÇÃO

            A         Ninguém pode amar a quem não conhece.  A maravilhosa pessoa do Espírito
                        Santo, pouco O conhecemos, por isso pouco O amamos.  No mundo cristão,                Sua pessoa tem sido deturpada e falsificada em suas manifestações.  Por
isso não O procuram, não O necessitam e não O amam.

1.            Alguns crêem que Ele é somente uma emanação de Deus o Pai, comparando-O à uma força  cega e desprovida das qualidades de uma pessoa sublime.
2.            Outros O conhecem como a um ser tão misterioso, por mais que nos esforcemos, nunca O conheceremos.  O vocábulo usado para referir-se a Seu nome: Espírito, para eles é extremamente misterioso.
3.            Jesus Cristo nos dá a certeza de que podemos conhecê-Lo.  São João 14:17 “... o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece: vós O conheceis, porque Ele habita convosco.”   Cristo nos dá a esperança de que assim como aconteceu com Seus discípulos, nós também poderemos conhecê-Lo.

B.           A Pessoa do Espírito Santo

O Espírito Santo como uma pessoa maravilhosa, faz uso de Suas faculdades como de Sua grande inteligência; Sua poderosa vontade e Seus sentimentos mais profundos para comunicar-se e relacionar-se conosco.  A Bíblia apresenta alguns detalhes destas habilidades.


                        A         Tem um grande INTELECTO – I Coríntios 2;10,11 e Romanos
8;26,27.

Pode o Espírito Santo pensar e recordar?

1.            Ele tem pensamentos, profundos, sábios e uma memória magistral que conhece a cada pessoa do mundo por nome e os detalhes de sua vida.
2.            Ele pode examinar a mente das pessoas e encontrar o que está escondido no pensamento humano.  Ele conhece o pensamento de Deus.  Tudo o que é de Deus.


B         Tem uma VONTADE poderosa – I Coríntios 12:11 e Atos 20:28.

1.            Ele tem a responsabilidade de tomar decisões.  Impedir que o diabo tome o controle sobre a igreja e as pessoas.  Que maravilhoso é ser guiado e governados por Ele!  Ele fortalece a vontade do débil e cansado!

C         Tem profundas EMOÇÕES e SENTIMENTOS - Romanos 15:30

1.            Ele se alegra, se entristece, expressa Seus sentimentos, nos ama.  Há maneiras específicas em que o Espírito Santo se manifesta a nós.  Ele assim o fez ao logo de Seu ministério  na história da Igreja.


II          MANEIRAS ESPECÍFICAS EM QUE CONHECEMOS O ESPÍRITO SANTO

A         Atividades e atitudes do Espírito Santo como pessoa. Apresento algumas de suas manifestações:

1.                            ENSINA – São João 14:26
É um maravilhoso mestre que domina todas as línguas e trabalha no cérebro humano, se o permitirem, com o objetivo de ensinar-lhes sobre Cristo e Sua Palavra.

2.                            TESTEMUNHA ACERCA DE CRISTO - São João 15:26
Uma de suas principais missões é apresentar, revelar a Cristo Jesus, Seu caráter, Seus ensinamentos, Seus milagres, Sua morte, e Sua ascensão, etc.

3.                            ESCUTA-NOS - São João 16:13
Tem agudeza auditiva para escutar nossos clamores e pedidos audíveis e silenciosos.  Também discerne e lê os pensamentos que não foram expressos em palavras.  Ele interpreta nossas orações e as apresenta a Deus como devem ser apresentados.

4.                            ELE SE RECORDA – São João 14:26.
Não somente lembra das coisas passadas e das pessoas, como nos ajuda a recordar o que temos estudado acerca de Sua Palavra.


5.                            ELE FALA – São João 16:13.
Ele sabe comunicar-se clara e diretamente conosco, transmitindo-nos Seus pensamentos e Seus sentimentos.  Por vezes, fala através de nós.

6.                            ELE REVELA – I Coríntios 2:10
Ele nos revela os ensinamentos bíblicos, nos ajuda a interpretar a Sua Palavra.

7.                            ELE AJUDA – Romanos 8:26.
Sabe que somos imperfeitos e incapazes para conseguir uma transformação de vida, por isso, nos ajuda em nossas debilidades, nossos traumas, nossos complexos, nossos defeitos hereditários e adquiridos.

8.                            ELE COMPARTILHA – I Coríntios 12:11.
Distribui os dons, as habilidades segundo nossa capacidade.

9.                            ELE GLORIFICA A CRISTO – São João 16:14.
Ele interveio diretamente no nascimento, no crescimento, no ministério de Cristo, em Sua morte, e Sua ressurreição.  Ele é o principal Representante de Cristo.

10.                         ELE INSPIRA – II São Pedro 1:21
O Espírito Santo inspirou os profetas ao receberem as mensagens de Deus e também para proclamá-las.

11.                         ELE CONTENDE COM OS IMPENITENTES – Gênesis 6:3
Ele persuade, insiste e com o pecador a não seguir pecando.  O faz com amor e paciência, sem pressionar ou obrigar.

12.                         ELE CONVENCE DO PECADO – São João 16:8
Sua lógica é divina.  O uso que faz da Palavra para confrontar o pecador com os requerimentos de Deus, leva-o a persuasão.  Convence o pecador do terrível pecado que significa rejeitar a Cristo. Convence o pecador, leva-o a reconhecer seu erro e ir a Cristo para ser perdoado.

13.                         ELE NOS DÁ PODER – São Lucas 24:29.
Quando combina nossa vontade frágil com a poderosa vontade de Deus, então Seu grande poder entra em ação em nossa vida.

14.                         ELE PERMANECE – São João 14:16.
Ele é leal, amoroso.  Não nos abandona.



15.                         ELE NOS TRANSFORMA – II Coríntios 3:18.
Leva-nos a sermos mais semelhantes a Jesus.

16.                         ELE NOS SANTIFICA – I Coríntios 6:11
Torna real a presença de Cristo em nós.  Então desejamos Sua presença e amamos Sua santidade.

17.                         ELE NOS CONVERTE – São João 3:5.
O novo nascimento é uma realidade completa com Sua intervenção.

18.                         ELE INTERCEDE A CRISTO POR NÓS – Romanos 8:26.
Leva-nos a Cristo e nos atribui os valores e o caráter de Cristo em nós.

19.                         ELE NOS CONVIDA – Apocalipse 22:17.
Seu chamado/convite não é compulsivo.  Convida-nos com amor.

20.                         ELE ESQUADRINHA O NOSSO SER – I Coríntios 2:10.
Ele analisa, estuda as intenções e os motivos das pessoas.

21.                         ELE NOS SELA COM O SELO DA REDENÇÃO
–  Efésios 1:13
Assegura-nos, dá-nos a certeza da salvação em Cristo Jesus.

22.                         ELE NOS CONSOLA – Atos 9:31.
Sabe dar-nos esperança.

23.                         ELE NOS GUIA – São João 16:13.
Conduz-nos ao conhecimento da verdade.

24.                         ELE SABE ENTRISTECER-SE- Efésios 4:30.
Nossa indiferença para com Sua pessoa, O entristece.

25.                         ELE HABITA EM NÓS – São João 14:17
Seu principal interesse é habitar em nós para ajudar-nos a viver a vida cristã e defender-nos contra o mal.

26.                         ELE CRIA – Jó 33:4
Ele participou na criação dos Céus e da Terra.
Ele participou na criação do homem, Ele participa na regeneração humana.

27.                         ELE ORDENA – Atos 13:2
Com nossa permissão. Ele sabe dar ordens para dirigir nossa vida e ajudar-nos no trabalho de tomar decisões importantes.

CONCLUSÃO:
A         Desta maneira, estamos conhecendo a pessoa do Espírito Santo.  Conhecemos acerca de Sua maravilhosa atividade em favor de nossa salvação.  Estamos certos que temos sentido a necessidade de Sua intervenção em nossas vidas, para dar-nos de Seu poder. Temos admiração, apreço e um especial afeto com relação a Ele.

B         Conhecedores destas 27 atividades do Espírito Santo como pessoa, temos o desejo de ter um maior companheirismo e amizade com Sua divina pessoa.

C         Chegaremos a conhecê-Lo tal como Ele é,  se deixarmos que Ele habite em nós, e tome posse de nossa mente e nossos sentimentos.

D         Façamos então companheirismo com Ele.  Façamos amizade com Ele e digamos esta oração:


“Querido Santo Espírito, agora Te conheço melhor.
Desejo fazer amizade contigo.
Permito que venhas e habites em minha mente e em meu coração.
Assim, conhecendo-Te mais, aprenderei a amar-Te e  glorificar o Teu nome.
Amém.”


Pr. Arnaldo Enríquez
DSA.

sábado, 4 de janeiro de 2014

SALMO 23 - O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ...

1. Uma fórmula para o pensamento.
Um pastor recebeu a visita de um homem que admira muitíssimo. Ele começara a trabalhar em uma certa empresa, muitos anos atrás, exercendo uma função inferior, mas com muita vontade de vencer. Ele era dotado de muitas habilidades, e de uma grande energia, e fez bom uso disso. Hoje, esse homem é o presidente da companhia, e possui tudo que tal cargo representa.

Entretanto, durante a caminhada que o levaria a esta posição, ele não obteve a felicidade pessoal. Tornou-se nervoso, tenso, preocupado, doentio. Um de seus médicos sugeriu-lhe que procurasse um pastor.

O pastor e ele conversaram sobre os remédios que lhe haviam sido receitados e que ele tomara. Depois, o pastor pegou uma folha de papel e lhe deu a sua receita: ler o Salmo 23, cinco vezes por dia, durante uma semana. Disse que o tomasse exatamente como ele indicara. Primeiro, deveria lê-lo logo que acordasse de manhã, atentamente, meditando bem nas palavras, e em espírito de oração. Depois, ele o leria após o café, do mesmo modo. Leria após o almoço, e, novamente, após o jantar, e, por fim, antes de se deitar.

Esta leitura não poderia ser rápida, apressada. Ele teria que parar em cada frase, e, deixar a mente embeber-se bem do significado de cada uma. O Pastor lhe assegurou que em uma semana as coisas mudariam.

Isto pode parecer simples demais, mas, na realidade, não é. O Salmo 23 é um dos mais poderosos trechos de prosa que existem, e opera maravilhas no coração de qualquer um. Eu já indiquei seu estudo para várias pessoas, e todos os que o fizeram, obtiveram bons resultados. Ele pode mudar toda uma vida em sete dias.

Certo homem me disse que não tinha tempo para lê-lo durante o dia, e por isso leria todas as cinco vezes pela manhã. Entretanto, se um médico lhe receitasse um remédio para ser tomado após as refeições, ou de tantas em tantas horas, nem ele nem ninguém, em são raciocínio, tomaria a dose toda de uma vez.