sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Visão do Oleiro

Jeremias – 18: 1-6
A Pedra Rejeitada
Conta-se que quando o rei Salomão dicidiu a construir o Templo, começou a preparar o material necessário. Cada coisa foi sendo colocada em determinado lugar para o início da construção. O material chegava já pronto para a obra. Pedras trabalhadas, tudo em boa ordem.
Eis então que dentre as pedras chegou uma bem diferente, de formato estranho. Os construtores experimentaram arranjar um lugar para ela e não o conseguiram. Desanimados, abandonaram-na num canto.
A construção durou sete anos. A pedra desprezada ficou coberta de pó e, por fim, a relva, cresceu, quase a escondeu. Quando a obra estava no fim, os construtores viram-se em grande dificuldade. Faltava a pedra que encerraria a cabeça do ângulo. Alguém em boa hora se lembrou da pedra rejeitada.
Elevada às alturas, foi perfeitamente adaptada ao seu lugar certo.
"A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos"
(SI 118.22,23).

Deus ordenou que Jeremias fosse a casa do oleiro, viu o oleiro que fazia um vaso de barro. O vaso partiu-se na mãos do oleiro, foi consertado, porem diferente do vaso anterior. Esta parábola contem varias lições importantes sobre a obra de Deus nas nossa vidas.

1.A matéria prima, O barro, a argila, substancia empregue para fabrico de obras de olaria, oleiro; obtém-se na mistura de argila com água, que nos remete ao pó (O Homem Gén. 2:7, Gén 3:19, Sal. 103:14) misturado com a água (Ex 17:6, I Co. 10:4), o Espírito, o sopro da vida e o homem passou a alma vivente.

Imagem de Deus não física mas espiritual, associado ao espírito humano, pelo qual cada ser pode comunicar-se com Deus, e travar um relacionamento com o seu Criador uma referencia ao espírito humano pode ser consciência, personalidade e vontade própria, aspectos do carácter de Deus.
No principio o homem – o barro – o pó com água – a alma vivente – tinha total comunhão com o seu Criador, que foi quebrada com o pecado, então O Oleiro (Isaías 64:8) pode, e deseja refazer a Sua obra, o vaso como preferir (Rom. 9:20,21 - Ef. 2:10) para que ela tenha novamente o lugar de destaque que tinha antes.

2- A Roda do Oleiro – O instrumento/máquina usado para confeccionar o vaso era de madeira ou de pedra, que consistia em dois disco, um inferior girado pelo pé do oleiro e o do superior, ligado ao inferior pelo mesmo eixo, o barro disposto no disco superior podia ser transformado em bacias, tigelas, potes, vasos redondos á medida que girava o disco.

2-1 Deus nosso Criador, O Oleiro tem nas suas mãos o barro - o homem - Deus quer transforma-lo fazer dele uma obra prima, mas o barro precisa passar por um processo, ser moldado, amassado, girar na roda e se depois desse processo terminar se o Oleiro não tiver contente com o resultado refaz tudo de novo assim é connosco, primeiro Ele nos resgata, nos escolhe (Não foistes vós que me escolheste João 15:16), como o Oleiro. Ele tem o domínio sobre o barro, Ele começa a moldar-nos da forma que Ele quiser.

Para que os seus propósitos sejam compridos nesse momento ele usa tanto as coisas boas, a) o disco superior, como as coisas más, b) o disco inferior, pois tudo está sobre o seu controlo está tudo ligado por um eixo, e começamos a ganhar a forma de uma obra de arte, mas o processo em si é doloroso, por que a forma do barro não é esta, ele não está acostumado.

2-2 Oleiro, começa a utilizar outras ferramentas, recursos para o ajudar, O Amor ( João 3:16 ), A Misericórdia ( Sal. 25:6 ), A Compaixão ( Sal. 116:5 )
2-3 O Oleiro usa também o óleo para não danificar a sua obra (O Óleo o símbolo do Espírito Santo – O Consolador João 14:16) e começa a operar a roda do Oleiro, que são o nosso viver diário, as provações, tribulações, as alegrias, as bênçãos, as vitorias, as derrotas, tudo o que nos molda e nos faz reconhecer a sua soberania, sejam nas coisas grandes ou pequenas, boas ou más, sabias ou loucas ( I Cor. 1: 27,29 )

3- O Forno – Uma construção, usada para cozer pão - coze as peças de olaria - ( barro), os oleiros levavam ao forno os potes de barro para dar-lhes consistência, esse processo partia os potes defeituosos, fracos, mas os que resistiam eram marcados com a mesma palavra grega que o Apostolo Pedro utiliza em I Ped. 1:7, descobrimos de que somos feitos quando a nossa fé é provada, se permanecemos fiéis num ambiente de provações ( I Pe 1:6 ) isso purificará , fortalecerá , aperfeiçoará a nossa fé e resultará em louvor , glória e honra na vinda do Senhor Jesus.

4- O vaso – Após sair do forno o vaso está pronto para ser usado (Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus Sal. 143:10) o vaso em si não passa de um objecto se o oleiro não tiver um uso para ele de nada serve, assim somo nos não basta sermos escolhidos, moldados transformados, provados pelo fogo, resistirmos, as não descobrimos o nosso uso nas mãos de Deus, á sua vontade, não a nossa vontade, o seu querer, não o nosso querer, para a nossa vida, o vaso por si só não pode fazer nada.

História do chinês que ia buscar água com dois potes, um tinha uma fissura/racha, o outro era perfeito. Um dia o triste pote rachado, lamenta-se, “acaba comigo, não te valho grande coisa, deixo sair a água”. O oleiro animou-o “vais reparar como se encontra a berma do caminho do teu lado e verás que há muitas flores, é assim que te quero.”

O importante é que nos adequemos à vontade do Senhor e não que Ele se adeqúe às nossas. É neste processo que vamos na intimidade com Ele descobrindo o Seu plano e a Sua vontade para a nossa vida. É importante sabermos encaixar-nos nos Seus planos e não encaixar Deus nos nossos, mesmo que sejam para Ele. Somos vasos coloquemo-nos nas mãos do Oleiro.

Tiago 4: 15

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