sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Andando na presença do Pai em todo o tempo

Atos - 20 : 17 -27
De Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja. E, tendo eles chegado, disse-lhes: Vós bem sabeis de que modo me tenho portado entre vós sempre, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com lágrimas e provações que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa, testificando, tanto a judeus como a gregos, o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. Agora, eis que eu, constrangido no meu espírito, vou a Jerusalém, não sabendo o que ali acontecerá, senão o que o Espírito Santo me testifica, de cidade em cidade, dizendo que me esperam prisões e tribulações, mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. E eis agora, sei que nenhum de vós, por entre os quais passei pregando o reino de Deus, jamais tornará a ver o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque não me esquivei de vos anunciar todo o conselho de Deus (Atos 20.17-27).

Quando olhamos para a vida e história do apóstolo Paulo, percebemos um homem que se conduzia de maneira séria e honesta diante de Deus e dos homens. Quando ele fala a igreja de Éfeso, fala com autoridade dizendo que teve uma conduta verdadeira em todo o tempo. Em todo o tempo ele serviu ao Senhor com algumas posturas:

1. Com humildade: Paulo abriu mão de todo conforto, de toda a sua intelectualidade por causa do Evangelho da graça de Deus. Ele deixou tudo e considerou o privilégio de ter estudado aos pés do grande sábio Gamaliel como insignificante comparado com o Evangelho. Ele passou a viver de maneira simples e não como cidadão romano ou fariseu. Ele cultivou a humildade no coração.

2. Com lágrimas: como Paulo sofreu por causa do Evangelho de Jesus de Nazaré. De perseguidor passou a ser perseguido e na sua primeira pregação quiseram matá-lo. Então ele desceu a noite para Damasco escondido num cesto (cap. 9.25). Em Antioquia ele prega e é apedrejado até o ponto de pensarem que ele está morto (cap. 14.19).

3. Como provações e ciladas: Em Filipos juntamente com Silas é preso e os dois são açoitados com varas (cap.16.22 e 23). Em Jerusalém é preso e enfrenta o Sinédrio e depois é enviado como preso para a Itália (cap. 27.1). No processo de ida e vinda, alguns judeus intentam matar Paulo para eliminar o problema. Ele sofreu muito por causa do Evangelho de Cristo.

4. Com o testemunho em seu coração sobre a fé e o arrependimento em Cristo Jesus: Paulo não perdia as oportunidades de falar da bênção do Evangelho. Entrava numa casa e pregava, na praia pregava, na Sinagoga pregava, no Areópago para pagãos, ele pregava. Num encontro social, ele pregava. Na prisão em cadeias pregava a Palavra. Em nenhum momento da sua vida ele deixou de pregar o Evangelho da graça.

5. Com desprezo pelo terreno: Paulo diz que em nada tinha a sua vida por preciosa. Ele havia abandonado todos os prazeres da terra por amor a causa de Cristo. Foi por isso, que ele teve a tranqüilidade de dizer para o rei Agripa que se Deus permitisse por pouco ou por muito ele e outros fossem como ele era diante de Deus (cap. 26. 29).

6. Com alegria na missão de pregar o Evangelho da graça: o desejo de Paulo na carreira cristã era pregar o Evangelho. Ele afirma esta realidade no vers. 24. Ele sonhava e respirava o Evangelho. A motivação dele era o Evangelho e ponto final. Ele disse que não estava pronto só para ser preso por causa de Jesus, mas a dar a sua vida por amor ao Evangelho de Cristo (cap. 21.13).

7. Com consciência tranqüila da missão cumprida: ele disse que estava livre de qualquer coisa. E que nunca deixou de anunciar todo o conselho de Deus para os cristãos de Éfeso (cap. 20.27). Ele pregou com integridade sempre. Quando era impossibilitado ele dava um jeito das pessoas irem até a sua prisão para poder pregar a Palavra de Deus para as pessoas. Ele não perdia tempo e estava consciente da missão realizada na presença de Deus Pai.
A pergunta que fica na nossa cabeça é: vivemos este Evangelho que este homem carrega em sua conduta? Temos anunciado o Evangelho com integridade e consciência pura? Sofremos por causa da cruz? Temos humildade no coração? Temos deixado o terreno por causa do Reino? Temos um testemunho que faz as pessoas olharem para a cruz de Jesus de Nazaré?
Que a graça do Pai seja sobre a nossa vida para que cheguemos pelo menos aos és deste santo homem do Evangelho de Cristo.

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