Para que o homem fora criado? Para viver em pecado? Não,
porque quando Deus criou o mundo e tudo o que nele há, não existia o pecado.
Deus mesmo disse depois de ter acabado a sua obra que tudo era muito bom. Isso
quer disser que Deus criou tudo o que existe de uma maneira perfeita. Porque
não existia pecado no mundo. Mas, para que Deus criou o homem? Deus criou o
homem para o louvor de sua glória. Ele em tudo glorificava a Deus. Em tudo ele
refletia o Senhor dos senhores. O Rei dos reis. E Soberano dos reis da terra. O
seu trabalho era governar o mundo como Deus governa. Um governo reto e justo.
Um domínio absoluto sobre os seres criados por Deus. O SENHOR havia dado esse
domínio ao homem. Ele deveria exercer domínio sobre a criação de Deus. Deveria
subjugar a tudo debaixo dos seus pés. Ele também deveria cultivar a terra.
Cuidar dela. E também recebeu a tarefa de encher a terra com os seus
descendentes. Em todos esses atos Deus seria glorificado pelo homem. Era uma
obediência prazerosa. Sem constrangimento. O homem obedecia a Deus por amor ao
seu Criador.
Porém, esse mesmo homem criado segundo a imagem e semelhança
de Deus. Não permaneceu no seu estado em que fora criado. Ele desobedeceu a
ordenança de Deus. Ele jogou fora tudo o que Deus lhe tinha concedido. Tudo por
uma oportunidade de ser igual a Deus. Eles – o homem e a mulher – desprezaram
as palavras de Deus. Não deram ouvidos a sua proibição. Antes ouviram a
serpente. Deram ouvido as artimanhas de Satanás. Assim acharam que poderiam ser
como Deus. Quando desobedeceram e comeram do fruto proibido, perceberam que não
se tornaram deuses. Antes, passaram a sentir vergonha um do outro. A fugir da
presença de Deus. A tentar desfazer o cometido. Tentaram cobrir o pecado com
folhas. Mas, nada adiantou. O homem transgrediu o mandamento de Deus. Passaram
por cima de sua palavra santa. Estragaram a criação do Soberano. Arruinaram a
obra de suas mãos. Arruinaram suas vidas e de seus descendentes, por uma
oportunidade de serem deuses. O casal violou os limites imposto pelo Senhor.
Eles querem decidir o limite. Mas, em vez de decidir o limite, cai em pecado,
desobediência e morte. Se torna um rebelde da vontade de Deus. Perde os
privilégios que Deus concedera a ele. A comunhão com o senhor Deus é quebrada
pela transgressão da ordem probatória do senhor.
Eu vos proclamo a palavra de Deus sob o seguinte tema:
1. Sendo banido do
paraíso.
Irmãos, Deus criara o homem para o seu louvor e glória.
Havia uma comunhão entre Deus e o homem. Quando falo homem, estou me referindo
tanto ao homem quanto à mulher. Esta comunhão podemos ver na criação do homem
por Deus. Como Ele se dirige ao homem. Tudo o que Deus criou entregou aos
cuidados do homem. A obrigação de cuidar da criação era do homem. Deus formou o
homem do pó da terra. Deu-lhe o fôlego de vida. Assim o homem passou a viver.
Ele fora criado diferente de todas as outras criaturas. Ele fora criado para
pensar, falar e viver com Deus. Foi concedido ao homem uma auxiliadora idónea.
Capaz de o ajudar em sua tarefa de encher a terra e governar junto com o homem.
Sendo o homem a sua cabeça.
Génesis 2.8 diz: “E plantou o senhor Deus um jardim no Éden,
da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado”. Era um local ímpar,
específico para o homem e a mulher habitarem e do qual procederia a influência
do seu serviço como vice-gerentes. O texto tem o verbo que é traduzido
apropriadamente como “plantar”; o pensamento básico é o de colocar pequenas
árvores ou plantas no solo, as quais cresceriam e, então, se tornariam plantas
grandes e maduras. Plantar implicava em plano; Deus executou suas intenções
quando preparou o lugar chamado Éden. A ideia geral, no entanto, é de que Éden
se refere a uma planície entre os rios Tigre e Eufrates, perto do Golfo Pérsico; era uma área de muita fertilidade e um lugar de alegria e prazer. Isaías 51.3 chama o Éden como “o jardim do Senhor” e Ezequiel 28.13 como “o jardim de Deus”. Deus colocou o homem e a mulher no jardim do Éden. O jardim deveria ser seu lar. Deveria ser o lugar de comunhão entre eles e Deus. Deveria ser seu lugar de trabalho. Do jardim e a partir dele, o serviço real de Adão e Eva influenciaria toda a criação sobre a qual deveriam dominar e que eles encheriam e cultivariam.
se refere a uma planície entre os rios Tigre e Eufrates, perto do Golfo Pérsico; era uma área de muita fertilidade e um lugar de alegria e prazer. Isaías 51.3 chama o Éden como “o jardim do Senhor” e Ezequiel 28.13 como “o jardim de Deus”. Deus colocou o homem e a mulher no jardim do Éden. O jardim deveria ser seu lar. Deveria ser o lugar de comunhão entre eles e Deus. Deveria ser seu lugar de trabalho. Do jardim e a partir dele, o serviço real de Adão e Eva influenciaria toda a criação sobre a qual deveriam dominar e que eles encheriam e cultivariam.
Porém, este vínculo. Esta comunhão foi quebrada pelo pecado.
O pecado causou a separação entre Deus e seus vice-gerentes aqui na terra. O
jardim do Éden era o palácio real do homem. Lá deveria haver comunhão entre
Deus e o homem e entre o homem e a mulher. Era um relacionamento de amor e
comunhão. O pecado estraga esta comunhão de amor e vida. Através do pecado a
morte entrou no jardim. Não havia morte no jardim do Éden. Deus colocou o homem
no jardim do Éden e impôs limites para a sua vida. Deus não deixou o homem
fazer o que queria. Pelo contrário, Deus colocou parâmetros, limites na vida do
homem. O jardim era um lugar belo. Uma fonte de bênção para o casal. Tinha uma
abundância de árvores. Era suprido de abundantes águas. Era também suprido de
recursos minerais. Era um lugar de beleza. Deus deu tudo isto ao homem para
desfrutar e cuidar. Ele poderia comer do fruto de qualquer árvore do jardim.
Excerto de uma árvore. “E o senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do
jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17).
O que Deus queria dizer com esta ordem? Deus advertiu o
homem das consequências de se comer da árvore proibida, dizendo que eles
morreriam. Eles devem ter tido consciência do que Deus estava dizendo. Morte no
sentido de separação, fim de um processo, e deterioração, foi experimentado no
jardim. Deus falou enfaticamente que eles morreriam. No momento que o casal
comeu do fruto proibido, ele quebrou a comunhão com seu criador. Naquele
momento um processo de morte começou no jardim do Éden. O homem perdeu a vida
que tinha com Deus. Não estou falando de vida eterna. Porque a vida eterna
consiste em algo que não se pode perder. Mas estou falando daquela vida que
temos quando estamos em comunhão com Deus. O homem tinha vida unicamente em sua
comunhão com Deus. Quando o homem pecou esta ligação com Deus foi desfeita.
2. A influência do
Pecado
O homem estragou a criação de Deus com o pecado e a morte. A
morte física que não era uma realidade conhecida para o homem. Agora faz parte de
seu processo de vida. Ele iria envelhecer e morrer. Iria voltar ao pó de onde
veio. Por isso encontramos o senhor dizendo em Génesis 3.23: “O senhor Deus,
por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora
tomado”. Por que Deus expulsou o homem do jardim do Éden? O motivo é encontrado
em Génesis 3.22: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e
do mal; assim, que não estendas a mão, e tome também da árvore da vida, e coma,
e viva eternamente”. O homem se tornou como um de nós. O que isto quer dizer?
Irmãos, Deus conhece o bem e o mal. Ele como soberano conhece o que é certo e
errado. Um fator essencial a ser compreendido é o fato desta árvore, cujo fruto
foi proibido, ter representado a determinação expressa do senhor para o homem e
a mulher. Eles foram feitos cientes da verdade de que o senhor, exercitando sua
soberania, lhes impôs limitações. Isso significava que existiam experiências e
aquisições possíveis em que a humanidade não deveria estar envolvida ou das
quais não deveria apoderar. Deste modo, o senhor Deus estabeleceu um limite
para as experiências de vida dos seus vice-gerentes. Eles, conhecendo e gozando
da bondade que era deles no Éden, não deveriam, em orgulho e
auto-engrandecimento, desejar e procurar alcançar mais que aquilo que lhes
havia sido dado. Desejar, procurar alcançar e tomar o proibido resultaria em um
esforço para ser como Deus. Isto, por sua vez, resultaria em alienação,
separação, destruição e morte.
O senhor, que conhecia o mal, não no sentido de
experimentar, provar a maldade. Mas, conhecia e conhece porque é conhecedor de
todas as coisas. Por isso ele advertiu o homem da morte. Ele sabia o que
significaria a morte. O homem, porém, se tornou conhecedor do bem e do mal, no
sentido de experimentar e provar o mal. Por exemplo: o adultério, nós sabemos
que o adultério é pecado. Mas, não temos o conhecimento experimentado. Porque
não cometemos o adultério. A mesma coisa foi com o homem. Ele provou o pecado.
Ele descobriu pela experiência própria o que é o mal. A sua natureza ficou
corrompida pelo pecado. Ficou fraca e sujeita a doença e morte. A sua vida com
Deus foi desfeita.
Então, por causa do pecado, o homem foi privado de comer da
árvore da vida. Porque se o homem houvesse comido da árvore da vida, ele iria
viver para sempre. Ele iria viver para sempre nesse corpo de iniquidade. E
seria impossível haver redenção. O homem ficaria praticando o mal para todo o
sempre. Por isso, o senhor tomou a medida de expulsá-lo do seu jardim. Ele queria
tirar o pecado e a morte que passou a existir no jardim. “Deus, por isso, o
lançou fora do jardim do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra” (Gn 3.23).
Ele diz que expulsou o homem a fim de lavrar a terra. Ele queria começar
novamente cultivar a vida no seu jardim, sem a presença do homem agora com o
pecado. O homem perdeu seu privilégio de morar no paraíso de Deus.
Irmãos, graças a Deus por ter expulsado o homem do jardim.
Antes que ele comesse da árvore da vida. Se ele comesse, não havia esperança para
nós de sermos redimido no sangue de Jesus Cristo. Estaríamos para sempre presos
nesse corpo de iniquidade. Quando Deus expulsou o homem, não devemos ver como
um castigo, mas como uma graça da parte de Deus. Imagine, o mundo cheio de
pessoas vivendo para sempre e praticando todo tipo de maldade. A terra seria o
próprio inferno. Um lugar de maldade e escravidão. Onde o diabo estaria
reinando. Mas, graças a Deus isto não aconteceu.
Porém, essa expulsão do homem também mostrou uma outra consequência
dura na vida humana. A primeira foi não poder comer da árvore da vida por causa
do pecado e não mais poder viver no jardim de Deus. E qual foi o resultado?
3. O caminho de
acesso ao Senhor foi fechado.
Irmãos, o homem tinha livre acesso a Deus. Ele caminhava com
Deus. Falava com Deus. O senhor era sua vida. Seu bem maior bem. O homem
possuía uma intimidade única com Deus no paraíso. Ele como portador da imagem e
semelhança, representava o próprio Deus aqui na terra. Ele foi criado e ornado
de justiça e retidão. Em tudo era capaz de cumprir as ordenanças de Deus. Era
fácil para o homem no jardim do Éden, fazer a vontade de Deus.
Porém, o homem por sua rebeldia jogou tudo fora. Ele privou
a si mesmo dos dons maravilhosos que Deus lhe tinha concedido. Ele não mais,
após a queda, era capaz de satisfazer a justiça de Deus. Que é uma justiça
santa. Sem defeito e pura. Mas, o homem quis colocar seus próprios limites para
sua vida. Ele mesmo quis decidir o que era e o que não era bom para sua vida.
Privando ele mesmo dos dons maravilhosos de Deus e a todos os seus
descendentes. Por causa de nossos primeiros pais, Adão e Eva, não temos acesso
ao senhor como eles tinham no paraíso. Em Adão nós morremos. Em Adão estamos
mortos em delitos e pecados. Não somos capazes de fazer bem algum. Porque em
Adão todos morrem. Em Adão todos provam a separação de Deus. Por causa do
pecado de Adão, é como se tivesse um abismo sem fim, fazendo a separação entre
Deus e os homens. Foi por isso que o SENHOR colocou querubins para proteger o
caminho para o paraíso. O texto diz: “E, expulso o homem, colocou querubins ao
oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para
guardar o caminho da árvore da vida” (Gn 3.24).
Após a queda o caminho de acesso a Deus foi fechado. Os
querubins são os protetores da glória de Deus. Os querubins eram responsáveis
para expulsar qualquer homem de entrar no jardim do Éden e comer da árvore da
vida. O homem perdeu o privilégio de viver no jardim de Deus. O paraíso do
senhor. Assim, nenhum homem podia se aproximar de Deus.
Isto nós vemos durante a história de Israel. Os homens não
podiam chegar à presença de Deus. O homem precisava de um sacerdote para mediador
diante de Deus. Durante a caminhada pelo deserto o senhor ordenou que fizesse
um tabernáculo. Ele próprio descreveu como seria esse tabernáculo. Ele não
queria que as pessoas O adorassem à sua maneira. Mas da maneira que Ele deseja
e ordena. Neste tabernáculo havia duas salas. A primeira era chamada Lugar Santo.
A segunda sala chamava-se o Santo dos Santos. Nesta segunda sala se encontrava
a arca da aliança. Dentro dela estava as duas tábuas da lei, os Dez
Mandamentos. Estas salas eram divididas por uma cortina. Nesta cortina estavam
desenhados dois querubins protegendo o Santo dos Santos. Os Dez Mandamentos
testificam a respeito do relacionamento pactual de Deus com os israelitas. A
arca simbolizava a presença sagrada de Deus no meio de seu povo e dava um
significado visual a promessa de Deus, “Eu serei o vosso Deus”.
Sobre a arca estava o propiciatório. Era o local para se
oferecer sangue de animais ao senhor pelo perdão dos pecados. Em cima do
propiciatório existia dois querubins. Com as suas asas abertas, os querubins,
estavam “cobrindo o lugar de expiação”. Ninguém podia entrar naquele lugar. Ele
estava protegido. Ninguém podia chegar diante de Deus por causa do pecado. O
caminho de acesso a Deus estava fechado. Na primeira sala, o Santo Lugar, os
sacerdotes entravam regularmente para executarem o seu trabalho. Porém, os
sacerdotes não podiam ir além do Santo Lugar, eles não tinham acesso a Deus.
Esse privilégio era dado somente ao sumo-sacerdote. Ele era um homem escolhido
para representar o povo de Israel, ele sozinho podia entrar na presença de
Deus. Porém, ele tinha certas restrições. Porque ele só podia entrar no Santo
dos Santos uma vez por ano, no Dia da Expiação. Porém, não podia entrar sem o
sangue. Neste dia ele entrava duas vezes. A primeira vez ele aspergia o sangue
sobre e enfrente da tampa da arca. Ele oferecia este sangue com o propósito de
Deus perdoar seu pecado e de sua família. Depois disto ele entrava no Santo dos
Santos novamente, mas agora com o sangue de um cabrito. Este sangue aspergido
sobre a tampa e diante da tampa da arca. Essa oferta cobria os pecados do povo.
O que tudo isto significava? Significava que o caminho que
levava a presença de Deus ainda não estava aberto durante a época da antiga
aliança. Desde a expulsão do homem do paraíso o caminho a Deus estava fechado.
Os homens não tinham acesso a presença de Deus. Essa foi uma consequência
terrível para o homem. Por causa da rebeldia do homem, Deus privou o homem de
sua presença. Ele foi banido de diante de Deus. Aqueles querubins protegem o
caminho que leva o homem a presença do Deus Santíssimo. O acesso a Deus foi
fechado. Como podemos chegar na presença de Deus? Neste culto estamos na
presença de Deus?
Sim, estamos na presença de Deus. Porque este caminho de
acesso a Deus agora foi aberto. A morte de Cristo abriu o Santo dos Santos. Na
sua morte a cortina que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo, foi rasgada
de cima abaixo (Mt 27.51). “Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar
no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele
nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande
sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um
coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para
nos purificar de uma consciência culpada, e tendo os nossos corpos lavados com
água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele
que prometeu é fiel” (Hb 10.19-23).
Após a queda do homem no pecado, o caminho a Deus ficou
fechado. Era impossível chegarmos a presença de Deus. Porém, hoje, nós temos
acesso a Deus. Porque o nosso Sumo-Sacerdote, Jesus Cristo, abriu o caminho a
presença de Deus de uma vez para sempre. Ele nos levou a presença de Deus com
seu sacrifício na cruz. Graças a Cristo temos direito de chamarmos Deus de Pai.
Aquilo que perdemos em Adão, ganhamos em Cristo. O direito a presença de Deus e
morar no seu paraíso. Que é chamado agora em Apocalipse de Nova Jerusalém.
Graças ao Cordeiro de Deus podemos chegar na presença do Senhor Todo-poderoso.
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