quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DE VITÓRIA EM VITÓRIA ATÉ À VITÓRIA FINAL

 
História
Há muitos anos, um casal de velhinhos que não tinham filhos, moravam numa casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito.
Eram felizes. Até que um dia... aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava a trabalhar na sua casa quando se dá um fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O marido acorda assustado com os gritos e vai à sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta libertar a sua amada. O fogo também atinge os seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu dos cuidados intermédios e foi ao encontro da sua esposa. Esta ainda no seu leito toda queimada, tinha perdido o gosto pela vida, pois estava toda deformada, especialmente o rosto.
Chegando ao quarto da esposa, ela perguntou: -Tudo bem com você meu amor?
 
-Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que a sua beleza está gravada no meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a  visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e pareço um monstro.
E Deus é tão maravilhoso que não deixou que ele me visse assim, como um monstro
Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias lhe dizia:
- COMO EU TE AMO.
Você é linda. Saiba que é e será sempre, a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com a sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando a sua amada, disse num tom apaixonado:
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que estava ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre.
Pois parecia que o velhinho parecia ver a sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas sussurrou com as lágrimas rolando quente na sua face:
-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi a minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar a viver daquela maneira.
Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Foram os 20 anos mais felizes da minha vida.
E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil
E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos a muitas coisas, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!
Mensagem:
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:18)
Existem dois extremos que não podem existir dentro da Igreja. Um princípio muito importante a ser observado aqui é que, como observa Paulo, a nossa vitória contra o pecado estará sendo travada na medida da proporção em que cada um se encontra:

“Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prémio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos. Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos” (Filipenses 3:12-17)
O que Paulo afirma aqui aos filipenses é um ensinamento de uma profundidade muito grande para não chegarmos a extremos antibíblicos que podem causar muita confusão nas pessoas. Existem dois extremos que podem acabar por provocar alguma “confusão”: O primeiro é quando alguém que ainda é imaturo ou ainda está a crescer na fé exige de si mesmo uma maturidade de alguém que já está num patamar muito maior de fé e santidade, autocriticar-se por não poder fazer exatamente o mesmo que aquela pessoa faz. Noutras palavras, é como se ela fosse uma criança na fé, imatura, mas já quisesse ser perfeito!
Mas temos também um outro extremo que atinge muitas pessoas, que consiste no gravíssimo erro de achar que já está “bem demais” e acreditar que pode voltar a fazer certas coisas (permitindo-se concessões) só porque vê que toda a gente faz. Noutras palavras, é como se ela percebesse que o seu patamar espiritual de maturidade e santidade já está numa posição superior ao dos outros que não tem problemas em fazer uma ou outra “coisinha” que “todo mundo faz”. Afinal, se eles podem, eu também posso um pouco, certo? Errado! Estes dois extremos estão grandemente equivocados. A ordem bíblica é de que “vivamos de acordo com o que já alcançamos” (Fp.3:16). Isso significa que nós devemos estar sempre em ordem CRESCENTE de maturidade espiritual (1Pe.2:2), “crescendo para a salvação” (1Pe.2:2), a fim de “alcançar a maturidade” (Fp.3:15).
Mas ninguém chega do ponto “A” ao ponto “Z” de crescimento espiritual de uma hora para a outra. Este processo muitas vezes pode demorar meses, ou na grande maioria das vezes, anos! Às vezes dura até uma vida! O fato é que todos nós podemos, um dia, chegar à maturidade, mas isso não vem de uma hora pra outra como se caísse do Céu. O que Paulo diz, então, para fazermos? Ele afirma que devemos “viver de acordo com aquilo que já alcançamos” (Fp.3:16). O próprio Paulo diz que já tinha alcançado a maturidade (v.15), e que os irmãos deveriam seguir o exemplo dele e dos demais que igualmente já alcançaram tal padrão (v.17), o que nos confirma que devemos estar sempre em crescimento, mas afirma que cada um deve viver de acordo com aquilo que já foi alcançado, ou seja, de acordo com o padrão em que ela se encontra.
Lembro há algum tempo atrás que o pastor da minha igreja pediu perdão em público da igreja (com lágrimas e arrependimento sincero) por ter orado pouco enquanto estava no carro para ir para a igreja, pois uma pessoa tinha ligado do telemóvel a pedir oração por alguém que estava enfermo. Apenas o mero e simples ato de ter orado pouco enquanto ainda estava no carro foi algo que, para ele, foi tão grande que ele teve que pedir perdão com lágrimas a toda a comunidade! Primeiramente, geralmente associamos isso a algum tipo de “exagero” espiritual.
A verdade é que a grande maioria das pessoas não iria dar grande importância a isso, não ficaria a orar muito tempo no carro ou então esperaria até chegar chegar a casa ou à igreja, e depois disso não sentiria nem um pingo de remorso ao ponto de ir pedir perdão a toda a comunidade! Como disse certo irmão da igreja outra vez: “Os seus ‘erros’ são os nossos ‘acertos’”!
Mas a atitude dele não estava errada nem um pouco. A verdade é que o trabalho de Deus na vida dele foi tão grande ao ponto em que ele chegou a um grande nível de maturidade espiritual e, tendo em vista que cada um deve viver de acordo com o padrão já alcançado, ele estava mais do que certo da atitude que tomou. Na visão dele (ou seja, de alguém que já alcançou a maturidade) isso era um pecado tão grande que levou às lágrimas e à confissão pública.
Para algumas pessoas que não alcançaram a maturidade, contudo, isso não seria nem mesmo considerado um “pequeno erro”! A questão aqui não é apontar quem está certo e quem está errado, pois cada um deve viver de acordo com o padrão já alcançado e estar no progresso na sua vida espiritual. Se alguém já chegou a tamanha maturidade, não deve de jeito nenhum ignorar completamente o que fez porque os outros não dariam a mínima importância a isso. Do mesmo modo, alguém que ainda é novo na fé, que não chegou à maturidade, se a pessoa deixar de gritar ou de ver alguma imagem pornográfica durante um único dia (ou em partes desse dia...) já é um verdadeiro “milagre” conquistado...
Então, o que é que ela deve fazer enquanto ainda se encontra nessa fase? Exigir o mesmo nível de profundidade de maturidade já conquistado por Paulo? (ou pelo meu pastor?). Não, é claro que não! Ela deve fazer o máximo possível dentro do padrão em que ela se encontra. Este é o princípio básico: Devemos viver de acordo com aquilo que já alcançamos, mas sempre vivendo para crescer espiritualmente. Alguém que já subiu na estrada da santificação, olhar lá para trás e ver que existiam certos tipos de pecado que você cometia antes e achava que estava “tudo bem” e que hoje não comete mais, e voltar atrás e cometer estes mesmos erros.
 
Semelhantemente, não deve pensar que antigamente (quando ainda era imaturo) não orava tanto quanto ora hoje e que por isso pode tranquilamente voltar a orar menos para “equilibrar” um pouco. Ao contrário, nós nunca devemos olhar para trás! Paulo esquecia-se daquilo que ficava para trás, pois pensava sempre no amanhã, na maturidade: “esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante” (v.13). Nunca volte atrás! Devemos crescer, e fazer o melhor de nós mesmos para vencermos na medida espiritual em que já alcançamos. Deus não coloca na sua frente um gigante logo de cara para você derrubar; você primeiro vence pequenas batalhas e pequenos desafios (mas grande na sua esfera espiritual em que se encontra), e de vitória em vitória é que você chega lá!
A vida espiritual é feita de uma vitória de cada vez, crescendo de glória em glória: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co.3:18). A transformação completa não vem de uma hora pra outra, mas com uma vitória de cada vez, “de glória em glória”, até chegarmos à maturidade. É verdade também que em algumas situações o diabo pode atacar ao ponto de parecer que “perdemos” maturidade. Ele vai querer nos tentar e mostrar que nós somos fracos, mas nós não podemos nos entregar a ele. Deus pode até permitir que temporariamente as tentações aumentem como também aumente o nível da batalha.
Pode ser que você caia um pouco de nível, mas você sempre tem que estar combatendo e vencendo na medida daquilo em que você se encontra. Se o melhor que você pode fazer é passar um dia todo sem xingar, então não xingue. Se você consegue passar vários dias sem cometer pecado nenhum, então não peque. Ninguém é perfeito, mas todos nós devemos almejar a perfeição e crescer para a maturidade. As tempestades da vida existem, e é exatamente para isso que Deus nos prepara. Ele nos molda, lapida, aperfeiçoa e trabalha em nossos corações nos trazendo crescimento e maturidade espiritual, a fim de que quando venha a tempestade, nós possamos permanecer firmes e em pé, inabaláveis. É sobre isso que Jesus se refere quando diz:
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda” (Mt.7:24-27)
Muitas vezes estranhamos o porquê das coisas estarem tão bem e em vertiginoso processo, de repente começamos a ficar com certos desejos impuros no coração... e a voltar a ser atraído por coisas que já tínhamos obtido vitória anteriormente. Talvez a razão para isso seja uma provável “tempestade satânica” espiritual que sobreveio à nossa vida. Deus quer preparar-nos e aperfeiçoa, nos fundamenta sobre a única rocha que é Cristo, para que quando cheguem estas tempestades (ataques malignos interiores e exteriores), nós permaneçamos firmes na rocha de Cristo. Seguramente nós ainda não somos iguais ao próprio Cristo, que apesar de “em tudo ser tentado, não pecou” (Hb.4:15).
Seguramente ainda cometemos muitos erros e deslizes... mas sabemos que, se o nosso crescimento é realmente verdadeiro e não falso, então o objetivo central do inimigo não conseguirá ser bem sucedido. O que Satanás quer é ver-nos a desistir e a largar tudo por achar não ser possível vencer as tentações ou ficar com vergonha de pedir perdão NOVAMENTE... ou que percamos a nossa fé em Deus e deixemos de perseverar... ou que nos tornemos novamente ESCRAVOS do pecado. Mas se realmente estamos edificados “sobre o único fundamento que é Cristo” (1Co.3:11), então o inimigo não terá sucesso nestes seus intentos.
Ainda que possamos fraquejar de vez em quando, ainda que possamos cair vez por outra, ou ainda que momentaneamente a nossa fé pareça estar abalada, se realmente fomos aperfeiçoados na Rocha, Ele nos concederá Graça maior a fim de que possamos vencer essa tempestade pelas forças do Senhor, a fim de que ainda que desça a chuva, corram as correntes ou soprem os ventos contra aquela casa (que somos nós) não fiquemos derrubados, porque estamos edificados sobre a Rocha! O mais importante de tudo isto é que a tempestade (assim como o tempo bom) tem um tempo. Ela não é “eterna”. Nem sequer o próprio dilúvio foi “eterno”!
Se você se pode identificar neste quadro (ou poderá se identificar neste quadro algum dia), tenha a esperança e mantenha a sua fé de que essa tempestade na sua vida irá passar, ela não é eterna, e tenha em mente também que você não está em uma situação sem volta na qual se tornou novamente escravo do pecado. Você tem vida em Cristo Jesus, e o tempo bom virá novamente, pois como está escrito: “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg.1:12).
Amém! Que isso seja realidade na minha e na sua vida! Tão-somente lutemos o máximo que possamos, no padrão em que nos encontramos, “com o auxílio do Espírito de Jesus Cristo” (Fp.1:19), a fim de crescermos em maturidade e santidade diante de Deus, como “homens de Deus aptos e plenamente preparados para toda boa obra” (2Tm.3:17).
Sobretudo sejamos cegos para os defeitos dos outros e tenhamos os olhos bem abertos para o combate que fomos chamados a travar de ter um carácter igual ao de Cristo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PEGADAS NA TERRA

Senhor Deus, nós nos aproximamos de Ti, nosso compassivo Redentor; e rogamos, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Oh, Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que hoje estão aqui com o coração ansioso para ouvir a Tua voz. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém.

O tema das nossas conferências é Viver a Paz. Paz: palavra mágica, um sonho, um ideal, uma expectativa. Quanta contradição na busca desse tesouro! Promovem-se guerras e revoluções na intenção de se conseguir paz.

Numa galeria de arte, na Itália, há dois quadros que chamam a atenção pelas semelhanças e contrastes. Em ambos, o céu está carregado de nuvens escuras, prenunciando violenta tempestade. O mar está agitado, com ondas enormes. No quadro da esquerda, um rosto humano, esquálido e terrível, flutua nas águas do mar. No quadro da direita, destaca-se uma rocha no meio das ondas. No topo da rocha, há um arbusto que abriga um ninho, no qual descansa tranquilamente uma pombinha branca.

O primeiro quadro simboliza as pessoas que não têm a paz. Esta infelizmente, é a experiência da maioria das pessoas no mundo, por isso recorrem a drogas, calmantes, lares desfeitos, consciência pesada – estas coisas são simbolizadas por aquele rosto sem vida, flutuando nas águas do mar.

O segundo quadro não revela uma vida sem problemas e lutas. As ondas que vão de encontro à rocha, e o céu carregado de nuvens simbolizam provações e perigos de que o ser humano está rodeado neste mundo. Mas há uma diferença que anima e conforta: A rocha em que está o arbusto e no qual se encontra o ninho com a pombinha branca, simboliza que no meio das ondas, podemos encontrar refúgio, aninhar a nossa esperança e ter paz. É este o percurso que vamos seguir noite após noite, cada tema está interligado, por isso vos convido a não perder nenhum, insistam junto dos vossos queridos familiares, amigos a virem convosco e assistir, eles também precisam de encontrar um lugar de refúgio como aquela pombinha!

Hoje vamos fazer uma viagem imaginária. Entraremos no coração e tentaremos sondar alguns dos seus segredos. No labirinto das veias e artérias que cruzam os órgãos e tecidos, existe biliões de heróis anónimos que esperam calmamente para entrar em acção. Vamos tentar contar a sua impressionante história.

Recentemente, através do microscópio electrónico, os especialistas conseguiram analisar de forma mais ou menos pormenorizada a função dos glóbulos brancos. Observaram uma aventura complexa e fascinante destes glóbulos, eles são verdadeiros heróis que actuam para o bom funcionamento do nosso corpo. A primeira impressão que esta célula provoca não é muito agradável. Parece-se com uma amiba, uma bola líquida e sem forma. Percorre as paredes das veias e artérias lançando uma espécie de anzol e depois arrasta-se.

A sua função é proteger o corpo contra os invasores hostis. Embora não pareça poder derrotar uma lesma, muito menos um exército de ferozes bactérias. Quando porém, as bactérias ou os vírus entram no sangue, de imediato os glóbulos brancos transformam-se em "Rambos" e alteram totalmente o seu comportamento. Alertados do perigo, os glóbulos brancos como que despertam do seu monótono passeio e servem-se da sua capacidade única de mudar a sua forma e rapidamente aparecem onde as bactérias atacam.

Comprimem-se, passam entre as células das paredes capilares e dos tecidos, encurtam o caminho para chegar ao local da batalha. Assim que aí chegam é evidente que os glóbulos brancos fazem parte de um grande exército de soldados altamente especializados. Existem vários tipos de glóbulos brancos e cada um deles ataca o seu inimigo com coragem. Primeiro vem a infantaria, os neutrófilos. Estes glóbulos têm uma grande coisa a seu favor: a quantidade.

A nossa medula óssea produz cerca de cem biliões de neutrófilos todos os dias. A sua função é engolir o inimigo. O seu corpo, parecido com as amibas, lança-se ao redor da substância estranha, desinte­gram o invasor que fica prisioneiro nas suas enzimas. Depois de ingerir entre cinco a cinquenta bactérias e absorvida as mortíferas toxinas do invasor, o neutrófilo morre em batalha. Morrem aos biliões em sucessivos contra-ataques. Mas isso é apenas o começo.

A seguir vêm os soldados arrasadores, chamados macrófagos, os fortes soldados do corpo. Aumentam de cinco a dez vezes o seu tamanho original quando chamados para a batalha. Cada uma dessas células "Golias" pode devorar uma centena de invasores e sobreviver. Macrófago significa "grande devorador" e é exactamente o que fazem numa fracção de segundo.

Os macrófagos são também especializados em emboscadas. Quando enfrentam um inimigo particularmente grande ou resistente, várias dessas células fundem-se para formar o que é chamado "célula gigante" e em seguida atacam o invasor com as suas enzimas combi­nadas. Esse contra-ataque prepara o caminho para outro tipo de glóbulos brancos entrarem em combate.

As linfocitárias, parecem assassinos treinados. Cada uma tem a missão de destruir um tipo particular de bactéria, reconhecem o inimigo entre todos os outros e perseguem-no com toda a intensidade. A célula linfocitária é particularmente mortal, envia ao sistema imunológico do nosso organismo a arma mais eficaz contra as bactérias: os anticorpos.


Todos já ouvimos falar dos anticorpos. São como mísseis teleguiados que buscam uma certa presa com precisão absoluta e a destroem. São mísseis inteligentes. Essas correntes de aminoácidos em forma de Y enviam enzimas mortíferas na corrente sanguínea do orga­nismo. Às vezes um grupo de anticorpos agrupa um número de bactérias para que se tornem um alvo fácil para os fortes soldados (macró­fa­gos) devorarem.


Bem, outro tipo de linfocitária é a célula T, também faz parte dos glóbulos brancos. Estas células actuam como comandantes de campo na batalha. Enviam sinais que aumentam a fúria do combate. Acirram a actividade dos glóbulos brancos ao máximo: além disso, calculam constantemente a situação, de forma a manter uma resposta defensiva adequada.


Todos os elementos do sistema imunológico comunicam entre si de maneira que pouco entendemos. Todo o contra-ataque dos glóbulos brancos, em todas as suas diferentes formas, é cuidadosamente coordenado. Da infantaria aos fortes soldados, dos mísseis teleguiados aos comandantes de campo, sabem exactamente o papel que devem desempenhar no combate. Assim que o invasor é derrotado, o exército volta ao seu estado normal. O delicado equilíbrio da química do corpo é mantida e os glóbulos brancos voltam a arrastar-se ao longo das paredes dos vasos sanguíneos como se nada tivesse acontecido.


Sabem, quando pensamos neste maravilhoso exército de comba­tentes que corre pelas nossas artérias, veias e vasos, formulamos uma pergunta interessante: como surgiu este complexo sistema imunológico? Muitas pessoas dizem que nós somos o resultado da evolução! Se a evolução é a resposta às nossas perguntas sobre a origem da vida, como foi possível que este sistema tão complexo tenha evoluído em simultâneo?


Quanto mais pensamos sobre este assunto, mais complicada é a resposta. Sabem porquê? Todos estes guerreiros sofisticados e especializados do nosso corpo precisam uns dos outros. Os glóbulos brancos são essenciais no esforço de guerra contra os invasores do nosso organismo, têm a capacidade de defesa, mas sem os sinais de certas células, perderiam o controlo, estariam completamente desor­ganizados.


Os grandes devoradores, os macrófagos, também necessitam das mensagens químicas para entrarem em acção. Seriam inúteis se não fossem bem orientados no ataque. Outros glóbulos brancos, por sua vez, não podem agir sem os grandes devoradores que não só consomem a maior parte dos invasores, mas limpam os resíduos após a batalha. Em suma, tudo depende de tudo, uns dependem dos outros. Cada parte contribui para o delicado equilíbrio do todo.


Certamente já ouviram falar de pessoas vítimas de doenças raras que precisam de passar a vida em lugares completamente esterilizados, assépticos, isto é, lugares isentos de todo agente patogénico. São pessoas que têm que ser protegidas de todo contacto directo com o mundo exterior porque qualquer infecção poderia matá-las. Já tive uma irmã nesta situação, com 40 anos, sofria de leucemia, eu falava com ela através de intercomunicadores, via-a através do vidro, mas não lhe podia tocar.


Há algum tempo falou-se muito de um menino português, que vive nestas condições. Nasceu sem as células linfocitárias B e T. Ele tem agora dez ou onze anos de idade. O seu corpo não consegue combater as bactérias. Possui suficientes glóbulos brancos da infantaria, os soldados fortes; tem também biliões de grandes devoradores fluindo da sua medula óssea todos os dias. Mas, é impotente contra as infecções. Porquê? Porque falta uma parte do sistema às células linfocitárias, os tais glóbulos que chamamos “assassinos”.


O que o exército das células brancas do sangue sugere é que Alguém de infinita inteligência as projectou, as concebeu, as criou e colocou no lugar certo e para realizar a tarefa necessária à vida. Esse Alguém é o Omnipotente Criador que a Bíblia nos apresenta. As Escrituras engrandecem este Deus que tem demonstrado uma habilidade tão notável como Criador.


Medite nestas palavras: Salmo 139:13-14 "Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por um modo assombrosamente maravilhoso fui formado!”


De forma tão maravilhosa fomos criados! Após observar o modo maravilhoso pelo qual as nossas células contra atacam e vencem todos os invasores, eu diria, no mínimo, que este Criador está do nosso lado. E é precisamente isso que as Escrituras proclamam bem alto. Eis a confiante promessa de Deus feita através do profeta Isaías 49:25; "Por certo que os presos se tirarão ao valente e a presa do tirano fugirá porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos."


São as palavras de um guerreiro confiante, e Deus faz estas afirmações em nosso favor. Ele contenderá com qualquer um que se atreva a fazer-nos mal, que nos queira ferir, magoar, destruir. É isso que Deus já faz nos nossos glóbulos brancos destruindo bactérias aos biliões a cada hora que passa. Louvado seja o Criador!


Isaías não está sozinho ao apresentar o Senhor Deus como um guerreiro. Nos Salmos encontramos um Deus que prende uma espada ao cinto, cavalga para vitórias como um guerreiro especial e marcha através (imagem de Jesus no cavalo branco-goosalt) dos portões de Sião, um herói conquistador, poderoso na guerra. Ele diz que vence até o Leviatã, o símbolo de tudo o que apavorava os antigos, e esmaga a sua cabeça no mar.


Trata-se definitivamente de alguém que quer estar do nosso lado. O que a Bíblia diz repetidamente é que Ele está, de facto, ao nosso lado. O profeta Sofonias realça esta mesma verdade:


"O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar: Ele se deleitará em ti com alegria." Sofonias 3:17


Aqui está um Deus que se deleita em estar ao lado daqueles que Ele salva do perigo. Deus exulta porque colocou dentro do homem e da mulher, da criança quando ela é ainda um feto, um sistema que o pode salvar! Deus, alguma vez vos pareceu um Ser demasiado distante?


Meu amigo, minha amiga, tem dificuldade em crer que Ele pode realmente fazer a diferença na sua vida? Dar a paz! Rogo-lhe que tire esse pensamento da cabeça, porque esse pensamento impede Deus de estar plenamente livre para o defender. Nós podemos colocar entraves para que Deus não se manifeste nas Suas multiformes acções para nos defender. E então ficamos como aquele menino, sem defesas!


É verdade, às vezes acontecem tragédias que diminuem as nossas certezas. Todo o ser humano está exposto ao vendaval da vida, das tentações, das agressões externas. Quero assegurar-vos com toda a sinceridade, que Deus é um amigo íntimo de todos aqueles que O chamam! Quer chamá-Lo esta noite?


Se duvida, coloque os dedos no pulso, sinta o ritmo que envia o "rio da vida" que faz o sangue correr nas veias em todo o seu corpo. Podemos sentir o Criador que continua a lutar por cada um de nós, neste mesmo instante!


Nem sempre conseguimos ver as coisas como deve ser! Às vezes acontece pensarmos que as coisas são de uma maneira e elas são de outra. No que se refere a Deus não conseguimos ver sempre as coisas muito claras. Claro que toda a gente diz que as coisas na Bíblia são facilmente compreensíveis e que elas revelam a verdade com grade transparência. Sim é verdade! No entanto se começarmos a ler no livro de Juízes, e vermos as guerras que existiam entre o povo de Deus e os povos vizinhos, ficamos tão confusos que até nos apetece deixar a Bíblia de lado. Tudo nos parece desfocado.

Já alguma vez começou a ler a Bíblia e teve que a colocar de lado porque não compreendia o que está escrito? Isso passou-se comigo ao princípio! Mas hoje leio e compreendo tudo. Antes, parecia-me quando a lia que tudo estava desfocado, hoje, é simples e clara.

Recordo uma experiência que vivi há uns anos, era Sábado, tinha apresentado várias conferências naquele dia e sinceramente estava muito cansado. Eu não conhecia bem a cidade, um amigo levou-me, mas como havia muito trânsito deixou-me perto do local onde eu ia pernoitar. Um homem vem na minha direcção a fazer alguns gestos, pensei que pretendia alguma informação. Parou à minha frente e eu parei, de repente estendeu a mão e tirou-me os óculos e fugiu!

Fiquei ali no passeio, via as pessoas, mas não conseguia distinguir o rosto. Queria perguntar onde ficava o meu hotel, mas hesitava muito porque não via com nitidez as pessoas e por outro lado tinha consciência que estava perto e não queria parecer ridículo. A verdade é que estava a poucos metros, mas sem óculos estava tudo desfocado: as pessoas, o local e mais ainda a porta do hotel que eu procurava ansiosamente.

Nós sentimos que Deus nos ama, sabemos que Ele está próximo de nós, ao nosso lado, porém com o tempo e o pecado ficámos míopes espiritualmente, e apalpamos, cambaleamos e queremos encontrá-
-Lo, porém às vezes parece-nos muito longe: por isso repito e peço, coloque o dedo indicador na veia do pulso e sinta o sangue correr e pense que Deus está tão próximo que Ele vigia pela sua vida, para que tudo corra bem.

Permitam-me que diga de coração aberto, que é nos Evangelhos que encontramos em toda a Sua beleza e poder: Jesus! E é em Jesus que podemos ver Deus com toda a nitidez. Jesus é a única imagem de Deus completa e nítida.

Jesus disse aos discípulos: “Quem me vê a Mim vê o Pai. …Eu estou no Pai e o Pai está em mim”. João 14:9-11

Jesus é Deus visto com nitidez. E em Deus não há absolutamente nada que não seja semelhante a Cristo. Se há algo no Velho Testamento que parece estar em conflito com o carácter de Cristo, é porque há alguma coisa que ainda não compreendemos.

Há dois lugares – pelos menos – nos evangelhos em que o carácter de Deus brilha tão intensamente que os meus olhos ficam marejados de lágrimas, e sinto um nó na minha garganta. Um deles é o Calvário. O outro encontra-se em três histórias que Jesus contou para ilustrar uma característica chave do Seu Pai.

O capítulo começa com os fariseus a murmurarem acerca de Jesus: “Este recebe pecadores, e come com eles”. Lucas 15:1-2

Estes fariseus eram as pessoas respeitáveis desse tempo e eram especialistas a chamar aos outros “pecadores”. Eles tinham um provérbio: “Há alegria no Céu por um pecador que é destruído diante de Deus”. Jesus sabia isso e deliberadamente apresentou uma imagem oposta do Seu Pai: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:10

A primeira das três histórias fala de um pastor que possuía cem ovelhas, uma das quais se tinha perdido. Ele deixou as noventa e nove no redil e, por terreno perigoso, foi em busca da ovelha perdida, até que a encontrou. Então o pastor voltou para a sua aldeia com a ovelha perdida deitada sobre os seus ombros. E toda a comunidade se alegrou com ele.

Houve um grande clamor de alegria e uma festa de agradecimento. Jesus disse: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no Céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Lucas 15:7

O Céu faz uma festa sempre que um ser humano, sozinho e perdido decide voltar ao calor e luz da presença do Pai. E o Pai, Deus é o mais feliz de todos!

A segunda história refere-se a uma mulher que perdeu uma das moedas da sua fita de cabelo. Esta não era uma moeda vulgar; simbolizava a sua condição de mulher casada. As casas judaicas tinham chãos de terra cobertos com palha que não era mudada com frequência. O quadro é de uma mulher que vasculha entre a palha suja, com uma candeia numa mão, até que achou a moeda. Aqui está uma imagem de como Deus, em Jesus, veio das glórias do Céu para nos procurar a si e a mim, entre o lixo da Terra. Quando a mulher encontrou a moeda, chamou os vizinhos para uma festa: “E quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comi­go; achei a dracma perdida.” Lucas 15:9. Quando Deus o encontrou a si, e me encontrou, houve uma festa especial no Céu.

A terceira história representa o clímax: a parábola do rapaz perdido, ou também conhecida como a parábola do Filho Pródigo. Das três coisas que estavam perdidas – a ovelha, a moeda, o filho – poderia esperar-se que o filho fosse de longe o mais valioso. No entanto, quando a ovelha se perdeu, houve uma busca nocturna até que foi achada. Quando a moeda se perdeu, houve a busca entre o lixo do chão até que foi encontrada. Mas, quando o filho se perdeu, não houve busca.

Por que razão?

As moedas representavam pessoas agradáveis, brilhantes, como os fariseus, nem sequer sabem que estão perdidas. Não têm o mínimo sentimento espiritual e não sentem qualquer necessidade espiritual estão perdidas e não sabem que o estão. Que não seja esta a nossa situação! É o meu grito!

As ovelhas sabem um pouco mais do que as moedas. Representam o que os fariseus chamavam “pecadores” – as pessoas vulgares – do tempo de Jesus. Sabiam que estavam perdidas, mas não sabiam o que fazer. Tinham sentimentos espirituais. Mas não são capazes de decidir por elas próprias. Estão presas ao rebanho, não se importam com o pastor, o importante é o rebanho, é ver muitas ovelhas!

Mas o filho sabia que estava perdido – e estava feliz com isso! Sabia qual o caminho de regresso a casa, mas escolheu não o seguir.

A história encontra-se também em Lucas no capítulo 15, do versículo 11-32. E começa quando o mais novo de dois filhos foi ter com o pai e disse: “Quero a minha parte do teu dinheiro agora. Vou partir. Não posso esperar até que morras”. O pai tinha empregados e podia ter-lhes ordenado que amarrassem o filho e o prendessem num quarto fechado, até que ganhasse juízo. Mas essa não é a forma de Deus agir. E o Pai, nesta história, representa Deus! O primeiro princípio do governo de Deus é a liberdade de escolha; se alguém quer deixar a sua casa e ir para longe, é livre de o fazer.

No país distante, o filho achou que tinha trocado uma bicicleta por um BMW! Que podia viver a vida a toda a velocidade! Ele pegou em toda a fortuna que o Pai lhe deu, dava para gastar à vontade enquanto vivesse. Mas ele esbanjou tudo em pouco tempo e ficou falido.

Diz a parábola que sobreveio uma grande fome sobre a terra. A fome não começou no dia em que o jovem tinha gasto todo o dinheiro. A fome já existia, a fome está sempre na sombra, a fome está sempre à espreita de um descuido nosso para aparecer! Quantas pessoas que nós chamamos os “sem abrigo” vêm de famílias abastadas! Tinham bons empregos, mas um dia saíram do caminho!

Aquele país não tinha nenhuma provisão para os que ficavam sem meios de vida. Não tinha sistema de apoio social. Não havia o voluntariado. Prevalecia a lei da selva. Quando alguém ficava sem meios de subsistência, os habitantes com posses diziam: “Miserável! Desaparece!” É o que normalmente acontece! Ninguém quer saber a sua história, até os familiares têm vergonha, não se querem identificar!

O país distante tem um lugar, um nome, para os filhos e filhas perdidos. É o desespero, é a droga, é dormir na rua dentro dum caixote. O filho perdido, ainda assim teve sorte, encontrou um trabalho. Guardar porcos, mas o salário, era poder comer com os porcos e a comida que os porcos comem.

Então, disse Jesus que estava a contar a história, ele “caiu em si”. De repente, viu as coisas claramente. Na casa do seu pai havia três categorias de pessoas: os filhos – parte da família, que partilhavam dos bens do pai; os escravos – que tinham segurança e eram olhados como um prolongamento da família; os trabalhadores assalariados – na base da escala social – que podiam ser assalariados e despedidos quando já não fossem precisos!

No chiqueiro, o filho mais novo disse: Lucas 15:17 “Quantos trabalhadores de meu pai, têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome.”

Então começou a ensaiar o que havia de fazer. Voltaria para casa do seu pai. Prostrar-se-ia. E diria: Lucas 15:18-19 “Pai, pequei contra o Céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho.” Tudo isso era bem verdade. Mas também pensou acrescentar: Lucas 15:18-19 “Trata-me como um dos teus empregados assalariados.” Isso significava que ele não compreendia o seu pai. Ele achava que podia compensar os pecados passados com as boas obras do futuro. Que podia, por outras palavras, ganhar o favor do seu pai, fazer a sua própria expiação. Ele estava completamente enganado!

Aqui está como Jesus continua a história: “Levantou-se, pois, e foi para o seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se ao pescoço e o beijou…” Lucas 15:18-20

Este é certamente o quadro mais acolhedor e caloroso de todos. O pai nunca tinha desistido do filho desencaminhado. Dia após dia, os seus olhos tinham examinado a estrada que vinha do país distante, perscrutando cada nuvem de pó em busca da silhueta do seu filho. Quando, um dia, a silhueta apareceu, ele dificilmente a reconheceu; mal arranjado, cansado, andrajoso. As cicatrizes do pecado deformam, distorcem e desfiguram. Mas assim que a luz do reconhecimento atingiu a retina dos olhos do pai. “Ele correu”.

Quando eu era menino, tive um amigo judeu, eu creio que era judeu, ou então era cigano. Brincávamos juntos, um dia entrei a correr em casa dele. Na sala estava um caixão, todos os seus familiares estavam vestidos de preto e sentados sobre cadeiras na sala. Não choravam, mas estavam tristes. Era criança e rapidamente aproximei-me do caixão e vi que estava vazio. Pensando que ia dar uma grande notícia, disse:

-          Está vazio!

Rapidamente o pai do meu amigo, pegou-me por um braço e pôs-me de casa para fora. Depois soube, que o irmão mais velho do meu amigo não tinha morrido. Tinha casado com uma rapariga que não era da sua raça, os pais consideravam que estava morto.

Esta parábola do filho que saiu de casa já existia no tempo de Jesus, era contada pelos judeus aos seus filhos, mas o filho que sai de casa é o filho perdido, que morre. Não volta para casa, o pai não o receberia. Não há esperança. Jesus sabia que era isto que os sábios judeus acreditavam, mas Jesus é o Filho de Deus. E está a ensinar que esse não é o carácter de Deus. Quando o filho volta para casa. Jesus ensina que o Pai corre, abraça e beija o filho que volta.

O rapaz cheirava a chiqueiro de porcos. Mas o seu pai não esperou que se lavasse. Abraçou o seu filho. Ele sabia que fosse o que fosse que o seu filho tivesse para dizer era melhor dizê-lo com a cabeça apoiada no ombro do pai.

Foi a atitude do pai que comoveu o coração do rapaz e o levou ao arrependimento. Na pocilga, ele tinha feito uma decisão puramente prática. Quando a sua cabeça se encostou ao ombro do pai tudo mudou. Ignorando o cheiro horrível, o pai depôs o beijo da justificação na sua face, mandando para o esquecimento os seus pecados.

Alguém quer receber o beijo da justificação de Deus? Alguém sente que a sua vida tem sido praticamente vivida no chiqueiro? Uma vida sem vida, sem alegria, sem esperança? Aceite o beijo na face, o beijo de Deus!

O filho fez a primeira parte do discurso que tinha preparado, mas não fez a segunda. Nos braços do seu pai aprendeu muito acerca do amor sem limites e da graça incomparável. Compreendeu que o pai sempre esteve do lado dele, mesmo quando ele estava longe!

A segunda parte do discurso que ele tinha preparado dizia: Deixa-me fazer a minha própria expiação. Deixa que a minha degradação continue. Deixa pagar o que fiz com o que vou fazer.

Mas o Pai não quis ouvir nada disso. O Pai disse aos seus servos: “Tragam depressa a melhor roupa, e vistam-lha”. Tendo esquecido completamente os pecados do filho, o pai deu-lhe uma roupa que simbolizava uma justiça que não era sua pessoal.

Jesus nestas parábolas, na Sua vida, veio caminhar na Terra dos homens e mostrar como é o carácter de Deus, o Seu amor. Jesus deixou na Terra as pegadas de Deus. E isto é o que iremos ver durante todas as noites.

Louvado seja Deus, porque o Seu amor é mais amplo do que a medida das mentes humanas!

Se pudéssemos fazer do oceano um tinteiro;

E dos Céus um rolo de pergaminho;

Se cada haste fosse uma pena.

E cada homem um escrivão de profissão,

Escrever o amor de Deus lá em cima

Faria secar o oceano,

E o rolo não poderia conter tudo

Mesmo que esticado de Céu a Céu.

F. E. Lehman


Oração: Esta noite ouviu boas notícias. Não podem ser melhores! Notícias acerca do amor de Deus, o nosso maravilhoso e amoroso Pai celestial! Ouvimos a Sua voz, podemos olhar para Ele com mais nitidez, por Jesus, podemos olhar para Ele e dizer: Pai querido que estás no Céu, perdoa-me, e deixa-me amar-Te cada dia da nossa vida. Dá-me o Teu poder para Te amar, no nome de Jesus. Amém.
José Carlos Costa, pastor

PRECE


Musica: Débora

Senhor Jesus, meu Pai querido,

A Ti dirijo esta prece,

Te conheci quando menino,

Mas hoje estou muito distante.

 

No mundo andei em meus caminhos

Tentando achar um bom abrigo

Cansado estou e sem destino

Não tenho lar, não tenho amigos.

 

Pai, tens visto minhas lágrimas,

Só Tu sabes minhas lutas.

Sei que estás chamando: “Vem, meu filho!

Tu não podes mais ficar sozinho.”

 

Pai, me entrego totalmente,

Vem guiar-me neste instante.

Quero, ó Pai, voltar ao lar perdido

E em Teus braços descansar.

 

sábado, 17 de novembro de 2012

HOJE É O DIA DE DE ACEITAR O CHAMADO DE DEUS

Isaías - 60 - 1 : 2
Introdução:

• Já esteve nalguma situação em que precisou que alguém o ajudasse e você não teve esta ajuda?
• Lembra-se de como você se sentiu?
• No livro de Isaías (Is 6.8), Deus está buscando por um mensageiro e Ele diz: ”Quem é que eu vou enviar? Quem será o nosso mensageiro?”
• Mais tarde, quando Jesus viu uma multidão, de pessoas aflitas e abandonadas, Ele desabafou com os discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.36,37).
• Há um eco dessa voz embargada, tristonha, do Senhor Jesus, ainda hoje.
• Esse texto fala-nos da necessidade de nos dispormos para sermos abençoados por Deus: Disposição para termos, a luz da glória de Deus.
• Alguns crentes parecem dizer: “Ah! Eu gostaria de receber uma bênção de Deus que seja do tipo 2 euros; nada tão caro que me comprometa muito com Ele”.
• Outros há que parecem dizer: “Quero mesmo é um quilo da eternidade num saquinho de papel”.
• Tem havido uma satisfação em muitos filhos e filhas de Deus em ter chegado a ser o que já são: são crentes, receberam o baptismo, são membros de uma igreja...
• Mas há um chamado de Deus para nós nos levantarmos com o brilho da glória de Deus nas nossas faces!
• Quero considerar algumas questões que Deus falou comigo – e Ele vai ministrar isso no seu coração:
...a primeira consideração é esta:

1 – POR QUE SE DISPOR? Há duas razões:
Porque a terra está em trevas
• Is 60.2 – "Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti".
• faz lembrar-nos 1Jo 5.19?: “...o mundo todo está debaixo do poder do maligno”.
• Logo, temos a necessidade de estarmos dispostos!

Porque os povos estão na escuridão
• Is 60.2, fala dos povos em escuridão, vivendo em trevas.
• O homem sem Deus vive na escuridão, caminha em trevas.
• A vida sem a luz de Deus é uma tragédia para o ser humano.
• Recebi na internet outro dia: “Uma das características de estar em trevas, é não perceber que estamos em trevas”.
• Por isso, Deus está dizendo “DISPÕE-TE”. Há pessoas necessitadas de luz!

...agora, vamos à segunda consideração:
2 – QUEM PODE DISPOR-SE?
Aquele que tem a luz de Deus
• 1Pe 2.9 – "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz".
• O que é essa luz de Deus?
• ...é o amor, quem não tem o amor, não tem a luz – 1Jo 2.9,10: “Quem diz que vive na luz e odeia o seu irmão está na escuridão até agora. Quem ama o seu irmão vive na luz, e não há nessa pessoa nada que leve alguém a pecar”.
• Isaías diz “as trevas cobriram a terra” – pois, se o mundo está em trevas, somente aqueles que são luz poderão fazer a diferença (pois onde a luz chega, as trevas se dissipam).
• Se você já veio para a maravilhosa luz de Deus, então você pode dispor-se a buscar uma bênção maior.

Quem pode se disporá só... Aquele que viu a glória de Deus
• Is 6.1-8: “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor sentado num trono alto e elevado...”.
• Isaías viu a glória do Senhor. Por isso, depois de ter a sua experiência, pôde dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
• Ninguém se poderá dispor sem antes ter tido uma experiência com Deus.

E a terceira consideração é a seguinte:
3 – O QUE IMPEDE A DISPOSIÇÃO?
• Comodismo – Ef 5.14 – "Desperta tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
• Falta de compromisso – Lc 9.62 – "E Jesus disse: Ninguém que lança mão do arado, e olha para trás, é apto para o reino de Deus".
• Mt 6:33. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas".
• A falta do compromisso com a visão de Deus para as nossas vidas nos impede de termos uma vida próspera e abençoada.
• Falta de unção - A unção é a capacitação para uma tarefa, a tarefa do reino de Deus.
• Ec 9.10 diz assim: “Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor que puder...”, mas a falta de UNÇÃO nos impede.
• Certa ocasião Jesus contou a Parábola do Bom Samaritano. Disse que um homem foi assaltado e deixado semimorto no chão. Disse que passaram, por ele, três homens: um sacerdote, um levita e um samaritano. E Jesus contou: “o sacerdote, quando viu o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada.” O levita olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. Mas o samaritano ajudou aquele homem: chegou perto dele e limpou os seus ferimentos com azeite.
• Sobre aqueles dois, Jesus estava a querer dizer que eram religiosos (da igreja)! Mas não tinham o azeite, o óleo precioso do Espírito, a unção necessária... então passaram pelo outro lado da estrada.

CONCLUSÃO
Deus espera de cada um de nós que estejamos dispostos, até mesmo para sermos mais abençoados do que somos hoje.
Jesus perguntava às pessoas: Queres ficar são?
Hoje ele também pergunta: estás disposto a sair da situação que te prende e receber sobre a tua cabeça o resplendor da minha glória?
...Porque, muitas vezes nós não queremos sair e por isso ficamos presos:
Quantos levam uma vida cristã cómoda, fácil, de conforto... (ninguém os persegue nem critica de nada, porque também não tem nada pra criticar: são iguaizinhos a todo mundo)!
Quantos outros que não querem compromisso... que são do grupo “Se der, eu vou”. Ah! Hoje tem reunião de oração. Vamos? “..se der, eu vou”. Ah! Hoje tem reunião de jovens... “se der, eu vou”...
E quantos, sem qualquer vontade em buscar a bênção e o poder de Deus!
Por isso, Jesus pergunta também: estás disposto a sair da situação em que estás?
...estás disposto a ser mais do que um frequentador da igreja?
...estás disposto a ser mais do que um nome no rol de membros?
...estás disposto a abrir mão de hábitos, costumes antigos?
...estás disposto a ser mais do que um músico, um integrante do grupo de louvor, mais do que um membro que pertence ao conselho de igreja?

Ou resumindo tudo:
... está disposto a buscar tanto por Deus que o Seu rosto chegue a brilhar por causa do impacto da luz da glória de Deus sobre si?
Hoje o Senhor diz a cada um: "Dispõe-te e eu falarei contigo". “Dispõe-te e farei aparecer sobre ti a minha glória. Atraídos pela sua luz, os povos do mundo virão...”. Amém? Deus quer fazer a luz da Sua glória brilhar sobre o que se dispõe a isso!

Então, eu quero fazer-vos um convite agora:
Se você admite que está muito acomodado, se reconhece que até então tem tido muito pouco compromisso com Deus, ou que não tem buscado unção nenhuma (e por isso feito a obra de Deus completamente vazio)...
Eu convido você para confessar isso a Deus e receber uma renovação no seu espírito; uma mudança interior, hoje.
Vamos orar juntos aqui...
José Carlos Costa, pastor

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

NA DEPRESSÃO A ESPERANÇA

“Pois onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome. Eu estou no meio deles.” Mateus 18:20
“Eu era jovem, era homem, ia ser médico. Homens jovens, a exercer a profissão de que gostam, não ficam deprimidos – ou pelo menos pensava eu. De facto, estava à beira do colapso. Sempre tive uma personalidade de altos e baixos, com tendências para mudanças de humor que iam e vinham sem razão. Desta vez a escuridão ficou comigo. Quando me morreu um paciente predilecto, dei comigo a considerar-me indigno. Não valia nada como médico, nunca conseguira nada, seria sempre um fracasso. Tinha dificuldade em adormecer e acordava cedo, ensopado em suor. Fui ter com o meu director para lhe dizer que ia abandonar a medicina. Estava disposto a desistir da própria vida. Era a depressão, com certeza, e eu reconhecia-o.” (Michael Shooter)


Este é um artigo de jornal da autoria de um pedopsiquiatra da Gwent Community Health Trust.

Ele afirma que um em cada cinco homens entra em depressão em determinado momento da vida. Em qualquer altura, um em cada dez estará a lutar com uma depressão de qualquer grau. Os homens são tão vulneráveis como as mulheres e podem até ser mais. Sim, a depressão é um fenómeno universal que afecta as pessoas de todas as idades, apesar de parecer estar a aumentar nos adolescentes e nos jovens adultos. Segundo um relatório recente do Royal College of Psychiatrists de Londres, a depressão nos homens atinge os 65 por cento, e o suicídio é três vezes mais provável nos homens do que nas mulheres. Nas idades entre os 16 e 24 anos, no grupo dos homens jovens e solteiros, houve um aumento de 75 por cento de suicídios desde 1982.


A “constipação” das perturbações mentais.

A depressão é conhecida como a constipação das perturbações mentais e a doença psiquiátrica mais espalhada que hoje afecta a humanidade.

Depressão é, com toda a certeza, o termo d vocabulário psiquiátrico mais divulgado entre os grande publico. Designa períodos de desânimo e tristeza – sentimentos que toda a gente conhece por experiência própria e que são portanto perfeitamente compreensíveis -ao passo que apelidar alguém de neurótico ou delirante tem uma consonância pejorativa que evoca a loucura.


Dado que é uma situação extensiva a quase todos os seres humanos pressentimo-la como uma dor moral ou a perda da vontade de viver.


Este estado de pessimismo global acompanha-se de um sentimento de inferioridade, de uma perda da consideração por si mesmo, portanto, algo mais do que uma simples tristeza.


O desaparecimento da vontade de viver, que os psiquiatras designam pelo temo de “inibição psicomotora”, manifesta-se na falta de interesse por tudo o que constitui geralmente a nossa vida: actos familiares, objectos a que estamos normalmente apegados, as pessoas que nos rodeiam, incluindo os entes mais queridos.


Este pessimismo e este desinteresse são acompanhado por uma lentidão de espírito, um sentimento de ansiedade, fadiga, perturbações do sono e dores variadas.

Tudo isto cria um estado de desespero que suscita ideias de suicídio, quase sempre presentes num estado depressivo. É esta ameaça de morte que faz com que a depressão seja uma situação grave, e um gesto irreparável, como o suicídio, é sempre de lamentar uma vez que um estado de depressão tem cura tanto mais que é uma doença do espírito.


Pode começar por um cansaço ligeiro e transitório, que os esforços físicos e intelectuais do dia de trabalho não justificam. A pessoa altera o seu comportamento progressivamente; fica triste, taciturno, irritável. Não suporta o barulho feito pelas crianças, as portas a bater, a televisão do vizinho.


Um sentimento se agiganta dentro de nós: “Não presto para nada, não sou capaz de olhar pelos meus filhos; fazer as compras, preparar as refeições, limpar a casa, tenho vontade de ficar na cama e de chorar.”


Na sua forma mais branda, a depressão pode ser um período passageiro de tristeza que se segue a uma desilusão pessoal. Mas na sua forma mais persistente pode esmagar as suas vítimas com uma tristeza acompanhada de pessimismo, de apatia que impede de seguir em frente, fadiga generalizada acompanhada de perda de energia e incapacidade para se interessar por algo, com uma diminuição do amor próprio, muitas vezes acompanhada de autocrítica, fazendo-nos sentir culpados, incapazes, desesperados e até suicidas. Pode também incluir perda de espontaneidade, insónia e perda de apetite.


Qual a sua origem?

          A depressão tem muitas vezes uma causa física. Pode ser originada por falta de sono, exercício insuficiente, efeitos secundários de drogas, doença física ou um dieta imprópria.

          As experiências da infância podem levar à depressão em fases mais tardias da vida. Crianças que foram separadas dos pais e criadas numa instituição, privados de contacto humano caloroso e contínuo, mostram apatia, saúde débil e tristeza que podem mais tarde levar à depressão.

          A experiência de adolescentes e adultos em conflito com os pais, com problemas em se tornarem independentes, pode aumentar a possibilidade de uma depressão numa fase mais tardia.

          O “stress” devido à perda de uma oportunidade, um trabalho, um lugar de destaque, pode estimular a depressão.

          Pensamentos negativos podem gerar depressão. A forma como pensamos determina muitas vezes como nos sentimos. Se pensamos negativamente, vendo apenas o lado negativo da vida, a depressão é inevitável.

          A depressão pode surgir da ira quando esta é reprimida no interior e se vira contra nós mesmos. A maioria das vezes a ira começa com uma mágoa. Se a ira não é admitida e ultrapassada, leva à vingança. Se não é possível uma acção vingativa, pode-se entrar em depressão.

          Quando uma pessoa sente que falhou ou fez algo de errado, aparece a culpa, e com ela vem a auto condenação, a frustração e outros sintomas de depressão.


Quando estamos deprimidos porque enfrentamos situações que estão fora do nosso controlo;

Em primeiro lugar devemos tentar controlar pelo menos uma parte do nosso ambiente.

Segundo, reconhecer a inevitabilidade de acontecimentos incontroláveis na nossa vida.  Tal como um pássaro pode empoleirar-se num só ramo e um rato não pode beber do rio mais que a sua vontade, assim o homem só pode controlar certos acontecimentos e circunstâncias. A aceitação do que é possível é o início da felicidade, também a aceitação do que é possível é o início da sabedoria.

 
Terceiro, cada um de nós fala silenciosamente consigo mesmo. Se esta conversa é quase sempre negativa, isso pode levar à depressão. Se tem o hábito de dizer a si mesmo “não presto”, recorde o que diz a Bíblia: “Como pensas no teu íntimo, assim és.”

 Conta-se a seguinte lenda; um pequeno relógio recentemente concertado começou a grunhir lá do seu canto escuro. “Eis a minha triste sina – dizia o relógio com uma voz metálica – sou tão pequenino e mesmo assim aquele que me fez encarregou-me de uma tarefa tão difícil. Condenou-me a dar 3.600 tic-tac por hora, 86.400 por dia, 31.536.000 por ano! Só de pensar nisto, sinto-me desfalecer.” O relojoeiro que entrava ouviu a parte final do discurso e ao mesmo tempo que lhe dava corda disse carinhosamente: “Tu tens força suficiente para dar um tic-tac de cada vez. Não te peço mais que isso”. Já foi há muito tempo e o relógio continua a trabalhar.


Quarto, acredite que tudo está sob o controlo de Deus que é o poder que detém até a majestade do céu.  O diabo até para Deus é o diabo.  Deus tem sempre a última palavra. Deus é tão poderoso que pode direccionar qualquer mal para um bom fim.


Na Bíblia encontramos a Causa da Depressão e também como combater a Depressão e até a cura.

O que nos interessa destacar é a cura, e eu vou apresentar as palavras de Cura Bíblia:

“Deveis ter em mente tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável.” Filipenses 4:8.

“Todas as coisas me foram entregues por meu Pai: e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:26-29

É sabido hoje que é tão importante o medicamento que tomamos para uma determinada doença como a confiança que depositamos no médico, no nosso médico que nos passa a receita e que nos aconselha. 

Tratando-se de uma doença que não tem unicamente expressão na mente mas fundamentalmente na alma. Só um Médico pode entrar nessa parte intima do nosso ser: Jesus.


Esta noite, quero fazer uma pergunta, a resposta quero que seja muito sincera. A sinceridade é aquilo que nós somos e fazemos quando estamos sozinhos. Ora aqui estamos rodeados por tanta gente que é difícil responder com toda a imparcialidade. Assim, faço a pergunta e vocês ficam em silêncio durante alguns momentos e depois respondem em silêncio no vosso coração.


Acreditam no Relojoeiro, acreditam que há uma Pessoa que pode consertar as peças do vosso ser; no lugar do temor, a confiança, da tristeza a alegria, da angústia a esperança!

Estou a falar de Jesus. Acreditam verdadeiramente em Jesus?

Faço esta pergunta pelas seguintes razões: ouvimos tanta gente negar a existência de Deus, de Jesus e agora da existência do Mundo.  Que pode no nosso coração o sentimento do relógio que dizia: “sou tão pequenino e tenho que fazer uma tarefa tão grande, estou condenado, não consigo mais estou a desfalecer”.

Esta noite deixem que vos diga que não são só as Sagradas Escrituras que testemunham da vivência de Jesus Cristo, mas também muitos escritos históricos falam de Jesus.

Jesus Cristo é, sem dúvida, o personagem mais glorioso da História humana e nisto concordam todos os cristãos, sejam eles seguidores da igreja católica romana ou da igreja dita “protestante”. Em Jesus, e só em Jesus, se centra todo o anseio e esperança dos crentes, com justificada razão: “Pois em nenhum outro há salvação, porque também, debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devemos ser salvos.” Actos 4:12


Todavia, há quem diga que Jesus não é mais do que uma referência necessária à humanidade, dado que apela a sentimentos nobres, à moral e mesmo à fraternidade entre os povos. E há quem pense que a Sua existência se limita à Bíblia e à tradição religiosa, estando ausente da literatura não cristã.


Mas se quisermos ser imparciais e analisar com cuidado e perseverança os manuscritos antigos, depressa chegaremos à conclusão de que as referências à pessoa de Jesus são abundantes e rigorosamente honestas, mesmo quando O contestam, ou por isso mesmo.


Jesus Cristo veio ao mundo durante o período conhecido como “Pax Romana”, um histórico período de paz, em que o mundo inteiro era controlado por um único e inexorável poder: Roma.

Políbio, na sua História, que abrange este período, faz o seguinte comentário:  “Os romanos, em menos de cinquenta e três anos, conseguiram submeter a quase totalidade do mundo à sua autoridade, coisa nunca antes igualada”. Quando Jesus nasceu, a nação de Israel era dominada e governada pelo Império Romano.

O evangelho segundo S. Lucas dá pormenores acerca dessa época, explicitando as razões políticas que levaram Seus pais a Belém: “Aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse…E todos iam alistar-se, casa um à sua própria cidade. E subiu também José da Galileia, da cidade de Nazaré, na Judeia, à cidade de David, chamada Belém (porque era da casa e família de David), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida.” S. Lucas 2:1-4.

Para os romanos, Israel era apenas uma “província do império”, isto é, uma nação colonizada, e os cristãos não passavam de mais uma seita, como tantas outras que, naquela época, existiam em Israel, tal como os fariseus, os publicanos, os herodianos e os essénios. O único ponto de realce é que a situação geográfica de Israel o tornava de algum modo um país estratégico. Por isso, os historiadores romanos de então não dedicam muita atenção a Jesus e aos Seus seguidores, tanto mais que o Seu discurso não era político e nas Suas palavras não havia qualquer incitação à sublevação.

Uma outra razão que pode explicar esse silêncio é que o período de vida pública de Jesus se limitou a pouco mais de três anos. É também sabido que grande parte da literatura contemporânea relativa ao Império Romano desapareceu, devido a incêndios  ou a comportamentos vandalismos, ou ainda pela erosão do tempo. Por essa razão é extraordinário o facto de ainda encontramos documentos que são autênticos tesouros e que fazer referencia especifica a Jesus de Nazaré


Plínio, governador da Bitínia, numa carta dirigida ao imperador Trajano, dizia que “os cristãos adoram a Cristo como Deus e vivem uma moral estrita.” (Epistolas, X, 96).


Não é este testemunho extraordinário da fé e vivência cristã desses primeiros cristãos?


Tácito, cônsul no ano 97 d.C., diz que Cristo foi crucificado à ordem de Pôncio Pilatos e faz ainda referência à expansão do Cristianismo, bem como à perseguição que era movida aos cristãos com o intuito de os destruir e para desmotivar outros a juntarem-se (Annales, XV, 44).


Suetónio, na sua célebre biografia do imperador Cláudio, faz também uma breve referencia a Cristo e aos cristãos (Vita Claudie, C.25).


Celso, o Voltaire do IIº século encetou sob o reino do imperador Marco Aurélio o propósito de estudar a fundo e de refutar o cristianismo. Gaba-se de conhecer a vida de Cristo de “fontes ignoradas até então” (Origene, I,c.II,13). Os seus escritos são de grande valor pelo facto do seu objectivo ser denegrir e refutar o cristianismo.


Flégon, nos seus escritos, menciona um eclipse do sol durante a morte de Jesus (Origene, contra Celsum, II, 13,33,59). Ora, nós sabemos que as Escrituras dizem explitamente que no momento em que Jesus morreu, “o sol se escureceu” (S. Lucas 23:45). É importante saber que todas estas fontes, com referências directas e abundantes a Jesus, são dignas de crédito.


Flávio Josefo, patriota judeu e autor da famosa obra Antiguidades Judaicas, escrita entre os anos 93 e 94 da nossa era, diz o seguinte: “Nesse tempo viveu Jesus, homem sábio, se é que se lhe pode chamar homem. Porque ele foi autor de coisas impressionantes, mestre daqueles que recebem a verdade com alegria. Ele conduziu muitos judeus e outros vindos do helenismo. Ele era o Cristo. E quando Pilatos ordenou a sua crucifixão, por denúncia dos principais do nosso povo, aquele que o amavam não o abandonaram. De facto, ao terceiro dia, ele apareceu-lhes como lhes tinha prometido. Até hoje ainda subsiste o grupo chamado pelo seu nome, os cristãos.” (Flávio Josefo, Antiquitates XVIII, 3,3, 3d.b. Niese IV, Beronini, Weidmann 1890, 151ss.;)


Devo precisar que esta obra também não foi escrita em favor do cristianismo, mas como celebração da glória do povo de Israel. Todas as seitas judaicas, bem como todos os movimentos de libertação e feitos históricos que ocorrerem entre o reinado do imperador Augusto e a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C estão aí mencionados. Mas para os cristãos, a maneira como Jesus é referido nesta obra tem grande importância histórica.


Na verdade, a incredulidade pode contestar a existência de Jesus, porque, de facto, a Sua vida, morte e ressurreição, embora historicamente provados, são, aos olhos humanos, “inacreditáveis”. Esta foi a atitude de um dos próprios discípulos de Jesus, de nome Tomé. Ele teve dificuldade em acreditar que Jesus ressuscitara e estava vivo, vivo para sempre, e declarou aos seus companheiros: “Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no Seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” Então, oito dias depois, o Divino Ressuscitado apareceu outra vez aos Seus discípulos e disse a Tomé: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu, e disse-Lhe: Senhor meu e Deus meu!” S. João 20:27-28.

Agora se no fundo do vosso coração acreditam que Jesus é Quem diz ser. Então posso garantir que esta noite Ele vos tocará e curará. E eu quero introduzir no vosso coração a Palavra curadora. Acreditam em Jesus? Eis o texto de cura:

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

A apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor.”

Lucas 4:16-19

Alguém esta noite sente o coração quebrantado, alguém perdeu a vontade de viver, desinteresse pela vida, um pessimismo como companheiro que provoca o sentimento de ansiedade, fadiga, um estado de desespero que suscita ideias de suicídio?

Jesus diz eu vim curar os quebrantados de coração.

Há um sentimento de impotência que vos suscita pensamentos: “Não presto para nada, não sou capaz de olhar pelos meus filhos; fazer as compras, preparar as refeições, limpar a casa, parecem-me tarefas impossíveis, só tenho vontade de ficar na cama e de chorar.”


Jesus repete: Eu vim para curar os quebrantados do coração.

Já recorreu a todo o género de paliativos, mudar de alimentação, tomar vitaminas, recorreu a férias, interrompeu o trabalho, consultou médicos, quem sabe visitou bruxos, exorcistas. Por vezes, essas tentativas produzem um alívio temporário, mas geralmente todos os esforços são vãos.


Jesus segreda: Eu vim para curar os quebrantados do coração.
 

Apelo:

Também eu, em certo período da minha vida, disse: “Não acredito que Jesus tenha existido e seja real”. Mas um dia Ele iluminou esta parte da minha alma que estava obscurecida e isso permitiu-me alcançar dimensões de paz e equilíbrio interior que antes não tinha.


Estimados amigos podem viver também esta experiência do encontro com o Ressuscitado, Ele foi ao encontro de Tomé, esta noite, está aqui para encontrar-se com alguém que tem dúvidas, alguém que se encontra só, depressivo e sem esperança, Ele vem e a Sua presença é tão real que nos enche, nos toca e a tristeza se esbate, e sentimos alegria de viver. Tenho a certeza que esta noite alguém está a sentir essa Santa presença, calor no coração, doçura na alma. Quer levantar-se e dizer como Tomé: “Senhor meu e Deus meu” acolhe-me nos teus grandes braços!

“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” I S. Ped. 5:7.

A seguinte anedota pode ser fictícia, mas ilustra um facto. De acordo com a história, quando um montanhês completou seu septuagésimo quinto aniversário, um piloto de avião ofereceu-se para levá-lo num passeio aéreo e sobrevoar as terras onde ele vivia. Apreensivo a princípio, o idoso senhor finalmente aceitou o convite. Depois que ele retornou à terra firme, um de seus amigos perguntou:

- Então, não teve medo Tio Dudley?

- Não, não cheguei a ter medo. Sabe, eu não larguei todo o meu peso no banco do avião!

Nós sorrimos, mas não é assim que acontece connosco muitas vezes?

Jesus segreda: Eu vim para curar os quebrantados do coração.

Esta noite, é a mais importante noite da sua vida, a noite em que pode haver uma mudança radical na forma como vê a vida, esta noite Jesus está a dizer: coloca sobre mim todo o teu cuidado e deixa-me curar o teu coração quebrantado.

Alguém quer de forma decidida, confiante levantar-se e lançar sobre Jesus toda a ansiedade? Ele está de braços bem estendidos e a um passo de cada um de nós, agora, Jesus está a passar e a estender os braços.


José Carlos Costa, pastor