segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BEM AVENTURADOS OS QUE CHORAM

Você alguma vez sentiu profunda tristeza por alguma coisa que fez? Já se achou o pior dos seres humanos? Ficou muito triste por ter cometido algumas faltas e no seu coração fez o propósito de não mais cometer tais erros?

Quando Jesus começou a falar à multidão, lá na encosta da montanha, tudo era novo para aquelas pessoas. A palavras de Jesus caíam nos ouvidos da multidão admirada.
O que Jesus dizia era diferente daquelas doutrinas que eles ouviam dos rabinos e dos sacerdotes. As palavras de Jesus eram doces como o perfume da flor e irradiavam o amor de Deus.
Todas as pessoas que estavam ali no sopé da montanha sentiam instintivamente a existência um Ser capaz de ler os segredos da alma, e que deles Se aproximava com terna compaixão, e palavras de eterna bondade.
Suas palavras são conhecidas como o Sermão da Montanha. E hoje iremos estudar uma das Bem- Aventuranças proferidas por Jesus.

Ela se encontra no evangelho de Mateus 5:4 – “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.
O pranto aqui apresentado é a sincera tristeza de coração pelo pecado. Jesus disse: “E Eu, quando for levantado da Terra, todos atrairei a Mim.” João 12:32.
E, quando, pelos olhos da fé, contemplamos Jesus levantado sobre a cruz conhecemos distintamente o estado pecaminoso da humanidade, Podemos ver que quem açoitou e crucificou a Jesus, foram os nossos pecados.
Muitas vezes nos esquecemos que somos amados com imenso amor e a nossa vida tem sido uma contínua cena de ingratidão e rebelião.

Crucificamos de novo, em nós mesmos, o Filho de Deus e de novo traspassamos aquele sangrento e ferido coração. Separamo-nos de Deus por um abismo de pecado, extenso, negro e profundo, e choramos com coração quebrantado.
Esse pranto, será consolado. Deus nos revela a culpa a fim de que possamos nos dirigir a Cristo, e por meio dEle sejamos libertos da servidão do pecado e nos regozijemos na liberdade dos filhos de Deus. Então em verdadeira contrição podemos arrojar-nos ao pé da cruz, e ali então depositarmos nosso fardo.
As palavras de Jesus contêm uma palavra de conforto para os que sofrem aflição e provação. Em Lamentações 3:33 lemos: Deus “não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens”.
Quando Deus permite que nos sobrevenham provações é “para nosso proveito para sermos participantes de Sua santidade”, conforme Hebreus 12:10

Com fé, as provações amargas e difíceis de suportar, se tornarão uma benção. O golpe cruel que desfaz as alegrias se tornará o meio de voltarmos os olhos para Jesus. Muitas pessoas não teriam conhecido a Jesus se elas não tivessem sofrido algum tipo de tristeza. Quando sofremos, podemos buscar de Deus o conforto.
As provações que passamos aqui, são obreiras de Deus para remover de nosso caráter as impurezas e arestas. É difícil e muito trabalhoso o processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar uma pedra preciosa. Mas a pedra é depois, apresentada pronta para ocupar o seu lugar em uma jóia de muito valor.
Assim Jesus, faz com seus filhos. Ele não trabalha em material imprestável. Só suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio. Seus filhos preciosos e amados são assim preparados e moldados para o Lar eterno.
Nosso Pai celestial nunca Se esquece daqueles a quem a tristeza alcançou. Quando Davi seguiu pelo monte das Oliveiras, “subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e caminhava com os pés descalços” (II Samuel 15:30), o Senhor com piedade, o observava.
Os sinais exteriores de humilhação testificavam de quão contrito se achava. Em sentidas expressões, vindas de um coração quebrantado, apresentou seu caso a Deus, e o Senhor não desamparou o Seu servo.

Nunca Davi foi mais precioso ao coração de Deus, do que quando, com consciência abatida, para salvar a vida fugiu dos inimigos que haviam sido instigados à rebelião por seu próprio filho Absalão.
Cristo ampara o coração contrito e purifica a alma pesarosa, até que se torne Sua morada.
Deus não se alegra em ver seus filhos sofrerem. Não é do agrado de Deus que tenhamos o coração quebrantado. O desejo de Deus é que olhemos para cima e sintamos o Seu abraço a nos amparar nos dias mais angustiantes que passamos.
Bem-aventurados são também os que choram com Jesus em simpatia com os entristecidos do mundo, e em tristeza pelo pecado. Jesus foi o Varão de dores, suportando angústia que nenhum pensamento humano pode retratar.
Seu espírito foi ferido e moído pelas nossas transgressões. Jesus se entristeceu ao ver que a multidão O recusou, e não quiseram seguir seus passos.
Foi por meio de sofrimento que Jesus alcançou o ministério da consolação.
Na Bíblia lemos: “O Pai de misericórdias e o Deus de toda a consolação. . . nos consola em toda a nossa tribulação para que também nós possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.” II Coríntios 1:3 e 4.
Deus tem prazer em consolar os que choram. Seu amor abre o caminho na alma ferida e quebrantada, e torna-se bálsamo curativo para os que pranteiam.
Hoje Deus quer lhe abraçar. Hoje Deus quer consolar você. Aceite o consolo de Deus e você terá o conforto que vem do Senhor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O GRANDE REAVIVAMENTO ENTRE O POVO DE DEUS

Ao iniciarmos os próximos cinco anos de testemunho e atividades evangelististicas para o Senhor, ao confrontarmos os desafios e dificuldades ao nosso redor, devemos manter o breve retorno de Jesus como nosso alvo supremo. Que privilégio é fazer parte do grande movimento no final da história da Terra! O breve retorno de Jesus é a maravilhosa notícia que deve inspirar e moldar os nossos planos e ações.
Seja qual for a função que nos seja designada por Deus, é hora de humildemente aceitarmos as oportunidades e desafios que nos são confiados, sabendo que as nossas atividades só serão eficazes por meio do poder do Espírito Santo. Somos chamados a trabalhar como bons servos (Mat. 20:26-28), confessando que somos dependentes da sabedoria de deus (Tiago 1:5), da instrução do Espírito Santo (João 16:13) e que precisamos do discernimento de uma multidão de conselheiros (Provérbios 11:14).
O Espírito Santo nos chama para que juntos, jovens e idosos, homens e mulheres, numa igreja unida, sob a Sua liderança, humilhemo-nos diante d´Ele e supliquemos pelo reavivamento, tanto na nossa vida pessoal como da igreja. Lemos em 2ª Crónicas 7:14: “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos Céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” Esta maravilhosa promessa do Senhor chama o Seu povo ao compromisso. Diariamente, devemos pedir ao Senhor que cumpra a promessa de Joel 2 e Atos 2 para que a chuva serôdia do Espírito Santo seja derramada sobre a Sua igreja.
Por outro lado, como adventistas, devemos buscar a renovação da nossa mente e coração enquanto esperamos pelo poder do Espírito Santo e pelo derramamento da chuva serôdia. É por meio do derramamento do Espírito Santo que a última obra, de proclamar as três mensagens angélicas, será concluída. Ellen White lembra: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser a nossa primeira ocupação.
É importante o diligente esforço para obter a bênçãos do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para a receber. O nosso Pai celeste está mais disposto a dar o Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus na Sua promessa para conceder-nos a Sua bênção.” Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121.)
Convido a Igreja Adventista do Sétimo Dia do mundo inteiro para que se una em oração, pelo derramamento do Espírito Santo, neste momento vital da história. Oremos para que o Espírito Santo remova do nosso coração todo orgulho e egoísmo que possa impedir a obra de reavivamento e reforma que Jesus tanto deseja realizar entre o Seu povo do tempo do fim.
Aproveitemos a oportunidade, no tempo à nossa frente, para orar uns com os outros. Devemos iniciar períodos de oração nas nossas igrejas, instituições e organizações para elevarmos a nossa voz, clamando pelas promessas de Deus de que Ele derramará, em nossa alma ressecada, a água de nova percepção e novo fervor. Deve haver em cada nível da organização da igreja um deliberado programa de oração pelo reavivamento e um esforço consciente de nutrir a “primeira piedade” nas vidas rendidas ao poder do Espírito Santo. Os líderes da Associação Geral, uniões, associações, missões e igrejas locais já estão a trabalhar para montar e fornecer materiais que dirijam a nossa mente para a grande necessidade de “tempos de refrigério”.
Fazemos parte de um movimento singular, pois nos identificamos como o povo remanescente de Deus, predito nas profecias. Isso coloca sobre nós uma responsabilidade especial de exaltar a Cristo em todos os nossos sermões e ministério, mostrando às pessoas que Jesus é tudo em nossa vida. As verdades salvadoras do evangelho – de que somos justificados por Deus, por meio da vida de Jesus em nosso favor, a Sua morte no Calvário e o Seu ministério como nosso Sumo Sacerdote no santuário celeste – nos dá a certeza da vida eterna. A graça de Deus, nossa redenção por meio de Jesus, não depende da nossa habilidade de compreender completamente ou saber explicar toda a teologia da salvação. Como um dos nossos antigos líderes da igreja, George W. Brown, declarou numa meditação devocional durante a assembleia da Associação Geral de 2005. “Quando chegarmos ao Céu, pelo poder de Cristo, estaremos justificados, santificados, glorificados – e satisfeitos!”
As Escrituras também nos advertem de que o reavivamento e reforma pelos quais suplicamos encontrarão oposição de forças que intentam manter a igreja na sua condição de Laodiceia. O inimigo, certamente, está a fazer tudo para persuadir os adventistas a conformarem-se com menos do que a plenitude do poder transformador prometido no evangelho. De modo subtil e não tão subtil, está tentando distanciar-nos da Bíblia e da completa compreensão daquilo que Deus afirma ser a verdade. As palavras do apóstolo Paulo são tão relevantes hoje como foram quando escreveu para os crentes em Roma: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rom. 12:2). A tradução Phillips acentua mais a imagem: “Não deixe que o mundo ao seu redor o molde segundo o seu próprio padrão.”
Este é o momento em que devemos resistir às lisonjas de Satanás e não permitir que o mundo nos molde de acordo com o seu padrão. Este também é o momento em que devemos ter clareza e coragem: permanecermos firmemente comprometidos com as crenças fundamentais desta igreja, que foram estabelecidas pela imutável Palavra de Deus. Não podemos correr o risco de por falta de atenção desviar-nos do alvo, pois Jesus está falando conosco com o mesmo tom de urgência com que falou à igreja de Filadélfia: “Venho em breve! Retém o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Apoc. 3:11).
Meu irmão e irmã, precisamos unir-nos, apegando-nos à Palavra de Deus como está escrita. O poder prometido nas Suas palavras só será concedido se nos comprometermos a ler a Bíblia, vivê-la, ensiná-la e pregá-la sem temor, e se permitirmos que a nossa vida seja moldada por suas claras e convincentes verdades.
Apeguemo-nos às verdades da Bíblia, através das quais Deus levantou este movimento do tempo do fim, inclusive o ensino bíblico sobre o dom de profecia. Dos muitos dons dados por Deus ao Seu povo remanescente, esse é um dos maiores. Os escritos de Ellen White oferecem instruções para a vida cristã e são tão relevantes hoje como quando foram escritos há um século. Contêm verdades vindas do Céu. Leia o Espírito de Profecia, com a sua Bíblia, diariamente. Acredite nele. Promova-o. Use-o. Ensine-o. Apoie-o. E você descobrirá um novo poder na sua vida espiritual que o ajudará a andar em novidade de vida.
Apeguemo-nos às três mensagens angélicas de Apocalipse 14; à iminente segunda vinda de Cristo; à justificação pela fé em Jesus; ao sábado do sétimo dia; ao relato de Génesis sobre a criação em seis dias literais, consecutivos, de 24 horas e origem recente; à mensagem do santuário e ao ensino bíblico sobre o estado dos mortos.
Lembremo-nos de que a Bíblia e o Espírito de Profecia nos chamam a viver em obediência pelo poder do Espírito Santo, nos convidam ao estilo de vida saudável descrito nas Escrituras e no Espírito de Profecia e a um estilo de música e adoração que exalte a Cristo, não a nós mesmos. Atentemos, de maneira especial, para o que Deus nos ensinou sobre as condições em que o Espírito Santo será derramado sobre os que, sinceramente, estão buscando o reavivamento e comprometidos com a mensagem de reforma.
O meu convite é simples e claro: precisamos de nos unir, ajoelhando-nos diante do Senhor para, humildemente, pedir renovação de graça e poder para enfrentar os dias à nossa frente. Ore pelo reavivamento que Jesus espera que seja vivido por Sua igreja, e ore para que o seu coração esteja pronto a praticar o que o Espírito Santo trouxer à sua mente e consciência.
Uma igreja humilde e completamente entregue a Deus muito em breve será uma igreja reavivada e reformada. E essa igreja, será, muito em breve, a igreja que olhará para o Céu com esperança e alegria, e verá Jesus voltar para a levar consigo.
Ted N.C.Wilson
Presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Nota: A situação religiosa degrada-se; Igreja Anglicana une-se à Igreja Romana, outras igrejas da Reforma visivelmente tomam o mesmo caminho; as mega-igrejas funcionam em torno de mega-pastores cujo o objetivo é retirar proventos e enriquecer. Por outro lado, os homens e as mulheres nunca antes como agora anelam por coerência, autenticidade e verdade, só um povo que viva os princípios eternos estará apto a responder a essa necessidade profunda da alma.
José Carlos Costa, pastor Adventista.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jesus e a família de Marta

Lucas 10.38-42
Jesus amava a família formada por Lázaro e as suas duas irmãs Maria e Marta (João 11.5) que moravam em Betânia. Lázaro foi aquele que, quando morreu, provocou uma intensa emoção em Jesus, fazendo-o chorar (João 11.35). Por causa da intercessão do Mestre, Lázaro experimentou o poder da ressurreição. Maria era aquela que tinha derramado perfume sobre o Senhor e os tinha enxugado com os seus cabelos (João 11.2). Por causa da graça e misericórdia de Cristo, Maria experimentou amor e perdão. Mas é sobre Marta que vamos meditar com base nessa experiência com Jesus.
1.Marta tem uma atitude receptiva (v 38
“Marta o recebeu em sua casa” – NVI) – Alguns comentaristas ensinam que o nome Marta é aramaico e significa “senhora soberana” ou “senhora diligente”. O nome ajuda a enfatizar a sua posição autónoma e de liderança na sua casa. De fato, ela toma a iniciativa e todas as providências para receber Jesus, que, por sinal, estava com os seus discípulos. O seu coração receptivo foi determinante para que Jesus entrasse na sua casa.
Nas nossas vidas também tudo começa na atitude de abrirmos a nossa casa e o nosso coração para Jesus entrar. Ele mesmo declarou: “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.” (Apocalipse 3.20 – NTLH). Você quer receber Jesus em sua casa?
2.Marta tem prioridades equivocadas (v 40
“Marta, porém, estava ocupada com muito serviço” – NVI) – A expressão “serviço” vem do grego diakonia. A palavra diakonia é apresentada de forma positiva em todo o Novo Testamento para designar “o ato de servir à mesa do Senhor”. No episódio imediatamente anterior, Lucas descreve o grande ensino de Jesus sobre o serviço através da parábola do bom samaritano. Logo, Jesus não está a repreender o serviço propriamente dito. Na realidade, Marta é exortada a não exagerar ao ponto da preocupação, a agitação e ansiedade. Ao ponto de perder o foco sobre o que é mais importante. Estava completamente distraída com as tarefas e coisas a fazer, distanciando-se do relacionamento com as pessoas ao seu redor. O seu comportamento foi tão intenso que está a ponto de implicar com a sua irmã. De fato, o exagero dos cuidados e ambições com coisas e tarefas pode gerar muita perturbação e distanciamento nas famílias e os relacionamentos serem pouco significativos.
Mesmo com Jesus nas nossas casas, temos ênfases e conceitos equivocados que precisam ser modificados. Jesus está tão perto e nós tão distantes. Às vezes, em nome do próprio Senhor, nascem grandes distorções e até mesmo heresias. Estamos prontos a rever os nossos conceitos à luz das palavras de Cristo focalizando o relacionamento com Deus e as pessoas?
3.Marta tem um coração ensinável (v 41
“Marta! Marta!”) – A repreensão de Jesus foi tão bem recebida que nunca mais vamos encontrar Marta distraída. Pelo contrário, a sua compreensão de Cristo tornou-se muito profunda que a leva a declarar uma das mais genuínas e impactantes profissões de fé: “Então Marta disse a Jesus: Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que, mesmo assim, Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele. Sim, senhor! Eu creio que o senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo” (João 11.21,22 e 27 – NTLH).
Nós também temos a capacidade de aprender e mudar. O conceito do evangelho é que as pessoas que estão receptivas a ser ensinadas podem ser transformadas pelo poder do Senhor. Estamos preparados para ser repreendido pelo Senhor?
Somos chamados para ser um povo santo e atento aos valores do reino de Deus. Quando os nossos pés, os nossos pensamentos se desviarem do importante, do projeto que Deus colocou no nosso coração, o Senhor mesmo nos exortará, pois ele nos ama. Esse cuidado para conosco refletirá na nossa profissão de fé mais madura, cheia de confiança e fé.

Conclusão: Plano de vôo
” Bons crentes” – até mesmo os melhores – ficam fora da rota 90 por cento do tempo! O segredo é que elas têm um sentifo do destino. Conhecem a “trilha”. E frquentemente corrigir o percurso.
É como o vôo de um avião. Antes da descolagem, os pilotos examinam o plano do vôo. Por isso, sabem exatamente para onde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano.Contudo, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros fatores interferem no plano, impulsionando ligeiramente o avião em direções diferentes, de modo que na maior parte do tempo o avião não segue com rigor a rota, chega mesmo a desviar-se da mesma.
Mas como é isso possível? Durante o vôo, os pilotos recebem constantes feedback. São comunicações dos instrumentos sobre o meio ambiente, informações das torres de controlo, de outros aviões e as vezes até das estrelas.E, com base nesses feedback, fazem os ajustes necessários para, de tempos em tempos retornar, ao plano de vôo correcto.
A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso.
O vôo desse avião constitui uma metáfora ideal para a vida familiar e cristã. Não faz nenhuma diferença se a nossa vida cristã saiu um pouco da rota ou mesmo está enredada com algum problema problema. A esperança encontra-se na visão, no plano e na coragem de continuar a corrigir o curso de novo e de novo”.
O segredo é ter um destino, um plano de vôo e uma bússola.
Bons cristão e boas famílias, ficam fora da rota 90 por cento do tempo! O segredo é que elas têm um sentido do destino. Conhecem a “trilha”. E estão sempre a corrigir o curso, de novo e de novo.
É como o vôo de um avião. Antes da descolagem, os pilotos examinam o plano do vôo. Por isso, sabem exactamente para onde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano. Contudo, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros fatores interferem no plano, impulsionando ligeiramente o avião em direções diferentes, de modo que na maior parte do tempo o avião fica fora da rota do vôo prescrita!
Eu creio que uma Santa Ceia é um momento de analisar todos os instrumentos por forma a verificar todo o plano de voo e a corrigir tudo o que há a corrigir. Que o Senhor pelo Seu poder nos dê sabedoria e força para isso.
Lembremo-nos foi isso que fez Marta. Amem.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O BATISMO CRISTÃO

Pergunta: "Qual a importância do batismo cristão?"
Resposta: O batismo cristão, de acordo com a Bíblia, é um testemunho exterior do que aconteceu no interior da vida de um crente. O batismo cristão ilustra a identificação do crente com a morte de Cristo, o sepultamento e ressurreição. A Bíblia declara: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:3-4).
O verdadeiro cristão não nasce duas vezes, mas 4. Isto pode parecer estranho.
1º Nascimento: “nascido de mulher”
Job 14:1,2: “O HOMEM, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação. Sai como a flor, e se seca; foge, também, como a sombra, e não permanece.
- Job a este nascimento “nascido de mulher”; refere-se ao nascimento físico ou natural, por este todos nós passamos.
- Quais são as característiscas desta pessoa nascida de mulher?
- É pecador: 15:14-16.
- A pessoa vive sem esperança, espiritualmente doente e rebelde. É pecador e o pecado é uma doença detestável e não se pode curar com remédios humanos (Is. 1:4-6).
- O pecado produz não só feridas por dentro mas também feridas visíveis. Jesus disse: “necessário nascer outra vez,” e acrescenta de “cima”.
2. Nascido do Espírito. Romanos 8:13,14.
- Este nascimento é imprescindível, implica uma revolução total na vida da pessoa, no pensamento, nas ações, afeta a vida familiar, relações comerciais, recreações e diversões.
- Altera os hábitos alimentares.
- Modifica a nossa fisolofia no emprego do dinheiro.
- Altera a nossa linguagem.
* Como é que isto acontece?
- Só sei que é um milagre e “os milagres não se explicam aceitam-se” é obra do Espírito Santo.
Confessa os pecados, arrepende-se, converte-se.
3º Nascimento: da água, João 3:5.
-É o batismo, é a expressão natrual do novo nascimento. E os desejos profundo de todo o ser humano que quer ouvir no fundo da alma as palavras de Deus: “Este é o meu filho/a amado”
- É um testemunho da pessoa que quer viver uma vida limpa, sempecado.
- Foi isto que ensinou Pedro em Act. 2:37,38.
- Este batismo simboliza a morte ou a cura das feridas. Nos tempos romanos os guerreios que voltavam da guerra vinham com o corpo com feridas, com cicatrizes para que as feridas fossem amaciadas com óleo de Sardes, eles passavam algum tempo dentro de uma pequena piscina.
- às vezes colocavam o corpo todo dentro da água e os gregos chamavam a esta experiencia “batismo”.
- O cristão aconselhado pelo Apóstolo Paulo cura-se sendo sepultado: Rom. 6:3-6.
4º Nascimento: da Palavra 1ª Pedro 1:23-25.
- Aqui refere uma mudança operada pela Palavra de Deus, ao estudá-la, ao ser iluminado na alma. Ela guia-nos por padrões de civismo e num relacionamento com Deus.
João 17:17.
- Antes procuravamos fazer o nosso melhor. Agora é ela que nos corrige. Instrui para do novo nascimento crescermos até nos tornarmos pessoas verdadeiramente cristãs.
Quem vive este 4 nascimentos, sabe quem é Deus e sente honra em ser seu filho, gosta de fazer o que Lhe agrada e confia no seu amor.
Dois lobos dentro mim
Um velho avô disse ao neto, que veio com muito zangado com um amigo que lhe tinha feito uma injustiça:
- Deixa-me contar-te uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio por aqueles que me pregaram algumas partidas desagradáveis, sem qualquer arrependimento. Comecei a perceber que o ódio corruia o meu coração, mas não alterava em nada os meus inimigos. É o mesmo que tomar veneno e desejar que o nosso inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
O avô continuou:
- É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando estiver certo fazer isso, e da maneira correta. Mas o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele rozna e grita com todos, sempre que tem oportunidade e sem motivo. Este lobo nem sequer pensa porque o ódio e a raiva são tão grandes que turbam o pensmento. É uma raiva inútil, pois ela não irá mudar coisa alguma.
E concluiu:
- Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar o meu espírito.
O neto olhou intensamente para os olhos do avô e perguntou:
- Qual deles vence, avô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

“SE ALGUÉM NÃO TEM O ESPÍRITO DE CRISTO, ESSE TAL NÃO É DELE”

O que é um cristão? Perante esta pergunta, muito naturalmente alguém responderá que um cristão é um discípulo (ou seguidor) de Jesus Cristo. De facto o termo “cristão” foi utilizado pela primeira vez em Antioquia (da Síria), muito provavelmente pelos pagãos, para definir ou caracterizar os discípulos de Jesus: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:26). Mas será que um cristão define-se apenas pelo facto de ser um seguidor de Jesus Cristo? Não, um cristão não é só um seguidor (ou discípulo) de Jesus Cristo! É isso, sim, mas é igualmente muito mais do que isso! O apóstolo Paulo não podia ser mais claro, convincente e peremptório, quando, em breves palavras, proferiu esta solene afirmação: “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9)
Será então possível, alguém ser um seguidor de Jesus Cristo e, mesmo assim, não ser um cristão, na plena acepção do termo? Sim, claro que é possível!
Basta essa pessoa não ter o Espírito de Cristo, ou o Espírito Santo, nela! Foi isto que o apóstolo Paulo afirmou! Tomemos um exemplo bíblico que confirma essa afirmação do apóstolo Paulo: foi Judas Iscariotes um discípulo de Jesus Cristo? Sim, Judas Iscariotes foi considerado não apenas um discípulo, mas também um apóstolo de Jesus1. Mas, foi ele um verdadeiro cristão? Jesus, em determinado momento do Seu ministério terrestre, mais precisamente “um ano antes da traição”2, disse que ele era um “diabo”3. Pode alguém ser simultaneamente um cristão e um diabo?
Mais: pode alguém ter sido batizado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19) e, mesmo assim, não ser um cristão? Não disse Jesus a Nicodemos que ninguém “pode entrar no reino de Deus” a não ser que nasça “da água e do Espírito” (João 3:5; negrito acrescentado)? Por outras palavras: pode alguém “entrar no reino de Deus” nascendo só da água, isto é, passando só pelo batismo da água? A resposta de Jesus é clara: não, não pode!
Para alguém “entrar no reino de Deus” tem necessariamente que ser um “nascido do Espírito” (v. 6 e 8)! Após o martírio de Estêvão4 – diz-nos o livro de Atos dos Apóstolos – “levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, excepto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria" (Atos 8:1), e “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (v. 4). O mesmo livro bíblico também nos relata que “Filipe (v.5), descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo” e que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo

Ver: Lucas 6:12-16, onde é igualmente feita a distinção entre “discípulo” e “apóstolo”.
Ver: Ellen G. White, A Paixão de Cristo, Publicadora Servir, pág. 41
3 Ver: João 6:70-71
4 Ver: Atos 7:54-60
Provavelmente este "Filipe" mencionado não era o apóstolo de Jesus mencionado em Lucas 6:13-14, pois não lhe é dada a designação de "apóstolo", mas seria um dos sete diáconos mencionados em Atos 6:3-6. Além disso, é-nos dito que os "apóstolos" permaneceram em Jerusalém (Atos 8:1, 14), enquanto Filipe estava a pregar em Samaria. Os sinais que ele operava." (Atos 8:5-6) Tal foi o impacto que a pregação de Filipe teve sobre as “multidões” que habitavam em Samaria, que nos é dito que “quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres” (Atos 8:12). Mas, depois disto, um facto “curioso” ocorreu, segundo a narrativa bíblica: “ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados no nome do Senhor Jesus. Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.” (Atos 8:14-17). Quando, mais tarde, Paulo “chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos” (Atos 19:1) lhes perguntou: “Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes?”, e ouviu da parte deles esta resposta: “Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo” (v. 2), apesar de terem sido “batizados… no batismo de João” (v. 3), imediatamente foram tomadas providências para que não só fossem aqueles “discípulos” rebatizados (ou batizados de novo) (v. 5), mas também para que recebessem o Espírito Santo: “impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo” (v. 6).
Fará hoje algum sentido lançar a mesma pergunta que Paulo fez outrora aos “discípulos” que encontrou em Éfeso (“Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes?”) aos membros das várias igrejas adventistas do sétimo dia espalhadas pelo nosso país e pelo mundo? Dar-se-á o caso de, entre nós, termos muitos que, apesar de serem discípulos de Jesus Cristo por terem crido n’Ele, ainda não receberam o Espírito Santo? Como é evidente, não posso responder a esta pergunta porque simplesmente não posso conhecer e/ou julgar o tipo de experiência espiritual de cada! Todo o que viveu a experiência não só do baptismo da água mas também a do Espírito Santo, testemunha: “Tudo mudou!”
Antes do batismo do Espírito considerava-se uma “boa” pessoa, agora sentem uma profunda agonia interior por ver como um horrível pecador necessitando desesperadamente de um Salvador! O conteúdo da Bíblia, de repente, começa a fazer sentido, como nunca antes, e parece que tudo o que lá está escrito se aplica diretamente a nós mesmos – quer as suas repreensões diretas que, quais espadas cortantes de dois gumes penetram até ao âmago da alma, fazendo-nos chorar amargamente pelos nossos pecados, quer igualmente as suas reconfortantes promessas que, muitas e muitas vezes, nos fazem igualmente chorar de gratidão pela alegria incomensurável que nos trazem! Sentimos numa “nova onda”, num “outro mundo”, numa nova realidade – era a realidade à qual o Espírito Santo do Deus eterno me estava a conduzir.
Ver: Mateus 7:1 e 1 Coríntios 4:5
Ver: Hebreus 4:12
Ver: Lucas 22:62
Quando lemos que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14)! Sim, é isso que sentimos “agora” um filho de Deus, e porque “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16), temos então, a certeza de que essa convicção de que uma operação do Céu se operou na nossa vida.
O sentimentos de que somos um filho de Deus não provém de nós próprios, mas do Espírito Santo!
Não encontramos palavras suficientemente claras que possam traduzir toda a intensidade de sentimentos e certezas que vivemos durante esse período da nossa conversão, do novo nascimento que o Espírito Santo operou em nós! Apenas podemos manifestar agora, uma enorme gratidão ao meu Deus, por ter operado em mim uma tão grande salvação, que não se limita a ser apenas um mero sentimento e/ou uma certeza intelectual, mas o que é de fato, uma experiência REAL de vida!
Será que podemos ter a certeza de que o Espírito Santo está connosco? E, se sim, como podemos ter essa certeza?
Em primeiro lugar importa referir que essa certeza pode ser nossa se pedirmos a Deus que nos outorgue o Seu Espírito Santo! Jesus garantiu-nos que, se nós “que [somos] maus, [sabemos] dar boas dádivas aos [nossos] filhos”, então “quanto mais o Pai celestial [não] dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?” (Lucas 11:13). Podemos ter a total garantia e certeza que, quando pedimos ao “Pai celestial” o Espírito Santo, esse pedido enquadra-se perfeitamente na categoria de pedidos de que Jesus disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lucas 11:9-10), porque estas palavras de Jesus antecedem imediatamente a Sua sugestão de pedirmos ao Pai celestial o Espírito Santo.
Em segundo lugar é importante saber ao certo aquilo que o Espírito Santo opera em nós, para em seguida sabermos se isso corresponde ou não à nossa experiência de vida! Jesus disse que o Espírito Santo traria sobre nós a convicção “do pecado” (João 16:8), “porque não creem em Mim” (v. 9).
Pergunto: será possível alguém crer em Jesus como seu Salvador se, em primeiro lugar, não se sentir convencido que é um pecador? E nenhum de nós chega à convicção de que é um pecador se o Espírito Santo não agir sobre nós: “Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:4). Considera-se uma pessoa “justa” (como o fariseu da parábola que Jesus contou10) ou, antes pelo contrário, considera-se um “pecador” como se considerou a si próprio o publicano? Se ainda não chegou a sentir-se como o publicano se sentiu, então está na hora de ceder à convicção que o Espírito Santo tem seguramente procurado trazer sobre si, mas que você tem persistido em rejeitar!
Ver: 1 João 3:1-2
Ver: Lucas 18:9-14

Em terceiro lugar é igualmente importante saber que o Espírito Santo, segundo Jesus, nos “guiará a toda a verdade” (João 16:13; negrito acrescentado). O apóstolo Paulo disse que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4. Se a convicção que o Espírito Santo trouxer sobre si não o/a levar, prezado/a amigo/a, através do arrependimento, mais longe do que à certeza da salvação em Jesus Cristo, isto é, se não o/a levar a desejar ardentemente conhecer “toda a verdade” ou a ter um “pleno conhecimento da verdade”, então isso será um indicador mais do que certo de que necessitará de pedir (ou pedir mais) o Espírito Santo! A convicção que o Espírito Santo opera em nós e que nos leva a um arrependimento genuíno, levar-nos-á igualmente a sentir a necessidade de conhecer toda a Verdade revelada! Uma coisa é indissociável da outra, como nos diz igualmente o apóstolo Paulo: “na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade” (2 Timóteo 2:25; negritos acrescentados). “Os homens maus não entendem o que é justo, mas os que buscam o SENHOR entendem tudo.” (Provérbios 28:5). Eis aqui uma declaração claramente ousada, que eu nunca teria a coragem de apresentar, se ela não estivesse escrita na Palavra de Deus! E o apóstolo João escreveu algo muito semelhante: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes [ou Espírito Santo11] permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a Sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” (1 João 2:27).
Em quarto lugar importa salientar que a certeza da presença do Espírito Santo em alguém manifestar-se-á através de uma vida de obediência: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36:26-27).
Em quinto lugar e por último, refira-se que a presença do Espírito Santo em nós manifestar-se-á num desejo intenso de partilhar Cristo e a Sua Verdade com outros: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas…” (Atos 1:8). “Todo o verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva faz-se fonte de vida. O que recebe torna-se doador. A graça de Cristo na alma é como uma nascente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer ansiosos por beber da água da vida.”
Concluindo: ninguém é um cristão se não tiver o Espírito Santo sobre ele, e a prova de que o Espírito Santo está sobre alguém manifesta-se quando o poder convincente desse mesmo Espírito levar essa pessoa a reconhecer que é um pecador e a buscar, em arrependimento e confissão, a salvação em Jesus Cristo, levando doravante uma vida de pesquisa intensa de toda a Sua Verdade revelada, de obediência ao Senhor que a resgatou do pecado e de testemunho perante outros do Seu poder salvador e da força poderosa e coerente da Sua Verdade!
Ver: 1 Samuel 16:13
Note que Ellen White estava perfeitamente consciente de que nem todos os discípulos de Jesus são verdadeiros discípulos, porque há discípulos e “discípulos”, como vimos no início. EGW, O Desejado de Todas as Nações, nova edição da Publicadora Servir, pág. 152
À luz do que acabámos de ver, será então de estranhar que Ellen G. White tenha escrito isto:
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser a nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. O nosso Pai celeste está mais disposto a dar o Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas aos seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos a Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. Enquanto o povo se acha tão destituído do Espírito Santo de Deus, não pode apreciar a pregação da palavra; mas quando o poder do Espírito lhes toca o coração, então os sermões não ficarão sem efeito. Guiados pelos ensinos da Palavra de Deus, com a manifestação do Seu Espírito, no exercício de sã descrição, os que assistem às nossas reuniões adquirirão uma preciosa experiência e, voltando ao lar, acham-se preparados para exercer saudável influência.
Os antigos porta-bandeiras sabiam o que significava lutar com Deus em oração, e fruir o derramamento do seu Espírito. Estes, porém, estão a retirar-se do cenário; e quem é que está a surgir para preencher-lhes o lugar? Como é com a geração que surge? Estão eles convertidos a Deus? Estamos nós alerta quanto à obra que se está a desenvolver no santuário celeste, ou estamos à espera de algum poder impelente que venha sobre a igreja antes de despertarmos? Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir.
Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. (…)
Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo.
Os incrédulos têm o direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais do que qualquer outra classe para promover e honrar mediante a sua vida coerente, o seu exemplo piedoso, a sua influência ativa, a causa que representam.”14?
EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 1, Casa Publicadora Brasileira, 1985, pág. 121-122
Pr. Paulo Cordeiro

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O CORDEIRO DE DEUS NO ÉDEN

I – Introdução:

Nesta semana especial vamos tratar do tema que está em João 1:29, onde João Batista apresenta a Jesus como “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Podemos ver o Cordeiro de Deus em muitos momentos da história da humanidade, e de muitas maneiras, no trato de Deus com o ser humano, o Seu plano de restaurar aqueles que aceitam a salvação provida no Calvário.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus Génesis 3:8-11 e 21. (Ler o texto).
O Verso 21 diz: “E fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”. Foi esta a maneira usada por Deus para cobrir a nudez dos nossos primeiros pais.

As peles eram uma recordação constante:
1- Da inocência perdida e também
2- Da morte como resultado do pecado e
3- Ao mesmo tempo da promessa do prometido Cordeiro de Deus que, por sua própria morte vicária, erradicaria os pecados do mundo.

Adão foi comissionado como protector dos animais criados, desgraçadamente agora deve tirar a vida como memorial do seu próprio pecado. Estes deviam morrer para que ele vivesse.

É importante compreender o serviço de sacrifícios. Na história de Israel foram centenas, milhares, milhões de cordeiros imolados.

A Palavra de Deus mostra que após a saída do povo de Israel do Egipto, Deus estabeleceu o tabernáculo, que era um templo móvel e depois o templo, propriamente dito em Jerusalém. E neles oficiava-se diariamente de manhã e de tarde, com sacrifícios.

De todas as mortes de animais do Antigo Testamento, nenhuma causou tanto impacto como a morte do primeiro cordeiro.

Por ser a primeira morte. Era algo que Adão não conhecia. Pior ainda ele próprio deveria sacrificar o animal.

Para tornar ainda mais claro este assunto, o cordeiro por ser um animal dócil e muito amável, acabava por ser para Adão uma representação da amável pessoa de Jesus.

II – Ofertas Sacrificais – Representações de Cristo:

As ofertas de sacrifício foram ordenadas por Deus a fim de serem para o homem
1- Uma perpétua lembrança do seu pecado, e
2- Um reconhecimento de arrependimento do mesmo e
3- Também uma confissão de fé no Redentor prometido.

Destinavam-se a impressionar a raça decaída com a solene verdade de que foi o pecado que causou a morte. Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício foi uma cerimónia muito dolorosa. A sua mão deveria erguer-se para tirar a vida, a qual unicamente Deus pode dar.

Foi a primeira morte, e Adão sabia que se ele tivesse sido obediente a Deus não haveria morte de homem ou de animal.
Ao matar a inocente vítima, tremeu com o pensamento de que o seu pecado deveria derramar o sangue do imaculado Cordeiro de Deus.

Esta cena deu-lhe uma intuição mais profunda e viva da grandeza da sua transgressão, que coisa alguma a não ser a morte do amado Filho de Deus poderia expiar. E maravilhou-se com a bondade infinita de tal resgate para salvar o culpado.

Uma estrela de esperança iluminou o futuro tenebroso e terrível, e o aliviou da sua desolação total.

É bom lembrar que quando Adão e Eva pecaram, sentiram-se despidos e por isso esconderam-se da presença de Deus que veio visitá-los na viração do dia.

Deus procurou-os porque a despeito de terem pecado, o Senhor tinha estabelecido um plano de resgate.

O pecado não apanhou Deus de surpresa. A Bíblia declara que Jesus é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Apocalipse 13:8.

Pedro diz que fomos lavados pelo sangue do Cordeiro conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém, manifestado no fim dos tempos. I Pedro 1:19-20.

O primeiro sermão evangélico foi pregado no Éden. Quando se declarou que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, Cristo seria exaltado como o caminho, a verdade e a vida.

Ele foi o caminho da esperança para Adão e Eva, Jesus foi a esperança de Abel quando ele apresentava a Deus o sangue do cordeiro morto, representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo qual se salvaram patriarcas e profetas. Ele é o único caminho pelo qual podemos ter acesso a Deus.

III – Jesus é Nossa Justiça:
O Senhor Jesus Cristo preparou vestes – o manto de Sua própria justiça – que Ele colocará sobre toda a alma arrependida e crente que a recebe pela fé. Disse João: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).
O pecado é a transgressão da lei. Cristo morreu para tornar possível a todo homem ter os seus pecados perdoados.
Vestes de folhas de figueiras nunca cobrirão a nossa nudez. O pecado deve ser removido, e o manto da justiça de Cristo deve cobrir o transgressor da lei de Deus.
Então, quando o Senhor olha para o pecador arrependido, Ele vê, não as folhas de figueira que o cobrem, mas a própria justiça de Cristo, que é a perfeita obediência à lei de Deus – o homem tem a sua nudez oculta, não sob a cobertura das folhas de figueira, mas sob o manto da justiça de Cristo.
Cristo fez um sacrifício para satisfazer os requisitos da justiça.
Que preço o Céu teve de pagar pelo resgate do transgressor. Em lugar de se abolir a lei para que esta poupasse o homem caído na sua condição pecaminosa, ela foi mantida em toda a sua santa dignidade. Jesus, Deus ofereceu-Se para salvar da ruína eterna todos os que nEle crêem.
O pecado é deslealdade para com Deus, e merece punição. As folhas da figueira têm sido empregues desde os dias de Adão, no entanto, a nudez da alma do pecador não foi coberta.
Hoje, ainda, muitos procuram cobrir-se com argumentos que não passam de folhas de figueira, são apresentados por aqueles interessados nesse manto de fina espessura, subtil e desleal veste.
Não cobre nada, a não ser dar uma consciência anestesiada, mas anestesia de morte, porque o pecado é a transgressão da lei.
Cristo manifestou-Se no nosso mundo para tirar a transgressão e o pecado, e substituir a cobertura das folhas de figueira pelo manto impecável da Sua justiça. Pelo sofrimento e morte do unigénito Filho do Deus infinito, a lei de Deus permanece inabalável.
Nenhuma invenção humana pode livrar-nos da condenação do pecado. Só Jesus, com a Sua justiça nos pode redimir.
IV – Vestimentas de Confecção Divina
A história da queda da raça humana é muito triste. Num período desconhecido da Criação, Adão e Eva separaram-se, talvez para desempenhar alguma tarefa no jardim, talvez para estar a sós. Eva seguiu na direcção das duas árvores plantadas por Deus no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Da árvore do conhecimento a serpente sussurrou sua pergunta subtil: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? Eva olhou para a formosa criatura, com suas belas asas, estava ela sobre os ramos da árvore. Quando a mão de Eva se ergueu, o corpo da serpente empurrou o ramo em direcção de sua mão até que o fruto chegou a ela. Mais tarde naquele dia, confusos e desalentados, o casal fez vestes de folhas de figueira. Quando Deus veio falar com eles, se esconderam na floresta. Mas quem pode se esconder do Senhor? E quem fica em silêncio quando o Senhor pergunta: Onde estás?”
Não foi o temor, nem o esconderijo que cortou o coração de Deus. “Quem te fez saber que estavas nu?”. Perguntou o Senhor. Não mais poderia o resplendor que Deus lhes dera unir-se naturalmente com Sua glória. Trevas tinham caído sobre o Planeta Terra.
Deus viu a tragédia e as consequências. “Que é isso que fizeste?” perguntou: tinham espoliado as esperanças de Deus para eles.
O Génesis não dá nenhum realce dentro da triste história. Lendo-a, pode ser que alguém deseje que ela seja reescrita, desenrolada e gravada novamente como uma fita. Mas nenhuma habilidade humana pode desenrolar o Éden e seu desastre. Todavia mesmo ali, quando tudo parecia perdido, Deus deu esperança. Vestidos com as peles de animais, Adão e Eva podiam ver sua própria culpa e a esperança em Deus. Ele pôde prover vestes no Éden. Um dia restauraria a vestimenta de luz e o próprio Éden.
Unicamente a obra expiatória de Cristo poderia transpor o abismo, e tornar possível a comunicação de bênçãos ou salvação, do céu à terra.


V – Conclusão:
Todos os cordeiros oferecidos em sacrifício, desde o primeiro cordeiro morto lá no Éden, até o último cordeiro, imolado na manhã daquela sexta-feira, quando Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo deu Sua vida por nós, todos eles representavam a Jesus.
Na hora da morte de Jesus, a Bíblia descreve em Mateus no capítulo 27 verso 51 que o véu do santuário rasgou-se de alto a baixo, significando que não havia mais necessidade de imolar cordeiros, porque o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo acabara de ser sacrificado.

Amigo querido:
Gostaria você de aceitar a Jesus o Cordeiro de Deus?
Aceitar o Seu sacrifício, o Seu sangue?
Gostaria você de ter os pecados perdoados?
Abra agora o seu coração, faça de Jesus o Seu Salvador.
Faça de Jesus o primeiro na vida e no coração e você receberá os benefícios de Seu sacrifício, os benefícios de Seu sangue porque Jesus é o Cordeiro de Deus.

Aquele cordeiro sacrificado lá no Éden era um símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Mais ou menos quatro mil anos se passaram e finalmente na plenitude do tempo, o Filho de Deus tornou-se homem para morrer em nosso lugar.
Não importa quão pecador você seja.
Se você aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal, o Senhor vai cobrir você com Sua vestimenta de justiça e você receberá os méritos do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DE MORIÁ

I – Introdução:

Nesta semana temos a alegria de estudar sobre o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Talvez a mais significativa história envolvendo o cordeiro seja a que está no capítulo 22 do livro de Gênesis.
Gênesis 22:1-13. (Ler o texto).
A história retrata o velho patriarca Abraão subindo a montanha ao lado de seu filho Isaque.

A subida não era fácil, mas se tornou mais difícil ainda porque Deus havia pedido a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque em holocausto ao Senhor, naquele monte.
O monte Moriá embora não muito íngreme, foi a escalada mais dolorosa da vida de Abraão.

A história bíblica conta como Deus concedera o filho a Abraão mediante uma promessa. Aquele filho era tudo para ele. Era não apenas a alegria de sua velhice, mas também sua esperança para o futuro.
Agora Deus interrompe suas expectativas pedindo o filho da promessa em sacrifício sobre o monte moriá.

I I – Deus Proverá o Cordeiro:

Abraão não contou nem para a esposa e nem para o filho, e nem mesmo para os servos.
Subia ele a montanha, acompanhado do moço em profundo silêncio e contrição. Seu coração gostaria de parar de bater antes de chegar ao topo da colina. Ele não queria ver aquela cena.
Embora confiasse plenamente em Deus, a prova era grande de mais.
Mas Abraão seguiu caminho afora.

Quando chegaram lá em cima, Isaque olhou para o pai e não vendo o cordeiro disse:
“Meu pai, eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Gen. 22:7.
Abraão simplesmente respondeu: “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”. Verso 8.
Quando o pai explicou para o filho que ele, Isaque, era o cordeiro, e que Deus mesmo o havia escolhido, uma sensação muita estranha percorreu a mente e o corpo de Isaque. Porém Isaque também amava e servia ao Senhor e prontamente se dispôs atender à ordem de Deus.
Quando tudo estava completo, e não faltava nada senão a colocação do sacrifício sobre o altar, tremulante Abraão referiu a Isaque tudo o que Deus havia revelado e provavelmente acrescentou a isto sua própria fé na restauração de Isaque. É difícil imaginar os sentimentos que devem ter surgido no pensamento de Isaque: assombro, terror, submissão e finalmente fé e confiança.
Se esta era vontade de Deus, consideraria como uma honra entregar sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos, facilmente poderia ter resistido. Em vez de fazê-lo, animou a seu pai nos momentos finais anteriores à culminação.
O fato de Isaque entender e compartilhar a fé de seu pai foi o nobre resultado da cuidadosa educação que havia recebido através de sua infância e juventude.
Assim Isaque se converteu em um símbolo adequado do Filho de Deus, que se submeteu á vontade de seu Pai (Mateus 26: 39). Em ambos os casos, o Pai entregou seu único filho.

É possível até que Isaque ajudou a Abraão facilitando para que o pai o amarrasse.
Agonia e dor se misturavam no coração de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar o filho.
Porém, quando o braço descia para imolar o menino, o anjo do Senhor segurou o braço do cansado patriarca e a Voz de Deus pronunciou a sentença: não faças mal ao menino porque agora sei que temes a Deus.

I I I – Um Cordeiro no Lugar de Isaque:

Abraão enxugou as lágrimas, respirou fundo e agradeceu a Deus.
Olhou para um lado e lá entre os arbustos, preso pelos chifres, estava o cordeiro que Deus havia preparado.
Gênesis 22:13 “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um cordeiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o cordeiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho”.

Aquele cordeiro morreu no lugar de Isaque.
Como um símbolo do perfeito cordeiro de Deus, Isaque não ofereceu resistência nem expressou nenhuma queixa.
O Patriarca havia demonstrado amplamente sua fé e obediência e havia satisfeito plenamente os requisitos de seu Deus. Jeová não desejava a morte de Isaque. Na realidade, não tinha interesse em nenhuma oferenda que implicasse um sacrifício cerimonial como tal.

Ao descobrir o carneiro e aceitar sua presença como um sinal adicional da providência de Deus, Abraão não necessitou esperar instruções de Deus no que diz respeito ao que teria que fazer com ele. Ali estava o cordeiro que Abraão havia dito que Deus proveria. Não foi em vão que trouxeram a lenha o fogo e o cutelo, nem se havia erigido o altar inutilmente.

I V – Um Cordeiro Simbolizando Jesus:

Ao Abraão proferir as palavras: “Deus proverá para Si um cordeiro”, ele nem imaginava a profecia que estava fazendo.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: O Cordeiro de Deus. Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto? O pai apenas respondera: Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo daquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: “Como um cordeiro foi levado ao matadouro. O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.” (Isa. 53:7 e 6).

V – Nenhum Cordeiro para Substituir Jesus:

Embora Isaque seja um símbolo de Cristo, devemos entender que os símbolos não são perfeitos. É verdade que Isaque não ofereceu resistência alguma. Assim como Jesus foi para o sacrifício sem abrir a sua boca.

Mas vejamos algumas diferenças.
Na hora do sacrifício, Isaque via seu pai Abraão. Jesus o cordeiro de Deus não percebia a presença do Pai, por isso exclamou: “porque me desamparaste?”
Isaque subiu a montanha, acompanhado do pai. Jesus foi conduzido por aqueles que o odiavam.

Talvez a maior diferença seja a que vou dizer a seguir.
No caso de Isaque o anjo do Senhor segurou a mão de Abraão e a voz de Deus se fez ouvir. Com Jesus nenhum anjo para segurar as mãos assassinas, nenhuma palavra de Deus.
Todo o sofrimento de Jesus foi por mim e por você. Ele sofreu e morreu por nós. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

V I – Conclusão:

Louvado seja Deus porque Jesus morreu em meu lugar. Jesus morreu em seu lugar amigo. Em nosso lugar.
Nenhuma mão segurou o braço do carrasco, nenhuma voz foi ouvida no céu. É que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Pensar no sacrifício de Jesus é pensar não apenas num dos momentos mais tristes da história do Universo, mas é pensar também no amor de um Deus que não poupou Seu próprio filho por amor de nós.
Quanto você pensa que vale?
Qual é o valor de uma pessoa?

Neste mundo corrompido pelo pecado algumas pessoas aparentemente valem muito mais do que outras.
As modelos famosas valem muito, os artistas valem muito também.
Os ricos valem bastante em comparação com os pobres e assim por diante.
Mas diante de Deus, todos somos iguais e cada um de nós tem um valor que não pode ser medido pelo dinheiro, pela fama, pelo sucesso ou por qualquer ou meio de medir.
O nosso valor é o preço do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário.
E Jesus teria dado sua vida por apenas uma pessoa.
Esse é o seu valor, esse é o meu valor.
Lembre-se que aquele cordeiro que morreu no lugar de Isaque simbolizava Jesus e que Jesus morreu para que você e eu vivamos para todo o sempre.

O CORDEIRO DE DEUS NO ÊXODO

I – Introdução:
Nesta semana especial nosso tema geral é “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Escolhemos assuntos que mostram que cada cordeiro sacrificado apontava para Jesus o Cordeiro de Deus.
Hoje abordaremos o cordeiro do Êxodo. Vejamos o que diz a Palavra de Deus.
Êxodo 12:7-13. (Ler o texto).

O capítulo doze do livro de Êxodo narra a história da saída do povo de Israel do Egito, na noite em que Deus destruiu os primogênitos dos egípcios, tanto de homens como de animais, conforme anunciado no capítulo 11.
Tinha chegado o momento de Deus libertar os hebreus, cujo sofrimento já durava 400 anos. Quando a escura nuvem do julgamento começou a baixar para a temerosa praga final, Deus instruiu os hebreus a matar um cordeiro para cada família e a comê-lo com pressa, juntamente com pães asmos e ervas amargas, antes da praga final, Deus libertaria o povo da escravidão e os guiaria para a liberdade.

Alguns escritores do Novo Testamento viam a Jesus como o Cordeiro de Deus cujo sangue nos salva. Ao nos achegarmos a Cristo com fé, com as ervas amargas do arrependimento sincero, confiando no sacrifício de Cristo no Calvário, Deus nos liberta da escravidão do pecado e nos conduz a uma gloriosa resposta à salvação oferecida por Deus.
Depois de realizar vários milagres, Deus tirou seu povo do Egito com mão poderosa.
Das dez pragas que foram enviadas por Deus sobre o reino, a pior talvez tenha sido a da morte dos primogênitos. Em toda casa havia dor porque alguém estava morto.
Porém, nas casas dos filhos do povo de Deus, a morte não chegou.

I I – Salvos pelo sangue do cordeiro:

Porque a morte não atingiu as famílias dos israelitas?
Simplesmente porque atenderam a orientação de Deus.
Creram no sangue do cordeiro.
O sangue do cordeiro deveria ser passado nas vergas das portas e assim o anjo destruidor não entraria na casa para destruir o primogênito. (Versos 22-23)

Aquele sangue de cordeiro em si mesmo não tinha o poder de evitar a morte, mas poupava o primogênito porque a família cria no sangue do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Aquele sangue representava o sangue de Cristo.
Em todas as eras da história da humanidade, a salvação tem sua base na fé que temos em Jesus o Cordeiro de Deus.
Pense numa família cujos pais não possuíam viva fé no sacrifício de Jesus. Imagine o primogênito da família perguntando ao pai se já havia passado do sangue na porta.
Que agonia para o menino ao se aproximar a meia noite.
Naquela noite de castigo, não havia segurança em nenhuma outra parte a não ser detrás da porta manchada com sangue. Assim como para os hebreus não havia certeza de segurança mais além da proteção do sangue do cordeiro, assim tampouco para o cristão hoje há outra salvação fora do sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (João 1: 36; Atos 4:12).

Finalmente os egípcios permitiram que o povo de Deus saísse.
Um dia você e eu vamos pela graça de Deus deixar este mundo.
E somente pelo sangue do cordeiro.
Como o sangue espargido nos umbrais da porta salvou o primogênito de Israel, assim o sangue de Cristo tem poder de salvar todos aqueles que aceitam Seu sacrifício.

I I I – O Cordeiro sem defeito:

Deus orientou aos filhos de Israel que sacrificassem um cordeiro. Deveria ser sem defeito, sem mancha.
A ausência de defeitos ou manchas não só correspondia com o sagrado propósito ao qual se dedicavam os animais senão também que era um símbolo da integridade moral daquele representado pelo sacrifício. A ausência de defeito era especialmente importante na vítima, que tinha como fim representar a Cristo.
Tinham também que comer o cordeiro.

Imagine você se aquele cordeiro que teria que ser morto e deveria ser sem defeito, fosse o animal de estimação da família.
Eles não tinham outra opção, e ao matarem o animal, além de passar seu sangue nos umbrais da porta, teriam ainda que comer sua carne. Que dor! Que tristeza!
Se não comerdes a carne e não beberdes o sangue, não tendes vida. João 6:53.
Na orientação de Deus, não bastava apenas passar o sangue na porta. Deveriam também comer o cordeiro.
O cordeiro assado devia ser comido com pães sem levedura, pois a levedura produz fermentação, um símbolo natural de impureza e corrupção moral. Por esta razão a levedura também estava excluída como contaminadora nas cerimônias em que se usavam cereais.O apóstolo Paulo entendia plenamente isto, pois ele disse lançai fora o velho fermento porque Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. (I Cor. 5:7, 8).

Quando Deus estava prestes a exterminar os primogênitos do Egito, Ele ordenou aos israelitas que recolhessem os seus filhos espalhados entre os egípcios e os reunissem em suas próprias casas e assinalassem com sangue os umbrais de suas portas, para que o anjo destruidor ao passar visse o sangue e passasse por alto essa casa. Era trabalho dos pais reunir os filhos. Este é seu trabalho, é meu trabalho, é o trabalho de cada pai, de cada mãe que crê na verdade. O anjo deve pôr um sinal na testa de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, e o anjo destruidor virá a seguir, para exterminar por completo tanto velhos como jovens.
Assim a lei para apresentação do primogênito se tornava particularmente significativa. Ao mesmo tempo em que era uma comemoração da maravilhosa libertação dos filhos de Israel, prefigurava um livramento maior, a ser operado pelo unigênito Filho de Deus.

I V – A Função do Pai:

Jesus é o “cordeiro para cada família” e a vontade de Deus é que nós, e aqueles que estão ao nosso lado alcancemos a salvação.
O pai devia atuar como sacerdote da família, e se o pai fosse falecido, o filho mais velho devia realizar o solene ato de aspergir os umbrais da porta com o sangue. Este é um símbolo da obra a ser feita em toda família. Devem os pais reunir os filhos no lar e apresentar Cristo diante deles como sua Páscoa. O pai deve dedicar todo membro da família a Deus e fazer a obra que é representada pela festa da Páscoa. É perigoso depor este solene encargo nas mãos de outros.

Decidam os pais cristãos que serão leais a Deus, e disponham-se a reunir os filhos no lar consigo e assinalem os umbrais com sangue, representando a Cristo como o único que pode proteger e salvar, a fim de que o anjo destruidor passe por alto o feliz círculo da família. Que o mundo veja que uma influência mais que humana está em operação no lar. Mantenham os pais vital conexão com Deus, pondo-se do lado de Cristo, e mostrem por Sua graça que grande bem pode ser realizado por meio da ação paterna.

Pais que são fiéis muito podem contribuir para a salvação da família. Este tema ecoa nas palavras de Paulo e Silas ao carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31).

V – Jesus é o Cordeiro:

A páscoa e a festa dos pães asmos, são férteis em ensinos de verdades evangélicas. No Cordeiro morto, foi tomada providência para salvar os primogênitos. A morte do Cordeiro, porém, não bastava para garantir salvação. Era preciso pôr o sangue nos umbrais e na verga da porta. Tem de haver aplicação individual do sacrifício.

O espargir do sangue era tão importante como a morte do Cordeiro. Não obstante, isto não era suficiente. A carne devia ser comida, e isto feito nas devidas condições.
Assim, pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão, e o comereis apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor. Êxodo 12:11. E mesmo isto ainda não bastava. Todo o fermento devia ser tirado. Qualquer que comesse pão levedado, aquela alma seria cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra.

A páscoa é o símbolo da morte de Cristo. Ele é nossa páscoa. Morreu na Cruz por nós. Aí foi tomada providência para que todo o que cumpre as condições da vida seja salvo. Mas a cruz, em si mesma, não salva a ninguém. Unicamente provê salvação. Necessário é que se faça aplicação individual do sangue oferecido. A ordem a Israel era: “Tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lançai na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia”. Êxodo 12:22. A promessa era que, se assim fizessem, então quando o Senhor visse o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passaria aquela porta, e não permitiria ao destruidor entrar para destruir.
É necessário aceitar e crer que somente em Jesus, que foi crucificado, e através de seu sangue, é que obtemos plena salvação.
Porque não existe redenção sem o derramamento de sangue.

V I – Conclusão:

Ao concluirmos o assunto de hoje vamos pensar em Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele já derramou o seu sangue por nós, Ele é a nossa páscoa. Ele é o nosso cordeiro.
Através de Seu sangue escapamos da condenação da morte.
Abramos hoje o nosso coração e aceitemos a Jesus como nosso Salvador pessoal e vivamos com Ele cada dia de nossa vida aqui e depois, quando tudo aqui terminar, vivamos com Ele por toda a eternidade.

O CORDEIRO DE DEUS NO JORDÃO

I – Introdução:

Nesta semana especial estamos falando sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e hoje vamos analisar o Cordeiro do Jordão, aquele que foi apresentado por João Batista.
O texto bíblico está em João 1:29-36. (Ler o texto).

Quando os escribas e fariseus quiseram saber a identidade de João Batista, porque pensavam que ele poderia ser o Messias, João logo declarou: eu não sou o Cristo.
Por outro lado, João Batista foi muito feliz ao apresentar Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
João Batista teve o privilégio de ser o primeiro arauto de Jesus. O precursor daquele de quem deram testemunho todos os profetas da antiguidade, como o verdadeiro sacrifício. Não é de estranhar-se que mais tarde Jesus falara de João como o maior profeta que houve em Israel. (Lucas 7: 28).

Na Bíblia Jesus é apresentado e representado de muitas maneiras.
Quando Jesus desceu o Monte das Oliveiras para alcançar Jerusalém, os líderes religiosos saíram-Lhe ao encontro com temor, esperando dispersar a turba, a grande multidão que O acompanhava. Quando o cortejo estava para chegar à cidade, foi interceptado pelos principais.
Eles perguntaram o por que de tanta festa. E ainda indagaram: quem é este?
Os discípulos tomados de inspiração responderam repetindo as profecias a respeito de Cristo dizendo:
Adão vos dirá: É a semente da mulher que há de esmagar a cabeça da serpente. (Gênesis 3:15)
Perguntai a Abraão, ele vos afirmará: É Melquisedeque, Rei de Salém. (Gênesis 14:18), Rei de Paz.
Dir-vos-á Jacó: É Siló, da tribo de Judá.
Isaías vos declarará: Emanuel (Isaías 7:14), Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6.
Jeremias vos há de afirmar: O Renovo de Davi, o Senhor, Justiça Nossa. Jeremias 23:6.
Afirmar-vos-á Daniel: É o Messias.
Oséias vos dirá: É o Senhor, o Deus dos Exércitos; o Senhor é o Seu memorial. Oséias 12:5.
Exclamará João Batista: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
O grande Jeová proclamou de Seu trono: Este é o Meu Filho amado. Mateus 3:17.
Nós, Seus discípulos, declaramos: Este é Jesus, o Messias, o Príncipe da vida, o Redentor do mundo.
E o príncipe das potestades das trevas O reconhece, dizendo: Bem sei quem és o Santo de Deus. Marcos 1:24.
Ao fazer a afirmação de que Jesus é o Cordeiro de Deus, João estava apenas falando de algo que conhecia profundamente.
João Batista era:
a) Profundo conhecedor da Bíblia.
b) Vivia uma vida de profunda devoção.
a) Estava atento aos sinais dos tempos.
b) Cristo era o centro de sua vida e mensagem.
O que significa a frase, Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Para entender o alcance desta afirmação de João batista temos que compreender a mensagem ensinada pela doutrina do santuário.

I I – Jesus é o Cordeiro de Deus:

Embora nosso tempo seja curto, vamos ver rapidamente o que Deus desejava ensinar com o santuário.
Primeiro Deus estabeleceu o tabernáculo no deserto, quando tirou seu povo da escravidão do Egito.
E nos tempos de Davi foram feitos os preparativos e Salomão seu filho edificou o magnífico templo.

Desde os tempos do Jardim do Éden quando Adão e Eva pecaram, Deus ensinou que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados.
Durante séculos e milênios, cordeiros e mais cordeiros foram sacrificados, prefigurando o dia quando Jesus o filho de Deus seria sacrificado, cumprindo assim a profecia de Gênesis 3:15 que afirma que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Desde Éden até o calvário foram pelo menos quatro mil anos em que os filhos de Deus viveram sob a opressão do pecado e de Satanás.
Quando chegou o tempo determinado por Deus, Jesus apareceu na história da humanidade como ser humano.

Os fiéis servos de Deus acompanharam com expectação a vinda do Messias.
Há um texto que diz que veio para o que era seu e os seus não o receberam, e é verdade porque a nação judaica o rejeitou.
Porém, há também relatos que mostram alguns que o esperavam.
Eu posso citar o caso de Simeão, homem justo diante de Deus, que tomou o menino Jesus nos braços e agradeceu a Deus.
Mas, não foram apenas os seres humanos que ficaram na expectativa.
O Universo inteiro esperou o momento quando nosso Salvador derrotaria Satanás e seu reino na cruz do Calvário.

Para João a declaração de que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é muito mais do que simplesmente uma apresentação formal.
É sim a declaração de que Deus estava agora interagindo com o homem, tornando-se homem para cumprir um propósito que o próprio Deus estabelecera antes da fundação do mundo.
O povo que estava à beira do Jordão não compreendeu completamente a declaração de João.
É possível até que você e eu ainda não tenhamos compreendido plenamente o significado desta afirmação.
E seria bom que entendêssemos porque ela é a base de nossa redenção.
Enquanto não entendermos que Jesus é o enviado de Deus para nos redimir e nos limpar do pecado, não há esperança de salvação para nós.
Porque como seremos nós salvos se não sabemos que o Cordeiro de Deus é nosso Salvador?

I I I – Cordeiro de Deus em cada sacrifício feito:

Voltemos ao tabernáculo e ao santuário.
Diariamente de manhã e de tarde, o sacerdote oficiava no lugar santo, todos os dias do ano, exceto um dia. O chamado dia da expiação que caia no dia dez do sétimo mês.
Durante todo o ano, o sacrifício diário prefigurava o perdão dos pecados e uma vez ao ano, não o sacerdote, mas o sumo sacerdote, entrava no segundo compartimento também conhecido como lugar santíssimo e ali fazia expiação pelos pecados.

A expressão Cordeiro de Deus, quer dizer, o cordeiro proporcionado por Deus. Só João designava assim a Cristo, se bem que Lucas (Atos 8: 32) e Pedro (I Pedro 1: 19) empregam comparações similares (cf. Isa. 53: 7). João, o Batista, apresenta a Jesus como “o Cordeiro de Deus” a João o evangelista (João 1:35-36), e para o discípulo este título deve ter tido um profundo significado. O símbolo - que faz ressaltar a inocência de Jesus e sua perfeição de caráter, e a natureza vicária de seu sacrifício (Isa. 53: 4-6, 11-12; ver com. Êxodo12: 5)- faz recordar o cordeiro pascal do Egito, que simbolizava a libertação do jugo do pecado. “Nossa páscoa, que é Cristo, já foi sacrificada" (I Cor. 5: 7). Mediante a figura de um cordeiro, João identifica o Messias sofredor como aquele em quem se faz real e tem significado o sistema de sacrifícios dos tempos do Antigo Testamento. Na presença Divina e no propósito de Deus, ali estava o “Cordeiro que foi morto desde o princípio do mundo...” (Apocalipse 13: 8).

Só em virtude de que o cordeiro de Deus não tinha pecado (Hebreus 4: 15; I Pedro 2:22) ele podia tirar, isto é: limpar nossos pecados. (I João 3:5). Sendo que a carga de pecados era demasiado pesada para que nós a levássemos, Jesus veio para levantar a carga de nossas vidas destroçadas.

I V – Cordeiro do Jordão:

João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ao ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter batizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: "O Cordeiro de Deus".

Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: "Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto?" O pai respondera: "Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho". Gênesis 22:7 e 8. E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: "Como um cordeiro foi levado ao matadouro", "o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:7 e 6); mas o povo de Israel não compreendera a lição. Muitos deles consideravam as ofertas sacrificais muito semelhantes à maneira por que os gentios olhavam a seus sacrifícios - como dádivas pelas quais tornavam propícia a Divindade. Deus desejava ensinar-lhes que de Seu próprio amor provinha a dádiva que os reconciliava com Ele.

V – Conclusão:

Assim como João Batista fez, devemos nós fazer também: Exaltar a Jesus, clamando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Unicamente Ele pode satisfazer o anseio do coração, e dar paz à alma.
De maneira clara precisam os pastores e mensageiros apresentar a verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente precisa compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Podem, então, conduzir a mente dos ouvintes, das coisas terrestres para as espirituais e eternas.

Muitas pessoas há que querem saber o que fazer para serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis para a conversão e nenhum sermão deve ser feito sem que nele se contenha uma porção especialmente destinada a esclarecer o caminho pelo qual os pecadores podem atingir a Cristo para se salvarem. Devem encaminhá-los a Cristo, como o fez João e, com comovedora simplicidade, estando-lhes o coração a arder, com o amor de Cristo, devem dizer: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Veementes e fervorosos apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e se converta.

Ainda hoje as pessoas precisam ouvir a voz dizendo: Eis o Cordeiro de Deus.
Exaltemos a Jesus, mais e mais, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Ao ouvirmos o clamor: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", (Lucas 18:13) encaminhai a alma ao refúgio de um Salvador que perdoa o pecado.
A toda alma penitente, a mensagem é: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.

Jesus Cristo é a sabedoria do Pai e nosso grande Mestre enviado por Deus. Cristo declarou no sexto capítulo de João que Ele é o pão que desceu do Céu. “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e este pão é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo”. João 6:47-51
Digamos aos pecadores: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial”.
Você e eu precisamos daquele Cordeiro apresentado por João Batista. Que o Senhor Jesus seja não apenas o nosso Cordeiro, mas que seja também o nosso Salvador.
A Ele o nosso louvor.

O CORDEIRO DE DEUS NAS PROFECIAS

I – Introdução:

É com alegria que nesta semana estamos falando sobre O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O tema para hoje é: O Cordeiro de Deus nas Profecias.
O maior de todos os romances, ou histórias de amor não é Romeu e Julieta, nem Love Story, nem mesmo E o Vento Tudo Levou, ou o Taj Mahal, ou ainda o Titanic.

A maior história de amor está descrita em João 3:16, onde lemos que “Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigénito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”.
O capítulo oito do livro de Actos conta a história de um eunuco que lia esta grande história de amor no livro do profeta Isaías.

Vejamos o que está escrito em Isaías 53:4-7. (Ler o texto).
Falar de Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, enche nosso coração de emoção, emoção que vem da presença do próprio Deus.
Na quinta-feira à noite, Jesus comeu a Páscoa com os discípulos, isto é: A Santa Ceia.
Logo após, no Jardim do Getsêmani Judas o traidor O entregou.
Ele foi negado por Pedro, julgado injustamente e depois de cuspido batido, ele foi açoitado violentamente.
Não bastasse tudo isto, o coroaram com uma coroa de espinhos, e então o crucificaram entre dois ladrões.

Siga de perto o desenrolar dos acontecimentos daquela noite.
Primeiro Jesus foi traído por Judas, depois negado por Pedro, então julgado, açoitado, cuspido, batido, coroado com espinhos, e finalmente levou a cruz para o Calvário, onde o crucificaram entre dois ladrões. De um lado o ladrão impenitente e de outro lado o ladrão arrependido.
Ele sofreu sozinho, foi abandonado por todos e pensava até, ter sido abandonado pelo próprio Deus, o Pai.
Todos o abandonaram. Mas Ele permaneceu inabalável.

Que emocionante a declaração de Isaías aproximadamente sete séculos antes dizendo que Jesus foi levado como um cordeiro para o matadouro e como ovelha muda ele não abriu a sua boca. Isaías 53:7.

I I – O Servo Sofredor:

Durante toda sua vida Cristo soube o que era ser odiado, desprezado e rejeitado.
Quando tomou sobre si a forma de homem, Jesus assimilou em sua própria carne a dor, a tristeza e os desenganos que o homem conhece. Por meio da humanidade de Jesus, a Divindade experimentou tudo o que o homem havia herdado.
A Jesus tocou a sorte de sofrer todos os maus tratos e as maldades que os homens ímpios e os anjos caídos puderam causar-lhe. E isto culminou com a crucifixão.
Em vez de partilhar a aflição de Cristo, os homens se apartaram dele com amargura e desprezo. Não se apiedaram dele, senão que o reprovaram por sua desdita e sorte. (Mateus 26: 29-31; 27: 39-44). Até seus discípulos o abandonaram e fugiram. (Mateus 26: 56).

Não podemos deixar de destacar a natureza vicária dos sofrimentos e da morte de Cristo. O ato de que sofreria e morreria por nós, e não por causa de si mesmo, é repetido nove vezes nos versos de Isaías 53. Sofreu em nosso lugar. Tomou sobre si a dor, a humilhação e o maltrato que nós merecíamos.
Digno de nota também é o fato de que Jesus não protestou, nem se queixou para defender-se. O silêncio foi a evidência de uma submissão total e incondicional. (ver Mat. 26: 39-44). O que o Messias fez, o fez voluntariamente e com alegria, a fim de que o pecador condenado pudesse ser salvo.
O servo piedoso foi morto como pecador, não como santo.

Deus não se alegrou de que seu servo, o Messias, tivera que sofrer; mas por causa do bem estar eterno dos homens e segurança do universo. Deve entender-se por esta frase que tal foi a vontade de Deus. Unicamente assim teria êxito o plano de salvação. Os sofrimentos de Cristo eram parte do plano eterno.
Por causa do pecado, o homem perdeu sua inocência, a capacidade de amar e obedecer a Deus, seu lar, seu domínio sobre a terra e a própria vida. Cristo veio para restaurar todas estas cosas de forma permanente.
A morte do servo de Deus proporcionou uma expiação aceitável e efectiva do pecado que havia ocasionado a perdição. Esse sacrifício era essencial para e redenção e a restauração do homem.

Tudo o que se perdeu por causa do pecado será restaurado. Cristo se converteu no herdeiro de todas as coisas, e compartilha sua herança com os que resgatou das mãos do inimigo. Eles compartilharão seu triunfo, não como vassalos e nem como escravos, senão como homens e mulheres redimidos pelo sangue de Cristo, e destinados a reinar com Ele para sempre.

I I I – O Cordeiro do Calvário:

O Cordeiro das Profecias é o Cordeiro do Calvário. É Jesus, nosso Redentor.
A Inspiração nos convida a olhar para o Homem do Calvário. Olhai para Aquele cuja cabeça foi coroada com a coroa de espinhos, que suportou a cruz da ignomínia, que desceu passo a passo o caminho da humilhação. Olhai para Aquele que foi um homem de dores e que sabia o que é padecer, que foi desprezado e rejeitado pelos homens.
Devemos olhar para o Calvário até que o nosso coração se enterneça diante do maravilhoso amor do Filho de Deus. Ele não deixou nada por fazer para que o homem caído pudesse ser elevado e purificado. O cordeiro das Profecias levou sobre si a nossa culpa.
Mesmo a maneira de Sua morte foi prefigurada. Como a serpente de bronze foi levantada no deserto, assim devia ser levantado o Redentor por vir, “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
“E se alguém Lhe disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos Meus amigos”. Zacarias 13:6.
“E puseram a Sua sepultura com os ímpios, e com o rico na Sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na Sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar”. Isa. 53:9 e 10.

Mas Aquele que havia de sofrer a morte às mãos de homens vis, devia ressurgir como conquistador sobre o pecado e sobre a sepultura. Sob a inspiração do Todo-poderoso, o suave cantor de Israel tinha testemunha as glórias da manhã da ressurreição. “Também a minha carne, proclamou jubiloso, repousará segura. Pois não deixarás a Minha alma no inferno [a sepultura], nem permitirás que o Teu Santo veja corrupção”. Salmo 16:9 e 10.
Poderia haver detido os passos da morte e recusado ficar sob seu domínio; mas voluntariamente entregou a vida, a fim de poder trazer à luz a vida e a imortalidade. Suportou o pecado do mundo, sofreu-lhe a maldição, entregou a vida em sacrifício, para que o homem não morresse eternamente.

Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele afligido. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes e, portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. Ele é o grande missionário médico. Tomou sobre Si a humanidade e colocou-Se à cabeceira de uma nova dispensação, a fim de que possa reconciliar justiça e compaixão.

Caso queiramos afinal ser salvos, cumpre-nos aprender todos, ao pé da cruz, a lição de penitência e de fé. Cristo sofreu humilhação a fim de salvar-nos da vergonha eterna.
Consentiu em receber escárnios e zombarias e maus tratos, para que nos pudesse proteger. Foi nossa transgressão que Lhe adensou em torno da divina alma o véu da escuridão, e arrancou-Lhe um brado como de pessoa ferida e abandonada por Deus. Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades; e as nossas dores levou sobre Si, por causa de nossos pecados. Fez-Se oferta pelo pecado a fim de que, por meio dEle, pudéssemos ser justificados perante Deus. Tudo quanto é nobre e generoso no homem despertará em correspondência à contemplação de Cristo crucificado.

Foi para nos remir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Tornou-Se um Varão de dores, para que pudéssemos tornar-nos participantes das alegrias eternas. Deus permitiu que Seu Filho amado, cheio de graça e verdade, viesse de um mundo de indescritível glória para outro mareado e corrupto pelo pecado e obscurecido pela sombra da morte e da maldição. Consentiu em que Ele deixasse Seu amoroso seio e a adoração dos anjos, para sofrer a ignomínia, a injúria, a humilhação, o ódio e a morte.
Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito.
Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertence.
Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade

I V – O Cordeiro Vitorioso:

Jesus via sempre diante Si o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o carácter segundo o modelo de Seu próprio carácter, e torná-lo belo com Sua própria glória.

Cristo viu os resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Olhou através da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de receber o perdão e a vida eterna.
Enquanto Jesus pendia no Calvário, todo o Céu atentava com profundo interesse para a cena. O glorioso Redentor de um mundo perdido, sofria a pena da transgressão do homem contra a lei do Pai. Ele estava prestes a redimir Seu povo com o próprio sangue. Estava pagando as justas reivindicações da santa lei de Deus. Era o meio pelo qual se poria, enfim, termo ao pecado e a Satanás, e sua hoste seria vencida.
Será que já houve acaso sofrimento e dor iguais àqueles que foram suportados pelo moribundo Salvador?

Não, realmente não. Foi o senso do desagrado do Pai que Lhe tornou o cálice tão amargo. Não foi o sofrimento físico que pôs tão rápido fim à vida de Cristo na cruz. Foi o peso esmagador dos pecados do mundo, e o senso da ira de Seu Pai. A glória de Seu Pai, Sua mantenedora presença, haviam-nO abandonado, e o desespero fazia sentir sobre Ele o peso esmagador da treva, arrancando-Lhe dos pálidos e trémulos lábios o angustioso grito: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Mateus 27:46.

Jesus unira-Se ao Pai na criação do mundo. Por entre os angustiosos sofrimentos do Filho de Deus, unicamente os homens cegos e iludidos permaneciam insensíveis. Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos ofendiam o querido Filho de Deus em Suas ânsias de morte. Todavia a natureza inanimada geme em simpatia com Seu ensanguentado e moribundo Autor. A Terra treme. O Sol recusa-se a contemplar a cena. O céu se enegrece. Os anjos assistiram à cena de sofrimento até que não mais puderam contemplá-la, e ocultaram o rosto da horrenda visão. Cristo está morrendo! Está como que sem esperança! É retirado o sorriso aprovador do Pai, e aos anjos não é permitido aclarar as sombras da hora terrível. Não podiam senão olhar em assombro a seu amado Comandante, a Majestade do Céu, a sofrer o castigo da transgressão do homem à lei do Pai.
Foi o amor pelos pecadores que levou Cristo a pagar o preço da redenção.
V – Conclusão:

Os frutos do sacrifício de Jesus só serão conhecidos realmente em toda a sua intensidade, quando estivermos na eternidade.
Nesta vida nossa mente não tem capacidade para alcançar plenamente os resultados do grande sacrifício de Jesus por nós na cruz do Calvário.

A única coisa que podemos fazer além de aceitar a salvação provida na cruz, é dizer: Louvado seja o Senhor nosso Deus por tão grande amor.
Pessoalmente cada um deve dizer: Senhor, eu aceito o Cordeiro de Deus nas profecias, o Cordeiro do Calvário e seu sacrifício em meu favor.

O SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS

I – Introdução:

Nesta semana especial estamos estudando sobre Jesus, O Cordeiro de Deus.
Louvado seja Deus que já havia providenciado um meio maravilhoso para nos resgatar do pecado.
O tema de hoje é: O sangue do Cordeiro de Deus.

Já aprendemos que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e que por séculos e milênios os filhos de Deus manifestaram sua fé em Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, oferecendo sacrifícios de animais.
Porém, é necessário compreender também que todos os animais imolados no Antigo Testamento apontavam para Jesus o Cordeiro de Deus.
Vamos ler juntos I Pedro 1:18-21. (Ler o texto).

Em Apocalipse 7 verso 14 está escrito dos que estarão com o Senhor glorificados, que lavaram sujas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro. E esta é uma referência ao sangue de Jesus.
Se fosse possível ser resgatado, isto é: perdoado, sem derramamento de sangue, Jesus não precisaria ter morrido.
Acontece que, segundo a Escritura, sem derramamento de sangue não há remissão de pecados.

I I – Entendendo o Plano de Deus:

Também devemos entender o plano que Deus estabeleceu em Seu relacionamento com o ser humano.
Deus disse ao jovem casal (Adão e Eva) que não comessem do fruto da árvore do bem e do mal para que não morressem. No entanto comeram e ficaram sujeitos à morte.
O que Adão e Eva não sabiam é que Deus havia elaborado um plano para redimir o ser humano.

O plano de Deus envolvia a morte de Jesus Cristo como o nosso libertador e redentor.
Deus cumpriu Seu plano redentor, e o iniciou imediatamente após o pecado ter penetrado no Planeta.
Foi Deus quem procurou Adão e Eva e chamou: “Adão onde estás?” Gênesis 3:8-9.

Foi Deus quem procurou a Adão e Eva. Não foram eles que tomaram a iniciativa. Foi Deus. Foi Deus também que procurou a Elias que se escondera na caverna, foi Deus também que procurou a Pedro junto ao mar.
A salvação é iniciativa de Deus. Deus tomou as providências, Deus provê os meios, Deus completa em nós a Sua obra de salvação conforme Filipenses 1 verso 6.


I I I – Lavados no Sangue do Cordeiro:

Todos os que estarão na eternidade, só estarão lá, porque suas vestiduras foram lavadas no sangue do Cordeiro. As roupas brancas aqui mencionadas não podem ser a justiça de Cristo, pois esta não pode ser lavada e tornada branca no seu próprio sangue. Estas roupas brancas são indicadas como sendo a justiça dos santos, uma justiça comunicada aos homens pelos méritos do sangue de Cristo e pelo poder do Espírito Santo.

Vejam o que diz o próprio Jesus:
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

Jesus viu os resultados de Seu sacrifício e sentiu-se animado a prosseguir. Ele viu os resultados do trabalho de Sua alma, e ficou satisfeito. Olhando para dentro da eternidade, contemplou a felicidade dos que receberam por intermédio de Sua humilhação, perdão e vida eterna. Seus ouvidos perceberam os louvores dos remidos. Ouviu-os entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro.

Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade do Céu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua igreja. Pela fé podemos chegar até o limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa. Ao serem pronunciadas as palavras: “Vinde, benditos de Meu Pai”, (Mateus 25:34), eles lançam suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graça.

Há muitos que pensam que a salvação é só para pessoas idosas, mas isto não é verdade.
O Salvador anela salvar os jovens. Ele Se regozijaria, vendo-os em redor de Seu trono, vestidos nos trajes imaculados de Sua justiça. Ele está esperando para lhes colocar sobre a cabeça a coroa da vida, e ouvir-lhes as vozes felizes unirem-se ao tributarem honra, glória e majestade a Deus e ao Cordeiro, no cântico de vitória que ecoará pelas cortes celestiais.

Aqueles que estão trajados de vestidos brancos, e que rodeiam o trono de Deus, não são compostos daqueles que eram mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, e que preferiram deixar-se levar pela corrente a enfrentar as ondas da oposição. Redimidos, entoarão o cântico do triunfo no reino da glória. Aqueles que com Cristo sofrem serão participantes de Sua glória.

O cântico dos remidos inclui: louvor, glória, sabedoria, ações, honra, poder e força.
I V – Felicidade para os Filhos de Deus:

Jesus comunicará a seus filhos tudo que for necessário para assegurar-lhes, garantir-lhes e aumentar sua felicidade.
Da maneira mais paternal e afetuosa possível Deus enxugará dos olhos dos redimidos toda lágrima - tudo que traga desconforto e dor. Os santos terão uma felicidade imperturbada.
Amigo, esta é a felicidade daqueles que tem os seus pecados lavados. Você já foi lavado? Não descanse até ter a certeza de estar preparado para aparecer perante Deus e o Cordeiro.

Quando todo conforto é retirado de nós, somos obrigados a procurar nossa segurança e plenitude em Deus apenas; e não há nada que busquemos de Deus que não encontremos em Deus.

V – Conclusão:

Os que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro, são chamados bem-aventurados, isto é: felizes. Porque terão o direito de entrar na cidade de Deus pelas portas.
O Texto fala de uma específica aptidão para viver na cidade celestial, para a vida na Nova Terra. Certa qualidade de vida é requerida em contraste com os que terão de ficar de fora. “Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça. Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dEle sejais achados imaculados, irrepreensíveis e em paz.” II Pedro 3:13-14.

Como cristãos, vivendo na Terra agora, isto é particularmente significativo. Agora é nosso tempo de preparo para a vida por vir no Céu e na Nova Terra. Por nossa vida aqui com Jesus, o Cordeiro de Deus, somos capacitados para viver lá. Este é o valor da obediência do homem. A vida, que vivemos agora é de suprema importância. Nosso direito ao reino do céu não se funda em nossa obediência. Este direito foi-nos conquistado por Cristo. Mas a obediência prova que estamos na posse desse direito.

Abra agora o seu coração e aceite os méritos do sangue do Cordeiro de Deus e tenha os pecados perdoados e receba a justiça do Senhor Jesus.