terça-feira, 24 de abril de 2012

Jesus e as Bodas de Canaã - Sermão de Casamento

Qual foi a atitude de Jesus para com o casamento e o amor romântico? O que significa o fato de que Ele abençoou aquela cerimónia de casamento judaico, tão agitado e prolongado naquela época? João 2:1-11
Jesus tinha acabado de voltar do deserto da tentação, onde Ele próprio tinha bebido o cálice de angústia. Mas dali, Ele saiu para dar à família humana o cálice da bênção e para consagrar os relacionamentos afetivos da vida humana. Jesus, que oficiou o primeiro casamento no Jardim do Éden, realizou então o Seu primeiro milagre. Onde? Numa festa de casamento.
 Um casamento judaico nos tempos bíblicos era uma ocasião impressionante. Um casamento na pequena aldeia de Caná da Galileia pode ter sido o evento do ano. A festa durava alguns dias. Rabinos e alunos paravam de estudar. Todos traziam presentes e, em troca, se esperava que a família anfitriã mantivesse os convidados bem supridos com comida, bebida e diversão.
 A falta de vinho foi mais do que um pequeno desapontamento. Foi uma catástrofe. E a mãe de Jesus foi falar com Ele, descrevendo a situação de emergência. Ela não sugeriu nada, nem foi passiva. Ela falou com os servos da casa e exortou: “Façam tudo o que Ele lhes mandar” (João 2:5, NVI).
 Jesus então disse aos servos que enchessem seis potes de água. Arqueólogos dizem que, naquela época, um vaso para armazenamento podia conter entre 60 e 90 litros. Estamos a falar de pelo menos 360 litros. Alguns estudiosos sugerem pelo menos 460 litros.
 O que ocorreu a seguir foi a exclamação entusiasmada do mordomo, felicitando o noivo: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora” (João 2:10, NVI).
 Se cada litro rende seis copos, do tamanho geralmente usado em festas de casamento, no mínimo o total de copos de vinho foi de 2.160. Isso significa que foram servidas 2.160 porções do melhor vinho numa pequena festa de casamento numa remota aldeia da Galileia. Quando está no casamento, Jesus oferece coisas melhores do que tudo que as pessoas já viram.
 Nesse milagre podemos ver o poder criador de Deus, o mesmo poder que criou o mundo. E, no ministério terreno de Jesus, esse poder foi revelado pela primeira vez no contexto de um casamento.
O amor romântico e o casamento são, de fato, presentes maravilhosos de Deus. Devemos lembrar, também, que Jesus nunca foi casado, e assim Ele deixou um exemplo que mostra que nem todos têm que se casar. Pessoas solteiras podem viver de maneira plena, produtiva e feliz, assim como as pessoas casadas.
Lembre-se de que a sua casa será mais do que um lar no próximo sábado. Será a porta do Céu aberta para quem você convidou.
Estudo adicional
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, o casamento é utilizado para representar a união amorosa e sagrada entre Cristo e o Seu povo. Para Jesus, a alegria da festa de casamento apontava para a alegria daquele dia em que Ele levará a Sua noiva para a casa do Pai, e os remidos com o Redentor se assentarão à mesa para as bodas do Cordeiro. Ele diz: “Assim como o noivo se regozija por sua noiva, assim o seu Deus se regozija por você” (Is 62:5, NVI). “Nunca mais a chamarão de “Abandonada” (v. 4, NTLH). “Tu serás chamada ‘Minha querida’... Pois o Senhor está contente contigo... o seu Deus Se alegrará com você” (v. 4, 5, NTLH). “Por causa do Seu amor lhes dará nova vida. Ele cantará e Se alegrará” (Sf 3:17, NTLH).
 A Bíblia termina com esse mesmo tema glorioso. “‘…Vamos alegrar-nos e dar-­Lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a Sua noiva já se aprontou. Para vestir-se, foi-lhe dado linho fino, brilhante e puro…’” (Ap 19:6-9, NVI).

domingo, 22 de abril de 2012

JESUS AUTOR DA NOSSA FÉ

1) Introdução
Hebreus 12: 1,2
Hebreus 12 é um importante capítulo do NT, pois nele os cristãos são desafiados a correr, e avançar em realizar a vontade de Deus, sem desanimar. Neste capítulo, o autor usa a figura de uma corrida, onde temos como meta de chegar ao fim.
É neste capítulo que o autor nos lembra do exemplo de Jesus que cumpriu a sua missão enfrentando muitas dificuldades.

1) Nos versos iniciais do capítulo 12, aprendemos profundas lições:
1.1 Na vida cristã temos uma meta
Em I Cor. 9:26, o apóstolo Paulo diz: “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar…”.
A vida cristã é uma corrida para alcançar um alvo que temos pela frente. Aprendemos aqui em Hebreus, que nós cristãos não andamos sem rumo, mas ao contrário somos como viajantes que percorrem a estrada principal, que correm com perseverança a carreira proposta.
Nem o próprio Deus trabalha sem uma meta ou objetivo. Tudo o que Ele faz tem uma meta.
Não somos como turistas que retornam ao ponto de partida, mas como peregrinos que estão sempre em direção a um objetivo. Hebreus 12, mostra-nos que a nossa meta é nada menos que o próprio Cristo. Assim procuramos ser semelhantes a Ele e ter a sua presença em nós.
Se estamos em direção a um ponto de chegada, é bom que perguntemos: Estou a ter algum progresso? Estou avançar na minha vida espiritual? Estou a ter resultados? Se tenho uma meta, estou a chegar cada vez mais perto dela?
Alguém já disse que “…para tirar o máximo partido da sua vida, transforme os alvos de Deus nos seus alvos.”
1.2 Na vida cristã temos uma inspiração.
Em Hebreus 12:1 revela: “….temos essa grande nuvem de testemunhas ao nosso redor….”.
Esta metáfora compara o cristão a um atleta que faz os últimos preparativos para a competição. Ele vai entrar num estádio, enquanto que os espectadores olham sentados. O atleta, que tem o propósito de ganhar a corrida, contempla por um momento a multidão que o rodeia como uma “nuvem”. As “testemunhas” são neste caso os incontáveis heróis da fé que são mencionados no capítulo 11, cada um deles, apesar das desvantagens e obstáculos, terminou a corrida com gozo. A sua fidelidade e perseverança proporcionaram-lhes a vitória na corrida da vida.
Temos aqui o pensamento da nuvem invisível de testemunhas. Neste contexto elas são testemunhas num duplo sentido: são os que deram testemunho da sua fé em Cristo e agora são testemunhas que assistem ao cumprimento do nosso dever.
Mas quem são estas testemunhas? No capitulo 11 Hebreus nos apresenta uma relação de heróis e heroínas que venceram a corrida. Eles fazem parte da história do povo de Israel. Hebreus nos lembra de pessoas como Abel, Enoque, Noé, Abraão, José, Moisés, Raabe, e tantos outros. O detalhe comum a todos é que Eles venceram porque creram. O verso 39 do capitulo 11 diz na versão linguagem de Hoje: “porque creram, todas estas pessoas foram aprovadas por Deus….”.
Ao imaginarmos este quadro de testemunhas que nos observam, podemos compará-lo a situação de um atleta que esta correndo num estádio lotado de gente. Quando ele acelera a marcha a multidão o olha. Mas, o detalhe interessante desta cena é que a multidão que o observa corresponde àqueles que já ganharam antes esta corrida. Assim somos observamos por testemunhas que já ganharam antes esta mesma corrida em que nos encontramos.
Agora pense comigo. Um ator agiria com muito mais intensidade se soubesse que algum famoso está sentado nas poltronas, observando-o. Um atleta se esforçaria duplamente se soubesse que é observado por uma famosa equipa de atletas olímpicos.

Do mesmo modo, Hebreus nos mostra nestes versos, que nós também estamos correndo diante de uma plateia que nós observamos atentamente. Nesta plateia, estão todos os grandes heróis da fé do Antigo testamento. No capítulo 11 de hebreus, observamos que todos eles foram vencedores quando estavam correndo para cumprir suas carreiras e agora eles nos assistem. Portanto, estamos correndo diante de uma plateia de vencedores, e eles torcem para que nós também vençamos.
Se esforce meu irmão para realizar a vontade do Senhor, pois há uma plateia de vencedores que torce por seu sucesso. E assim como eles venceram em ser fieis ao Senhor, eu e você também venceremos.
1.3 Na vida cristã temos obstáculos a transpor
Hebreus nos mostra que além de estarmos rodeados por toda uma plateia de vencedores, também estamos rodeados pelo obstáculos dos nossos próprios pecados.
Ninguém pode alcançar o sucesso quando se sente preso a algo muito pesado. Ninguém tentaria escalar o Everest com um fardo extremamente pesado.
Assim irmãos, o supérfluo e desnecessário que poderia nos atrapalhar na realização da vontade de Deus deve ser deixado de lado. Cada indivíduo deve decidir o que é supérfluo. E quanto ao pecado, deve ser deixado de lado imediatamente após reconhecido, pois nos impede de prosseguir e crescer.

Ilustração
Há uma história interessante de um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
No caminho encontrou um passante que lhe perguntou: – Viajante, por que carrega essa pedra tão grande? – É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava. Então, ele jogou a pedra fora e sentiu-se muito melhor. Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou: – Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada? – Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante, porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo. Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves. Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma. Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.
Qual era na verdade o problema dele? A pedra e a abóbora? Não! Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado. Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!
Na vida cristã é um dever essencial descartar coisas que não servem para Deus: hábitos, prazeres, confissões e associações que nos arrastam para trás ou nos atiram para baixo. Assim, devemos abandonar tudo aquilo que nos retém e frequentemente necessitaremos a ajuda de Cristo para poder fazê-lo. Peça ao Senhor: “Pai, me ajude a deixar tudo aquilo que me tem impedido de avançar”.
1.4 Na vida cristã temos um importante meio para avançar
Este meio é a perseverança firme. O texto diz: “…corramos com perseverança…”. Trata-se da palavra grega hypomone. Esta palavra se refere a uma persistência que domina as coisas, que nos faz marchar sempre adiante com firmeza recusando desviar-se. Os obstáculos não nos intimidam, as demoras não nos deprimem; os desalentos não nos tiram a esperança. É a firme persistência que nos impede de retroceder até obter o triunfo.
2) Hebreus 12:1,2 mostra que temos alvos a alcançar, obstáculos a vencer e somos inspirados a não desanimar e sempre agir com perseverança. Mas há uma condição para que sejamos bem-sucedidos: olhar para Cristo.
Vejamos isto em Hebreus 12:2,3: “…olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.”
A expressão “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé” deve ser compreendida como a atitude que nos leva a tirar a nossa visão da tribulação e do pecado, e fixá-lo em Cristo.
Na vida espiritual vale a lei: quando olhamos algo, este algo ganha poder sobre nós. Quando nos deixamos aprisionar pelas preocupações e dificuldades do quotidiano, a nossa vida de fé perderá a alegria. O olhar para as ondas fez com que Pedro desanimasse e afundasse (Mt 14.30).
Levantar os olhos para Jesus significa contar com a realidade do Deus invisível, olhar para o Invisível. Todos o crente vive da força do Cristo presente. O Espírito Santo quer tornar-nos fortes em cada tribulação e em cada provação da fé, de que Jesus Cristo vive pessoalmente em nós e com Ele “podemos todas as coisas”.
Lembremo-nos do que diz Mateus 17:8: “a ninguém viram, senão Jesus”.
3) Assim, Jesus fez de si mesmo um grande exemplo a seguir. Avançando para os versos 2 e 3, encontramos os motivos pelos quais devemos olhar para Cristo:
3.1 Ele é a origem e o meio de crescimento da nossa fé. “…Autor e consumador da nossa fé…”
Ele é o autor da nossa fé. D´Ele vem a nossa fé. Em efésios 2:8,9 aprendemos: “…Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
Jesus também é o Consumador da nossa fé. Ele mesmo se empenha no nosso crescimento e aperfeiçoamento. Paulo lembra em Colossenses 2:10: “Também, nele, estais aperfeiçoados.”
Deus não deixará pela metade a obra graciosa que começou. O apóstolo Paulo ainda declara: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
3.2 Devemos olhar para Cristo porque com Ele temos o exemplo de como suportar lutas e tribulações.
Hebreus 12:2 diz: “….o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz…”.
O sentido deste versículo é que Jesus suportou a cruz em lugar da alegria que estava diante d´Ele. Ele poderia ter permanecido junto ao Pai na glória. O mundo da paz eterna e da alegria inexprimível era o seu ambiente de vida. Mas Jesus abriu mão de tudo para a nossa remissão. Ele abandonou a existência na glória, tornou-se pessoa e morreu na cruz.
Assim, Jesus dá-nos o exemplo. Ele suportou a oposição e a resistência de um mundo ímpio. Não se desviou das dificuldades, mas venceu. A Sua trajetória também se torna o caminho da sua igreja.
Mediante o exemplo de Jesus, pergunto: Como temos lidado com as dificuldades? Qual é a nossa reação? Murmuramos? Somos negativos? Tiramos boas lições de vida?
A Bíblia diz em romanos 5:3 que a "tribulação produz a perseverança." De acordo com um comentador da Bíblia, a palavra que é traduzida por perseverança ou paciência quer dizer "firmeza, ou a capacidade de manter-se firme sob as dificuldades."
Assim meu amado, não murmuremos diante das lutas espirituais. Nossas lutas desenvolverão em nós a firmeza que necessitamos para prosseguir e vencer as adversidades.

4) Conclusão
Olhar para Cristo é o único modo de nos mantermos espiritualmente firmes. Tenho visto muitos cristãos esfriarem e até desistirem da vida cristã quando passam a desviar o seu olhar de Cristo.
Podemos encontrar por aí muitos crentes desanimados por estarem olhando para fraquezas de irmãos, problemas nas igrejas, e falhas de seus lideres.

Estamos vivendo numa época, onde muitos cristãos começam a perder sua identidade, pois não são mais luz do mundo. Muitos estão se perdendo na religiosidade e tradições.
Se queremos como Paulo, “combater o bom combate, acabar a carreira e guardar a fé…”, permaneçamos firmes em olhar para Cristo.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sermão de Casamento

Saudações.
Intr. Ler I Cor. 13:4-8, 13...
Estimados NOIVOS, após terdes satisfeito as formalidades legais que regem o estado matrimonial na nossa sociedade, tomastes a decisão de pedir a bénção de Deus, Ele está presente e estará sempre ao vosso lado, tanto mais intima seja a vossa experiência com Jesus tanto mais sentireis as bênçãos de Deus no vosso Lar.

Que o vosso coração seja sempre um altar sagrado do qual se ergam aos céus o perfume de uma vida inteiramente dedicada um ao outro sem nunca abandonardes aqueles que vos amam, especialmente os vossos queridos pais. No entanto, façam de Jesus o "Alfa" e "Ômega" da vossa vida conjugal.

I. O matrimónio é um diálogo.

A. Um diálogo entre duas criaturas racionais, inteligentes, livres, entre as quais deve haver igualdade absoluta.
Igualdade de condições, de liberdade de escolha e de expressão, igual oportunidade para o desenvolvimento e crescimento das virtudes e potencialidades morais, intelectuais e espirituais de ambos os cônjuges.
Sim, o casamento é um diálogo que, com muita frequência, termina cedo demais, lamentavelmente!
As consequências para os cônjuges, para a instituição da família, para a sociedade e para os filhos são desastrosas e irreparáveis. No propósito original de Deus, o diálogo, a comunhão entre os cônjuges devia continuar por toda a vida.
Com a queda do homem, Deus ordenou que o diálogo que agora inaugurais deve perdurar enquanto ambos vida tiverdes.

B. Lemos no relato sagrado que Deus, após ter criado a Adão como a coroa das obras de suas mãos, viu que não era bom que o homem estivesse só; e disse: "... far-lhe-ei uma adjutora (companheira)... e da costela que o Senhor tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a a Adão" Gén. 2:18, 22. 2. E disse Adão: "... esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne... Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" Gén 2:23-24.

Aparentemente, há neste relato um paradoxo curioso e intrigante. Deus viu que não era bom que o homem estivesse só, por isto fez-lhe uma adjutora.
Sendo que o autor do Génesis (Moisés) segue certa ordem cronológica ao relatar os acontecimentos, já no sexto dia da semana da criação Deus declarou que tudo era muito bom. Adão já estava criado, mas Eva não existia ainda. Como podia
* Deus declarar que tudo era muito bom, mesmo sem Eva?
* Paraíso sem Eva? Que paradoxo!
* Não sabia Deus que Adão sem Eva estaria incompleto?
* E que a sua vida seria solitária, infeliz, mesmo no Éden?
* Não sabia Deus que a criação sem Eva estaria incompleta?
* Teria sido a criação de uma companheira para Adão o resultado de um segundo pensamento de Deus?
* Como pode Deus declarar que "tudo era muito bom" quando a Adão faltava uma companheira?
→ Deus mesmo viu que não era bom que o homem estivesse só. Sem Eva, estaria o homem realmente só no Éden?
→ Não visitavam os anjos celestiais com frequência o Paraíso, e não entretinham conversações com Adão?

→ E o Senhor Jesus e o próprio Pai não eram hóspedes frequentes do Éden?
• A grande verdade é que Adão sentia-se solitário, pois não tinha a possibilidade de diálogo de igual para igual entre Adão e os visitantes celestiais... Assim, Adão, enquanto lhe faltasse Eva, continuaria a sua vida na solidão mesmo no da luxuriante beleza do Éden.

→ O omnisciente Deus sabia de tudo isto! Por conseguinte, cremos que a criação de Eva era também parte do propósito original de Deus. Mas, Deus, na Sua infinita sabedoria e amor, permitiu que Adão experimentasse por algum tempo a vida em solidão, e que ele mesmo viesse sentir a necessidade de uma companheira; isto capacitá-lo-ia a apreciar com mais intensidade o dom de Deus.

C. Sim, a mulher é um dom de Deus! A mulher é uma preciosa dádiva da bondade e do amor de Deus pelo homem. Deus criou a mulher, instituiu o matrimónio, inaugurou o diálogo, transformou o Éden num Paraíso, pôs fim à solidão, completou a felicidade do homem. E o lar deve ser ainda hoje o pequeno paraíso do homem.

II. Mas aquele primeiro diálogo livre, espontâneo, aberto e franco, tinha linhas de comunicação desimpedidas, durou pouco.

A. Tristemente, muito pouco!
Lemos no relato sagrado acerca da primeira ruga, a primeira mancha, a primeira queixa, a primeira censura, a primeira acusação proferida pelo homem: "Senhor, a mulher que me deste por companheira... ela me deu da árvore, e comi."
Interrompeu-se o diálogo... Consequências desastrosas! Quantos diálogos interrompidos, quebrados há no mundo! Diálogo, queremos deixar bem claro. Pois monólogo há em abundância, incontáveis. Mas o matrimónio não deve ser um monólogo no qual um dos cônjuges fala e o outro ouve, um ordena e o outro obedece, um decide e o outro partilha das consequências da decisão. Não! Matrimónio é comunhão, é participação, é um diálogo enfim de igual para igual.

B. Mas o que teria motivado a quebra daquele diálogo idílico entre Adão e Eva? Adão pecou, escondeu-se, fugiu, separou-se de Deus, e o resultado inevitável foi Adão e Eva confusos, separado um do outro também.
As linhas de comunicação verbal e de comunhão entre o homem e a mulher foram interrompidas porque as linhas de comunicação e comunhão do homem com Deus estavam cortadas. O pecado do homem separou-o de Deus. Sim, o homem separou-se de Deus, e o resultado não podia ser outro. Diálogo interrompido! Adão e Eva atiraram a primeira pedra da discórdia, da desavença, da incompreensão no grande oceano da vida, e aquela primeira onda que se formou espraiou-se até aos confins da terra e atingiu a humanidade.

III. Mas graças a Deus, o diálogo não permaneceria quebrado.

A. Alguém devia tomar a iniciativa para restaurar as linhas de comunicação. Quem, Adão? Eva? O ofensor? O ofendido? Ouçamos o relato bíblico: "E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?"

Que quadro extraordinário! O ofendido em busca do ofensor. O ofendido Deus tomou a iniciativa. Que prova de amor! Que lição sublime! Deus, a parte ofendida, descendo do Céu para restaurar as linhas de comunicação que haviam sido cortadas pelo homem, e restabelecer o diálogo. Diálogo sim, primeiramente entre o homem e o seu Criador e, como resultado lógico, entre Adão e Eva, entre marido e mulher. Graças a esta provisão dos Céus é que vós vos achais neste momento festivo neste lugar para dizer: sabemos vamos enfrentar problemas, sabemos que o nosso diálogo de um ou outro modo será interrompido e estamos aqui em busca de uma bênção especial.

B. O diálogo que hoje iniciais será, sem dúvida, ameaçado frequentemente.

Não alimenteis a ilusão de que tudo serão rosas,risos, sons, luzes, cores e perfumes...

Mas por entre espinhos, choro, ais, trevas e vendavais, o diálogo deve, com o auxílio divino, continuar enquanto ambos vida tiverdes. E com a a presença de Cristo no vosso coração, o diálogo continuará para a alegria de todos os que vos queremos bem, para a vossa própria felicidade, e para a honra e glória de Deus.

Conclusão: Há uma lição que desejamos que fique indelevelmente gravada no vosso coração, e que deve nortear a vossa vida conjugal: O diálogo livre, espontâneo, positivo, enobrecedor entre marido e mulher, é o resultado direto da comunhão livre e santificadora entre o marido, a mulher, e o seu Deus.

C. (….), faz uso legítimo da tua privilegiada condição de cabeça do lar. Lembra-te de que, segundo o relato bíblico, a mulher foi o último ser criado por Deus, e também o mais terno e sublime. Se o homem é a cabeça, a mulher é a sua coroa - uma coroa para o esposo que é a coroa visível da criação de Deus. Portanto, ampara, proteje, e acima de tudo ama esta que é a tua coroa e glória.
(….), sê sempre a glória e coroa de teu esposo. Usa legitimamente de tua exaltada posição de honra, sendo sujeita ao teu marido, respeitando-o, e reverenciando-o no temor do Senhor. (Aos noivos) Nélson e Raquel: Que a providência divina vos una com os indissolúveis laços do verdadeiro amor, e que desfruteis as alegrias de um lar verdadeiramente feliz!
Pr. José Carlos Costa

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O melhor é não deixar cair o ovo

"A história da Ressurreição é um mito", dizia o professor de ciências de uma escola aos seus alunos, alguns dias antes da Páscoa. "Jesus não saiu do túmulo," continuou, "mas, primeiramente, não existe nenhum Deus no céu que possa permitir que o Seu filho seja crucificado." "Senhor, eu acredito em Deus", disse o Jimmy. "E acredito que Ele ressuscitou!" "Jimmy, podes acreditar no que quiseres, é claro," o professor respondeu. "Porém, no mundo real não existe a possibilidade de tais milagres, como a ressurreição. Ninguém que acredite em milagres pode respeitar a ciência." "Deus não é limitado pela ciência," o Jimmy respondeu. "Ele criou a ciência!" Incomodado com o modo como Jimmy defendia a sua fé, o professor propôs uma experiência científica. Foi ao frigorífico e pegou um ovo de galinha. "Eu vou deixar este ovo cair no chão," começou o professor. "A gravidade vai fazer com que ele caia no chão e se despedace. "Olhando fixamente para Jimmy, continuou: "Agora, Jimmy, eu quero que tu faças uma oração e peças ao teu Deus para que quando eu soltar este ovo ele não caia no chão e se quebre. E se Ele conseguir fazer isto, tu terás provado que Deus existe, e eu terei que admitir isso." Após pensar por um momento sobre o desafio, Jimmy lentamente começou a oração. "Querido Pai celeste," ele iniciou. "Eu peço que quando o meu professor soltar este ovo... ele caia no chão e se quebre numa centena de pedaços! E também, Senhor, eu peço que quando este ovo se quebrar, o meu professor tenha um ataque cardíaco fulminante e morra. Amém." Após os murmúrios da classe, veio um silêncio fúnebre. Por um momento o professor não fez nada. E por fim ele olhou para o Jimmy e depois para o ovo. E, sem dizer uma palavra, ele cuidadosamente colocou o ovo no frigorífico. "A aula acabou" disse o professor enquanto pegava as suas coisas. O professor aparentemente acreditava mais em Deus do que ele mesmo imaginava. Muitas pessoas são como este professor, negam que Deus existe, mas correm para Ele nos momentos difíceis. Porém questionam, e O atacam todas as vezes que tem oportunidade. Jimmy sabia que Deus não iria matar o seu professor naquele momento, mas também sabia que o seu professor não apostaria a sua vida por um ovo. Quando a nossa vida está em jogo a ideia de que Deus existe parece fazer mais sentido.

As Implicações da Ressurreição

Texto Base: Mat 28:1-10

Que mudanças a ressurreição de Jesus deve provocar nas nossas vidas?

I. NOVA CONVICÇÃO (v. 1-6)

1. O processo da convicção
As mulheres foram ao sepulcro (v. 1) para embalsamar o corpo de Jesus (Marcos 16:1) com a certeza de que Ele não tinha ressuscitado. Vários sinais, porém, contemplados por elas, estabeleceram uma profunda convicção da Sua ressurreição dos mortos…

a) Sinal da natureza (v.2 “e eis que houve um grande terramoto…”)

b) Sinal do céu (v. 2 “um anjo do Senhor, chegou-se…”)
Remove a Pedra e assenta-se nela (v. 2 – “… removeu a pedra e assentou-se sobre ela”)
Tinha uma beleza singular (v. 3 – “… aspecto… relâmpago… veste alva como a neve)

c) Sinal do império romano (v. 4 “… guardas… espavoridos …mortos”; cp. C/ Mt 27:62-66)
O império romano evidenciou a autoridade do império de Jesus
Ler citação Vida de Jesus, pp. 155,156.

d) Sinal da Palavra do anjo (v. 5-6)
Não havia mais razão para temor ( v. 5 -“não temais…”)
Não havia mais razão para dúvida pois a Sua ressurreição era um fato (v. 6 – “ele não está aqui…)
Não havia mais razão para qualquer incredulidade as Sua palavra se cumprira (v. 6 – “ressuscitou, como tinha dito”)

2. A experiência da convicção: “vinde ver onde Ele jazia” (v. 6)
Vinde ver que Jesus é Deus (cp c/ 27:54 – Jesus não era Filho de Deus, Ele é Filho…)
“Jesus foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rom 1:4)

II. NOVA PROCLAMAÇÃO (v. 7-8)

1. Ordem divina (v.7 “ide”)
O anjo não falava em seu nome mas no nome de Deus

2. Urgência divina (v. 7 “…, pois, depressa”)
Cumprir este ide passou deste então a ser a tarefa mais urgente e importante da Igreja…

3. Público divino (v. 7 “dizei aos Seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos…”
Os discípulos tinham de receber um impacto pela convicção da ressurreição, como as mulheres foram, para que a seguir todas as nações fossem igualmente impactadas (Mat. 28:18-20 / A Grande Comissão).

- Não há evangelização sem convicção!

4. Proclamação ordenada, proclamação cumprida (v. 8)
O desafio do Evangelho é diminuir a distância entre a ordem e a obediência…

III. NOVA ADORAÇÃO (v. 9-10)

1. Contexto da adoração: o encontro (v. 9 “e eis que Jesus veio ao encontro delas….”)
O Cristo vivo toma a iniciativa de comungar connosco…

2. Clima da adoração: a alegria (v. 9 “salve” = “alegria”)
Cumpriu-se João 16:20 “… a vossa tristeza se converterá em alegria”

3. Postura da adoração: aproximação e humilhação (v. 9 – “aproximando-se abraçaram-lhes os pés…”)
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado……” (Sl 51:17)

4. Foco da adoração: Jesus (v. 9 – “ e o adoraram”)
“Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor, Aquele que está assentado no trono seja o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos, amém” (Ap 5:12-13)

5. Benefício da adoração: paz (v. 10 – “não temais”)
A adoração nos reveste de forças para enfrentar os grandes desafios da caminhada…

CONCLUSÃO

Como cristãos somos chamados a ADORAR Jesus e a PROCLAMAR Jesus – a intimidade precede a autoridade. Porém, para cumprir estes propósitos, precisamos reafirmar a CONVICÇÃO da Sua ressurreição. Se Ele não ressuscitou é vã a nossa fé (I Cor 15:17).

“A entrada do sepulcro tinha sido fechada com uma grande pedra e a máxima segurança e cuidado foram empregues para guardar o túmulo. O selo do império romano fora colocado de tal maneira que a pedra não poderia ser removida sem rompê-lo.
Uma escolta de soldados romanos montava guarda ao redor, mantendo estrita vigilância para que o corpo não fosse molestado. Alguns guardas rondavam constantemente enquanto outros descansavam no chão.
Havia, porém, outra guarda perto do túmulo. Anjos poderosos, enviados do Céu, estavam ali. Apenas um desses anjos tinha força suficiente para destruir todo o exército romano.
A noite que precedeu a manhã do primeiro dia da semana arrastou-se lentamente, e aproximou-se a hora mais escura, antes do romper da alva.
Um dos mais poderosos anjos do Céu foi enviado. Seu rosto brilhava como um relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve.
As trevas fugiam à sua passagem e o céu inteiro foi iluminado com o brilho de sua glória.
Os soldados adormecidos despertaram e colocaram-se em posição de sentido. Com assombro e admiração olharam o céu aberto e a visão resplandecente que deles se aproximava.
A terra tremia e arquejava à aproximação do poderoso ser celestial. O anjo veio para cumprir uma missão gloriosa e a velocidade e o poder de seu vôo sacudiram a terra em forte comoção. Soldados, oficiais e sentinelas caíram por terra como mortos.
Havia ainda outra guarda presente na entrada do sepulcro formada por espíritos maus. Cristo estava morto e Satanás, como dono do império da morte, exigia para si o corpo sem vida de Jesus.
Os anjos de Satanás estavam presentes para se certificar de que nenhum poder poderia arrebatar Jesus de seu domínio. Mas quando o mensageiro poderoso, enviado do trono de Deus, aproximou-se, eles fugiram de terror ante aquela visão.
Ressurgindo Vitorioso
O anjo rolou a grande pedra que selava o túmulo como se fosse um seixo e com voz poderosa que fez a terra tremer, bradou:
"Jesus, Filho de Deus, Teu Pai Te chama!"
Então Aquele que conquistara o poder sobre a morte, saiu do sepulcro triunfante e proclamou: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. A hoste de anjos curvou-se em reverente adoração diante do Redentor e o receberam com cânticos de louvor. Ao ressurgir, a terra estremeceu, raios faiscaram e trovões ribombaram. Um terremoto assinalou a hora em que Jesus depôs Sua vida. Um terremoto também testemunhou o momento de Sua triunfante ressurreição.
Satanás irou-se grandemente porque seus anjos fugiram à aproximação dos mensageiros celestiais. Ele ousara acalentar a esperança de que Cristo não tornaria à vida e que o plano da salvação fracassaria. Mas quando viu o Salvador sair do túmulo triunfante, perdeu completamente a esperança. Sabia que seu reino teria fim e que finalmente seria destruído.
Vida de Jesus, pp. 155,156.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

CRISTO A NOSSA PÁSCOA

1º Coríntios 15:12-58
A história do nosso calendário é um estudo muito interessante. Os Romanos criaram um calendário no século 7 antes de Cristo com 10 meses e 304 dias e que começava com marco. Quando descobriram que não dava certo, acrescentaram Janeiro e Fevereiro, mas ainda assim precisavam intercalar um décimo-terceiro mês de dois em dois anos. Em 45 a.C. Júlio Cesar optou por um calendário exclusivamente solar. Este calendário, chamado o calendário juliano, fixou o ano em 365 dias, e incluiu um ano bissexto de 4 em 4 anos, porque de facto o ano solar tem 365 dias, 5 horas, 48 min. e 45.5 segundos. Júlio César, como homem “humilde” e modesto à semelhança dos outros imperadores romanos (?!) mudou o nome do mês Quintilis para “Júlio” (Julho). Outro imperador chamado Augusto fez o mesmo com o mês Sextilis. Pode adivinhar qual foi o novo nome?

Infelizmente, o calendário juliano ficou 11 min. e 14 segundos mais comprido que o ano solar. Esta divergência persistiu através dos anos até que, em 1582, houve uma diferença de 10 dias entre o calendário e a posição actual do sol. Assim sendo, as festas religiosas como Páscoa e Natal ocorreram em épocas erradas. O papa Gregório XIII fez um decreto eliminando 10 dias do calendário! O calendário dele, chamado o calendário gregoriano, foi adoptado aos poucos na Europa. Mas quando finalmente foi oficializado na Inglaterra em 1752, precisava-se de mais um ajuste de 11 dias. Naquele ano, o dia depois do dia 2 de Setembro foi o dia 14!

É interessante saber como o nosso calendário tem sido influenciado através dos séculos por pessoas e eventos. Mas a pessoa mais influente em toda a história do nosso calendário é a pessoa de Jesus Cristo. O nascimento dele mudou a contagem dos anos: Para nós, é 2012 d.C. “depois de Cristo” ou A.D. (ano Domini, ano do nosso Senhor).

Jesus Cristo também mudou o nosso calendário na sua morte e ressurreição. Se Cristo não tivesse ressuscitado, o nosso calendário seria muito diferente. Além das festas religiosas que celebramos, como Natal, Páscoa, Corpus Cristi. Infelizmente, os homens continuam a fazer “história”, argumentando com a ressurreição para mudar o Sábado para o domingo.

Assim, porque se despreza os Mandamentos de Deus, os cristãos em geral, lembram-se de Cristo uma vez por ano, em vez de se lembrarem de forma muito especial no último dia da semana.
Qual é o primeiro dia da semana?

CONTEXTO: Foi a RESSURREIÇÃO que levou o apóstolo Paulo a corrigir alguns erros finais da Primeira Igreja de Corinto. Na passagem famosa que trata da ressurreição de Cristo, 1 Cor. 15, Paulo explica o que seria “Se”—Jesus não tivesse ressuscitado. “Se” Cristo não ressuscitou . . . então o que…?

O texto divide-se em 3 partes:

a). Resultados da Não Ressurreição de Cristo (12-19)

b). Argumentos pela Ressurreição de Cristo (20-50)

c). Implicação Prática para a nossa vida (51-58)

Tudo leva a crer que alguns crentes começaram a negar a ressurreição dos mortos. seguramente por influência de Platão e da sua tese sobre o dualismo entre material e espiritual, que considerava tudo que era material como podre, ruim. Por isso, alguns não tinham interesse na ressurreição do corpo. Alguns acreditavam em aniquilação da alma. Outros numa absorção no espírito eterno. Ainda outros, em reencarnação. Muitos começaram a negar a doutrina fundamental da fé cristã na ressurreição dos mortos.

I. 7 Resultados Se NÃO há Ressurreição . . . (12-19)

Consideremos a proposição, “Se Cristo não ressuscitou . . .” Se Cristo não tivesse ressuscitado dos mortos, não é somente o calendário que seria muito diferente. As nossas próprias vidas seriam eternamente afectadas. Já pensaram nisto? Como a minha vida e a vossa vida seriam diferentes se Cristo não tivesse ressuscitado, se os mortos não ressuscitam? Ler 12-19

1. Cristo não Ressuscitou (12,13)
Não faz sentido afirmar que o corpo é ruim, que não é possível voltar a viver num corpo humano, e ao mesmo tempo dizer que Cristo não ressuscitou. Embora um corpo claramente diferente, Cristo teve um novo corpo; Ele comia, bebia, podia ser tocado. Não era fantasma! João 20:19ss,

2. Pregação é Fútil (Vã, Boba, Ridícula) (14)

Uma perda de tempo! Como dirá mais tarde, se não há ressurreição, “comamos, bebamos, pois amanhã morreremos”! (32). Pregação de um Messias morto não faz sentido.

3. Fé é Vazia (14, 17)

Também não faria sentido crer num Cristo morto. O que adianta? O que um defunto pode fazer por nós?

4. Somos Mentirosos (15,16)

Pior do que nos enganarmos a nós mesmos, seria o de enganar a outros. Seria um crime dos piores, dar esperança falsa de que um dia as pessoas veriam os seus queridos antepassados, se na realidade nunca mais os encontrariam. Seria o auge da crueldade enganar essas pessoas. Dizemos que “a esperança é a última a morrer”, mas quando morre, é terrível. Sem ressurreição, não há mais esperança!

5. Permanecemos em Nossos Pecados: Condenados! (17)

Uma das piores consequências é simplesmente isso. Sem a ressurreição de Cristo, não há certeza de perdão de pecado. Por que? Cristo morreu pelos nossos pecados; somos salvos pelo sangue derramado na cruz. Mas um problema: Como saber se foi suficiente? Como ter certeza que Deus foi satisfeito? Que realmente fomos perdoados? Que TODOS os pecados foram cobertos? Pela ressurreição! (15:3,4) Parte central do evangelho: Cristo morreu pelos nossos pecados, e ressuscitou.

Lembram-se de quantos cordeiros no VT que voltaram a viver uma vez que foram sacrificados? Ressuscitaram? Nunca? Por que não? Se tivessem ressuscitado implicaria que não precisariam de mais sacrifício pelos pecados. De fato, o sacrifício foi repetido continuamente!

A importância da ressurreição é que é uma prova, uma garantia, uma segurança, de que TODOS os pecados foram pagos. Cristo carregou sobre si os nossos pecados. Se tivesse sobrado só um, teria ficado morto, porque o salário do pecado é a morte! Mas ressuscitou. Deus acabou com nossos pecados! Pagou o meu débito! Estou livre!

Sal. 103:3a, 10-12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões”

Nosso Cristo não ficou na cruz! A ênfase em algumas religiões está num Cristo MORTO, ainda na cruz. É uma maneira sútil de controlar, manipular o povo–com incerteza, insegurança; a necessidade de mais e mais obras. Purgatório traz as mesmas implicações. Representa um pagamento contínuo que ainda precisa ser feito.

Nada disso é mais necessário. Cristo pagou tudo, e a ressurreição é a prova mais segura deste fato. Não há mais pagamento ou sacrificio pelos pecados!

6. Os Antepassados são Perdidos (18)

Este segundo resultado e uma consequência do primeiro. Se permanecemos nos nossos pecados, então precisamos morrer. E quando morremos, realmente perecemos. Foi isso que Paulo disse em Romanos: “Porque o salário do pecado é a morte.”

Pense nas implicações: Quando esta vida terminar, só nos resta o castigo eterno pelos pecados. Nunca mais veremos a luz do sol, ouviremos a melodia de canto, sentiremos o cheiro de sal e agua nem ouviremos o ritmo das ondas batendo no mar. Não há esperança de outra vida. Somos perdidos! Eternamente separados de tudo que é bom.

Nunca mais encontraremos com os antepassados. A esposa que perdeu seu marido depois de tantos anos de casamento nunca mais encontrará com ele. Os pais cujo filho foi acidentado não têm esperança de uma reunião futura. O filho que já perdeu a mãe para câncer nunca mais a verá.

Mas há esperança, sim. Todos os instintos naturais do homem lhe ensinam de que há uma vida depois desta. I Ts. 4:13-18 “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus mediante Jesus trará juntamente em sua companhia os que dormem . . . seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.”

7. Somos Tolos (Perdemos a Razão de Viver (19, cf. 32)

Vs. 19 é um resumo dos outros argumentos negativos se Cristo não ressuscitou. Se permanecemos nos pecados (não há perdão), se perecemos quando morremos (não ha esperança), então o que adianta? Por que continuar? Qual o propósito? Qual o valor?

Existe um poster com um homem fazendo Cooper, escrito: “Estou fazendo tudo para prolongar a minha vida, na esperança de que, algum dia, vou descobrir o porquê.”

Porquê? Se nada tem valor permanente! Se tudo é transitório. Não somos nada mais do que animais! (Essa é a conclusão lógica a que a teoria da evolução chega). O que importa! Todos morrem, nada será lembrado. Não há nenhuma garantia que todos as coisas cooperarão para o bem. Não há justiça. O que resta é sobrevivência dos mais fortes. Nenhuma garantia. A vida é um absurdo, sem propósito, objetivo ou alvo. É cada um por si.

Só existes dois tipos de vidas coerentes, lógicas: Cristão totalmente comprometido, ou pagão totalmente voltado para o prazer. Somos TOLOS por andarmos na igreja, se Cristo não ressuscitou! Vamos para a praia, comamos, bebamos, adulteremos, matemos, se amanhã morreremos, se não haverá uma ressurreição! Vamos sugar tudo o que nos resta nesta vida miserável! (32)

II. 4 Argumentos pela Esperança Cristã (Cristo Ressuscitou, Sim 20-50)

Depois de mostrar as implicações lógicas da não-ressurreição, Paulo traça 4 argumentos pela esperança do cristão na ressurreição. São argumentos teológicos, escatológicos, lógicos e naturais.

A. Argumento Teológico (20-22)

O primeiro argumento é que nós também temos esperança da ressurreição, porque pela fé somos identificados com Cristo na sua ressurreição, assim como fomos identificados com Adão na sua morte. A chave está na frase “em Cristo” e “em Adão.” Todos nós fomos incluídos, presentes, em Adão, quando ele pecou. Todos nós morremos junto com ele. Da mesma forma, “todos” que estiverem “em Cristo” poderão gozar da Sua ressurreição. Jesus é as “primícias” de ressurreição, pois Ele foi o primeiro a morrer e ressuscitar (sem morrer outra vez)! Quando nós nos agarramos nEle, como nossa única esperança de vida eterna, somos cobertos da justiça e da vida dele. A morte dEle, nossa morte para pecado e seu castigo. A vida dEle, nossa nova vida. Enquanto identificados com Ele, teremos a vida dEle.

B. Argumento Escatológico (23-28) (Da ordem final das coisas)

Paulo explica alguns dos últimos eventos para esclarecer dúvidas sobre os detalhes de ressurreição. Em termos da ordem dos últimos eventos, temos:

1) Cristo ressurrecto (primícias, uma garantia)

2) Ressurreição dos santos do período do NT, na volta dEle (quando nossos corpos serão reunidos com nosso espírito, para ir ao Seu encontro nos ares)

3) O final do Reino Milenar, quando Cristo entregará tudo ao Seu Pai.

Todos esses eventos finais dependem de ressurreição, para pôr justiça no universo! Caso contrário, nunca haveria justiça.

C. Argumentos Lógicos (29-34) (Bom senso!)

1. Baptismo não faria sentido! (29)

(Alguém já calculou que há pelo menos 39 interpretações desse versículo!) Mas quando consideramos o seu significado mais claro e simples, no contexto, não parece tão difícil. Baptismo significa identificação. No baptismo identificamo-nos com Cristo na sua morte e ressurreição. Também nos identificamos com a família da fé, a igreja, multidões de pessoas que também se identificaram com Jesus na Sua morte e ressurreição. Mas espere—não faz sentido ser baptizado, identificado com Cristo na Sua morte, e sair das águas. Se Cristo só morreu, fique debaixo da água! Se está a seguir o exemplo de homens e mulheres da fé que já morreram, mas nunca mais viverão, o que adianta? Não faz sentido! O baptismo torna-se um ritual.

2. Sofrer por Cristo não faz sentido (30-32).

Se não há esperança de recompensa, se não há outra vida, se o Evangelho é oco, para quê sofrer como Paulo sofreu? Que falso profeta, charlatão, sofreria tanto por uma mentira? Não faz sentido, especialmente para os fundadores de uma religião. A única filosofia de vida que faz sentido é hedonismo—viver para hoje, pois amanhã morreremos. Mas o cristão pode comer e beber com sentido, na certeza de que tudo vale a pena!

D. Argumentos Naturais: A Natureza de Corpos Diferentes (35-50)

Finalmente, Paulo oferece alguns argumentos da natureza. Respondem às perguntas sobre a POSSIBILIDADE de ressurreição. Ele passa do mundo natural para o mundo espiritual.

1. Sementes (36-38). A nova vida vem depois da “morte” no mundo vegetal.

2. Corpos físicos (39). Existem diferentes tipos de carne, corpo, entre homens, animais, pássaros e peixes. O facto de existir um corpo espiritual não deve nos supreender. Faz parte do tecido do universo.

3. Corpos celestiais (40-41). Existem diferenças até nos corpos celestiais: o sol, a lua, as estrelas, os planetas, todos exemplificam a vasta criatividade divina. Se Deus pode fazer distinção entre corpos celestiais, certamente poderá fazer diferenças no corpo humano.

4. Conclusão (42-50). No final, ele aplica essas ilustrações para o corpo humano. Haverá continuidade e descontinuidade. Será nosso corpo, mas será muito diferente.

*Corrupção para incorrupção *Desonra para glória

*Fraqueza para poder *Natural para espiritual

III. 3 Implicações Práticas da Ressurreição de Cristo

Como bom pregador, Paulo termina com aplicações muito práticas para os leitores. A ressurreição de Cristo faz uma diferença enorme nas nossas vidas! Veja as implicações:

A. Transformação Instantânea (esperança!) (51-53)

Um dia, a nossa luta há-de terminar. Alguns serão ressurretos. Outros, nem morrerão! Acontecerá sem nenhum aviso prévio. Um momento, terrestre, o outro, celestial, imortal. Longe de nós a dor, o cansaço, o sofrimento, as lágrimas, as discussões, o stress, o desânimo e depressão.

B. Triunfo Final (sobre pecado e morte) (54-47)

Melhor ainda, finalmente experimentaremos o que Cristo fez por nós na cruz. A morte, para nós, morrerá! Será engolida. Será derrotada, uma vez para sempre. Nunca mais estaremos debaixo da sombra da morte, do medo que produz, do seu sofrimento. Nós que estamos “em Cristo” seremos libertos do pecado e da morte para todo o sempre. Só vida. Vida eterna. Vida com Jesus. Jesus absorveu o golpe de Satanás, a farpa ficou n´Ele, e não em nós!

C. Trabalho Compensador (58)

Por isso, temos razão de viver! Temos uma vida com propósito. Comamos, e bebamos, pois amanhã viveremos! Vida faz sentido. A vida tem sentido. Nosso serviço por Cristo será eternamente lembrado. Nós não morreremos. É um investimento que ninguém pode roubar! Trabalhemos por Cristo, firmes, inabaláveis, abundantes no serviço d´Ele.

Celebremos porque Cristo ressuscitou! Cada Sábado e não só na Páscoa, Cristo é a nossa Páscoa! Jesus mudou o calendário, e deve mudar as nossas vidas. Temos perdão dos pecados; Temos esperança de vida eterna e reunião com os antepassados em Cristo; temos propósito para a nossas vidas. Esta é causa para celebrar!

A ressurreição de Cristo é a nossa Razão de Viver