1. Definição
Etimologicamente, a palavra apologética (do grego apologèticos, apologia) significa justificação, defesa. Apologética é, pois, a justificação e defesa da fé cristã.
2. Objectivo
A apologética tem dois fins:
a. Justificação da fé cristã.. Considerando a religião no seu fundamento (isto é, no facto da revelação cristã, de que a Igreja fundada por Cristo e pelos Seus Apóstolos se diz a única depositária fiel), a apologética expõe os motivos de credibilidade, que provam a sua existência. Deve, portanto, resolver esse problema: havendo neste mundo tantas religiões, qual será a verdadeira? Ora, o apologista fiel sustenta que só a sua fé é a verdadeira, e que o é na realidade; deve, pois, provar essa asserção. Este primeiro trabalho constitui a apologética demonstrativa ou construtiva.
b. Defesa da fé cristã. A apologética não só apresenta os títulos que tornam a Igreja Cristão (a Vedadeira, Igreja Adventista do Sétimo Dia) credora da nossa adesão, mas também enfrenta os adversários, respondendo aos seus ataques. E como os ataques variam com as épocas segue-se que deve evoluir e renovar-se incessantemente, pondo de parte as objeções antiquadas e apresentando-se no campo escolhido pelos adversários, para os combates da hora presente. Sob este segundo aspecto, a apologética tem um caráter negativo, e chama-se apologética defensiva.
3. Corolário: Apologética e apologia
Não são termos sinónimos. "Apologética significa propriamente ciência da apologia, do mesmo modo que dogmática significa ciência do dogma.. A apologética é a defesa científica do Cristianismo pela exposição das razões em que se apoia. Uma apologia é a defesa a um ataque” (Hettinger, Théol. Fond. t. I.).
O objectivo da apologética é, portanto, mais geral. A apologia limita-se a defender um ponto da doutrina bíblico no campo do princiio, da moral ou da disciplina. Prova, por exemplo, que o mistério da Trindade. Trindade não é absurdo; que negar a Trindade é imoral ou contra a moral do cristianismo e portanto injusto; que o celibato cristão, como dom, não é digno de censura, enquanto que imposto é imoral. A apologia remonta às primeiras eras do Cristianismo; a ciência apologética aparece mais tarde, e está sempre em via de formação ou, pelo menos, de aperfeiçoamento.
II - FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA APOLOGÉTICA
4. Finalidade da Apologética
Do objectivo da Apologética deduz-se claramente o fim que se propõe.
a. Enquanto demonstrativa, dirige-se não só ao crente, mas também ao indiferente e ao ateu:
1. Ao crente para o arraigar nas suas convicções, mostrando-lhe os sólidos fundamentos da sua fé, iluminando-lhe a inteligência e fortificando-lhe a vontade;
2. Ao indiferente ao ateu: ao primeiro, para o convencer da importância da questão religiosa e da não-razão da indiferença acerca deste assunto; ao segundo, para o arrancar da incredulidade; a ambos, finalmente, para os levar à reflexão, ao estudo e à conversão. Quer se dirija aos crentes, quer se dirija aos incrédulos, a apologética tem sempre em vista levar as almas à certeza concreta da revelação. Ora, há muitas escolas filosóficas que negam ao homem a capacidade de atingir a verdade. Será, pois, conveniente, resolver o problema da certeza.
b. Enquanto defensiva, a apologética visa só os anticrentes e tem por fim refutar os seus preceitos e objeções. Dizemos anticrentes e não incrédulos, porque ordinariamente os incrédulos limitam-se a não crer, ao passo que os anticrentes têm uma religião especial - a religião da ciência, da humanidade, da democracia, da solidariedade, etc. - que dirigem contra a religião católica.
5. Importância
A importância da apologética deduz-se destes dois motivos:
a. É o preâmbulo da fé. Lembremo-nos, que a fé exige o concurso da inteligência, da vontade e da graça. Ora, a missão da Apologética é levar o homem até ao limiar da fé, torna-la possível, provando que é racional. As provas, que a apologia nos fornece acerca do facto da revelação, devem levar-nos a formar dois juízos: a revelação manifesta-se-nos com evidência objectiva e portanto é digna de crédito (credibile est), juízo de credibilidade; se é digna de crédito, há obrigação de crer (credendum est), juízo de credendidade. O primeiro é de ] ordem especulativa, dirige-se só à inteligência; o segundo vai mais longe, atinge a vontade: é um juízo prático. Se considerarmos os factos, a questão para nós não existe, está resolvida antes da discussão, porque, seja qual for a religião a que pertençamos, todos a recebemos do nosso meio e da nossa educação; veio-nos por intermédio dos nossos pais e dos nossos mestres. Muitos há que a aceitam sem discussão nenhuma, fundados somente na autoridade. Mas pode chegar um momento em que a dúvida assalte o espírito, e seja necessário armar a fé contra os ataques inimigos. Não recomendava já o Apóstolo Pedro aos primeiros cristãos que andassem preparados para dar razão de sua crença quando lha pedissem? (I Ped. 3, 15). Hoje, ainda mais do que então, devem os Adventistas conhecer os motivos da sua fé e saber explicá-los aos outros. É bom advertir que não se pode duvidar da fé, embora seja permitido sujeitá-la a exame. Aos que dizem que é preciso fazer primeiro tábua rasa da fé para chegar à verdade, responde Leibniz: “Quando se trata de dar a razão das coisas, a dúvida para nada serve... Que se faça um exame para passar a dúvida..., passe. Mas que, para examinar. Seja necessário começar por duvidar, é isso o que eu nego”.
b. A apologética é a condição necessária da Teologia. Com efeito, a exposição da doutrina da fé Adventista (Apocalipse 14:12; Romanos 10:17; “Eis o soberbo! A sua alma não é recta nele; mas o justo pela sua fé viverá” Hab.2:4) já supõe a fé, e só tem em vista os crentes. Donde se segue que apesar de terem pontos de contacto e de se ocuparem igualmente da revelação bíblica, diferem contudo no ponto de partida e no desenvolvimento. De facto, o apologista, só com o instrumento da razão, eleva-se das criaturas ao Criador, a um Deus revelador, e chega à constação que a Igreja é dirigida pelo Espírito Santo; ao passo que a Teologia segue a ordem inversa: partindo do ponto onde chega a apologética, isto é, da imutável Palavra de Deus não chega com a infalível certeza que ela é compreendida de forma Indutiva, ou seja, da Bíblia para a doutrina (Is. 28:10) e expõe os ensinamentos da fé.
Etimologicamente, a palavra apologética (do grego apologèticos, apologia) significa justificação, defesa. Apologética é, pois, a justificação e defesa da fé cristã.
2. Objectivo
A apologética tem dois fins:
a. Justificação da fé cristã.. Considerando a religião no seu fundamento (isto é, no facto da revelação cristã, de que a Igreja fundada por Cristo e pelos Seus Apóstolos se diz a única depositária fiel), a apologética expõe os motivos de credibilidade, que provam a sua existência. Deve, portanto, resolver esse problema: havendo neste mundo tantas religiões, qual será a verdadeira? Ora, o apologista fiel sustenta que só a sua fé é a verdadeira, e que o é na realidade; deve, pois, provar essa asserção. Este primeiro trabalho constitui a apologética demonstrativa ou construtiva.
b. Defesa da fé cristã. A apologética não só apresenta os títulos que tornam a Igreja Cristão (a Vedadeira, Igreja Adventista do Sétimo Dia) credora da nossa adesão, mas também enfrenta os adversários, respondendo aos seus ataques. E como os ataques variam com as épocas segue-se que deve evoluir e renovar-se incessantemente, pondo de parte as objeções antiquadas e apresentando-se no campo escolhido pelos adversários, para os combates da hora presente. Sob este segundo aspecto, a apologética tem um caráter negativo, e chama-se apologética defensiva.
3. Corolário: Apologética e apologia
Não são termos sinónimos. "Apologética significa propriamente ciência da apologia, do mesmo modo que dogmática significa ciência do dogma.. A apologética é a defesa científica do Cristianismo pela exposição das razões em que se apoia. Uma apologia é a defesa a um ataque” (Hettinger, Théol. Fond. t. I.).
O objectivo da apologética é, portanto, mais geral. A apologia limita-se a defender um ponto da doutrina bíblico no campo do princiio, da moral ou da disciplina. Prova, por exemplo, que o mistério da Trindade. Trindade não é absurdo; que negar a Trindade é imoral ou contra a moral do cristianismo e portanto injusto; que o celibato cristão, como dom, não é digno de censura, enquanto que imposto é imoral. A apologia remonta às primeiras eras do Cristianismo; a ciência apologética aparece mais tarde, e está sempre em via de formação ou, pelo menos, de aperfeiçoamento.
II - FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA APOLOGÉTICA
4. Finalidade da Apologética
Do objectivo da Apologética deduz-se claramente o fim que se propõe.
a. Enquanto demonstrativa, dirige-se não só ao crente, mas também ao indiferente e ao ateu:
1. Ao crente para o arraigar nas suas convicções, mostrando-lhe os sólidos fundamentos da sua fé, iluminando-lhe a inteligência e fortificando-lhe a vontade;
2. Ao indiferente ao ateu: ao primeiro, para o convencer da importância da questão religiosa e da não-razão da indiferença acerca deste assunto; ao segundo, para o arrancar da incredulidade; a ambos, finalmente, para os levar à reflexão, ao estudo e à conversão. Quer se dirija aos crentes, quer se dirija aos incrédulos, a apologética tem sempre em vista levar as almas à certeza concreta da revelação. Ora, há muitas escolas filosóficas que negam ao homem a capacidade de atingir a verdade. Será, pois, conveniente, resolver o problema da certeza.
b. Enquanto defensiva, a apologética visa só os anticrentes e tem por fim refutar os seus preceitos e objeções. Dizemos anticrentes e não incrédulos, porque ordinariamente os incrédulos limitam-se a não crer, ao passo que os anticrentes têm uma religião especial - a religião da ciência, da humanidade, da democracia, da solidariedade, etc. - que dirigem contra a religião católica.
5. Importância
A importância da apologética deduz-se destes dois motivos:
a. É o preâmbulo da fé. Lembremo-nos, que a fé exige o concurso da inteligência, da vontade e da graça. Ora, a missão da Apologética é levar o homem até ao limiar da fé, torna-la possível, provando que é racional. As provas, que a apologia nos fornece acerca do facto da revelação, devem levar-nos a formar dois juízos: a revelação manifesta-se-nos com evidência objectiva e portanto é digna de crédito (credibile est), juízo de credibilidade; se é digna de crédito, há obrigação de crer (credendum est), juízo de credendidade. O primeiro é de ] ordem especulativa, dirige-se só à inteligência; o segundo vai mais longe, atinge a vontade: é um juízo prático. Se considerarmos os factos, a questão para nós não existe, está resolvida antes da discussão, porque, seja qual for a religião a que pertençamos, todos a recebemos do nosso meio e da nossa educação; veio-nos por intermédio dos nossos pais e dos nossos mestres. Muitos há que a aceitam sem discussão nenhuma, fundados somente na autoridade. Mas pode chegar um momento em que a dúvida assalte o espírito, e seja necessário armar a fé contra os ataques inimigos. Não recomendava já o Apóstolo Pedro aos primeiros cristãos que andassem preparados para dar razão de sua crença quando lha pedissem? (I Ped. 3, 15). Hoje, ainda mais do que então, devem os Adventistas conhecer os motivos da sua fé e saber explicá-los aos outros. É bom advertir que não se pode duvidar da fé, embora seja permitido sujeitá-la a exame. Aos que dizem que é preciso fazer primeiro tábua rasa da fé para chegar à verdade, responde Leibniz: “Quando se trata de dar a razão das coisas, a dúvida para nada serve... Que se faça um exame para passar a dúvida..., passe. Mas que, para examinar. Seja necessário começar por duvidar, é isso o que eu nego”.
b. A apologética é a condição necessária da Teologia. Com efeito, a exposição da doutrina da fé Adventista (Apocalipse 14:12; Romanos 10:17; “Eis o soberbo! A sua alma não é recta nele; mas o justo pela sua fé viverá” Hab.2:4) já supõe a fé, e só tem em vista os crentes. Donde se segue que apesar de terem pontos de contacto e de se ocuparem igualmente da revelação bíblica, diferem contudo no ponto de partida e no desenvolvimento. De facto, o apologista, só com o instrumento da razão, eleva-se das criaturas ao Criador, a um Deus revelador, e chega à constação que a Igreja é dirigida pelo Espírito Santo; ao passo que a Teologia segue a ordem inversa: partindo do ponto onde chega a apologética, isto é, da imutável Palavra de Deus não chega com a infalível certeza que ela é compreendida de forma Indutiva, ou seja, da Bíblia para a doutrina (Is. 28:10) e expõe os ensinamentos da fé.