segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O PERDÃO – DOM DE DEUS

Quando falamos do perdão, entramos no lugar Santíssimo, porque ali está a presença de Deus, para outorgar o verdadeiro perdão.

INTRODUÇÃO
A         ILUSTRAÇÃO – ATUAÇÃO HUMANA
O telefone tocou, é o esposo a chamar a esposa de quem está separado. Ele diz com voz irada: - “Eu quero devolver na mesma medida, para que sintas como eu me sinto.” - “Quero que pagues pelo que me fizestes.” - “Deves saber o que é sofrer.”
Assim é a maneira como reage o ser humano frente a uma ofensa.


B         COMO REAGE DEUS?
            Deus te diz:
1.         “Eu quero dar-te o presente do perdão.”
Deus nos dá alternativas preciosas para o perdão.
            São Marcos 11:25 e Miqueias 7:18.
C         O PERDÃO BARATO DO HOMEM   
            Este é o perdão rápido, que deixa grandes desavenças.

I          COMO É O PERDÃO VERDADEIRO?
            É um processo completo, que tem duas partes:

          Todo verdadeiro perdão vem de Deus. É incondicional Deus em Cristo nos perdoou.  Efésios 1:7.
          Deus fez uma decisão em Cristo.  Decidiu perdoar-nos.  Portanto, converteu-Se numa fonte inesgotável de perdão.

1.         São Lucas 23:34 – Este é o perdão incondicional de Deus:
a)         Antes que o ofensor peça perdão, o perdão já está ali.  Em que consiste este perdão?
a.1       É  decisão divina de não devolver por mal.
a.2       É tirar o desejo de vingança.
a.3       Concede liberdade ao ofensor, para que ele procure a
reconciliação.  Este nasce no entendimento do que Cristo fez tudo por nós.

2.         Prepara o caminho ao verdadeiro perdão.
a)         Abre para o ser humano a porta da prisão, para que saia o prisioneiro da vingança, do rancor.
b)         Reconhece que o caminho é longo e difícil antes de estar em harmonia com Deus e seu próximo.

II         SINAIS DO VERDADEIRO ARREPENDIMENTO
1.         Estará disposto a entrar nos sentimentos da outra pessoa.  A sentir a dor do outro, compartilhando a dor que o outro sente.
2.         Assumir sua responsabilidade e estar disposto a restituir.
3.         Desejar uma mudança de conduta pessoal.
4.         São Lucas 7 – ama mais aquele que se sente totalmente perdoado.
5.         No processo do perdão, às vezes nos amamos, outras nos afastamos.
6.         Devemos saber que as cicatrizes não desaparecem de imediato.
7.         Devo aprender a escutar e a escutar uma e outra vez.

III       O PERDÃO CONDICIONAL
1.         Está condicionado a minha atitude de perdoar ao meu próximo.
São Mateus 18:21 – Quantas vezes perdoarei a meu irmão?
a)         O devedor de 10.000 talentos...  Isto era o equivalente a todos os impostos das cinco províncias da Palestina.  Esta dívida era impagável.
Mateus 18:26 -           “... Sê paciente comigo e tudo te pagarei.”  A verdade era que nem trabalhando toda sua vida somente para pagar a dívida, nunca poderia pagar tudo ao credor.
Mateus 18:27 -           “E o Senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.”  Perdoou toda a sua dívida.  Isto é o perdão incondicional. Sem dúvida, isto somente seria efetivo se ele aceitasse o perdão de Seu Criador, sobretudo no trato com os demais.
b)         O devedor encontrou alguém que lhe devia somente cem denários, uma quantia pequena. Será que este dinheiro conseguiria pagar sua dívida de 10.000 talentos? Certamente que não.
c)         Como esse devedor não perdoou a seu próximo. Mateus 18:30, Deus tampouco o perdoou.  Mateus 18:32-35.  O perdão de Deus está condicionado a minha atitude de perdoar a meu próximo.

2.         Está condicionado à confissão. I São João 1:9.
a)         Deve haver arrependimento genuíno. São Lucas 17:3,4.
b)         Temos que passar pela experiência da confissão e do perdão pessoal, para logo perdoar aos demais.
c)         Maria que foi perdoada de seus muitos pecados,  portanto amou.  São Lucas 7:36-50 – “... Mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.” Verso 47.

CONCLUSÃO
A         Em todo perdão verdadeiro tem que haver comunicação, diálogo.  Assim deve resolver-se a causa do conflito.
B.        O verdadeiro perdão envolve todo um processo, deve passar um tempo para que estas feridas se fechem.  Há um processo de adaptação de um com o outro, mesmo com suas imperfeições.
C.        Assim você fará tudo o que está ao seu alcance para mudar uma atitude negativa e hostil para uma atitude permanente de aceitação e controle, onde o Espírito Santo o ajudará no controle de suas emoções.

D.        Do verdadeiro perdão, nasce o amor.

domingo, 29 de setembro de 2013

Plena Confiança em Deus

Introdução
- Inicio este sermão lançando a seguinte pergunta: Você é ansioso e tem vivido em ansiedade? Pois, bem, quero através deste estudo, pela graça de Deus, mostrar na Palavra o caminho para a vitória sobre a ansiedade. Segundo o dicionário Aurélio, ansiedade significa: “Estado afetivo em que há o sentimento de insegurança”.
- Quer dizer, que quando damos vazão à ansiedade em nossos corações, estamos cultivando o sentimento de insegurança, que é algo que não vem de Deus. Na realidade, o ansioso não confia que Deus possa agir em tal área de sua vida, ele cultiva a ansiedade em saber como será o casamento daqui vinte anos, ansiedade por um negócio que ainda não se concretizou, ansiedade em possuir, em ter, em comprar, ansiedade em terminar aquele curso, ansiedade pelo nascimento de um filho e até ansiedade em esperar as promessas de Deus.
- Em Mateus 6:24-34 Jesus exorta os seus discípulos a não viverem na ansiedade, a não se preocuparem, é como se Jesus estivesse a dizer por outras palavras: “Relaxe, No Stress, fique tranquilo, deixa comigo”. Quando nos preocupamos (ansiedade) com as coisas da vida (Comida, bebida e vestuário) esquecemos das coisas de Deus.
- Quando focamos a nossa vida e direcionamos as nossas forças em buscar as realizações dos nossos desejos carnais, não fazemos a vontade de Deus, pois deixamos a ansiedade tomar conta de nós. Podemos dizer que a ansiedade atrapalha a vida cristã. Jesus procura combater a ansiedade dos seus discípulos, que tinham deixado tudo para O seguir, basta ver, as inúmeras vezes que aparece à expressão: “Não se preocupem” (5 vezes).
- O Apóstolo Paulo escreve em Romanos 8:37 que somos mais do que vencedores, por meio de Cristo Jesus, por isso, o tema da nossa meditação é vencendo a ansiedade, porque na cruz Jesus nos fez mais que vencedores, e nos deu a vitória sobre todas as coisas (1 Coríntios 15:57). Vemos em Mateus 6:24-34 três estratégias claras para vencermos a ansiedade em nossas vidas.

I – Optando em servir somente a Deus (v.24)
- Ao lermos o v.24 percebemos que há um conflito em servir a Deus e o dinheiro, que no grego significa Mamom (deus cultuado por muitos povos vizinhos do povo de Israel no período do Antigo Testamento). Sabemos que uma das primeiras orientações que Deus falou ao seu povo através de Moisés em Êxodo 20:1-6 é o culto exclusivo a Ele como Criador e Mantenedor, o serviço dedicado somente a Deus. Torna-se claro que Deus não divide o trono com ninguém, nem do universo e nem o do nosso coração.
- O cristão precisa estar atento ao seu contexto, vivemos numa sociedade do culto ao dinheiro, basta ligarmos um aparelho de TV, acessarmos a Internet, lermos uma revista, olharmos para as propagandas espalhadas pela cidade: “Compre, tenha, é seu, troque o seu carro por uma ainda melhor, vai pagar quanto, tudo em 1000 vezes sem juros, compre e ganhe”.
- Segundo René Padilla vivemos na era da ideologia do consumo, sobre isso ele escreve: “Os meios massivos de comunicação se encarregam de difundir, tanto nos bairros ricos como nas favelas dos grandes centros urbanos, a imagem de felicidade, o homo consumens”.
- Imagine que como Satanás fez com Jesus em Mateus 4:8-9, oferecendo a Jesus todos os reinos da terra e o seu esplendor pela sua adoração, hoje ele procura atingir-nos oferecendo esse estilo de vida consumista, mas sendo necessário o serviço ao dinheiro (Mamom). Para Jesus não há como servir a dois senhores, por isso temos que professar publicamente a nossa fé declarando e crendo nas palavras de Jesus em Mateus 4:10: “Afasta-te, Satanás! Pois está escrito: Adora o Senhor, o seu Deus, e só a ele presta culto”.
- Podemos afirmar que a vitória sobre a ansiedade acontece quando optamos em servir somente a Deus, de viver segundo a sua vontade, os seus princípios e as suas ordenanças para as nossas vidas. Podemos afirmar que a ansiedade é fruto do amor ao dinheiro, do serviço ao dinheiro (1 Timóteo 6:10). Nota: “O dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo senhor”.
- Nunca se esqueça que servir a Deus é a melhor opção, basta lembrar o Salmo 40:4: “Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança e não vai atrás dos orgulhosos (idolatras) dos que se afastam para seguir deuses falsos”, e de Marcos 12:29-30 onde Jesus nos ensina a amarmos a Deus acima de todas as coisas.

II – Crendo na paternidade de Deus (vv.25-32)
- Certa vez estava a ler uma reportagem sobre a pessoa de Jesus, e o autor daquele artigo afirmou que Jesus trouxe uma proposta de relacionamento com Deus inédita, algo que revolucionou a religiosidade humana. No Antigo Oriente, enfim, nos dias de Jesus as pessoas tinham a crença de um Deus distante e inacessível, até por isso, muitos afirmam que a religião é a busca do ser humano por Deus. Mas, qual foi à inovação de Jesus? Ele chamou Deus de Pai, e é no Sermão da Montanha que Jesus torna isso público (Conferir: Mateus 5:16; 5:48; 6:9; 7:21 e outros).
- E com toda a certeza uma das principais características da paternidade de Deus é cuidar dos seus filhos e filhas. Por isso, Jesus inicia o v.25 dizendo que não nos devemos preocupar com a nossa vida, com o que vamos comer, beber e vestir, porque temos um motivo relevante para deixarmos a ansiedade, Deus é o nosso Pai Celestial.
- No v.26 vemos que o Pai celestial alimenta as aves do céu, no v.28 vemos que o Pai Celestial veste os lírios dos campos de forma magistral e no v.32 vemos que o Pai celestial sabe de tudo o que eles precisam, por isso Jesus iniciou o v.25 (Revista e Atualizada) dizendo: “Não andeis ansiosos pela vossa vida…”.
- Percebo que muitos cristãos vivem ansiosos em alcançar a proposta de vida do mundo, de ter, de possuir a qualquer custo, mesmo sacrificando a família, mesmo sacrificando a saúde física, mesmo sacrificando o seu relacionamento com Deus. Interessante que as aves do céu, não semeiam, nem colhem e nem armazenam (v.26). Interessante que os lírios do campo não trabalham e nem tecem, mas se vestem melhor que o rei Salomão (vv.28-29). Não pensem que a nossa apologia é que ninguém precisa mais trabalhar, estudar ou correr atrás dos seus objetivos, estamos a refletir que devemos confiar na provisão e no sustento do Pai Celestial.
- Quando afirmo que devemos crer na paternidade de Deus é porque Jesus chama os seus discípulos de homens de pouca fé (v.30). Sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6), que a fé é a certeza de fatos que se não vem, de coisas que ainda não existem (Hebreus 11:1). Pela fé temos que crer, pois para Jesus, quem vive sempre na ansiedade, em busca das realizações terrenas é aquele que não crê (vv.31-32). Creia que nosso Pai Celestial nos abençoa com coisas boas (Mateus 7:11).

III – Esperando nas promessas de Deus (vv.33-34)
- Certa vez um pastor pregou um sermão sobre oração, em certo momento, ele disse que Deus responde às nossas orações de três maneiras: Sim, Não e Espera. Esperar nunca é fácil, aguardar por algo causa sempre alguma ansiedade, que é o que nós não queremos mais ter nas nossas vidas.
- Esperar em Deus é sempre a melhor posição pois o nosso Deus renova as forças daqueles que n´Ele esperam (Isaías 40:31) e Ele é o Deus que trabalha para aqueles que nele esperam (Isaías 64:4). No Salmo 27:14 o salmista exorta da seguinte maneira: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor”.
- Mas, que promessa de Deus encontramos em Mateus 6:33-34? De que Deus estará suprindo todas as nossas necessidades. Se olharmos para a Palavra de Deus como um todo, vamos perceber que toda promessa requer um compromisso, requer um posicionamento do cristão, não é uma panasseia, porém, os que terão a provisão das suas necessidades por Deus, são aqueles que buscam o reino de Deus em primeiro lugar, o que para o Apóstolo Paulo não é comida e nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17).
- Buscar a Deus em primeiro lugar é o remédio eficaz para combater a ansiedade. A pessoa que vive ansiosa não tem tempo em buscar o reino de Deus em primeiro lugar, a pessoa que é dominada por esse sentimento de insegurança, segundo a definição do dicionário Aurélio, jamais se lançará nos braços de Deus para o serviço cristão (completamente), para viver a vida cristã na sua plenitude. Não podemos esquecer que o grande diferencial da igreja, principalmente nos relatos do Novo Testamento, os cristãos colocaram sempre em primeiro lugar o Reino de Deus nas suas vidas.
- Por isso Jesus diz no v.34 que não devemos nos preocupar (ansiedade) com o dia de amanhã, ele nos exorta a vivermos o dia de hoje, pois se esperamos na promessa de Deus, de que ele suprirá as nossas necessidades, não teremos espaço na nossa vida para ansiedade.
- Da mesma forma que ele alimenta as aves do céu, da mesma maneira que Ele veste os lírios dos campos e vê as suas necessidades, Ele suprirá a nossa. É nesse sentido, que o Apóstolo Paulo também exorta os cristãos filipenses a não andarem ansiosos (Filipenses 4:6-7), pelo contrário, eles são orientados a apresentarem a Deus, a esperarem em Deus, tendo os seus corações cheio da paz de Deus que excede todo o entendimento humano. Os que esperam na promessa de Deus trocam a ansiedade pela paz de Deus.

Conclusão
- Como vencer a ansiedade? Creio que se optarmos em servir somente a Deus, se crermos que ele é nosso Pai Celestial e se esperarmos nas suas promessas, com toda certeza teremos a vitória sobre a ansiedade. Algo que ficou claro no nosso coração é que viver em ansiedade é pecado, pois demonstra a nossa falta de dependência e confiança em Deus, no seu cuidado e provisão, por isso que possamos seguir as orientações do Apóstolo Pedro: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1 Pedro 5:7).
- Que Deus nos abençoe e nos ajude a caminharmos em vitória sobre a ansiedade e nos ajude a resistirmos a toda proposta de estilo de vida consumista, vivendo uma vida simples e que glorifique a Deus. Em nome de Jesus, Amém!

José Carlos Costa, pastor

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AS QUATRO LEIS ESPIRITUAIS DO CASAMENTO

A. Introdução - Génesis 2.24
Amados irmãos e amigos. Sejam bem-vindos para este culto de adoração ao Senhor nosso Deus, onde este casal nos recebe para invocar a bênção de Deus sobre o seu casamento.
Assim como existem leis na sociedade e na natureza, o casamento tem as suas leis, tem os seus princípios, que precisam ser respeitados para que a vida a dois, se torne bem sucedida.
B. Nesta ocasião, gostaríamos de falar sobre quatro princípios ou leis espirituais que se aplicam ao casamento, que podem ajudar um casal a ter uma vida conjugal bem sucedida:
1       Em primeiro lugar, temos a subtração.
O casamento começa com a subtração… é quando o homem deixa seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher.  A Bíblia fala sobre isso em Gn. 2.24: “…o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”.
Primeiro se deixa para depois se unir.
Então, chega uma hora, chega um dia, que os pais precisam liberar os filhos para que eles, verdadeiramente, batam asas do ninho e comecem uma nova jornada na vida… a partir de então, os pais não devem mais interferir tanto na vida dos filhos, porquanto, agora estão casados, constituindo uma nova família.
Por outro lado, os filhos precisam de independência emocional e financeira. Isto é o que chamamos de amadurecimento. Para isso acontecer o cordão umbilical da dependência emocional e financeira precisará cortado.
Poderíamos até dizer que esta é a primeira operação matemática no casamento: a subtração… o deixar pai e mãe. Deus mesmo estabeleceu assim.
2       Depois da lei da subtração,  vem a lei da adição.
O homem depois que deixa pai e mãe deve unir-se à sua mulher… é a soma, é a união dos dois!
E essa união é, conforme Deus planejou, indissolúvel… é uma união de sonhos,  de alvos, de propósitos…
E é também uma união física… no casamento o homem e a mulher se tornam uma só carne.
Está escrito, não é? “…o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”.
Na criação, a Bíblia revela que Deus formou Adão e dele formou Eva… então, de um, Deus fez dois; mas no casamento, de dois Deus faz um: faz uma só carne.
Por isso, amados irmãos, o casamento de vocês é uma adição.
E deve haver esforço constante para haver adição de amor, adição de afeto, de respeito, perdão, troca de experiências, e aprendizado com os próprios erros.
Saibam irmãos, que no casamento, quando se adiciona, se recebe de volta, seja o bem ou o mal, pois aquilo que semeamos colhemos, seja em forma de bem ou mal. É o princípio da semeadura: o que você planta, você colhe…
Se vocês adicionarem o perdão, ou respeito, será isso que vocês irão colher em maior quantidade.
3       A terceira lei espiritual do casamento é a multiplicação.
Um casamento que passou pela subtração e adição é completo em si mesmo, e como consequência Deus ainda dá a bênção da multiplicação.
A bênção da multiplicação vem:
Quando Aprendemos a ser fieis a Deus nas pequenas coisas. Lembremos as palavras de Jesus em Mateus 25:21: “….foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei…”.
Por meio de filhos. Quando os filhos vêm, com eles se multiplicam também os sonhos, pois a Bíblia ensina que filhos são herança de Deus e que são também como flechas nas mãos do guerreiro.
Quando colocamos o que temos a disposição de servir o reino. Ela veio para alimentar uma multidão que tinha mais de cinco mil pessoas. Veio quando um rapaz que tinha apenas cinco paes e dois peixinhos colocou-os a disposição do Reino.
No casamento, como está acontecendo hoje com vocês, Deus abre o portal da esperança para o mundo, pois ao mesmo tempo em que uns estão encerrando a carreira, outros estão começando; enquanto uns estão descendo a ladeira da vida, outros estão subindo sua colina, cheios de esperança em Deus.
Portanto, recebam a multiplicação como bênção. Que  “…a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados…”.  (Judas verso2).
4       A quarta lei espiritual do casamento é a da divisão.
No casamento, não se deve acumular coisas, acumular experiências… mas se deve repartir, se deve compartilhar.
O marido nunca deverá querer tudo para si mesmo e nem a esposa deverá querer tudo para si mesma… mas devem dividir o que se tem com alegria.
Assim sendo, no casamento de vocês, que começa hoje, Deus espera mais investimento do que cobrança… no casamento, Deus espera que vocês venham dar mais do que receber… que vocês venham repartir mais do que reter.
No casamento de vocês não deverá haver espaço para o egoísmo, mesmo porque o amor não é egoísta, não visa seus próprios interesses, mas busca a realização da pessoa amada.
Quem ama dá. Quem ama reparte. Quem ama divide o que tem.
E vocês sabem que na matemática, quando dividimos o que temos, ficamos com um saldo menor… mas, no casamento, quanto mais vocês compartilharem, quanto mais vocês repartirem, quanto mais vocês dividirem com outros, maior será o saldo de vocês, maior será o crescimento de vocês!
C. Conclusão
Assim, meus amigos é a matemática do casamento:
É preciso deixar para se unir.
É preciso unir para multiplicar.
E é preciso dividir para continuar a crescer, ter saldos maiores.

Estes princípios são importantes porque, “…todo casamento precisa ser uma casa solidamente edificada sobre a rocha, capaz de permanecer em pé ainda que haja chuva no telhado, rio nos alicerces, vento nas paredes”.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Chamados a Uma Missão e para ela Fomos Dotados

João 15: 1-27
"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda." João 15: 16.
Introdução
A igreja exerce um papel profético. Embora enfrente crises e obstáculos, tem a grandiosa promessa de Jesus: “Eis que estou convosco”. Seu grande desafio é permanecer firmada em Jesus, a fim de dar fruto, Jo 15: 5.
Para que os planos e estratégias da Igreja sejam bem-sucedidos, cada crente precisa entender que não foi chamado para viver dentro das quatro paredes do templo. Ele precisa ser o sal da terra e a luz do mundo, pregar contra o pecado e ter uma vida frutífera, Mt 5: 13 e 14. Este é nosso tema de hoje.
1.      Chamados a dar frutos.
Na alegoria de João 15: 1-27, Jesus se apresenta como sendo a “videira verdadeira”. Seus discípulos são os ramos e só frutificam se estiverem ligados a Ele, fonte verdadeira de vida. Nesse processo divino, todo ramo que não dá fruto é cortado e lançado fora; e todo aquele que dá fruto requer um cuidado especial, para que frutifique ainda mais, v. 2.
A vida de frutificação pregada por Jesus precisa ser vista como base de crescimento e maturidade da Igreja. Deus não está interessado em salvar o pecador simplesmente para usufruir de suas bênçãos. Ele requer de cada cristão uma vida frutífera.
a) O chamado é para todos. Não são apenas alguns que precisam santificar suas vidas, orar, pregar a Palavra, etc. Todos os salvos têm os mesmos compromissos diante de Deus. Quando o Senhor voltar para buscar sua Igreja, pedirá contas a todos, 2 Co 5: 10.
b) O compromisso é pessoal, Jo.15: 4. Jesus atribui a cada cristão a missão de trabalhar pelo crescimento da igreja. Essa individualidade implica compromisso pessoal e envolvimento diário por parte de cada um de nós, como um corpo bem ajustado, 1 Co 12: 12.
2. Aperfeiçoando os talentos.
Deus jamais exigiria de um cristão uma vida de frutificação sem antes prover os recursos necessários para o trabalho. Se não fosse assim, poderíamos nos escusar quando o Senhor viesse para ajustar as contas com sua igreja. A parábola dos talentos, narrada em Mt 25: 14-30, ilustra esta verdade. A história diz que certo homem ausentou-se de sua terra e entregou seus bens a seus servos, para serem trabalhados com disposição, seriedade e coragem. O que nos ensina esta passagem?
a) Talento gera talento. O homem que recebera cinco talentos ganhou com eles outros cinco; o que tinha dois granjeou outros dois, w. 20 e 22. A diligência levou à multiplicação. Então, se talento gera talento, poe-se dizer que ovelha gera ovelha. Para tanto, cada crente precisa colocar suas aptidões cristãs a serviço do Reino de Deus. É maravilhoso saber que quando usamos nossos talentos e dons na obra de Deus, a Igreja é favorecida e abençoada.
b) Frutificar requer esforço e trabalho. Os servos se esforçaram para que os talentos se multiplicassem. Trabalharam com seriedade, porque sabiam que seu senhor haveria de voltar a qualquer momento e pediria contas dos bens. Aquele que recebeu um talento nada fez para que o valor recebido fosse multiplicado; sequer o entregou aos banqueiros, v. 27.
Na vida espiritual também é assim. Nada acontece sem que haja esforço, empenho, disposição e amor. O Senhor disse a Josué: "Esforça-te, e tem bom ânimo…" Js 1: 9.
3.O perigo de não dar fruto.
Para ilustrar este ponto, vamos à parábola da figueira estéril, Lc 13: 6-9. Aprendemos as seguintes lições:
a) Fidelidade e privilégios. O Judaísmo foi comparado por Jesus a uma figueira infrutífera. Esperava-se que entre o povo escolhido houvesse fé, devoção, contrição e santidade. No entanto, havia apenas formalismo religioso e pecados ocultos. Deus não queria folhas, mas frutos. Deus exige fidelidade proporcional às aptidões espirituais que Ele nos concede.
b) Uma igreja infrutífera. Qual não foi a decepção do senhor da vinha que, durante três anos, não pôde encontrar um fruto sequer em sua plantação. O povo escolhido não estava correspondendo ao chamado de Deus. Por isso, estava sendo infrutífero em suas realizações, como uma planta que ocupa a terra inutilmente, v. 7. Muitas igrejas hoje assemelham-se ao Israel daquela época. A cada ano Deus tem procurado frutos, mas nada tem encontrado.
Conclusão:
Assim como a figueira, o cristão infrutífero na vida espiritual corre o risco de ser cortado. O que contribuiu para que a figueira infrutífera não fosse cortada foi a pronta e amorosa atitude do vinhateiro, Lc 13: 8, 9. No entanto, nada se sabe sobre o seu o seu fim. Mas, uma coisa é certa, ela teve a oportunidade de continuar plantada, para apresentar os frutos ao seu senhor.

Deus tem dado a cada crente muitas oportunidades de se envolver com o crescimento da igreja. Vamos aproveitá-las e, com muita dedicação, fazer a obra do Senhor.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Diante da Morte - Funeral


Sermão para ocasião especial: Funeral    

Título: Diante da morte
Texto: São João 11: 25,26.



Introdução:
A – Este é um momento de tristeza para todos nós...
B – O ser humano não se acostuma com a morte. Ninguém quer morrer. Todos nós gostamos da vida.
Experiência de Steve Jobs, o poderoso da Apple. Estando com um câncer sem cura, prestes a morrer, foi convidado a falar na numa universidade. Aproveitou para falar de sua doença e da esperança de continuar vivendo. Dizia: “Ninguém quer morrer. Nem mesmo aqueles que aspiram a um lugar no céu querem morrer. Eles preferem continuar vivos”.
Acredito que Steve Jobs tenha razão. Porque, se aqui neste cemitério, eu procurasse se alguém quer ir para o céu agora que caia neste buraco, quem iria cair? Certamente ninguém gostaria de ser sepultado, porque todos amam a vida.


I – NÃO NOS ACOSTUMAMOS COM A MORTE
A – Por que o homem não se acostuma com a morte?
1– Porque o homem não foi criado por Deus para morrer.
2– A morte é uma consequência do pecado.
“Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em dele comerdes se vos abrirão  os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. (Gen. 3:4 e 5).
“No suor do rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” (Gen. 3:19).
B – É por isso que todos os homens morrem.
1 – Pode uma criança dizer: “Eu ainda não iniciei a vida”.
2 – Pode um jovem dizer: “Eu ainda não me preparei para a vida”.
3 – Pode um idoso dizer: “Eu ainda não me enfadei da vida.”
B – A morte é inexorável. Quando Ela chega não escolhe:
1– Idade, sexo, cultura, religião, posição social, cor da pele...
2– Diante da morte todos os homens são iguais.
a)No cemitério, todos os homens estão no mesmo nível.


II – O SALÁRIO DO PECADO.
A – Que aceitemos ou não, a morte é o salário do pecado.
1 – São Paulo diz: “Porque o salário do pecado é a morte”. (Rom. 6:23 primeira parte).
2 – Mas, na segunda parte do verso, há uma esperança: “Mas o dom gratuito de Deus é a  vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Segunda parte).

III – HÁ ESPERANÇA PARA O PECADOR MORTAL
A – A morte não é o fim.
1 – Os mortos viverão outra vez por ocasião da volta de Jesus. Foi o próprio Jesus que disse: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do  juízo”. (S. João 5:28 e 29).

IV – PARA O CRENTE, A MORTE É UM SONO.
A – Jesus ilustrou este fato com a morte de Lázaro.
1 – O lar de Lázaro, Maria e Marta era o lugar onde Jesus sempre encontrava abrigo. Lázaro adoecera e logo em seguida veio a falecer. Jesus estava em outra província distante, quando soube do que acontecera.
2 – Jesus disse a seus discípulos: “Nosso amigo Lazaro adormeceu, mas vou despertá-lo”. (S. João 11:11, 12). Os discípulos, não entendendo a linguagem de Jesus, disseram: “ Senhor, se dorme, então, está vivo.”
3 – Jesus explicou-lhes claramente: “Lázaro morreu.” (V. 14)
4 – Jesus e seus discípulos se dirigiram a Betânia, lugar onde Lázaro, Maria e Marta viviam.


V – DIANTE DA MORTE  
A – Lázaro já estava sepultado fazia quatro dias.
1 – Diante do túmulo Jesus chorou. Quando os incrédulos viram Jesus chorar, pensaram: “Por que deixou Lázaro morrer?”
a)Ele não curou  muitos cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Por que deixou acontecer? Por que agora está chorando?
2 – Você que agora está chorando também, lembre-se: Nem mesmo Jesus se livrou das lágrimas. A Bíblia diz que Jesus chorou duas vezes:
a) Chorou por Jerusalém e chorou no túmulo de Lázaro. 
B – Jesus orou ante ao túmulo de Lázaro. Existem muitos cristãos que acreditam que a pessoa, quando morre se é boa vai logo para o céu; se é má, para o inferno. Mas onde estava Lázaro? No céu ou no inferno? 
1 - Em nenhum dos dois lugares: Lázaro estava na sepultura.
2 – Jesus disse: “Lazaro, vem para fora”.
a)Lázaro saiu do túmulo, onde estava há quatro dias.
C – Jesus é a ressurreição e a vida. 
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (S. João 11:25, 26).
D – “Crês isto?”
1 – Estas palavras de Jesus foram ditas a Marta, a irmã do morto.
2 – Jesus está dizendo a mesma coisa a nós, aqui, neste momento de dor: “Crês tu na ressurreição?”
a)”Eu sei” - replicou Marta – “que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia”.
(1) E você que me ouve neste momento solene? Você, como Marta, crê na ressurreição?
(2) Jesus nos diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra, viverá.” (S. João 11:25).


Conclusão e apelo:
1 – Deve ser este um momento de profunda reflexão para todos nós. Hoje estamos vivos. Amanhã, não sabemos. Por isso, devemos nos preparar para a morte.
2 – Como está a sua vida com Deus? Se você morresse hoje estaria preparado?
3 – Faço um apelo à família enlutada para viver unida, aguardando a volta de Jesus, quando os mortos irão ressuscitar.
4 – Que Deus abençoe a todos nós. Amém!
Hinos Sugeridos: H.A.  570, 571, 563, 554, 272, 274.


Pr. Emmanuel de Jesus Saraiva 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A POBREZA DE UMA VIDA COM RIQUEZAS!

ECLESIASTES 2.1-11
As riquezas têm sido o alvo de muita gente. Vivendo sob um sistema económico capita­lista e em um contexto cultural e social plenamente consumista, a obtenção de riquezas tem-se traduzido no alvo de vida e realização de muitas pessoas. Muitos pensam que ao atingir uma certa independência financeira, ao montar seu “império” económico, a felici­dade, a satisfação e o sentido da vida vão fluir interiormente, trazendo paz ao coração conturbado. É o pensamento de que quanto mais se tem (bens e riquezas) mais se é algo na vida. Assim sendo, não importa a maneira como se chega a possuir; o importante é possuir.
Vemos o aumento da violência, dos assaltos, sequestros, roubos, extorsões, golpes, ne­gociatas, trapaças, sonegações etc., tudo isso, geralmente, em busca de riquezas. O pior de tudo é que estas pessoas nunca se satisfazem com o que conseguem acumular. É a pobreza de uma vida com riquezas.
1 AMBIENTE HISTÓRICO
O rei Salomão era filho do rei Davi com a ex-mulher de Urias – Bate-Seba. Seu nome significa “pacífico”. O profeta Natã o chamou de Jedidias, que quer dizer “amável do Senhor” (II Sm 12.25). Salomão começou a reinar com a idade de 20 anos. Obediente às orientações de seu pai, seguiu inicialmente os caminhos do Senhor, e por isso recebeu de Deus o presente da sabedoria (I Rs 3.3-28). Assim, Salomão começou seu reinado julgando seu povo com a luz divina. Salomão construiu um império económico invejável (I Rs 10).
Contudo, as suas diver­sas alianças com os povos vizinhos o levaram a inúmeros casamentos, o que acabou prejudi­cando o seu reinado. Ele começou a importar os costumes religiosos destas suas mil mulheres (I Rs 11.1-8), e seu coração se deixou seduzir pelos cultos pagãos. Apesar de toda pompa e riqueza, Salomão viveu dias de profunda pobreza. Seu coração apartou-se do Senhor, ele passou a explorar terrivelmente o povo e a vida se tomou uma enorme vaidade, algo sem sentido, como se lê em Eclesiastes: “correr atrás do vento” (v. 11). Salomão: a pobreza de uma vida cheia de riquezas. Tal condição de vida pode ser assim caracterizada:
2 VIDA CENTRADA NA AUTO-PROMOÇÃO
Salomão, quando começou a reinar, pediu a Deus sabedoria para servir ao povo que liderava, com justiça e verdade. Contudo, sua atuação política e seus conchavos sociais o levaram a um afastamento de Deus e dos ideais que antes sustentava.
Em Eclesiastes 2.1-11 encontramos um ideal alterado. Vemos um homem a serviço de si mesmo. Alguém somente preocupado com seu nome, com seus feitos, com suas obras. Perde-se a conta de quantas vezes aparecem no texto as expressões: “meu”, “minha”, e os verbos na primeira pessoa do singular, em alusão ao “eu”.
A pobreza de uma vida cheia de riquezas é marcada por uma visão absolutizada de si mesmo, onde descarta-se o semelhante e ignora-se Deus, onde a expressão “serviço” deixa de existir no dicionário da vida, a não ser se for para ostentar e evidenciar seu próprio nome.
Hoje, essa postura de Salomão tem tomado conta da vida de muita gente. É a vida ego centralizada, onde “não se move uma palha” pelas necessidades do semelhante e do necessitado. Temos em nosso país pessoas que fazem de tudo para ter seus nomes em desta­que. Pessoas que só se preocupam com seus próprios interesses. A vida de nossa nação tem-se tornado cada vez mais pobre, por causa da vida que está centralizada em si mesma.
3 VIDA PREOCUPADA COM FUTILIDADES
Uma outra realidade da vida de Salomão, no início de seu reinado, era a preocupação com a justiça social, com a verdade dos fatos, com uma política voltada para o bem-estar do povo, com a decência. Ideais nobres, porém frágeis em sua vida que, ao desviar-se de Deus modifica-os terrivelmente.
Em Eclesiastes vemos a tremenda preocupação de Salomão em fazer alguma coisa. Ele procurava satisfação e paz de consciência em suas obras. Mas estas obras não lhe conferiram nada. Diz o texto: “Empreendi grandes obras, edifiquei para mim casas, plantei vinhas, fiz jardins, pomares. Fiz para mim açudes…”(vv.4-6). Mas nada disso preencheu os seus anseios.
A preocupação de uma vida marcada pela pobreza, ainda que cheia de riquezas materi­ais é evidenciada pela consolidação das futilidades. Para muitas pessoas a vida se resume apenas em férias no exterior, gastos astronómicos com carros caríssimos, mansões, praias particulares, banquetes em restaurantes requintadíssimos, grifes… Para muita gente, isto é vida. Que pobreza interior!
Enquanto isso, milhares de pessoas trabalham para amenizar a fome no país. Outras acordam nas madrugadas para enfrentar as filas e as greves nos transportes urbanos das cidades. Moram em barracos nas encostas dos morros que, em épocas de chuva, desabam matando muitos.
As reais necessidades humanas são desprezadas, enquanto se dá grande valor às maio­res futilidades.
4 BUSCA DO PRAZER NA VIDA VAZIA
Outra realidade descrita no reinado iniciante de Salomão, era o prazer que tinha em ser instrumento de Deus para o governo do povo. Uma vez que se perde isto na vida, o homem anda desesperadamente à procura de algo que possa substituir esta realidade.
Eclesiastes apresenta um Salomão boémio, desvairado, inveterado, ébrio, alguém que forja inúmeras alternativas de prazer, para trazer gozo à sua alma. Veja a descrição do texto: “Amontoei para mim prata e outro… provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres”(v.8); e ainda: “Disse comigo: Vamos! eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade…” (v. 1); “resolvi no meu coração dar-me ao vinho…” (V.3).
Veja a luta deste homem para tentar superar a pobreza de sua alma. A tristeza de uma vida sem ideal divino é desfalecida. Uma vida sem Deus torna-se um deserto árido, seco e sem verdor. Não pode haver prazer, nem gozo contínuo. E o homem se torna cativo, escravo de paliativos do prazer.
E desta forma que se explicam os inúmeros casos de depressão, suicídio por “overdose” (no meio elitizado principalmente), os pais de família caídos nas sarjetas, embriagados, o crescimento da prostituição, dos bordéis e motéis que incentivam a promiscuidade sexual como alternativa de prazer. As jovens que se entregam sem pudor às relações sexuais ilícitas e buscam em seguida o aborto para solucionar um problema criado pelo prazer desenfreado. É a Síndrome de Lúcifer, bem descrita na biografia de Judas. O homem totalizando o prazer na vida vazia e sendo escravizado pela sua necessidade de prazer sem Deus.
Entretanto, em meio às desilusões da pobreza de uma vida com riquezas, Salomão chega à mais surpreendente, feliz e sábia conclusão capaz de revestir de sentido a existência humana, tornando-a uma experiência profundamente rica. Ele conclui: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos, porque isto é dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”(Ec 12.13-14).
5 DISCUSSÃO
Por que Salomão chegou à conclusão de que tudo é vaidade e correr atrás do vento?
No meio evangélico há preocupação com as futilidades como acontece no meio secu­lar?

O que você acha do sistema económico que incentiva a acumulação cada vez maior de riquezas?

sábado, 7 de setembro de 2013

As Perguntas de Deus a Jó

“Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? (Rm 9.20).
INTRODUÇÃO
As perguntas são um aspecto importante do ensino. Podem ser usadas para ensinar aos homens o que não sabem ou reforçar aquilo que já sabem. Quando Deus interrogou a Jó, foi para ensinar-lhe coisas que já sabia, mas que recentemente falhara em reconhecer e aplicar. As perguntas de Deus foram calculadas para produzir resultados certos. Esses mesmos resultados podem ser produzidos na sua vida hoje, se você aplicar as perguntas de Deus a si mesmo.
TU ESTAVAS LÁ? (Jó 38.1-7)
Esta seção das Escrituras é a primeira parte de um capítulo contendo aproximadamente 42 perguntas feitas por Deus a Jó (Jó 38.1-41). Todas foram calculadas para fazer com que Jó tomasse consciência de sua atitude errada em relação ao seu sofrimento.
O fato de Deus ter falado a Jó “do meio de um redemoinho” (v. 1) enfatizou o grande poder do Criador. Quando Deus perguntou: “Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” ele não estava pedindo a Jó que se identificasse (v. 2). A ideia que colocou diante dele foi esta: “Quem você pensa que é?” Pretendia com isso censurá-lo pela sua atitude presunçosa. Questionando a justiça de Deus, Jó havia colocado o Seu propósito sob uma luz falsa. Esta argumentação teve um resultado positivo, pois mais arde Jó confessou o seu pecado (Jó 42.3). (1 Jo 1.9.)
Através de todo o livro não há um indício sequer de ter sido feita a Jó al­guma revelação que lhe explicasse a razão do seu sofrimento. Jó pode nunca ter vindo a saber por que sofria. Deus não era obrigado a dar-lhe uma razão. Quando você sofre, a pergunta a ser feita é esta: “como posso glorificar a Deus no meu sofrimento?”
O interesse de Deus por Jó fez com que Ele fizesse algo além de condenar e punir. Ele queria restaurar Jó. Seu método foi humilhá-lo, a fim de poder edificá-lo e restaurar nele a atitude certa.
“Cinge, pois, os teus lombos” (v. 3) é a ordem de Deus para que! Jó se prepare para agir. Jó deveria ficar pronto para fazer qualquer coisa que o Senhor exigisse dele, seja mental ou física. (Veja 1 Re 18.46; 1 Pe 1.13.)
Jó tentara usurpar o lugar de Deus enquanto argumentava o seu caso perante os amigos. Deus o fez lembrar que não passava de um simples mortal. Dizendo-lhe que cingisse os seus lombos “como homem” (v. 3), Deus estava lembrando-o de sua mortalidade, assim como enfatizava a espécie de preparação que ele deveria fazer. Deus estava declarando guerra ao orgulho e presunção de Jó.
A pergunta seguinte de Deus (v. 4) fez com que Jó encarasse a realidade do fato de que não passava de simples criatura em lugar de Criador.
“Se é que o sabes” (v. 5) é a maneira de Deus lembrar a Jó de sua falta de conhecimento. Jó evidentemente falara da criação como se estivesse lá, quando esta ocorreu. Deus, com gentileza, mas firmemente lembrou-lhe que ele não estava lá.
Jó não podia oferecer nenhuma explicação para as maravilhas da criação. Deus tinha marcado com cuidado o lugar que a terra deveria ocupar (v. 5) e tinha suspendido o globo no espaço (v. 6). A ordem e coesão do universo, assim como os seus movimentos, estão além da capacidade de explicação de Jó.
Ele era inferior a Deus, sendo, também, inferior aos anjos. O homem não tem nenhuma reivindicação sobre a divindade. Ele está ainda mais distante da divindade do que os anjos.
TU ME CULPAS? (Jó 40.6-9)
“Passar adiante a culpa” é uma velha tradição humana que data dos tempos do jardim do Éden. Adão tinha culpado Eva por dar-lhe o fruto da árvore proibida para comer. E também culpou a Deus pelo que acontecera de errado no paraíso. “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gn 3.12), acusou Adão.
Em suas respostas aos amigos, Jó havia mencionado que existiam meios melhores para Deus tratar com ele. Jó estava acusando Deus de um juízo incorreto. Deus convidou-o a acusá-lo de julgamento imoral (Jó 40.8<). Como poderia Jó responder? Ele já admitira que era “indigno” (Jó 40.4). A luz da sabedoria e poder do Criador, ele podia apenas “abominar” a si mesmo pela sua pretensão de ser mais reto do que Deus (Jó 42.6).
Somente um Governante perfeito poderia governar esta terra e os seus povos. Desde que Jó não possui o poder de Deus, ele precisa renunciar ao direito de ser Deus e deixar de questionar o julgamento divino.
Veja Apocalipse 4.11 como exemplo de exaltação ao Criador que tem todo o poder e o direito de governo sobre os povos da terra e os exércitos do céu.
Jó viu-se apanhado em uma situação onde procurou julgar a Deus, quando somente Deus podia justificá-lo. Jó havia suplicado por esta justificação por parte de Deus (Jó 19.23-29). Ele tinha compreendido que nenhum homem pode ser justificado por seus próprios méritos (Jó 9.13-24). Mas, em meio ao sofrimento, o sentido de propriedade espiritual de Jó ficara embota­do. Quando o quarto amigo de Jó, Eliú, terminou de falar, Deus notou a inclinação de Jó para acusar seu Criador (Jó 40.8).
As perguntas feitas por Deus a Jó fizeram com que este percebesse que devia pedir a misericórdia do Senhor. Jó jamais poderia livrar a si mesmo do pecado ou do sofrimento (v. 14). Somente Deus podia quebrar os grilhões de Satanás sobre a riqueza e bem-estar de Jó. (Rm 8.33; Hb 2.14,15.)
DEVO-TE ALGUMA COISA? (Jó 41.11)
Deus estava no processo de colocar Jó no seu lugar. Este não tinha nenhum direito de assumir o papel de Deus, quando não passava de um simples ser humano pecador. A criatura tinha colocado o Criador debaixo de uma obrigação. Como Deus lidaria com Jó neste assunto? Continuaria a mostrar-se paciente e a conceder-lhe misericórdia?
O orgulho do homem o faz pensar que Deus precisa de Suas criaturas e de suas dádivas. Jó teve a ousadia de agir deste modo.
Sua presunção não tinha nenhuma base. Todos os seus bens e sua saúde eram dons de Deus. Fora Ele quem lhe dera tudo o que tinha, pois Jó viera ao mundo sem nada.
A conclusão a que Jó chegou foi que merecia mais do que recebera das mãos de Deus. Em outras palavras, sua vida reta antes de suas provações obrigava Deus a dar-lhe uma existência mais confortável.
A lição que Jó precisava aprender era dupla: ninguém pode dar mais do que Deus, e ninguém pode exigir nada de Deus.
O apóstolo Paulo citou Jó 41.11 em Romanos 11.35: “Ou quem primeiro lhe deu a ele para que lhe venha a ser restituído?” O contexto desta passagem na epístola aos Romanos trata da demonstração da misericórdia de Deus (Rm 11.30-32). A misericórdia de Deus manifesta o favor não mere­cido que Ele concede aos homens. Deus é o início e o fim da salvação do homem. Ninguém é justificado com base em seu próprio mérito, mas na graça de Deus. (SI 3.8; Ef 2.8,9; Tt 3.4-7.)
Jó experimentara a graça de Deus em sua própria salvação. Iria experimentá-la novamente no livramento da opressão de Satanás. Essa libertação, porém, nãò seria dada a Jó por merecimento ou porque Deus fosse obrigado a libertá-lo. Da mesma forma que não era obrigado a justificar as Suas ações, Deus também não era obrigado a livrar Jó de suas aflições.
Se ele não pudesse aprender essas lições, não seria restaurado a uma condição de espiritualidade. Deus queria que ele se submetesse ao Criador. O apóstolo Tiago resume o propósito de Deus para cada um de nós neste aspecto. Devemos submeter-nos a Ele, resistir ao diabo, achegar-nos a Ele, e purificar nossos corações (Tg 4.7,8).
Pelo uso de perguntas cuidadosamente elaboradas, Deus estava mostran­do a Jó sua necessidade de uma mudança de atitude. Ele estava procurando fazer com que Jó voltasse a uma posição de comunhão.
EXAMINE A SUA VIDA:

Você aplica as perguntas de Deus à sua vida? Jó não teve nenhuma explicação para o seu sofrimento enquanto viveu. Devemos esperar uma justificação para os nossos? Você está sempre preparado para fazer o que Deus quer de você, seja no aspecto mental ou físico? Tudo o que temos nos foi dado por Deus. Podemos exigir alguma coisa d´Ele?

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O AMOR NA VIDA DO CRISTÃO

João 21:15-18
1. Introdução
Era o último encontro de Jesus com Pedro. Pedro tinha andado com Jesus, havia visto os milagres de Jesus, mas num momento de fraqueza chegou a negar a Jesus. Pedro havia visto a morte de Cristo, presenciou o sofrimento de Jesus até à Cruz. Pedro testemunhou a ressurreição de Jesus.
E agora Pedro está frente a frente com o mestre, na hora de uma despedida, no momento de seu último encontro com ele aqui na terra. Aquele era um momento de despedida. Jesus e Pedro poderiam conversar sobre muitos assuntos.
Mas, naquele momento, Jesus faz uma simples pergunta a Pedro: Pedro tu me amas? Jesus poderia ter falado naquela hora sobre a Igreja, sobre sua vinda, sobre a família de Pedro, sobre qualquer, porém Cristo insiste em fazer por três vezes esta mesma pergunta a Pedro: Pedro, tu me amas?
2. Desenvolvimento
2.1) O amor é a marca principal do discípulo.
João 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
O que é um discípulo? Jesus nos responde esta pergunta, ao dizer em Mateus 10:25: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre….”. Então, o discípulo é aquele deseja ser é igual ao seu mestre. Você deseja ser igual a Cristo? Um crente avivado, é aquele que deseja ser igual a Cristo.
Mas, há uma coisa importante aqui. A grande prova de que somos um discípulo de Cristo, é o fato de existir amor em nossas vidas.
Então, você será conhecido como discípulo, se você amar ao teu irmão. Quem não ama o seu irmão, não é reconhecido nem por Deus, nem pelas pessoas como um discípulo de Cristo.
Quando Jesus insiste em perguntar a Pedro, por três vezes a mesma coisa, Jesus queria ensinar a Pedro que só através do amor, ele ia ser reconhecido como discípulo, iria vencer, iria conseguir progredir.
Meu irmão, só através do amor você vai conseguir prosseguir e ter uma vida reavivada.
1 Coríntios 16:14 Todos os vossos atos sejam feitos com amor.
2.2) O amor nos faz suportar
ü Efésios 4:2 “…com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,…”
Acho muito interessante esta recomendação de Paulo. Paulo nos manda suportar, tolerar, aguentar o nosso irmão, em amor.
Vivemos num mundo onde muitos casais não se toleram, não se suportam, e vivem em função de brigas, de conflitos, e terminam com a separação.
É interessante que Paulo, não nos manda aceitar uns aos outros em amor, mas a tolerar, aguentar, suportar em amor.
ILUSTRAÇAO. Durante um período glacial muito remoto, muitos animais dessa região não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições de clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a ajuntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começam a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportar mais tempo os espinhos de seus semelhantes.
Doíam muito…
Mas essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer.
Os que não morreram voltaram a aproximar-se, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar nenhum  dano recíproco.
Assim suportaram-se resistindo à era glacial. Sobreviveram.
MORAL. Portanto, meu irmão é melhor suportar uns aos outros, porque precisamos uns dos outros para sobreviver. E com amor de Deus é mais fácil suportar.
2.3) O amor é um ato de sacrifício.
Filipenses 3:8  “…por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo…”.
Paulo declara algo importante: Por amor a Cristo perdi algumas coisas, que considero insignificantes, irrelevantes, sem importante por causa de algo mais importante, que é Jesus. Ao seguir a Cristo, você perderá alguns amigos que na verdade nunca foram amigos de verdade, mas ganhará algo muito melhor e maior: a amizade e o amor de Deus, a salvação, a vida eterna.
Jesus diz: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo”.
Jacó desejava muito casar com Raquel. Seu amor era tão grande que ele trabalhou quatorze anos para tê-la como esposa. Quem ama se sacrifica.
É bom lembrar de Abraão. Abraão amava tanto a Deus, que era capaz de abrir mão do seu único filho. Quem ama, faz um sacrifício.
Lembre-se que Deus te ama, e já fez por você um sacrifício. A morte de Cristo na cruz, foi a maior prova de que somos amados por Deus.
O TAMANHO DO NOSSO AMOR A DEUS, É MEDIDO PELO TANTO QUE SOMOS CAPAZES DE NOS SACRIFICAR POR ELE.
3.    Conclusão
O poeta escreveu:
A inteligência sem amor, torna-nos perversos.
A justiça sem amor, torna-nos implacáveis.
A diplomacia sem amor, torna-nos hipócritas.
O êxito sem amor, faz com que sejamos arrogantes.
A riqueza sem amor, torna-nos avaros.
A docilidade sem amor, faz-nos servis.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, torna-nos fúteis.
A autoridade sem amor, …tiranos.
O trabalho sem amor, … escravos.
A simplicidade sem amor, …desprezados.
A oração sem amor, torna-nos introvertido e sem propósito.
A lei sem amor, escraviza.
A política sem amor, … egoísta.
A fé sem amor, … fanático.
A vida sem amor… … não tem sentido!
ILUSTRAÇÃO. Uma garota paraplégica cansou-se das suas muletas e das longas sessões de fisioterapia.
Certo dia, quando o seu pai insistia com ela para que continuasse o tratamento, a menina lançou-se nos seus braços e perguntou-lhe : – “Papai, você não me ama do jeito que eu sou?”
O pai compreendendo a tristeza e a frustação da filha, abraçou-a longamente. Depois, disse-lhe : – “Sim, querida, eu te amo assim como tu és. Mas, tem uma coisa: eu te amo demais para permitir que tu continues na condição em que estás!”.

MORAL. Comentando esta fato, Herbert Lugt diz : Deus ama a cada um de nós exatamente como somos – cheios de imperfeições. Ele nos ama até mesmo quando estamos a ser pressionados pelas mais diversas tentações. Ele nos ama porque nos aceitou em Jesus, perdoando-nos. Todavia, Ele nos ama demais para permitir que continuemos onde estamos.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Guerra ou Paz? Você é quem Faz!

2ª Crónicas 14.1-8
Será que é assim mesmo na vida? Pode ser. No reinado de Asa, as duas coisas aconteceram. O povo viveu um bom período de paz e depois viveu um período conturbado, com ameaças e rumores de guerras. Nas duas situações, a atuação do rei tinha sempre muita relevância e poderia resultar em guerra ou paz. Essas duas palavras saltam aos olhos no reinado de Asa. Dois profetas do Senhor trazem duas realidades ao rei. Um, Azarias, traz uma palavra de estímulo, promovendo a paz, e o outro, Hanani, traz uma repreensão severa, pois o rei estava começando a promover a guerra.
Asa foi bom rei e muito querido pelo povo, contudo, teve lá os seus deslizes. Aprendamos com o reinado deste bisneto do rei Salomão.
AMBIENTE HISTORICO
Asa foi o terceiro rei de Judá após a divisão entre reino do norte e reino do sul. Seu pai, Abias, reinou apenas por três anos em Jerusalém. Ele não aboliu o culto ao Senhor no templo, mas permitiu a abundante adoração a divindades estrangeiras. Asa assume o trono num ambiente de intensa idolatria. Reinou durante quarenta e um anos. Em seu reinado destacam-se as condições pacíficas em que viveu o povo pelo menos durante os primeiros dez anos de governo.
Após alguns anos de paz, Asa enfrenta seu primeiro confronto, derrotando o poderoso exército de Zerá. Estimulado pelo profeta Azarias após esta brilhante vitória, Asa põe corajosamente em execução a sua reforma, por todo o reino, destruindo ídolos de vários lugares, levando o povo a um compromisso de servir a Deus de todo o coração. Com o apoio popular, Asa destituiu a Maaca, a rainha-mãe e destruiu a imagem de Aserá, “deusa da fertilidade”, adorada naqueles tempos, construída sob as ordens da rainha.
As reformas de Asa agradaram a todo o povo. Até mesmo alguns de Israel vieram para Jerusalém ao verem que o “Senhor Deus era com ele” (II Cr 15.9). No seu longo reinado enfrentou duas guerras. Em uma derrotou completamente o inimigo porque confiara no Senhor (II Cr 14.11) e noutra cometeu um deslize ao fazer uma aliança com Ben-Hadade, rei da Síria, para enfrentar Baasa, rei de Israel (II Cr 16.2-3). Por esta aliança foi repreendido pelo profeta Hanani, “porém Asa se indignou contra o vidente, e o lançou no cárcere, no tronco… e na mesma ocasião oprimiu a alguns do povo” (II Cr 16.10).
É interessante notar que nos governos atuais ainda perdura a política de alianças inconvenientes para atingir os objetivos do poder. Os governos e as pessoas em sua maioria não querem saber de aliança com o Senhor.
A reflexão sobre o reinado de Asa certamente jogará luz sobre nossas vidas. Nesta reflexão destacamos alguns ensinamentos, como segue:
1. DESTRUINDO O MAL – CONSTRUINDO O BEM
Os dias iniciais de Asa foram de muita paz. Esta paz foi fruto da própria ação do rei e seu povo. Os primeiros registros das atividades de Asa falam do combate ao mal: “Aboliu os alta­res… quebrou as colunas… cortou os postes-ídolos” (II Cr 14.3). Enfrentou com um exército minoritário um exército de um milhão de homens, onde ficou conhecida a sua total dependência de Deus ao fazer uma oração: “Senhor, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, Senhor nosso Deus, porque em ti confiamos, e no teu nome vamos contra esta multidão. Senhor, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (II Cr 14.11). Ele não poupou esforços para aniquilar o mal no reino de Judá.
Contudo, num bom governo não basta o combate ostensivo às circunstâncias malignas; é preciso construir o bem. Este é o verdadeiro objetivo da política: “Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor (II Cr 14.2); deu ordens ao povo para que buscasse o Senhor Deus e observasse a Lei; edificou cidades fortificadas e houve paz no seu reinado (II Cr 14.5-7). Na construção do bem, o Senhor mandou o profeta Azarias, estimulando-o a implantar uma reforma religiosa, uma autêntica busca ao Senhor Deus (II Cr 15.1-7). O Senhor Deus é o verdadeiro construtor de todo o bem: “Onde há dependência de Deus haverá vitória sobre os inimigos”, diz S.B. McNair (em “A Bíblia Explicada”). O rei tirou as abominações que estavam impedindo a autêntica adoração. Que abominações temos tirado das nossas vidas? Temos combatido o mal e construído o bem? O que precisa ser mudado?
Asa nos dá o exemplo de que é possível destruir o mal, porém, mais do que isso, construir o bem.
2. PASSADO ESQUECIDO – PRESENTE TRÁGICO
“No trigésimo sexto ano do reinado de Asa subiu Baasa, rei de Israel, contra Judá”, agredindo assim a paz alcançada por Asa. A atitude do rei não foi mais a mesma de quando enfrentou os etíopes. Agora ele não ora ao Senhor pedindo auxílio. Ele faz uma aliança com Ben-Hadade, rei da Síria, enviando-lhe presentes tirados da casa do Senhor, tentando conseguir o apoio do mesmo, o que consegue, e Baasa deixa de ser uma ameaça. Naquele tempo, Asa foi veementemente repreendido pelo Profeta Hanani: “Porquanto confiaste no rei da Síria, e não confiaste no Senhor teu Deus, o exército do rei da Síria escapou da tua mão”. Hanani lembra ao rei o passado esquecido: “Acaso não foram os etíopes e os líbios grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Porém tendo tu confiado no Senhor, ele os entregou nas tuas mãos” (II Cr 16.7-8). O passado nunca pode ser desprezado. Asa cometeu o mesmo erro do povo de Israel quando estava sob a liderança de Moisés. Não obstante as maravilhas operadas pela mão do Senhor, o povo esquecia facilmente e murmuravam contra o Senhor (Ex 16.2-4). Sempre que se esquece as experiências do passado, o presente corre o risco de ser trágico. Foi assim com Asa e será com todos que não aprendem com a história. Todo governo deve olhar para o passado e aprender com ele, evitando erros no presente e no futuro. Quem não dá valor ao seu passado, poderá comprometer completamente a sua vida. Asa conquistou a vitória, mas perdeu muito na dignidade e no testemunho. Já se tornou corrente dizer que o povo brasileiro não tem memória. Esquece facilmente o seu passado. Precisamos nos convencer de que, o povo que ignora o seu passado, certa­mente repetirá muitos erros.
3. RECURSOS HUMANOS – RECURSOS DIVINOS
Ao final de seu reinado, Asa foi acometido de uma doença muito grave nos pés. Entre­tanto, “na sua enfermidade não recorreu ao Senhor, mas confiou nos médicos”(II Cr 16.12). Desprezou por completo Aquele que o livrara de Zerá com um grande milagre.
O Evangelhos registram a história de uma mulher enferma que gastou com os médicos tudo o que possuía, mas não desprezou a ajuda do Senhor Jesus Cristo, e com apenas um toque de fé foi curada (Lc 8.43-48). A vida cristã ensina que deve haver um perfeito equilíbrio entre os recursos humanos e os recursos divinos e que nunca devemos desprezar um em detrimento do outro. Os médicos são importantíssimos quando se trata de uma enfermidade, seja ela qual for. Mas, também não devemos esquecer aquele que é o Médico dos médicos. Infelizmente, também hoje há aqueles que desprezam completamente os recursos da medicina dizendo que o cristão não precisa de médico algum. Isto não é verdade! A cura de Deus não anula aquilo que a medicina pode fazer, até porque a medicina é um instrumento de Deus para a nossa saúde. Não condenamos Asa por ter buscado os recursos médicos; o seu erro foi ter feito isto abandonando os recursos do Senhor. Acabou morrendo. O equilíbrio é uma grande virtude do Cristianismo, principalmente em se tratando de recursos humanos e divinos.
DISCUSSÃO
1. Como encontrar equilíbrio entre recursos humanos e recursos divinos?
2. Em que aspecto o nosso passado pode auxiliar o nosso presente?

3. Qual a maneira correta de se combater o erro?