João 15: 1-27
"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo
contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis
fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em
meu nome, ele vo-lo conceda." João 15: 16.
Introdução
A igreja exerce um papel profético. Embora enfrente crises e
obstáculos, tem a grandiosa promessa de Jesus: “Eis que estou convosco”. Seu
grande desafio é permanecer firmada em Jesus, a fim de dar fruto, Jo 15: 5.
Para que os planos e estratégias da Igreja sejam
bem-sucedidos, cada crente precisa entender que não foi chamado para viver
dentro das quatro paredes do templo. Ele precisa ser o sal da terra e a luz do
mundo, pregar contra o pecado e ter uma vida frutífera, Mt 5: 13 e 14. Este é
nosso tema de hoje.
1. Chamados a dar frutos.
Na alegoria de João 15: 1-27, Jesus se apresenta como sendo
a “videira verdadeira”. Seus discípulos são os ramos e só frutificam se
estiverem ligados a Ele, fonte verdadeira de vida. Nesse processo divino, todo
ramo que não dá fruto é cortado e lançado fora; e todo aquele que dá fruto
requer um cuidado especial, para que frutifique ainda mais, v. 2.
A vida de frutificação pregada por Jesus precisa ser vista
como base de crescimento e maturidade da Igreja. Deus não está interessado em
salvar o pecador simplesmente para usufruir de suas bênçãos. Ele requer de cada
cristão uma vida frutífera.
a) O chamado é para todos. Não são apenas alguns que
precisam santificar suas vidas, orar, pregar a Palavra, etc. Todos os salvos
têm os mesmos compromissos diante de Deus. Quando o Senhor voltar para buscar
sua Igreja, pedirá contas a todos, 2 Co 5: 10.
b) O compromisso é pessoal, Jo.15: 4. Jesus atribui a cada
cristão a missão de trabalhar pelo crescimento da igreja. Essa individualidade
implica compromisso pessoal e envolvimento diário por parte de cada um de nós,
como um corpo bem ajustado, 1 Co 12: 12.
2. Aperfeiçoando os
talentos.
Deus jamais exigiria de um cristão uma vida de frutificação
sem antes prover os recursos necessários para o trabalho. Se não fosse assim,
poderíamos nos escusar quando o Senhor viesse para ajustar as contas com sua
igreja. A parábola dos talentos, narrada em Mt 25: 14-30, ilustra esta verdade.
A história diz que certo homem ausentou-se de sua terra e entregou seus bens a
seus servos, para serem trabalhados com disposição, seriedade e coragem. O que
nos ensina esta passagem?
a) Talento gera talento. O homem que recebera cinco talentos
ganhou com eles outros cinco; o que tinha dois granjeou outros dois, w. 20 e
22. A diligência levou à multiplicação. Então, se talento gera talento, poe-se
dizer que ovelha gera ovelha. Para tanto, cada crente precisa colocar suas
aptidões cristãs a serviço do Reino de Deus. É maravilhoso saber que quando
usamos nossos talentos e dons na obra de Deus, a Igreja é favorecida e
abençoada.
b) Frutificar requer esforço e trabalho. Os servos se
esforçaram para que os talentos se multiplicassem. Trabalharam com seriedade,
porque sabiam que seu senhor haveria de voltar a qualquer momento e pediria
contas dos bens. Aquele que recebeu um talento nada fez para que o valor
recebido fosse multiplicado; sequer o entregou aos banqueiros, v. 27.
Na vida espiritual também é assim. Nada acontece sem que
haja esforço, empenho, disposição e amor. O Senhor disse a Josué:
"Esforça-te, e tem bom ânimo…" Js 1: 9.
3.O perigo de não dar
fruto.
Para ilustrar este ponto, vamos à parábola da figueira
estéril, Lc 13: 6-9. Aprendemos as seguintes lições:
a) Fidelidade e privilégios. O Judaísmo foi comparado por
Jesus a uma figueira infrutífera. Esperava-se que entre o povo escolhido
houvesse fé, devoção, contrição e santidade. No entanto, havia apenas
formalismo religioso e pecados ocultos. Deus não queria folhas, mas frutos.
Deus exige fidelidade proporcional às aptidões espirituais que Ele nos concede.
b) Uma igreja infrutífera. Qual não foi a decepção do senhor
da vinha que, durante três anos, não pôde encontrar um fruto sequer em sua
plantação. O povo escolhido não estava correspondendo ao chamado de Deus. Por
isso, estava sendo infrutífero em suas realizações, como uma planta que ocupa a
terra inutilmente, v. 7. Muitas igrejas hoje assemelham-se ao Israel daquela
época. A cada ano Deus tem procurado frutos, mas nada tem encontrado.
Conclusão:
Assim como a figueira, o cristão infrutífero na vida
espiritual corre o risco de ser cortado. O que contribuiu para que a figueira
infrutífera não fosse cortada foi a pronta e amorosa atitude do vinhateiro, Lc
13: 8, 9. No entanto, nada se sabe sobre o seu o seu fim. Mas, uma coisa é
certa, ela teve a oportunidade de continuar plantada, para apresentar os frutos
ao seu senhor.
Deus tem dado a cada crente muitas oportunidades de se
envolver com o crescimento da igreja. Vamos aproveitá-las e, com muita
dedicação, fazer a obra do Senhor.
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