terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ELE NOS UNGE PARA TESTEMUNHAR

“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;” (IS 61.1)

Hoje, esta profecia “ainda” se cumpre diante de vossos olhos e ouvidos.

Uma afirmativa desse cunho pode soar como blasfémia para muitos, prepotência para uns, arrogância para outros ou até mesmo ousadia para bem poucos.

Mas o que eu quero dizer é que esta profecia escrita por Isaías, e citada por Jesus em Luc 4.18, “ainda” se cumpre nos nossos dias, pois o espírito do Senhor “ainda” está sobre mim, sobre você; Sobre nós. Para fazermos a sua obra e capacitar pelo poder do Espírito Santo.

Todos que somos cheio do Espírito Santo devemos participar do ministério de Jesus. E para fazermos assim precisamos estar profundamente conscientes da extrema necessidade e miséria da raça humana, resultante do pecado e do poder de Satanás.

Isaías 61.1 descreve o ministério do Messias, mas a profecia de Isaías vai além daquele dia em que Jesus pega o pergaminho e lê exatamente estas palavras. Ali Isaías pelo Senhor a ver a você e a mim. Pois todo aquele que recebeu o Espírito do Senhor é capaz de fazer a obra d´Ele.

O texto descreve esse tão maravilhoso ministério que Cristo exerceu e nos deixou por herança.

1. “PORQUE O SENHOR ME UNGIU.”
Fomos ungidos para dar continuidade ao ministério de Jesus. Se não estivermos ativos dentro daquilo para o qual fomos chamados, estaremos sendo, então, negligentes para com o chamado de Deus para nossas vidas. Fazendo uma pequena análise do ministério de Cristo, ele pregou, ensinou, curou e libertou. Nós hoje temos o privilégio de sermos chamados: Cristãos. Agora preste atenção nos significados das palavras:

Cristãos: seguidor de Cristo.

Seguidor: ir atrás de; aderir a; tomar como modelo, prosseguir, continuar, suceder.

Cristo (grego): Ungido.

Ungido: dar posse, investir de autoridade, separado para o uso sagrado.

O problema é que muitos ainda têm um pensamento negativista e saem por aí dizendo que não tem a unção do Senhor.

“Mas vós tendes a unção que vem do Santo, e sabeis tudo.” (1João 2.20)

Paulo também atestou a mesma coisa: De que somos ungidos, separados para a obra do Senhor, e mais, Paulo afirma que somos SELADOS com o Espírito Santo. “Aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus.” (2Cor. 1.21-22)

Muitas vezes nos pegamos questionando: “Que obra é essa? Que ministério é esse que Jesus fez e quer que façamos iguais?”

O ministério de Jesus se resume em três palavras, a saber: Pregação, Cura e Libertação. Foi para isso que ele nos ungiu, foi para isso que Ele em sua oração em João 17 faz questão de dizer que “não ora somente por ‘aqueles’, mas por todos que irão crer nEle pela Palavra”, E isso incluía a todos nós hoje aqui. Jesus estava orando por você, ele já te via.

2. “PREGAR AS BOA NOVAS AOS MANSOS.”
Jesus nos ungiu para pregar as boas novas, não somente aos mansos, mas também a todos quantos necessitam da salvação em Cristo Jesus.

E que boas novas são essas? As boas novas que devemos pregar relaciona-se que Jesus nasceu sem glória alguma, Deus que se tornou um Homem, o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. (Tito 2.14)

Assim como JESUS, todos os outros profetas, a quem se atribui o surgimento das diversas religiões,

domingo, 22 de dezembro de 2013

A Oração é o Meio para Alcançar a Vitória

1. A energia (Ef 6:18-20)
A oração é a energia que capacita o soldado cristão a usar a armadura e a empunhar a espada. Não somos capazes de lutar na batalha com o nosso poder, por mais fortes ou habilidosos que julguemos ser. Quando Amaleque atacou Israel, Moisés foi para o alto do monte a fim de orar, enquanto Josué usava a espada no vale (Êx 17:8-16). Os dois elementos foram essenciais para derrotar Amaleque: a intercessão de Moisés no monte e a espada de Josué em ação no vale. A oração é o poder para a vitória, mas não se trata de um tipo qualquer de oração. Paulo diz como orar para derrotar Satanás.
2. Orar em todo tempo.
É evidente que isso não significa "proferir orações continuamente ". Não somos ouvidos por causa de nossas "vãs repetições" (Mt 6:7). "[Orar] sem cessar” (1 Ts 5:17) significa estar sempre em comunhão com o Senhor, estar conectado com ele a todo tempo. Ao orar, o ideal é nunca dizer: “Senhor, colocamo-nos na tua presença…”, pois, na verdade, nunca deixamos a presença d´Ele! O cristão deve orar “em todo o tempo”, pois está sempre sujeito a tentações e a ataques do diabo. Um ataque surpresa já derrotou mais de um cristão que se esqueceu de “orar sem cessar”.
3. Orar com toda oração.
Existe mais de uma forma de orar: oração, súplica, intercessão e ação de graças (Fp 4:6; 1 Tm 2:1). O cristão que ora apenas para pedir coisas para si está a perder as bênçãos resultantes da intercessão e da ação de graças. Na verdade, a ação de graças é uma grande arma para derrotar Satanás. Assim como o louvor, a oração tem poder transformador. A intercessão por outros pode trazer vitória para a nossa própria vida. “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos” (Jó 42:10).
4. Orar no Espírito.
De acordo com o modelo bíblico, oramos ao Pai, por meio do Filho e no Espírito. Romanos 8:26, 27 mostra que a única maneira de orar dentro da vontade de Deus é pelo poder do Espírito. De outro modo, as nossas orações podem ser egoístas e estar fora do que Deus deseja.
No tabernáculo do Antigo Testamento, antes do véu que dava acesso ao Santo dos Santos, havia um pequeno altar de ouro em que o sacerdote queimava incenso (Êx 30:1-10; Lc 1:1-11). O incenso retrata a oração e, para ser queimado no tabernáculo ou templo, deveria ser preparado de acordo com as instruções de Deus, não segundo alguma fórmula humana. O fogo do altar retrata o Espírito Santo, pois é ele que “acende” as nossas orações dentro da vontade de Deus. É possível orar com fervor na carne e não se comunicar com Deus. Também é possível orar tranquilamente no Espírito e ver a mão de Deus fazer grandes coisas.
5. Orar com os olhos abertos.
Vigiar significa “manter-se alerta”. A injunção para “vigiar e orar” aparece com frequência na Bíblia. Quando Neemias estava a restaurar os muros de Jerusalém e o inimigo tentava a impedi-lo de realizar essa obra,

domingo, 15 de dezembro de 2013

VIVER NA DEPENDÊNCIA DE DEUS

1. Viver, não para o pecado, mas para Deus.
Vamos iniciar um novo ano, novos propósitos, novos sonhos, ou mesmo sonhos antigos que retornam. Tudo à espera de realização! Algumas pessoas encerram o ano com uma sensação de fracasso, outras, com alegria, mas igualmente ansiosos com o novo ano.
Quando o apóstolo Paulo, escreveu aos romanos, disse que nele estava o querer o bem, mas não o realizá-lo (cf. Rom 7.18b), ele vinha neste capítulo 7 numa reflexão sobre o efeito do pecado na vida humana, da incapacidade da religião e dos seus ritos, de vencer esta inclinação da natureza humana para o pecado. Paulo clama mesmo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Seguindo a leitura no capítulo 8, Paulo encontra a solução, contrapondo a lei do pecado e da morte com a dimensão da nova ordem, que é a lei do Espírito e da vida, e esta comunhão do Espírito de Deus, que nos conduz à confiança no sacrifício de Cristo, aprendemos a crucificar em Cristo a nossa natureza pecaminosa, e, então, crescemos na vida com Deus.
Saber isso e crer nisso não é suficiente, porque a vitória sobre o pecado precisa de se realizar várias vezes, a cada dia, porque as tentações se acercam de nós a toda a hora. Temos no nosso corpo a marca do pecado, tentamos não confrontar, pois é incómodo reconhecer que somos pecadores, mexe com a nossa auto-estima. Nós até usamos termos mais suaves para pecado, chamamos de “tropeço”, só que, se não nos cuidarmos, tais tropeços podem lançar-nos no lago de fogo, e vejam que o diabo não faz acepção de pessoas, ele leva quem ele puder: homem, mulher, ministro de louvor, pastor, pastora. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8). “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Rm 3.23).
Quero, nesta reflexão, que vejamos a carta de 1ª de João sobre: “Como vencer o pecado e viver para Deus.” Pois entendo que os seus santos propósitos, os nossos sonhos, para 2014, não se realizarão se não aprendermos a vencer o pecado, e viver para o Senhor em novidade e santidade de vida. Se você levarmos isso a sério, o ano de 2014 será o ano de ver 1 Coríntios 2.9 realizar-se na nossa vida.

2. Vida na dependência de Deus: Importância.
Como vimos, só Jesus na obra do seu Espírito pode restaurar a nossa natureza caída, marcada pelo pecado.
Temos um ditado que diz: “A ocasião faz o ladrão.” Uma pesquisa nos EUA, a mais de 500 executivos consultados sobre se tivessem a oportunidade de desviar 10 milhões de dólares, com a certeza de não serem apanhados, ficariam ou não com o dinheiro. O resultado das respostas incógnitas foi que 78% disseram que pegariam o dinheiro. Um humorista disse: “Estes são honestos; os desonestos são os outros 22%, que mentiram.” Descontando todo o contexto, o fato é que Jesus mesmo advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mc 14.38).
É desta base que João vai desenvolver o conceito de que só a comunhão com a natureza divina, ou seja, o Espírito de Deus em nós, por sua graça, pode vencer a nossa inclinação ao pecado, controlar a nossa carne, conceder-nos a vida eterna, e a alegria dos que vencem o pecado dia a dia, caminham em santidade de vida e, então, podem enfim ver a profecia cumprir-se: “A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando, brilhando até ser dia perfeito.” (Pv 4.18). Isso acontece na comunhão diária como Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Sim, comunhão é o que temos em comum. Isso é a vida, o nascimento natural, o pecado e a morte (cf. Rm 6.23), mas, na vida compartilhada com Deus, há o novo nascimento, a mente de Cristo, o sentimento de Cristo e o Espírito de Cristo, que nos levam à vitória e à alegria aqui e na eternidade. Afinal, como dizia Wesley: “Tenhamos todos um só objetivo de vida: salvar as nossas almas, e a dos nossos ouvintes.”

3. A pedagogia de João: Teses e Antíteses.
João vai apresentar uma sequência ou paralelismo literário cuja estrutura do texto é a seguinte: “Ora, a mensagem que, da parte d´Ele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva

A Perda da Comunhão com Deus.

Para que o homem fora criado? Para viver em pecado? Não, porque quando Deus criou o mundo e tudo o que nele há, não existia o pecado. Deus mesmo disse depois de ter acabado a sua obra que tudo era muito bom. Isso quer disser que Deus criou tudo o que existe de uma maneira perfeita. Porque não existia pecado no mundo. Mas, para que Deus criou o homem? Deus criou o homem para o louvor de sua glória. Ele em tudo glorificava a Deus. Em tudo ele refletia o Senhor dos senhores. O Rei dos reis. E Soberano dos reis da terra. O seu trabalho era governar o mundo como Deus governa. Um governo reto e justo. Um domínio absoluto sobre os seres criados por Deus. O SENHOR havia dado esse domínio ao homem. Ele deveria exercer domínio sobre a criação de Deus. Deveria subjugar a tudo debaixo dos seus pés. Ele também deveria cultivar a terra. Cuidar dela. E também recebeu a tarefa de encher a terra com os seus descendentes. Em todos esses atos Deus seria glorificado pelo homem. Era uma obediência prazerosa. Sem constrangimento. O homem obedecia a Deus por amor ao seu Criador.
Porém, esse mesmo homem criado segundo a imagem e semelhança de Deus. Não permaneceu no seu estado em que fora criado. Ele desobedeceu a ordenança de Deus. Ele jogou fora tudo o que Deus lhe tinha concedido. Tudo por uma oportunidade de ser igual a Deus. Eles – o homem e a mulher – desprezaram as palavras de Deus. Não deram ouvidos a sua proibição. Antes ouviram a serpente. Deram ouvido as artimanhas de Satanás. Assim acharam que poderiam ser como Deus. Quando desobedeceram e comeram do fruto proibido, perceberam que não se tornaram deuses. Antes, passaram a sentir vergonha um do outro. A fugir da presença de Deus. A tentar desfazer o cometido. Tentaram cobrir o pecado com folhas. Mas, nada adiantou. O homem transgrediu o mandamento de Deus. Passaram por cima de sua palavra santa. Estragaram a criação do Soberano. Arruinaram a obra de suas mãos. Arruinaram suas vidas e de seus descendentes, por uma oportunidade de serem deuses. O casal violou os limites imposto pelo Senhor. Eles querem decidir o limite. Mas, em vez de decidir o limite, cai em pecado, desobediência e morte. Se torna um rebelde da vontade de Deus. Perde os privilégios que Deus concedera a ele. A comunhão com o senhor Deus é quebrada pela transgressão da ordem probatória do senhor.
Eu vos proclamo a palavra de Deus sob o seguinte tema:

1. Sendo banido do paraíso.
Irmãos, Deus criara o homem para o seu louvor e glória. Havia uma comunhão entre Deus e o homem. Quando falo homem, estou me referindo tanto ao homem quanto à mulher. Esta comunhão podemos ver na criação do homem por Deus. Como Ele se dirige ao homem. Tudo o que Deus criou entregou aos cuidados do homem. A obrigação de cuidar da criação era do homem. Deus formou o homem do pó da terra. Deu-lhe o fôlego de vida. Assim o homem passou a viver. Ele fora criado diferente de todas as outras criaturas. Ele fora criado para pensar, falar e viver com Deus. Foi concedido ao homem uma auxiliadora idónea. Capaz de o ajudar em sua tarefa de encher a terra e governar junto com o homem. Sendo o homem a sua cabeça.
Génesis 2.8 diz: “E plantou o senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado”. Era um local ímpar, específico para o homem e a mulher habitarem e do qual procederia a influência do seu serviço como vice-gerentes. O texto tem o verbo que é traduzido apropriadamente como “plantar”; o pensamento básico é o de colocar pequenas árvores ou plantas no solo, as quais cresceriam e, então, se tornariam plantas grandes e maduras. Plantar implicava em plano; Deus executou suas intenções quando preparou o lugar chamado Éden. A ideia geral, no entanto, é de que Éden

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

E derramarei do meu Espírito Sobre toda a carne….


Hinos -

1) Introdução - Joel 2:28
Joel começa o seu livro a fazer referências a uma terrível praga de gafanhotos que cobrem e devoram as colheitas. As pragas de gafanhotos eram muito temidas, pois os gafanhotos voam em enxames tão numerosos que era impossível contá-los. Então eles voavam a muitos metros do solo, parecendo encobrir a luz do sol quando passavam. Quando pousavam na terra, devoravam quase toda a vegetação, atacando e danificando tudo o que encontravam no se caminho.

Ao falar desta terrível praga de gafanhotos Joel quer mostrar que semelhante a um destruidor exército de gafanhotos, será o Dia do Senhor, que representa o castigo e juízo de Deus para aqueles que tem prazer em viver no pecado.

Dia do Senhor é uma expressão que aparece com frequência no Antigo Testamento e no Livro de Joel. Ele geralmente se refere ao período final da história humana onde Deus derrotará todas as forças do mal, e condenará os ímpios. No Dia do Senhor haverá um último julgamento sobre todo pecado e mal, e então a verdade e a justiça do Senhor prevalecerão.

Em Apocalipse 1:9,10, vemos que João estava preso na Ilha de Patmos e ali em espirito ele é arrebatado, e então João tem visões apocalípticas do Dia Do Senhor.

Se confia no Senhor, a expectativa por este grande Dia deve encher o seu coração de esperança, pois nessa ocasião, todos aqueles que foram fiéis estarão reunidos com o Senhor e receberão a sua recompensa.

2) Estou a dar ênfase ao Dia do Senhor, porque a Igreja se aproxima deste dia.
A vinda de Jesus se aproxima. Mateus 24:36 ensina, que “daquele dia e hora ninguém sabe”. Porém, a única certeza absoluta que tenho, é que os sinais proféticos, que São Mateus 24 revela estão a cumprir-se, e isto mostra que a vinda de Jesus está próxima.

Jesus profetizou há quase dois mil anos atrás que “… este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. Isso já está a ser cumprido.  Portanto, o Dia do Senhor está próximo.
3) A Igreja não apenas se aproxima do Dia do Senhor, como precisa viver preparada para este dia.

Lembrem-se do que nos ensina a parábola das virgens em Mateus 25. Dez virgens foram ao encontro do Noivo. Esta parábola está a falar da vinda de Jesus, e da chegada do Dia do Senhor. Jesus, diz nesta história que cinco destas dez virgens, foram imprudentes porque não levaram o azeite. Aquelas virgens não participaram das bodas com o cordeiro, porque não tinham azeite. Elas não estavam preparadas. Entenda meu irmão que este azeite não pode faltar, ele representa a presença do Espirito Santo.
Nós lemos, no início desta mensagem Joel 2:28 que diz: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões….”.

Sabe o que é que Joel 2:28 nos mostra? Que este azeite está a ser derramado sobre os nossos filhos, os  nossos jovens e sobre os nossos idosos. É tempo de sermos molhados pelo azeite que Deus está a derramar sobre a sua Igreja.

O texto lido diz que nossos filhos profetizarão, nossos jovens terão visões e nossos velhos sonharão. Aprendo aqui, que o azeite derramado sobre nós nos capacita com dons do Espírito e poder para que possamos servir ao reino de Deus.

4) Certa vez um irmão estava a um grupo de jovens se eles desejavam receber o batismo do Espirito Santo. Acho que há uma pergunta QUE DEVE SER FEITA antes dessa. Essa pergunta é: Você quer ser uma testemunha?
Há uma promessa para aqueles que desejam ser testemunhas. Atos 1:8 diz: “…mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” Tenho visto muita gente em busca do poder de Deus, mas LEMBREMOS que o poder do Espirito só é genuinamente dado àqueles que tem como meta de vida serem testemunhas.

No dia de Pentecostes, nós vemos em Atos 2, que Deus estava a cumprir sobre aqueles irmãos a promessa de Joel 2:28. Mas observemos que eles foram cheios do Espírito para testemunhar por toda Jerusalém. Deus os capacitou pelo Espírito, e eles começaram a testemunhar. O testemunho maravilhava as pessoas em Jerusalém, e como resultado 3000 pessoas foram salvas.

Portanto meus irmãos, se vocês querem ser uma testemunha, pode ter a certeza que Deus derramará sobre a  vossa vida o Espírito, e você será um grande instrumento de Deus. Lembre-se que Deus dá dons e poder àqueles que são testemunhas.
Henry Blackaby explica: “Dom espiritual uma capacitação sobrenatural para realizar uma tarefa dada por Deus”.

Ilustração. Certa vez o grande maestro Michael Costa estava a ensaiar uma enorme orquestra. Entre centenas de músicos, o que tocava o flautim, numa extremidade distante, pensou consigo: “com toda essa zoada, não tem a mínima importância o que eu faço”, e parou de tocar. De repente, o maestro interrompeu o ensaio, ergueu as mãos e gritou: “Onde está o flautim?”. Para o maestro, o flautim era tão importante como qualquer dos outros instrumentos. Assim Deus, o grande maestro do Universo, também quer contar com o nosso dom, ainda que pareça pequeno. E é por isso que Ele nos capacita.

5) É importante ainda dizer, que vivemos dias em que o Espírito está a ser derramado sobre aqueles que desejam servir o reino. Porem é importante lembrar que os servos, vivem num mundo onde o amor de muitos murcha.

Há alguns dias atrás eu dizia em determinada Igreja que a estratégia satânica dos últimos dias não será afastar pessoas de igrejas, mas mantê-las nos templos evangélicos frias espiritualmente, com corações distantes de Deus e acostumadas com uma vida sem frutos.

E é isso que está acontecer atualmente. Tem muita gente com nome de crente, com o rótulo de evangélico, e que anda com a Bíblia debaixo do braço, mas vive sem qualquer testemunho cristão, sem qualquer fruto e em pecado contra Deus.

Lembremos que a essência do cristianismo é o amor. É por amor que nos sacrificamos pelo reino, é por amor que servimos, é por amor que buscamos os dons do Espirito, é por amor que anunciamos o reino e procuramos ser genuínas testemunhas.

No livro “Multiplicando a Liderança Joel Comiskey ” diz que na maioria das igrejas, 10% das pessoas fazem 90% de todo o trabalho. Oremos e nos esforcemos para mudar esta realidade. E que sejamos encontrados por Deus a fazer parte desta minoria, que se dispõe a dizer: eis-me Senhor, envia-me a mim.

6) Conclusão
Quero finalizar esta reflexão lendo uma ilustração:
“Certo dia um fósforo disse a uma vela: “Eu tenho a tarefa de te acender.”
Assustada, a vela respondeu: “Não, isso não! Se eu for acesa, os meus dias estarão contados. todos deixarão de admirar a milha beleza”.
O fósforo perguntou: “Tu preferes passar a vida inteira, inerte e sozinha, sem ter experimentado a vida?”
”Mas queimar dói e consome as minhas forças”, sussurrou a vela insegura e apavorada.
“É verdade”, respondeu o fósforo, “mas este é o segredo da nossa vocação. Nós somos chamados para ser luz! O que eu posso fazer é pouco. Se não te acender, perco o sentido da minha vida. Existo para acender o fogo. Tu és uma vela: tu existes para iluminar os outros, para aquecer. Tudo o que tu ofereceres através da dor, do sofrimento e do teu empenho será transformado em luz; Tu não te consumirás pelos outros. Outros passarão o teu fogo adiante.
Então a vela disse cheia de alegria: “Eu te peço, acende-me”.
Você e eu fomos chamados para servir. Para servir o nosso eu necessita morrer. Lembre-se que diz Jesus em João 12:24, que “….se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.”

Tenho observado que ninguém atira pedras a árvores mortas, que não produzem frutos. O diabo não atira pedras em crentes que estão mortos espiritualmente. As pessoas atiram pedras em árvores frutíferas, em crentes que estão servindo o reino, que prodem frutos.
Se você é uma árvore morta, e não esta a produzir frutos, arrependa-se porque está na direção errada. Árvores mortas estão a ocupar inutilmente o espaço.

Mas, se você meu irmão, é uma árvore frutífera, certamente as pedras serão atiradas contra a sua vida. 
José era uma destas árvores frutíferas. Deus lhe dava sonhos e o dom de interpretá-los. Os próprios irmãos de José se levantaram contra a sua vida.
Daniel era uma árvore frutífera. Ele tinha dons do Espirito e por causa disso os seus inimigos o acusaram injustamente. E isso fez com que ele fosse lançado na cova. Mas, Deus fechou a boca dos leões.

Árvores frutíferas, serão sempre atacadas. Porem não desanime, vá em frente. Creia que o mesmo Deus que faz filhos profetizarem, velhos sonharem e jovens terem visões, é também aquele que nos fará resistir a todas as lutas que se levantam. Reconheçamos como Neemias que “…..o Deus dos céus é quem nos dará bom êxito…” Ne 2:20

A Fé vem pelo Ouvir

A fala é um instrumento maravilhoso da raça humana. A linguagem é uma força, uma arma para nós. Tiago fala do poder das palavras (Tg. 3:1-12). A fala tem esta relevância porque o nosso Deus se comunica, Ele fala, Ele se revela pela palavra. A Israel Ele deu um código e orientou para que ouvisse a sua voz:

“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” Josué 2:8.

Neste texto Paulo nos informa que o plano de salvação está submisso à Palavra. A fé salvadora vem pela audição do que Deus está falando. De uma forma indireta o texto está dizendo que ninguém será salvo pelas boas obras, por ter um bom comportamento, por ter todo um sonho, por fazer atos religiosos. Uma pessoa para ser salva, livre de condenação eterna precisará ouvir a Palavra.

Qualquer pessoa que ouvir o evangelho estará sujeita a ser salva. E qualquer cristão que ouvir a Palavra de Deus tem toda possibilidade de agradar a Deus vivendo segundo à sua vontade.

O evangelho tem que ser verbalizado para atingir o homem na sua naturalidade e só depois gerar a fé salvadora. Da compreensão à aceitação, do ouvir ao crer, este é o caminho da salvação.

Uma pessoa que ouve o evangelho está sujeita a uma transformação radical e interior (Hb. 4:12).

A fim de demonstrar a necessidade de se fazer ouvir o evangelho este texto nos faz 04 perguntas pertinentes, que são:

1. COMO INVOCARÃO AQUELE EM QUE NÃO CRERAM? (V.14)

Somente invocamos a quem conhecemos. Se uma pessoa não conhecer a Cristo, sua morte, ressurreição e senhorio, não poderá invocá-lo. Um filho invoca o nome de seu pai e não de um estranho porque o conhece. Esta fé é o estágio inicial da salvação.

2. COMO CRERÃO NAQUELE DE QUEM NÃO OUVIRAM FALAR (V.14b)

A fé não nasce num vazio. Os missionários são enviados porque a mensagem precisa ser formalizada. Se o crer antecede o invocar, também o ouvir procede o ato de crer.

“ De acordo com as regras normais da gramática, a expressão aquele de quem deveria ser traduzida como aquele que; seria, portanto, o orador e não a mensagem. Em outras palavras, eles não crerão em Cristo enquanto não o tiverem ouvido falar por intermédio dos seus mensageiros ou embaixadores” J. Stott.

3. COMO OUVIRÃO, SE NÃO HOUVER QUEM PREGUE (14c)

Paulo está desafiando os romanos a serem crentes, a transmitirem as notícias oficiais de Deus registrada nas Escrituras. Sem os arautos não há ouvintes.

4. COMO PREGARÃO SE NÃO FOREM ENVIADOS (15a)

Agora a necessidade de arautos é confirmada com base nas Escrituras: Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!” (15b). Se aqueles que proclamaram as boas novas de libertação do exílio babilónico foram celebrados dessa forma, quanto mais bem-vindos deveriam ser os arautos do evangelho de Cristo!

VEJAMOS O INVERSO DA ORDEM DESTES VERBOS:
Cristo envia seus arautos; os arautos pregam; as pessoas ouvem; os ouvintes crêem; os crentes invocam; e aqueles que invocam são salvos.

VEJAMOS DE UMA FORMA NEGATIVA:
A menos que certas pessoas sejam comissionadas para a tarefa, não haverá pregadores do evangelho; se o evangelho não for pregado, os pecadores não ouvirão a mensagem nem a voz de Cristo; a não ser que eles a ouçam, nunca crerão nas veredas de sua morte e ressurreição; a menos que creiam nessas verdades, eles não invocarão o Senhor, e, se não invocarem o seu nome, nunca serão salvos.

CONCLUSÃO – A fé vem pelo ouvir. O não salvo ouve e recebe a influência do evangelho e sofre as transformações. Três ilustrações da palavra de Deus demonstram que ele é ativa: Semente (Mc. 4:14), Espada (Ef. 6:17) e Martelo (Jr. 23:29).

No salvo a Palavra de Deus produz santificação (I Tes. 5.23) e a purificação permanente (I Pe. 1:23). Orientar-se pela Palavra de Deus é orientar-se pelo que há de mais seguro no universo. Ouvir, ler e meditar na Palavra de Deus é sustentar-se no eterno (Mt. 24:35)

É a Palavra de Deus que descobre o nosso homem interior, que é viva (Hb 4:12).

Tomemos hoje o propósito de ouvi-la, de lê-la e de anunciá-la.



Dez Passos Para Se Reconciliar Com Deus

O Primeiro passo: Para se aproximar-se de Deus é a FÉ. A Fé vem pelo ouvir a palavra de Deus. Diga-me: como ela soa ao s seus ouvidos? Ela é interessante, lhe parece digna de crédito ou é algo que não lhe traz nenhum interesse? O modo como se encara as coisas sagradas é a chave da reconciliação. O modo profano despreza tudo que é Deus e se afasta do caminho. Quando alguém tem interesse pelas coisas santas torna-se agradável a Ele.

Considerando que as coisas santas lhe atraem, saiba que Deus se deixa achar por aqueles que o buscam. Há coincidência de interesses. Tomemos como exemplo bíblico o chefe dos fiscais da cidade de Jericó, em Lucas 19. Zaqueu queria apenas ver Jesus, mas acabou por receber o convite para uma visita inesperada, em sua casa. A um desejo sincero da parte humana sempre corresponderá a boa vontade de Deus. Uma coisa está estreitamente ligada à outra.

Religião não é a mesma coisa que Deus.

Saulo de Tarso antes de sua conversão era um jovem religioso de uma formação teológica máxima. Era zeloso mas, estava na direção errada. Ele pensava estar agradando a Deus, perseguindo e matando os cristãos. Ele tinha interesse em ser fiel a seu Senhor. Mas não sabia que estava no caminho errado, pois estava servindo a uma religião pensado que servia a Deus. Por causa da sua sinceridade de coração, Deus não o deixou no erro, chamando-o de uma maneira singular: O Senhor o derrubou do cavalo em meio à poeira do deserto. Ficou cego para poder ver. Compreendeu sua situação, que ele estava perseguindo o verdadeiro povo de Deus a mando do Judaísmo. Arrependeu-se e buscou a reconciliação com Cristo.

O segundo passo: Para sua reconciliação é aceitar Jesus como Senhor e suficiente Salvador. Assim diz na Bíblia, a Palavra de Deus, no evangelho segundo João 1; 11 e 12: Ele (Cristo) veio para os seus, mas eles não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos adotivos de Deus Pai quando aceitam sinceramente a seu filho Jesus Cristo.

O terceiro passo: É o arrependimento. Uma lavadeira arrumou um trouxa muito grande de roupas sujas e desceu para o riacho. Lá, muitas outras já estavam trabalhar. Com vergonha de mostrar a sujidade das suas roupas, entrou lá no meio do riacho e afundou a trouxa nas águas. Molhou-se toda ao levantar aquele fardo molhado e pesado, e voltou para sua casa.

As roupas foram lavadas? Decerto que não. Ela deveria esfregar cada peça com sabão até não ficar nenhum vestígio de sujidade. Da mesma forma se você quer se reconciliar com Deus, entre no seu quarto ou onde puder ficar a sós. Ali, ajoelhe-se como se Deus estivesse presente. Conte-Lhe cada mentira, cada mágoa, cada ódio, os seus maus costumes, palavrões imundos – não deixe nenhum pecado sem lavar.

O quarto passo: É perdoar para ser perdoado- tendo feito a lavagem da confissão das suas iniquidades – peça perdão a Deus por tantas ofensas. Cuidado com as mágoas, elas são como correntes do diabo destruindo a vida. Cada mágoa perdoada é uma corrente quebrada. Livre-se das mágoas, sejam grandes ou pequenas. Ler Mateus 18; 23 ao 35. Um texto bíblico que fala de perdão dos pecados é I Carta de João capítulo 1 versículos 8 e 9.

O quinto passo: É escolher uma Igreja para ir regularmente – hoje há muita dificuldade para se escolher uma Igreja. Mas elas são necessárias com são as maternidades. Em ambas nascem pessoas. A Igreja é uma instituição criada pelo próprio Jesus Cristo. Mesmo não sendo bem recebido ele ia todo ano adorar no templo de Jerusalém. Ninguém nasce sozinho em cima da grama, por conseguinte a Igreja existe para cuidar dos fiéis do Senhor.

Uma boa Igreja tem essas características: prega aos pecadores certamente contra o pecado, não se mostra avarenta no trato com o dinheiro, seus membros dão bom testemunho perante a sociedade, ela ensina a buscar o batismo com o Espírito Santo. Ensina que a salvação é pela graça (favor) de Deus por meio do sangue de Jesus Cristo e que uma vez salvo há que se dar bom testemunho e praticar a justiça.

Ela não deve adorar imagens e esculturas porque isto é abominação a Deus e traz a miséria para dentro da família. Ela usa apenas Bíblia Sagrada como norteador de conduta moral.

O sexto passo: É seguir uma vida de oração: orando em todo lugar, seja com palavras ou pensamento. Hoje isto é difícil? É! Às vezes passamos duas horas na net e não temos cinco minutos para o Senhor. É como se você deixasse seu melhor amigo no ostracismo. Sem uma palavra. Analise como está sua comunicação com o Senhor.

Orar é se comunicar com Deus: agradecendo, adorando, pedindo para si, pedindo em favor dos outros, orando para que o Senhor salve parentes, vizinhos, colegas de trabalho. Orando pelos missionários, autoridades politicas. A Bíblia ensina assim.

O futuro da sua vida, é você que tem o poder de decidir. Se o seu relaciomento, sua comunicação com Deus for boa – você será muito feliz e abençoado(a). Seu futuro está nas suas próprias mãos. Se você for sincero(a) com ele: ele trabalhará para abençoar você, sua casa, seus estudos, ele vai cuidar de você como um(a) filho(a) querido(a). O Salmo 37 leia ainda hoje.

Nas causas mais difíceis – jejuar, isto é deixar de comer alimentos sólidos e tomar líquidos (não há necessidade de evitar água – a não ser em jejuns curtos). Tanto Paulo como a rainha Ester, diante de uma causa e problema muito difícil praticaram o jejum completo de três dias. Alimentos somente depois de 72 horas. Água pode.

Se nunca jejuou antes, comece apenas com um dia. Pode ter dor de cabeça. Use um medicamento. Nosso corpo reage com mudanças bruscas. Só jejue por causas JUSTAS (saúde, perseguições, necessidades graves). Jejum não é magia. Se não for dentro da vontade do Senhor – não trará resultado algum. Fazer jejum por causas egoístas e malvadas é pecado grave.

Particularmente quando fui orar para certa pessoa com câncer e também para Jesus batizar os crentes da Igreja que cuidava, exercitei o jejum de três dias. Contudo, o jejum só funciona dentro da direção do Espírito Santo. Também já fiz o mesmo tipo de jejum por uma pessoa e não houve cura. Tudo tem que ser da vontade do Senhor. Se jejua por uma necessidade justa. Por costume e desejos egoístas, não!

O sétimo passo: É procurar ansiosamente aprender a palavra de Deus. Estudando a Bíblia, frequentando regularmente todos os cultos da Igreja, indo a Escola Dominical onde há bom ensino. O tempo que passamos aprendendo a palavra de Deus é precioso porque estamos em contado com Deus. Mas que ninguém se tranque 24 horas em seu quarto para estudar a bíblia pois isto é falta de juízo.

O oitavo passo: É ofertar a Deus de maneira sábia e com o coração alegre. Há três lugares, que conheço, na bíblia que diz para não comparecer diante de Deus com as mãos vazias. Ele não precisa de dinheiro. Mas sua Igreja sim. Todas outras instituições usam o dinheiro em suas causas. Nossa Igreja não pode, portanto, ser uma casa horrorosa e mal cuidada. Por outro lado, cuidado com igrejas avarentas que pressionam os crentes com palavras persuasivas e até ofensivas mas, não estão nem aí com a vontade de Deus. Também tem os ímpios em cujo coração habita o maligno que adoram espinafrar os crentes zombando de suas contribuições na Igreja. O diabo e seus enviados não estão preocupados com você. Querem mais é que você seja infeliz e miserável como eles.

O nono passo: É dar bom testemunho de fé pregando o evangelho aos não crentes sem se envergonhar de Cristo. Muitos há que ainda não aprenderam a palavra de Deus e já querem ensiná-la. Primeiro, é preciso ter alguma coisa para depois poder dar. Aquilo que se aprendeu corretamente é o que se pode ensinar. Deus chamou a todos para reconciliação. Distribuiu dons a cada um que chamou. É um absurdo ver nos dias de hoje tanto crente ocioso sem ocupação alguma na Igreja do Senhor. Quem não trabalha para Cristo está afastando o Espírito Santo do próprio coração. O desejo do Espírito Santo é que você se ofereça voluntariamente para fazer algo agradável ao Senhor.

Sem o Espírito Santo o cristão está desviado.

O décimo passo é o amor fraternal: Alegrar com os que se alegram mas também chorar com os que choram. Antes de comer, vestir, morar, ter um carro, um sítio, uma empresa, há que se importar com os que nada têm. Somos as mãos generosas de Deus aqui na terra. É vergonhoso ver algumas vezes os ímpios sendo mais cuidadosos do que alguns cristãos. O amor é o vínculo da presença de Deus na vida do crente.

Muitos outros passos há – queremos finalizar incentivando você que chegou a ler até aqui a não descansar sua alma enquanto não receber a bênção da salvação e o genuíno Batismo no Espírito Santo que traz uma alegria indizível a vida do novo cristão além de capacitá-lo para testemunhar do amor do Senhor Jesus Cristo.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

ALGUÉM SABE E COMPREENDE

PRECE: Senhor Deus! Nós nos achegamos a Ti, nosso compassivo Redentor; e rogamos-Te, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que se achegam a Ti. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém.
Recentemente uma senhora quis falar comigo. Sentia-se nas suas palavras uma grande tristeza e até uma profunda frustração quando disse:
         O meu casamento a partir de uma certa altura começou a ir na direcção errada. Como quem viaja por uma estrada em que as placas de indicação estão todas erradas, o que prometia ser uma viagem de felicidade era uma estrada estreita rumo a um inferno.
Estas palavras resumiam os 14 anos de vida conjugal. A terminar acrescentou:

– Não sou a favor do divórcio, mas o que podia fazer? Se me sentia impotente para salvar o meu casamento, talvez possa pelo menos salvar a minha família que são os meus filhos. O meu marido entrava em casa à 1, 2 horas da manhã embriagado, nem sempre pude suportar com calma essa situação e quando lhe dizia alguma coisa, ele batia-me, ficava envergonhada especialmente porque os meus filhos assistiam.

O casamento desta senhora transformou-se numa estatística. Foi mais um número que se juntou a milhares de outros naquele ano! Os filhos dela juntaram-se aos milhares de meninos e meninas que no nosso país vivem em lares desfeitos. O pior de tudo é que aquela senhora e aqueles meninos, não são uma simples estatística! São pessoas, são seres humanos. Privados dos seus sonhos mais acalentados. Ela foi esmagada pela noção de que falhou na maior aventura da vida. Agora, com o seu orgulho e auto-confiança despedaçados, ela ficou desorganizada, mal-humorada, incapaz de se concentrar, preocupada com os filhos.

Como ela e o seu marido muitos casais felizes, vão ao altar dizer: "até que a morte nos separe". Eles dão as mãos e ouvem as palavras ditas por Jesus: "... Portanto o que Deus juntou não o separe o homem". Mateus 19:6 Eles inclinam a cabeça com reverência às palavras ditas originalmente pelo Criador: "Assim não são mais dois, mas uma só carne...". Mateus 19:6

Mas, infelizmente, o casamento – esse acordo sagrado dado pelo próprio Deus é tão rebaixado que pouco se assemelha com o que Deus tencionava que fosse. O laço sagrado é transformado numa cadeia de frustrações, discussões, violência, abandono, adultério.

Alguém disse: "vamos considerar o casamento como um cinto de avião, que se aperta e desaperta”. Noutras palavras, se não está satisfeito, livre-se!

Um menino de 10 anos disse à sua namoradinha:

"Eu gosto tanto de ti que quando crescermos quero que sejas a minha primeira esposa."

Qual é o problema? O que é que está errado? O que acontece entre o altar e o processo de divórcio? Por que razão a realidade não é como o sonho?

Todos os casais olham o futuro e aguardam com ansiedade o dia do casamento, anseiam que o sonho se torne realidade. Parece que ele nunca mais chega. Mas chega. E agora são marido e mulher. E muitos em poucas semanas tornam-se ansiosos que a realidade se torne sonho! Um sonho, ao acordar nada é realidade.

Mas é realidade. O que é que está mal no casamento? Será o casamento ou a instituição? O problema é com as pessoas. São as pessoas que devem mudar. Casais felizes não se desiludem com o casamento.

Uma vez perguntaram-me:

– Acha que o casamento pode ser bem sucedido?

– Sim, pode! E não há um grande segredo para isso. Não seria difícil não fosse a fraqueza da natureza humana. Casamentos felizes são feitos de pequenas coisas. Coisas simples. Gentilezas fundamentais. Atenção sem egoísmo. As pequenas coisas que vêm tão naturalmente durante o namoro.

Conheço a seguinte história: Um casal estava prestes a comemorar as bodas de ouro. Alguém perguntou ao marido:

– Qual é a sua receita para um casamento feliz?

– Eu era órfão, e tive que começar a trabalhar muito para pagar o quarto e a comida. A Sara foi a primeira namorada que eu tive. E quando chegou a hora de lhe propor casamento, fiquei assustado. Depois do casamento, o pai dela chamou-me ao lado e deu-me um pequeno embrulho.

– "Aqui está tudo o que precisas saber para ser feliz".

Isto foi o que lá encontrei: um relógio de bolso em ouro. Abriu-o, e indicou-me o que estava no mostrador e que ele tinha que ver todas as vezes que visse as horas: "diz uma coisa linda a Sara".

– Mas não pense que não temos tido ao longo destes 50 anos, algumas disputas – e acrescentou – sabe qual é o segredo dum casamento feliz? É saber resolver os problemas e continuar a caminhar juntos!

Creio que não há nenhum casal, que não tenha uma ou outra vez vivido alguma dificuldade de relacionamento conjugal. Nem pode ser de outro modo!

 Todos os lares têm problemas. Um conselheiro conjugal perguntou a um jovem casal:

– O que é que vocês têm em comum? – a jovem esposa  respondeu:

– Uma coisa: não nos suportamos um ao outro.

John Milton, o poeta mal casado, ouviu uma vez a esposa ser comparada a uma rosa. Ele disse:

– Não percebo nada de flores, mas pode ser verdade, pois sinto os espinhos diariamente.

Há quem diga que as disputas limpam o ar. E talvez o façam, às vezes. Mas as zangas deixam cicatrizes. E ferimentos feitos com palavras são mais sérios que os ferimentos físicos. Os ferimentos físicos podem curar rapidamente. Mas as feridas provocadas por palavras talvez nunca curem.

Muitos casamentos poderiam ser salvos se estivéssemos dispostos a ouvir e a aceitar que o outro talvez possa estar certo. É claro, faz parte da natureza humana pensar que temos sempre razão. Um poeta disse uma vez:

– Eu só vejo dois pontos de vista: aquele que está errado e o meu.

O Dr. Paul Tournier, um famoso psiquiatra suíço, afirmou que é uma coisa muito perigosa querer ter sempre razão e acrescenta:

“As horas mais frutíferas da vida são as da nossa humilhação, quando vemos os nossos pecados e erros, e quando estamos tristes por causa deles. Mas enquanto nós mantivermos zelosamente uma rota na qual sabemos que estamos certos, estaremos imunes a tais sentimentos interiores. E não obteremos qualquer ajuda.” Dr. Paul Tournier

Dr. Tournier afirma num dos seus livros sobre casos de conflito matrimonial: “Aquele que está errado e admite a sua culpa e se humilha, experimenta uma genuína renovação espiritual. Mas aquele que acha que tem razão e recusa perdoar, sai mais amargo que quando entrou.”

Um lar onde não existe o reconhecimento de culpa, um lar onde não existe o perdão, um lar que não faz provisão para um novo começo, é um lar perto do ponto onde não há retorno. Os conflitos são perma­nentes, tornam-se crónicos!

Na Palavra de Deus existe solução até para os conflitos crónicos. A Bíblia coloca todas as nossas discussões na perspectiva exacta. Devemos olhar o relacionamento conjugal, como Deus nos olha.

O Novo Testamento mostra o modo como Deus nos olha. Um Deus que não desculpa o culpado, mas olha o arrependido como inocente. O ponto de partida, como cristãos, é que todos estamos errados, inteiramente imperfeitos. A Palavra de Deus é clara. Paulo diz em Romanos 3:23: "Porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus."

Todos estamos diante de Deus, um ser sagrado. Perante a Sua justiça, a nossa bondade parece trapos sujos. Deus é o único que tem cem por cento razão! A interminável luta do homem para ter razão, ou seja para se justificar, é uma causa perdida.

Talvez a nossa relação com os nossos pais esteja ferida! Ou com os nossos irmãos ou irmãs! Pode ser com o marido ou com a esposa! Pode até ser com o nosso filho ou com a nossa filha!
Oh, Senhor, precisamos tanto de ajuda! Precisamos tanto da palavra certa! Alguém, esta noite sente necessidade de ajuda? A relação com os seus queridos está tão defeituosa, e sente-se infeliz? 
Se é assim, deixem que vos diga que na Bíblia encontramos uma mulher parecida connosco. Era uma mulher que vivia numa aldeia, nas aldeias, toda a gente sabe tudo da nossa vida.
A mulher de que vos falo vivia na aldeia de Sicar. Era uma mulher muito infeliz. Ao ponto que tinha decidido não andar na rua. O seu mundo interior estava tão pejado de imagens negativas, de feridas, de descrença no ser humano e nela própria, estava tão desiludida com a vida! Que só saía à rua, quando sabia que toda a gente estava em casa. A hora do calor.
Saiu naquele dia para ir buscar água ao poço de Jacó, do poço via-se o monte de Gerizim, era um lugar sagrado, Deus segundo a crença dos samaritanos devia ser adorado naquele monte. Ela era samaritana!
Mas esse Deus estava tão dolorosamente distante da angústia interior daquela mulher, que ela já nem olhava para o monte. Olhava, isso sim, para as suas recordações cheias de relacionamentos fracturados, com ela própria e com os outros. Eram tantos os conflitos interiores e as mágoas ocultas!
Estava só, e encontrou outra pessoa solitária junto do poço. Alguém sentado na borda do poço. A pessoa que estava sentada no poço, era um homem, era judeu, o que significava um inimigo. Entre os samaritanos e judeus, existia ódio e desprezo. Os samaritanos eram considerados traidores e desprezíveis.
Os judeus não falavam com os samaritanos, mas mais do que isso nem o próprio marido falava com a esposa na rua. Este homem, quebra todas as barreiras, todos os preconceitos, não só se dirige a ela com modos meigos, mas pede-lhe ajuda. Pede água. Ela fica tão surpreendida que reage desta forma: “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher e samaritana?” João 4:9
Ela desconhecia ainda que pessoa alguma estava ou está fora dos limites de Jesus! Ela não sabia que Aquele que estava ali e lhe pedia água, é muito sensível e que todos os nossos problemas, O afectam, e Ele quer participar e ajudar a resolver. Ela não sabia que Aquele que estava ali falava a língua da Terra mas com sotaque do Céu!
Jesus viu na resposta daquela mulher samaritana uma barreira muito mais profunda que a do sexo ou do nacionalismo. Ele viu o íntimo, o profundo daquela mulher, e viu um ser em necessidade!
A mulher tentou levantar a barreira do orgulho, da incredulidade, da religião. Mas Jesus vai ao âmago da necessidade à origem do problema. Ele o fez com aquela mulher e o faz com cada um de nós. Ele deseja hoje, neste mesmo instante, sentar-se na beira do nosso caminho, dos nossos problemas.
E Ele quer partilhar um segredo, será que há alguém que queira escutar o segredo de Jesus? Alguém que queira libertar-se dos seus complexos e dos preconceitos só para ouvir Jesus?
Então Ele diz: “Se conheceras o dom de Deus, e Quem é O que te pede água, tu lhe pedirias e Ele te daria água viva...”. João 4:10
Jesus prepara aquela mulher para que ela O interrogue, para que ela fale. Ela precisa tanto de falar para confiar. Ela não tinha ninguém para a ouvir. A nossa grande necessidade é de ter alguém que nos escute! É ou não verdade?
E ela fica curiosa, interessada e pergunta: “Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo. Onde tens a água da vida? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele próprio bebeu e, bem assim, os seus filhos e o seu gado?” João 4:11-12
E ela nunca mais se cala, mas Jesus estava à espera exactamente que ela abrisse o seu coração e falasse. O poço de Jacó era um tipo de cisterna com cerca de 30 metros de profundidade. Enchia-se com água de uma nascente e com as águas que caíam da chuva.
O que Jesus oferecia, era água viva que quer dizer, água corrente. Água que vem da fonte, de nascentes subterrâneas, fluindo com abundância. Não é pois de admirar que a mulher tivesse perguntado: “Onde tens tu água viva?” Queria dizer, onde vais encontrar, ou trazer água desse género? Não está aqui nenhum ribeiro de água fresca!
A conversa atinge um nível profundo e Jesus vai revelar-Se mais e mais àquela mulher. Sabem, Jesus revela-Se sempre de forma progressiva. Vai-se revelando para que os nossos olhos o possam realmente ver, os nossos ouvidos ouvir e a nossa mente compreender. Encontro muita gente, que me diz: “Não compreendo a Bíblia!” E eu respondo, “Compreendo” porque a Palavra de Deus compreende-se progressivamente, sacia-nos, não de uma só vez, mas vai-nos saciando.
Agora Jesus diz: “Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água que lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” João 4:13-14
A mulher olhou para Jesus. E pensou: Quem é Este? Como pode fazer tal afirmação? Ela sentiu que Ele era especial. Muito especial! Sim Jesus é especial. Como homem, dormiu no barco. Como Deus, acalmou a tempestade. Como homem, chorou. Como Deus, disse a Lázaro: “Vem para fora!” Como homem, foi posto no sepulcro, como Deus, levantou-Se da morte! Jesus é especial. É Alguém que sabe e compreende!
E de repente ela diz: “Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede e não volte aqui para buscá-la.” João 4:15
Jesus tinha tocado na sua sede profunda pela vida. Mas ela responde ainda de forma superficial, ela esconde ainda o seu interior, a sua necessidade real, ela não deixa ainda que a água da vida flua e sacia a necessidade real do seu coração. Quantos de nós somos assim!
O coração cheio de mágoas e ressentimentos está ainda oculto. Mas Jesus não desiste, há muito que Ele conhecia a samaritana. Oh, divina Omnisciência! Ele conhece! Jesus é o Senhor do Universo e da História, num mistério de amor apossa-Se dos homens, e especial­mente dos pobres, dos abandonados, dos tristes, dos que têm o coração vazio e os enche com a Sua santa e linda presença!
“Vai, chama o teu marido, e vem cá.” João 4:16
Crueldade ou compaixão nestas palavras? Digo que se trata de com­paixão! Jesus sabia que a vida dela era uma sucessão interminável de relacionamentos infelizes, magoados e quebrados.
Jesus compreendeu o problema da mulher mas não a podia ajudar, não podia violar a consciência dela. Ele só podia entrar na séde da sua vida, lá no jardim da alma e reparar todos aqueles sofrimentos, se ela o quisesse. Ele não pode ajudar a resolver os problemas de ninguém se não Lhe for dado espaço para entrar. Então Ele entrará no nosso mundo interior e curará os sentimentos feridos. Como só Ele pode curar!
Jesus não pode tratar as necessidades superficiais sem primeiro tratar as profundas! A mulher ficou, por momentos, sem saber o que fazer. Mas vai ousar confiar, ao menos um pouco e diz: “Não tenho marido.” João 4:17
É a confidência que lhe sai dos lábios, escondendo ainda a sua angústia com uma desonestidade dissimulada. Como quem vai à confissão e fala de tudo, mas não daquilo que a aflige. Como confiar num homem?! Seja ele padre ou pastor?! Há coisas que não queremos e Deus não nos obriga a partilhá-las com ninguém a não ser com Ele que é o nosso Pai e que nos conhece e ama!
Também a samaritana, não confia ainda plenamente. Mas Jesus, sem a abandonar fica ali e não acusa, não a recrimina, não a culpa e diz: “Tens razão em dizer que não tens marido, pois já tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido. Isto disseste com verdade.” João 4:17-18
Queridos amigos que podia fazer a mulher, agora? Que teríamos feito nós? Ou melhor, que fazemos quando Jesus coloca o dedo na nossa ferida, lá onde dói, lá onde há sofrimento, onde nós sabemos que há pecado? Ela ainda tenta argumentar com as antigas tradições. Ela ainda tenta uma discussão religiosa. Tenta desviar o assunto daquilo que tem escondido no seu coração ao dizer: “Nossos pais adoraram neste monte, mas vós, os judeus, dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.” João 4:20
Quantas vezes ouvimos nós isto, hoje! Nós guardamos o Domingo, já os nossos avós o guardavam, mas vós dizeis que é o Sábado! Mas o que é que tem uma coisa a ver com outra! Ela, como muitas pessoas, tentou colocar de lado a oferta de Jesus, tentou fugir com os seus problemas. Ela ainda não percebeu que não se trata de doutrinas, de dogmas, de tradições, trata-se do problema dela. E no lugar de abrir o coração, está a tentar argumentar, a fugir da água refrescante, a única que pode saciar a sua alma ressequida!
Esta noite, quero fazer um apelo: Por favor, não estejam a ouvir com reservas no coração! Não pensem que a vossa religião é diferente, melhor ou pior, não é disso que se trata. Do que se trata é da Pessoa de Jesus. Jesus Cristo perdoou voluntariamente, morreu em nosso lugar, ressuscitou visivelmente e vive vitoriosamente à dextra do Pai. É disto que se trata!
Jesus podia-se ter cansado com a samaritana. Mas Ele amava profundamente. Amar profundamente é ser como Jesus, e Jesus não podia deixar aquela mulher com os problemas dela, à beira do poço, sem esperança! Ele podia ter passado horas a discutir sobre a Bíblia para a convencer que os Judeus estão certos, eram o povo de Deus. Mas não vale a pena discutir religião. A religião tem que ser vista e vivida, o que interessa é falar do amor de Deus e é o que Jesus faz. Deus não está limitado pelas religiões: “Deus é Espírito, e importa que os que O adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:21
O Novo Testamento usa duas palavras para “espírito” nesta passa­gem a palavra que se refere ao Espírito de Deus é pneuma. E a pa­lavra para o espírito que habita no homem é pneumati, que quer dizer a parte mais profunda do ser, com a qual o Espírito de Deus pode e quer ter relacionamento. É aí que Deus quer falar, por isso Jesus disse à samaritana: “Mas vem a hora, e já chegou (para ti) em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim O adoram.” João 4:23
Deus não está interessado numa adoração de lábios, ou de lugares, lá no Monte de Gerizim ou em Jerusalém. Não numa adoração de tradição, não numa adoração de catedrais. A verdadeira religião foi assim apresentada por Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome? E em Teu nome não expulsámos demónios? E em Teu nome não fizemos milagres? Então lhes direi abertamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade!” Mateus 7:21-23
Ou em: “E nisto sabemos que O conhecemos: se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.” I João 2:3,4
‘São estes que o Pai procura’, diz Jesus à Samaritana. São estes que o Pai quer como Seus adoradores. É uma das afirmações mais sublimes de Jesus, é uma mensagem de autenticidade e de verdade. E ela compreende! A voz de Jesus ressoou no mais profundo da sua alma com toda a autoridade, por isso Jesus revela-Se: “´Ego Eimi´Eu o sou, eu que falo contigo.” João 4:26. Jesus afirma aqui que é o EU SOU. O Filho de Deus, o próprio Deus!
Eu fico maravilhado com Jesus porque faz esta revelação a uma mulher, a uma mulher que até nem é uma grande conhecedora do poder de Deus, nem uma grande cristã, diríamos em linguagem moderna. E fico não menos maravilhado com a atitude da mulher. Assim que ela descobre Quem é Aquele que está diante dela, ela deixa de se preocupar com questões pessoais, esquece-se até que as pessoas da aldeia a criticam pelo seu estilo de vida. Esquece-se dos preconceitos religiosos.
Corre para a aldeia a fim de contar a todas as pessoas que encontrou o Homem que lhe contava tudo o que ela tinha feito. É possível que ela tenha gritado em todas as esquinas, batido em cada porta, porque era hora de calor e toda a gente estava em casa. ‘Encontrei Aquele que pode curar todas as feridas. Sou feliz, encontrei o Cristo, o Filho de Deus, e isso me basta, venham!’
Aquela mulher, habitualmente taciturna, tem agora um brilho no rosto. E os seus vizinhos podiam ver que ela tinha encontrado o Salvador. Ela era uma luz, ela que tinha sido uma vela apagada, brilhava agora, e o povo correu a encontrar-se com Jesus e convidaram Jesus a ficar com eles. Dois dias depois do Senhor ter ficado com eles, davam testemunho: “Já não é pelo que disseste que nós cremos, mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do Mundo.” João 4:40,42
Jesus foi um ponto de viragem na vida da samaritana. Ela sentiu que era uma mulher pegada e largada, uma mulher não amada, cinco maridos que a tinham abandonado, e o que estava com ela agora, não queria casar, não queria publicamente dizer: “Até que a morte nos separe”. Isto deve fazer mal a um coração? Depois que encontrou a Jesus, era uma nova pessoa!
Deixem que vos pergunte: Já encontrastes Jesus? Tendes a alegria de viver a paz, ou sinceramente reconheceis que viveis como pessoas taciturnas, tristes, sem paz?!
A primeira coisa que Jesus fez pela mulher foi revelar-Se como o “Eu Sou”, Aquele que antes de ser já era, Aquele que encarnou para revelar Deus. E ela intuitivamente compreendeu que não havia nada que ela Lhe pudesse dizer que Ele já não soubesse.
É verdade que podemos resistir-Lhe e Ele conservar-se-á longe porque Ele não impõe a Sua presença, Ele respeita a liberdade com que nos criou. Mas não podemos impedir que Ele saiba, mesmo mantendo-O à distância, que Ele saiba quais são os nossos sentimentos e as nossas necessidades. O salmista teve estas palavras: “Ó Senhor, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, ó Senhor, tudo conheces.” Salmo 139:1-4
A verdadeira sabedoria não vem pela observação exterior, mas pela revelação interior. Por isso aquilo que o salmista tinha dificuldade em compreender, Jesus encarnou para vir pessoalmente a fim de nos ajudar a abrir os nossos corações.
A segunda ilação que a samaritana tirou foi: Jesus pode perdoar e reconciliar-nos connosco próprios e com Deus.
Gosto muito da afirmação de um autor cristão que diz: “Encontrar o perdão real, conhecer o estranho poder de um amor que não nos abandonará, e conhecer um novo sentido de limpeza interior, é isto o que significa ser salvo. Ser salvo de tudo o que significa separação de Deus.” Josiah Royce
A mulher samaritana pensava que os seus problemas eram todos os seus casamentos fracassados, mas ela veio a descobrir que o que a debilitava era a orientação que tinha dado à sua vida. E que era isso mesmo que a debilitava e certamente fazia com que aqueles que com ela viviam se afastassem. A partir do momento em que o “Ego Eimi” tomou o controlo da sua vida, Jesus perdoou o passado, consertou o presente e guiou-a no futuro!
Às vezes precisamos de começar de novo, como uma caixa registadora, do zero, sem nada na fita. Isso é o que significa o perdão.

Porque será que temos palavras amáveis para os outros durante todo o dia, mas quando entramos pela porta de nossa própria casa há uma tendência para sermos diferentes? Amamos a nossa família de todo o coração. Mas ela sabe disso? Ou agimos como se já soubesse?
Vou terminar com a história mais linda que eu conheço. Trata-se de um jovem agricultor que chegou a casa numa noite, cansado, depois de um longo dia de trabalho. Por razões que a sua esposa ignorava, as vacas fugiram da cerca. E ele culpou-a por isso:
– Tu não tinhas mais nada para fazer – ele disse – podias pelo menos ter vigiado as vacas.
Imediatamente ele arrependeu-se. Mas o efeito das palavras já sangrava no coração da jovem esposa. Ele sentiu que devia pedir perdão aquela noite, mas o orgulho foi mais forte.
Na manhã seguinte ele estava com pressa e deixou a reconciliação para outra hora. Naquele dia, à tarde uma terrível tempestade aproximava-se e ele foi para casa. A casa estava vazia. Em cima da mesa havia um bilhete que dizia o seguinte: "As vacas fugiram outra vez, lamento. Fui procurá-las. Quando eu voltar, por favor, não me trates mal!” A esposa... naquela tempestade? Ele apressou-se em procurá-la, sem se importar com os animais. Ela não tinha percebido a gravidade da tempestade, que agora estava com toda a fúria. Relâmpagos rasgavam o céu. Os estrondos dos trovões eram ensurdecedores e o vento cegava. Ele procurou desesperadamente a sua amada. Toda a noite procurou nos vales e nas colinas. Quando o sol começou a brilhar ele voltou para casa e encontrou o corpo da esposa estirado não muito longe onde ele a tinha ferido com palavras. Agora era tarde para as palavras amáveis, ele teria dado tudo para as poder dizer.
Oh, se pela manhã, ele tivesse apagado as palavras duras da noite! Oh,... uma palavra, um gesto, teria evitado tanta angústia e tanta lágrima!
Oh,... lábios que mostram impaciência com palavras acusadoras e que provocam uma vida tão cruel... Oh, se a noite não fosse tão tarde, a manhã brilharia com sol!

Todos nós falhamos. Mas graças a Deus, podemos encontrar Jesus junto à beira do nosso caminho, hoje! Ele sabe, Ele tem remédio, para que se opere em nós uma mudança, uma cura se permitirmos que a divina presença entre na nossa alma. Que daria por um coração novo? Um lar feliz? Você prometeu junto ao altar o melhor. O Céu está pronto a ajudar!

José Carlos Costa, pastor