INTRODUÇÃO: Lucas 23: 33, 34
1- As sete palavras do Calvário.Aqui está a primeira declaração solene na Cruz, são sete! Foi o maior discurso de despedida da história do mundo. Foi proferido por Jesus no púlpito da cruz, na capela do Gólgota, na sexta-feira antes da Páscoa e por volta de trinta e três anos após o Seu nascimento. Apesar das Escrituras Sagradas cobrirem milhares de anos e registarem as palavras de centenas de homens e mulheres em vida, pouquíssimas palavras de pessoas à beira da morte foram registadas na íntegra, como no caso de Jesus.
Nenhum ouvido captou os sussurros de um homem à beira da morte como fizeram os escritores dos Evangelhos, ao pegarem do Calvário “as sete cordas da sinfonia da redenção.”
Durante o Seu ministério pessoal, Jesus teve vários púlpitos – o alto de uma montanha, um barco, um poço. Mas, Ele nunca teve um púlpito como a cruz. Nunca houve ali um pregador como o Senhor, nunca houve uma congregação como aquela reunida no lugar da caveira, e nunca houve um sermão como as últimas palavras de Jesus.
Por que as últimas palavras de Cristo na cruz são tão importantes?
O número sete tem todo um significado especial, tanto na literatura bíblica como na universal. Cícero já dizia: “Em tudo quanto existe o número sete prevalece.” Por exemplo: sete são os dias da semana, sete são as maravilhas do mundo antigo, sete são as cores do arco-íris, sete são as notas musicais, sete são as colinas de Roma e sete foram as palavras de Cristo na cruz. Na Bíblia encontramos mais de oitocentas referências ao número sete. Por exemplo: sete igrejas do Apocalipse, sete selos, sete trombetas, etc. O número sete indicam plenitude, perfeição. E nas sete palavras encontramos uma mensagem perfeita, plena.
Uma mensagem que nos fala de um Salvador, que na hora da morte tinha o Seu coração cheio de amor, amor que transbordou em palavras de esperança. As Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem. As Suas aflições foram imensas para que as nossas, um dia fossem para sempre dissipadas.
Quando Jesus entrou em Jerusalém, montado num jumento, a multidão estendia os seus mantos para Ele passar. (Lucas 19:36). A multidão gritava e louvava em voz alta dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Lucas 19:37 e 38).
Cinco dias depois, a mesma multidão grita diante de Pilatos: “Crucifica-O! Crucifica-O!” São tiradas as vestes de Jesus. Quão rapidamente a multidão mudou. Como as pessoas são influenciáveis! É fácil acompanhar a multidão, a massa. É fácil acreditar no ditado popular: “A voz do povo é a voz de Deus.” Mas é bom lembrar que, na maioria das vezes, a multidão esteve errada. E, que, para nós, o que vale não é a voz da maioria e nem da minoria, mas, sim, a voz de Deus expressa nas Sagradas Escrituras. As pessoas mudam facilmente, mas graças a Deus que Jesus não muda. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre” (Hebreus 13:8). Tudo o que Jesus foi ontem (Amor) Ele é hoje. Tudo o que Jesus é hoje (Amor) Ele será amanhã, sempre (Amor).
2. Ninguém vence sem oração.No Calvário Jesus estendeu a mão aos Seus executores. Mãos que não feriram nenhum homem, mãos das bênçãos, mãos do pão, mãos dos milagres.
Jesus foi sempre uma bênção. Nesta hora das últimas palavras de Jesus, as mãos estão presas, mas da Sua boca ainda fluem bênçãos não só para o ladrão, não só para a Sua mãe. Mas para o mundo.
A cruz foi erguida devagar e, então, colocada no buraco preparado para ela. Jesus subia ao Seu último púlpito. E as Suas primeiras palavras na cruz foram de perdão. Esta primeira palavra, bem como a quarta e a última são orações que Ele dirige ao Pai. O início, o meio e o fim da agonia de Jesus foram banhados pela santa comunhão com o Pai.
Iniciou o Seu ministério com oração e terminou com oração.
Aqui encontramos uma grande lição. Neste mundo ninguém pode ser vitorioso sem oração. Precisamos aprender a fazer como Jesus que dependia constantemente do Pai. Raramente homens oravam na cruz. A crucificação era uma invenção de mentes depravadas e determinada a tornar a morte tão dolorosa quanto possível. Conforme estudos realizados, era comum a vítima delirar de dor, soltar gritos estridentes, praguejar e cuspir nos espectadores. Mas Jesus orou. Quando o homem deu o pior de si, Jesus orou. Não por justiça, mas por misericórdia. E orou, não após Suas feridas terem sarado, mas enquanto estavam sendo abertas.
“Pai” – disse Jesus na hora da morte. Tinha uma coroa de espinhos furando o Seu rosto, mas isso não O impedia de enxergar o amor do Pai. Suas mãos estavam cravadas numa cruz, não podiam mais curar pessoas, mas Ele podia orar. Seus pés não podiam mais andar para alcançar o pecador, mas isso não O impedia de orar. Seus discípulos O tinham abandonado. Ele não podia mais ensinar-lhes, mas isso não impedia Jesus de orar.
Ah, meus amigos, às vezes, quando surgem dificuldades na nossa vida, quando um filho sofre um acidente, ou quando perdemos o emprego, o primeiro pensamento que vem à nossa mente é; talvez, Deus nos tenha abandonado, que Se tenha esquecido de nós, que não Se importa connosco. Jesus, em meio à tanto sofrimento, dor, agonia, perseguição, insultos e todo ensanguentado não permitiu que nada o impedisse de saber se o Pai O amava e que olhava para Ele.
É possível que neste auditório, haja alguém que está desempregado há muito tempo. Irmão/amigo é capaz de ver o rosto do Pai apesar de estar a passar por necessidade? Você está doente, desenganado pelos médicos? Os amigos o abandonaram? Foi traído pelas pessoas que mais amava? Sente-se solitário? E, apesar de tudo isso, é capaz de ver o rosto do Pai? Jesus o fez na cruz do Calvário. Sem amigos, abandonado pelos discípulos, odiado pela multidão, castigado pelos soldados, acusado falsamente, crucificado injustamente, ferido, em agonia, era capaz de dizer: “Pai, não Te vejo, está tudo escuro, mas sei que estás presente. Sei que estás aí e eu confio em Ti.”
Somos capazes de fazer isso? Se vivemos constantemente em comunhão com o Pai, nada neste mundo nos poderá separar d´Ele, do Seu amor. O primeiro pensamento de Jesus não foi a Sua própria dor, mas sobre o mal que os Seus acusadores estavam infligindo neles próprios. Na Sua hora de agonia Jesus não orou por Ele, mas pelos outros. E não foi pelos Seus amigos, ou os Seus familiares ou por boas pessoas.
Sabe por quem? Ele orou por Seus inimigos. Justamente aqueles que O estavam a maltratar. Orou e pediu perdão por eles. Como uma árvore que derrama perfume sobre o machado que a corta, Jesus disse: “Pai, sei que não poderás exercer a Tua misericórdia sobre Mim, não a negue a estes!”
Ah, meu amigo! Jesus estava a viver o que sempre ensinou. “Perdoai aos vossos inimigos”, “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, “Se não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
Na cruz Jesus viveu a Sua mensagem. O Seu maior ensinamento sobre o perdão foi na cruz. Ele saiu da teologia, da beleza das palavras e entrou na realidade do perdão. Ele praticou o que pregou. Nas palavras de Jesus está a esperança da nossa salvação. Então, acheguemo-nos para escutar mais atentamente o que Ele disse. Com certeza, vamos escutar o nosso nome a ser mencionado na súplica. Ele orou em voz alta para que soubéssemos que estávamos incluídos na oração.
3. Por quem orou Jesus.No grego, o verbo em Lucas 23:34 está na forma imperfeita, indicando “acção contínua no passado”. O nosso texto diz: “Contudo Jesus dizia”, que também poderia ser traduzido por: “Contudo Jesus continuava dizendo”. Por outras palavras, Jesus pode ter dito várias vezes a frase: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
Apesar de não conhecermos os detalhes, sabemos que Jesus continuou a orar: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
Certamente a Sua oração, incluiu os soldados que cravaram os pregos nas Suas mãos e pés, que se ajoelharam ao pé da cruz, não em tristeza reverente, mas para lançar sortes sobre a Sua túnica. Talvez, estes foram os homens que, na noite anterior esbofetearam o Seu rosto, cuspiram e, por repetidas vezes, bateram na coroa de espinhos que eles Lhe puseram sobre a cabeça, fazendo com que os espinhos Lhe perfurassem a fronte, e o sangue gotejasse sobre o rosto e a barba.
Seriamos nós capazes de orar e concederíamos perdão a alguém que, de igual modo, abusasse de si? Nenhuma maldição invocou Jesus sobre os soldados que O trataram de forma tão rude!
Nós entendemos porque os soldados foram tão cruéis! Eles foram pagos para fazer isso e, acima de tudo, deviam obedecer às ordens dos seus superiores. Nós compreendemos a acção dos soldados... Mas Jesus fez mais! Ele perdoou...
Por quem mais Jesus orou?
Certamente pela multidão que na noite anterior gritou enlouquecida: crucifica-O, crucifica-O (Marcos 15:13) e, agora, ao pé da cruz em tom de escárnio dizia: “Se és Filho de Deus, desce da cruz.”
Nós entendemos porque aquela multidão agiu assim. Os líderes do povo tinham estimulado a turba ignorante a pronunciar tal julgamento. Nós entendemos a acção da multidão. Mas Jesus fez mais! Ele perdoou... Por quem mais Jesus orou?
Nosso Senhor orou pelos discípulos que fugiram. Certamente Ele orou por Seu amigo Pedro que O negou.
Novamente nós entendemos a reacção dos discípulos. Todos nós já experimentamos o choque de um perigo físico. Todos já fomos tentados a fugir. Por isso, podemos entender a reacção dos discípulos fugitivos. Mas Jesus fez mais! Ele perdoou...
Jesus orou pelos responsáveis imediatos do Seu sofrimento e morte. Mas, a Sua oração ultrapassa as fronteiras de Jerusalém, ultrapassa os limites da sexta-feira em que morreu. Aquela oração de Jesus por Seus inimigos
abrangia o mundo inteiro. Envolvia todo o pecador que já vivera ou viria a viver ainda.
A oração de perdão inclui a cada um de nós quando erramos. Na cruz, Jesus Cristo abriu a porta do perdão de Deus. A porta ainda está aberta hoje!...Mas, depois de alguém ter entrado, o que deve fazer?
1- As sete palavras do Calvário.Aqui está a primeira declaração solene na Cruz, são sete! Foi o maior discurso de despedida da história do mundo. Foi proferido por Jesus no púlpito da cruz, na capela do Gólgota, na sexta-feira antes da Páscoa e por volta de trinta e três anos após o Seu nascimento. Apesar das Escrituras Sagradas cobrirem milhares de anos e registarem as palavras de centenas de homens e mulheres em vida, pouquíssimas palavras de pessoas à beira da morte foram registadas na íntegra, como no caso de Jesus.
Nenhum ouvido captou os sussurros de um homem à beira da morte como fizeram os escritores dos Evangelhos, ao pegarem do Calvário “as sete cordas da sinfonia da redenção.”
Durante o Seu ministério pessoal, Jesus teve vários púlpitos – o alto de uma montanha, um barco, um poço. Mas, Ele nunca teve um púlpito como a cruz. Nunca houve ali um pregador como o Senhor, nunca houve uma congregação como aquela reunida no lugar da caveira, e nunca houve um sermão como as últimas palavras de Jesus.
Por que as últimas palavras de Cristo na cruz são tão importantes?
O número sete tem todo um significado especial, tanto na literatura bíblica como na universal. Cícero já dizia: “Em tudo quanto existe o número sete prevalece.” Por exemplo: sete são os dias da semana, sete são as maravilhas do mundo antigo, sete são as cores do arco-íris, sete são as notas musicais, sete são as colinas de Roma e sete foram as palavras de Cristo na cruz. Na Bíblia encontramos mais de oitocentas referências ao número sete. Por exemplo: sete igrejas do Apocalipse, sete selos, sete trombetas, etc. O número sete indicam plenitude, perfeição. E nas sete palavras encontramos uma mensagem perfeita, plena.
Uma mensagem que nos fala de um Salvador, que na hora da morte tinha o Seu coração cheio de amor, amor que transbordou em palavras de esperança. As Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem. As Suas aflições foram imensas para que as nossas, um dia fossem para sempre dissipadas.
Quando Jesus entrou em Jerusalém, montado num jumento, a multidão estendia os seus mantos para Ele passar. (Lucas 19:36). A multidão gritava e louvava em voz alta dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Lucas 19:37 e 38).
Cinco dias depois, a mesma multidão grita diante de Pilatos: “Crucifica-O! Crucifica-O!” São tiradas as vestes de Jesus. Quão rapidamente a multidão mudou. Como as pessoas são influenciáveis! É fácil acompanhar a multidão, a massa. É fácil acreditar no ditado popular: “A voz do povo é a voz de Deus.” Mas é bom lembrar que, na maioria das vezes, a multidão esteve errada. E, que, para nós, o que vale não é a voz da maioria e nem da minoria, mas, sim, a voz de Deus expressa nas Sagradas Escrituras. As pessoas mudam facilmente, mas graças a Deus que Jesus não muda. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre” (Hebreus 13:8). Tudo o que Jesus foi ontem (Amor) Ele é hoje. Tudo o que Jesus é hoje (Amor) Ele será amanhã, sempre (Amor).
2. Ninguém vence sem oração.No Calvário Jesus estendeu a mão aos Seus executores. Mãos que não feriram nenhum homem, mãos das bênçãos, mãos do pão, mãos dos milagres.
Jesus foi sempre uma bênção. Nesta hora das últimas palavras de Jesus, as mãos estão presas, mas da Sua boca ainda fluem bênçãos não só para o ladrão, não só para a Sua mãe. Mas para o mundo.
A cruz foi erguida devagar e, então, colocada no buraco preparado para ela. Jesus subia ao Seu último púlpito. E as Suas primeiras palavras na cruz foram de perdão. Esta primeira palavra, bem como a quarta e a última são orações que Ele dirige ao Pai. O início, o meio e o fim da agonia de Jesus foram banhados pela santa comunhão com o Pai.
Iniciou o Seu ministério com oração e terminou com oração.
Aqui encontramos uma grande lição. Neste mundo ninguém pode ser vitorioso sem oração. Precisamos aprender a fazer como Jesus que dependia constantemente do Pai. Raramente homens oravam na cruz. A crucificação era uma invenção de mentes depravadas e determinada a tornar a morte tão dolorosa quanto possível. Conforme estudos realizados, era comum a vítima delirar de dor, soltar gritos estridentes, praguejar e cuspir nos espectadores. Mas Jesus orou. Quando o homem deu o pior de si, Jesus orou. Não por justiça, mas por misericórdia. E orou, não após Suas feridas terem sarado, mas enquanto estavam sendo abertas.
“Pai” – disse Jesus na hora da morte. Tinha uma coroa de espinhos furando o Seu rosto, mas isso não O impedia de enxergar o amor do Pai. Suas mãos estavam cravadas numa cruz, não podiam mais curar pessoas, mas Ele podia orar. Seus pés não podiam mais andar para alcançar o pecador, mas isso não O impedia de orar. Seus discípulos O tinham abandonado. Ele não podia mais ensinar-lhes, mas isso não impedia Jesus de orar.
Ah, meus amigos, às vezes, quando surgem dificuldades na nossa vida, quando um filho sofre um acidente, ou quando perdemos o emprego, o primeiro pensamento que vem à nossa mente é; talvez, Deus nos tenha abandonado, que Se tenha esquecido de nós, que não Se importa connosco. Jesus, em meio à tanto sofrimento, dor, agonia, perseguição, insultos e todo ensanguentado não permitiu que nada o impedisse de saber se o Pai O amava e que olhava para Ele.
É possível que neste auditório, haja alguém que está desempregado há muito tempo. Irmão/amigo é capaz de ver o rosto do Pai apesar de estar a passar por necessidade? Você está doente, desenganado pelos médicos? Os amigos o abandonaram? Foi traído pelas pessoas que mais amava? Sente-se solitário? E, apesar de tudo isso, é capaz de ver o rosto do Pai? Jesus o fez na cruz do Calvário. Sem amigos, abandonado pelos discípulos, odiado pela multidão, castigado pelos soldados, acusado falsamente, crucificado injustamente, ferido, em agonia, era capaz de dizer: “Pai, não Te vejo, está tudo escuro, mas sei que estás presente. Sei que estás aí e eu confio em Ti.”
Somos capazes de fazer isso? Se vivemos constantemente em comunhão com o Pai, nada neste mundo nos poderá separar d´Ele, do Seu amor. O primeiro pensamento de Jesus não foi a Sua própria dor, mas sobre o mal que os Seus acusadores estavam infligindo neles próprios. Na Sua hora de agonia Jesus não orou por Ele, mas pelos outros. E não foi pelos Seus amigos, ou os Seus familiares ou por boas pessoas.
Sabe por quem? Ele orou por Seus inimigos. Justamente aqueles que O estavam a maltratar. Orou e pediu perdão por eles. Como uma árvore que derrama perfume sobre o machado que a corta, Jesus disse: “Pai, sei que não poderás exercer a Tua misericórdia sobre Mim, não a negue a estes!”
Ah, meu amigo! Jesus estava a viver o que sempre ensinou. “Perdoai aos vossos inimigos”, “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, “Se não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
Na cruz Jesus viveu a Sua mensagem. O Seu maior ensinamento sobre o perdão foi na cruz. Ele saiu da teologia, da beleza das palavras e entrou na realidade do perdão. Ele praticou o que pregou. Nas palavras de Jesus está a esperança da nossa salvação. Então, acheguemo-nos para escutar mais atentamente o que Ele disse. Com certeza, vamos escutar o nosso nome a ser mencionado na súplica. Ele orou em voz alta para que soubéssemos que estávamos incluídos na oração.
3. Por quem orou Jesus.No grego, o verbo em Lucas 23:34 está na forma imperfeita, indicando “acção contínua no passado”. O nosso texto diz: “Contudo Jesus dizia”, que também poderia ser traduzido por: “Contudo Jesus continuava dizendo”. Por outras palavras, Jesus pode ter dito várias vezes a frase: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
Apesar de não conhecermos os detalhes, sabemos que Jesus continuou a orar: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
Certamente a Sua oração, incluiu os soldados que cravaram os pregos nas Suas mãos e pés, que se ajoelharam ao pé da cruz, não em tristeza reverente, mas para lançar sortes sobre a Sua túnica. Talvez, estes foram os homens que, na noite anterior esbofetearam o Seu rosto, cuspiram e, por repetidas vezes, bateram na coroa de espinhos que eles Lhe puseram sobre a cabeça, fazendo com que os espinhos Lhe perfurassem a fronte, e o sangue gotejasse sobre o rosto e a barba.
Seriamos nós capazes de orar e concederíamos perdão a alguém que, de igual modo, abusasse de si? Nenhuma maldição invocou Jesus sobre os soldados que O trataram de forma tão rude!
Nós entendemos porque os soldados foram tão cruéis! Eles foram pagos para fazer isso e, acima de tudo, deviam obedecer às ordens dos seus superiores. Nós compreendemos a acção dos soldados... Mas Jesus fez mais! Ele perdoou...
Por quem mais Jesus orou?
Certamente pela multidão que na noite anterior gritou enlouquecida: crucifica-O, crucifica-O (Marcos 15:13) e, agora, ao pé da cruz em tom de escárnio dizia: “Se és Filho de Deus, desce da cruz.”
Nós entendemos porque aquela multidão agiu assim. Os líderes do povo tinham estimulado a turba ignorante a pronunciar tal julgamento. Nós entendemos a acção da multidão. Mas Jesus fez mais! Ele perdoou... Por quem mais Jesus orou?
Nosso Senhor orou pelos discípulos que fugiram. Certamente Ele orou por Seu amigo Pedro que O negou.
Novamente nós entendemos a reacção dos discípulos. Todos nós já experimentamos o choque de um perigo físico. Todos já fomos tentados a fugir. Por isso, podemos entender a reacção dos discípulos fugitivos. Mas Jesus fez mais! Ele perdoou...
Jesus orou pelos responsáveis imediatos do Seu sofrimento e morte. Mas, a Sua oração ultrapassa as fronteiras de Jerusalém, ultrapassa os limites da sexta-feira em que morreu. Aquela oração de Jesus por Seus inimigos
abrangia o mundo inteiro. Envolvia todo o pecador que já vivera ou viria a viver ainda.
A oração de perdão inclui a cada um de nós quando erramos. Na cruz, Jesus Cristo abriu a porta do perdão de Deus. A porta ainda está aberta hoje!...Mas, depois de alguém ter entrado, o que deve fazer?