1º Coríntios 15:12-58
A história do nosso calendário é um estudo muito interessante. Os Romanos criaram um calendário no século 7 antes de Cristo com 10 meses e 304 dias e que começava com marco. Quando descobriram que não dava certo, acrescentaram Janeiro e Fevereiro, mas ainda assim precisavam intercalar um décimo-terceiro mês de dois em dois anos. Em 45 a.C. Júlio Cesar optou por um calendário exclusivamente solar. Este calendário, chamado o calendário juliano, fixou o ano em 365 dias, e incluiu um ano bissexto de 4 em 4 anos, porque de facto o ano solar tem 365 dias, 5 horas, 48 min. e 45.5 segundos. Júlio César, como homem “humilde” e modesto à semelhança dos outros imperadores romanos (?!) mudou o nome do mês Quintilis para “Júlio” (Julho). Outro imperador chamado Augusto fez o mesmo com o mês Sextilis. Pode adivinhar qual foi o novo nome?
Infelizmente, o calendário juliano ficou 11 min. e 14 segundos mais comprido que o ano solar. Esta divergência persistiu através dos anos até que, em 1582, houve uma diferença de 10 dias entre o calendário e a posição actual do sol. Assim sendo, as festas religiosas como Páscoa e Natal ocorreram em épocas erradas. O papa Gregório XIII fez um decreto eliminando 10 dias do calendário! O calendário dele, chamado o calendário gregoriano, foi adoptado aos poucos na Europa. Mas quando finalmente foi oficializado na Inglaterra em 1752, precisava-se de mais um ajuste de 11 dias. Naquele ano, o dia depois do dia 2 de Setembro foi o dia 14!
É interessante saber como o nosso calendário tem sido influenciado através dos séculos por pessoas e eventos. Mas a pessoa mais influente em toda a história do nosso calendário é a pessoa de Jesus Cristo. O nascimento dele mudou a contagem dos anos: Para nós, é 2012 d.C. “depois de Cristo” ou A.D. (ano Domini, ano do nosso Senhor).
Jesus Cristo também mudou o nosso calendário na sua morte e ressurreição. Se Cristo não tivesse ressuscitado, o nosso calendário seria muito diferente. Além das festas religiosas que celebramos, como Natal, Páscoa, Corpus Cristi. Infelizmente, os homens continuam a fazer “história”, argumentando com a ressurreição para mudar o Sábado para o domingo.
Assim, porque se despreza os Mandamentos de Deus, os cristãos em geral, lembram-se de Cristo uma vez por ano, em vez de se lembrarem de forma muito especial no último dia da semana.
Qual é o primeiro dia da semana?
CONTEXTO: Foi a RESSURREIÇÃO que levou o apóstolo Paulo a corrigir alguns erros finais da Primeira Igreja de Corinto. Na passagem famosa que trata da ressurreição de Cristo, 1 Cor. 15, Paulo explica o que seria “Se”—Jesus não tivesse ressuscitado. “Se” Cristo não ressuscitou . . . então o que…?
O texto divide-se em 3 partes:
a). Resultados da Não Ressurreição de Cristo (12-19)
b). Argumentos pela Ressurreição de Cristo (20-50)
c). Implicação Prática para a nossa vida (51-58)
Tudo leva a crer que alguns crentes começaram a negar a ressurreição dos mortos. seguramente por influência de Platão e da sua tese sobre o dualismo entre material e espiritual, que considerava tudo que era material como podre, ruim. Por isso, alguns não tinham interesse na ressurreição do corpo. Alguns acreditavam em aniquilação da alma. Outros numa absorção no espírito eterno. Ainda outros, em reencarnação. Muitos começaram a negar a doutrina fundamental da fé cristã na ressurreição dos mortos.
I. 7 Resultados Se NÃO há Ressurreição . . . (12-19)
Consideremos a proposição, “Se Cristo não ressuscitou . . .” Se Cristo não tivesse ressuscitado dos mortos, não é somente o calendário que seria muito diferente. As nossas próprias vidas seriam eternamente afectadas. Já pensaram nisto? Como a minha vida e a vossa vida seriam diferentes se Cristo não tivesse ressuscitado, se os mortos não ressuscitam? Ler 12-19
1. Cristo não Ressuscitou (12,13)
Não faz sentido afirmar que o corpo é ruim, que não é possível voltar a viver num corpo humano, e ao mesmo tempo dizer que Cristo não ressuscitou. Embora um corpo claramente diferente, Cristo teve um novo corpo; Ele comia, bebia, podia ser tocado. Não era fantasma! João 20:19ss,
2. Pregação é Fútil (Vã, Boba, Ridícula) (14)
Uma perda de tempo! Como dirá mais tarde, se não há ressurreição, “comamos, bebamos, pois amanhã morreremos”! (32). Pregação de um Messias morto não faz sentido.
3. Fé é Vazia (14, 17)
Também não faria sentido crer num Cristo morto. O que adianta? O que um defunto pode fazer por nós?
4. Somos Mentirosos (15,16)
Pior do que nos enganarmos a nós mesmos, seria o de enganar a outros. Seria um crime dos piores, dar esperança falsa de que um dia as pessoas veriam os seus queridos antepassados, se na realidade nunca mais os encontrariam. Seria o auge da crueldade enganar essas pessoas. Dizemos que “a esperança é a última a morrer”, mas quando morre, é terrível. Sem ressurreição, não há mais esperança!
5. Permanecemos em Nossos Pecados: Condenados! (17)
Uma das piores consequências é simplesmente isso. Sem a ressurreição de Cristo, não há certeza de perdão de pecado. Por que? Cristo morreu pelos nossos pecados; somos salvos pelo sangue derramado na cruz. Mas um problema: Como saber se foi suficiente? Como ter certeza que Deus foi satisfeito? Que realmente fomos perdoados? Que TODOS os pecados foram cobertos? Pela ressurreição! (15:3,4) Parte central do evangelho: Cristo morreu pelos nossos pecados, e ressuscitou.
Lembram-se de quantos cordeiros no VT que voltaram a viver uma vez que foram sacrificados? Ressuscitaram? Nunca? Por que não? Se tivessem ressuscitado implicaria que não precisariam de mais sacrifício pelos pecados. De fato, o sacrifício foi repetido continuamente!
A importância da ressurreição é que é uma prova, uma garantia, uma segurança, de que TODOS os pecados foram pagos. Cristo carregou sobre si os nossos pecados. Se tivesse sobrado só um, teria ficado morto, porque o salário do pecado é a morte! Mas ressuscitou. Deus acabou com nossos pecados! Pagou o meu débito! Estou livre!
Sal. 103:3a, 10-12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões”
Nosso Cristo não ficou na cruz! A ênfase em algumas religiões está num Cristo MORTO, ainda na cruz. É uma maneira sútil de controlar, manipular o povo–com incerteza, insegurança; a necessidade de mais e mais obras. Purgatório traz as mesmas implicações. Representa um pagamento contínuo que ainda precisa ser feito.
Nada disso é mais necessário. Cristo pagou tudo, e a ressurreição é a prova mais segura deste fato. Não há mais pagamento ou sacrificio pelos pecados!
6. Os Antepassados são Perdidos (18)
Este segundo resultado e uma consequência do primeiro. Se permanecemos nos nossos pecados, então precisamos morrer. E quando morremos, realmente perecemos. Foi isso que Paulo disse em Romanos: “Porque o salário do pecado é a morte.”
Pense nas implicações: Quando esta vida terminar, só nos resta o castigo eterno pelos pecados. Nunca mais veremos a luz do sol, ouviremos a melodia de canto, sentiremos o cheiro de sal e agua nem ouviremos o ritmo das ondas batendo no mar. Não há esperança de outra vida. Somos perdidos! Eternamente separados de tudo que é bom.
Nunca mais encontraremos com os antepassados. A esposa que perdeu seu marido depois de tantos anos de casamento nunca mais encontrará com ele. Os pais cujo filho foi acidentado não têm esperança de uma reunião futura. O filho que já perdeu a mãe para câncer nunca mais a verá.
Mas há esperança, sim. Todos os instintos naturais do homem lhe ensinam de que há uma vida depois desta. I Ts. 4:13-18 “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus mediante Jesus trará juntamente em sua companhia os que dormem . . . seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.”
7. Somos Tolos (Perdemos a Razão de Viver (19, cf. 32)
Vs. 19 é um resumo dos outros argumentos negativos se Cristo não ressuscitou. Se permanecemos nos pecados (não há perdão), se perecemos quando morremos (não ha esperança), então o que adianta? Por que continuar? Qual o propósito? Qual o valor?
Existe um poster com um homem fazendo Cooper, escrito: “Estou fazendo tudo para prolongar a minha vida, na esperança de que, algum dia, vou descobrir o porquê.”
Porquê? Se nada tem valor permanente! Se tudo é transitório. Não somos nada mais do que animais! (Essa é a conclusão lógica a que a teoria da evolução chega). O que importa! Todos morrem, nada será lembrado. Não há nenhuma garantia que todos as coisas cooperarão para o bem. Não há justiça. O que resta é sobrevivência dos mais fortes. Nenhuma garantia. A vida é um absurdo, sem propósito, objetivo ou alvo. É cada um por si.
Só existes dois tipos de vidas coerentes, lógicas: Cristão totalmente comprometido, ou pagão totalmente voltado para o prazer. Somos TOLOS por andarmos na igreja, se Cristo não ressuscitou! Vamos para a praia, comamos, bebamos, adulteremos, matemos, se amanhã morreremos, se não haverá uma ressurreição! Vamos sugar tudo o que nos resta nesta vida miserável! (32)
II. 4 Argumentos pela Esperança Cristã (Cristo Ressuscitou, Sim 20-50)
Depois de mostrar as implicações lógicas da não-ressurreição, Paulo traça 4 argumentos pela esperança do cristão na ressurreição. São argumentos teológicos, escatológicos, lógicos e naturais.
A. Argumento Teológico (20-22)
O primeiro argumento é que nós também temos esperança da ressurreição, porque pela fé somos identificados com Cristo na sua ressurreição, assim como fomos identificados com Adão na sua morte. A chave está na frase “em Cristo” e “em Adão.” Todos nós fomos incluídos, presentes, em Adão, quando ele pecou. Todos nós morremos junto com ele. Da mesma forma, “todos” que estiverem “em Cristo” poderão gozar da Sua ressurreição. Jesus é as “primícias” de ressurreição, pois Ele foi o primeiro a morrer e ressuscitar (sem morrer outra vez)! Quando nós nos agarramos nEle, como nossa única esperança de vida eterna, somos cobertos da justiça e da vida dele. A morte dEle, nossa morte para pecado e seu castigo. A vida dEle, nossa nova vida. Enquanto identificados com Ele, teremos a vida dEle.
B. Argumento Escatológico (23-28) (Da ordem final das coisas)
Paulo explica alguns dos últimos eventos para esclarecer dúvidas sobre os detalhes de ressurreição. Em termos da ordem dos últimos eventos, temos:
1) Cristo ressurrecto (primícias, uma garantia)
2) Ressurreição dos santos do período do NT, na volta dEle (quando nossos corpos serão reunidos com nosso espírito, para ir ao Seu encontro nos ares)
3) O final do Reino Milenar, quando Cristo entregará tudo ao Seu Pai.
Todos esses eventos finais dependem de ressurreição, para pôr justiça no universo! Caso contrário, nunca haveria justiça.
C. Argumentos Lógicos (29-34) (Bom senso!)
1. Baptismo não faria sentido! (29)
(Alguém já calculou que há pelo menos 39 interpretações desse versículo!) Mas quando consideramos o seu significado mais claro e simples, no contexto, não parece tão difícil. Baptismo significa identificação. No baptismo identificamo-nos com Cristo na sua morte e ressurreição. Também nos identificamos com a família da fé, a igreja, multidões de pessoas que também se identificaram com Jesus na Sua morte e ressurreição. Mas espere—não faz sentido ser baptizado, identificado com Cristo na Sua morte, e sair das águas. Se Cristo só morreu, fique debaixo da água! Se está a seguir o exemplo de homens e mulheres da fé que já morreram, mas nunca mais viverão, o que adianta? Não faz sentido! O baptismo torna-se um ritual.
2. Sofrer por Cristo não faz sentido (30-32).
Se não há esperança de recompensa, se não há outra vida, se o Evangelho é oco, para quê sofrer como Paulo sofreu? Que falso profeta, charlatão, sofreria tanto por uma mentira? Não faz sentido, especialmente para os fundadores de uma religião. A única filosofia de vida que faz sentido é hedonismo—viver para hoje, pois amanhã morreremos. Mas o cristão pode comer e beber com sentido, na certeza de que tudo vale a pena!
D. Argumentos Naturais: A Natureza de Corpos Diferentes (35-50)
Finalmente, Paulo oferece alguns argumentos da natureza. Respondem às perguntas sobre a POSSIBILIDADE de ressurreição. Ele passa do mundo natural para o mundo espiritual.
1. Sementes (36-38). A nova vida vem depois da “morte” no mundo vegetal.
2. Corpos físicos (39). Existem diferentes tipos de carne, corpo, entre homens, animais, pássaros e peixes. O facto de existir um corpo espiritual não deve nos supreender. Faz parte do tecido do universo.
3. Corpos celestiais (40-41). Existem diferenças até nos corpos celestiais: o sol, a lua, as estrelas, os planetas, todos exemplificam a vasta criatividade divina. Se Deus pode fazer distinção entre corpos celestiais, certamente poderá fazer diferenças no corpo humano.
4. Conclusão (42-50). No final, ele aplica essas ilustrações para o corpo humano. Haverá continuidade e descontinuidade. Será nosso corpo, mas será muito diferente.
*Corrupção para incorrupção *Desonra para glória
*Fraqueza para poder *Natural para espiritual
III. 3 Implicações Práticas da Ressurreição de Cristo
Como bom pregador, Paulo termina com aplicações muito práticas para os leitores. A ressurreição de Cristo faz uma diferença enorme nas nossas vidas! Veja as implicações:
A. Transformação Instantânea (esperança!) (51-53)
Um dia, a nossa luta há-de terminar. Alguns serão ressurretos. Outros, nem morrerão! Acontecerá sem nenhum aviso prévio. Um momento, terrestre, o outro, celestial, imortal. Longe de nós a dor, o cansaço, o sofrimento, as lágrimas, as discussões, o stress, o desânimo e depressão.
B. Triunfo Final (sobre pecado e morte) (54-47)
Melhor ainda, finalmente experimentaremos o que Cristo fez por nós na cruz. A morte, para nós, morrerá! Será engolida. Será derrotada, uma vez para sempre. Nunca mais estaremos debaixo da sombra da morte, do medo que produz, do seu sofrimento. Nós que estamos “em Cristo” seremos libertos do pecado e da morte para todo o sempre. Só vida. Vida eterna. Vida com Jesus. Jesus absorveu o golpe de Satanás, a farpa ficou n´Ele, e não em nós!
C. Trabalho Compensador (58)
Por isso, temos razão de viver! Temos uma vida com propósito. Comamos, e bebamos, pois amanhã viveremos! Vida faz sentido. A vida tem sentido. Nosso serviço por Cristo será eternamente lembrado. Nós não morreremos. É um investimento que ninguém pode roubar! Trabalhemos por Cristo, firmes, inabaláveis, abundantes no serviço d´Ele.
Celebremos porque Cristo ressuscitou! Cada Sábado e não só na Páscoa, Cristo é a nossa Páscoa! Jesus mudou o calendário, e deve mudar as nossas vidas. Temos perdão dos pecados; Temos esperança de vida eterna e reunião com os antepassados em Cristo; temos propósito para a nossas vidas. Esta é causa para celebrar!
A ressurreição de Cristo é a nossa Razão de Viver
A história do nosso calendário é um estudo muito interessante. Os Romanos criaram um calendário no século 7 antes de Cristo com 10 meses e 304 dias e que começava com marco. Quando descobriram que não dava certo, acrescentaram Janeiro e Fevereiro, mas ainda assim precisavam intercalar um décimo-terceiro mês de dois em dois anos. Em 45 a.C. Júlio Cesar optou por um calendário exclusivamente solar. Este calendário, chamado o calendário juliano, fixou o ano em 365 dias, e incluiu um ano bissexto de 4 em 4 anos, porque de facto o ano solar tem 365 dias, 5 horas, 48 min. e 45.5 segundos. Júlio César, como homem “humilde” e modesto à semelhança dos outros imperadores romanos (?!) mudou o nome do mês Quintilis para “Júlio” (Julho). Outro imperador chamado Augusto fez o mesmo com o mês Sextilis. Pode adivinhar qual foi o novo nome?
Infelizmente, o calendário juliano ficou 11 min. e 14 segundos mais comprido que o ano solar. Esta divergência persistiu através dos anos até que, em 1582, houve uma diferença de 10 dias entre o calendário e a posição actual do sol. Assim sendo, as festas religiosas como Páscoa e Natal ocorreram em épocas erradas. O papa Gregório XIII fez um decreto eliminando 10 dias do calendário! O calendário dele, chamado o calendário gregoriano, foi adoptado aos poucos na Europa. Mas quando finalmente foi oficializado na Inglaterra em 1752, precisava-se de mais um ajuste de 11 dias. Naquele ano, o dia depois do dia 2 de Setembro foi o dia 14!
É interessante saber como o nosso calendário tem sido influenciado através dos séculos por pessoas e eventos. Mas a pessoa mais influente em toda a história do nosso calendário é a pessoa de Jesus Cristo. O nascimento dele mudou a contagem dos anos: Para nós, é 2012 d.C. “depois de Cristo” ou A.D. (ano Domini, ano do nosso Senhor).
Jesus Cristo também mudou o nosso calendário na sua morte e ressurreição. Se Cristo não tivesse ressuscitado, o nosso calendário seria muito diferente. Além das festas religiosas que celebramos, como Natal, Páscoa, Corpus Cristi. Infelizmente, os homens continuam a fazer “história”, argumentando com a ressurreição para mudar o Sábado para o domingo.
Assim, porque se despreza os Mandamentos de Deus, os cristãos em geral, lembram-se de Cristo uma vez por ano, em vez de se lembrarem de forma muito especial no último dia da semana.
Qual é o primeiro dia da semana?
CONTEXTO: Foi a RESSURREIÇÃO que levou o apóstolo Paulo a corrigir alguns erros finais da Primeira Igreja de Corinto. Na passagem famosa que trata da ressurreição de Cristo, 1 Cor. 15, Paulo explica o que seria “Se”—Jesus não tivesse ressuscitado. “Se” Cristo não ressuscitou . . . então o que…?
O texto divide-se em 3 partes:
a). Resultados da Não Ressurreição de Cristo (12-19)
b). Argumentos pela Ressurreição de Cristo (20-50)
c). Implicação Prática para a nossa vida (51-58)
Tudo leva a crer que alguns crentes começaram a negar a ressurreição dos mortos. seguramente por influência de Platão e da sua tese sobre o dualismo entre material e espiritual, que considerava tudo que era material como podre, ruim. Por isso, alguns não tinham interesse na ressurreição do corpo. Alguns acreditavam em aniquilação da alma. Outros numa absorção no espírito eterno. Ainda outros, em reencarnação. Muitos começaram a negar a doutrina fundamental da fé cristã na ressurreição dos mortos.
I. 7 Resultados Se NÃO há Ressurreição . . . (12-19)
Consideremos a proposição, “Se Cristo não ressuscitou . . .” Se Cristo não tivesse ressuscitado dos mortos, não é somente o calendário que seria muito diferente. As nossas próprias vidas seriam eternamente afectadas. Já pensaram nisto? Como a minha vida e a vossa vida seriam diferentes se Cristo não tivesse ressuscitado, se os mortos não ressuscitam? Ler 12-19
1. Cristo não Ressuscitou (12,13)
Não faz sentido afirmar que o corpo é ruim, que não é possível voltar a viver num corpo humano, e ao mesmo tempo dizer que Cristo não ressuscitou. Embora um corpo claramente diferente, Cristo teve um novo corpo; Ele comia, bebia, podia ser tocado. Não era fantasma! João 20:19ss,
2. Pregação é Fútil (Vã, Boba, Ridícula) (14)
Uma perda de tempo! Como dirá mais tarde, se não há ressurreição, “comamos, bebamos, pois amanhã morreremos”! (32). Pregação de um Messias morto não faz sentido.
3. Fé é Vazia (14, 17)
Também não faria sentido crer num Cristo morto. O que adianta? O que um defunto pode fazer por nós?
4. Somos Mentirosos (15,16)
Pior do que nos enganarmos a nós mesmos, seria o de enganar a outros. Seria um crime dos piores, dar esperança falsa de que um dia as pessoas veriam os seus queridos antepassados, se na realidade nunca mais os encontrariam. Seria o auge da crueldade enganar essas pessoas. Dizemos que “a esperança é a última a morrer”, mas quando morre, é terrível. Sem ressurreição, não há mais esperança!
5. Permanecemos em Nossos Pecados: Condenados! (17)
Uma das piores consequências é simplesmente isso. Sem a ressurreição de Cristo, não há certeza de perdão de pecado. Por que? Cristo morreu pelos nossos pecados; somos salvos pelo sangue derramado na cruz. Mas um problema: Como saber se foi suficiente? Como ter certeza que Deus foi satisfeito? Que realmente fomos perdoados? Que TODOS os pecados foram cobertos? Pela ressurreição! (15:3,4) Parte central do evangelho: Cristo morreu pelos nossos pecados, e ressuscitou.
Lembram-se de quantos cordeiros no VT que voltaram a viver uma vez que foram sacrificados? Ressuscitaram? Nunca? Por que não? Se tivessem ressuscitado implicaria que não precisariam de mais sacrifício pelos pecados. De fato, o sacrifício foi repetido continuamente!
A importância da ressurreição é que é uma prova, uma garantia, uma segurança, de que TODOS os pecados foram pagos. Cristo carregou sobre si os nossos pecados. Se tivesse sobrado só um, teria ficado morto, porque o salário do pecado é a morte! Mas ressuscitou. Deus acabou com nossos pecados! Pagou o meu débito! Estou livre!
Sal. 103:3a, 10-12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões”
Nosso Cristo não ficou na cruz! A ênfase em algumas religiões está num Cristo MORTO, ainda na cruz. É uma maneira sútil de controlar, manipular o povo–com incerteza, insegurança; a necessidade de mais e mais obras. Purgatório traz as mesmas implicações. Representa um pagamento contínuo que ainda precisa ser feito.
Nada disso é mais necessário. Cristo pagou tudo, e a ressurreição é a prova mais segura deste fato. Não há mais pagamento ou sacrificio pelos pecados!
6. Os Antepassados são Perdidos (18)
Este segundo resultado e uma consequência do primeiro. Se permanecemos nos nossos pecados, então precisamos morrer. E quando morremos, realmente perecemos. Foi isso que Paulo disse em Romanos: “Porque o salário do pecado é a morte.”
Pense nas implicações: Quando esta vida terminar, só nos resta o castigo eterno pelos pecados. Nunca mais veremos a luz do sol, ouviremos a melodia de canto, sentiremos o cheiro de sal e agua nem ouviremos o ritmo das ondas batendo no mar. Não há esperança de outra vida. Somos perdidos! Eternamente separados de tudo que é bom.
Nunca mais encontraremos com os antepassados. A esposa que perdeu seu marido depois de tantos anos de casamento nunca mais encontrará com ele. Os pais cujo filho foi acidentado não têm esperança de uma reunião futura. O filho que já perdeu a mãe para câncer nunca mais a verá.
Mas há esperança, sim. Todos os instintos naturais do homem lhe ensinam de que há uma vida depois desta. I Ts. 4:13-18 “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus mediante Jesus trará juntamente em sua companhia os que dormem . . . seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.”
7. Somos Tolos (Perdemos a Razão de Viver (19, cf. 32)
Vs. 19 é um resumo dos outros argumentos negativos se Cristo não ressuscitou. Se permanecemos nos pecados (não há perdão), se perecemos quando morremos (não ha esperança), então o que adianta? Por que continuar? Qual o propósito? Qual o valor?
Existe um poster com um homem fazendo Cooper, escrito: “Estou fazendo tudo para prolongar a minha vida, na esperança de que, algum dia, vou descobrir o porquê.”
Porquê? Se nada tem valor permanente! Se tudo é transitório. Não somos nada mais do que animais! (Essa é a conclusão lógica a que a teoria da evolução chega). O que importa! Todos morrem, nada será lembrado. Não há nenhuma garantia que todos as coisas cooperarão para o bem. Não há justiça. O que resta é sobrevivência dos mais fortes. Nenhuma garantia. A vida é um absurdo, sem propósito, objetivo ou alvo. É cada um por si.
Só existes dois tipos de vidas coerentes, lógicas: Cristão totalmente comprometido, ou pagão totalmente voltado para o prazer. Somos TOLOS por andarmos na igreja, se Cristo não ressuscitou! Vamos para a praia, comamos, bebamos, adulteremos, matemos, se amanhã morreremos, se não haverá uma ressurreição! Vamos sugar tudo o que nos resta nesta vida miserável! (32)
II. 4 Argumentos pela Esperança Cristã (Cristo Ressuscitou, Sim 20-50)
Depois de mostrar as implicações lógicas da não-ressurreição, Paulo traça 4 argumentos pela esperança do cristão na ressurreição. São argumentos teológicos, escatológicos, lógicos e naturais.
A. Argumento Teológico (20-22)
O primeiro argumento é que nós também temos esperança da ressurreição, porque pela fé somos identificados com Cristo na sua ressurreição, assim como fomos identificados com Adão na sua morte. A chave está na frase “em Cristo” e “em Adão.” Todos nós fomos incluídos, presentes, em Adão, quando ele pecou. Todos nós morremos junto com ele. Da mesma forma, “todos” que estiverem “em Cristo” poderão gozar da Sua ressurreição. Jesus é as “primícias” de ressurreição, pois Ele foi o primeiro a morrer e ressuscitar (sem morrer outra vez)! Quando nós nos agarramos nEle, como nossa única esperança de vida eterna, somos cobertos da justiça e da vida dele. A morte dEle, nossa morte para pecado e seu castigo. A vida dEle, nossa nova vida. Enquanto identificados com Ele, teremos a vida dEle.
B. Argumento Escatológico (23-28) (Da ordem final das coisas)
Paulo explica alguns dos últimos eventos para esclarecer dúvidas sobre os detalhes de ressurreição. Em termos da ordem dos últimos eventos, temos:
1) Cristo ressurrecto (primícias, uma garantia)
2) Ressurreição dos santos do período do NT, na volta dEle (quando nossos corpos serão reunidos com nosso espírito, para ir ao Seu encontro nos ares)
3) O final do Reino Milenar, quando Cristo entregará tudo ao Seu Pai.
Todos esses eventos finais dependem de ressurreição, para pôr justiça no universo! Caso contrário, nunca haveria justiça.
C. Argumentos Lógicos (29-34) (Bom senso!)
1. Baptismo não faria sentido! (29)
(Alguém já calculou que há pelo menos 39 interpretações desse versículo!) Mas quando consideramos o seu significado mais claro e simples, no contexto, não parece tão difícil. Baptismo significa identificação. No baptismo identificamo-nos com Cristo na sua morte e ressurreição. Também nos identificamos com a família da fé, a igreja, multidões de pessoas que também se identificaram com Jesus na Sua morte e ressurreição. Mas espere—não faz sentido ser baptizado, identificado com Cristo na Sua morte, e sair das águas. Se Cristo só morreu, fique debaixo da água! Se está a seguir o exemplo de homens e mulheres da fé que já morreram, mas nunca mais viverão, o que adianta? Não faz sentido! O baptismo torna-se um ritual.
2. Sofrer por Cristo não faz sentido (30-32).
Se não há esperança de recompensa, se não há outra vida, se o Evangelho é oco, para quê sofrer como Paulo sofreu? Que falso profeta, charlatão, sofreria tanto por uma mentira? Não faz sentido, especialmente para os fundadores de uma religião. A única filosofia de vida que faz sentido é hedonismo—viver para hoje, pois amanhã morreremos. Mas o cristão pode comer e beber com sentido, na certeza de que tudo vale a pena!
D. Argumentos Naturais: A Natureza de Corpos Diferentes (35-50)
Finalmente, Paulo oferece alguns argumentos da natureza. Respondem às perguntas sobre a POSSIBILIDADE de ressurreição. Ele passa do mundo natural para o mundo espiritual.
1. Sementes (36-38). A nova vida vem depois da “morte” no mundo vegetal.
2. Corpos físicos (39). Existem diferentes tipos de carne, corpo, entre homens, animais, pássaros e peixes. O facto de existir um corpo espiritual não deve nos supreender. Faz parte do tecido do universo.
3. Corpos celestiais (40-41). Existem diferenças até nos corpos celestiais: o sol, a lua, as estrelas, os planetas, todos exemplificam a vasta criatividade divina. Se Deus pode fazer distinção entre corpos celestiais, certamente poderá fazer diferenças no corpo humano.
4. Conclusão (42-50). No final, ele aplica essas ilustrações para o corpo humano. Haverá continuidade e descontinuidade. Será nosso corpo, mas será muito diferente.
*Corrupção para incorrupção *Desonra para glória
*Fraqueza para poder *Natural para espiritual
III. 3 Implicações Práticas da Ressurreição de Cristo
Como bom pregador, Paulo termina com aplicações muito práticas para os leitores. A ressurreição de Cristo faz uma diferença enorme nas nossas vidas! Veja as implicações:
A. Transformação Instantânea (esperança!) (51-53)
Um dia, a nossa luta há-de terminar. Alguns serão ressurretos. Outros, nem morrerão! Acontecerá sem nenhum aviso prévio. Um momento, terrestre, o outro, celestial, imortal. Longe de nós a dor, o cansaço, o sofrimento, as lágrimas, as discussões, o stress, o desânimo e depressão.
B. Triunfo Final (sobre pecado e morte) (54-47)
Melhor ainda, finalmente experimentaremos o que Cristo fez por nós na cruz. A morte, para nós, morrerá! Será engolida. Será derrotada, uma vez para sempre. Nunca mais estaremos debaixo da sombra da morte, do medo que produz, do seu sofrimento. Nós que estamos “em Cristo” seremos libertos do pecado e da morte para todo o sempre. Só vida. Vida eterna. Vida com Jesus. Jesus absorveu o golpe de Satanás, a farpa ficou n´Ele, e não em nós!
C. Trabalho Compensador (58)
Por isso, temos razão de viver! Temos uma vida com propósito. Comamos, e bebamos, pois amanhã viveremos! Vida faz sentido. A vida tem sentido. Nosso serviço por Cristo será eternamente lembrado. Nós não morreremos. É um investimento que ninguém pode roubar! Trabalhemos por Cristo, firmes, inabaláveis, abundantes no serviço d´Ele.
Celebremos porque Cristo ressuscitou! Cada Sábado e não só na Páscoa, Cristo é a nossa Páscoa! Jesus mudou o calendário, e deve mudar as nossas vidas. Temos perdão dos pecados; Temos esperança de vida eterna e reunião com os antepassados em Cristo; temos propósito para a nossas vidas. Esta é causa para celebrar!
A ressurreição de Cristo é a nossa Razão de Viver
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