“Pois onde estiverem reunidos dois ou três em
meu nome. Eu estou no meio deles.”
Mateus 18:20
A única forma que Henry encontrou de preservar a sanidade mental do seu pai foi escolher a esperança em lugar do desespero. Fingia estar alegre, quando na realidade não estava. Fingia ter interesse na vida, quando na verdade queria era desistir de tudo. Quando o desespero lhe oprimia o coração, Henry fazia de conta que tinha esperança de se tornar um cidadão útil.
Então aconteceu algo estranho. O fingimento tornou-se realidade! Foi como se, por um acto da vontade, Henry tivesse exorcizado um espírito mau. Continuou a carreira que tinha escolhido, foi eleito para o Parlamento e mais tarde, a pedido do Primeiro-Ministro Gladstone, foi chamado a dirigir o sistema postal e telegráfico britânico. Nesse cargo, Henry foi o responsável por significativos melhoramentos no serviço postal e telegráfico de seu país.
O que Representa a Sarça Ardente?
Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo do meio duma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Êxo. 3:2.
Sinto que estar convosco é um
privilégio que Deus me concede, falar da esperança, falar de alguma coisa que
tenho experimentado ao longo de quarenta anos, estou cheio de alegria por estar
convosco todas as noites desta semana!
Tenho consciência que a maioria
não me conhece e portanto não vão acreditar nas minhas palavras só porque sou o
conferencista, ou porque tenho muitos anos de experiência. Portanto não vão
acreditar sem “estar de pé atrás” como costumamos dizer. Assim vou convidar-vos
a fazer a prova, experimentar por vós mesmos, vamos entrar no laboratório. Eu
estou de acordo que é preferível provar antes de aceitar.
Então façamos a experiência.
Comecemos como deve ser, observando um fenómeno. Este fenómeno é a felicidade.
Coloquemos como hipótese que nos sirva de prova a fórmula como se produz a
felicidade ou a falta dela nas pessoas. Estamos no laboratório com os tubos de
ensaio, pipetas, rótulos, mechas, balanças, microscópios e tudo o resto para
submeter a hipótese (a felicidade) à experiência.
Parece que estou a começar mal o
tema desta noite, porque percebo nos vossos rostos uma atitude de
incredulidade, até parece que algumas pessoas estão com vontade de falar para
refutar o que estou a dizer. Será que estou enganado? Será que acreditamos em
coisas que estão para além dos cinco sentidos? Ou seja que somos capazes de
crer em coisas que não são demonstráveis em laboratório?
A verdade queridos amigos é que
existe também um outro tipo de conhecimento tão real como o que é provado
cientificamente. Sabem, por exemplo, que existe a felicidade, mas que não se
pode medir com um tubo de ensaio. Do mesmo modo existem tristezas, dores,
angustias, alegrias, amor e ódio e muitas outras realidades que não são
prováveis em laboratórios; mas eu já as experimentei, e vocês também, os
cientistas também; todos as experimentamos nos laboratórios das nossas vidas. A
medida da felicidade, por exemplo, é a vida, a vida da própria pessoa que a tem
ou que a não tem. Sem dúvida, a felicidade não se compra em tubos na farmácia.
Este é o nosso primeiro tema: Esperança
na Solidão.
…Jorge pôs a cadeira em cima da
mesa, saltou para ela, atou a ponta do cinto no cano do aquecimento, fez da
outra ponta um laço à volta do pescoço…
Penso que, de todas as notícias
que li é esta que na minha memória bate o recorde do horror, um menino que
apareceu enforcado na arrecadação da casa. Chamava-se Jorge. Era um menino
normal, disseram os vizinhos. Não tinha razão alguma para fazer o que fez,
asseguram os pais. Na escola não acontecera nada de estranho, informaram os
professores.
Tudo era normal. Naquela tarde,
porém, ao regressar do colégio, subiu os degraus empurrou a porta da
arrecadação, que estava aberta, como de costume, puxou para o centro aquela
mesa posta de lado na última reparação da casa, colocou em cima uma cadeira…
Tinha dez anos, apenas dez anos.
E era um menino normal. Seria agora demasiado fácil inventar uma paranóia, um
acesso de loucura, uma rajada de espanto, qualquer coisa para tranquilizar os
pais, os professores, os psiquiatras, a nós mesmos.
O certo é que o menino tinha
preparado a sua morte com a fria crueldade de um adulto. Em cima da mesa estava
a carta que certamente tinha aprendido na televisão, e na qual se repete o
refrão habitual: “Não culpem ninguém pela minha morte. Tiro-me a vida voluntariamente”.
E logo a seguir, como explicação, duas únicas, horríveis e vertiginosas
palavras: “Tenho medo”.
Tinha medo. Nem ele próprio seria
capaz de explicar de quê. Mas estava só, tão só como todos os meninos
encerrados em quatro paredes dessa infinita solidão que sentem as crianças
quando não são amadas, não suficientemente amadas. Não tinha nenhuma razão
“especial” para ter medo. Só os medos e solidões que todos temos os que vivemos
num mundo tão hostil como este. Só tinha ouvido dizer dezenas de vezes ao pai
que esta vida é uma porcaria. Só se lembrava do choro da mãe numa noite em que
acontecera alguma coisa que ele não conseguiu entender.
Jorge não podia entender muito
bem que alguém pudesse bater numa criança, ele nunca tinha lido as estatísticas
que falam dos milhões de crianças maltratadas no mundo; que nos Estados Unidos
os hospitais atendem todos os anos entre cento e cinquenta a duzentos mil casos
de crianças vítimas de violências sexuais, de cerca do oitocentos mil
abandonados pelos pais e familiares. Não sabia que na Inglaterra morrem todos
os anos muitas centenas de crianças devido a ferimentos causados pelos pais, e
que centenas sofrem lesões cerebrais pelo mesmo motivo. Não sabia que há bebés
estrangulados no berço pelo terrível delito de chorarem, e não deixarem dormir
a família. Não sabia nada disto, quando subiu ao sótão; sabia, porém, que
alguma coisa lhe metia medo.
Se tivesse vivido poderia ter
lido uma frase de Camus: “Não consigo amar uma criação em que as crianças são
torturadas.” Ou teria repetido o que disse Umbral: “O universo não tem outro
argumento senão a crueldade, nem outra lógica senão a estupidez.” Não pensou em
nada disso. Não era filósofo nem escritor. Era apenas um menino que tinha medo
e estava só, tão radicalmente só que ninguém se tinha apercebido dessa solidão.
O que é a solidão?
A solidão não é isolamento. O
isolamento é o afastamento voluntário dos outros. Pode-se começar e terminar
livremente o isolamento; pode ser refrescante, revitalizante e aprazível.
“Sempre senti a necessidade de solidão, e esta sensação aumente com os anos.”
(Einstein, Como vejo o mundo).
O isolamento não é um problema
mental que leve as pessoas a procurar aconselhamento psicológico. Mas há um
solidão insuportável, a que nos é imposta contra a nossa vontade. Esta pode
invadir-nos como o nevoeiro frio que se entranha nos nossos ossos e nos tolhe
os movimentos. É dolorosa, esgotante e desagradável. A solidão é o tipo de
problemas que leva muitas pessoas a procurar o médico, o psicólogo e outros
conselheiros.
Há aqui alguém que sente este tipo
de solidão? Então as palavras de Jesus são para si!
A solidão é, em primeiro lugar,
um sentimento interior que podemos sentir mesmo quando estamos rodeados de
pessoas. Surge quando nos vemos a nós mesmos isolados dos outros, ou
fracassamos em fazer amigos, ou na falta da capacidade natural de nos
relacionarmos uns com os outros. Muito frequentemente, as pessoas que estão
separadas de Deus, e que por este motivo não encontram sentido ou objectivo na
suas vidas, sofrem de solidão.
“A solidão é a consciência
dolorosa de que nos falta o contacto próximo e significativo com os outros.
Envolve um sentimento de vazio interior, isolamento e ânsia intensa. Mesmo
quando estão rodeados de pessoas, os que estão sós sentem-se muitas vezes
postos de lado, indesejados e incompreendidos. Pode haver um desejo intenso de
pedir ajuda, mas quase sempre as pessoas sós sentem-se frustradas e incapazes
de iniciar, continuar ou experimentar um relacionamento íntimo.” (Dr. Gary R.
Collins)
Mas não está só.
A solidão, longe de ser um
fenómeno raro é agora algo inevitável na existência humana. Tornou-se uma das
mais universais fontes de sofrimento humano no mundo moderno. Alguns têm-lhe
chamado o problema da saúde mental mais comum do mundo. Em muitos aspectos,
esta nossa era é a era da solidão. Assim, muitos de nós podemos aplicar a nós
próprios as palavras: “Vagueei solitário como uma nuvem que flutua no alto
sobre vales e montanhas.” Palavras que Valem.
Milhões de pessoas,
independentemente de classe ou sexo, sofrem de solidão, um vazio interior que
pode desaparecer após alguns minutos ou durar uma vida.
Há crianças e jovens que estão
sós porque se sentem abandonadas e pensam que a culpa é deles, o pai e a mãe
tem de ir trabalhar para lhe assegurar o conforto, pagar os estudos, e eles não
têm coragem de dizer que o que necessitam é da sua companhia, do amor. Todos
sabemos quais os países onde se suicidam mais crianças e jovens, nos países
mais ricos da terra. A solidão é o HIV dos países do Norte da Europa e também
em Portugal.
Há adultos que estão sós porque
acham difícil fazer amigos.
Há estrangeiros e refugiados que
estão sós porque se sentem rejeitados, isolados e discriminados.
Há esposas que estão sós porque o
seu marido morreu ou as deixou, e há pessoas de certa idade que estão sós
porque sentem falta das suas famílias e de velhos amigos. Sim, milhares de
corações solitários procuram alguém que se prontifique a acolhê-los, mas não
encontram, caminham lado a lado com uma multidão de pessoas anónimas, mas não
juntos.
Algumas situações causadores da solidão:
1)
As pessoas são agora mais frias e superficiais
nas suas relações. Os transportes modernos facilitam a movimentação, mas, como
consequência, as amizades são desfeitas, as famílias separadas, a vizinhança
perde a importância e o espírito de comunidade entra em declínio.
2)
A solidão pode destruir-nos se as nossas
necessidades humanas básicas forem negadas. Por exemplo, todas as pessoas
precisam de sentir laços estreitos com outros seres humanos, de se sentirem
aceites e queridas tal como são.
3)
Há ainda muitas portas abertas através das quais
a solidão pode entrar na vida de uma pessoa;
- Os nossos preconceitos.
- As nossas orientações de vida.
- Os nossos desejos.
- Falta de autoconfiança para criar relações.
- Tornámo-nos quezilentos devido a uma qualquer
injustiça real ou imaginária, afastamos os outros com as nossas atitudes
negativas e queixas constantes.
- Há também pessoas que erguem barreiras para manter os outros afastados por causa do seu medo da intimidade, medo de serem rejeitados, medo de serem magoados.
“Pois
onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome. Eu estou no meio deles.”
Mateus 18:20
Leia comigo este texto do Sagrado
Livro, estas palavras de Jesus são directamente para si e também para mim!
Na verdade eu quero dizer algo
muito importante esta noite, a solidão pode ser causada pela alienação de Deus
através do pecado. No início da criação, Adão e Eva gozaram da intimidade com
Deus e um com o outro. Mas quando se insurgiram contra Deus, afastaram-se do
Senhor e começaram a acusar-se mutuamente. Pode dizer-se que a solidão começou
ali. Os nossos corações foram feitos para Deus e por isso ficamos inquietos
quando pecamos contra Deus, alienando-nos de Deus e uns dos outros. Devemos
portanto, perguntar: será que a minha solidão persiste porque estou a ignorar
Deus e me recuso a confessar os meus pecados?
Sugestões.
Tome consciência. Admita que está só, reconheça que é doloroso e
decida fazer algo que mude o seu modo de vida. Lembre-se que quando admite que
está só não está a admitir que é um inadaptado social, pois na nossa sociedade,
por vezes, toda a gente está só.
Descubra as causas. Considere as causas específicas que estão na
base da sua solidão, pois a solidão pode surgir por uma variedade de razões. É
mais fácil e mais eficaz trabalhar nas causas da solidão que nos seus sintomas.
Mude a sua atitude para com a solidão. Mude a sua auto comiseração
e o pensamento pessimista sobre a injustiça da vida. Mesmo por entre
acontecimentos perturbantes e desanimadores na sua vida, aprenda a ver o lado
positivo das coisas. Tente envolver-se em qualquer ocupação diária que o ponha
em contacto com outras pessoas, como: trabalho nos hospitais, ler um jornal, ir
à igreja e às actividades da mesma.
Sinta o amor de Deus e desfrute.
“Passando o Senhor perante
Moisés, proclamou: Senhor, Senhor Deus misericordioso e compassivo, tardio em
irar-se e grande em beneficência e verdade.” Êxodo 32:6.
O termo hebreu para “compassivo”
vem de uma palavra “rehem”, matriz. Deus nos ama com um amor
concreto que vem das Suas entranhas. O salmista diz o seguinte: “Como um pai se
compadece (ter compaixão) de seus filhos, assim o Senhor se compadece (ter
compaixão) daqueles que O temem; pois Ele conhece a nossa estrutura, e se
lembra de que somos pó.” Salmo 103:13-14.
Desta maneira, Deus é um pai que
ama com as entranhas de uma mãe. Ele é no Seu amor simultaneamente pai e mãe. O
amor paterno e materno está incluído no amor que Deus nos tem: “então sereis
amamentados, sereis carregados ao colo, e sobre os joelhos sereis afagados. Com
alguém a quem a sua mão consola, assim Eu vos consolarei.” Isaías 66:13-14.
Deus colocou no nosso coração o
pensamento de eternidade, um coração finito, limitado, mas no pensamento,
pensamentos de eternidade. Por isto o nosso coração não pode estar em repouso,
não é possível libertarmo-nos completamente do sentimento de solidão porque
somos amados por um Ser que é Eterno e coloca em nós sentimentos de eternidade
e de saudade. Este amor não é apagado como o amor humano, porque é um amor
eterno.
A nossa educação e os nossos pensamentos
levam-nos ao seguinte raciocínio: Se eu não faço ou sou como o que o outro esperava
de mim (o cônjuge, os pais, professor, patrão …), não mereço ser amado, ninguém
me amará. Com Deus nós fazemos o mesmo raciocínio e procuramos como que obter o
Seu favor através do cumprimento de promessas, ou de atitudes religiosas que
nos impomos ou que nos impõem.
A verdade é que Deus nos ama com
um amor incondicional, mesmo quando cometemos o mais grave pecado contra Ele, o
Senhor ainda nos ama: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu
muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos nos nossos pecados, nos
vivificou juntamente com Cristo – pela graça sois salvos - .” Efésios 2:4-5.
Deus exorta-nos a crer e a confiar
n´Ele e a receber a Sua graça que é maior que a nossa solidão. Que me sinta
indigno, miserável, tenha eu vivido até hoje indiferente ao Seu amor e cuidado,
o Seu amor não diminuiu por mim e por si porque o Seu amor é incondicional.
Na verdade somos tão preciosos
aos Seus olhos que Jesus vai ao ponto de dizer: “Eu neles, e Tu em Mim, para
que sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste,
e que os amas como Me amas a Mim.” João 17:23.
Quem sou eu para contestar ou
rejeitar estas palavras! Elas vêm da boca do próprio Jesus! Deus ama-me como amou
a Jesus. E isto porque me deixo possuir pelo amor, deixo que o amor de Jesus
entre no meu coração. Eu quero ser amado, quero ser envolto no Seu santo e precioso
amor. Por essa razão não tenho razão para dizer: “Não sou digno do Teu amor” se
Ele está de braços estendidos a oferecer-me esse dom precioso.
Querido amigo não está cansado da
solidão, não está cansado de se esconder, não está exausto de fugir de Deus?
Esta noite Ele vem ao seu encontro de braços estendidos.
Aprender a amar Deus.
Quando restabelecemos a comunhão
com Deus aceitando o Seu amor incondicional, como Adão e Eva que restabeleceram
uma relação quebrada através do arrependimento. A intimidade com Deus é
restabelecida. Nós esta noite podemos deixar Deus aproximar-se de nós e deixar
que Ele repare a relação que foi interrompida ou que nunca foi uma relação
certa e equilibrada.
Então o nosso coração é inundado
pela paz que vem de Deus e a solidão dilui-se como o nevoeiro com a chegada do
sol matutino. Será que a vossa alma clama como clamava o salmista David:
“Esperei no Senhor com toda a
confiança; inclinou-Se para mim e ouviu o meu clamor.” Salmo 40:1.
Deus é poderoso, soberano e
compassivo. Ele pode mudar o curso dos eventos e das circunstancias se e quando
Ele quiser e eu o permitir. Quando estivermos rodeados de situações que parecem
inalteráveis e destruidoras, devemos lembrar-nos que a solidão raramente dura
para sempre, porque Deus tem o controlo de tudo.
“Porque Deus amou de tal modo o
mundo que Lhe deu o Seu Filho Unigénito, para que todo o que n´Ele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.
A solidão que resulta da falta de
auto-estima pode ser tratada de forma eficaz através de uma fé forte no amor de
Deus. Aqueles que se convencem a si mesmos que não são atractivos, que são
incompetentes e mal amados pelos outros, têm apenas que acreditar que ao olhos
de Deus todo o ser humano tem valor e é amado. A verdade é que cada um de nós
tem capacidades e dons que podem ser desenvolvidos.
“Quem poderá separar-nos do amor
de Cristo? Estou certo disto: nem a tribulação nem a angústia, nem a
perseguição nem a morte ou a vida poderá separar-nos do amor de deus que está em Cristo Jesus , Nosso
Senhor.” Romanos 8:35-39
O contacto humano não é a única
solução para a solidão. A solidão nunca desaparece completamente até nos
voltarmos para Cristo. Ele ama cada um de nós com o amor próprio de Deus; Ele
morreu por nós, incondicionalmente; quando pecámos, Ele perdoa-nos e dá-nos as
boas vindas em Deus. Ele
quer ser nosso amigo, mais próximo que um irmão.
Jesus conheceu a solidão.
“Nem sequer pudeste vigiar uma
hora comigo!” Mateus 26:40
Jesus conhece todas as nossas
enfermidades, incluindo o sentimento de solidão. Quando Ele suou sangue no
Jardim, esmagado pela dor, foi abandonado até pelos Seus discípulos mais
próximos. Assim, se formos ter com Ele na nossa solidão, Ele irá oferecer-nos
conforto. Ele ficou só, mas não nos abandona à solidão!
“Estava ali só.” Mateus 14:23
Estar em solidão e estar sozinho
é bastante diferente. Podemos estar em solidão quando não estamos sozinhos e
podemos estar sozinhos sem sentir solidão. Jesus foi muitas vezes orar sozinho
para ganhar força e orientar a Sua vida. Graças à oração, foi capaz de manter uma
boa relação com o Pai de forma a manter uma atitude correcta para consigo mesmo
e para com aqueles que O rodeavam. O mesmo pode acontecer connosco, estar
sozinhos, mas não estarmos sós, mantendo uma atitude correcta com Deus em oração. Ele é o nosso
Pai. Ele sabe inspirar-nos e torna-nos capazes de nos relacionamos com as
outras pessoas, e até fazer uso de nós como pessoas que podem oferecer amizade
aos que estão sós.
Em
Setembro de 1858, Henry Fawcett, um rapaz inglês de vinte anos de idade, ficou
cego de ambos os olhos quando o seu pai, acidentalmente, disparou a espingarda
enquanto caçavam.
Antes da tragédia, Henry era um rapaz inteligente, ambicioso e com um grande futuro diante de si. Depois do acidente, encheu-se de desespero.
Antes da tragédia, Henry era um rapaz inteligente, ambicioso e com um grande futuro diante de si. Depois do acidente, encheu-se de desespero.
Mas
uma coisa salvou-o. Amava profundamente o seu pai e sabia que este ficara quase
louco por causa do pesar diante do que tinha acontecido.
A única forma que Henry encontrou de preservar a sanidade mental do seu pai foi escolher a esperança em lugar do desespero. Fingia estar alegre, quando na realidade não estava. Fingia ter interesse na vida, quando na verdade queria era desistir de tudo. Quando o desespero lhe oprimia o coração, Henry fazia de conta que tinha esperança de se tornar um cidadão útil.
Então aconteceu algo estranho. O fingimento tornou-se realidade! Foi como se, por um acto da vontade, Henry tivesse exorcizado um espírito mau. Continuou a carreira que tinha escolhido, foi eleito para o Parlamento e mais tarde, a pedido do Primeiro-Ministro Gladstone, foi chamado a dirigir o sistema postal e telegráfico britânico. Nesse cargo, Henry foi o responsável por significativos melhoramentos no serviço postal e telegráfico de seu país.
O que Representa a Sarça Ardente?
Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo do meio duma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. Êxo. 3:2.
Originalmente,
a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos como os encontramos hoje.
Nos tempos antigos, quando alguém desejava referir-se a alguma passagem das
Escrituras, normalmente se referia a ela por meio de uma palavra-chave. Na
história de Moisés e a sarça ardente, por exemplo, a referência se fazia
mediante a expressão "A sarça", ou simplesmente "Sarça".
Foi assim que Jesus Se referiu a ela. S. Mar. 12:26 diz o seguinte: "Não
tendes lido no livro de Moisés, no trecho referente à sarça...?"
Uma
sarça do deserto que pegue fogo, normalmente queima-se com muita rapidez, mas a
sarça que Moisés viu não se queimava. Embora a arder, Deus não permitia que se
consumisse. Aqui há uma lição para nós.
"Os que estão sofrendo reveses, são representados pela sarça que Moisés viu no deserto que, embora ardendo, não se consumia. O anjo do Senhor estava no meio da sarça. Assim, na perda e na aflição, o brilho da presença do Invisível encontra-se connosco para nos confortar e suster." – A Ciência do Bom Viver, pág. 212.
"Os que estão sofrendo reveses, são representados pela sarça que Moisés viu no deserto que, embora ardendo, não se consumia. O anjo do Senhor estava no meio da sarça. Assim, na perda e na aflição, o brilho da presença do Invisível encontra-se connosco para nos confortar e suster." – A Ciência do Bom Viver, pág. 212.
Que
pensamento! O anjo do Senhor está consigo no meio da ardente prova! Embora Ele
permita que "provas de fogo" nos testem, embora possamos pensar que vamos
ser consumidos, Deus não permitirá que sejamos destruídos pelas chamas.
APELO: O Espírito Santo de Deus
esta noite quer fazer do nosso coração uma sarça, em que a solidão, a tristeza
seja queimada, limpar toda a cinza acumulada ao longo da nossa vida e arejar o
nosso coração, tornar-nos um sarça da esperança.
ORAÇÃO
José Carlos Costa, pastor
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