Há várias ideias concernentes à relação de Deus com este nosso universo. A modo de contraste entre essas falsas ideias e o ensino da Escritura, notemos:
I. NO SEU SER DEUS ESTÁ SEPARADO DO UNIVERSO.
Por toda a Escritura Deus está distinguido da Sua criação. Ele é um espírito puro, ao passo que todas as coisas e seres criados são pelo menos materiais em parte, com exceção dos anjos, tanto bons como maus. Deus é infinito; todas as coisas criadas são finitas. Deus é eterno, tendo existido desde a eternidade. Isto não é verdade quanto a qualquer outra coisa. Deus é imutável. Nada mais o é. Deus é omnipresente; nada mais é. Nem qualquer outra coisa possui os atributos de omnipotência e omnisciência da essência de Deus.
As Escrituras, portanto, refutam o panteísmo, o qual é definido por Strong como "aquele método de pensamento que concebe o universo como o desenvolvimento de uma substância inteligente e voluntária, contudo impessoal, que atinge o senso comum somente no homem. Ele, portanto, identifica Deus, não com cada objeto individual no universo senão com a totalidade das coisas" (Systematic Theology, pág. 55).
II. DEUS CRIOU O UNIVERSO.
1. O FACTO.
Isto está declarado no primeiro verso da Bíblia. A Escritura, portanto, nega a eternidade da matéria. Ela também nega que o universo foi criado por um mau Espírito, como ensinaram os maniqueus. Também é negada a geração espontânea, ideia esta dos evolucionistas ateus. Mais ainda, negada é a teoria das emanações, teoria que com o panteísmo sustenta que Deus é da mesma substância com o universo e que o universo é resultado de sucessivas emanações do Seu ser.
2. A MANEIRA.
(1) Pelo faça-se.
Por isso queremos dizer que Deus falou o universo à existência. As seguintes passagens ensinam isto bem claramente:
"E a Palavra de Jeová foram feitos os céus e toda a hoste deles pelo bafo de Sua boca" (Salmos 33:6).
"Tema toda a terra a Jeová; espantem-se dEle todos os habitantes do mundo; porque Ele falou e foi feito; Ele mandou e o mundo permaneceu" (Salmos 33:8,9).
"Pela fé entendemos que os mundos formaram pela palavra de Deus" (Hebreus 11:3).
Claros exemplos da criação pelo faça-se acham-se em Génesis 1, onde descobrimo-lo arquivado que "Deus disse: Haja luz... um firmamento... etc." e cada coisa na sua ordem surgiu à vida.
(2. Sem materiais previamente existentes.
"O que se vê não foi feito das coisas que se viam" (Hebreus 11:3).
Quando Deus chamara a existência os materiais do universo, Ele os amoldou segundo Sua vontade. Ele principiou sem nada. Só Ele é eterno. Todas as demais coisas saltaram de Sua mão criadora.
III. DEUS AGORA CONSERVA O UNIVERSO.
Deus desenvolve contínuo poder, por meio do qual Ele mantém a existência das coisas que Ele criou segundo a natureza que lhes comunicou. A Escritura ensinando sobre a infinidade e supremacia de Deus é suficiente para convencer-nos que Deus só é auto-existente e imutável; que o universo, portanto, deve ser sustentado e mantido por poder não inerente. E como devêramos esperar, então, quando achamos a Escritura fazendo os seguintes relatos:
"Tu és Jeová, ainda Tu só; fizeste o céu e o céu dos céus, com todos os seus exércitos, a terra e tudo que nela existe, os mares e tudo que esta neles, e Tu os conservaste a todos" (Neemias 9:6).
"Ó Jeová, Tu conservas os homens e os animais" (Salmos 36:6).
"Nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser" (Atos 17:28).
"Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo consiste" – sustentam-se, "derivam sua perpetuidade" (Colossenses 1:17).
"... sustentado todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Hebreus 1:3).
Foi provavelmente à conservação que Jesus se referiu, em parte, ao menos, quando disse: "Meu Pai trabalha mesmo até agora" (João 5:17). O descanso de Deus no sétimo dia da semana da criação não foi à cessão total da atividade, mas somente da Sua obra criadora direta.
IV. DEUS CONTROLA O UNIVERSO.
Da Escritura achamos que Deus não só é o criador e conservador do universo, mas o controlador dele. Ele não criou o universo e abandonou: Ele agora governa ativamente toda à parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus "opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade" (Efesios 1:11).
As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3,4,6,10-13; Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26,30.
A doutrina do controlo de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra que Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou segundas causas de modo que Ele cumprisse a Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento sopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo Sua natureza original e Sua intenção por elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento soprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade.
O controlo de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele estende-se a todas as ações dos homens e as compreende. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 12:36; Salmos 33:14,15; Provérbios 19:21; 20:24; 21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; Êxodo 9:12; Salmos 76:10; Provérbios 16:4; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28.
Ver-se-á que o controlo supra dos homens inclui os seus atos maus bem como os bons. O controlo de Deus dos atos maus humanos pode ser dividido em quatro espécies:
1. PREVENTIVO.
Génesis 20:6; 31:24; Salmos 139:3; 76:10.
2. PERMISSIVO.
Salmos 81:12,13; Oseias 4:17; Atos 14:16; Romanos 1:24,28.
É sob o domínio da vontade permissiva ou controle de Deus que 1 Samuel 18:10 começa. Aqui nos é dito que "um espírito mau procede de Deus se apoderou de Saul". É assim que devemos entender o endurecimento e a cegueira de Deus para os pecadores, como em Êxodo 9:12; Romanos 9:18; João 12:40. É também a este domínio que devemos referir Atos 4:27,28, o qual tem a ver com a crucificação de Cristo. Deus ordenou que Cristo morresse sobre a Cruz, mas Ele meramente deteve o Seu poder coercitivo e permitiu a crucificação seguir sua própria inimizade natural contra Cristo. Em 2 Samuel 24:1 e 1 Crónicas 21:1 vemos prova de fato que algumas vezes na bíblia as coisas que Deus permite a outros cometerem são atribuídas a Ele. Em 2 Samuel 24:1 diz-se que Deus moveu Davi a numerar Israel, ao passo que, em 1 Crónicas 21:1, a mesma coisa é atribuída a Satanás.
3. DIRETIVO.
Génesis 50:20; Isaías 10:5. Assim, enquanto Deus permite o pecado, Ele também o dirige para realizar tais propósitos como Lhe apraz que o pecado realize. P. W. Heward, Inglaterra, diz: "Os desejos do pecado são os desejos do homem: o homem é culpado: o homem é censurável. Mas o Deus todo-sábio impede que esses desejos produzam ações indiscriminadamente. Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. As torrentes da iniquidade são dos corações dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra; trancam-se nos canais da soberana indicação de Deus e os homens inadvertidamente se prendem em limites, de modo que nem um jota do propósito de Deus falhará. Deus trás as enchentes dos ímpios ao canal de Sua providencia, a moverem o moinho do Seu propósito". Disse Agostinho: "Que o pecado dos homens procede deles mesmos; que ao pecarem eles executam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer".
4. DETERMINATIVO.
Deus não só permite o pecado e o dirige, mas marca os limites além dos quais ele não pode ir e prescreve as linhas dos seus efeitos. Vide Jó 1:12; 2:6; Salmos 124:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Tessalonicenses 2:7.
I. NO SEU SER DEUS ESTÁ SEPARADO DO UNIVERSO.
Por toda a Escritura Deus está distinguido da Sua criação. Ele é um espírito puro, ao passo que todas as coisas e seres criados são pelo menos materiais em parte, com exceção dos anjos, tanto bons como maus. Deus é infinito; todas as coisas criadas são finitas. Deus é eterno, tendo existido desde a eternidade. Isto não é verdade quanto a qualquer outra coisa. Deus é imutável. Nada mais o é. Deus é omnipresente; nada mais é. Nem qualquer outra coisa possui os atributos de omnipotência e omnisciência da essência de Deus.
As Escrituras, portanto, refutam o panteísmo, o qual é definido por Strong como "aquele método de pensamento que concebe o universo como o desenvolvimento de uma substância inteligente e voluntária, contudo impessoal, que atinge o senso comum somente no homem. Ele, portanto, identifica Deus, não com cada objeto individual no universo senão com a totalidade das coisas" (Systematic Theology, pág. 55).
II. DEUS CRIOU O UNIVERSO.
1. O FACTO.
Isto está declarado no primeiro verso da Bíblia. A Escritura, portanto, nega a eternidade da matéria. Ela também nega que o universo foi criado por um mau Espírito, como ensinaram os maniqueus. Também é negada a geração espontânea, ideia esta dos evolucionistas ateus. Mais ainda, negada é a teoria das emanações, teoria que com o panteísmo sustenta que Deus é da mesma substância com o universo e que o universo é resultado de sucessivas emanações do Seu ser.
2. A MANEIRA.
(1) Pelo faça-se.
Por isso queremos dizer que Deus falou o universo à existência. As seguintes passagens ensinam isto bem claramente:
"E a Palavra de Jeová foram feitos os céus e toda a hoste deles pelo bafo de Sua boca" (Salmos 33:6).
"Tema toda a terra a Jeová; espantem-se dEle todos os habitantes do mundo; porque Ele falou e foi feito; Ele mandou e o mundo permaneceu" (Salmos 33:8,9).
"Pela fé entendemos que os mundos formaram pela palavra de Deus" (Hebreus 11:3).
Claros exemplos da criação pelo faça-se acham-se em Génesis 1, onde descobrimo-lo arquivado que "Deus disse: Haja luz... um firmamento... etc." e cada coisa na sua ordem surgiu à vida.
(2. Sem materiais previamente existentes.
"O que se vê não foi feito das coisas que se viam" (Hebreus 11:3).
Quando Deus chamara a existência os materiais do universo, Ele os amoldou segundo Sua vontade. Ele principiou sem nada. Só Ele é eterno. Todas as demais coisas saltaram de Sua mão criadora.
III. DEUS AGORA CONSERVA O UNIVERSO.
Deus desenvolve contínuo poder, por meio do qual Ele mantém a existência das coisas que Ele criou segundo a natureza que lhes comunicou. A Escritura ensinando sobre a infinidade e supremacia de Deus é suficiente para convencer-nos que Deus só é auto-existente e imutável; que o universo, portanto, deve ser sustentado e mantido por poder não inerente. E como devêramos esperar, então, quando achamos a Escritura fazendo os seguintes relatos:
"Tu és Jeová, ainda Tu só; fizeste o céu e o céu dos céus, com todos os seus exércitos, a terra e tudo que nela existe, os mares e tudo que esta neles, e Tu os conservaste a todos" (Neemias 9:6).
"Ó Jeová, Tu conservas os homens e os animais" (Salmos 36:6).
"Nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser" (Atos 17:28).
"Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo consiste" – sustentam-se, "derivam sua perpetuidade" (Colossenses 1:17).
"... sustentado todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Hebreus 1:3).
Foi provavelmente à conservação que Jesus se referiu, em parte, ao menos, quando disse: "Meu Pai trabalha mesmo até agora" (João 5:17). O descanso de Deus no sétimo dia da semana da criação não foi à cessão total da atividade, mas somente da Sua obra criadora direta.
IV. DEUS CONTROLA O UNIVERSO.
Da Escritura achamos que Deus não só é o criador e conservador do universo, mas o controlador dele. Ele não criou o universo e abandonou: Ele agora governa ativamente toda à parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus "opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade" (Efesios 1:11).
As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3,4,6,10-13; Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26,30.
A doutrina do controlo de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra que Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou segundas causas de modo que Ele cumprisse a Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento sopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo Sua natureza original e Sua intenção por elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento soprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade.
O controlo de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele estende-se a todas as ações dos homens e as compreende. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 12:36; Salmos 33:14,15; Provérbios 19:21; 20:24; 21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; Êxodo 9:12; Salmos 76:10; Provérbios 16:4; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28.
Ver-se-á que o controlo supra dos homens inclui os seus atos maus bem como os bons. O controlo de Deus dos atos maus humanos pode ser dividido em quatro espécies:
1. PREVENTIVO.
Génesis 20:6; 31:24; Salmos 139:3; 76:10.
2. PERMISSIVO.
Salmos 81:12,13; Oseias 4:17; Atos 14:16; Romanos 1:24,28.
É sob o domínio da vontade permissiva ou controle de Deus que 1 Samuel 18:10 começa. Aqui nos é dito que "um espírito mau procede de Deus se apoderou de Saul". É assim que devemos entender o endurecimento e a cegueira de Deus para os pecadores, como em Êxodo 9:12; Romanos 9:18; João 12:40. É também a este domínio que devemos referir Atos 4:27,28, o qual tem a ver com a crucificação de Cristo. Deus ordenou que Cristo morresse sobre a Cruz, mas Ele meramente deteve o Seu poder coercitivo e permitiu a crucificação seguir sua própria inimizade natural contra Cristo. Em 2 Samuel 24:1 e 1 Crónicas 21:1 vemos prova de fato que algumas vezes na bíblia as coisas que Deus permite a outros cometerem são atribuídas a Ele. Em 2 Samuel 24:1 diz-se que Deus moveu Davi a numerar Israel, ao passo que, em 1 Crónicas 21:1, a mesma coisa é atribuída a Satanás.
3. DIRETIVO.
Génesis 50:20; Isaías 10:5. Assim, enquanto Deus permite o pecado, Ele também o dirige para realizar tais propósitos como Lhe apraz que o pecado realize. P. W. Heward, Inglaterra, diz: "Os desejos do pecado são os desejos do homem: o homem é culpado: o homem é censurável. Mas o Deus todo-sábio impede que esses desejos produzam ações indiscriminadamente. Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. As torrentes da iniquidade são dos corações dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra; trancam-se nos canais da soberana indicação de Deus e os homens inadvertidamente se prendem em limites, de modo que nem um jota do propósito de Deus falhará. Deus trás as enchentes dos ímpios ao canal de Sua providencia, a moverem o moinho do Seu propósito". Disse Agostinho: "Que o pecado dos homens procede deles mesmos; que ao pecarem eles executam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer".
4. DETERMINATIVO.
Deus não só permite o pecado e o dirige, mas marca os limites além dos quais ele não pode ir e prescreve as linhas dos seus efeitos. Vide Jó 1:12; 2:6; Salmos 124:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Tessalonicenses 2:7.
Sem comentários:
Enviar um comentário