segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BEM AVENTURADOS OS QUE CHORAM

Você alguma vez sentiu profunda tristeza por alguma coisa que fez? Já se achou o pior dos seres humanos? Ficou muito triste por ter cometido algumas faltas e no seu coração fez o propósito de não mais cometer tais erros?

Quando Jesus começou a falar à multidão, lá na encosta da montanha, tudo era novo para aquelas pessoas. A palavras de Jesus caíam nos ouvidos da multidão admirada.
O que Jesus dizia era diferente daquelas doutrinas que eles ouviam dos rabinos e dos sacerdotes. As palavras de Jesus eram doces como o perfume da flor e irradiavam o amor de Deus.
Todas as pessoas que estavam ali no sopé da montanha sentiam instintivamente a existência um Ser capaz de ler os segredos da alma, e que deles Se aproximava com terna compaixão, e palavras de eterna bondade.
Suas palavras são conhecidas como o Sermão da Montanha. E hoje iremos estudar uma das Bem- Aventuranças proferidas por Jesus.

Ela se encontra no evangelho de Mateus 5:4 – “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.
O pranto aqui apresentado é a sincera tristeza de coração pelo pecado. Jesus disse: “E Eu, quando for levantado da Terra, todos atrairei a Mim.” João 12:32.
E, quando, pelos olhos da fé, contemplamos Jesus levantado sobre a cruz conhecemos distintamente o estado pecaminoso da humanidade, Podemos ver que quem açoitou e crucificou a Jesus, foram os nossos pecados.
Muitas vezes nos esquecemos que somos amados com imenso amor e a nossa vida tem sido uma contínua cena de ingratidão e rebelião.

Crucificamos de novo, em nós mesmos, o Filho de Deus e de novo traspassamos aquele sangrento e ferido coração. Separamo-nos de Deus por um abismo de pecado, extenso, negro e profundo, e choramos com coração quebrantado.
Esse pranto, será consolado. Deus nos revela a culpa a fim de que possamos nos dirigir a Cristo, e por meio dEle sejamos libertos da servidão do pecado e nos regozijemos na liberdade dos filhos de Deus. Então em verdadeira contrição podemos arrojar-nos ao pé da cruz, e ali então depositarmos nosso fardo.
As palavras de Jesus contêm uma palavra de conforto para os que sofrem aflição e provação. Em Lamentações 3:33 lemos: Deus “não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens”.
Quando Deus permite que nos sobrevenham provações é “para nosso proveito para sermos participantes de Sua santidade”, conforme Hebreus 12:10

Com fé, as provações amargas e difíceis de suportar, se tornarão uma benção. O golpe cruel que desfaz as alegrias se tornará o meio de voltarmos os olhos para Jesus. Muitas pessoas não teriam conhecido a Jesus se elas não tivessem sofrido algum tipo de tristeza. Quando sofremos, podemos buscar de Deus o conforto.
As provações que passamos aqui, são obreiras de Deus para remover de nosso caráter as impurezas e arestas. É difícil e muito trabalhoso o processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar uma pedra preciosa. Mas a pedra é depois, apresentada pronta para ocupar o seu lugar em uma jóia de muito valor.
Assim Jesus, faz com seus filhos. Ele não trabalha em material imprestável. Só suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio. Seus filhos preciosos e amados são assim preparados e moldados para o Lar eterno.
Nosso Pai celestial nunca Se esquece daqueles a quem a tristeza alcançou. Quando Davi seguiu pelo monte das Oliveiras, “subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e caminhava com os pés descalços” (II Samuel 15:30), o Senhor com piedade, o observava.
Os sinais exteriores de humilhação testificavam de quão contrito se achava. Em sentidas expressões, vindas de um coração quebrantado, apresentou seu caso a Deus, e o Senhor não desamparou o Seu servo.

Nunca Davi foi mais precioso ao coração de Deus, do que quando, com consciência abatida, para salvar a vida fugiu dos inimigos que haviam sido instigados à rebelião por seu próprio filho Absalão.
Cristo ampara o coração contrito e purifica a alma pesarosa, até que se torne Sua morada.
Deus não se alegra em ver seus filhos sofrerem. Não é do agrado de Deus que tenhamos o coração quebrantado. O desejo de Deus é que olhemos para cima e sintamos o Seu abraço a nos amparar nos dias mais angustiantes que passamos.
Bem-aventurados são também os que choram com Jesus em simpatia com os entristecidos do mundo, e em tristeza pelo pecado. Jesus foi o Varão de dores, suportando angústia que nenhum pensamento humano pode retratar.
Seu espírito foi ferido e moído pelas nossas transgressões. Jesus se entristeceu ao ver que a multidão O recusou, e não quiseram seguir seus passos.
Foi por meio de sofrimento que Jesus alcançou o ministério da consolação.
Na Bíblia lemos: “O Pai de misericórdias e o Deus de toda a consolação. . . nos consola em toda a nossa tribulação para que também nós possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.” II Coríntios 1:3 e 4.
Deus tem prazer em consolar os que choram. Seu amor abre o caminho na alma ferida e quebrantada, e torna-se bálsamo curativo para os que pranteiam.
Hoje Deus quer lhe abraçar. Hoje Deus quer consolar você. Aceite o consolo de Deus e você terá o conforto que vem do Senhor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O GRANDE REAVIVAMENTO ENTRE O POVO DE DEUS

Ao iniciarmos os próximos cinco anos de testemunho e atividades evangelististicas para o Senhor, ao confrontarmos os desafios e dificuldades ao nosso redor, devemos manter o breve retorno de Jesus como nosso alvo supremo. Que privilégio é fazer parte do grande movimento no final da história da Terra! O breve retorno de Jesus é a maravilhosa notícia que deve inspirar e moldar os nossos planos e ações.
Seja qual for a função que nos seja designada por Deus, é hora de humildemente aceitarmos as oportunidades e desafios que nos são confiados, sabendo que as nossas atividades só serão eficazes por meio do poder do Espírito Santo. Somos chamados a trabalhar como bons servos (Mat. 20:26-28), confessando que somos dependentes da sabedoria de deus (Tiago 1:5), da instrução do Espírito Santo (João 16:13) e que precisamos do discernimento de uma multidão de conselheiros (Provérbios 11:14).
O Espírito Santo nos chama para que juntos, jovens e idosos, homens e mulheres, numa igreja unida, sob a Sua liderança, humilhemo-nos diante d´Ele e supliquemos pelo reavivamento, tanto na nossa vida pessoal como da igreja. Lemos em 2ª Crónicas 7:14: “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos Céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” Esta maravilhosa promessa do Senhor chama o Seu povo ao compromisso. Diariamente, devemos pedir ao Senhor que cumpra a promessa de Joel 2 e Atos 2 para que a chuva serôdia do Espírito Santo seja derramada sobre a Sua igreja.
Por outro lado, como adventistas, devemos buscar a renovação da nossa mente e coração enquanto esperamos pelo poder do Espírito Santo e pelo derramamento da chuva serôdia. É por meio do derramamento do Espírito Santo que a última obra, de proclamar as três mensagens angélicas, será concluída. Ellen White lembra: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser a nossa primeira ocupação.
É importante o diligente esforço para obter a bênçãos do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para a receber. O nosso Pai celeste está mais disposto a dar o Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus na Sua promessa para conceder-nos a Sua bênção.” Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121.)
Convido a Igreja Adventista do Sétimo Dia do mundo inteiro para que se una em oração, pelo derramamento do Espírito Santo, neste momento vital da história. Oremos para que o Espírito Santo remova do nosso coração todo orgulho e egoísmo que possa impedir a obra de reavivamento e reforma que Jesus tanto deseja realizar entre o Seu povo do tempo do fim.
Aproveitemos a oportunidade, no tempo à nossa frente, para orar uns com os outros. Devemos iniciar períodos de oração nas nossas igrejas, instituições e organizações para elevarmos a nossa voz, clamando pelas promessas de Deus de que Ele derramará, em nossa alma ressecada, a água de nova percepção e novo fervor. Deve haver em cada nível da organização da igreja um deliberado programa de oração pelo reavivamento e um esforço consciente de nutrir a “primeira piedade” nas vidas rendidas ao poder do Espírito Santo. Os líderes da Associação Geral, uniões, associações, missões e igrejas locais já estão a trabalhar para montar e fornecer materiais que dirijam a nossa mente para a grande necessidade de “tempos de refrigério”.
Fazemos parte de um movimento singular, pois nos identificamos como o povo remanescente de Deus, predito nas profecias. Isso coloca sobre nós uma responsabilidade especial de exaltar a Cristo em todos os nossos sermões e ministério, mostrando às pessoas que Jesus é tudo em nossa vida. As verdades salvadoras do evangelho – de que somos justificados por Deus, por meio da vida de Jesus em nosso favor, a Sua morte no Calvário e o Seu ministério como nosso Sumo Sacerdote no santuário celeste – nos dá a certeza da vida eterna. A graça de Deus, nossa redenção por meio de Jesus, não depende da nossa habilidade de compreender completamente ou saber explicar toda a teologia da salvação. Como um dos nossos antigos líderes da igreja, George W. Brown, declarou numa meditação devocional durante a assembleia da Associação Geral de 2005. “Quando chegarmos ao Céu, pelo poder de Cristo, estaremos justificados, santificados, glorificados – e satisfeitos!”
As Escrituras também nos advertem de que o reavivamento e reforma pelos quais suplicamos encontrarão oposição de forças que intentam manter a igreja na sua condição de Laodiceia. O inimigo, certamente, está a fazer tudo para persuadir os adventistas a conformarem-se com menos do que a plenitude do poder transformador prometido no evangelho. De modo subtil e não tão subtil, está tentando distanciar-nos da Bíblia e da completa compreensão daquilo que Deus afirma ser a verdade. As palavras do apóstolo Paulo são tão relevantes hoje como foram quando escreveu para os crentes em Roma: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rom. 12:2). A tradução Phillips acentua mais a imagem: “Não deixe que o mundo ao seu redor o molde segundo o seu próprio padrão.”
Este é o momento em que devemos resistir às lisonjas de Satanás e não permitir que o mundo nos molde de acordo com o seu padrão. Este também é o momento em que devemos ter clareza e coragem: permanecermos firmemente comprometidos com as crenças fundamentais desta igreja, que foram estabelecidas pela imutável Palavra de Deus. Não podemos correr o risco de por falta de atenção desviar-nos do alvo, pois Jesus está falando conosco com o mesmo tom de urgência com que falou à igreja de Filadélfia: “Venho em breve! Retém o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Apoc. 3:11).
Meu irmão e irmã, precisamos unir-nos, apegando-nos à Palavra de Deus como está escrita. O poder prometido nas Suas palavras só será concedido se nos comprometermos a ler a Bíblia, vivê-la, ensiná-la e pregá-la sem temor, e se permitirmos que a nossa vida seja moldada por suas claras e convincentes verdades.
Apeguemo-nos às verdades da Bíblia, através das quais Deus levantou este movimento do tempo do fim, inclusive o ensino bíblico sobre o dom de profecia. Dos muitos dons dados por Deus ao Seu povo remanescente, esse é um dos maiores. Os escritos de Ellen White oferecem instruções para a vida cristã e são tão relevantes hoje como quando foram escritos há um século. Contêm verdades vindas do Céu. Leia o Espírito de Profecia, com a sua Bíblia, diariamente. Acredite nele. Promova-o. Use-o. Ensine-o. Apoie-o. E você descobrirá um novo poder na sua vida espiritual que o ajudará a andar em novidade de vida.
Apeguemo-nos às três mensagens angélicas de Apocalipse 14; à iminente segunda vinda de Cristo; à justificação pela fé em Jesus; ao sábado do sétimo dia; ao relato de Génesis sobre a criação em seis dias literais, consecutivos, de 24 horas e origem recente; à mensagem do santuário e ao ensino bíblico sobre o estado dos mortos.
Lembremo-nos de que a Bíblia e o Espírito de Profecia nos chamam a viver em obediência pelo poder do Espírito Santo, nos convidam ao estilo de vida saudável descrito nas Escrituras e no Espírito de Profecia e a um estilo de música e adoração que exalte a Cristo, não a nós mesmos. Atentemos, de maneira especial, para o que Deus nos ensinou sobre as condições em que o Espírito Santo será derramado sobre os que, sinceramente, estão buscando o reavivamento e comprometidos com a mensagem de reforma.
O meu convite é simples e claro: precisamos de nos unir, ajoelhando-nos diante do Senhor para, humildemente, pedir renovação de graça e poder para enfrentar os dias à nossa frente. Ore pelo reavivamento que Jesus espera que seja vivido por Sua igreja, e ore para que o seu coração esteja pronto a praticar o que o Espírito Santo trouxer à sua mente e consciência.
Uma igreja humilde e completamente entregue a Deus muito em breve será uma igreja reavivada e reformada. E essa igreja, será, muito em breve, a igreja que olhará para o Céu com esperança e alegria, e verá Jesus voltar para a levar consigo.
Ted N.C.Wilson
Presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Nota: A situação religiosa degrada-se; Igreja Anglicana une-se à Igreja Romana, outras igrejas da Reforma visivelmente tomam o mesmo caminho; as mega-igrejas funcionam em torno de mega-pastores cujo o objetivo é retirar proventos e enriquecer. Por outro lado, os homens e as mulheres nunca antes como agora anelam por coerência, autenticidade e verdade, só um povo que viva os princípios eternos estará apto a responder a essa necessidade profunda da alma.
José Carlos Costa, pastor Adventista.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jesus e a família de Marta

Lucas 10.38-42
Jesus amava a família formada por Lázaro e as suas duas irmãs Maria e Marta (João 11.5) que moravam em Betânia. Lázaro foi aquele que, quando morreu, provocou uma intensa emoção em Jesus, fazendo-o chorar (João 11.35). Por causa da intercessão do Mestre, Lázaro experimentou o poder da ressurreição. Maria era aquela que tinha derramado perfume sobre o Senhor e os tinha enxugado com os seus cabelos (João 11.2). Por causa da graça e misericórdia de Cristo, Maria experimentou amor e perdão. Mas é sobre Marta que vamos meditar com base nessa experiência com Jesus.
1.Marta tem uma atitude receptiva (v 38
“Marta o recebeu em sua casa” – NVI) – Alguns comentaristas ensinam que o nome Marta é aramaico e significa “senhora soberana” ou “senhora diligente”. O nome ajuda a enfatizar a sua posição autónoma e de liderança na sua casa. De fato, ela toma a iniciativa e todas as providências para receber Jesus, que, por sinal, estava com os seus discípulos. O seu coração receptivo foi determinante para que Jesus entrasse na sua casa.
Nas nossas vidas também tudo começa na atitude de abrirmos a nossa casa e o nosso coração para Jesus entrar. Ele mesmo declarou: “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.” (Apocalipse 3.20 – NTLH). Você quer receber Jesus em sua casa?
2.Marta tem prioridades equivocadas (v 40
“Marta, porém, estava ocupada com muito serviço” – NVI) – A expressão “serviço” vem do grego diakonia. A palavra diakonia é apresentada de forma positiva em todo o Novo Testamento para designar “o ato de servir à mesa do Senhor”. No episódio imediatamente anterior, Lucas descreve o grande ensino de Jesus sobre o serviço através da parábola do bom samaritano. Logo, Jesus não está a repreender o serviço propriamente dito. Na realidade, Marta é exortada a não exagerar ao ponto da preocupação, a agitação e ansiedade. Ao ponto de perder o foco sobre o que é mais importante. Estava completamente distraída com as tarefas e coisas a fazer, distanciando-se do relacionamento com as pessoas ao seu redor. O seu comportamento foi tão intenso que está a ponto de implicar com a sua irmã. De fato, o exagero dos cuidados e ambições com coisas e tarefas pode gerar muita perturbação e distanciamento nas famílias e os relacionamentos serem pouco significativos.
Mesmo com Jesus nas nossas casas, temos ênfases e conceitos equivocados que precisam ser modificados. Jesus está tão perto e nós tão distantes. Às vezes, em nome do próprio Senhor, nascem grandes distorções e até mesmo heresias. Estamos prontos a rever os nossos conceitos à luz das palavras de Cristo focalizando o relacionamento com Deus e as pessoas?
3.Marta tem um coração ensinável (v 41
“Marta! Marta!”) – A repreensão de Jesus foi tão bem recebida que nunca mais vamos encontrar Marta distraída. Pelo contrário, a sua compreensão de Cristo tornou-se muito profunda que a leva a declarar uma das mais genuínas e impactantes profissões de fé: “Então Marta disse a Jesus: Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que, mesmo assim, Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele. Sim, senhor! Eu creio que o senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo” (João 11.21,22 e 27 – NTLH).
Nós também temos a capacidade de aprender e mudar. O conceito do evangelho é que as pessoas que estão receptivas a ser ensinadas podem ser transformadas pelo poder do Senhor. Estamos preparados para ser repreendido pelo Senhor?
Somos chamados para ser um povo santo e atento aos valores do reino de Deus. Quando os nossos pés, os nossos pensamentos se desviarem do importante, do projeto que Deus colocou no nosso coração, o Senhor mesmo nos exortará, pois ele nos ama. Esse cuidado para conosco refletirá na nossa profissão de fé mais madura, cheia de confiança e fé.

Conclusão: Plano de vôo
” Bons crentes” – até mesmo os melhores – ficam fora da rota 90 por cento do tempo! O segredo é que elas têm um sentifo do destino. Conhecem a “trilha”. E frquentemente corrigir o percurso.
É como o vôo de um avião. Antes da descolagem, os pilotos examinam o plano do vôo. Por isso, sabem exatamente para onde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano.Contudo, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros fatores interferem no plano, impulsionando ligeiramente o avião em direções diferentes, de modo que na maior parte do tempo o avião não segue com rigor a rota, chega mesmo a desviar-se da mesma.
Mas como é isso possível? Durante o vôo, os pilotos recebem constantes feedback. São comunicações dos instrumentos sobre o meio ambiente, informações das torres de controlo, de outros aviões e as vezes até das estrelas.E, com base nesses feedback, fazem os ajustes necessários para, de tempos em tempos retornar, ao plano de vôo correcto.
A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso.
O vôo desse avião constitui uma metáfora ideal para a vida familiar e cristã. Não faz nenhuma diferença se a nossa vida cristã saiu um pouco da rota ou mesmo está enredada com algum problema problema. A esperança encontra-se na visão, no plano e na coragem de continuar a corrigir o curso de novo e de novo”.
O segredo é ter um destino, um plano de vôo e uma bússola.
Bons cristão e boas famílias, ficam fora da rota 90 por cento do tempo! O segredo é que elas têm um sentido do destino. Conhecem a “trilha”. E estão sempre a corrigir o curso, de novo e de novo.
É como o vôo de um avião. Antes da descolagem, os pilotos examinam o plano do vôo. Por isso, sabem exactamente para onde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano. Contudo, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros fatores interferem no plano, impulsionando ligeiramente o avião em direções diferentes, de modo que na maior parte do tempo o avião fica fora da rota do vôo prescrita!
Eu creio que uma Santa Ceia é um momento de analisar todos os instrumentos por forma a verificar todo o plano de voo e a corrigir tudo o que há a corrigir. Que o Senhor pelo Seu poder nos dê sabedoria e força para isso.
Lembremo-nos foi isso que fez Marta. Amem.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O BATISMO CRISTÃO

Pergunta: "Qual a importância do batismo cristão?"
Resposta: O batismo cristão, de acordo com a Bíblia, é um testemunho exterior do que aconteceu no interior da vida de um crente. O batismo cristão ilustra a identificação do crente com a morte de Cristo, o sepultamento e ressurreição. A Bíblia declara: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:3-4).
O verdadeiro cristão não nasce duas vezes, mas 4. Isto pode parecer estranho.
1º Nascimento: “nascido de mulher”
Job 14:1,2: “O HOMEM, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação. Sai como a flor, e se seca; foge, também, como a sombra, e não permanece.
- Job a este nascimento “nascido de mulher”; refere-se ao nascimento físico ou natural, por este todos nós passamos.
- Quais são as característiscas desta pessoa nascida de mulher?
- É pecador: 15:14-16.
- A pessoa vive sem esperança, espiritualmente doente e rebelde. É pecador e o pecado é uma doença detestável e não se pode curar com remédios humanos (Is. 1:4-6).
- O pecado produz não só feridas por dentro mas também feridas visíveis. Jesus disse: “necessário nascer outra vez,” e acrescenta de “cima”.
2. Nascido do Espírito. Romanos 8:13,14.
- Este nascimento é imprescindível, implica uma revolução total na vida da pessoa, no pensamento, nas ações, afeta a vida familiar, relações comerciais, recreações e diversões.
- Altera os hábitos alimentares.
- Modifica a nossa fisolofia no emprego do dinheiro.
- Altera a nossa linguagem.
* Como é que isto acontece?
- Só sei que é um milagre e “os milagres não se explicam aceitam-se” é obra do Espírito Santo.
Confessa os pecados, arrepende-se, converte-se.
3º Nascimento: da água, João 3:5.
-É o batismo, é a expressão natrual do novo nascimento. E os desejos profundo de todo o ser humano que quer ouvir no fundo da alma as palavras de Deus: “Este é o meu filho/a amado”
- É um testemunho da pessoa que quer viver uma vida limpa, sempecado.
- Foi isto que ensinou Pedro em Act. 2:37,38.
- Este batismo simboliza a morte ou a cura das feridas. Nos tempos romanos os guerreios que voltavam da guerra vinham com o corpo com feridas, com cicatrizes para que as feridas fossem amaciadas com óleo de Sardes, eles passavam algum tempo dentro de uma pequena piscina.
- às vezes colocavam o corpo todo dentro da água e os gregos chamavam a esta experiencia “batismo”.
- O cristão aconselhado pelo Apóstolo Paulo cura-se sendo sepultado: Rom. 6:3-6.
4º Nascimento: da Palavra 1ª Pedro 1:23-25.
- Aqui refere uma mudança operada pela Palavra de Deus, ao estudá-la, ao ser iluminado na alma. Ela guia-nos por padrões de civismo e num relacionamento com Deus.
João 17:17.
- Antes procuravamos fazer o nosso melhor. Agora é ela que nos corrige. Instrui para do novo nascimento crescermos até nos tornarmos pessoas verdadeiramente cristãs.
Quem vive este 4 nascimentos, sabe quem é Deus e sente honra em ser seu filho, gosta de fazer o que Lhe agrada e confia no seu amor.
Dois lobos dentro mim
Um velho avô disse ao neto, que veio com muito zangado com um amigo que lhe tinha feito uma injustiça:
- Deixa-me contar-te uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio por aqueles que me pregaram algumas partidas desagradáveis, sem qualquer arrependimento. Comecei a perceber que o ódio corruia o meu coração, mas não alterava em nada os meus inimigos. É o mesmo que tomar veneno e desejar que o nosso inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
O avô continuou:
- É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando estiver certo fazer isso, e da maneira correta. Mas o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele rozna e grita com todos, sempre que tem oportunidade e sem motivo. Este lobo nem sequer pensa porque o ódio e a raiva são tão grandes que turbam o pensmento. É uma raiva inútil, pois ela não irá mudar coisa alguma.
E concluiu:
- Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar o meu espírito.
O neto olhou intensamente para os olhos do avô e perguntou:
- Qual deles vence, avô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

“SE ALGUÉM NÃO TEM O ESPÍRITO DE CRISTO, ESSE TAL NÃO É DELE”

O que é um cristão? Perante esta pergunta, muito naturalmente alguém responderá que um cristão é um discípulo (ou seguidor) de Jesus Cristo. De facto o termo “cristão” foi utilizado pela primeira vez em Antioquia (da Síria), muito provavelmente pelos pagãos, para definir ou caracterizar os discípulos de Jesus: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Atos 11:26). Mas será que um cristão define-se apenas pelo facto de ser um seguidor de Jesus Cristo? Não, um cristão não é só um seguidor (ou discípulo) de Jesus Cristo! É isso, sim, mas é igualmente muito mais do que isso! O apóstolo Paulo não podia ser mais claro, convincente e peremptório, quando, em breves palavras, proferiu esta solene afirmação: “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9)
Será então possível, alguém ser um seguidor de Jesus Cristo e, mesmo assim, não ser um cristão, na plena acepção do termo? Sim, claro que é possível!
Basta essa pessoa não ter o Espírito de Cristo, ou o Espírito Santo, nela! Foi isto que o apóstolo Paulo afirmou! Tomemos um exemplo bíblico que confirma essa afirmação do apóstolo Paulo: foi Judas Iscariotes um discípulo de Jesus Cristo? Sim, Judas Iscariotes foi considerado não apenas um discípulo, mas também um apóstolo de Jesus1. Mas, foi ele um verdadeiro cristão? Jesus, em determinado momento do Seu ministério terrestre, mais precisamente “um ano antes da traição”2, disse que ele era um “diabo”3. Pode alguém ser simultaneamente um cristão e um diabo?
Mais: pode alguém ter sido batizado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19) e, mesmo assim, não ser um cristão? Não disse Jesus a Nicodemos que ninguém “pode entrar no reino de Deus” a não ser que nasça “da água e do Espírito” (João 3:5; negrito acrescentado)? Por outras palavras: pode alguém “entrar no reino de Deus” nascendo só da água, isto é, passando só pelo batismo da água? A resposta de Jesus é clara: não, não pode!
Para alguém “entrar no reino de Deus” tem necessariamente que ser um “nascido do Espírito” (v. 6 e 8)! Após o martírio de Estêvão4 – diz-nos o livro de Atos dos Apóstolos – “levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, excepto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria" (Atos 8:1), e “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (v. 4). O mesmo livro bíblico também nos relata que “Filipe (v.5), descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo” e que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo

Ver: Lucas 6:12-16, onde é igualmente feita a distinção entre “discípulo” e “apóstolo”.
Ver: Ellen G. White, A Paixão de Cristo, Publicadora Servir, pág. 41
3 Ver: João 6:70-71
4 Ver: Atos 7:54-60
Provavelmente este "Filipe" mencionado não era o apóstolo de Jesus mencionado em Lucas 6:13-14, pois não lhe é dada a designação de "apóstolo", mas seria um dos sete diáconos mencionados em Atos 6:3-6. Além disso, é-nos dito que os "apóstolos" permaneceram em Jerusalém (Atos 8:1, 14), enquanto Filipe estava a pregar em Samaria. Os sinais que ele operava." (Atos 8:5-6) Tal foi o impacto que a pregação de Filipe teve sobre as “multidões” que habitavam em Samaria, que nos é dito que “quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres” (Atos 8:12). Mas, depois disto, um facto “curioso” ocorreu, segundo a narrativa bíblica: “ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados no nome do Senhor Jesus. Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.” (Atos 8:14-17). Quando, mais tarde, Paulo “chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos” (Atos 19:1) lhes perguntou: “Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes?”, e ouviu da parte deles esta resposta: “Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo” (v. 2), apesar de terem sido “batizados… no batismo de João” (v. 3), imediatamente foram tomadas providências para que não só fossem aqueles “discípulos” rebatizados (ou batizados de novo) (v. 5), mas também para que recebessem o Espírito Santo: “impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo” (v. 6).
Fará hoje algum sentido lançar a mesma pergunta que Paulo fez outrora aos “discípulos” que encontrou em Éfeso (“Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes?”) aos membros das várias igrejas adventistas do sétimo dia espalhadas pelo nosso país e pelo mundo? Dar-se-á o caso de, entre nós, termos muitos que, apesar de serem discípulos de Jesus Cristo por terem crido n’Ele, ainda não receberam o Espírito Santo? Como é evidente, não posso responder a esta pergunta porque simplesmente não posso conhecer e/ou julgar o tipo de experiência espiritual de cada! Todo o que viveu a experiência não só do baptismo da água mas também a do Espírito Santo, testemunha: “Tudo mudou!”
Antes do batismo do Espírito considerava-se uma “boa” pessoa, agora sentem uma profunda agonia interior por ver como um horrível pecador necessitando desesperadamente de um Salvador! O conteúdo da Bíblia, de repente, começa a fazer sentido, como nunca antes, e parece que tudo o que lá está escrito se aplica diretamente a nós mesmos – quer as suas repreensões diretas que, quais espadas cortantes de dois gumes penetram até ao âmago da alma, fazendo-nos chorar amargamente pelos nossos pecados, quer igualmente as suas reconfortantes promessas que, muitas e muitas vezes, nos fazem igualmente chorar de gratidão pela alegria incomensurável que nos trazem! Sentimos numa “nova onda”, num “outro mundo”, numa nova realidade – era a realidade à qual o Espírito Santo do Deus eterno me estava a conduzir.
Ver: Mateus 7:1 e 1 Coríntios 4:5
Ver: Hebreus 4:12
Ver: Lucas 22:62
Quando lemos que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14)! Sim, é isso que sentimos “agora” um filho de Deus, e porque “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16), temos então, a certeza de que essa convicção de que uma operação do Céu se operou na nossa vida.
O sentimentos de que somos um filho de Deus não provém de nós próprios, mas do Espírito Santo!
Não encontramos palavras suficientemente claras que possam traduzir toda a intensidade de sentimentos e certezas que vivemos durante esse período da nossa conversão, do novo nascimento que o Espírito Santo operou em nós! Apenas podemos manifestar agora, uma enorme gratidão ao meu Deus, por ter operado em mim uma tão grande salvação, que não se limita a ser apenas um mero sentimento e/ou uma certeza intelectual, mas o que é de fato, uma experiência REAL de vida!
Será que podemos ter a certeza de que o Espírito Santo está connosco? E, se sim, como podemos ter essa certeza?
Em primeiro lugar importa referir que essa certeza pode ser nossa se pedirmos a Deus que nos outorgue o Seu Espírito Santo! Jesus garantiu-nos que, se nós “que [somos] maus, [sabemos] dar boas dádivas aos [nossos] filhos”, então “quanto mais o Pai celestial [não] dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?” (Lucas 11:13). Podemos ter a total garantia e certeza que, quando pedimos ao “Pai celestial” o Espírito Santo, esse pedido enquadra-se perfeitamente na categoria de pedidos de que Jesus disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lucas 11:9-10), porque estas palavras de Jesus antecedem imediatamente a Sua sugestão de pedirmos ao Pai celestial o Espírito Santo.
Em segundo lugar é importante saber ao certo aquilo que o Espírito Santo opera em nós, para em seguida sabermos se isso corresponde ou não à nossa experiência de vida! Jesus disse que o Espírito Santo traria sobre nós a convicção “do pecado” (João 16:8), “porque não creem em Mim” (v. 9).
Pergunto: será possível alguém crer em Jesus como seu Salvador se, em primeiro lugar, não se sentir convencido que é um pecador? E nenhum de nós chega à convicção de que é um pecador se o Espírito Santo não agir sobre nós: “Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:4). Considera-se uma pessoa “justa” (como o fariseu da parábola que Jesus contou10) ou, antes pelo contrário, considera-se um “pecador” como se considerou a si próprio o publicano? Se ainda não chegou a sentir-se como o publicano se sentiu, então está na hora de ceder à convicção que o Espírito Santo tem seguramente procurado trazer sobre si, mas que você tem persistido em rejeitar!
Ver: 1 João 3:1-2
Ver: Lucas 18:9-14

Em terceiro lugar é igualmente importante saber que o Espírito Santo, segundo Jesus, nos “guiará a toda a verdade” (João 16:13; negrito acrescentado). O apóstolo Paulo disse que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4. Se a convicção que o Espírito Santo trouxer sobre si não o/a levar, prezado/a amigo/a, através do arrependimento, mais longe do que à certeza da salvação em Jesus Cristo, isto é, se não o/a levar a desejar ardentemente conhecer “toda a verdade” ou a ter um “pleno conhecimento da verdade”, então isso será um indicador mais do que certo de que necessitará de pedir (ou pedir mais) o Espírito Santo! A convicção que o Espírito Santo opera em nós e que nos leva a um arrependimento genuíno, levar-nos-á igualmente a sentir a necessidade de conhecer toda a Verdade revelada! Uma coisa é indissociável da outra, como nos diz igualmente o apóstolo Paulo: “na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade” (2 Timóteo 2:25; negritos acrescentados). “Os homens maus não entendem o que é justo, mas os que buscam o SENHOR entendem tudo.” (Provérbios 28:5). Eis aqui uma declaração claramente ousada, que eu nunca teria a coragem de apresentar, se ela não estivesse escrita na Palavra de Deus! E o apóstolo João escreveu algo muito semelhante: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes [ou Espírito Santo11] permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a Sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” (1 João 2:27).
Em quarto lugar importa salientar que a certeza da presença do Espírito Santo em alguém manifestar-se-á através de uma vida de obediência: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36:26-27).
Em quinto lugar e por último, refira-se que a presença do Espírito Santo em nós manifestar-se-á num desejo intenso de partilhar Cristo e a Sua Verdade com outros: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas…” (Atos 1:8). “Todo o verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva faz-se fonte de vida. O que recebe torna-se doador. A graça de Cristo na alma é como uma nascente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer ansiosos por beber da água da vida.”
Concluindo: ninguém é um cristão se não tiver o Espírito Santo sobre ele, e a prova de que o Espírito Santo está sobre alguém manifesta-se quando o poder convincente desse mesmo Espírito levar essa pessoa a reconhecer que é um pecador e a buscar, em arrependimento e confissão, a salvação em Jesus Cristo, levando doravante uma vida de pesquisa intensa de toda a Sua Verdade revelada, de obediência ao Senhor que a resgatou do pecado e de testemunho perante outros do Seu poder salvador e da força poderosa e coerente da Sua Verdade!
Ver: 1 Samuel 16:13
Note que Ellen White estava perfeitamente consciente de que nem todos os discípulos de Jesus são verdadeiros discípulos, porque há discípulos e “discípulos”, como vimos no início. EGW, O Desejado de Todas as Nações, nova edição da Publicadora Servir, pág. 152
À luz do que acabámos de ver, será então de estranhar que Ellen G. White tenha escrito isto:
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser a nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. O nosso Pai celeste está mais disposto a dar o Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas aos seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos a Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. Enquanto o povo se acha tão destituído do Espírito Santo de Deus, não pode apreciar a pregação da palavra; mas quando o poder do Espírito lhes toca o coração, então os sermões não ficarão sem efeito. Guiados pelos ensinos da Palavra de Deus, com a manifestação do Seu Espírito, no exercício de sã descrição, os que assistem às nossas reuniões adquirirão uma preciosa experiência e, voltando ao lar, acham-se preparados para exercer saudável influência.
Os antigos porta-bandeiras sabiam o que significava lutar com Deus em oração, e fruir o derramamento do seu Espírito. Estes, porém, estão a retirar-se do cenário; e quem é que está a surgir para preencher-lhes o lugar? Como é com a geração que surge? Estão eles convertidos a Deus? Estamos nós alerta quanto à obra que se está a desenvolver no santuário celeste, ou estamos à espera de algum poder impelente que venha sobre a igreja antes de despertarmos? Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir.
Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. (…)
Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo.
Os incrédulos têm o direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais do que qualquer outra classe para promover e honrar mediante a sua vida coerente, o seu exemplo piedoso, a sua influência ativa, a causa que representam.”14?
EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 1, Casa Publicadora Brasileira, 1985, pág. 121-122
Pr. Paulo Cordeiro

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O CORDEIRO DE DEUS NO ÉDEN

I – Introdução:

Nesta semana especial vamos tratar do tema que está em João 1:29, onde João Batista apresenta a Jesus como “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Podemos ver o Cordeiro de Deus em muitos momentos da história da humanidade, e de muitas maneiras, no trato de Deus com o ser humano, o Seu plano de restaurar aqueles que aceitam a salvação provida no Calvário.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus Génesis 3:8-11 e 21. (Ler o texto).
O Verso 21 diz: “E fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”. Foi esta a maneira usada por Deus para cobrir a nudez dos nossos primeiros pais.

As peles eram uma recordação constante:
1- Da inocência perdida e também
2- Da morte como resultado do pecado e
3- Ao mesmo tempo da promessa do prometido Cordeiro de Deus que, por sua própria morte vicária, erradicaria os pecados do mundo.

Adão foi comissionado como protector dos animais criados, desgraçadamente agora deve tirar a vida como memorial do seu próprio pecado. Estes deviam morrer para que ele vivesse.

É importante compreender o serviço de sacrifícios. Na história de Israel foram centenas, milhares, milhões de cordeiros imolados.

A Palavra de Deus mostra que após a saída do povo de Israel do Egipto, Deus estabeleceu o tabernáculo, que era um templo móvel e depois o templo, propriamente dito em Jerusalém. E neles oficiava-se diariamente de manhã e de tarde, com sacrifícios.

De todas as mortes de animais do Antigo Testamento, nenhuma causou tanto impacto como a morte do primeiro cordeiro.

Por ser a primeira morte. Era algo que Adão não conhecia. Pior ainda ele próprio deveria sacrificar o animal.

Para tornar ainda mais claro este assunto, o cordeiro por ser um animal dócil e muito amável, acabava por ser para Adão uma representação da amável pessoa de Jesus.

II – Ofertas Sacrificais – Representações de Cristo:

As ofertas de sacrifício foram ordenadas por Deus a fim de serem para o homem
1- Uma perpétua lembrança do seu pecado, e
2- Um reconhecimento de arrependimento do mesmo e
3- Também uma confissão de fé no Redentor prometido.

Destinavam-se a impressionar a raça decaída com a solene verdade de que foi o pecado que causou a morte. Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício foi uma cerimónia muito dolorosa. A sua mão deveria erguer-se para tirar a vida, a qual unicamente Deus pode dar.

Foi a primeira morte, e Adão sabia que se ele tivesse sido obediente a Deus não haveria morte de homem ou de animal.
Ao matar a inocente vítima, tremeu com o pensamento de que o seu pecado deveria derramar o sangue do imaculado Cordeiro de Deus.

Esta cena deu-lhe uma intuição mais profunda e viva da grandeza da sua transgressão, que coisa alguma a não ser a morte do amado Filho de Deus poderia expiar. E maravilhou-se com a bondade infinita de tal resgate para salvar o culpado.

Uma estrela de esperança iluminou o futuro tenebroso e terrível, e o aliviou da sua desolação total.

É bom lembrar que quando Adão e Eva pecaram, sentiram-se despidos e por isso esconderam-se da presença de Deus que veio visitá-los na viração do dia.

Deus procurou-os porque a despeito de terem pecado, o Senhor tinha estabelecido um plano de resgate.

O pecado não apanhou Deus de surpresa. A Bíblia declara que Jesus é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Apocalipse 13:8.

Pedro diz que fomos lavados pelo sangue do Cordeiro conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém, manifestado no fim dos tempos. I Pedro 1:19-20.

O primeiro sermão evangélico foi pregado no Éden. Quando se declarou que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, Cristo seria exaltado como o caminho, a verdade e a vida.

Ele foi o caminho da esperança para Adão e Eva, Jesus foi a esperança de Abel quando ele apresentava a Deus o sangue do cordeiro morto, representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo qual se salvaram patriarcas e profetas. Ele é o único caminho pelo qual podemos ter acesso a Deus.

III – Jesus é Nossa Justiça:
O Senhor Jesus Cristo preparou vestes – o manto de Sua própria justiça – que Ele colocará sobre toda a alma arrependida e crente que a recebe pela fé. Disse João: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).
O pecado é a transgressão da lei. Cristo morreu para tornar possível a todo homem ter os seus pecados perdoados.
Vestes de folhas de figueiras nunca cobrirão a nossa nudez. O pecado deve ser removido, e o manto da justiça de Cristo deve cobrir o transgressor da lei de Deus.
Então, quando o Senhor olha para o pecador arrependido, Ele vê, não as folhas de figueira que o cobrem, mas a própria justiça de Cristo, que é a perfeita obediência à lei de Deus – o homem tem a sua nudez oculta, não sob a cobertura das folhas de figueira, mas sob o manto da justiça de Cristo.
Cristo fez um sacrifício para satisfazer os requisitos da justiça.
Que preço o Céu teve de pagar pelo resgate do transgressor. Em lugar de se abolir a lei para que esta poupasse o homem caído na sua condição pecaminosa, ela foi mantida em toda a sua santa dignidade. Jesus, Deus ofereceu-Se para salvar da ruína eterna todos os que nEle crêem.
O pecado é deslealdade para com Deus, e merece punição. As folhas da figueira têm sido empregues desde os dias de Adão, no entanto, a nudez da alma do pecador não foi coberta.
Hoje, ainda, muitos procuram cobrir-se com argumentos que não passam de folhas de figueira, são apresentados por aqueles interessados nesse manto de fina espessura, subtil e desleal veste.
Não cobre nada, a não ser dar uma consciência anestesiada, mas anestesia de morte, porque o pecado é a transgressão da lei.
Cristo manifestou-Se no nosso mundo para tirar a transgressão e o pecado, e substituir a cobertura das folhas de figueira pelo manto impecável da Sua justiça. Pelo sofrimento e morte do unigénito Filho do Deus infinito, a lei de Deus permanece inabalável.
Nenhuma invenção humana pode livrar-nos da condenação do pecado. Só Jesus, com a Sua justiça nos pode redimir.
IV – Vestimentas de Confecção Divina
A história da queda da raça humana é muito triste. Num período desconhecido da Criação, Adão e Eva separaram-se, talvez para desempenhar alguma tarefa no jardim, talvez para estar a sós. Eva seguiu na direcção das duas árvores plantadas por Deus no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Da árvore do conhecimento a serpente sussurrou sua pergunta subtil: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? Eva olhou para a formosa criatura, com suas belas asas, estava ela sobre os ramos da árvore. Quando a mão de Eva se ergueu, o corpo da serpente empurrou o ramo em direcção de sua mão até que o fruto chegou a ela. Mais tarde naquele dia, confusos e desalentados, o casal fez vestes de folhas de figueira. Quando Deus veio falar com eles, se esconderam na floresta. Mas quem pode se esconder do Senhor? E quem fica em silêncio quando o Senhor pergunta: Onde estás?”
Não foi o temor, nem o esconderijo que cortou o coração de Deus. “Quem te fez saber que estavas nu?”. Perguntou o Senhor. Não mais poderia o resplendor que Deus lhes dera unir-se naturalmente com Sua glória. Trevas tinham caído sobre o Planeta Terra.
Deus viu a tragédia e as consequências. “Que é isso que fizeste?” perguntou: tinham espoliado as esperanças de Deus para eles.
O Génesis não dá nenhum realce dentro da triste história. Lendo-a, pode ser que alguém deseje que ela seja reescrita, desenrolada e gravada novamente como uma fita. Mas nenhuma habilidade humana pode desenrolar o Éden e seu desastre. Todavia mesmo ali, quando tudo parecia perdido, Deus deu esperança. Vestidos com as peles de animais, Adão e Eva podiam ver sua própria culpa e a esperança em Deus. Ele pôde prover vestes no Éden. Um dia restauraria a vestimenta de luz e o próprio Éden.
Unicamente a obra expiatória de Cristo poderia transpor o abismo, e tornar possível a comunicação de bênçãos ou salvação, do céu à terra.


V – Conclusão:
Todos os cordeiros oferecidos em sacrifício, desde o primeiro cordeiro morto lá no Éden, até o último cordeiro, imolado na manhã daquela sexta-feira, quando Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo deu Sua vida por nós, todos eles representavam a Jesus.
Na hora da morte de Jesus, a Bíblia descreve em Mateus no capítulo 27 verso 51 que o véu do santuário rasgou-se de alto a baixo, significando que não havia mais necessidade de imolar cordeiros, porque o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo acabara de ser sacrificado.

Amigo querido:
Gostaria você de aceitar a Jesus o Cordeiro de Deus?
Aceitar o Seu sacrifício, o Seu sangue?
Gostaria você de ter os pecados perdoados?
Abra agora o seu coração, faça de Jesus o Seu Salvador.
Faça de Jesus o primeiro na vida e no coração e você receberá os benefícios de Seu sacrifício, os benefícios de Seu sangue porque Jesus é o Cordeiro de Deus.

Aquele cordeiro sacrificado lá no Éden era um símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Mais ou menos quatro mil anos se passaram e finalmente na plenitude do tempo, o Filho de Deus tornou-se homem para morrer em nosso lugar.
Não importa quão pecador você seja.
Se você aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal, o Senhor vai cobrir você com Sua vestimenta de justiça e você receberá os méritos do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DE MORIÁ

I – Introdução:

Nesta semana temos a alegria de estudar sobre o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Talvez a mais significativa história envolvendo o cordeiro seja a que está no capítulo 22 do livro de Gênesis.
Gênesis 22:1-13. (Ler o texto).
A história retrata o velho patriarca Abraão subindo a montanha ao lado de seu filho Isaque.

A subida não era fácil, mas se tornou mais difícil ainda porque Deus havia pedido a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque em holocausto ao Senhor, naquele monte.
O monte Moriá embora não muito íngreme, foi a escalada mais dolorosa da vida de Abraão.

A história bíblica conta como Deus concedera o filho a Abraão mediante uma promessa. Aquele filho era tudo para ele. Era não apenas a alegria de sua velhice, mas também sua esperança para o futuro.
Agora Deus interrompe suas expectativas pedindo o filho da promessa em sacrifício sobre o monte moriá.

I I – Deus Proverá o Cordeiro:

Abraão não contou nem para a esposa e nem para o filho, e nem mesmo para os servos.
Subia ele a montanha, acompanhado do moço em profundo silêncio e contrição. Seu coração gostaria de parar de bater antes de chegar ao topo da colina. Ele não queria ver aquela cena.
Embora confiasse plenamente em Deus, a prova era grande de mais.
Mas Abraão seguiu caminho afora.

Quando chegaram lá em cima, Isaque olhou para o pai e não vendo o cordeiro disse:
“Meu pai, eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Gen. 22:7.
Abraão simplesmente respondeu: “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”. Verso 8.
Quando o pai explicou para o filho que ele, Isaque, era o cordeiro, e que Deus mesmo o havia escolhido, uma sensação muita estranha percorreu a mente e o corpo de Isaque. Porém Isaque também amava e servia ao Senhor e prontamente se dispôs atender à ordem de Deus.
Quando tudo estava completo, e não faltava nada senão a colocação do sacrifício sobre o altar, tremulante Abraão referiu a Isaque tudo o que Deus havia revelado e provavelmente acrescentou a isto sua própria fé na restauração de Isaque. É difícil imaginar os sentimentos que devem ter surgido no pensamento de Isaque: assombro, terror, submissão e finalmente fé e confiança.
Se esta era vontade de Deus, consideraria como uma honra entregar sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos, facilmente poderia ter resistido. Em vez de fazê-lo, animou a seu pai nos momentos finais anteriores à culminação.
O fato de Isaque entender e compartilhar a fé de seu pai foi o nobre resultado da cuidadosa educação que havia recebido através de sua infância e juventude.
Assim Isaque se converteu em um símbolo adequado do Filho de Deus, que se submeteu á vontade de seu Pai (Mateus 26: 39). Em ambos os casos, o Pai entregou seu único filho.

É possível até que Isaque ajudou a Abraão facilitando para que o pai o amarrasse.
Agonia e dor se misturavam no coração de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar o filho.
Porém, quando o braço descia para imolar o menino, o anjo do Senhor segurou o braço do cansado patriarca e a Voz de Deus pronunciou a sentença: não faças mal ao menino porque agora sei que temes a Deus.

I I I – Um Cordeiro no Lugar de Isaque:

Abraão enxugou as lágrimas, respirou fundo e agradeceu a Deus.
Olhou para um lado e lá entre os arbustos, preso pelos chifres, estava o cordeiro que Deus havia preparado.
Gênesis 22:13 “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um cordeiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o cordeiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho”.

Aquele cordeiro morreu no lugar de Isaque.
Como um símbolo do perfeito cordeiro de Deus, Isaque não ofereceu resistência nem expressou nenhuma queixa.
O Patriarca havia demonstrado amplamente sua fé e obediência e havia satisfeito plenamente os requisitos de seu Deus. Jeová não desejava a morte de Isaque. Na realidade, não tinha interesse em nenhuma oferenda que implicasse um sacrifício cerimonial como tal.

Ao descobrir o carneiro e aceitar sua presença como um sinal adicional da providência de Deus, Abraão não necessitou esperar instruções de Deus no que diz respeito ao que teria que fazer com ele. Ali estava o cordeiro que Abraão havia dito que Deus proveria. Não foi em vão que trouxeram a lenha o fogo e o cutelo, nem se havia erigido o altar inutilmente.

I V – Um Cordeiro Simbolizando Jesus:

Ao Abraão proferir as palavras: “Deus proverá para Si um cordeiro”, ele nem imaginava a profecia que estava fazendo.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: O Cordeiro de Deus. Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto? O pai apenas respondera: Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo daquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: “Como um cordeiro foi levado ao matadouro. O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.” (Isa. 53:7 e 6).

V – Nenhum Cordeiro para Substituir Jesus:

Embora Isaque seja um símbolo de Cristo, devemos entender que os símbolos não são perfeitos. É verdade que Isaque não ofereceu resistência alguma. Assim como Jesus foi para o sacrifício sem abrir a sua boca.

Mas vejamos algumas diferenças.
Na hora do sacrifício, Isaque via seu pai Abraão. Jesus o cordeiro de Deus não percebia a presença do Pai, por isso exclamou: “porque me desamparaste?”
Isaque subiu a montanha, acompanhado do pai. Jesus foi conduzido por aqueles que o odiavam.

Talvez a maior diferença seja a que vou dizer a seguir.
No caso de Isaque o anjo do Senhor segurou a mão de Abraão e a voz de Deus se fez ouvir. Com Jesus nenhum anjo para segurar as mãos assassinas, nenhuma palavra de Deus.
Todo o sofrimento de Jesus foi por mim e por você. Ele sofreu e morreu por nós. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

V I – Conclusão:

Louvado seja Deus porque Jesus morreu em meu lugar. Jesus morreu em seu lugar amigo. Em nosso lugar.
Nenhuma mão segurou o braço do carrasco, nenhuma voz foi ouvida no céu. É que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Pensar no sacrifício de Jesus é pensar não apenas num dos momentos mais tristes da história do Universo, mas é pensar também no amor de um Deus que não poupou Seu próprio filho por amor de nós.
Quanto você pensa que vale?
Qual é o valor de uma pessoa?

Neste mundo corrompido pelo pecado algumas pessoas aparentemente valem muito mais do que outras.
As modelos famosas valem muito, os artistas valem muito também.
Os ricos valem bastante em comparação com os pobres e assim por diante.
Mas diante de Deus, todos somos iguais e cada um de nós tem um valor que não pode ser medido pelo dinheiro, pela fama, pelo sucesso ou por qualquer ou meio de medir.
O nosso valor é o preço do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário.
E Jesus teria dado sua vida por apenas uma pessoa.
Esse é o seu valor, esse é o meu valor.
Lembre-se que aquele cordeiro que morreu no lugar de Isaque simbolizava Jesus e que Jesus morreu para que você e eu vivamos para todo o sempre.