quarta-feira, 16 de maio de 2012

ADORAÇÃO AO DEUS ETERNO

O que é adorar a Deus? O que representa Deus para sua vida? Por que devemos adorá-Lo? Será que Deus é digno de glória?

No princípio da vida na terra Adão o pai da humanidade, e Eva, sua esposa, a matriarca terrestre, adoravam ao Deus Eterno no jardim do Éden.
Apesar da queda do homem, pelo pecado que penetrou os portais da vida na terra, e os primeiros pais expulsos do paraíso, eles não deixaram de prestar o louvor devido a Deus.

Depois da queda do homem, para o perdão dos pecados, Deus estabeleceu o sistema sacrifícios. Cada sacrifício de cordeiro puro e sem mácula, representava o futuro sacrifício de Jesus na cruz do Calvário para a salvação da humanidade.
Os filhos de Adão e Eva foram ensinados a adorar a Deus dessa maneira. Porém quando seus filhos Caim e Abel eram jovens, foram oferecer sacrifícios a Deus. Um deles Abel obedeceu e sacrificou um cordeiro. Caim, porém, teimoso e cheio de si, ofereceu frutos, e Deus recusou a sua oferta. Então Caim revoltou-se e matou Abel, o irmão mais jovem.
A adoração verdadeira continuou e foi seguida então por Noé, que mesmo sendo no meio do escárnio, louvou a Deus e pregou sobre o Seu nome. Por Abraão, por Isaque, Jacob e todos os filhos da linhagem que conheceram a verdade sobre Deus, O adoravam e ofereciam sacrifícios.

José, filho de Jacob, ao tornar-se Governador do Egito, não se esqueceu de Deus, e levou todo o povo, a descendência de seu pai para perto dele. Como os hebreus cresciam em grande número, os egípcios os tomaram por escravos, mas nem assim, cessou o louvor ao Único Deus verdadeiro.
Então Deus ouviu Seu povo clamar no deserto da escuridão. E Deus enviou um libertador ao Povo. Moisés, o líder que tirou o povo da terra do Egito, pela mão poderosa de Deus.
Deus foi louvado grandemente pelo povo por causa de Seus feitos maravilhosos. Este é o Deus do Universo, grande e poderoso em misericórdia. Sempre ouve a prece dos Seus filhos.

A história mostra muitos momentos em que Deus ouviu o louvor e Se fez presente em Espírito, fazendo o povo sentir quão poderoso Ele é. Desde a saída do Egito, onde abriu o Mar Vermelho e segurou os egípcios, e depois em forma de nuvem durante o dia e fogo durante a noite levou Deus, o Seu povo para a terra prometida.
Por onde passavam eram erguidos altares ao Pai, e eram oferecidos cordeiros. Descia fogo do céu e os consumia, em aceitação ao louvor e adoração dados pelos seus filhos terrestres.
A Bíblia nos mostra que o louvor ao Deus Criador de todas as coisas é o princípio do amor a Ele. A Bíblia é uma carta de amor, nos ensinando louvor e adoração a Deus.

Os louvores e a adoração a Deus permaneceram até hoje. Como ato de submissão à vontade de Deus, na época do Rei Davi, o povo louvava a Deus com cânticos e o adoravam em espírito e verdade. O livro dos Salmos é composto por cânticos de adoração ao Deus Eterno.
“Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos, ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”. Salmos 95:6.
Adorar significa prestar reverência e louvor a alguém, ou alguma coisa. Hoje as pessoas adoram muitas coisas, e muitos se esquecem que a reverência deve ser prestada a Deus.

Pessoas dão louvor a objetos inanimados ou estátuas, sem saberem que somente a Deus deve ser prestado o verdadeiro louvor. A Santa Trindade é tão somente a quem devemos louvar, pois sem Eles nada podemos fazer ou viver.
As pessoas acreditam em orações aos santos, mas se esquecem de que o nosso único intermediário entre Deus e os homens é Jesus. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”.I Timóteo 2:5
Certamente os santos são considerados assim pela sua vida dedicada a Deus, mas a Bíblia nos diz que o único que está entre Deus e os homens é Jesus.
Nenhuma palavra humana pode desmerecer as Escrituras Sagradas e a vontade de Deus, pois se assim fosse, as palavras proferidas por Deus não passariam de lixo, e isto não é a verdade.
Deus é o nosso Criador, e a criação não pode separar as palavras de Deus de Deus. Somos seus filhos, e dependemos Dele. Sem ele, nada existiria. Por Ele estamos vivos ainda, pois pelo pecado deveríamos morrer, mas Deus enviou seu filho para nos dar a vida Eterna. Esse é o Deus a quem adoramos.
Vai muito além de qualquer homem, pois Ele não é força física, é força divina. Enquanto o homem maquina o mal, Deus conhece o que vai em cada coração e sabe o que é bom para a nossa vida, podendo simplesmente dizer: Para, e o homem desaparece.
Sem Deus somos trapos imundos, lançados na lama. Deus pode tornar-nos em belas vestes, mas isto requer entrega total, e isso implica em adoração, implica em louvor por toda a vida.
Jesus, o filho de Deus, em vida, nos ensinou que apenas ao Senhor devemos adorar. Quando Jesus enfrentou o inimigo dos inimigos, o diabo, quando foi tentado e estava jejuando, fraco e sem forças.
O inimigo queria que Jesus se prostrasse e o adorasse, prometendo que o mundo seria de Jesus. Jesus sabia que tudo é do Pai, e o inimigo queria tirá-lo da verdade, então Jesus usou as seguintes palavras: “Vai-te, Satanás! Pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás”. Mateus 4:10.
Deus, somente Deus deve ser louvado e adorado. Somente Jesus morreu por nós e é o nosso intermediário entre Deus e nós, os homens.
Para haver adoração, nosso coração deve prestar louvor e entrega a Deus. Jesus venceu as tentações porque estava ligado ao Pai pela oração e comunhão.
Assim como Jesus, e todos os que vieram antes e depois Dele, aprenda a adorar somente a Deus. Pode parecer estranho e difícil no começo, mas você vai perceber que só Jesus pode nos ligar ao céu.
Entregue o coração a Jesus e sinta hoje o Seu poder atuando na sua vida. Que o Deus de Abraão de Isaque, e de Jacob o Deus de Adão e Eva, o Deus de David, o Nosso Poderoso Deus, Único Senhor da terra e Céu, possa dar-lhe a vida eterna.
Nunca se esqueça: “Adorai ao Senhor na Beleza de Sua Santidade; tremei diante Dele todos os moradores da terra”.Salmos 96:9
Venha e se entregue, e sua vida será transformada para todo o sempre.

MODELO PARA O MINISTÉRIO DA IGREJA

Se nos fosse pedido neste momento que resumíssemos o ministério de Jesus. De que forma o resumiríamos ou como o sintetizaríamos? Qual foi a essência do ministério de Jesus. Existe, porventura, nos evangelhos, alguma indicação do que seria a síntese desse ministério de tal maneira pudéssemos toma-la como parâmetro para servir de modelo para o ministério da igreja?
Se existe quais áreas seriam abrangidas por esta síntese? Em duas passagens, Mateus resume as ações do Ministério de Jesus Cristo, que eu penso deveriam nortear todas as ações da igreja.
MATEUS 4. 23-25 e 9.35
4.23. Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
4.24. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.
4.25. E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam.
9.35. E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
1. O ministério de Jesus foi de ensino.
Tanto aqui como em Mat. 9. 35 e ss. Mateus estabelece uma diferença entre ensino e pregação. Um conjunto de 10 famílias constituía uma Sinagoga. O papel do chefe da Sinagoga era mais o de um administrador. Ele convidava os Rabinos para ensinar na sinagoga. Penso que quando Jesus chegava às sinagogas procurava convencer os judeus da nova aliança, do novo tempo, da nova dispensação que se instalava com o seu ministério. O Sermão do Monte é um exemplo dessa mudança ao afirmar os famosos eu porém vos digo.
Aqui o apelo de Jesus dirigia-se à mente.
Talvez essa seja uma das dimensões que precisa ser resgatada nalgumas das nossas igrejas: a mente ao serviço de Deus. O cristianismo embora apele à fé, não é um aniquilamento intelectual. Jesus reafirmou que deveríamos amar a Deus com todo o nosso entendimento.
A teologia em si não é um mal para a Igreja. Ela é na verdade a articulação da fé de forma sistematizada.
O Apóstolo Pedro disse que devemos estar sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós. 1 Pedro 3:15
O Apóstolo Paulo, ao chegar às sinagogas procurava convencer os presentes a respeito da fé em Cristo e do Reino de Deus. Atos 18:4 E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos. Atos 19:8, durante três meses, Paulo frequentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus.
E ao escrever a Tito àcerca de que tipo de ministério deveria ele constituir em Creta, Paulo disse o seguinte: Tito 1:9 apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.
2. O ministério de Jesus foi de proclamação.
O segundo aspecto que devemos destacar a respeito do ministério de Jesus Cristo foi a proclamação. Jesus pregava o Evangelho do Reino. Se com o ensino Jesus queria convencer os homens a respeito da verdade; com a proclamação ele queria desafiar os homens a viverem estas verdades.
Ou seja não basta ao homem estar convencido da doutrina correta. É necessário que ele a viva. Não basta apenas a ortodoxia (a doutrina certa) é necessário, também, a ortopraxia (a prática correta).
A proclamação do evangelho é um chamado para o homem se arrepender. Para mudar de vida, para abandonar os velhos hábitos, os costumes, os pecados.
O lema do evangelho não é mude para vir; mas, venha para mudar.
A mensagem do Evangelho começa com o arrependimento. Ela não começa: venha e receba a sua bênção e depois decida se você quer mudar.
O chamado do evangelho é radical. Não permite olhar para trás, não permite ficar acalentando velhos vícios, velhas práticas.
Sem arrependimento não há remissão de pecados.
Aqui, a palavra de Cristo está dirigida ao coração do homem.
3. O ministério de Jesus foi de cura.
Vimos em primeiro lugar que Jesus com o seu ensino procurou alcançar a mente do homem; com a proclamação do evangelho o seu coração. Aqui o alvo é o físico do homem.
Aqui, Mateus diz que Jesus curava toda a sorte de doenças e enfermidades.
O texto no grego faz distinção entre as duas coisas: doenças (noson) significam a doença aguda que rapidamente se encaminha para um estado crónico. Já a enfermidade (malakian) significa aquela doença ocasional.
Com isso, também, Mateus está a dizer que Jesus curava tanto as doenças do corpo como as da mente. Que Jesus tanto curava as dores de cabeça como o câncer. Tanto curava a lepra como a esquizofrenia. O espectro do ministério de cura de Jesus era amplo.
Quando usei a expressão Jesus curava, não quis dizer que Jesus perdeu o poder de curar. Mas é que quis enfatizar que Jesus exerce o seu ministério de cura através da Igreja. E aqui, não estou a falar dos médicos. A medicina faz parte da providência, da graça geral de Deus para com a humanidade. Todas as técnicas cirúrgicas, todos os procedimentos médicos, todos os remédios são um exercício da misericórdia de Deus para com a humanidade.
Ao falar aqui de cura, estou a reportar-me ao dom de cura. Porque creio que este dom não ficou com os apóstolos mas é um dom dado à Igreja. E penso que hoje, como Igreja, somos bons no ensino, fracos na proclamação e nulos no ministério terapêutico da Igreja.
Se curar é um dom do Espírito, não entendo porque como Igreja não temos orado para que Deus o conceda à Igreja para que ela o exerça e seja alívio e bálsamo na vida das pessoas.
Para muitas pessoas falar em cura soa como uma coisa completamente estranha à vida da igreja e do seu ministério. Porém, como já nos advertia Jesus nos evangelhos: o servo não é maior (nem melhor) do que o seu Senhor.
Se no nosso entendimento o ministério de Jesus é modelo e referência para os nossos ministérios; curar, também é tarefa da igreja, como já dizia o título de um dos livros do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos.
Conclusão
Salta aos nossos olhos que o ministério de Cristo era integral, visava o homem no seu todo: mente, espírito e corpo.
Jesus, ao contrário do que muitos pensam, mesmo sendo pleno do Espírito Santo, não entendeu que falar à mente do ser humano para o convencer da verdade fosse uma negação da espiritualidade.
Por isso, o estudo e a preparação para o ensino são de profunda importância, visto que alicerçado no ministério de Cristo e ratificado pelos apóstolos.
Por outro, lado, o desafio de Cristo é também para que o homem mude de vida. Por isso, a proclamação do Evangelho é imperativo da Igreja, no intuito de que possamos, como Igreja transformar o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso estado, o nosso país, através do anúncio do reino.
Se este é realmente o desejo do nosso coração, só o tornaremos realidade anunciando o evangelho do reino aos homens, convocando-os ao arrependimento e não declarando palavras de ordem aos anjos, principados e potestades isso é inócuo e se nós pudéssemos vê-los saberíamos que eles só se incomodam quando a igreja a exemplo de Jesus Cristo que percorria todas as cidades, saímos para anunciar o evangelho.
Finalmente, quero ressaltar o ministério de cura da Igreja, para nós um ilustre desconhecido. Quero desafiar esta igreja, nesse momento a orar para que Deus levante servos e servas cujas mãos tragam bálsamo e refrigério aos enfermos através da cura de toda sorte de enfermidades. Crónicas e terminais ou comuns e temporais. Na mente e no corpo e tudo para a glória de Jesus Cristo.
Amém.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O ESPIRITISMO E A NEGAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO

Não há lei
Alma imortal
Sois deuses
Um Falso Evangelho
Negação de Jesus
A mensagem falsa nega a lei, o pecado, o julgamento e a salvação somente em Jesus, a verdadeira afirma estas coisas. Se não houvesse lei, não haveria pecado (Romanos 5:13), portanto não haveria julgamento e não haveria necessidade de um Salvador. A doutrina da ausência da lei atinge o cerne da expiação e é uma negação de Jesus. Não há arrependimento se não há nada de que arrepender-se. Quando vier o engano, o seu antídoto também estará disponível para aqueles que irão usufruir dos seus benefícios. Desta vez será a confiança na Palavra de Deus que irá salvar as pessoas em vez de uma demonstração de poder, porque haverá muitos falsos milagres e falsos sinais a acontecer.

Quando Deus faz alguma coisa, Satanás tem uma contrafação [1]. Como Deus tem os Seus três mensageiros angelicais (Apocalipse 14:6-12), Satanás também tem três mensageiros demoníacos (Apocalipse 16:13-14). Deus tem um trono e é adorado no céu (Apocalipse 4:9-11; 5:13-14); Satanás também tem um trono e é adorado na terra (Apocalipse 2:13, 13:4). Como Deus é uma Trindade de três pessoas (Apocalipse 1:4-8, Mateus 28:19); Satanás também tem a sua falsa trindade: o Dragão, a Besta e o Falso Profeta (Apocalipse 16:13). Lado a lado as pessoas serão capazes de ver a realidade e a contrafação e escolher de que lado ficar. O mundo inteiro será levado para um dos dois campos, tanto para o culto à imagem da besta (Apocalipse 13:15), como para ser fiel ao Senhor e aos Seus mandamentos (Apocalipse 14:12).

Em certa ocasião, quando Israel estava no deserto, tornou-se um campo infestado de cobras venenosas, como resultado da murmuração contra Deus (Número 21:5-6). No entanto, Deus deu-lhes uma cura, uma serpente de bronze num poste para que qualquer pessoa que olhasse para ela vivesse (Números 21:7-9). Ao falar a Nicodemos, Jesus usou isso como ilustração da sua própria missão (João 3:14-15). A serpente de bronze era um símbolo de Cristo, todos os que olham para Ele com fé podem ser curados da mordida de cobra do pecado. É interessante que antídotos para picadas de cobra são geralmente feitos a partir do veneno. Somente tomando sobre si os pecados do mundo, Jesus poderia prover uma solução para salvar os pecadores (2 Coríntios 5:21, 1 Pedro 2:24).

Vamos ver os ingredientes desse antídoto em Apocalipse 14:

“E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo” (Apocalipse 14:6).

O evangelho eterno, tal como apresentado por Jesus e os apóstolos será pregado na sua pureza em todo o mundo antes de chegar o fim (Mateus 24:14). Este não é o evangelho falsificado da graça barata, mas o real que tem o poder de mudar as pessoas. A velocidade do anjo representa a rapidez e a amplitude da proclamação da mensagem [2]. A mensagem não vai literalmente ser proclamada pelos anjos. O povo de Deus vai anunciá-la, mas por trás das cenas estarão anjos a ajudar aqueles que estão a fazer o trabalho.

Hoje, a comunicação moderna e melhores transportes facilitam a rápida propagação do evangelho. Mesmo em países onde a Bíblia é ilegal, as pessoas estão a obter acesso a ela através da internet! No entanto, não somente pela tecnologia, mas a assistência divina está ajudando as pessoas a pregarem as boas novas. O Espírito de Deus também será derramado sobre o povo de Deus para ajudá-lo nesse sentido (Atos 2:17-21), e os anjos estarão trabalhando em segundo plano como espíritos ministradores (Hb 1:14). A profecia de Joel, citada por Pedro no dia do Pentecostes, tinha um cumprimento parcial na época (Joel 2:28-32), no entanto, a profecia tem sua ênfase principal sobre a vinda do Senhor. Assim, podemos esperar que haverá um grande derramamento pentecostal antes da volta de Cristo, para ajudar a terminar a comissão do evangelho (Mateus 28:18-20). Esta manifestação é conhecida como a chuva serôdia (Joel 2:23). A primeira chuva ajudou a iniciar a igreja, a última chuva vai ajudar a terminar a comissão evangélica [3].

“dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).

Enquanto o espiritismo nega o Juízo, o verdadeiro evangelho o confirma. Os crentes genuínos não têm nada a temer do julgamento, eles estarão cobertos pelo sangue de Jesus. Mas isso não pode ser usado como uma capa para o mal. O julgamento lança fora do reino aqueles que não são genuínos, como na parábola do joio e do trigo (Mateus 13:29-30). Uma religião que tem a forma mas não o poder simplesmente não passa no teste.

Numa época em que alguns cientistas estão questionando o relato bíblico da Criação, uma chamada é feita para adorar ao nosso Criador. Isso se opõe ao culto espírita em si mesmo. O sábado foi dado ao homem para colocar seus pensamentos longe de suas próprias obras para contemplar a criação de Deus [4], e assim salvaguardar a relação do homem com seu Criador [5].

“Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilonia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição” (Apocalipse 14:8).

No final dos tempos, a igreja está em um estado caído; os falsos ensinos corromperam o mundo inteiro.

“Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam” (Isaías 24:5-6).

A quebra da aliança eterna é a rejeição do governo e autoridade de Deus, e, portanto, de sua proteção; como resultado desastre após desastre atingem a terra (Mateus 24:7), isto inclui guerra, fome, pragas, incêndios e inundações [6]. Enquanto as pessoas buscam explicações científicas para as calamidades que aumentam [7], em última análise, a razão para isso é a rebelião contra Deus e Seus mandamentos. Os desastres serão uma última tentativa para trazer a humanidade a seus sentidos [8], para despertá-la de suas ilusões, antes que seja tarde demais.

Somos chamados a sair da Babilonia, que representa as igrejas caídas que abandonam os mandamentos de Deus influenciadas pelos poderes demoníacos. O verdadeiro povo de Deus é chamado a sair, porque os juízos de Deus estão prestes a cair nessas igrejas. Tendo aceitado os falsos milagres, sinais e a doutrina sem lei dos demónios, estão maduros para a destruição. O verdadeiro povo de Deus fugirá de tais igrejas e juntar-se-á ao povo remanescente de Deus e assim receberão o selo do Deus vivo que irá protegê-los quando as pragas finais caírem sobre a terra (Apocalipse 7:1-3, 16). Quatro anjos são retratados como retendo os ventos que representam as calamidades finais que irão destruir a terra, até os santos serem selados (Apocalipse 7:1).

“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. (Apocalipse 14:12).

Os santos de Deus são identificados especificamente como guardando os mandamentos de Deus; a ênfase na adoração a Deus como nosso Criador, em Apocalipse 14:7 chama a atenção ao oprimido quarto mandamento. Os santos farão um trabalho de reconstrução e restauração da lei moral de Deus, especialmente do quarto mandamento [9]. Por guardarem todos os mandamentos eles recebem o selo de Deus que se caracteriza interiormente pelo Espírito Santo e exteriormente pela obediência ao sábado que é o único mandamento que contém o nome, a jurisdição e mandato do Criador – Seu selo [10].

“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome” (Apocalipse 14:9-11).

Enquanto o trabalho de reforma está em andamento, os falsos profetas e professores não vão ajudar neste trabalho mas em vez disso, usarão “argamassa fraca” (Ezequiel 13:3-16; 22:26-31), profanando o santo dia de Deus e promovendo o domingo em seu lugar [11].

Esta construção falsa será destruída por uma praga de granizo, juntamente com os falsos profetas que a construíram (Apocalipse 16:21; Ezequiel 13:11-13)! Naquela ocasião, a terrível praga de Zacarias cairá sobre os falsos mestres que lutaram contra o povo de Deus [12] (Zacarias 14:12). A marca da besta é a aceitação de uma lei feita pelo homem (domingo) como estando acima da lei de Deus (o sábado) [13]. Apesar das terríveis advertências dadas contra o receber a marca da besta, a maioria não vai prestar atenção. (Para um estudo detalhado sobre a marca da besta, o selo de Deus e a reforma definitiva do povo de Deus, por favor consulte meus outros livros [14]).

O antídoto para o engano final de Satanás estará disponível a todos no final dos tempos, porque é uma mensagem mundial. Temos tido amplos recursos para nos ajudar a superar a crise final: as Escrituras, o Espírito Santo e uma mensagem especial. Aqueles que vivem um pouco antes do retorno de Cristo, que ouvem e aceitam esta mensagem serão salvos e resgatados quando Cristo voltar:

“E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9).

Conclusão

A mensagem da Palavra de Deus serve como uma verificação da realidade. As pessoas ficam hipnotizadas pelos sonhos de glória do espiritualismo, esquecendo o princípio básico de que aquilo que o homem semear ele deve também colher (Gálatas 6:7). As promessas do espiritismo são demasiadamente boas para serem verdade, elas permitem o viver uma vida pecaminosa em desobediência e rebelião contra Deus e ainda promete a vida eterna. Em oposição a esta ilusão está o julgamento (Apocalipse 14:7) serve para nos lembrar que vivemos em tempos solenes. As ações dos santos e dos professos cristãos estão a ser pesadas na balança do santuário celeste [15] para ver se sua fé é verdadeira (Tiago 2:8-12, 17 – 20; Apocalipse 14:7; Daniel 7:9-10, 22).

Porque o espiritismo assumirá um manto sagrado no fim dos tempos, é um tanto importante nos familiarizar com as Escrituras, especialmente aquelas que lidam com o estado dos mortos, o retorno de Cristo, a lei moral e o sábado. Através de dois erros: a imortalidade da alma e a santidade do domingo, Satanás vai trabalhar para a ruína da igreja [16].

Tenho observado que algumas pessoas se recusam a seguir as exigências de Deus, porque temem perder algo ou alguém. Elas dizem, não podemos guardar o sábado, senão perderemos o nosso negócio, ou a minha esposa vais deixar-me. Então, depois de um tempo aquilo que muito temiam vem sobre elas de qualquer maneira! Outros se enganam em acreditar que Deus não exige muito delas enquanto vivem “uma vida boa”. As Escrituras dizem que a menos que um homem tome a sua cruz e siga após Jesus, ele não é digno de Jesus (Mateus 10:38).

Quando alguém está doente fisicamente, normalmente leva isso a sério, procura ajuda médica e aceita qualquer recomendação que o médico lhe prescreva, mas quando se trata de nosso destino eterno muitos surpreendentemente parecem não se preocupar com isso. Talvez isso aconteça porque elas pensam no céu como um lugar etéreo, quando na realidade é um lugar real. O céu será habitado por pessoas reais, que farão coisas reais e se alegrarão por toda a eternidade em um lugar de felicidade, amor e glória. Se pudéssemos ter um vislumbre daquilo que Deus tem reservado para aqueles que o amam, talvez pudéssemos levar o nosso destino eterno mais a sério. Nesse lugar, até mesmo os animais serão inofensivos, e as pessoas construirão casas e plantarão vinhas, as crianças vão brincar na rua e ninguém vai sofrer de doença, envelhecer ou morrer (Isaías 65:21-22, 25; Zacarias 8:5; Apocalipse 21:3-4). O melhor de tudo, estaremos na presença de Deus por toda a eternidade e com Jesus que sofreu por nós e ainda carrega em Suas mãos e pés as marcas da crucificação (João 17:24, 20:25, 27). Só quando chegarmos ao céu, seremos realmente capazes de apreciar o preço pago pela nossa salvação (1 Coríntios 2:9).

Memorização de Versos Bíblicos

Eu incluí uma lista de versículos chave das Escrituras que você deve ter conhecimento e se possível memorizar para ajudar a prepará-lo para a crise que virá. Foi através da memorização das Escrituras que Jesus foi efetivamente capaz de resistir às tentações do demónio no deserto (Mateus 4:1-11). A única forma eficaz de memorizar a Escritura é continuar a repetir os versos em uma base diária.

Espiritismo

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus” (Deuteronómio 18:9-13)

“Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19:31).

“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos? A Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva” (Isaías 8:19-20).

“porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24).

“a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:20-21).

Morte como um Sono

“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).

“Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmo 146:4).

“Os seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o perceba” (Job 14:21).

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2).

“E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono…Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11: 11, 14).

“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 coríntios 15:51-52).

A Composição da Alma

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Génesis 2:7).

“e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu” (Eclesiastes 12:7).

A Ressurreição

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

“Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28-29).

Destruição dos Ímpios

“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).

Mortalidade da Alma

“Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis” (Génesis 3:4).

“Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).

Salvação somente através de Jesus

“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5:12).

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).

“Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que morrereis, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33:11).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).

“E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (Atos 4:12).

Inspiração das Escrituras

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3:16).

O Novo Céu e a Nova Terra

“E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:3-4).

“Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas…Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:10, 13).

O Retorno de Cristo

“os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem” (Mateus 24:27).

Um Juízo Futuro

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Mateus 16:27).

“Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (2 Coríntios 5:10).

Mais Informações:

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Referencias:
[1] Angel Manuel Rodriguez, Future Glory: the 8 greatest end-time prophecies in the Bible (Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association, 2002) p.105

[2] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7, p. 827; Ellen White, The Great Controversy, p. 355

[3] Ellen White, The Great Controversy, pp. 611-612

[4] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer (Bloomington: AuthorHouse 2010) p. 60

[5] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 1 (Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 972

[6] Ellen White, Last Day Events (Pacific Press Publishing Association, 1992) p. 24

[7] Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 6 (Pacific Press Publishing Association, 1855) p. 408

[8] Ellen White, Last Day Events, p. 28

[9] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer

[10] Marc Rasell, Exploring the Heavenl Sanctuary, p. 75

[11] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 4, p. 619

[12] Ellen White, The Great Controversy, p. 657

[13] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapter 11

[14] Please see www.adventistenterprises.co.uk and www.exploringtheheavenlysanctuary.co.uk

[15] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapters 6 and 10; Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 2 (Pacific Press Publishing Association, 1855) pp. 43-44

[16] Ellen White, The Great Controversy, p. 588

segunda-feira, 7 de maio de 2012

REVELAÇÃO DE DEUS COM O UNIVERSO

Há várias ideias concernentes à relação de Deus com este nosso universo. A modo de contraste entre essas falsas ideias e o ensino da Escritura, notemos:
I. NO SEU SER DEUS ESTÁ SEPARADO DO UNIVERSO.
Por toda a Escritura Deus está distinguido da Sua criação. Ele é um espírito puro, ao passo que todas as coisas e seres criados são pelo menos materiais em parte, com exceção dos anjos, tanto bons como maus. Deus é infinito; todas as coisas criadas são finitas. Deus é eterno, tendo existido desde a eternidade. Isto não é verdade quanto a qualquer outra coisa. Deus é imutável. Nada mais o é. Deus é omnipresente; nada mais é. Nem qualquer outra coisa possui os atributos de omnipotência e omnisciência da essência de Deus.
As Escrituras, portanto, refutam o panteísmo, o qual é definido por Strong como "aquele método de pensamento que concebe o universo como o desenvolvimento de uma substância inteligente e voluntária, contudo impessoal, que atinge o senso comum somente no homem. Ele, portanto, identifica Deus, não com cada objeto individual no universo senão com a totalidade das coisas" (Systematic Theology, pág. 55).
II. DEUS CRIOU O UNIVERSO.
1. O FACTO.
Isto está declarado no primeiro verso da Bíblia. A Escritura, portanto, nega a eternidade da matéria. Ela também nega que o universo foi criado por um mau Espírito, como ensinaram os maniqueus. Também é negada a geração espontânea, ideia esta dos evolucionistas ateus. Mais ainda, negada é a teoria das emanações, teoria que com o panteísmo sustenta que Deus é da mesma substância com o universo e que o universo é resultado de sucessivas emanações do Seu ser.
2. A MANEIRA.
(1) Pelo faça-se.
Por isso queremos dizer que Deus falou o universo à existência. As seguintes passagens ensinam isto bem claramente:
"E a Palavra de Jeová foram feitos os céus e toda a hoste deles pelo bafo de Sua boca" (Salmos 33:6).
"Tema toda a terra a Jeová; espantem-se dEle todos os habitantes do mundo; porque Ele falou e foi feito; Ele mandou e o mundo permaneceu" (Salmos 33:8,9).
"Pela fé entendemos que os mundos formaram pela palavra de Deus" (Hebreus 11:3).
Claros exemplos da criação pelo faça-se acham-se em Génesis 1, onde descobrimo-lo arquivado que "Deus disse: Haja luz... um firmamento... etc." e cada coisa na sua ordem surgiu à vida.
(2. Sem materiais previamente existentes.
"O que se vê não foi feito das coisas que se viam" (Hebreus 11:3).
Quando Deus chamara a existência os materiais do universo, Ele os amoldou segundo Sua vontade. Ele principiou sem nada. Só Ele é eterno. Todas as demais coisas saltaram de Sua mão criadora.
III. DEUS AGORA CONSERVA O UNIVERSO.
Deus desenvolve contínuo poder, por meio do qual Ele mantém a existência das coisas que Ele criou segundo a natureza que lhes comunicou. A Escritura ensinando sobre a infinidade e supremacia de Deus é suficiente para convencer-nos que Deus só é auto-existente e imutável; que o universo, portanto, deve ser sustentado e mantido por poder não inerente. E como devêramos esperar, então, quando achamos a Escritura fazendo os seguintes relatos:
"Tu és Jeová, ainda Tu só; fizeste o céu e o céu dos céus, com todos os seus exércitos, a terra e tudo que nela existe, os mares e tudo que esta neles, e Tu os conservaste a todos" (Neemias 9:6).
"Ó Jeová, Tu conservas os homens e os animais" (Salmos 36:6).
"Nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser" (Atos 17:28).
"Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo consiste" – sustentam-se, "derivam sua perpetuidade" (Colossenses 1:17).
"... sustentado todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Hebreus 1:3).
Foi provavelmente à conservação que Jesus se referiu, em parte, ao menos, quando disse: "Meu Pai trabalha mesmo até agora" (João 5:17). O descanso de Deus no sétimo dia da semana da criação não foi à cessão total da atividade, mas somente da Sua obra criadora direta.
IV. DEUS CONTROLA O UNIVERSO.
Da Escritura achamos que Deus não só é o criador e conservador do universo, mas o controlador dele. Ele não criou o universo e abandonou: Ele agora governa ativamente toda à parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus "opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade" (Efesios 1:11).
As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3,4,6,10-13; Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26,30.
A doutrina do controlo de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra que Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou segundas causas de modo que Ele cumprisse a Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento sopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo Sua natureza original e Sua intenção por elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento soprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade.
O controlo de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele estende-se a todas as ações dos homens e as compreende. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 12:36; Salmos 33:14,15; Provérbios 19:21; 20:24; 21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; Êxodo 9:12; Salmos 76:10; Provérbios 16:4; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28.
Ver-se-á que o controlo supra dos homens inclui os seus atos maus bem como os bons. O controlo de Deus dos atos maus humanos pode ser dividido em quatro espécies:
1. PREVENTIVO.
Génesis 20:6; 31:24; Salmos 139:3; 76:10.
2. PERMISSIVO.
Salmos 81:12,13; Oseias 4:17; Atos 14:16; Romanos 1:24,28.
É sob o domínio da vontade permissiva ou controle de Deus que 1 Samuel 18:10 começa. Aqui nos é dito que "um espírito mau procede de Deus se apoderou de Saul". É assim que devemos entender o endurecimento e a cegueira de Deus para os pecadores, como em Êxodo 9:12; Romanos 9:18; João 12:40. É também a este domínio que devemos referir Atos 4:27,28, o qual tem a ver com a crucificação de Cristo. Deus ordenou que Cristo morresse sobre a Cruz, mas Ele meramente deteve o Seu poder coercitivo e permitiu a crucificação seguir sua própria inimizade natural contra Cristo. Em 2 Samuel 24:1 e 1 Crónicas 21:1 vemos prova de fato que algumas vezes na bíblia as coisas que Deus permite a outros cometerem são atribuídas a Ele. Em 2 Samuel 24:1 diz-se que Deus moveu Davi a numerar Israel, ao passo que, em 1 Crónicas 21:1, a mesma coisa é atribuída a Satanás.
3. DIRETIVO.
Génesis 50:20; Isaías 10:5. Assim, enquanto Deus permite o pecado, Ele também o dirige para realizar tais propósitos como Lhe apraz que o pecado realize. P. W. Heward, Inglaterra, diz: "Os desejos do pecado são os desejos do homem: o homem é culpado: o homem é censurável. Mas o Deus todo-sábio impede que esses desejos produzam ações indiscriminadamente. Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. As torrentes da iniquidade são dos corações dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra; trancam-se nos canais da soberana indicação de Deus e os homens inadvertidamente se prendem em limites, de modo que nem um jota do propósito de Deus falhará. Deus trás as enchentes dos ímpios ao canal de Sua providencia, a moverem o moinho do Seu propósito". Disse Agostinho: "Que o pecado dos homens procede deles mesmos; que ao pecarem eles executam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer".
4. DETERMINATIVO.
Deus não só permite o pecado e o dirige, mas marca os limites além dos quais ele não pode ir e prescreve as linhas dos seus efeitos. Vide Jó 1:12; 2:6; Salmos 124:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Tessalonicenses 2:7.

A PERSEVERANÇA NA MISSÃO

"Mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho para todas as nações, então virá o fim" (Mateus 24.13-14 - NVI).

Introdução
Muitos de nós temos grande consciência de que fomos. Fomos salvos do pecado, da morte, da desespero, das angústias, da falta de rumo etc. A pergunta que nem todos sabem é para que fomos salvos?
Lembro-me de uma experiência que tive quando trabalhava em uma empresa multinacional e tinha que viajar para os Estados Unidos. Em uma dessas viagens, estávamos em um momento de lazer com várias pessoas da empresa praticando desportos. Quando alguns souberam que eu era brasileiro, logo trouxeram uma bola, pois esperavam que eu jogasse bem. Em geral, isso é o que se espera de um brasileiro. Nunca tive um ‘grande' futebol, mas foi o suficiente para não passar vergonha. Ainda bem que não se lembraram do samba. Seria uma grande vergonha (rsrs).
O que se espera de uma laranjeira? E de uma padaria? E de uma farmácia? A resposta torna-se óbvia. Mas o que se espera de um cristão? Qual nosso propósito, nosso papel, nossa missão?
Jesus deixa claro nesse trecho lido que aqueles que perseverarem serão salvos. Faz a ligação dessa perseverança com a pregação das boas novas do reino de Deus. Fica evidente que devemos perseverar na pregação das boas novas. Essa é nossa principal missão aqui: pregar o evangelho a toda criatura.
Mas "o que" e "como" podemos e devemos pregar as boas novas do reino de Deus? Como perseverar nessa missão de pregar?
Vamos refletir sobre três dimensões de nossa pregação que devemos perseverar:
1. Perseverar na missão de pregar com a vida
Jesus foi exemplo e modelo perfeito na pregação com sua vida. Sua ética e conduta eram irrepreensíveis. Fazia o que era correto de forma natural. Ele foi tentado por Satanás nas áreas mais sensíveis da vida (Marcos 1.13), mas sustentou-se fiel ao Pai Celestial. "Ele não cometeu pecado algum e nenhum engano foi encontrado em sua boca" (1 Pedro 2.22; Isaías 53.9). Sua integridade poderia ser posta a toda prova. Ele mesmo desafiou seus acusadores perguntando-lhes "qual de vocês pode acusar-me de algum pecado?" (João 8.46).
A pregação de Jesus era lastreada em sua própria vida. Todos o ouviam atónitos, pois ele falava "como quem tem autoridade" (Marcos 1.22). Sua autoridade não vinha de um título, ou de alguém que fala "grosso", ou que tem um excelente desempenho de comunicação. Ele vivia intensamente o que falava. Ele é a expressão visível do reino de Deus. Ele vivia as boas novas. As marcas do reino de Deus que são justiça, paz e alegria (Romanos 14.17) fluíam através de seus atos, decisões, palavras e pensamentos.
Existem inúmeras outras pessoas no relato bíblico que pregaram com suas vidas. Homens e mulheres justos, tementes a Deus, fiéis em seus relacionamentos, em seus negócios, em suas responsabilidades e compromisso com a comunidade. Pessoas que temiam a Deus com tal intensidade que queriam refletir isso em seu viver diário, mesmo que não conhecessem exatamente o plano de Deus através de Jesus. Um exemplo muito interessante está na vida de Cornélio (Atos 10).
Como a Bíblia é um livro sem censuras sobre a vida real, a vida como ela é, encontramos também muitas pessoas que falham, que se desviam, que abandonam a proposta de viver os valores do reino de Deus. Alguns deles arrependem-se e retomam o caminho proposto, como foi o caso de Davi, de Jonas, de Pedro e tantos outros.
Quando faço um rápido retrospecto em minha vida pessoal, percebo quantas pessoas me inspiraram pregando Jesus com a coerência de suas vidas. Destaco meus pais - Elias e Leontina - que sempre pregaram com muita integridade o temor a Deus, o querer acertar, respeitando pessoas, considerando os mandamentos da Palavra, agindo com retidão, revisando seus erros, sempre dependendo da graça de Jesus. Louvo a Deus porque eles tiveram perseverança na missão de pregar vivendo.
O que fazemos fala mais alto que nossas palavras. Vamos, portanto, perseverar na missão de pregar com nosso viver.
Francisco de Assis disse: "pregue o tempo todo; se necessário, use palavras". A pregação com a vida é vital, mas precisamos pregar com palavras também.
2. Perseverar na missão de pregar com palavras
O maior alvo do ministério de Jesus foi, sem dúvida, a morte redentora na cruz. Essa missão era pessoal e intransferível. Somente ele poderia cumpri-la. Mas nos três anos de seu ministério público, ele percorreu toda a região da Galileia, Samaria e Judeia pregando e ensinando com muita intensidade sobre as boas novas do reino de Deus (Mateus 4.23; 9.35; 11.1). Ele sabia mais que ninguém a importância de expressar em palavras a esperança proposta.
Além de pregar, Jesus direcionou claramente seus discípulos que pregassem com palavras (Mateus 10.7; Marcos 6.12; Lucas 9.60). Mesmo depois de sua ascensão, os discípulos continuaram essa missão com toda a determinação e dedicação "ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dos mortos" (Atos 4.2). Faziam isso inspirados no modelo do Mestre, cheios do Espírito Santo (Atos 4.8), cheios de coragem (Atos 4.13), sem temer a própria morte, como no exemplo de Estevão (Atos 6.10 e 7.55-58).
Toda a igreja era instruída a explicar as razões da sua fé. Sabiam como testemunhar, como pregar em contatos e relacionamentos o poder do evangelho que experimentavam nas suas vidas. O apóstolo Paulo sentia-se feliz em ter sido chamado para "apresentar plenamente a palavra de Deus" (Colossensses 1.25-26). Ele entendia que esse trabalho deveria ser feito a todo tempo, com persuasão e insistência, com clareza e inteligência (1 Timóteo 4.2). Entendia também que todos deveriam ser estimulados a divulgar as boas novas (2 Timóteo 2.2). Instruía que era necessária dedicação "à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino" (1 Timóteo 4.13-16).
A lógica é simples: pessoas são enviadas para pregarem; a pregação traz compreensão; a compreensão desperta a fé; a fé é o que salva e transforma o coração de cada pessoa (Romanos 10.12-15).
Olhando para a minha vida, sou grato a Deus por tantas pessoas que pregaram e me ensinaram através de palavras. Destaco a falecida irmã Maria Augusta Pires que pregou de uma maneira tão doce e oportuna. Eu era um jovem e ouvi-la fazia crescer em mim o desejo de pregar a Jesus Cristo como algo tão relevante. Já passaram mais de 40 anos e, graças a Deus, determinou a minha história. Louvo a Deus pela sua perseverança na missão de pregar.
Estamos aqui somente porque muitas pessoas pregaram com palavras. Falamos naturalmente do que nosso coração está cheio. Então, devemos também perseverar na missão de pregar com o nosso falar.
Devemos, portanto, cumprir a missão de pregar vivendo, pregar falando, mas devemos ir além: pregar servindo.
3. Perseverar na missão de pregar com serviço
Jesus declarou que "não veio para ser servido, mas para servir" e a maneira que Ele o fez foi muito prática, "dando a Sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.28; Marcos 10.45). Mas seu serviço foi muito abrangente. Seu ministério foi itinerante. Ele saía ao encontro das pessoas. Não ficava parado. Visitava, relacionava-se, interagia, curava, alimentava, orava, confortava e festejava também. O Seu primeiro milagre no casamento reflete o quanto se interessava pela vida integral do seu povo. Ele serviu o tempo todo.
A cerimónia do lava-pés foi um dos momentos mais fortes do ensino desse princípio de pregar com serviço. Jesus fez aquilo que era o mais simples, digno de um criado e declarou: "se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo para que vocês façam como lhes fiz" (João 13.14-15). Ele é muito claro. Não deixa dúvidas.
Dessa maneira os discípulos fizeram. Serviram com suas vidas, seus recursos, seu tempo. Visitavam, oravam, amavam-se. Serviam-se mutuamente. O serviço não era unilateral, mas multidireccional. Serviam-se uns aos outros. Perseveraram no testemunho, na palavra e no serviço (Atos 2.42 ss). Quanta dedicação! Quanto amor ao próximo! Quanta vivência dos principais valores do reino! As boas novas não eram somente observadas, nem só ouvidas: eram sentidas com toda intensidade do serviço do povo missionário de Deus.
Olho para a minha vida com muita gratidão a Deus por tantas pessoas que me abençoaram com múltiplos serviços. Recebi muito consolo em tempos de lutas, orações em momentos críticos. Mas quero destacar uma pessoa que me abençoou de forma especial: o Pr. Morgado. Senti que ele me adotou como um filho espiritual. Tivemos um longo período de discipulado. Aliás, o discipulado nunca acabou. Pacientemente ele estimulou-me a apelar ao coração das almas, amar a palavra de Deus. Quando morei nas Caldas da Rainha, ele visitava-me nos momentos cruciais. Acompanhou meu ministério, depois com ele como presidente da Igreja em Portugal, fui diretor de jovens e de outros departamentos, com ele fui chamado para diretor dos departamentos da Divisão euro-africana. Louvo a Deus pela sua perseverança na missão de pregar servindo.
Eu e você estamos aqui somente porque muitas pessoas nos mostraram Jesus com o seu servir. Quanto mais conhecemos Jesus, mais respondemos ao seu amor servindo outros! Façamos do serviço nosso estilo de vida. É importante perseverar na missão de pregar com o serviço.
Para finalizar, vamos resumir e concluir a nossa reflexão sobre PERSEVERANÇA NA MISSÃO.

Conclusão
Agora entendemos melhor para que fomos e somos salvos: para perseverarmos na missão de pregar vivendo, pregar falando e pregar servindo. Esse é o desejo do coração de Deus.
Jesus disse: "agora que vocês sabem dessas coisas, felizes serão se as praticarem" (João 13.17).
Vamos, portanto, perseverar, insistir, estimular, estar atentos para essas coisas simples e práticas do evangelho. Através das células, somos confrontados a pregar com a nossa vida, andando com ética e integridade, somos estimulados a pregar com palavras, evangelizando o nosso próximo e desafiados a pregar com o serviço uns aos outros nas várias áreas da vida, principalmente através do discipulado.
Vivendo assim, as boas novas se espalham naturalmente por todo o mundo, a palavra de Cristo cumpre-se e então virá o fim, ou será um novo começo?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

OS NOSSOS FILHOS PERTENCEM AO SENHOR

Intr.: "Pedi ao Senhor que me desse este filho, e Ele atendeu ao meu pedido. Agora eu o trago, como se o estivesse devolvendo ao Senhor, por todos os dias em que ele viver. Assim ela deixou o menino ali no tabernáculo para servir ao Senhor"
I Sam. 1:27, 28.

“Ana tinha-se aproximado da entrada do tabernáculo, e na angústia de seu espírito "orou, e chorou abundantemente". Contudo, entretinha em silêncio comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes, e mesmo embriaguez, eram coisas comuns, mesmo nas festas religiosas; e Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho. Julgando administrar uma repreensão merecida, disse com severidade: "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho."
Condoída e surpresa, Ana respondeu brandamente: "Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora."
O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus; e em lugar de repreensão proferiu uma bênção: "Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste." Patriarcas e Profetas, p. 570


I. Deus olha para o meu filho como sendo Seu e que me foi apenas emprestado por Ele para que eu o eduque para servi-lO.
A. Sim, os nossos filhos realmente não nos pertencem, eles pertencem ao Senhor...
* Pelo fato de sermos naturalmente inclinados a esquecer esta realidade, amamos e tratamos os nossos filhos como se fossem inteiramente nossos...

1ª Samuel 1:17
“Vai em paz…” a paz só é encontrada quando cessam as hostilidades (Penina), era um espinho (tinha filhos) 1:2, 6, 8.
O versículo 17 faz pensar nas palavras de Jesus em Lucas 23:34.
Eli prontamente reconheceu a mão de Deus, e foi inspirado pelo Espírito Santo para indicar a aprovação divina.

Ana deixou de depender das circunstâncias. Deixou tudo nas mãos de Deus, e a resposta foi imediata.

*O versículo 20. Encontramos o nome do menino, Samuel, que significa “ouvido por Deus”. Samuel é um nome pleno de significado, recorda que aquele menino foi dado por Deus.

Deus precisa ainda de mães como Ana. Mães que compreendam que os seus filhos são em primeiro lugar do Senhor. E que as mães têm uma nobre e grandiosa tarefa de serem princesas de Deus para educar os filhos/as na perspectiva da obra redentora de Deus.

A obra que o Senhor tem a fazer na terra é muito grande e Ele tem planeado uma tarefa para cada pessoa; portanto não pode dispensar nenhum dos seus filhos.
Frequentemente lemos histórias sobre mães que sacrificaram o seu único filho, ou todos os seus filhos, pelo seu rei ou país...

Porém, constitui uma honra muito maior dar ao Rei dos reis a criança que é Sua, a quem Ele nos tem emprestado concedendo-nos o alto privilégio de amá-la, educá-la e prepará-la...

O crente deleita-se em dar o que me é a mais preciosa possessão sobre a terra ao Senhor.
Deus que deu o Seu Filho por mim, a Ele somente, tudo que sou e tenho Lhe pertence...

Os nossos filhos, também, têm dado ao Senhor por todos os dias em que viver...

II. Não é apenas em favor dos interesses de Deus, mas em favor dos interesses dos meus filhos que eu DEVO ENTREGÁ-LOS ao Senhor...
A. Quanto mais amamos os nossos filhos, tanto mais completamente devemos entregá-los a Deus.

Nenhum lugar pode ser seguro ou feliz para eles a não ser a companhia divina. Amamos as nossas pequenas jóias preciosas, e contudo quão pouco posso fazer por elas...

Sabemos que eles nasceram com uma natureza pecaminosa que herdaram de nós, e que nem todo meu amor ou preocupação pode vencer...

Porém, se dermos os filhos a Deus, sabemos que Ele os aceita e os recebe como Seus...

Deus fará que os filhos seja um com o Seu Filho, purificando-os no precioso sangue de Jesus....

Ele fará com que eles nasçam de novo, Deus lhe concede uma nova natureza... João 2:3
Ele, o grande Deus, adoptará os filhos como Seus, e os preparará para a gloriosa eternidade.

Ele usará os Pais como ministros, dando-lhes toda sabedoria que eu necessito para educar os vossos filhos para O servir... Não me perguntem porque eu dei o meu filho ao Senhor...
a. É porque amo o meu filho.
b. Quem não desejaria dar seu filho a um Deus como o nosso?!...

III. Foi em meu favor, também, que dei o meu filho ao Senhor, pois ao dar a Deus o meu filho, ele tornou-se duplamente meu.
A. Ao darmos os nossos filhos a Deus, Ele os protege e os devolve...

Assim eles são nossos sem que temamos cometer pecado por amá-los como nossos ou receemos perdê-los.

Mesmo que a morte os tome, sei que um dia o Senhor os trará à vida novamente.
Talvez fiquem doentes, ou morram, se isto acontecer, será só por um momento. Ele os ressuscitará.
Deus os devolverá para nós...
IV. Consideraremos agora como esta dedicação da criança deve ser mantida na sua educação no lar...
A. Os pais devem usar a dedicação de seu filho como um apelo a Deus ao dirigirem-se a Ele em oração...

A graça prometida para se levar avante a educação de uma criança não é concedida de uma vez só, mas dia a dia... Ao educarmos os nosso filho surgirão dificuldades para as quais a ajuda divina parecerá que não vem... a. Então, é tempo para oração e fé.

O poder do pecado pode manifestar-se no caráter da criança... Às vezes poderá haver mais características para criar temor que esperança.
A nossa própria ignorância, infidelidade ou fraqueza pode levar-nos a temer que o nosso filho não esteja a ser educado para o Senhor...
a. Em tais ocasiões, como em todos os tempos, Deus deve ser nosso refúgio...

Devemos pleitear por graça para a criança que nos foi dada seja aceite por Deus... como Ana. Com lágrimas, sim, mas tendo a certeza que Deus escuta. Quando ela não sabia. Sabia que a resposta viria.

A criança agora será do Senhor, e podemos deixá-la com Ele... Tal fé nos trará bênçãos e descanso... Permitam que as vossas meninas saibam, mesmo que não possa ser-lhes transmitido por palavras, que ela foi dada ao Senhor...

Que ela saiba que esta é a razão pela qual não podemos satisfazer todas as suas vontades ou permitir que viva no pecado... a. Devemos guardá-la para Deus...

Que a criança aprenda, com gentileza e firmeza, que isto não é apenas uma afirmação vazia, mas um princípio que nos motiva.

Sendo que deram as vossas filhas ao Senhor, usem este ato de consagração como um motivo para desempenharem fielmente os vossos deveres...

Educar nosso filho de modo consagrado requer completa devoção no viver diário... Consideremos os nosso filho à luz desta grande transacção que fizemos com Deus... a. "Eu dei meu filho ao Senhor"...

Esta lembrança pode animar-nos a uma diligência, a uma fé e vida de oração mais ardentes...
a. Deus precisa de servos para o Seu reino...
b. Peçamos ao Senhor aquele glorioso lugar que Ele tem para cada criança no Seu maravilhoso reino...

Precisamos mais pais consagrados como Ana e mais filhos que recebam uma educação consagrada como Samuel. Possa Deus através de Seu Espírito ensinar-nos o completo significado e poder das palavras:
a. "Tenho dado o meu filho para ser do Senhor enquanto viver"...
Conclusão:
Que seu filho possa ouvir a voz que chamou Samuel e na simplicidade infantil possa responder: "Fala Senhor, que o teu servo ouve" 1ª Samuel 3:1-9.
1ª Samuel 2:1-11

OS NOSSOS FILHOS PERTENCEM AO SENHOR

1ª Samuel 2:1-11

Intr.: "Pedi ao Senhor que me desse este filho, e Ele atendeu ao meu pedido. Agora eu o trago, como se o estivesse devolvendo ao Senhor, por todos os dias em que ele viver. Assim ela deixou o menino ali no tabernáculo para servir ao Senhor"
I Sam. 1:27, 28.

2. O relacionamento entre o cristão e o Senhor com respeito aos filhos tem sido apresentado de diferentes maneiras...
3. Na história de Samuel temos uma expressão nova e muito bela desse relacionamento. 4. Ana recebeu o seu filho do Senhor em resposta à sua oração...
5. O amor e alegria do seu coração não poderiam encontrar uma maneira melhor de se expressar do que devolver o filho ao Senhor para que O servisse durante toda sua vida...
6. Este pensamento é comum ao coração da mãe cristã quando ela contempla o seu pequeno filho/a.
7. Quando considerado cuidadosamente, este pensamento revela algumas das mais preciosas lições de fé e dever paternos...
8. Quando quer que pensemos em Deus, nos nossos filhos, ou em nós mesmos, há sempre uma boa razão para dizermos: "Nós e nossos filhos O serviremos durante toda nossa vida, pois somos propriedades d´Ele"...

I. Deus olha para o meu filho como sendo Seu e que me foi apenas emprestado por Ele para que eu o eduque para servi-lO...
A. Sim, os nossos filhos realmente não nos pertencem, eles pertencem ao Senhor...
1. Pelo fato de sermos naturalmente inclinados a esquecer esta realidade, amamos e tratamos os nossos filhos como se fossem inteiramente nossos...
2. Por esta razão, é um privilégio muito precioso devolvê-los ao Senhor para que O sirvam enquanto viverem!...
B. Deus não apenas tem direito sobre os nossos filhos, mas Ele também necessita deles...
1. A obra que Ele tem a fazer na terra é muito grande e Ele tem planeado uma tarefa para cada pessoa; portanto não pode dispensar nenhum dos seus filhos.
2. Frequentemente lemos histórias sobre mães que sacrificaram o seu único filho, ou todos os seus filhos, pelo seu rei ou país...
3. Porém, constitui-se uma honra muito maior dar ao meu Rei a criança que é Sua, a quem Ele me tem emprestado concedendo-me o alto privilégio de amá-la, educá-la e prepará-la...
4. Amo o meu Senhor e constantemente peço que eu possa entregar-me a Ele em retribuição ao Seu infinito amor por mim...
5. Deleito-me em dar aquilo que me é a mais preciosa possessão sobre a terra para ser Seu...
6. Deus que deu o Seu Filho por mim, a Ele somente, tudo que sou e tenho Lhe pertence...
7. O meu filho, também, tenho dado ao Senhor por todos os dias em que viver...

II. Não é apenas em favor dos interesses de Deus, mas em favor dos interesses dos meus filhos que eu DEVO ENTREGÁ-LOS ao Senhor...
A. Quanto mais amamos os nossos filhos, tanto mais completamente devemos entregá-los a Deus.
1. Nenhum lugar pode ser seguro ou feliz para eles a não ser a companhia divina.
2. Amo minhas pequenas jóias preciosas, e contudo quão pouco posso fazer por elas... 3. Sei que eles nasceram com uma natureza pecaminosa que herdaram de mim, e que nem todo meu amor ou preocupação pode vencer...
4. Porém, se eu der os meus filhos a Deus, sei que Ele os aceita e os recebe como Seus...
5. Deus fará que o meu filho seja um com o Seu Filho, purificando-o no precioso sangue de Jesus....
6. Ao fazê-lo nascer de novo, Deus lhe concede uma nova natureza... João 2:3
7. Ele, o grande Deus, adoptará meu filho como Seu, e o preparará para a gloriosa eternidade.
8. Ele usará os Pais como ministros, dando-lhes toda sabedoria que eu necessito para educar os vossos filhos para O servir...
9. Não me perguntem porque eu dei o meu filho ao Senhor...
a. É porque amo meu filho.
b. Quem não desejaria dar seu filho a um Deus como o nosso?!...

III. Foi em meu favor, também, que dei o meu filho ao Senhor, pois ao dar a Deus o meu filho, ele tornou-se duplamente meu.
A. Ao darmos os nossos filhos a Deus, Ele os protege e os devolve...
1. Assim eles são nossos sem que temamos cometer pecado por amá-los como nossos ou receemos perdê-los.
2. Mesmo que a morte os tome, sei que um dia o Senhor os trará à vida novamente.
3. Talvez fiquem doentes, ou morram, se isto acontecer, será só por um momento. Ele os ressuscitará.
4. Deus os devolverá para nós...
5. Entregar meus filhos ao Senhor torna-se então o mais abençoado companheirismo e amizade entre Deus e eu...
B. Se meus filhos permanecerem comigo sobre esta terra, ao dedicá-los ao Senhor, posso estar confiante que toda graça e sabedoria que necessito para educá-los me serão dadas.
1. Não preciso preocupar-me, pois meus filhos pertencem ao Senhor...
2. Porventura Deus não providenciará tudo aquilo que eles necessitam?...
3. Se os pais desejam saber como educar seu filho de modo correto devem entregá-lo ao Senhor.
4. Estas são algumas das gloriosas bênçãos que recebemos quando entregamos nossos filhos a Deus...

IV. Consideraremos agora como esta dedicação da criança deve ser mantida em sua educação no lar...
A. Os pais devem usar a dedicação de seu filho como um apelo a Deus ao dirigirem-se a Ele em oração...
1. A graça prometida para se levar avante a educação de uma criança não é concedida de uma vez só, mas dia a dia...
2. Ao educarmos nosso filho surgirão dificuldades para as quais a ajuda divina parecerá que não vem... a. Então, é tempo para oração e fé.
3. O poder do pecado pode manifestar-se no caráter da criança...
4. Às vezes poderá haver mais características para criar temor que esperança.
5. Nossa própria ignorância, infidelidade ou fraqueza pode levar-nos a temer que nosso filho não esteja sendo educado para o Senhor...
a. Em tais ocasiões, como em todos os tempos, Deus deve ser nosso refúgio...
B. É necessário mantermos a dedicação da criança ao Senhor e orarmos por ela.
1. Nós a dedicamos a Ele e nos recusamos a tomá-la de volta porque tanto ela como nós somos pecadores...
2. Devemos pleitear por graça para a criança que foi dada a nós seja aceita por Deus...
3. A criança agora será do Senhor, e podemos deixá-la com Ele...
4. Tal fé nos trará bênçãos e descanso...
C. Permita que a criança saiba, mesmo que não possa-lhe ser transmitido por palavras, que ela foi dada ao Senhor...
1. Que ela saiba que esta é a razão pela qual não podemos satisfazer todas as suas vontades ou permitir que viva pecando... a. Devemos guardá-la para Deus...
2. Que a criança aprenda, com gentileza e firmeza, que isto não é apenas uma afirmação vazia, mas um princípio que nos motiva.
3. Permita que ela compreenda esta verdade de tal modo que se torne o primeiro motivo de sua vida.
4. Pelo fato de ter sido dedicada ao Senhor e aceita por Ele, como poderia ela desobedecê-Lo ou magoá-Lo?...
5. Façamos com que nossas palavras, nossa vida, nossas orações e educação levem a criança a sentir: "Eu sou do Senhor..."
D. Sendo que demos nosso filho ao Senhor, usemos este ato de consagração como um motivo para desempenharmos fielmente nossos deveres...
1. Distraimo-nos facilmente de nosso objetivo espiritual por causa dos problemas da vida e do mundo que nos rodeia.
2. Educar nosso filho de modo consagrado requer completa devoção no viver diário...
3. Consideremos nosso filho à luz desta grande transação que fizemos com Deus... a. "Eu dei meu filho ao Senhor"...
4. Esta lembrança pode animar-nos a uma diligência, a uma fé e vida de oração mais ardentes...
5. Devemos agir sob a influência de estarmos educando nosso filho para o Senhor.
a. Deus precisa de servos para o Seu reino...
b. Peçamos ao Senhor aquele glorioso lugar que Ele tem para cada criança em Seu maravilhoso reino...
c. Se este pensamento motivar cada pai que tem dedicado seu filho a Deus, um número muito maior de jovens será preparado para a obra do Senhor...
d. Se todas as crianças cujos pais professam tê-las dedicado ao Senhor realmente alcançarem este santo objetivo, não teremos escassez de pessoas para tomarem parte na obra de Deus.
6. Precisamos mais pais consagrados como Ana e mais filhos que recebam uma educação consagrada como Samuel.
7. Possa Deus através de Seu Espírito ensinar-nos o completo significado e poder das palavras:
a. "Tenho dado meu filho para ser do Senhor enquanto viver"...
Conclusão:
1. Ao dedicarmos esta criança ao Senhor ela se torna sua e dEle...
2. Sua alma deve humilhar-se ao pensar neste grande privilégio, nesta santa sociedade entre Deus e você...
3. Rogue por sua graça para habilitá-lo a guardar este precioso tesouro que foi concedido a você.
4. Peça ao Senhor para que Ele o ensine a amar esta criança com terno e santo amor e a educá-la para serví-Lo...
5. Você deve ensiná-lo o respeito de Deus e Seu grande amor a fim de que seu coração possa ser ganho o quanto antes para Ele.
6. Que sua vida seja uma inspiração para seu filho a fim de ajudá-lo a ver e a amar tudo aquilo que é puro, louvável e prazeiroso para Deus.
7. Que seu filho possa ouvir a voz que chamou Samuel e na simplicicade infantil possa responder: "Fala Senhor, que o teu servo ouve"


“Ana não proferiu censura alguma. O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre, lançou-o sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a ignomínia, e lhe concedesse o precioso dom de um filho para o criar e educar para Ele. E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o filho a Deus, mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha-se aproximado da entrada do tabernáculo, e na angústia de seu espírito "orou, e chorou abundantemente". Contudo, entretinha em silêncio comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes, e mesmo embriaguez, eram coisas comuns, mesmo nas festas religiosas; e Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho. Julgando administrar uma repreensão merecida, disse com severidade: "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho."
Condoída e surpresa, Ana respondeu brandamente: "Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora."
O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus; e em lugar de repreensão proferiu uma bênção: "Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste."
A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva que tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel - "pedido a Deus". I Sam. 1:8, 10, 14-16 e 20. Logo que o pequeno teve idade suficiente para separar-se de sua mãe, ela cumpriu seu voto. Amava o filho com toda a devoção de um coração de mãe; dia após dia, observando suas faculdades que se expandiam, e ouvindo seu balbuciar infantil, cingia-o mais estreitamente em suas afeições.
Era seu único filho, uma dádiva especial do Céu; mas recebera-o como um tesouro consagrado a Deus, e não queria privar o Doador daquilo que Lhe era próprio.
Mais uma vez Ana viajou com o esposo para Siló, e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa dádiva, dizendo: "Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição, que eu Lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver." I Sam. 1:27 e 28. Eli ficou profundamente impressionado pela fé e devoção desta mulher de Israel. Ele próprio, pai por demais condescendente, ficou atemorizado e humilhado vendo o grande sacrifício desta mãe, separando-se de seu único filho, para que o pudesse dedicar ao serviço de Deus. Sentiu-se reprovado pelo seu amor egoísta, e com humilhação e reverência prostrou-se perante o Senhor e adorou.”
Patriarcas e Profetas