sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CONVERSÃO GENUÍNA

INTRODUÇÃO: II Reis 5:1-19
Todo o pecador enfrenta problemas insolúveis na própria vida. Toda a pessoa, por mais poderosa que seja, tem um “porém” na vida, uma limitação.
I. COMO DEUS AGE NA VIDA DE UM PAGÃO.
1. Deus concede o sucesso, mesmo que o pecador não saiba (II Reis 5:1).
* Naamã era um general sírio. Síria estava frequentemente em guerra contra Israel; é evidente que neste momento havia paz. Algum tempo antes, Acabe tinha sido morto na batalha contra Bem-adad (1 Reis 22:34-37). Não é apresentado o nome do rei de Israel, mas é possível ver nos versos 39 e 40 que se trata de Acabe.
* Naamã “era um homem grande”. Era um personagem importante na Síria. Tinha granjeado fama e honra com as vitórias alcançadas; mas tinha um “segredo” uma desgraça chamada lepra. Mantinha-se no cargo de comandante-chefe do exército sírio, certamente que se sentia limitado por esta doença.
* Ainda que não é difícil de imaginar como disfarçava com o seu orgulho esta doença. Não é difícil de o imaginar sentado à frente do seu exército sentado no seu cavalo branco e todas as pessoas com um olhar de admiração; mas era leproso.
2. Deus permite que alguém de forma inesperada fale sobre Ele ao pecador (II Reis 5:2-4).
* No verso 2 refere que havia frequentes incursões nas fronteiras. E numa dessas levaram uma menina como escrava que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Esta menina era escrava em casa do general que tinha derrotado o seu povo. No entanto, era uma menina – rapariga – muito fiel no seu serviço (como Daniel, ou José); de contrário não permaneceria em casa de uma pessoa tão importante.
* ver 2ª Reis 5:3: “Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria”. Presa não se esquecia da sua pátria nem de Deus. Nem sequer pensava mal dos que a mantinham escrava. Com o coração cheio de amor a Deus, sentiu estima pelo enfermo e pela sua esposa. Em vez de desejar mal pela sua própria desgraça, desejou o bem-estar e a cura daquele que lhe roubara a liberdade e afastara dos seus entes queridos.
* Ela sabia o que Deus tinha feito por meio do seu profeta em Israel e tinha fé que o poderia fazer também por este estrangeiro. Ela sabia que a lepra era uma doença incurável, mas os pais da menina hebreia tinham-lhe ensinado que para Deus não há impossíveis.
* Este é o maior testemunho que se pode dar nesta Terra a favor do Deus do Céu; o testemunho que vem de um coração que tem absoluta confiança no Senhor.
3. Deus "abre as portas" para facilitar ao pecador encontrá-lO, embora possa haver dificuldades a fim de desenvolver a fé iniciante (II Reis 5:5).
* A fé gera fé, assim como o amor gera amor. A fé é um círculo sempre crescente que vai do coração para o coração, e de país para país até circundar a Terra. (Actos 1:8-9). Só a eternidade poderá mostrar os resultados do testemunho resultantes da confiança no Deus de Israel dado por uma menina cativa ante a esposa do general, lá num país estrangeiro.

II. COMO AGE UM PECADOR PRESTES À CONVERTER-SE.
1. O pecador prestes a conversão aceita a sugestão de buscar a Deus e libertação (II Reis 5: 5).
* Naamã leva consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de vestidos. Isto quer dizer que Naamã não conhecia o Deus de Israel, para se obter um favor divino tinha que se pagar. Ele não conhecia a Deus e nem o profeta de Israel. O que levou foi um verdadeiro tesouro suficiente para recompensar de forma magnífica o profeta.
* Não sabia que o Senhor anelava curá-lo sem esperar em contrapartida ouro ou prata. Não sabia que Eliseu servia a Deus e ao próximo, não por ganância, mas pelo bem que pudesse fazer.
* Por essa altura não se cunhavam as moedas, nem os lingotes de ouro ou de prata, era por peso.
- Um talento de prata pesava 34,2 kg, ou seja em prata Naamã levava 342 kg de prata. Seis mil siclos de ouro equivalem a 6.000 peças de ouro. À razão de 11,4 g por siclo, aproximadamente, terá levado 68,4 kg de ouro.
- Isto revela a gravidade da situação em que se encontrava Naamã.
2. O pecador prestes à conversão encontra dificuldades externas e internas em sua busca por Deus e libertação (II Reis 5:6-12):
a) Ele encontra cépticos que promovem a incerteza (II Reis 5:6-8).
b) Ele fica indignado com as orientações de Deus (II Reis 5:10).
* As instruções recebidas por Naamã recordam-nos a ordem de Jesus ao cego (João 9:7). Em ambos os casos foi dada uma ordem que colocou à prova a fé de quem a recebeu. Só a obediência plena receberia a bênção da cura. As águas do Jordão deveriam ser para Naamã aguas de saúde e de vida. Há sabedoria em obedecer às ordens do Senhor.
c) Ele luta contra o preconceito e orgulho do coração (II Reis 5:11).
* “Eu pensava”, dizia a si mesmo. Naamã tinha as suas próprias ideias, estas não coincidiam com as de Deus. Quando ouviu a ideia do homem que o podia curar da sua lepra, concluiu imediatamente como poderia realizar a cura. Formulou o seu próprio plano, e esperava que Deus aceitaria o mesmo.
* Mas os preconceitos humanos no que diz respeito à forma de actuar de Deus muitas vezes são errados. Quando traçamos de antemão os caminhos que a Providência deve seguir, estamos sujeitos a uma grande desilusão.
* Deus decidiu tirar Israel do Egipto através do Mar Vermelho, mas esse não era o pensamento do homem. Deus enviou o Seu Filho para que nascesse num estábulo, mas isto não se ajustava com as ideias dos grandes e poderosos da terra.
* Deus planeou que o Seu Filho vivesse entre os homens como servo dos necessitados, mas isto não concordava com o que os judeus pensavam sobre o Messias que esperavam.
* Quem deseja ser salvo e queira andar nos caminhos do Senhor, deve aprender que estes caminhos são infinitamente mais altos e melhores que os caminhos dos homens (Isaías 55:8,9).

3. O pecador humilha-se e obedece as orientações de Deus depois de muita resistência (II Reis 5:14).
• Antes de receber a bênção que tinha vindo buscar, Naamã teve de aprender e reconhecer que Eliseu era o porta-voz do Céu.
• A cura não se teria efectuado se ele não tivesse acatado as palavras do profeta.
• Quando Deus fala, só uma maneira de ser abençoado; deixar as opiniões pessoais de lado e aceitar a mensagem do Senhor.
III. COMO AGE UM PECADOR QUE EXPERIMENTOU A LIBERTAÇÃO DO PECADO.
1. Quem experimenta a libertação do pecado testemunha que só há um Deus verdadeiro (II Reis 5:15).
* “Então voltou Naamã ao homem de Deus”. Naamã voltou a Naamã com o coração reconhecido. Ao despojar-se do orgulho e ser curado, Naamã mostrou que o seu coração estava em harmonia com Deus; era um verdadeiro filho de Deus. Jesus refere-se a ele (Lucas 4:27).
“Poucos compreendem o amplo significado das palavras ditas por Cristo quando, na sinagoga de Nazaré Se apresentara como o Ungido. Ele anunciara a Sua missão de confortar, abençoar e salvar os aflitos e pecadores; e então, vendo que a incredulidade e o orgulho controlavam o coração dos Seus ouvintes, Ele recordou que no passado Deus Se havia retirado do Seu povo escolhido por causa da sua incredulidade e rebelião, e Se tinha manifestado aos das terras pagãs que não haviam rejeitado a luz do Céu. A viúva de Sarepta e Naamã da Síria tinham vivido à altura de toda a luz que possuíam; assim foram eles considerados mais justos que o povo escolhido de Deus que se tinha desviado dEle, e sacrificado o princípio à conveniência e à honra mundana.” Actos dos Apóstolos, p. 416.
* O general de um país pagão mostrou fé e gratidão, estranhas entre o povo de Deus. O Senhor está perto dos que estimam as bênçãos e revela-Se muito bondoso para com eles.
2. Quem experimenta a libertação do pecado tem um coração agradecido, desejoso de ofertar a Deus (II Reis 5:15).
* Naamã tinha ouvido o testemunho da sua pequena criada hebreia, agora conhecia Deus pela sua experiência pessoal. A fé converteu-se em conhecimento. Agora o seu testemunho levava o toque da segurança. Naamã reconhecia que fora de Israel não havia Deus. Os deuses que se adoravam na Síria e nas nações fronteiriças eram ídolos feitos por homens; mas o Deus de Israel era o Criador do céu e da terra, o Senhor que dava via e esperança à humanidade.
3. Quem experimenta a libertação do pecado é fiel e sincero diante de Deus e dos homens (II Reis 5:17-18). O pecador convertido tem paz no coração (II Reis 5:19).
APELO:
1. Permitamos que Deus nos conduza para perto dEle.
2. Permitamos que Deus revolucione a nossa vida física, mental e espiritual.
3. Permitamos que Deus opere agora mesmo a fim de que experimentemos as maravilhas da conversão.

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