O sol tinha acabado de nascer quando
Charlie entrou pelo belo portão de ferro da propriedade em que ele fielmente
servira seu mestre por mais de 20 anos. Ele era um cristão muito querido, mas
seu patrão passou a vida toda ganhando mais e mais dinheiro, e tornou-se um
homem muito rico. Passou a ser conhecido como o homem mais rico de Big Valley.
Na noite anterior, Charlie teve um sonho estranho. Pela manhã, quando chegou ao
trabalho, foi direto falar com seu patrão: “Patrão, tive um sonho estranho na
noite passada. Sonhei que o homem mais rico de Big Valley morreria à meia-noite
de hoje. Mas, patrão, quero que o senhor saiba que foi apenas um sonho, e tenho
certeza que nada acontecerá. Apenas senti que deveria contar-lhe.”
O patrão deu um tapinha em suas costas e
disse: “Bom e velho Charlie, você não tem de se preocupar comigo, estou em boa
saúde. É verdade que sou o homem mais rico em Big Valley, mas estou bem.”
Mas conforme as horas iam passando, uma
pergunta começou a se formar na mente deste homem muito rico, e ele começou a
se questionar: “E se?” Ele tentou esquecer a idéia inconveniente, dizendo a si
mesmo: “Isso não pode ser verdade. Por que eu deveria me preocupar com um sonho
sem sentido?”
As horas foram passando, o sol se pôs, e
o homem foi para casa, mas não conseguia tirar aquela idéia da cabeça: o fiel
Charlie tinha tido um sonho em que o homem mais rico em Big Valley morreria à
meia-noite.
Este pensamento o incomodou tanto que ele
pegou o telefone e ligou para um amigo, médico. Disse: “George, você conhece
Charlie, que trabalha para mim? Esta manhã ele me disse que havia tido um sonho estranho em que
o homem mais rico em Big Valley morreria à meia-noite de hoje. Sei que isso não
importa. Não estou preocupado, mas faz um bom tempo desde meu último check up.”
George começou a rir. “Tudo bem, George,
ria quanto quiser. Mas falando sério,
George, agora seria uma boa hora para fazer outro check up. Posso ir ao seu
consultório? Acho que eu dormiria melhor. Não me importo em dizer isso.”
George disse: “Venha, e cuidarei de
você.” Ele foi até lá, George o examinou, e não havia nada de errado com ele.
“Você está com uma saúde de ferro!”, disse. Eles riram, e o ricaço foi para
casa, mas assim mesmo não conseguia esquecer o sonho de Charlie. A pergunta, “e
se?”, continuava a importuná-lo.
Mais uma vez, lá estava ele ligando para
George. “George, detesto incomodá-lo, e você pode rir quanto quiser, apenas não
conte nada aos nossos amigos em comum.
Não temos passado muito tempo juntos, você tem estado ocupado em seu
consultório e eu em meu trabalho. Você se importaria de vir até minha casa e
passar estas horas de crise comigo?”
George disse: “Tudo bem, vou até aí.
Vamos falar sobre os velhos tempos, e talvez possamos discutir um pouco sobre
negócios ao mesmo tempo.” George foi até lá e sentou-se com o amigo. Enquanto
conversavam as horas iam passando e estava cada vez mais perto da meia-noite. À
esta altura o homem rico estava andando de um lado para outro. Parecia que nada
que seu amigo médico dissesse poderia acalmá-lo.
Finalmente o relógio marcou meia-noite.
Nada aconteceu. George voltou para sua casa, e o homem foi para a cama e dormiu
como um bebê.
Na manhã seguinte ele ouviu alguém
batendo à porta. Quando a abriu, lá estava o filhinho de Charlie, que disse:
“Senhor, mamãe mandou lhe avisar que meu papai morreu à meia-noite ontem.”
Afinal, o que é a riqueza, e quem é
realmente rico? Todos nós nos preocupamos em ganhar dinheiro. Não podemos
sobreviver neste mundo sem ele. Ganhar dinheiro ocupa a maior parte de nosso
tempo e energia. A maioria de nós tem suas preocupações financeiras. Não há
muitos de nós que possuem mais dinheiro do que precisam.
Existe um grande temor entre muitos dos
que estão no topo financeiro de que um novo choque no sistema econômico
internacional possa descontrolar o mercado e gerar uma depressão. Outra
preocupação é que a inflação cresça.
Numa reunião recente entre o FMI e o
Banco Mundial, quase todos os 140 ministros das finanças ali presentes
alertaram para o perigo de uma crise econômica iminente. Amir Jamal, ministro
das finanças da Tanzânia, e presidente da reunião disse:
“O mundo está saturado de palavras, palavras e mais
palavras sobre a situação econômica global.”
Preocupamo-nos com nossa inflação, e com
razão. Mas, comparada a outras partes do mundo, ainda não vimos nada. Passei 11
anos na América do Sul onde vimos uma verdadeira inflação. Os preços dobravam
em questão de meses, às vezes, até mesmo, semanas. A maneira mais sábia de administrar
o dinheiro era gastar o cheque do pagamento assim que possível, porque se fosse
guardado, mesmo que por um dia, teria menos poder de compra.
Vi uma charge interessante num dos
jornais do Rio de Janeiro. O primeiro quadro mostrava um homem dormindo
enquanto um ladrão entrava em seu quarto. O intruso retirou o que havia na
calça da vítima, que estava numa cadeira ao lado da cama. O ladrão jogou todo o
dinheiro no chão antes de correr com a calça. O quadro seguinte mostrava o
homem colocando suas roupas no cofre e deixando o dinheiro no guarda-roupa.
A alta taxa de inflação na América do Sul
e em algumas partes da Europa é ainda mais significante quando se considera o
fato de que sua fonte de renda é apenas um pouco mais que a metade do que
ganhamos na América do Norte.
Quando a primeira bomba atômica foi
lançada em Hiroshima, as pessoas ficaram alarmadas, temendo que o homem fosse
destruir a terra. Falava-se muito sobre o mundo acabar numa explosão. Mais
tarde, no início dos anos 70, nossas preocupações se voltaram para os problemas
ecológicos. A poluição era a maior preocupação. Estávamos impressionados com o
perigo de nos afogarmos em nosso próprio lixo. Nossas preocupações eram
expressas da seguinte forma: “Assim que o mundo vai terminar. Não numa
explosão, mas em lamúria.”
Mais tarde, um novo problema dominou o
palco central da atenção global. As longas filas nos postos de gasolina e os
altos preços do petróleo pediram nossa completa atenção. Alvin Toffler, autor do best-seller Future Shock, disse:
“Nossos problemas globais são, decididamente,
ameaçadores. O mundo não acabaria numa explosão, ou em lamúrias, mas com um
espasmo econômico.”
Ficamos tão dependentes do Oriente Médio
que uma guerra no Golfo Pérsico nos faz tremer. Alguém disse que quando
espirram na Arábia Saudita, alguém pega um resfriado na Wall Street ou na Bay
Street, mas no Japão pega-se uma pneumonia. Noventa e cinco por cento do óleo
japonês vêm do Oriente Médio. O Japão é completamente dependente da venda de
seus víveres aos norte-americanos. Uma depressão na América do Norte
significaria que eles não poderiam vender seus Hondas, Datsuns e Toyotas, nem
suas câmeras e gravadores. E se eles não venderem estas coisas, eles não comem.
Hans Matthoefer, ministro das finanças da
Alemanha Ocidental recentemente disse:
“Não temos uma escassez global de óleo combustível
porque os altos preços forçaram um recuo no crescimento econômico. Ao invés de
filas para a gasolina, existem filas de desempregados.”
Até mesmo pessoas religiosas são dominadas
pelas preocupações financeiras. Muitos religiosos tornaram-se grandes
empresários. Charles Spurgeon leva o crédito pela seguinte declaração: “O que
torna uma doutrina certa e sem enganos? Milhares de dólares todos os anos.”
É estranho, mas muitas pessoas têm
dificuldade para pensar que dinheiro não é tudo na vida. Algumas das pessoas
mais ricas do mundo são as mais miseráveis, enquanto muitas das mais pobres são
as mais felizes. Embora o dinheiro compre quase tudo, nunca irá comprar
felicidade, paz de espírito, ou boa saúde. Se você tem dinheiro você pode
comprar uma passagem para quase todos os lugares do mundo, mas não há dinheiro
suficiente no mundo que compre uma passagem para o Céu.
Com as nuvens ameaçadoras de um conflito
mundial prestes a acontecer você pode olhar para o futuro com confiança. Temos
um Deus que nunca falha em suas promessas a Seus filhos.
Um estudo da contabilidade de Deus é
absolutamente fascinante. A Bíblia nos ensina que o que importa é o que somos,
e não o que temos.
Você sabia que a Bíblia pode torna-lo um
economista melhor? Deus nos diz que nove reais com suas benção podem comprar
mais que dez reais sem elas. No El Paso
Times apareceu um recente relatório sobre a condição financeira dos
americanos que seguem o plano de Deus, comparada com aqueles que não o seguem.
O relatório declarava que quarenta em cada cem americanos aos 65 anos são
totalmente ou parcialmente dependentes. Os mórmons seguem um plano de pagamento
de dízimo e menos de nove em cada cem são dependentes aos 65 anos. Para os
Adventistas do Sétimo Dia o total é menos de seis para cem. De 352 adventistas
do sétimo dia no mundo dos negócios, apenas oito faliram em sete anos, e nenhum
deles era fiel em seu compromisso com Deus.
A maioria das pessoas tem uma visão
completamente distorcida de nosso maravilhoso Criador. Parece que algumas
pessoas pensam que Ele é um pobre mendigo, com a mão esticada esperando por uma
esmola de Seu povo. Deus não é pobre. Ele possui tudo o que há neste mundo. Ele
diz:
“Pois são meus todos os animais do bosque,, e as
alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e
são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to
diria, pois o mundo é meu, e quanto nele se contém.” (Salmo 50:10-12)
Por que tudo pertence a Deus? Você e eu
pertencemos a Ele por três razões! Em primeiro lugar, Ele nos criou. Em segundo
lugar, Ele nos comprou através da morte de Cristo no Calvário. Em terceiro
lugar, Ele nos sustém. Não poderíamos sequer respirar sem Seu poder
sustentador.
Conta-se a história de um garotinho que
construiu um barquinho de brinquedo. Ele trabalhou duro na oficina de seu pai.
Seu pai lhe deu um pouco de tinta com a qual ele pintou cuidadosamente o
barquinho, e sua mãe lhe deu um pedaço de tecido com o qual ele fez uma vela.
Como ele gostava de brincar com o barquinho que construiu! Amarrou uma cordinha
no barco, e o deixava navegar rio abaixo. Enrolando a cordinha ele trazia o
barco de volta. Mas um dia ela escapou de suas mãos, e, com tristeza, ele viu
seu barquinho sendo levado embora pela correnteza do rio.
Alguns dias depois ele passou por uma
loja de penhores e, para sua surpresa, lá estava seu barco à venda. Tentou
convencer o dono da loja de que o barco era seu. O dono respondeu: “Alguém o
vendeu para mim. Paguei por ele e agora ele é meu. Se você o quiser terá de me
pagar US$5.00”
O garoto trabalhou muito, até que juntou
dinheiro suficiente para pagar por seu barco. Quando saiu da loja, olhou para
seu precioso brinquedo, e disse: “Barquinho, você é meu duas vezes. Primeiro eu
o construí, e agora o comprei.”
Deus pode nos dizer: “Você Me pertence
três vezes. Primeiro eu o criei, depois o comprei, e agora o sustento.”
Deus não precisa de nosso dinheiro. Ele
possui toda riqueza do mundo. Por que pede que o entreguemos a Ele? Não porque
Ele precise, mas porque nós precisamos disso. Isso não é para ajudá-lo, mas
para nos ajudar.
Não é o plano de Deus que Sua obra seja
operada de forma desorganizada! Não é Seu plano que os pregadores implorem pelo
dinheiro de seus membros. Não é Seu plano que Seus ministros se interessem mais
em ajudar os ricos do que os pobres. Não é Seu plano que as igrejas se tornem
organizações financeiras.
Muitas igrejas gastam mais energia
fazendo dinheiro do que ganhando almas. Suas atividades incluem jogos de bingo,
eventos sociais, jantares e, até mesmo, loterias. Em muitas igrejas a cozinha
tornou-se mais importante que o púlpito. Há fogo no fogão, enquanto não há no
púlpito!
Quando estive no Brasil, peguei um avião
que ia para uma cidade do interior do país. No mesmo avião encontrei um amigo,
um ministro de outra igreja, indo para o mesmo lugar. Sua companhia tornou
minha viagem mais agradável. Enquanto conversávamos, ele me contou o triste
objetivo de sua visita àquela cidade em particular. Ele ia fechar uma igreja.
“Tentamos diferentes projetos para manter a igreja a salvo em suas bases
financeiras,” ele explicou. “Todos os nossos projetos para arrecadação de
fundos falharam. Fizemos venda de assados, bingos, loterias, e muitas outras
atividades, mas elas não resolveram nossa crise. Creio que tentamos tudo o que
podíamos.”
“Vocês já tentaram o plano de Deus?”,
perguntei. Quietamente, ele admitiu que sua denominação não praticava um plano
sistemático de dízimo.
O livro de Malaquias fala sobre ladrões e
janelas abertas.
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e
dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me
nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós bênçãos sem medida. Por vossa causa repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vida no campo não
será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias
3:8-11)
Deus diz isso. Neste verso Ele nos diz
que há ladrões na igreja! O dízimo não pertence a nós, pertence a Deus. Não
pagamos o dízimo, nós o devolvemos.
Quando estive na América do Sul, um
ministro comprou um carro novo, e foi com ele até a igreja. Seus membros
estavam revoltados, e alguém escreveu com o dedo na poeira que estava sobre o
carro: “Nossos dízimos e ofertas”. Se o carro realmente foi pago com a os
dízimos, não foi com o dízimo que pertencia aos membros. Todos os dízimos
pertencem a Deus.
O plano de Deus é justo e razoável. Uma
pessoa que recebe mais, paga mais. Quem recebe pouco, paga pouco. Se a pessoa
não recebe, não há dízimo, já que dez por cento de nada é igual a nada.
Para que é usado o dízimo? Predomina a
idéia de que possa ser usado para qualquer propósito religioso. A Bíblia é
bastante específica quanto a esta questão.
“Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados,
do próprio templo se alimentam; e quem serve ao altar, do altar tira seu
sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam
do evangelho.” (1Coríntios 9:13-14)
Como ministro do evangelho, agradeço a
Deus porque posso dedicar todo meu tempo trabalhando no ministério. Não tenho
que trabalhar em algum emprego secular o dia todo, dando a ele o melhor de
minha energia, e então oferecer a Deus o tempo que restou, antes que eu esteja
exausto.
A que Paulo se referia quando disse que
os ministros se alimentam do templo? Ele estava se referindo a um princípio que
Deus deu a Seu povo.
“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por
herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação.” (Números 18:21)
O dízimo foi designado para um único
objetivo, e este era sustentar os levitas, os ministros de Deus nos tempos do
Antigo Testamento. No Novo Testamento, Paulo aplica este verso ao ministério do
evangelho. Se todos seguissem o plano de Deus, não haveria escândalos
financeiros nas igrejas cristãs. De acordo com este plano, o dízimo vai para
uma central, onde é distribuído.
Em meu trabalho como ministro do
Evangelho, nunca tive de pedir dinheiro a ninguém. Meu salário modesto me
assegura que nunca serei rico. O salário que ganho cobre minhas despesas e
assim posso dedicar todo meu tempo à pregação do Evangelho.
O livro de Malaquias nos diz que se
retemos o dízimo de Deus, nós O estamos roubando.
Uma vez um homem disse a um ministro:
“Não tenho de ser batizado. O ladrão na cruz nunca foi batizado, e Jesus
prometeu-lhe um lugar no paraíso.”
Mais tarde o ministro pediu a seus
membros que participassem de um projeto missionário. O mesmo homem disse: “Não
preciso fazer isso. O ladrão na cruz nunca fez um trabalho missionário e foi
salvo.”
Em outra ocasião surgiu o assunto do
dízimo. O homem usou a mesma desculpa, exatamente como o pastor esperava. Ele
disse: “O ladrão na cruz nunca deu o dízimo, e ele foi salvo.”
“Há uma grande diferença entre você e o
ladrão na cruz”, disse o pastor. “Aquele ladrão estava morrendo, e você está
vivo.”
Malaquias não fala só sobre ladrões,
também fala sobre janelas abertas. Através deste profeta Deus diz: “Prove-me”.
Que desafio! Ele promete abrir as janelas do céu e lançar uma benção tão grande
que não haverá espaço para ela. Sua promessa é:
“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida,
transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também.” (Lucas 6:38)
Eis aqui uma de minhas promessas bíblicas
favoritas:
“Fui moço e já agora, sou velho, porém jamais vi o
justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.” (Salmos 37:25)
Em minha experiência no ministério posso
concordar de todo coração com o salmista. Nunca vi um cristão passar fome
porque foi fiel a Deus. Mais que isso, nunca vi um cristão ter um centavo a
menos como resultado de seguir a Deus. Isto é porque nove dólares com as
bênçãos de Deus compram mais que dez reais sem estas bênçãos. Este princípio tem
sido demonstrado muitas vezes em minha vida, e na vida de outros.
Nunca vou me esquecer da experiência de
um jovem chamado Gary. Uma noite ele me chamou à sua casa e disse: “Não posso
devolver o dízimo. Vou lhe mostrar porque.” Abriu um caderno em que havia feito
o orçamento da família. Na parte de despesas estavam as contas da casa, do
carro, do aquecimento, do supermercado, das roupas para a família, e outros
itens necessários. Não havia nada extravagante. Suas despesas requeriam cada
dólar de seu salário.
“O que o senhor acha que eu poderia tirar
do meu orçamento para ser fiel no dízimo?”, ele perguntou. “Minha família
necessita de roupas e alimento, e preciso pagar as contas da casa ou eles não
terão onde morar. Precisamos do carro, sendo assim essas contas são importantes
no meu orçamento.”
Tive de admitir que não via nada no
orçamento dele que pudesse ser cortado. “Tudo que sei é que Deus diz
‘Prova-me’”, respondi.
“Quando receber meu próximo salário, vou
separar o dízimo antes de pagar qualquer conta. Mas, se minha família passar
fome, o senhor vai ouvir a meu respeito”, assegurou-me. Gary recebeu o
pagamento, e imediatamente separou o dízimo para retorná-lo à igreja.
No dia seguinte ele ouviu seu nome sendo
chamado, no trabalho, pelo auto-falante. O chefe queria falar com ele. O que
poderia ser? Entrou no escritório do chefe, e aqui estão as palavras que ele
ouviu:
“Tenho observado você ultimamente, Gary,
e você é um empregado fiel. Acho que você precisa de um aumento, e vou dar-lhe
um aumento de dez por cento agora mesmo.”
Quando trabalhei no estado de
Massachussets, conheci um senhor português chamado Enoch. Seu problema era
semelhante ao de Gary. Ele decidiu aceitar o desafio de Deus.
Enoch recebia o pagamento semanalmente.
Uma semana depois de tomar a decisão de devolver fielmente o dízimo de Deus,
ele dividiu comigo, com entusiasmo, a história de seu milagre. “Quando recebi
meu salário, a primeira coisa que fiz foi dar os dez por cento para Deus.
Depois paguei minhas contas. Não posso explicar como ou porque, mas quando
paguei as contas tínhamos dinheiro sobrando. Isto nunca aconteceu em nossa
casa.”
Na semana seguinte ele estava tão
exuberante quanto na anterior. “Aconteceu de novo”, ele me disse. Semana após
semana o milagre se repetiu. Desde o dia em que ele começou a ser fiel a Deus,
sua situação financeira começou a melhorar.
Um dia um jovem deixou sua casa no Sul.
Sua família era pobre, e sua mãe não poderia ajudá-lo. William teria que fazer
sua parte e arranjar um emprego.
Ele embarcou num navio que o deixaria na
cidade de Nova York. No caminho, o capitão do navio se interessou pelo rapaz.
“O que você vai fazer quando chegar a Nova York?” ele perguntou. “Que tipo de
trabalho você sabe fazer?”
“Não muitos”, foi a resposta. “Minha mãe
me ensinou a fazer sabonete, já que não podíamos comprar. É isso que sei
fazer.”
“Vá a Nova York e faça sabonetes. Seja
sempre honesto, e dê a Deus Sua parte, e Ele o abençoará”, foram as palavras do
capitão cristão.
William foi para Nova York e começou a fazer
sabonetes. Conforme vendia, ele, imediatamente, tirava dez por cento de seus
ganhos e dava à Causa de Deus. O Senhor o abençoou, e logo ele prosperou a tal
ponto, que achou que poderia dar o
dízimo em dobro. Conforme prosperava, ele aumentava suas contribuições. Seu
negócio se espalhou por todos os Estados Unidos, crescendo até tornar-se uma
companhia internacional.
O garoto que enriqueceu como resultado de
sua fidelidade a Deus chamava-se William Colgate.
Deus também quer que você prospere. Ele
não promete que todos seremos ricos, mas Ele promete Suas bênçãos. Ele tem
muitas formas de nos abençoar.
Um dia Jesus foi ao templo com seus
discípulos. Um homem rico estava lá dando grande quantia em dinheiro para a
Causa de Deus. Quando os discípulos viram, ficaram impressionados com a
generosidade daquelas pessoas ricas. Nesse momento entrou uma viúva pobre.
Tinha muito pouco. Silenciosamente, ela colocou suas moedinhas no gazofilácio.
“Estando Jesus a observar viu os ricos lançarem suas
ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas
moedas; e disse: Verdadeiramente vos digo que esta viúva pobre deu mais do que
todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta,
porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.” (Lucas 21:1-4)
A contabilidade de Jesus não parecia ter
lógica para os discípulos. Nem sempre parece lógica para Seus discípulos
modernos. Como a pequena oferta da viúva parecia valer mais que as doações do
rico? Esta parábola nos ensina que não é a quantia que conta. Deus não precisa
de nosso dinheiro. É o espírito que importa.
Você já sonhou em encontrar um tesouro
enterrado em sua propriedade? Ou talvez em encontrar petróleo em suas terras?
Jesus contou a história de um homem cujo sonho tornou-se realidade. Nós a
encontramos no livro de Mateus.
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no
campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de
alegria, vai, vende tudo o que tem, e compra aquele campo. O reino dos céus é
também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma
pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía e a comprou.” (Mateus 13:44-46)
Este homem estava arando num campo
alugado quando seu arado acertou algo duro. Ele começou a cavar para ver o que
era, e ali ele encontrou uma grande caixa. Seus olhos se arregalaram quando ele
removeu a tampa da caixa e viu que estava cheia de jóias, diamantes, pérolas, e
rubis, coisas que ele nunca tinha visto.
Rapidamente, colocou a caixa de volta na
terra, voltou para sua casa, e disse a sua esposa: “Vamos vender tudo o que
temos – nossa casa, nosso celeiro, nosso gado, nossa mobília, vamos vender
tudo!”
“Levi, Levi, você enlouqueceu?”, ela se
queixou. “Não quero vender os tesouros que temos juntado todos esses anos!”
“Sim, sim, devemos vender tudo.”
“Levi, você deve estar louco. Você não
pode fazer isso.”
Mas Levi não a ouviu. Vendeu tudo e
correu para visitar o dono da terra. Colocando todo o seu dinheiro sobre a mesa,
disse: “Quero comprar aquele pedaço de terra.”
“Por essa quantia você pode ficar com o
campo”, o dono disse.
Depois de comprar o terreno, ele foi para
casa buscar a esposa. Quando se aproximou, ouviu-a reclamando com as amigas:
“Meu marido está louco”. Ele a levou ao terreno, cavou, pegou o baú e mostrou a
ela. Seus olhos brilharam quando ela viu tamanha riqueza. “Levi, oh, Levi,
estou casada com o homem mais esperto do mundo. Agora entendo porque você
queria vender tudo. Oh, como você é esperto.”
Que verdades importantes Jesus ilustrou
com essa história? Como, geralmente, falhamos em reconhecer as coisas de
verdadeiro valor!
Um homem possuía uma lojinha no campo
onde vendia de tudo, de móveis e ferramentas, à guloseimas. Uma manhã, quando
ele abriu a loja, notou que a porta de trás havia sido arrombada durante a
noite. Sabendo que alguém havia entrado no prédio, imediatamente ele chamou a
polícia.
Depois de uma busca cuidadosa no
edifício, eles descobriram que, estranhamente, não parecia estar faltando nada.
Não demorou muito para que o mistério se
desvendasse. Um de seus amigos disse: “John, você está louco? Veja o preço
desta TV a cores, duas por 25 centavos.” Mas quando olharam para algumas
canetas esferográficas o preço era de 450 dólares cada. Um jogo de sala estava
a venda por 2 dólares e 49 centavos, mas uma vassoura custava 635 dólares.
Moleques tinham entrado em sua loja
durante a noite e trocado as etiquetas de preços.
Meu amigo, parece que enquanto você e eu
estávamos dormindo, na noite passada, alguém trocou as etiquetas. O que tem
valor? As pessoas dão muito valor ao dinheiro, enquanto que o cuidado da saúde
parece ser menos importante. A sede de aventura, diversão e entretenimento leva
uma etiqueta com um preço alto, mas ajudar aos necessitados é um item barato na
lista de prioridades. As pessoas fazem fila para um evento desportivo, mas é
muito raro vê-las fazendo fila para aprender mais a respeito da Palavra de
Deus.
Convido você a buscar a Pérola de grande
valor. Deus diz:
“Ora, além disso o que se requer dos despenseiros é
que cada um deles seja encontrado fiel.”
(1 Coríntios 4:2)
Há muitos anos um missionário se
aventurou pelo norte do Canadá para pregar o evangelho aos índios. Naqueles
tempos não era considerado seguro estar tão longe das agências de proteção da
lei, mas ele foi pela fé.
Seus ouvintes se sentavam no chão
enquanto ele repartia com eles a história do evangelho. Do fundo de sua
experiência ele lhes disse o que Cristo fez por ele. De repente, o chefe se
levantou, e começou a andar em direção ao missionário abanando sua machadinha
no ar. Isso era um ataque?
Quando o chefe chegou ao lugar onde o
missionário estava de pé, ele largou sua arma aos pés do pregador e disse:
“Chefe índio dá machadinha para Jesus Cristo.”
Encorajado pela resposta, o missionário
continuou a história do evangelho de Jesus. Ele contou como Jesus deixou o
conforto do céu para que todos tivéssemos vida eterna. Mais uma vez o chefe se
levantou, e tirando a manta de seus ombros, colocou-o aos pés do missionário.
“Chefe índio dá manta para Jesus Cristo”, ele exclamou com emoção em sua voz.
O pastor continuou a história de Jesus, e
logo o chefe foi até a floresta que os cercava. Ele voltou com seu pônei
favorito. Amarrando-o a uma árvore, disse: “Chefe índio dá pônei para Jesus
Cristo.”
Deus não precisa de nosso dinheiro. Numa
era de materialismo, é revigorante saber que Seus filhos Lhe são fiéis em todas
as coisas. Até mesmo seus livros de bolso são convertidos! Eles não podem ser
comprados ou vendidos. Deus está chamando pessoas de todo tipo de vida, que
desejam ser controladas pelo Deus do Céu. Elas serão ricamente abençoadas por
Ele nesta vida, e receberão a vida eterna em Seu reino. Você vai entregar sua
vida a Ele agora?
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