Lava pés: João 13
Talvez não exista advertência mais sábia a respeito do perigo de se experimentar o poder de Deus do que aquela registada na epístola de Paulo aos Coríntios. Eis aqui um povo que ele elogia e, ao mesmo tempo, disciplina de maneira muito firme.
Assim como Ele acolhe a experiência que eles vivem com os dons do Espírito, Paulo também exige que eles aprendam a graça do Espírito - o amor. O chamado para crescer em amor é fundamental para qualquer outro valor ou objetivo na vida cristã.
1 Co 13 indica este caminho, chamando a atenção para a ausência de valor em qualquer realização, dom ou sacrifício quando o amor não é a fonte e o tempero de todos eles.
O amor fraterno deve ser alimentado a tornar-se um fonte certa de serviço alegre.
Responsabilidade de uns pelos outros
"Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?" Gén 4.9
O Amor aceita os que falharam contra nós
"Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito." Gén 45.4
O Amor cristão desinteressado em relação aos estranhos
"Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus." Lev. 19.34
Para aproximar-se de Deus, é necessário amar o próximo
"O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade." Sl 15.3
Amar os inimigos
"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;" Mt 5.44
O amor tem espírito de servo
"Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará." João 12.26
O Amor fraternal procede da natureza divina
"Com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." 2Pe 1.7-8
A AS PALAVRAS E AÇÕES DE JESUS NA CEIA DO SENHOR
Creio que é preciso ter em mente estes e outras porções da Palavra de Deus em toda a vida cristã para compreender o significado completo da Ceia do Senhor, temos que examinar cuidadosamente o que Jesus disse e fez na ceia última ceia com seus os discípulos.
"ESTE É O MEU CORPO"
Todas as fontes bíblicas dizem a mesma coisa sobre o que Jesus fez quando Ele começou a ceia (veja Mateus 26:26; Marcos 14:22; Lucas 22:19; 1 Coríntios 11:23-24).
Ele fez três coisas: depois de ter lavado os pés.
1. Ele pegou o pão
2. Ele agradeceu a Deus
3. Ele partiu o pão
Curiosamente, como vemos em Marcos 6;41 e Marcos 8:6, ele fez as mesmas três coisas quando ele alimentou os cinco mil e os outros quatro mil.
De acordo com os quatro relatos da última ceia, o que Ele disse quando pegou o pão foi "este é o meu corpo". Jesus estava a dizer que Ele daria o seu corpo em sacrifício para que nós tivéssemos vida.
Este pensamento encontra-se mais claro em 1 Coríntios 11:24, aonde está escrito "Este é o meu corpo que entregue por vós" (ou em alguns manuscritos mais antigos "Este é o meu corpo que é partido por vós").
"FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM"
Esta foi a forma que Jesus encontrou para dizer aos seus seguidores que repetissem essa ação como um sacramento, ou uma cerimónia religiosa, através dos tempos.
Para nós a comunhão não é para repetir o sacrifício de Cristo, mas para relembrar com gratidão que Cristo nos amou a ponto de morrer por nós.
Devemos enfatizar que "em memória" é mais do que simplesmente lembrar-se do que aconteceu no passado. No pensamento bíblico, "em memória" normalmente envolve tornar real no presente o que foi feito no passado (veja Salmos 98:3; Eclesiastes 12:1).
"ESTE É O CÁLICE DA NOVA ALIANÇA"
Jesus pegou uma taça de vinho, deu graças e deu aos seus discípulos para que todos eles bebessem. Esse foi o mesmo jeito que ele fez quando distribuiu o pão. Mas nas palavras de Jesus referentes ao vinho, ele introduziu um novo conceito na discussão sobre a aliança.
Mateus e Marcos recordam as palavras de Jesus como "isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança" (Mateus 26:28; Marcos 14:24). Lucas 22:20 fala "Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue derramado por vós" e 1 Coríntios 11:25 é semelhante a isso.
Todas essas referências à aliança levam-nos de volta ao ritual do Velho Testamento de fazer uma aliança (um acordo ou tratado) com sacrifício, como na aliança entre Deus e Israel depois do Êxodo (Êxodo 24:1-8). Eles também sugerem que a esperança de uma nova aliança, descrita em Jeremias 31:31-34, foi realizada em Cristo.
"É DERRAMADO PARA PERDOAR OS PECADOS DE MUITOS"
É importante que nós reconheçamos que a ceia do Senhor também está ligada com o que Isaías 53 diz sobre o Servo sofredor do Senhor se colocou "por expiação do pecado" (Isaías 53:10).
Lucas 22:37 inclui entre as palavras de Jesus: "Porquanto vos digo que importa que se cumpra em mim isto que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Pois o que me diz respeito tem o seu cumprimento." O verso que Jesus cita - Isaías 53:12 - também diz que "derramou a sua alma até a morte," e que ele ; "levou sobre si o pecado de muitos". Mateus 26:28 diz que o sangue de Jesus foi "derramado por muitos para remissão dos pecados". A taça da comunhão, então, deve lembrar- nos o sangue de Jesus foi derramado como uma oferta para cuidar/resolver os nossos pecados.
“Cristo não atraiu a atenção para o Seu ato a fim de receber admiração pública. Desejava ensinar uma importante lição. Não fez nem usou vinho fermentado. ... Cristo transformou água em vinho, mas usou vinho fresco das uvas, e nunca algum outro. Ele é nosso exemplo em todas as coisas e, antes de Sua morte, deixou como último legado à Sua igreja o pão, representando Seu corpo oferecido pelos pecados do mundo, e o vinho, representando Seu sangue derramado. Nada se poderia usar, a não ser pão não levedado e vinho sem fermento. Nada se deve usar de natureza fermentada na cerimónia da Santa Ceia, pois o vinho fermentado destruiria o símbolo que representa o sangue de Cristo. Podemos todos considerar essa questão como esclarecida para sempre.”
Cristo Triunfante, Meditações 2002, p. 229
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