• Todos nós, como seres humanos, temos direitos e deveres.
Quase sempre, há a tendência de reivindicarmos os nossos direitos sem uma
disposição correspondente para o cumprimento dos nossos deveres. Daí as
dificuldades que as pessoas enfrentam tanto na vida pessoal quanto nas relações
com a sociedade.
• Na vida cristã a ênfase recai no cumprimento dos deveres.
Dentre os deveres da vida cristã, a oração é o mais importante (Lucas 18.1),
porque direciona a nossa vida nos caminhos de Deus. A felicidade e a sabedoria
consistem em tornar prazeroso o cumprimento do dever! Exemplo: a alimentação é
um dever. Mas quando nos alimentamos só pelo prazer, podemos arruinar nossa
saúde e nossa vida. No entanto, quando tomamos consciência da nossa
responsabilidade na preservação e/ou recuperação da saúde, podemos educar o
nosso paladar para sentirmos prazer numa alimentação saudável! O cumprimento do
dever torna-se prazeroso!
• Orar nem sempre é gratificante para a natureza humana,
para a carne. Há coisas que nos dão mais prazer do que orar. Mas a oração é um
dever. O não cumprimento desse dever causa danos irreparáveis na vida cristã. A
pergunta é esta: Como tornar prazeroso o cumprimento do dever da oração? Cremos
que a prática da oração se torna prazerosa quando temos consciência da sua
importância. A ORAÇÃO É IMPORTANTE PORQUE ELA SE FUNDAMENTA NA NOSSA COMUNHÃO
COM O DEUS TRINO.
1º – A ORAÇÃO SE FUNDAMENTA NO AMOR DO PAI
1. O Pai nos recebe na sala do trono (Hebreus 10.19-22).
Seria uma honra para qualquer brasileiro ser recebido em audiência pelo
Presidente da República. No entanto, o cristão mais humilde pode chegar à
presença do Rei dos reis e do Senhor dos senhores pela mediação de Jesus para
(a) agradecer, (b) confessar os pecados, (c) adorar, (d) suplicar e (e)
interceder. Quando tudo o que nos preocupa é colocado diante de Deus em oração
(Filipenses 4.6), a nossa mente e o nosso coração são guardados e protegidos
pela paz de Deus que excede toda a compreensão humana (Filipenses 4.7).
2. O Pai dá boas coisas aos seus filhos (Mateus 7.7-11). As
boas coisas que Deus nos dá podem às vezes contrariar o nosso egoísmo, mas
podemos ter certeza de que ele dá sempre o melhor para os seus filhos! Os pais
humanos podem falhar, mas o Pai celestial jamais falha!
3. O Pai quer que os seus filhos experimentem a sua vontade
que é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.1-2; 1 João 5.14-15). A oração deve
ser feita em harmonia com essa vontade de Deus porque o nosso Pai é soberano e
sabe o que é melhor para nós e quando deve responder nossas orações. A fé nos
sustenta na fase da espera (Lucas 18.8) e quando perseveramos podemos dar
testemunho (Salmo 40.1-3).
2º – A ORAÇÃO FUNDAMENTA-SE NA GRAÇA DO FILHO
1. Deus vem a nós através do Filho (João 1.14). A religião é
o esforço feito pelo homem para chegar até Deus; mas a graça é Deus vindo até
nós através do seu Filho (Apocalipse 3.20). É Jesus quem diz: “Eis que estou à
porta e bato”. Em Jesus, Deus vem ao nosso encontro. Isto é pura graça! Para
que possamos orar, é necessário abrir o coração e receber Jesus. Oramos quando
temos comunhão íntima com o Pai através do Filho. Orar é conversar com o Deus
que habita em nós.
2. Jesus é o nosso mediador (1 Timóteo 2.5). Só através dele
podemos chegar ao Pai (João 14.6). Portanto, chegamos ao Pai em nome de Jesus
(João 14.13-14; 15.16.23-23). Ele abriu esse caminho de acesso ao Pai através
do sacrifício da cruz (Hebreus 1.19-20; 2 Coríntios 5.18-19, 21). Ele se coloca
entre o Deus justo e o homem pecador e intercede com base no que ele fez por
nós (Hebreus 7.25; 1João 2.1). Em João 1.14 está escrito que Ele é cheio de
GRAÇA e VERDADE! A graça e a verdade precisam se encontrar (Salmo 85.10) para
sermos salvos e termos uma vida de oração (1 João 1.8-9).
3. Em Cristo somos filhos e temos direito de pedir (João
1.12; Romanos 8.16-17). Esse direito é nosso pela graça. Não são nossos méritos
que nos dão ousadia para entrar no santo dos santos, mas a graça de Jesus.
Portanto, a base da oração é a fé em Jesus e a confiança plena no seu
sacrifício por nós. Em nome de Jesus, podemos chegar ao Pai mesmo quando não
estamos nos sentindo bem.
3º – A ORAÇÃO FUNDAMENTA-SE NA COMUNHÃO DO ESPÍRITO
1. A comunhão do Espírito envolve a nossa comunhão com o Pai
e com o Filho na unidade do Espírito Santo (1 João 1.3; Efésios 4.3). Deus é o
nosso Pai e o seu povo é a nossa família. Não é possível comunhão com Deus sem
comunhão com os irmãos nem comunhão com os irmãos sem comunhão com Deus (1 João
4.20). Mesmo quando oramos sozinhos, dirigimo-nos a Deus como o Pai-nosso e
todas as petições são feitas no plural (Mateus 6.9-15)
2. A comunhão com os irmãos é essencial: a) na oração
individual (Mateus 5.23-24). Quando há ofensa, as orações não são ouvidas nem
respondidas (1 Pedro 3.7); b) na oração comunitária (Mateus 18.15-20).
3. O auxílio do Espírito Santo. A oração é algo tão sublime
que está além da nossa capacidade. Por isso, dependemos ao auxílio do Espírito
Santo em nossas fraquezas (Romanos 8.26-27). Todos podemos cumprir o dever da
oração com o auxílio do Espírito Santo.
Conclusão
Nesta mensagem aprendemos que a oração cristã, de acordo com
a Palavra de Deus, é feita ao Pai, em nome de Jesus e com o auxílio do Espírito
Santo. Ela está fundamentada no Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo!
Podemos orar diretamente a Jesus e ao Espírito Santo? Sim,
em circunstâncias especiais, quando conversamos com Jesus e com o Espírito
Santo (Atos 7.59; Apocalipse 22.17). Devemos orar com atenção para não acontecer
de invocarmos a Jesus, continuar falando com o Pai e terminando em nome de
Jesus.
O essencial é que a oração e a Palavra é o meio de
comunicação com Deus. Feita de acordo com a orientação bíblica ela glorifica o
Pai, nos edifica, e manifesta no mundo o poder de Deus! Quando oramos de acordo
com a Palavra, Deus faz justiça, ele salva, ele age!
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