segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia Internacional da Mulher Cristã

Com este breve estudo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, queremos aqui oferecer uma oportunidade de, reflexão a respeito do papel feminino na sociedade e influência benéfica ou maléfica a uma nação, trazendo liberdade e vitória ou escravidão e opressão, pela óptica da Palavra de Deus. Depois disto esperamos que um dia só é pouco para se lembrar o BEM que a mulher deve exercer e o MAL (citado neste texto apenas para contraste, mas é ideal que não seja lembrado) que deve evitar. Mulher, seja corajosa, benigna, amorosa, sábia e cheia de compaixão. Com isto em mente, respire fundo e leia de uma só vez o texto a seguir.
Jezabel foi rainha num negro período de Israel, resultante de todo o povo ter-se corrompido atrás da adoração de outros deuses. Depois dos tempos gloriosos e de paz no reinado de Salomão, começaram as dificuldades a partir de uma gestão leviana de seu filho, Roboão que culminou na separação de Israel em dois territórios: ao norte, chamado Reino de Israel composto por dez das doze tribos descendentes de Jacó; ao sul, chamado Reino de Judá com as duas tribos restantes. Roboão permaneceu no Reino do Sul, enquanto Jeroboão passou a comandar o Reino do Norte. Foi fiel a Deus durante um período, mas depois passou a adorar os deuses da terra. Na linha sucessória de reis, existiram reis que eram fiéis, cada um no seu grau de fé a Deus e desfaziam altares e quebravam ídolos de pedra. Com esses reis, o povo recuperava a fé, mas depois vinham reis pagãos que incentivavam a idolatria e o povo se corrompia novamente. Algumas dessas sucessões foram frutos de guerras. Certa vez era rei de Israel, o rei Elá, que tinha um servo chamado Zinri. Após dois anos de reinado, Zinri conspirou com alguns do povo e matou Elá, assumindo o reino, que só durou sete dias, pois o povo indignou-se com seu ato sórdido e nomeou rei a Onri, chefe do exército. Percebendo que a cidade onde estava havia sido cercada, Zinri ateou fogo ao castelo e morreu queimado dentro dele..
As suas origens
O sucessor de Onri, seu filho Acabe, seguiu os maus exemplos do pai e acabou casando-se com Jezabel, filha de Et-Baal, rei dos sidónios, adotando o culto pagão de seu sogro.
Os seus feitos
Jezabel, na sua intolerância religiosa, perseguiu todos os profetas do Senhor em Israel, matando a muitos deles. O profeta Obadias, mordomo de Acabe, em defesa, escondeu cem profetas, cinquenta em cada caverna e os sustentou com pão e água. Nesse período havia grande fome e seca na terra por falta de chuvas. Deus mandou o profeta Elias procurar Acabe. Elias encontra-se com Obadias que temia ser morto por Acabe por havê-lo encontrado e, Elias, garantindo-lhe a vida o mandou de volta. Obadias avisou Acabe de que Elias queria encontrá-lo. No encontro, Acabe acusa-o de perturbar Israel. Elias responde que quem perturbava Israel era ele e toda sua família. Elias desafiou Acabe a mandar os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal irem encontrá-lo no Monte Carmelo. Lá, Elias propôs a eles de oferecer dois carneiros como sacrifício, o dele, ao Senhor e o deles, a Baal. O povo ajuntou-se lá e Elias disse que aquele que respondesse às orações com fogo do céu e consumisse toda a oferenda, o povo o reconheceria como verdadeiro Deus. Os profetas de Baal fizeram de tudo para que Baal lhes respondesse: clamaram, flagelaram-se, dançaram e não houve resposta. Elias zombava deles dizendo que talvez Baal tivesse ido fazer uma longa viagem ou estivesse dormindo. Depois de bastante tempo, Elias chamou o povo a si e havendo preparado o sacrifício e regado com água, orou e desceu fogo do céu e consumiu toda a carne com a água junto. O povo gritou: - Só o Senhor é Deus! Elias incentivou o povo a matar os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e nenhum deles restou. Depois disto, Elias orou no Monte Carmelo pedindo chuva e chuva abundante caiu.
Jezabel, ao saber de Acabe que Elias havia matado todos os seus profetas, cheia de cólera enviou mensageiros a Elias para avisá-lo que no dia seguinte àquela mesma hora ela faria a ele o que fizera com seus profetas. Elias, já cansado, temeu a ameaça de Jezabel e fugiu para local seguro.
Muito tempo depois, estando Acabe em Jezreel, na Samaria, viu que Nabote, o agricultor, possuía uma vinha ao lado do seu castelo. Procurou Nabote, e quis comprar sua vinha ou dar-lhe em troca uma vinha maior. Nabote negou-se a vendê-la pois era herança de seus pais. Acabe voltou desgostoso para casa. Jezabel, sabendo a causa de tão grande desgosto, enviou cartas seladas com o sinete (anel do rei usado para carimbar) aos anciãos e nobres de Israel para que apregoassem um jejum e conseguissem dois homens perversos para acusarem falsamente Nabote por haver blasfemado contra Deus e contra o rei, que fosse apedrejado e morto por isso (nessa época quando alguém era julgado segundo a lei de Moisés, somente por duas testemunhas podia o acusado ser absolvido ou condenado.) Assim fizeram os anciãos e nobres e Nabote foi morto. Acabe, então, tomou posse da vinha. Por causa disso, Deus enviou Elias a Acabe para amaldiçoar toda sua descendência. Todos os da família que morressem na cidade seriam comidos por cães e os que morressem no campo seriam devorados pelas aves. Jezabel seria devorada por cães bem defronte ao muro do castelo de Jezreel. Acabe clamou pela misericórdia do Senhor e, por causa disso as maldições foram adiadas para os tempos do reinado de Acazias, seu filho.
O profeta Elias não morreu. Foi arrebatado aos céus por Deus, diante de Eliseu, ao qual ungira profeta em sua substituição. Eliseu ordenou que um jovem profeta, seu ajudante, fosse à casa de Jeú, capitão do exército de Israel e o ungisse rei. Estando lá, o profeta o ungiu e, como o Senhor anunciara a Elias no passado, a missão de Jeú foi a de juntar o exército e exterminar toda a família de Acabe, como vingança do Senhor contra Jezabel. Nesta época, Hazael era rei da Síria e acabara de vencer Jorão, descendente de Acabe, deixando-o gravemente ferido. A sentinela da cidade onde Jorão estava acamado avisou-o que Jeú estava vindo com seu exército. Jorão mandou dois mensageiros pedindo paz, mas nenhum deles voltou. Jeú invadiu a cidade e matou Jorão. Acazias fugiu mas foi alcançado na estrada e morto. Daí, Jeú e seus homens retornaram de Jerusalém ao castelo de Jezreel.
Sabendo Jezabel que Jeú vinha ao seu encontro, pintou seus olhos e enfeitou seus cabelos para recebê-lo. Quanto Jeú entrou no pátio, Jezabel chegou à janela e perguntou a ele: “- Teve paz, Zinri, que matou a seu senhor?” – Ela perguntara em tom de ameaça sugerindo que o mesmo que ocorreu a Zinri ocorreria a ele. Jeú não se intimidou e gritou para os criados de Jezabel que estavam com ela: “- Quem de vocês aí está a meu favor?” Dois dos criados olharam para ele, então os mandou atirar Jezabel pela janela. A mulher espatifou-se no chão, espirrando sangue para todos os lados. Jeú, depois de entrar no castelo, alimentou-se e mandou os criados irem lá em baixo enterrar Jezabel pois, sendo filha de rei, merecia essa honra. Quando os criados voltaram lá de baixo disseram ter encontrado somente a caveira, a palma das mãos e as plantas dos pés, pois o resto os cães tinham levado embora. Assim foi porque o Senhor quis apagar da face da terra a lembrança daquela mulher, e seus ossos viraram esterco na vinha de Jezreel.
Contexto histórico: fonte - Livro de Ester
Ester viveu no período do longo exílio do povo hebreu, quando cativo na Babilónia. Rainha do império persa, casada com o rei Assuero, foi de fundamental importância na libertação e retorno do povo hebreu à Jerusalém. O império persa, nesta época, estendia-se da Índia até à Etiópia, num total de cento e vinte e sete províncias. Ester foi contemporânea de Neemias, copeiro-mor do rei Artaxerxes e de Esdras, o sacerdote. Ambos, juntamente com Zorobabel reconstruíram a cidade de Jerusalém e restauraram o culto ao Deus único. Estes foram protagonistas de um dos três períodos de retorno do povo hebreu ã Palestina, num período de setenta anos.
A sua origem:
Hadassa (este era seu nome de origem hebraica) era filha de Abiail, tio de Mordecai (ou Mardoqueu, segundo outras versões bíblicas). Mordecai, criou sua prima, quando seus pais morreram. Dentre os persas eram conhecidos por Ester. Tornou-se rainha e companheira de Assuero depois de um concurso de beleza realizado pela corte para escolher uma substituta para a rainha Vasti, deposta de sua condição de rainha, por ter sido rebelde e não ter aceitado o convite do rei para comparecer diante dele num dos banquetes promovidos para seus príncipes. Isso foi tomado como insolência e, aconselhado pelo príncipe Memucã, entendido em leis (e a lei persa era irrevogável depois de outorgada pelo rei), baniu-a do palácio para que não se tornasse mau exemplo para que as outras mulheres seguissem a ponto de degradar o relacionamento das mulheres persas com seus maridos.
Ester, durante o concurso, encantou ao rei e a seus eunucos (servos da casa real) diante de todas as outras jovens virgens candidatas, não só por sua beleza e pela sua graça, mas por sua humildade e fineza com que se colocava na presença do rei. Não quis receber nenhum dos presentes do rei, que todas as outras ganhavam depois que se apresentavam. Como resultado, ganhou a coroa real que era de Vasti.
 
Os seus feitos:
Tão logo empossada como rainha, foi instrumento de grande livramento da vida do rei. Mordecai acostumara-se a assentar-se à porta do palácio quando desejava comunicar-se com Ester e vê-la como estava. Numa dessas vezes ele ouviu a conversa de dois porteiros que tramavam matar o rei. Mordecai contou a Ester o que ouviu e esta contou ao rei, que ordenou investigação imediata e, apurando-se a verdade, ambos os porteiros foram enforcados. Este fato ficou registrado no livro das Crónicas dos reis de Israel, com citação de Mordecai.
Mordecai, ainda quando Ester era candidata, a ordenara expressamente que, em nenhuma circunstância, revelasse ser mulher hebreia por causa da grande discriminação do povo hebreu em seu exílio na Pérsia. Ester obedeceu a Mordecai em todo o tempo. Todavia, Hamã, um dos príncipes de Assuero, cresceu em honra e consideração diante do rei pelo que, como tributo a sua autoridade, o rei ordenara a que todo o povo, quando o visse nas ruas, curvasse a cabeça em reverência a ele. Mordecai, bem como o povo judeu não se curvavam à Hamã e, acontecendo isso por diversas vezes, Hamã enfureceu-se e tramou um plano para que Mordecai e o povo judeu fosse eliminado da Pérsia. Com astúcia, Hamã informou ao rei que os judeus não obedeciam as leis persas e ofereceu a ele dez mil talentos de prata (moedas da época) para que outorgasse um decreto (lembrando que os decretos persas eram irrevogáveis) marcando uma determinada data para que o povo persa se levantasse contra todo o povo judeu e os aniquilasse, homens, mulheres, velhos e crianças. O povo judeu, diante do decreto, desesperado, colocou-se em jejum e oração por solução e Mordecai clamou por socorro à rainha, lembrando-a que ela também seria morta por causa do decreto.
Arriscando sua vida, embora não fosse chamada pelo rei há trinta dias, decidiu entrar na sua presença, sem ser convidada, o que era considerado desrespeito passível de morte. Mas o rei neste dia estava bem-humorado e considerando-a, estendeu-lhe o cetro e ela tocou a sua ponta – esse era o sinal de aprovação do rei à presença da rainha. Ester pediu ao rei que comparecesse com Hamã a um banquete organizado por ela. Ao saber deste convite, Hamã sentiu-se lisonjeado e exibiu-se diante dos seus familiares e amigos cheios de si pela importância pessoal que auferira. Durante o evento, Ester pediu que ambos comparecessem no segundo dia do banquete, pois ela revelaria o seu pedido ao rei – toda rainha, após estar na presença do rei, podia pedir qualquer coisa como presente. Naquela primeira noite o rei não conseguiu dormir, então chamou seus os servos para que lessem o livro com os registos do seu governo. Em certo instante, foi lido a respeito do ato de Mordecai que salvou o rei. Então Assuero, ao saber que nenhuma condecoração houvera sido dada a Mordecai pelo seu ato heróico, mandou chamar Hamã para saber a sua opinião quanto a que condecoração daria o rei ao homem que lhe agradasse pelos seus atos. Hamã, cheio de si, entendendo que o homem que mais agradava ao rei era ele próprio, sugeriu colocar vestes reais nesse homem e a coroa real em sua cabeça e, montado num dos melhores cavalos do rei fosse levado por um de seus mais importantes príncipes a um passeio pela cidade, sendo que, por onde passasse, fosse proclamado o motivo de sua honra. Assuero, então, encarregou Amã de ser o príncipe que levaria Mordecai vestido com vestes reais e coroa, de cavalo pelo reino. Amã proclamaria a mensagem de honra a Mordecai.
Foi cumprida a ordem, mas Amã chegou irado em casa com isso e sua mulher, Zeres, o alertou que estava começando a perder sua importância diante de Mordecai e do povo judeu e, por isso, seu plano de acabar com os judeus poderia dar errado. Aconselhado por ela, Amã construiu uma forca próxima à sua casa para que nela, Mordecai fosse enforcado. À noite, Amã compareceu ao segundo dia do banquete promovido por Ester. Em certo momento, Ester, corajosamente, revela sua identidade hebreia ao rei e denuncia a trama de Amã para acabar com seu povo. Assuero, furioso, levanta-se da mesa e sai da sala. Amã se prostra diante de Ester, pedindo clemência. O rei, ao retornar ao recinto, viu Amã deitado no divã de Ester e entendeu que Amã tentava violar Ester para conseguir seu perdão. O rei o acusou de intentar isso para com Ester e pediu que dois de seus seguranças o prendessem, com o que, lançaram sobre Amã um capuz para levá-lo. Um dos eunucos contou ao rei que Amã havia construído uma forca para Mordecai. Assuero, então mandou que ele fosse enforcado nela, diante da sua família. O rei nomeou Mordecai como conselheiro e deu a Ester a casa de Amã.
O rei, a pedido de Ester, publicou novo decreto – irrevogável, já que a destruição dos judeus estava determinada – dando aos judeus o direito de se agruparem e se armarem para que, naquele dia marcado se defendessem. Tal foi o empenho dos judeus naquele dia, que os do povo que lhes estavam contrários foram apanhados de surpresa em todas as províncias do reino e foram mortos ao fio da espada. Porém, para si nada tomaram do que era de seus inimigos. Os dez filhos de Amã também foram mortos. A data da vitória dos judeus foi estabelecida como data comemorativa. Com a misericórdia de Deus e a coragem de Ester permitiu-se que os judeus optassem por voltar à Palestina e reconstruir Jerusalém ou permanecer ali sob sua égide. E foi, ainda, longo e de paz seu reinado com Assuero.
Conclusão
Eis, aí, duas mulheres de personalidades diametralmente opostas. Mas a mulher que queremos homenagear aqui é Ester, pois se não houvessem mulheres de fibra, cheias de amor e sabedoria, não valeria a pena existir o Dia Internacional da Mulher, não é mesmo? Um abraço a todas, e que Deus abençoe e transforme seus corações, mães, profissionais, amigas, irmãs e as servas do Senhor Jesus.

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