No domingo, 29 de agosto de 1977,
o sargento Sílvio Delmar Holembach passeava com a família no Jardim Zoológico
de Brasília, quando um jovem, Adilson, devido a um ato imprudente, caiu no
viveiro das ariranhas. As ariranhas são animais da família das lontras, mas
muito mais agressivas. São animais predadores, que caçam em grupo. Apesar do
grande número de pessoas presentes, o sargento Sílvio foi o único a saltar para
dentro do viveiro para salvar o jovem Adilson. De facto, quando ele viu os
ferozes animais a atarem Adilson, ele saltou para dentro da jaula, tomou o
menino nos braços e ajudou-o a subir o poço de dois metros de altura.
Quando o próprio Sílvio se
preparava para escalar o poço, foi agarrado nas pernas por uma grande ariranha
e caiu de novo dentro da jaula. Imediatamente todos os outros animais caíram
sobre ele, arrancando-lhe pedaços do corpo com os seus dentes afiados. Quando
os tratadores conseguiram entrar na jaula e afastar as ariranhas, o sargento Sílvio
já estava completamente mutilado. Sílvio Holembasch foi levado para o hospital
das Forças Armadas, mas não foi possível socorre-lo. Falceu poucas horas
depois, certamente o sacrifício de Sílvio Holembrach por Adilson ficou bem
marcado na mente do jovem, e todas as vezes que ele ouvir o nome de Sílvio
Delmar Holembach, não deixará de se emocionar. Afinal, Holembach morreu para
salvá-lo de uma morte terrível.
Esta experiência ilustra em o que
Jesus fez por cada um de nós. Também Jesus desceu até ao fundo do poço desta
Terra para nos salvar das garras de Satanás, embora estivesse consciente de que
tal ato Lhe custaria a vida. Assim, neste pequeno post, gostaria de explorar
consigo aquele que é, seguramente, o tema central das Escrituras. Vamos tentar
compreender um pouco melhor o Plano da Salvação concebido por Deus para
redenção da Humanidade.
Dado que, neste Plano, Jesus
desempenha uma função central, ao compreendermos melhor o Plano da Salvação,
poderemos também aproximar-nos mais de Cristo e dar mais valor ao seu
sacrifício por nós. Comecemos por responder à seguinte pergunta: porque é
necessário o Plano da Salvação?
A realidade do pecado no seio da raça humana.
Ao longo de toda a sua História,
a Humanidade teve que se defrontar com um sério problema: o problema do pecado.
Podemos perguntar: O que é exactamente o pecado? O Apóstolo João define o
pecado como sendo “a violação da Lei” (1 João 3:4). Esta Lei que é violada é a
Lei Moral dos Dez Mandamentos de que já violámos a Lei de deus. na verdade, é a
Lei Mora dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Ora, todos nós temos consciência
de que já violámos a Lei de Deus. Na verdade, as Sagradas Escrituras
informam-nos de que todos os seres humanos que alguma vez existiram violaram a
Lei Moral. Todos pecaram (Romanos 5:12), pois não há pessoa alguma que não
peque (2ª Crónicas 6:36). O apóstolo João diz-nos mesmo que, “se dissermos:
´Não temos pecado`, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (1ª
João 1:8). De facto, não existe nenhum ser humano justo; não há um sequer (Romanos3:9,10).
Isto quer dizer que mesmo os mais virtuosos entre os seres humanos são
pecadores, pois não existe alguém tão justo sobre a terra que faça o bem sem
jamais pecar (Eclesiastes 7:20). Mas podemos perguntar: Não podemos perguntar:
Não pode o ser humano pecador de algum modo justificar-se diante de Deus? a
resposta da Bíblia é clara: Não! Diante de Deus nenhum ser humano se pode
considerar justo, nem pode considerar como justificáveis os seus atos (Salmo
143:1,2; Job 9:2-3). Por isso, podemos concluir que o ser humano, por si mesmo,
nada pode fazer para apagar os seus pecados. Como nos diz o profeta Isaías:
“Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças são como trapo da
imundície” (Isaías 64:6). Ninguém pode dizer verdadeiramente que purificou o
seu coração de todo o pecado (Provérbios 20:9). Além do mais, os seres humanos
não têm força anímica suficiente para deixar os seus pecados pelo seu esforço
pessoal. Por nós próprios não podemos fazer constantemente o bem, pois estamos
acostumados desde crianças a fazer o mal (Jeremias 13:23). Ora, o problema que
os seres humanos pecadores têm que enfrentar em consequência da sua
pecaminosidade é bem grave. De facto, a consequência final do pecado é a morte.
Não apenas a morte temporal, mas a morte eterna. Pois, “o salário do pecado é a
morte” (Romanos 6:23). Diante do problema do pecado no seio da raça humana,
deveríamos concluir que a salvação do homem pelas suas próprias forças é
absolutamente impossível (Mateus 19:25,26).
Felizmente, os seres humanos não
estão sós para enfrentar o problema do pecado. Deus está disposto a vir em
auxílio dos pecadores. Deus não tem prazer na morte do pecador (Ezequiel
18:32). Ele não quer que ninguém se perca, mas que todos se convertam e sejam
salvos (2ª Pedro 3:9). Ora, a boa-nova é que Deus pode, efectivamente,
purificar dos seus pecados os seres humanos (Salmo 51:1,9).
A solução de Deus para o problema do pecado humano.
Na verdade, o Deus Criador
concebeu um plano para salvar os seres humanos do pecado e da correspondente
morte eterna. Trata-se do Plano da Salvação. Jesus Cristo revelou a essência
deste plano durante o Seu ministério nesta Terra. Segundo Jesus, “Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Jesus veio a este
mundo “para que o mundo seja salvo por Ele” (João 3:17). Este Plano da Salvação
da Humanidade foi concebido pelo Deus Triúno desde a eternidade, isto é, antes
mesmo da fundação do nosso mundo (Romanos 16:25,26). Foi seguindo este Plano da
Salvação que Jesus veio à Terra para salvar os pecadores (1ª Timóteo 1:15).
Como Ele próprio disse: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava
perdido” (Lucas 19:10). Jesus foi designado por Deus para o Salvador da
Humanidade. Em nenhum outro podemos encontrar a salvação (Atos 4:12). Apenas em
Jesus temos a possibilidade de sermos salvos dos nossos pecados e da morte
eterna que eles acarretam. Por que razão é isto assim? Simplesmente porque é
pela morte expiatória de Jesus na cruz em nosso lugar que nós temos a
possibilidade de sermos resgatados da penalidade do pecado, a morte eterna. Só
a morte de Jesus nos permite alcançar a remissão dos pecados.
Como diz o profeta Isaías, ao
descrever a missão do Messias, “Ele foi trespassado por causa das nossas
transgressões, esmagado em virtude das nossas iniquidades. O castigo que havia
de trazer-nos a paz, caiu sobre Ele, sim, por Suas feridas fomos curados. (…).
Iahweh fez cair sobre Ele a iniquidade todos nós. (…). Pelo Seu conhecimento, o
justo, Meu Servo, justificará a muitos e levará sobre Si as suas transgressões”
(Isaías 53:5,6,11). Portanto, Jesus morreu pelos pecados, isto é, por todos os
seres humanos que existem e já existiram neste Planeta (1ª João 2:2). A Sua
morte única sobre a cruz é suficiente para expirar todos os pecados da
Humanidade (Hebreus 9:28).
Assim sendo, devemos concluir que
nós somos salvos apenas pela graça de Deus, manifestada na morte expiatória de
Jesus. Nós podemos ter a redenção gratuitamente, se aceitarmos a morte de Jesus
por nós (Efésios 2:8,9; Atos 15:11). Mas para que sejamos salvos pela graça de
Deus, devemos exercer fé em Jesus como nosso Salvador. É a fé que se apropria
da redenção oferecida gratuitamente pelo Plano da Salvação. Por isso, todo o
pecador que confia em Jesus é justificado dos seus pecados pela fé (Romanos
5:1,2). Para alcançar a salvação, devemos ter fé em Jesus como Salvador da
Humanidade (Atos 16:30 e 31). Assim sendo, é evidente que Jesus é o único
mediador entre Deus e a humanidade pecadora (1 Timóteo 2:5,6), pois só Jesus
foi designado por Deus para ser o Salvador dos homens (Atos 5:31). Assim, no
Evangelho de Cristo nós temos a Boa-Nova de que Deus “quer que todos os homens sejam
salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.3,4) por intermédio
do Seu Filho Jesus.
As condições para a salvação do pecador.
No entanto, o Plano da Salvação
tem implícitas certas condições para que o pecador possa ser salvo. De fato,
Jesus veio chamar todos os pecadores ao arrependimento (Lucas 5:31 e 32), mas,
para que possa ser perdoado por Deus, o pecador deve reconhecer os seus pecados
(Salmo 51:3-6). Assim, quando toma consciência do seu pecado, o pecador deve
passar por três etapas. Primeiro, deve entristecer-se pelo pecado cometido (2ª
Coríntios 7:10); em segundo luar, deve arrepender-se sinceramente (Atos 3:19);
e, em terceiro lugar, deve mudar o seu comportamento, deixando de cometer o
pecado de que se arrependeu (Atos2:37 e 38). Após estas etapas, o pecador
arrependido deve confessar o seu pecado a Deus (Provérbios28:13). Esta
confissão deve ser realizada através da oração (Salmo 32:5). Ao confessarmos os
nossos pecados a Deus, Ele perdoa-nos completamente o erro cometido. Ele apaga
as nossas transgressões (Isaías 43:25). No entanto, para que Deus possa perdoar
os nossos pecados, há ainda uma última condição que deve ser preenchida pelo
pecador. Ele deve ser capaz de se perdoar também aos seres humanos que o tenham
ofendido (Mateus 6:14 e 15).
Assim, graças à morte expiatória
de Jesus na cruz do Calvário, Deus por perdoar todos os nossos pecados. É no
Filho amado de Deus que temos a rendição pela remissão dos pecados (Colossenses
1:3). Invocando o nome de Jesus e crendo na Sua intercessão, recebemos de Deus
a remissão dos pecados (Atos 10:43). O pecador deve, pois, crer em Jesus como
seu Salvador para ser perdoado por Deus (João 3:16).
A Justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo.
Vamos agora ver em detalhe como
ocorre a justificação gratuita do pecador pela fé em Cristo. A Fé é o princípio
fundamental do Evangelho de Jesus pregado para salvação do pecador. Por isso, a
Bíblia diz-nos que “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:16,17). É pelo exercício
da fé em Jesus que o pecador é justificado gratuitamente por Deus de todos os
seus pecados. Em Jesus “é justificado todo aquele que crê” (Atos 13:38 e 39;
Romanos 3: 23-26). No entanto, podemos perguntar-nos: Como funciona o processo
da justificação pela fé? É muito simples! Assim como Adão, pelo seu pecado
original, levou toda a humanidade a cair no pecado e na sua consequência, a
morte, também Jesus, pela Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado e da
morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De
fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e
credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita, pode salvar do pecado
e da morte eterna todos os seres humanos que aceitam a Sua morte expiatória. De
fato, Jesus paga a nossa dívida de pecado ao morrer em nosso lugar e
credita-nos ainda, na nossa vida, a Sua justiça perfeita. Assim, aparecemos aos
olhos de Deus como perfeitamente justos, isentos de pecado (Romanos 5:17-19).
Deus olha para nós e, em vez de ver a nossa deformidade moral, merecedora de
morte eterna, vê a perfeição moral de Cristo, merecedora de vida eterna. Isto é
a justificação do pecador pela sua fé em Jesus. Portanto, devemos aqui
sublinhar que o ser humano é justificado gratuitamente pela sua fé em Jesus,
sem as suas boas obras (Romanos 3.28).
Como escreveu o apóstolo Paulo:
“Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de
Deus: não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho” (Efésios 2:8 e
9). Desta forma, a esperança do pecador arrependido encontra-se no Plano da
Salvação, pelo qual é justificado gratuitamente pela fé em cristo. “Nós
aguardamos, no Espírito, a esperança da justiça que vem da fé” (Gálatas 5:5).
Sendo justificados por Deus, alcançamos o maior bem que qualquer ser humano
pode desejar: “Estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos
5:1-2).
Conclusão
Portanto, temos razões para
celebrar. Deus ama-nos e providenciou um meio para que todos os pecadores
possam ser libertados das cadeias do pecado e escapem à sentença da morte
eterna.
No entanto, para que o Plano da
Salvação possa produzir resultados, é necessário que aceitemos Jesus como nosso
Salvador pessoal. Devemos crer em Jesus como nosso sacrifico expiatório,
arrepender-nos dos nossos pecados e confessa-los a Deus. Pode-se perguntar:
“Quando?” Caro amigo, demos fazê-lo o mais brevemente possível, pois não somo
senhores da nossa vida e o tempo está a esgotar-se para todos nós, na medida
que passa sem cessar.
A última vez que o ator de cinema
Tyrone Power apareceu diante das câmaras de Hollywood, apelo ao público que
contribuísse financeiramente para a luta contra as doenças de coração. No
estúdio, Tyrone pegou numa ampulheta, virou-a ao contrário lentamente e
observou a areia a escorrer. Ele disse então: “Para todos nós, o mais precioso
elemento que temos é o tempo. Mas o tempo termina cedo de mais para muitos
milhões, porque as doenças de coração colhem mais vidas do que todas as outras
doenças combinadas.” Alguns dias depois, quando estava de férias em Espanha,
Tyrone sucumbiu, ele mesmo, a um ataque de coração fulminante! Obviamente que
ele não estava à espera que o seu tempo terminasse tão brevemente. Também
muitos de nós, ocupados na vida quotidiana, nem nos damos conta que o nosso
tempo está a fluir incessantemente. Por isso, lanço-lhe um apelo: Aceite a
oferta de Deus, hoje mesmo. Amanhã, pode ser tarde de mais. Se já aceitou a
expiação de Cristo, apelo para que continue firme nessa decisão, pois é a
melhor decisão que poderia tomar. Ficando firmes na nossa fé em Cristo,
alcançaremos seguramente a salvação eterna!
Paulo Lima
preparado por José Carlos Costa.
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