PRECE: Senhor Deus, nós nos chegamos a Ti,
nosso compassivo Redentor; rogamos-Te, por amor de Cristo, por amor do Teu
próprio Filho. Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que se achegam a
Ti. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito
Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém.
Esta
noite, desejo falar de um outro personagem que encontrou Jesus! Se ele não tivesse
nome, chamar-lhe-ia: O homem da beira do caminho. Mas ele tem
nome. É aquele género de pessoa muito trabalhadora, muito cuidadosa da sua
família, não perde tempo com os boatos. Trabalha no campo. Cultiva o necessário
para que não falte nada em
casa. Não procura novidades, mas às vezes as novidades vão
ter com ele. Foi o que se passou com o homem à beira do caminho, o homem que
fez o que a multidão não fez.
Este
é um homem diferente de todos os que encontramos a falar com Jesus. Ele não procurou
Jesus, nem Jesus o procurou a ele, mas encontraram-se.
Antes de dizer o nome desta pessoa,
vamos ver o que o levou ao encontro de Jesus e vice-versa!
Uma
grande multidão seguiu Jesus do tribunal até ao Calvário. A notícia da Sua
condenação e morte iminente espalhou-se por toda a Jerusalém e todas as
cidades. Gente de todas as classes e de todas as categorias afluíam ao lugar da
crucifixão.
Há muito tempo que a cruz lançava a sua sombra por onde
Jesus passava. Podemos dizer que a sombra da cruz era a própria sombra de
Jesus.
Jerusalém
está cheia de peregrinos que vêm de Israel e de todas as terras onde habitavam
judeus. Há um ruído no ar, alguns cantam os salmos, outros oram em voz alta,
outros conversam nervosos, mas naquela sexta-feira, havia uma nuvem escura no
ar, um ambiente estranho, pesado!
Jesus
conhecia a confusão desordenada das paixões, de preconceitos e de intrigas que
já estavam a ser tecidas pelos Seus inimigos. Ele tinha caminhado entre
desafios e curas, entre as acusações ao semear a bondade, os extremos tinham
tocado permanentemente Jesus. Uma noite não tinha onde reclinar a cabeça e num
dia quiseram aclamá-Lo rei.
Jesus
tinha ensinado durante três anos e meio as doutrinas que levam ao Céu e estas
estavam em contraste com as doutrinas erradas ensinadas pelos dirigentes
religiosos de Israel. Pecadores tinham aceite os Seus ensinos. Olhos tinham-se
aberto para o plano da salvação. Ouvidos dos surdos ouviam agora a melodia do
Céu. A luz clara da verdade tinha iluminado mentes cheias de preconceitos. Os
tristes e aflitos tinham descoberto o riso. O poder da morte tinha sido
desafiado. Lázaro, morto durante quatro dias, tinha sido ressuscitado pelo
Senhor da vida. Todos sabiam que Lázaro o irmão de Marta e Maria, vivia,
trabalhava e desfrutava da vida a curta distância de Jerusalém.
Por
essas coisas, os chefes políticos, os principais sacerdotes e escribas, não
podiam perdoar a Jesus. A Sua existência, por si só, era uma crítica que eles
não podiam suportar. A presença de Jesus em Jerusalém era a sua oportunidade de
O matarem.
Estas
pessoas tinham a mente obscurecida por Satanás, não viam que estavam a caminhar
ao ritmo de todas as profecias bíblicas, centenas de profecias escritas
centenas de anos antes. Eles tinham-
-nas lido tantas vezes, tantas vezes explicado. Agora estavam cegos! A mente deles possuída pelo sentimento do orgulho tinha-se fechado ao poder do Espírito Santo.
-nas lido tantas vezes, tantas vezes explicado. Agora estavam cegos! A mente deles possuída pelo sentimento do orgulho tinha-se fechado ao poder do Espírito Santo.
Jesus
estava em Jerusalém, sabia das intenções que se congeminavam contra Ele, mas
sabia que era o Cordeiro Pascal, “o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29. Ele tinha vindo para Se oferecer como sacrifício
voluntário, não porque fosse obrigado, mas estava ali por vontade própria.
Jesus,
que não tinha pecado, tinha revelado o Santo carácter de Deus, na obediência
perfeita à quebrada Lei de Deus, essa Lei tão imutável como é imutável o
carácter de Deus. Jesus está pronto como o obediente salvador a ser o nosso
substituto, levar sobre Si os pecados de todo o mundo, para que, quando O
aceitarmos como nosso Salvador pessoal, possamos receber o dom da Sua perfeita
justiça e ser salvos: “Aquele que não
conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus.” II Coríntios 5:21
Jesus foi condenado, para que
a justificação, a inocência possa ser nossa. A agonia foi de Jesus, para que a
Vitória pudesse ser nossa. O sofrimento foi de Jesus, para que a cura pudesse
ser nossa. A maldição foi posta sobre Jesus, para que a bênção possa ser posta
sobre nós. A morte foi d’Ele, para que a vida que foi comprada pudesse ser
minha.
Por
isso Jesus deixou-Se prender, ser julgado, condenado e aceitou levar a cruz.
Mas tudo foi tão rápido que não houve tempo de preparar uma cruz para Ele. À
Sua medida. A cruz que Lhe colocaram às costas foi a do criminoso absolvido à
última da hora. A cruz de Barrabás, do pecador, do criminoso, do mentiroso, do
transgressor, foi a cruz de Barrabás que colocaram sobre os ombros de Jesus.
Eu
não sei, mas tudo me leva a supor que Barrabás era um homem de grande estatura,
rude, todas as suas acções centravam-se na força e na violência. A cruz era um
castigo, não só porque seria o instrumento da crucifixão, mas era um castigo
pelo peso do madeiro. Era preciso cair, transpirar, deveria ser um espectáculo
de vingança aos olhos de todos os que tinham sofrido por causa daquele
criminoso. Esta era a cruz do último
instante, destinada à pessoa errada!
Dois
companheiros de Barrabás iriam morrer ao mesmo tempo que Jesus e sobre eles
também puseram cruzes. A carga do Salvador era demasiado pesada tanto pelo peso
da cruz, como pelo estado de fraqueza e sofrimento em que Se encontrava. Desde a
ceia pascal com os discípulos, Ele não tinha voltado a comer ou a beber.
Angustiara-Se no jardim do Getsémani em conflito com as forças satânicas.
Suportara a agonia da traição, Judas tinha-O vendido, Pedro tinha-O traído, os
outros discípulos abandonaram-nO e fugiram.
Durante o processo de julgamento e condenação Jesus foi
insultado, duas vezes torturado com o chicote. Toda aquela noite fora uma
sucessão de cenas de molde a provar até ao máximo a alma de qualquer ser
humano. Jesus não fracassou. Não proferiu palavra alguma que não visasse a
glória de Deus. Mas quando, depois de ter sido açoitado pela segunda vez, a
cruz Lhe foi posta sobre os ombros, a natureza humana de Cristo não pôde
suportar mais. Caiu desmaiado sob a carga!
A
multidão que seguia o Salvador viu os Seus passos fracos e vacilantes, mas nem
todos manifestaram compaixão. Alguns apuparam-nO e injuriaram-nO por não ser
capaz de levar a pesada cruz. De novo a carga Lhe foi posta em cima e outra vez
caiu desmaiado por terra. Os perseguidores viram que Jesus não tinha forças
para subir aquele Monte com o peso da Cruz!
Era
impossível encontrar alguém que voluntariamente quisesse levar a cruz. A cruz
era sinal de maldição e contaminação. Especialmente naquela altura,
celebrava-se a Páscoa.
À beira do caminho
está um homem, o
homem da beira do caminho, um homem que veio do campo, ele não está ali para
escarnecer, está ali porque ouviu os gritos. Aproximou-se do caminho, parece
nem ver a multidão mas ouve esta gritaria: “Abri
caminho para o Rei dos judeus!” fica espantado com a cena, os seus olhos só
vêem Aquele que leva a cruz, vê o Seu rosto, ouve os Seus gemidos que lhe
entram na alma e sem hesitação, sem reparar no ambiente à sua volta,
aproxima-se do Condenado.
Há muitas mulheres na multidão que seguem, vão ali,
choram, mas que podem fazer? São mulheres! Algumas já O tinham visto antes.
Outras levaram-Lhe doentes e sofredores. Outras tinham sido curadas por Jesus.
Entre elas falam do bem que Jesus tinha feito. Admiram-se com o ódio da
multidão. O homem da beira do caminho ouve as mulheres, e comove-se ainda mais!
E
apesar da acção da multidão enfurecida, e das coléricas palavras dos sacerdotes
que gritam e excitam a multidão, estas mulheres exprimem a sua admiração. Quando
Jesus cai desfalecido sob a cruz, elas irrompem num choro angustiante.
O homem da beira do
caminho, sabe que
muitas daquelas mulheres, não têm grande reputação. Mas vê Jesus olhá-las com
terna simpatia. Vê e ouve Jesus que não despreza a compaixão delas e ouve Jesus
dizer estas palavras: “Filhas de
Jerusalém, disse Ele, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas, e pelos
vossos filhos.” Lucas 23:28
O homem da beira do caminho começa a caminhar ao lado de Jesus, Jesus tropeça e cai, não tem forças para se levantar. O homem coloca uma mão sobre a cruz, olha ao derredor como num apelo por clemência. De repente sente-se agarrado por mãos violentas e é colocado sobre a Cruz!
Este
homem chamava-se Simão o cireneu, ouvira falar de Jesus. Os seus filhos Alexandre e Rufos
criam n’Ele, mas ele próprio não era discípulo. Levar a cruz ao Calvário foi
para ele uma bênção e, enquanto a transportava sentiu a atmosfera do Céu,
sentiu anjos ao redor, sentiu uma força que não podia explicar, sentiu uma paz
e gratidão por levar a cruz. E de repente levava a cruz de Cristo, não só
porque lha tinham colocado sobre os ombros, mas porque ele próprio queria,
sentia uma alegria imensa sob o seu peso!
Querido
amigo, O que é a cruz para si? É só
um crucifixo de madeira pendurado na parede, uma medalha pendurada ao pescoço? Ou gostaria de estar no lugar de Simão,
ser o homem da beira do caminho?
Simão
levou a cruz até ao Calvário e Jesus caminhava ao lado dele empurrado pelos
soldados e pelo povo. Quando chegaram ao alto da montanha, crucificaram Jesus.
Simão ficou ali e viu tudo. Viu o imaculado Filho de Deus que pendia da cruz,
viu a carne lacerada pelos açoites, aquelas mãos tantas vezes estendidas para
abençoar, pregadas nas barras de madeira; aqueles pés tão incansáveis ao
serviço do amor, cravados no madeiro; viu a cabeça ferida pela coroa de
espinhos; viu aqueles lábios trémulos expressarem palavras num grito de dor.
Viu Jesus ser crucificado de braços abertos, sobre a cruz,
viu o sangue a escorrer. Viu e ouviu tudo, o sangue que jorra da cabeça, das
mãos, dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, a indizível angústia que
Lhe encheu a alma quando a face do Pai se escondeu – tudo falava de amor e
Simão o pai de Alexandre e Rufos, creu, creu que era por ele e por toda a
família humana que o Filho de Deus estava pendurado naquela cruz.
Querido amigo foi por si que o Filho de Deus consentiu em morrer na
cruz. Mas muito
mais do que isso consentiu em levar o fardo do pecado. O seu pecado e o meu! E
é graças à Sua morte e por levar o meu pecado para o túmulo que a porta do
Paraíso se pode abrir para si e para mim no dia do Juízo final!
De
repente Simão viu a escuridão erguer-se por sobre a cruz, e em tons claros,
como de trombeta, tons que pareciam ressoar por toda a criação, Jesus gritar: “Eli, Eli, lama sabactâni. Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?... Nesse instante o véu
do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo. Tremeu a terra, e fenderam-se
as rochas. Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam,
ressurgiram.” Mateus 27:46,51-52.
Uma luz envolveu a cruz, e o rosto do Salvador brilhou com uma glória
semelhante à do Sol. Baixou então a Sua cabeça sobre o peito e expirou.
A Terra nunca testemunhara antes uma cena assim. A
multidão ficou paralisada e, com a respiração suspensa, fitava o Salvador. A
escuridão voltou novamente a cobrir a Terra, e um ruído surdo, como de um forte
trovão, fez-se ouvir. Houve um violento terramoto. As pessoas foram atiradas
umas sobre as outras, amontoadas. Estabeleceu-se a mais completa desordem e
angústia. Nas montanhas vizinhas, os rochedos partiram-se ao meio, rolando com
estrondo para as planícies.
Quando
saiu dos lábios de Cristo a frase: “Está
consumado”, os sacerdotes oficiavam no templo. Era a hora do sacrifício da
tarde. O cordeiro, que representava Jesus, fora levado para ser morto. Vestido
com a bela roupa própria para o acto, o sacerdote estava com o cutelo erguido,
como fizera Abraão quando estava prestes a imolar o seu filho. Com intenso
interesse Simão comove-se!
A
Terra continua a tremer e a vacilar, como que o próprio Deus se aproximasse e
com um ruído de rasgão rompe de alto a baixo o véu do Templo, o véu que separa
o lugar santo do lugar santíssimo. Já não é preciso oferecer mais cordeiros no
Templo porque o Cordeiro puro foi oferecido, o sacrifício por excelência foi
oferecido para todo o sempre e em todo o lugar o sacrifício pela raça humana.
O
sacerdote que está no templo, pronto a imolar o cordeiro deixa cair a faca, e o
cordeiro escapa. O tipo encontra o antítipo na morte do Filho de Deus.
Consumara-se o sacrifício. Acha-se aberto o caminho para o lugar santíssimo. Um
novo e vivo caminho está preparado para todos. A humanidade pecadora e aflita
já não necessita de um sumo sacerdote humano, não precisa de intercessores, a
não ser de Jesus!
O
Filho de Deus veio, segundo a Sua palavra: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus,
a Tua vontade. “Pelo Seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efectuado uma eterna redenção.” Hebreus 9:12
E
mais adiante dirá o apóstolo do Senhor: “Nessa
vontade é que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo,
feita uma vez por todas.” Hebreus
10:10
O
sangue de Jesus tem poder! Simão viu tudo e aceitou. Milhões de crianças em
todo o mundo e em todos os tempos ouviram falar deste homem, Simão. Até os reis
mais famosos ouviram falar dele e procuraram um objecto que segundo a lenda
esteve na sua posse. O rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda procuraram o
cálice sagrado. Esta é uma lenda que realmente tem atraído milhões de pessoas
em todo o mundo. Um dos filmes mais famosos dos anos 80, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, mostram o herói que procura
esse cálice sagrado.
O
que é ou era afinal, esse cálice sagrado? De que modo está ligado à vida de
Cristo? O cálice alguma vez realizou milagres? Será que algum dia será
encontrado?
Cavaleiros
vestidos de armaduras, como Sir Percival e Sir Calahad, partiram para
encontrá-lo, ou morreram na tentativa de o encontrar. Durante as cruzadas, um
soldado de Génova chamado Guglielmo afirmou tê-lo descoberto em Cesaréia.
Não foi há muito
tempo, Indiana Jones, o extraordinário arqueólogo dos filmes de Steven
Spielberg, lutou para entrar numa caverna misteriosa e escolher o verdadeiro
cálice entre uma quantidade de imitações. O cálice sagrado... possui uma
mística incrível, uma incrível força de atracção através dos tempos. O que é
exactamente esse cálice supostamente milagroso? Existe alguma verdade por trás
de todas estas lendas?
Tradicionalmente,
fala-se ter sido o cálice que Cristo usou na Santa Ceia quando disse: “Bebei, este é Meu sangue". No
Novo Testamento não existe nenhum registo cristão primitivo descrevendo este
cálice ou dizendo alguma coisa sobre o que lhe teria acontecido. Mas a partir
daqui famosas histórias têm sido contadas e passadas através dos séculos.
O Novo Testamento
fala muitas vezes sobre o sangue de Cristo, o seu significado e poder. Pessoas
piedosas ansiaram ter algum contacto físico com esse sangue sagrado. O primeiro
elo na lenda do cálice sagrado é Simão o cireneu. Outros dizem que foi José de
Arimateia, aquele que cedeu o sepulcro onde Jesus foi sepultado, que possuía o
cálice.
O que a lenda
conta é que o possuidor do vaso ou cálice sagrado, foi preso, e depois,
miraculosamente liberto. Mais tarde, viajou para o Ocidente com o seu precioso cálice,
chegou a Inglaterra e morreu em Glastonbury.
Para alguns, o
vaso sagrado não é o cálice usado na Santa Ceia, mas uma terrina na qual Simão
recolheu o sangue que Cristo vertia do lado varado pela lança do soldado
romano. De qualquer modo, a Abadia de Glastonbury na Inglaterra incentivou
durante séculos a lenda e tornou-se o centro de um culto ao cálice sagrado.
Glastonbury na
Inglaterra, e outros lugares reivindicam o vaso sagrado. Há quem diga que está
escondido numa gruta nas montanhas dos Pirinéus em França, onde viveram os
Albigences. É claro que não existem provas para apoiar qualquer dessas afirmações.
Mas a mística do cálice sagrado é tão forte que as pessoas querem acreditar;
elas anseiam tocar o vaso onde caiu o sangue sagrado e fazem peregrinações a
estes locais.
Para compreender
o apelo do cálice sagrado, é necessário ver como o Novo Testamento fala sobre o
sangue de Cristo, e como o próprio Salvador apresentou o Seu sacrifício. O
sangue realiza algum acto mágico? Existe alguma base no Novo Testamento para o
culto ao cálice? Isto pode surpreender algumas pessoas, mas as Escrituras falam
do sangue de Cristo realizando maravilhas.
O escritor da
epístola aos Hebreus escreve que o sangue de Cristo “...Purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao
Deus vivo”! Em seguida, o apóstolo João afirma que o sangue de Jesus Cristo
nos purifica de todo pecado: “Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça.” I
João 1:9
Pedro proclama
que o precioso sangue de Cristo pode redimir completamente a vida do mais
torpe pecador. O apóstolo Paulo escreve que o sangue de Cristo pode aproximar
de Deus os que vivem sem esperança. Estes são de facto milagres e maravilhas.
O sangue de
Cristo é realmente poderoso. Quando os escritores do Novo Testamento falam
deste sangue, referem-se à morte sacrificial de Cristo na cruz. Ele tomou os
pecados do mundo e morreu em nosso lugar, é isso que eles querem dizer. Nas
Escrituras, o sangue é identificado como vida. Assim, quando a Escritura fala
do sangue de Cristo derramado por nós, está a dizer-nos que Cristo morreu em
nosso lugar.
O sacrifício de
Cristo, o sangue de Cristo, de facto, opera maravilhas. A questão é, como
entramos em contacto com este poder? Como nos aproximamos e nos apossamos desse
poder?
É interessante
notar que existe uma outra palavra que é usada de um modo bastante similar ao
sangue no Novo Testamento. Essa palavra é “fé”. Sabem que muitas das coisas que
se diz que o sangue faz, a fé também realiza? A fé forma uma parceria com o
sangue. Por exemplo, ao lado da famosa frase, “redimido pelo sangue”, podemos
colocar a declaração “Porque pela graça
(sangue) sois salvos, por meio da fé...” Efésios 2:8
É pela fé que nos
aproximamos do sangue de Cristo. É como se através da fé pudéssemos tocar o
cálice sagrado. E os escritores do Novo Testamento esforçam-se para mostrar que
este contacto com a maravilha do sangue de Cristo é acessível a todos.
Meus amigos, como
podemos encontrar a salvação, hoje, agora, neste instante? Paulo responde: “A palavra está perto de ti, na tua boca e
no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se com a tua boca
confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Romanos 10:8,9
A salvação está
perto de nós. Tão perto como o nome de Jesus nos nossos lábios, tão perto, a
distância que o Senhor pode estar do nosso coração. Longas e difíceis
peregrinações não são necessárias. Não temos que viajar para Inglaterra, ou
para os Pirinéus, para encontrar o cálice sagrado. A fé está aqui ao nosso
alcance. Tão próximo de nós como a mesa está da refeição.
Já ouviram, ou
leram que Jesus deixou um memorial para nos mostrar quão perto de nós Ele
deixou a Sua salvação? É um memorial tão simples, como o pode ser uma refeição
em que participa toda a família. Sim. A Santa Ceia. Quantos
já ouviram falar da Santa Ceia? Quantos já participaram? Atenção a este
ponto, todos devemos participar na Ceia!
Quando os
discípulos estavam reunidos no cenáculo em Jerusalém para celebrar a Páscoa, Jesus
sabia que os Seus inimigos se aproximavam para O prender. Aproximava-se a hora
em que Ele
iria começar as Suas dores. A traição feita por
Judas, a separação dos Seus discípulos. A prisão. A condenação à morte. Seria
crucificado. Tudo isso seria uma terrível provação para os discípulos.
Como poderia
Jesus assegurar a esses homens que Ele estaria sempre com eles em Espírito?
Como poderia Ele ajudá-los a transformar a fé em algo visível, tangível? Como
poderia assegurar-lhes que o grande mistério do Seu sacrifício poderia ser
recebido tão clara e simplesmente como um pedaço de pão... da mão para a boca?
Como?
Levantando-se
diante deles, partiu um pão, distribuindo-o, e dizendo: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, partiu-o e o deu
aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. Então Ele, tomou o
cálice, e, tendo dado graças, deu-o aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos.
Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados.” Mateus
26:26-28
Esta é a Santa
Ceia, esta é a maneira de Cristo dizer aos Seus seguidores: Ainda estou
convosco; estou bem perto, tão perto como o pão e a bebida na vossa mesa.
Lucas escreve
que, no cenáculo, Jesus disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim.” Lucas 22:19. O apóstolo Paulo escreve a mesma coisa em primeira aos
Coríntios, citando as palavras do Salvador: “Fazei
isto todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” I Coríntios 11:25
O serviço da
comunhão é um modo de nos lembrarmos de Cristo, de fazer um memorial do Seu
sacrifício, ou como diz o Apóstolo Paulo: "Proclamar
a morte do Senhor até que Ele volte.” I
Coríntios 11:26. De que nos lembramos quando levamos o pão e o cálice até
aos nossos lábios? Lembramo-nos quão próxima e real a salvação se tornou para
cada um de nós que é chamado a participar desta cerimónia.
Jesus traz o Seu
sacrifício diante de nossos olhos; Ele o coloca nas nossas mãos por assim
dizer. A que distância? Lembre-se das palavras de Paulo: “Está tão próxima quanto a palavra da fé em nossos lábios, tão próxima
quanto a resposta da fé em nosso coração.” Romanos 10:8,9
Pessoas têm
percorrido distâncias em busca do que crêem ser o cálice sagrado. Elas fizeram
longas viagens para ver e talvez tocar nessa grande relíquia. Milhares de pessoas
morreram, ou perderam-se por esses longos caminhos durante o período das
cruzadas. De certo modo, a busca do cálice sagrado é uma das maiores ironias da
história: as pessoas procuram nos confins da Terra o que Jesus colocou na Santa
Ceia ao nosso alcance, ao alcance da nossa mão, ao alcance da nossa fé.
Porque
este é o assunto mais importante desta série de temas. Este é o tema capital.
Querido amigo faz parte dos princípios eternos honrar o pai e a mãe, ninguém
pode alterar este mandamento, Deus escreveu no monte Sinai na pedra com o Seu
próprio dedo. Da mesma maneira que não se devem adorar imagens, nem sequer
prestar-lhes homenagem, isto é inclinar-se diante delas. Eu sei que todos
quantos me ouvem, aceitam isto porque é a verdade, está na Bíblia. Aceitam o
Sábado porque é o dia do Senhor e também foi escrito pelo dedo de Deus.
Observam o Sábado porque Jesus também o observou: “Chegando
a Nazaré, onde fora criado, entrou, num dia de Sábado, na sinagoga, segundo o
seu costume, e levantou-se para ler.” Lucas
4:16
Muitas
pessoas dizem-me:
“Observo
o Sábado porque as mulheres que foram discípulas de Jesus observaram o Sábado.”
Normalmente pergunto:
–
Mas como sabem que as santas mulheres observavam o Sábado, mesmo que elas o
observassem, deixaram de guardar o Sábado depois da morte de Jesus…
Devo dizer que nunca me deixam terminar a frase para acrescentarem:
–
Pode estar certo que até a Virgem Maria observou o Sábado depois da morte de
Jesus! Aqui, não me calo e pergunto:
–
Como sabem?
Abrem
a Bíblia e lêem uma passagem muito clara. Vou ler essa passagem convosco: “Então tirou o corpo (Jesus) da cruz,
envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro cavado numa rocha, onde ninguém
ainda havia sido sepultado. Era o dia da preparação, e ia começar o Sábado. As mulheres que tinham vindo com Ele da
Galileia, seguiram a José e viram o sepulcro, e como o corpo fora ali
depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e unguentos. E no Sábado
repousaram, conforme o
mandamento. No primeiro dia da semana bem cedo (Domingo), elas foram ao
sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.” Lucas 23:53-56; 24:1
Perante
estas passagens, confesso que não tenho argumentos, e é por essa razão que
guardo o dia Santo de Sábado. Mas pergunto:
–
E tomam a santa ceia?
Muitas
pessoas dizem que sim. Tenho encontrado pessoas que me dizem com toda a
sinceridade:
– Não sabia que era necessário. Vou à missa, tomo a
hóstia, mas não participo do vinho. Do vinho só o sacerdote é que toma parte –
respondem-me. As pessoas estão prontas a fazer tudo para se salvarem: mas o
mais importante que é tomar parte do pão e do vinho, não o fazem!
Nunca
esquecerei o que o padre Duílio Darpino
me disse: “Um dos meus maiores problemas era
justamente esse, saber que todos os filhos de Deus deveriam participar do pão e
do vinho e isto estar-lhes vedado. E acrescentava: o povo não podia tocar no
cálice.”
Querido amigo,
querida amiga, solenemente vos pergunto: Já aceitou Jesus como Salvador? O
sangue de Jesus lavou-vos dos vossos pecados? Participa da Ceia do Senhor?
Então encontrou o Cálice, encontrou a vida como Simão, o homem do caminho!
Simão
tomou aquela cruz,
levou-a com prazer. Eu quero no dia da volta de Jesus conhecer Simão:
pessoalmente quero agradecer-lhe porque ajudou Jesus, porque foi um homem com
um coração sensível e nos gemidos de Jesus percebeu a voz de Deus. Simão
percebeu que a coroa que Jesus usou na cruz era a coroa da salvação. Era a
minha coroa. Enquanto a Débora canta,
pense se aquela coroa estava destinada a si!
José Carlos
Costa, pastor
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