segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A NOSSA PAZ

Boa noite a todos.

PRECE: Senhor Deus, nós nos chegamos a Ti, nosso compassivo Redentor; rogamos-Te, por amor de Cristo, por amor do Teu próprio Filho. Nosso Pai, que manifestes o Teu poder entre os que se achegam a Ti. Precisamos de sabedoria; precisamos da verdade; precisamos que o Espírito Santo esteja connosco, esta noite e sempre. Por Jesus. Amém.

Esta noite, desejo falar de um outro personagem que encontrou Jesus! Se ele não tivesse nome, chamar-lhe-ia: O homem da beira do caminho. Mas ele tem nome. É aquele género de pessoa muito trabalhadora, muito cuidadosa da sua família, não perde tempo com os boatos. Trabalha no campo. Cultiva o necessário para que não falte nada em casa. Não procura novidades, mas às vezes as novida­des vão ter com ele. Foi o que se passou com o homem à beira do caminho, o homem que fez o que a multidão não fez.

Este é um homem diferente de todos os que encontramos a falar com Jesus. Ele não procurou Jesus, nem Jesus o procurou a ele, mas encontraram-se. Antes de dizer o nome desta pessoa, vamos ver o que o levou ao encontro de Jesus e vice-versa!

Uma grande multidão seguiu Jesus do tribunal até ao Calvário. A notícia da Sua condenação e morte iminente espalhou-se por toda a Jerusalém e todas as cidades. Gente de todas as classes e de todas as categorias afluíam ao lugar da crucifixão.

Há muito tempo que a cruz lançava a sua sombra por onde Jesus passava. Podemos dizer que a sombra da cruz era a própria sombra de Jesus.

Jerusalém está cheia de peregrinos que vêm de Israel e de todas as terras onde habitavam judeus. Há um ruído no ar, alguns cantam os salmos, outros oram em voz alta, outros conversam nervosos, mas naquela sexta-feira, havia uma nuvem escura no ar, um ambiente estranho, pesado!

Jesus conhecia a confusão desordenada das paixões, de preconceitos e de intrigas que já estavam a ser tecidas pelos Seus inimigos. Ele tinha caminhado entre desafios e curas, entre as acusações ao semear a bondade, os extremos tinham tocado permanentemente Jesus. Uma noite não tinha onde reclinar a cabeça e num dia quise­ram aclamá-Lo rei.

Jesus tinha ensinado durante três anos e meio as doutrinas que levam ao Céu e estas estavam em contraste com as doutrinas erra­das ensinadas pelos dirigentes religiosos de Israel. Pecadores tinham aceite os Seus ensinos. Olhos tinham-se aberto para o plano da salvação. Ouvidos dos surdos ouviam agora a melodia do Céu. A luz clara da verdade tinha iluminado mentes cheias de preconceitos. Os tristes e aflitos tinham descoberto o riso. O poder da morte tinha sido desafiado. Lázaro, morto durante quatro dias, tinha sido res­suscitado pelo Senhor da vida. Todos sabiam que Lázaro o irmão de Marta e Maria, vivia, trabalhava e desfrutava da vida a curta distância de Jerusalém.

Por essas coisas, os chefes políticos, os principais sacerdotes e escri­bas, não podiam perdoar a Jesus. A Sua existência, por si só, era uma crítica que eles não podiam suportar. A presença de Jesus em Jerusalém era a sua oportunidade de O matarem.

Estas pessoas tinham a mente obscurecida por Satanás, não viam que estavam a caminhar ao ritmo de todas as profecias bíblicas, centenas de profecias escritas centenas de anos antes. Eles tinham-­­
-nas lido tantas vezes, tantas vezes explicado. Agora estavam cegos! A mente deles possuída pelo sentimento do orgulho tinha-se fechado ao poder do Espírito Santo.

Jesus estava em Jerusalém, sabia das intenções que se congemina­vam contra Ele, mas sabia que era o Cordeiro Pascal, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29. Ele tinha vindo para Se oferecer como sacrifício voluntário, não porque fosse obrigado, mas estava ali por vontade própria.

Jesus, que não tinha pecado, tinha revelado o Santo carácter de Deus, na obediência perfeita à quebrada Lei de Deus, essa Lei tão imutável como é imutável o carácter de Deus. Jesus está pronto como o obediente salvador a ser o nosso substituto, levar sobre Si os pecados de todo o mundo, para que, quando O aceitarmos como nosso Salvador pessoal, possamos receber o dom da Sua perfeita justiça e ser salvos: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” II Coríntios 5:21

Jesus foi condenado, para que a justificação, a inocência possa ser nossa. A agonia foi de Jesus, para que a Vitória pudesse ser nossa. O sofrimento foi de Jesus, para que a cura pudesse ser nossa. A maldição foi posta sobre Jesus, para que a bênção possa ser posta sobre nós. A morte foi d’Ele, para que a vida que foi comprada pudesse ser minha.

Por isso Jesus deixou-Se prender, ser julgado, condenado e aceitou levar a cruz. Mas tudo foi tão rápido que não houve tempo de preparar uma cruz para Ele. À Sua medida. A cruz que Lhe colocaram às costas foi a do criminoso absolvido à última da hora. A cruz de Barrabás, do pecador, do criminoso, do mentiroso, do transgressor, foi a cruz de Barrabás que colocaram sobre os ombros de Jesus.

Eu não sei, mas tudo me leva a supor que Barrabás era um homem de grande estatura, rude, todas as suas acções centravam-se na força e na violência. A cruz era um castigo, não só porque seria o instrumento da crucifixão, mas era um castigo pelo peso do madeiro. Era preciso cair, transpirar, deveria ser um espectáculo de vingança aos olhos de todos os que tinham sofrido por causa daquele criminoso. Esta era a cruz do último instante, destinada à pessoa errada!

Dois companheiros de Barrabás iriam morrer ao mesmo tempo que Jesus e sobre eles também puseram cruzes. A carga do Salvador era demasiado pesada tanto pelo peso da cruz, como pelo estado de fraqueza e sofrimento em que Se encontrava. Desde a ceia pascal com os discípulos, Ele não tinha voltado a comer ou a beber. Angustiara-Se no jardim do Getsémani em conflito com as forças satânicas. Suportara a agonia da traição, Judas tinha-O vendido, Pedro tinha-O traído, os outros discípulos abandonaram-nO e fugiram.

Durante o processo de julgamento e condenação Jesus foi insultado, duas vezes torturado com o chicote. Toda aquela noite fora uma sucessão de cenas de molde a provar até ao máximo a alma de qualquer ser humano. Jesus não fracassou. Não proferiu palavra alguma que não visasse a glória de Deus. Mas quando, depois de ter sido açoitado pela segunda vez, a cruz Lhe foi posta sobre os ombros, a natureza humana de Cristo não pôde suportar mais. Caiu desmai­a­do sob a carga!

A multidão que seguia o Salvador viu os Seus passos fracos e vaci­lantes, mas nem todos manifestaram compaixão. Alguns apuparam-nO e injuriaram-nO por não ser capaz de levar a pesada cruz. De novo a carga Lhe foi posta em cima e outra vez caiu desmaiado por terra. Os perseguidores viram que Jesus não tinha forças para subir aquele Monte com o peso da Cruz!

Era impossível encontrar alguém que voluntariamente quisesse levar a cruz. A cruz era sinal de maldição e contaminação. Especialmente naquela altura, celebrava-se a Páscoa.

À beira do caminho está um homem, o homem da beira do caminho, um homem que veio do campo, ele não está ali para escarnecer, está ali porque ouviu os gritos. Aproximou-se do caminho, parece nem ver a multidão mas ouve esta gritaria: “Abri caminho para o Rei dos judeus!” fica espantado com a cena, os seus olhos só vêem Aquele que leva a cruz, vê o Seu rosto, ouve os Seus gemidos que lhe entram na alma e sem hesitação, sem reparar no ambiente à sua volta, aproxima-se do Condenado.

Há muitas mulheres na multidão que seguem, vão ali, choram, mas que podem fazer? São mulheres! Algumas já O tinham visto antes. Outras levaram-Lhe doentes e sofredores. Outras tinham sido cura­das por Jesus. Entre elas falam do bem que Jesus tinha feito. Admi­ram-se com o ódio da multidão. O homem da beira do caminho ouve as mulheres, e comove-se ainda mais!

E apesar da acção da multidão enfurecida, e das coléricas palavras dos sacerdotes que gritam e excitam a multidão, estas mulheres exprimem a sua admiração. Quando Jesus cai desfalecido sob a cruz, elas irrompem num choro angustiante.

O homem da beira do caminho, sabe que muitas daquelas mulheres, não têm grande reputação. Mas vê Jesus olhá-las com terna simpatia. Vê e ouve Jesus que não despreza a compaixão delas e ouve Jesus dizer estas palavras: “Filhas de Jerusalém, disse Ele, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas, e pelos vossos filhos.” Lucas 23:28


O homem da beira do caminho começa a caminhar ao lado de Jesus, Jesus tropeça e cai, não tem forças para se levantar. O homem coloca uma mão sobre a cruz, olha ao derredor como num apelo por clemência. De repente sente-se agarrado por mãos violentas e é colocado sobre a Cruz!

Este homem chamava-se Simão o cireneu, ouvira falar de Jesus. Os seus filhos Alexandre e Rufos criam n’Ele, mas ele próprio não era discípulo. Levar a cruz ao Calvário foi para ele uma bênção e, enquanto a transportava sentiu a atmosfera do Céu, sentiu anjos ao redor, sentiu uma força que não podia explicar, sentiu uma paz e gratidão por levar a cruz. E de repente levava a cruz de Cristo, não só porque lha tinham colocado sobre os ombros, mas porque ele próprio queria, sentia uma alegria imensa sob o seu peso!

Querido amigo, O que é a cruz para si? É só um crucifixo de madeira pendurado na parede, uma medalha pendurada ao pescoço? Ou gostaria de estar no lugar de Simão, ser o homem da beira do caminho?

 

Simão levou a cruz até ao Calvário e Jesus caminhava ao lado dele empurrado pelos soldados e pelo povo. Quando chegaram ao alto da montanha, crucificaram Jesus. Simão ficou ali e viu tudo. Viu o imaculado Filho de Deus que pendia da cruz, viu a carne lacerada pelos açoites, aquelas mãos tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas nas barras de madeira; aqueles pés tão incansáveis ao serviço do amor, cravados no madeiro; viu a cabeça ferida pela coroa de espinhos; viu aqueles lábios trémulos expressarem palavras num grito de dor.

 

Viu Jesus ser crucificado de braços abertos, sobre a cruz, viu o san­gue a escorrer. Viu e ouviu tudo, o sangue que jorra da cabeça, das mãos, dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, a indizível angústia que Lhe encheu a alma quando a face do Pai se escondeu – tudo falava de amor e Simão o pai de Alexandre e Rufos, creu, creu que era por ele e por toda a família humana que o Filho de Deus estava pendurado naquela cruz.

 

Querido amigo foi por si que o Filho de Deus consentiu em morrer na cruz. Mas muito mais do que isso consentiu em levar o fardo do pecado. O seu pecado e o meu! E é graças à Sua morte e por levar o meu pecado para o túmulo que a porta do Paraíso se pode abrir para si e para mim no dia do Juízo final!

 

De repente Simão viu a escuridão erguer-se por sobre a cruz, e em tons claros, como de trombeta, tons que pareciam ressoar por toda a criação, Jesus gritar: “Eli, Eli, lama sabactâni. Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?... Nesse instante o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo. Tremeu a terra, e fenderam-se as rochas. Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressurgiram.” Mateus 27:46,51-52. Uma luz envolveu a cruz, e o rosto do Salvador brilhou com uma glória semelhante à do Sol. Baixou então a Sua cabeça sobre o peito e expirou.

 

A Terra nunca testemunhara antes uma cena assim. A multidão ficou paralisada e, com a respiração suspensa, fitava o Salvador. A escuri­dão voltou novamente a cobrir a Terra, e um ruído surdo, como de um forte trovão, fez-se ouvir. Houve um violento terramoto. As pes­soas foram atiradas umas sobre as outras, amontoadas. Esta­beleceu-se a mais completa desordem e angústia. Nas monta­nhas vizinhas, os rochedos partiram-se ao meio, rolando com estron­do para as planí­cies.

Quando saiu dos lábios de Cristo a frase: “Está consumado”, os sacerdotes oficiavam no templo. Era a hora do sacrifício da tarde. O cordeiro, que representava Jesus, fora levado para ser morto. Vestido com a bela roupa própria para o acto, o sacerdote estava com o cutelo erguido, como fizera Abraão quando estava prestes a imolar o seu filho. Com intenso interesse Simão comove-se!

A Terra continua a tremer e a vacilar, como que o próprio Deus se aproximasse e com um ruído de rasgão rompe de alto a baixo o véu do Templo, o véu que separa o lugar santo do lugar santíssimo. Já não é preciso oferecer mais cordeiros no Templo porque o Cordeiro puro foi oferecido, o sacrifício por excelência foi oferecido para todo o sempre e em todo o lugar o sacrifício pela raça humana.

O sacerdote que está no templo, pronto a imolar o cordeiro deixa cair a faca, e o cordeiro escapa. O tipo encontra o antítipo na morte do Filho de Deus. Consumara-se o sacrifício. Acha-se aberto o caminho para o lugar santíssimo. Um novo e vivo caminho está preparado para todos. A humanidade pecadora e aflita já não necessita de um sumo sacerdote humano, não precisa de intercessores, a não ser de Jesus!

O Filho de Deus veio, segundo a Sua palavra: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade. “Pelo Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efectuado uma eterna redenção.” He­breus 9:12

E mais adiante dirá o apóstolo do Senhor: “Nessa vontade é que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez por todas.” Hebreus 10:10


O sangue de Jesus tem poder! Simão viu tudo e aceitou. Milhões de crianças em todo o mundo e em todos os tempos ouviram falar deste homem, Simão. Até os reis mais famosos ouviram falar dele e procu­raram um objecto que segundo a lenda esteve na sua posse. O rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda procuraram o cálice sagrado. Esta é uma lenda que realmente tem atraído milhões de pessoas em todo o mundo. Um dos filmes mais famosos dos anos 80, “Indiana Jones e a Última Cruzada”, mostram o herói que procura esse cálice sagrado.
 
O que é ou era afinal, esse cálice sagrado? De que modo está ligado à vida de Cristo? O cálice alguma vez realizou milagres? Será que algum dia será encontrado?

 

Cavaleiros vestidos de armaduras, como Sir Percival e Sir Calahad, partiram para encontrá-lo, ou morreram na tentativa de o encontrar. Durante as cruzadas, um soldado de Génova chamado Guglielmo afirmou tê-lo descoberto em Cesaréia.


 


Não foi há muito tempo, Indiana Jones, o extraordinário arqueólogo dos filmes de Steven Spielberg, lutou para entrar numa caverna misteriosa e escolher o verdadeiro cálice entre uma quantidade de imitações. O cálice sagrado... possui uma mística incrível, uma incrí­vel força de atracção através dos tempos. O que é exactamente esse cálice supostamente milagroso? Existe alguma verdade por trás de todas estas lendas?


 

Tradicionalmente, fala-se ter sido o cálice que Cristo usou na Santa Ceia quando disse: “Bebei, este é Meu san­gue". No Novo Testamento não existe nenhum registo cristão primitivo descrevendo este cálice ou dizendo alguma coisa sobre o que lhe teria acontecido. Mas a partir daqui famosas histórias têm sido contadas e passadas através dos séculos.


 

O Novo Testamento fala muitas vezes sobre o sangue de Cristo, o seu significado e poder. Pessoas piedosas ansiaram ter algum contacto físico com esse sangue sagrado. O primeiro elo na lenda do cálice sagrado é Simão o cireneu. Outros dizem que foi José de Arimateia, aquele que cedeu o sepulcro onde Jesus foi sepultado, que possuía o cálice.


 


O que a lenda conta é que o possuidor do vaso ou cálice sagrado, foi preso, e depois, miraculosamente liberto. Mais tarde, viajou para o Ocidente com o seu precioso cálice, chegou a Inglaterra e morreu em Glastonbury.


 

Para alguns, o vaso sagrado não é o cálice usado na Santa Ceia, mas uma terrina na qual Simão recolheu o sangue que Cristo vertia do lado varado pela lança do soldado romano. De qualquer modo, a Abadia de Glastonbury na Inglaterra incentivou durante séculos a len­da e tornou-se o centro de um culto ao cálice sagrado.


 


Glastonbury na Inglaterra, e outros lugares reivindicam o vaso sagra­do. Há quem diga que está escondido numa gruta nas montanhas dos Pirinéus em França, onde viveram os Albigences. É claro que não existem provas para apoiar qualquer dessas afirma­ções. Mas a mís­tica do cálice sagrado é tão forte que as pessoas querem acre­ditar; elas anseiam tocar o vaso onde caiu o sangue sagrado e fazem pere­grinações a estes locais.


 


Para compreender o apelo do cálice sagrado, é necessário ver como o Novo Testamento fala sobre o sangue de Cristo, e como o próprio Salvador apresentou o Seu sacrifício. O sangue realiza algum acto mágico? Existe alguma base no Novo Testamento para o culto ao cálice? Isto pode surpreender algumas pessoas, mas as Escrituras falam do sangue de Cristo realizando maravilhas.


 


O escritor da epístola aos Hebreus escreve que o sangue de Cristo “...Purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo”! Em seguida, o apóstolo João afirma que o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I João 1:9


 


Pedro proclama que o precioso sangue de Cristo pode redimir com­ple­tamente a vida do mais torpe pecador. O apóstolo Paulo escreve que o sangue de Cristo pode aproximar de Deus os que vivem sem esperança. Estes são de facto milagres e maravilhas.


 

O sangue de Cristo é realmente poderoso. Quando os escritores do Novo Testamento falam deste sangue, referem-se à morte sacrificial de Cristo na cruz. Ele tomou os pecados do mundo e morreu em nosso lugar, é isso que eles querem dizer. Nas Escrituras, o sangue é identificado como vida. Assim, quando a Escritura fala do sangue de Cristo derramado por nós, está a dizer-nos que Cristo morreu em nosso lugar. 


 


O sacrifício de Cristo, o sangue de Cristo, de facto, opera maravilhas. A questão é, como entramos em contacto com este poder? Como nos aproximamos e nos apossamos desse poder?


 


É interessante notar que existe uma outra palavra que é usada de um modo bastante similar ao sangue no Novo Testamento. Essa palavra é “fé”. Sabem que muitas das coisas que se diz que o sangue faz, a fé também realiza? A fé forma uma parceria com o sangue. Por exemplo, ao lado da famosa frase, “redimido pelo sangue”, podemos colocar a declaração “Porque pela graça (sangue) sois salvos, por meio da fé...” Efésios 2:8


 

É pela fé que nos aproximamos do sangue de Cristo. É como se através da fé pudéssemos tocar o cálice sagrado. E os escritores do Novo Testamento esforçam-se para mostrar que este contacto com a maravilha do sangue de Cristo é acessível a todos.


 


Meus amigos, como podemos encontrar a salvação, hoje, agora, neste instante? Paulo responde: “A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Romanos 10:8,9


 

A salvação está perto de nós. Tão perto como o nome de Jesus nos nossos lábios, tão perto, a distância que o Senhor pode estar do nosso coração. Longas e difíceis peregrinações não são necessárias. Não temos que viajar para Inglaterra, ou para os Pirinéus, para encontrar o cálice sagrado. A fé está aqui ao nosso alcance. Tão pró­ximo de nós como a mesa está da refeição.


 

Já ouviram, ou leram que Jesus deixou um memorial para nos mostrar quão perto de nós Ele deixou a Sua salvação? É um memorial tão simples, como o pode ser uma refeição em que participa toda a família. Sim. A Santa Ceia. Quantos já ouviram falar da Santa Ceia? Quantos já participaram? Atenção a este ponto, todos devemos parti­cipar na Ceia!


 

Quando os discípulos estavam reunidos no cenáculo em Jerusalém para celebrar a Páscoa, Jesus sabia que os Seus inimigos se aproxi­mavam para O prender. Aproximava-se a hora em que Ele iria começar as Suas dores. A traição feita por Judas, a separação dos Seus discípulos. A prisão. A condenação à morte. Seria crucificado. Tudo isso seria uma terrível provação para os discípulos.


 


Como poderia Jesus assegurar a esses homens que Ele estaria sem­pre com eles em Espírito? Como poderia Ele ajudá-los a transformar a fé em algo visível, tangível? Como poderia assegurar-lhes que o grande mistério do Seu sacrifício poderia ser recebido tão clara e simplesmente como um pedaço de pão... da mão para a boca? Como?


 

Levantando-se diante deles, partiu um pão, distribuindo-o, e dizendo: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. Então Ele, tomou o cálice, e, tendo dado graças, deu-o aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos. Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.” Mateus 26:26-28


 


Esta é a Santa Ceia, esta é a maneira de Cristo dizer aos Seus seguidores: Ainda estou convosco; estou bem perto, tão perto como o pão e a bebida na vossa mesa.


 

Lucas escreve que, no cenáculo, Jesus disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim.” Lucas 22:19. O apóstolo Paulo escreve a mesma coisa em primeira aos Coríntios, citando as palavras do Salvador: “Fazei isto todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” I Coríntios 11:25


 


O serviço da comunhão é um modo de nos lembrarmos de Cristo, de fazer um memorial do Seu sacrifício, ou como diz o Apóstolo Paulo: "Proclamar a morte do Senhor até que Ele volte.” I Coríntios 11:26. De que nos lembramos quando levamos o pão e o cálice até aos nossos lábios? Lembramo-nos quão próxima e real a salvação se tornou para cada um de nós que é chamado a participar desta ceri­mónia.


 


Jesus traz o Seu sacrifício diante de nossos olhos; Ele o coloca nas nossas mãos por assim dizer. A que distância? Lembre-se das pala­vras de Paulo: “Está tão próxima quanto a palavra da fé em nossos lábios, tão próxima quanto a resposta da fé em nosso coração.” Romanos 10:8,9


 

Pessoas têm percorrido distâncias em busca do que crêem ser o cálice sagrado. Elas fizeram longas viagens para ver e talvez tocar nessa grande relíquia. Milhares de pessoas morreram, ou perderam-se por esses longos caminhos durante o período das cruzadas. De certo modo, a busca do cálice sagrado é uma das maiores ironias da história: as pessoas procuram nos confins da Terra o que Jesus colocou na Santa Ceia ao nosso alcance, ao alcance da nossa mão, ao alcance da nossa fé.


 

Porque este é o assunto mais importante desta série de temas. Este é o tema capital. Querido amigo faz parte dos princípios eternos honrar o pai e a mãe, ninguém pode alterar este mandamento, Deus escre­veu no monte Sinai na pedra com o Seu próprio dedo. Da mesma maneira que não se devem adorar imagens, nem sequer prestar-lhes homenagem, isto é inclinar-se diante delas. Eu sei que todos quantos me ouvem, aceitam isto porque é a verdade, está na Bíblia. Aceitam o Sábado porque é o dia do Senhor e também foi escrito pelo dedo de Deus. Observam o Sábado porque Jesus também o observou: “Che­gando a Nazaré, onde fora criado, entrou, num dia de Sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.” Lucas 4:16

 

Muitas pessoas dizem-me:

“Observo o Sábado porque as mulheres que foram discípulas de Jesus observaram o Sábado.” Normalmente pergunto:

– Mas como sabem que as santas mulheres observavam o Sábado, mesmo que elas o observassem, deixaram de guardar o Sábado depois da morte de Jesus…

Devo dizer que nunca me deixam terminar a frase para acres­cen­tarem:

– Pode estar certo que até a Virgem Maria observou o Sábado depois da morte de Jesus! Aqui, não me calo e pergunto:

– Como sabem?

Abrem a Bíblia e lêem uma passagem muito clara. Vou ler essa passagem convosco: “Então tirou o corpo (Jesus) da cruz, envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro cavado numa rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado. Era o dia da preparação, e ia começar o Sábado. As mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, seguiram a José e viram o sepulcro, e como o corpo fora ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e unguentos. E no Sábado repousaram, conforme o mandamento. No primeiro dia da semana bem cedo (Domin­go), elas foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.” Lucas 23:53-56; 24:1

 

Perante estas passagens, confesso que não tenho argumentos, e é por essa razão que guardo o dia Santo de Sábado. Mas pergunto:

– E tomam a santa ceia?

Muitas pessoas dizem que sim. Tenho encontrado pessoas que me dizem com toda a sinceridade:

– Não sabia que era necessário. Vou à missa, tomo a hóstia, mas não participo do vinho. Do vinho só o sacerdote é que toma parte – respondem-me. As pessoas estão prontas a fazer tudo para se salva­rem: mas o mais importante que é tomar parte do pão e do vinho, não o fazem!

 

Nunca esquecerei o que o padre Duílio Darpino me disse: “Um dos meus maiores problemas era justamente esse, saber que todos os filhos de Deus deveriam participar do pão e do vinho e isto estar-lhes vedado. E acrescentava: o povo não podia tocar no cálice.”

 


Querido amigo, querida amiga, solenemente vos pergunto: Já aceitou Jesus como Salvador? O sangue de Jesus lavou-vos dos vossos pecados? Participa da Ceia do Senhor? Então encontrou o Cálice, encon­trou a vida como Simão, o homem do caminho!


  


Simão tomou aquela cruz, levou-a com prazer. Eu quero no dia da volta de Jesus conhecer Simão: pessoalmente quero agradecer-lhe porque ajudou Jesus, porque foi um homem com um coração sensível e nos gemidos de Jesus percebeu a voz de Deus. Simão percebeu que a coroa que Jesus usou na cruz era a coroa da salvação. Era a minha coroa. Enquanto a Débora canta, pense se aquela coroa estava destinada a si!

 
José Carlos Costa, pastor

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