sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DE MORIÁ

I – Introdução:

Nesta semana temos a alegria de estudar sobre o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Talvez a mais significativa história envolvendo o cordeiro seja a que está no capítulo 22 do livro de Gênesis.
Gênesis 22:1-13. (Ler o texto).
A história retrata o velho patriarca Abraão subindo a montanha ao lado de seu filho Isaque.

A subida não era fácil, mas se tornou mais difícil ainda porque Deus havia pedido a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque em holocausto ao Senhor, naquele monte.
O monte Moriá embora não muito íngreme, foi a escalada mais dolorosa da vida de Abraão.

A história bíblica conta como Deus concedera o filho a Abraão mediante uma promessa. Aquele filho era tudo para ele. Era não apenas a alegria de sua velhice, mas também sua esperança para o futuro.
Agora Deus interrompe suas expectativas pedindo o filho da promessa em sacrifício sobre o monte moriá.

I I – Deus Proverá o Cordeiro:

Abraão não contou nem para a esposa e nem para o filho, e nem mesmo para os servos.
Subia ele a montanha, acompanhado do moço em profundo silêncio e contrição. Seu coração gostaria de parar de bater antes de chegar ao topo da colina. Ele não queria ver aquela cena.
Embora confiasse plenamente em Deus, a prova era grande de mais.
Mas Abraão seguiu caminho afora.

Quando chegaram lá em cima, Isaque olhou para o pai e não vendo o cordeiro disse:
“Meu pai, eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Gen. 22:7.
Abraão simplesmente respondeu: “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”. Verso 8.
Quando o pai explicou para o filho que ele, Isaque, era o cordeiro, e que Deus mesmo o havia escolhido, uma sensação muita estranha percorreu a mente e o corpo de Isaque. Porém Isaque também amava e servia ao Senhor e prontamente se dispôs atender à ordem de Deus.
Quando tudo estava completo, e não faltava nada senão a colocação do sacrifício sobre o altar, tremulante Abraão referiu a Isaque tudo o que Deus havia revelado e provavelmente acrescentou a isto sua própria fé na restauração de Isaque. É difícil imaginar os sentimentos que devem ter surgido no pensamento de Isaque: assombro, terror, submissão e finalmente fé e confiança.
Se esta era vontade de Deus, consideraria como uma honra entregar sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos, facilmente poderia ter resistido. Em vez de fazê-lo, animou a seu pai nos momentos finais anteriores à culminação.
O fato de Isaque entender e compartilhar a fé de seu pai foi o nobre resultado da cuidadosa educação que havia recebido através de sua infância e juventude.
Assim Isaque se converteu em um símbolo adequado do Filho de Deus, que se submeteu á vontade de seu Pai (Mateus 26: 39). Em ambos os casos, o Pai entregou seu único filho.

É possível até que Isaque ajudou a Abraão facilitando para que o pai o amarrasse.
Agonia e dor se misturavam no coração de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar o filho.
Porém, quando o braço descia para imolar o menino, o anjo do Senhor segurou o braço do cansado patriarca e a Voz de Deus pronunciou a sentença: não faças mal ao menino porque agora sei que temes a Deus.

I I I – Um Cordeiro no Lugar de Isaque:

Abraão enxugou as lágrimas, respirou fundo e agradeceu a Deus.
Olhou para um lado e lá entre os arbustos, preso pelos chifres, estava o cordeiro que Deus havia preparado.
Gênesis 22:13 “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um cordeiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o cordeiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho”.

Aquele cordeiro morreu no lugar de Isaque.
Como um símbolo do perfeito cordeiro de Deus, Isaque não ofereceu resistência nem expressou nenhuma queixa.
O Patriarca havia demonstrado amplamente sua fé e obediência e havia satisfeito plenamente os requisitos de seu Deus. Jeová não desejava a morte de Isaque. Na realidade, não tinha interesse em nenhuma oferenda que implicasse um sacrifício cerimonial como tal.

Ao descobrir o carneiro e aceitar sua presença como um sinal adicional da providência de Deus, Abraão não necessitou esperar instruções de Deus no que diz respeito ao que teria que fazer com ele. Ali estava o cordeiro que Abraão havia dito que Deus proveria. Não foi em vão que trouxeram a lenha o fogo e o cutelo, nem se havia erigido o altar inutilmente.

I V – Um Cordeiro Simbolizando Jesus:

Ao Abraão proferir as palavras: “Deus proverá para Si um cordeiro”, ele nem imaginava a profecia que estava fazendo.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: O Cordeiro de Deus. Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto? O pai apenas respondera: Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo daquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: “Como um cordeiro foi levado ao matadouro. O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.” (Isa. 53:7 e 6).

V – Nenhum Cordeiro para Substituir Jesus:

Embora Isaque seja um símbolo de Cristo, devemos entender que os símbolos não são perfeitos. É verdade que Isaque não ofereceu resistência alguma. Assim como Jesus foi para o sacrifício sem abrir a sua boca.

Mas vejamos algumas diferenças.
Na hora do sacrifício, Isaque via seu pai Abraão. Jesus o cordeiro de Deus não percebia a presença do Pai, por isso exclamou: “porque me desamparaste?”
Isaque subiu a montanha, acompanhado do pai. Jesus foi conduzido por aqueles que o odiavam.

Talvez a maior diferença seja a que vou dizer a seguir.
No caso de Isaque o anjo do Senhor segurou a mão de Abraão e a voz de Deus se fez ouvir. Com Jesus nenhum anjo para segurar as mãos assassinas, nenhuma palavra de Deus.
Todo o sofrimento de Jesus foi por mim e por você. Ele sofreu e morreu por nós. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

V I – Conclusão:

Louvado seja Deus porque Jesus morreu em meu lugar. Jesus morreu em seu lugar amigo. Em nosso lugar.
Nenhuma mão segurou o braço do carrasco, nenhuma voz foi ouvida no céu. É que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Pensar no sacrifício de Jesus é pensar não apenas num dos momentos mais tristes da história do Universo, mas é pensar também no amor de um Deus que não poupou Seu próprio filho por amor de nós.
Quanto você pensa que vale?
Qual é o valor de uma pessoa?

Neste mundo corrompido pelo pecado algumas pessoas aparentemente valem muito mais do que outras.
As modelos famosas valem muito, os artistas valem muito também.
Os ricos valem bastante em comparação com os pobres e assim por diante.
Mas diante de Deus, todos somos iguais e cada um de nós tem um valor que não pode ser medido pelo dinheiro, pela fama, pelo sucesso ou por qualquer ou meio de medir.
O nosso valor é o preço do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário.
E Jesus teria dado sua vida por apenas uma pessoa.
Esse é o seu valor, esse é o meu valor.
Lembre-se que aquele cordeiro que morreu no lugar de Isaque simbolizava Jesus e que Jesus morreu para que você e eu vivamos para todo o sempre.

O CORDEIRO DE DEUS NO ÊXODO

I – Introdução:
Nesta semana especial nosso tema geral é “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Escolhemos assuntos que mostram que cada cordeiro sacrificado apontava para Jesus o Cordeiro de Deus.
Hoje abordaremos o cordeiro do Êxodo. Vejamos o que diz a Palavra de Deus.
Êxodo 12:7-13. (Ler o texto).

O capítulo doze do livro de Êxodo narra a história da saída do povo de Israel do Egito, na noite em que Deus destruiu os primogênitos dos egípcios, tanto de homens como de animais, conforme anunciado no capítulo 11.
Tinha chegado o momento de Deus libertar os hebreus, cujo sofrimento já durava 400 anos. Quando a escura nuvem do julgamento começou a baixar para a temerosa praga final, Deus instruiu os hebreus a matar um cordeiro para cada família e a comê-lo com pressa, juntamente com pães asmos e ervas amargas, antes da praga final, Deus libertaria o povo da escravidão e os guiaria para a liberdade.

Alguns escritores do Novo Testamento viam a Jesus como o Cordeiro de Deus cujo sangue nos salva. Ao nos achegarmos a Cristo com fé, com as ervas amargas do arrependimento sincero, confiando no sacrifício de Cristo no Calvário, Deus nos liberta da escravidão do pecado e nos conduz a uma gloriosa resposta à salvação oferecida por Deus.
Depois de realizar vários milagres, Deus tirou seu povo do Egito com mão poderosa.
Das dez pragas que foram enviadas por Deus sobre o reino, a pior talvez tenha sido a da morte dos primogênitos. Em toda casa havia dor porque alguém estava morto.
Porém, nas casas dos filhos do povo de Deus, a morte não chegou.

I I – Salvos pelo sangue do cordeiro:

Porque a morte não atingiu as famílias dos israelitas?
Simplesmente porque atenderam a orientação de Deus.
Creram no sangue do cordeiro.
O sangue do cordeiro deveria ser passado nas vergas das portas e assim o anjo destruidor não entraria na casa para destruir o primogênito. (Versos 22-23)

Aquele sangue de cordeiro em si mesmo não tinha o poder de evitar a morte, mas poupava o primogênito porque a família cria no sangue do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Aquele sangue representava o sangue de Cristo.
Em todas as eras da história da humanidade, a salvação tem sua base na fé que temos em Jesus o Cordeiro de Deus.
Pense numa família cujos pais não possuíam viva fé no sacrifício de Jesus. Imagine o primogênito da família perguntando ao pai se já havia passado do sangue na porta.
Que agonia para o menino ao se aproximar a meia noite.
Naquela noite de castigo, não havia segurança em nenhuma outra parte a não ser detrás da porta manchada com sangue. Assim como para os hebreus não havia certeza de segurança mais além da proteção do sangue do cordeiro, assim tampouco para o cristão hoje há outra salvação fora do sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (João 1: 36; Atos 4:12).

Finalmente os egípcios permitiram que o povo de Deus saísse.
Um dia você e eu vamos pela graça de Deus deixar este mundo.
E somente pelo sangue do cordeiro.
Como o sangue espargido nos umbrais da porta salvou o primogênito de Israel, assim o sangue de Cristo tem poder de salvar todos aqueles que aceitam Seu sacrifício.

I I I – O Cordeiro sem defeito:

Deus orientou aos filhos de Israel que sacrificassem um cordeiro. Deveria ser sem defeito, sem mancha.
A ausência de defeitos ou manchas não só correspondia com o sagrado propósito ao qual se dedicavam os animais senão também que era um símbolo da integridade moral daquele representado pelo sacrifício. A ausência de defeito era especialmente importante na vítima, que tinha como fim representar a Cristo.
Tinham também que comer o cordeiro.

Imagine você se aquele cordeiro que teria que ser morto e deveria ser sem defeito, fosse o animal de estimação da família.
Eles não tinham outra opção, e ao matarem o animal, além de passar seu sangue nos umbrais da porta, teriam ainda que comer sua carne. Que dor! Que tristeza!
Se não comerdes a carne e não beberdes o sangue, não tendes vida. João 6:53.
Na orientação de Deus, não bastava apenas passar o sangue na porta. Deveriam também comer o cordeiro.
O cordeiro assado devia ser comido com pães sem levedura, pois a levedura produz fermentação, um símbolo natural de impureza e corrupção moral. Por esta razão a levedura também estava excluída como contaminadora nas cerimônias em que se usavam cereais.O apóstolo Paulo entendia plenamente isto, pois ele disse lançai fora o velho fermento porque Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. (I Cor. 5:7, 8).

Quando Deus estava prestes a exterminar os primogênitos do Egito, Ele ordenou aos israelitas que recolhessem os seus filhos espalhados entre os egípcios e os reunissem em suas próprias casas e assinalassem com sangue os umbrais de suas portas, para que o anjo destruidor ao passar visse o sangue e passasse por alto essa casa. Era trabalho dos pais reunir os filhos. Este é seu trabalho, é meu trabalho, é o trabalho de cada pai, de cada mãe que crê na verdade. O anjo deve pôr um sinal na testa de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, e o anjo destruidor virá a seguir, para exterminar por completo tanto velhos como jovens.
Assim a lei para apresentação do primogênito se tornava particularmente significativa. Ao mesmo tempo em que era uma comemoração da maravilhosa libertação dos filhos de Israel, prefigurava um livramento maior, a ser operado pelo unigênito Filho de Deus.

I V – A Função do Pai:

Jesus é o “cordeiro para cada família” e a vontade de Deus é que nós, e aqueles que estão ao nosso lado alcancemos a salvação.
O pai devia atuar como sacerdote da família, e se o pai fosse falecido, o filho mais velho devia realizar o solene ato de aspergir os umbrais da porta com o sangue. Este é um símbolo da obra a ser feita em toda família. Devem os pais reunir os filhos no lar e apresentar Cristo diante deles como sua Páscoa. O pai deve dedicar todo membro da família a Deus e fazer a obra que é representada pela festa da Páscoa. É perigoso depor este solene encargo nas mãos de outros.

Decidam os pais cristãos que serão leais a Deus, e disponham-se a reunir os filhos no lar consigo e assinalem os umbrais com sangue, representando a Cristo como o único que pode proteger e salvar, a fim de que o anjo destruidor passe por alto o feliz círculo da família. Que o mundo veja que uma influência mais que humana está em operação no lar. Mantenham os pais vital conexão com Deus, pondo-se do lado de Cristo, e mostrem por Sua graça que grande bem pode ser realizado por meio da ação paterna.

Pais que são fiéis muito podem contribuir para a salvação da família. Este tema ecoa nas palavras de Paulo e Silas ao carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31).

V – Jesus é o Cordeiro:

A páscoa e a festa dos pães asmos, são férteis em ensinos de verdades evangélicas. No Cordeiro morto, foi tomada providência para salvar os primogênitos. A morte do Cordeiro, porém, não bastava para garantir salvação. Era preciso pôr o sangue nos umbrais e na verga da porta. Tem de haver aplicação individual do sacrifício.

O espargir do sangue era tão importante como a morte do Cordeiro. Não obstante, isto não era suficiente. A carne devia ser comida, e isto feito nas devidas condições.
Assim, pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão, e o comereis apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor. Êxodo 12:11. E mesmo isto ainda não bastava. Todo o fermento devia ser tirado. Qualquer que comesse pão levedado, aquela alma seria cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra.

A páscoa é o símbolo da morte de Cristo. Ele é nossa páscoa. Morreu na Cruz por nós. Aí foi tomada providência para que todo o que cumpre as condições da vida seja salvo. Mas a cruz, em si mesma, não salva a ninguém. Unicamente provê salvação. Necessário é que se faça aplicação individual do sangue oferecido. A ordem a Israel era: “Tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lançai na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia”. Êxodo 12:22. A promessa era que, se assim fizessem, então quando o Senhor visse o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passaria aquela porta, e não permitiria ao destruidor entrar para destruir.
É necessário aceitar e crer que somente em Jesus, que foi crucificado, e através de seu sangue, é que obtemos plena salvação.
Porque não existe redenção sem o derramamento de sangue.

V I – Conclusão:

Ao concluirmos o assunto de hoje vamos pensar em Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele já derramou o seu sangue por nós, Ele é a nossa páscoa. Ele é o nosso cordeiro.
Através de Seu sangue escapamos da condenação da morte.
Abramos hoje o nosso coração e aceitemos a Jesus como nosso Salvador pessoal e vivamos com Ele cada dia de nossa vida aqui e depois, quando tudo aqui terminar, vivamos com Ele por toda a eternidade.

O CORDEIRO DE DEUS NO JORDÃO

I – Introdução:

Nesta semana especial estamos falando sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e hoje vamos analisar o Cordeiro do Jordão, aquele que foi apresentado por João Batista.
O texto bíblico está em João 1:29-36. (Ler o texto).

Quando os escribas e fariseus quiseram saber a identidade de João Batista, porque pensavam que ele poderia ser o Messias, João logo declarou: eu não sou o Cristo.
Por outro lado, João Batista foi muito feliz ao apresentar Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
João Batista teve o privilégio de ser o primeiro arauto de Jesus. O precursor daquele de quem deram testemunho todos os profetas da antiguidade, como o verdadeiro sacrifício. Não é de estranhar-se que mais tarde Jesus falara de João como o maior profeta que houve em Israel. (Lucas 7: 28).

Na Bíblia Jesus é apresentado e representado de muitas maneiras.
Quando Jesus desceu o Monte das Oliveiras para alcançar Jerusalém, os líderes religiosos saíram-Lhe ao encontro com temor, esperando dispersar a turba, a grande multidão que O acompanhava. Quando o cortejo estava para chegar à cidade, foi interceptado pelos principais.
Eles perguntaram o por que de tanta festa. E ainda indagaram: quem é este?
Os discípulos tomados de inspiração responderam repetindo as profecias a respeito de Cristo dizendo:
Adão vos dirá: É a semente da mulher que há de esmagar a cabeça da serpente. (Gênesis 3:15)
Perguntai a Abraão, ele vos afirmará: É Melquisedeque, Rei de Salém. (Gênesis 14:18), Rei de Paz.
Dir-vos-á Jacó: É Siló, da tribo de Judá.
Isaías vos declarará: Emanuel (Isaías 7:14), Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6.
Jeremias vos há de afirmar: O Renovo de Davi, o Senhor, Justiça Nossa. Jeremias 23:6.
Afirmar-vos-á Daniel: É o Messias.
Oséias vos dirá: É o Senhor, o Deus dos Exércitos; o Senhor é o Seu memorial. Oséias 12:5.
Exclamará João Batista: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
O grande Jeová proclamou de Seu trono: Este é o Meu Filho amado. Mateus 3:17.
Nós, Seus discípulos, declaramos: Este é Jesus, o Messias, o Príncipe da vida, o Redentor do mundo.
E o príncipe das potestades das trevas O reconhece, dizendo: Bem sei quem és o Santo de Deus. Marcos 1:24.
Ao fazer a afirmação de que Jesus é o Cordeiro de Deus, João estava apenas falando de algo que conhecia profundamente.
João Batista era:
a) Profundo conhecedor da Bíblia.
b) Vivia uma vida de profunda devoção.
a) Estava atento aos sinais dos tempos.
b) Cristo era o centro de sua vida e mensagem.
O que significa a frase, Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Para entender o alcance desta afirmação de João batista temos que compreender a mensagem ensinada pela doutrina do santuário.

I I – Jesus é o Cordeiro de Deus:

Embora nosso tempo seja curto, vamos ver rapidamente o que Deus desejava ensinar com o santuário.
Primeiro Deus estabeleceu o tabernáculo no deserto, quando tirou seu povo da escravidão do Egito.
E nos tempos de Davi foram feitos os preparativos e Salomão seu filho edificou o magnífico templo.

Desde os tempos do Jardim do Éden quando Adão e Eva pecaram, Deus ensinou que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados.
Durante séculos e milênios, cordeiros e mais cordeiros foram sacrificados, prefigurando o dia quando Jesus o filho de Deus seria sacrificado, cumprindo assim a profecia de Gênesis 3:15 que afirma que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Desde Éden até o calvário foram pelo menos quatro mil anos em que os filhos de Deus viveram sob a opressão do pecado e de Satanás.
Quando chegou o tempo determinado por Deus, Jesus apareceu na história da humanidade como ser humano.

Os fiéis servos de Deus acompanharam com expectação a vinda do Messias.
Há um texto que diz que veio para o que era seu e os seus não o receberam, e é verdade porque a nação judaica o rejeitou.
Porém, há também relatos que mostram alguns que o esperavam.
Eu posso citar o caso de Simeão, homem justo diante de Deus, que tomou o menino Jesus nos braços e agradeceu a Deus.
Mas, não foram apenas os seres humanos que ficaram na expectativa.
O Universo inteiro esperou o momento quando nosso Salvador derrotaria Satanás e seu reino na cruz do Calvário.

Para João a declaração de que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é muito mais do que simplesmente uma apresentação formal.
É sim a declaração de que Deus estava agora interagindo com o homem, tornando-se homem para cumprir um propósito que o próprio Deus estabelecera antes da fundação do mundo.
O povo que estava à beira do Jordão não compreendeu completamente a declaração de João.
É possível até que você e eu ainda não tenhamos compreendido plenamente o significado desta afirmação.
E seria bom que entendêssemos porque ela é a base de nossa redenção.
Enquanto não entendermos que Jesus é o enviado de Deus para nos redimir e nos limpar do pecado, não há esperança de salvação para nós.
Porque como seremos nós salvos se não sabemos que o Cordeiro de Deus é nosso Salvador?

I I I – Cordeiro de Deus em cada sacrifício feito:

Voltemos ao tabernáculo e ao santuário.
Diariamente de manhã e de tarde, o sacerdote oficiava no lugar santo, todos os dias do ano, exceto um dia. O chamado dia da expiação que caia no dia dez do sétimo mês.
Durante todo o ano, o sacrifício diário prefigurava o perdão dos pecados e uma vez ao ano, não o sacerdote, mas o sumo sacerdote, entrava no segundo compartimento também conhecido como lugar santíssimo e ali fazia expiação pelos pecados.

A expressão Cordeiro de Deus, quer dizer, o cordeiro proporcionado por Deus. Só João designava assim a Cristo, se bem que Lucas (Atos 8: 32) e Pedro (I Pedro 1: 19) empregam comparações similares (cf. Isa. 53: 7). João, o Batista, apresenta a Jesus como “o Cordeiro de Deus” a João o evangelista (João 1:35-36), e para o discípulo este título deve ter tido um profundo significado. O símbolo - que faz ressaltar a inocência de Jesus e sua perfeição de caráter, e a natureza vicária de seu sacrifício (Isa. 53: 4-6, 11-12; ver com. Êxodo12: 5)- faz recordar o cordeiro pascal do Egito, que simbolizava a libertação do jugo do pecado. “Nossa páscoa, que é Cristo, já foi sacrificada" (I Cor. 5: 7). Mediante a figura de um cordeiro, João identifica o Messias sofredor como aquele em quem se faz real e tem significado o sistema de sacrifícios dos tempos do Antigo Testamento. Na presença Divina e no propósito de Deus, ali estava o “Cordeiro que foi morto desde o princípio do mundo...” (Apocalipse 13: 8).

Só em virtude de que o cordeiro de Deus não tinha pecado (Hebreus 4: 15; I Pedro 2:22) ele podia tirar, isto é: limpar nossos pecados. (I João 3:5). Sendo que a carga de pecados era demasiado pesada para que nós a levássemos, Jesus veio para levantar a carga de nossas vidas destroçadas.

I V – Cordeiro do Jordão:

João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ao ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter batizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: "O Cordeiro de Deus".

Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: "Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto?" O pai respondera: "Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho". Gênesis 22:7 e 8. E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: "Como um cordeiro foi levado ao matadouro", "o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:7 e 6); mas o povo de Israel não compreendera a lição. Muitos deles consideravam as ofertas sacrificais muito semelhantes à maneira por que os gentios olhavam a seus sacrifícios - como dádivas pelas quais tornavam propícia a Divindade. Deus desejava ensinar-lhes que de Seu próprio amor provinha a dádiva que os reconciliava com Ele.

V – Conclusão:

Assim como João Batista fez, devemos nós fazer também: Exaltar a Jesus, clamando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Unicamente Ele pode satisfazer o anseio do coração, e dar paz à alma.
De maneira clara precisam os pastores e mensageiros apresentar a verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente precisa compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Podem, então, conduzir a mente dos ouvintes, das coisas terrestres para as espirituais e eternas.

Muitas pessoas há que querem saber o que fazer para serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis para a conversão e nenhum sermão deve ser feito sem que nele se contenha uma porção especialmente destinada a esclarecer o caminho pelo qual os pecadores podem atingir a Cristo para se salvarem. Devem encaminhá-los a Cristo, como o fez João e, com comovedora simplicidade, estando-lhes o coração a arder, com o amor de Cristo, devem dizer: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Veementes e fervorosos apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e se converta.

Ainda hoje as pessoas precisam ouvir a voz dizendo: Eis o Cordeiro de Deus.
Exaltemos a Jesus, mais e mais, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29. Ao ouvirmos o clamor: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", (Lucas 18:13) encaminhai a alma ao refúgio de um Salvador que perdoa o pecado.
A toda alma penitente, a mensagem é: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.

Jesus Cristo é a sabedoria do Pai e nosso grande Mestre enviado por Deus. Cristo declarou no sexto capítulo de João que Ele é o pão que desceu do Céu. “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e este pão é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo”. João 6:47-51
Digamos aos pecadores: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial”.
Você e eu precisamos daquele Cordeiro apresentado por João Batista. Que o Senhor Jesus seja não apenas o nosso Cordeiro, mas que seja também o nosso Salvador.
A Ele o nosso louvor.

O CORDEIRO DE DEUS NAS PROFECIAS

I – Introdução:

É com alegria que nesta semana estamos falando sobre O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O tema para hoje é: O Cordeiro de Deus nas Profecias.
O maior de todos os romances, ou histórias de amor não é Romeu e Julieta, nem Love Story, nem mesmo E o Vento Tudo Levou, ou o Taj Mahal, ou ainda o Titanic.

A maior história de amor está descrita em João 3:16, onde lemos que “Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigénito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”.
O capítulo oito do livro de Actos conta a história de um eunuco que lia esta grande história de amor no livro do profeta Isaías.

Vejamos o que está escrito em Isaías 53:4-7. (Ler o texto).
Falar de Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, enche nosso coração de emoção, emoção que vem da presença do próprio Deus.
Na quinta-feira à noite, Jesus comeu a Páscoa com os discípulos, isto é: A Santa Ceia.
Logo após, no Jardim do Getsêmani Judas o traidor O entregou.
Ele foi negado por Pedro, julgado injustamente e depois de cuspido batido, ele foi açoitado violentamente.
Não bastasse tudo isto, o coroaram com uma coroa de espinhos, e então o crucificaram entre dois ladrões.

Siga de perto o desenrolar dos acontecimentos daquela noite.
Primeiro Jesus foi traído por Judas, depois negado por Pedro, então julgado, açoitado, cuspido, batido, coroado com espinhos, e finalmente levou a cruz para o Calvário, onde o crucificaram entre dois ladrões. De um lado o ladrão impenitente e de outro lado o ladrão arrependido.
Ele sofreu sozinho, foi abandonado por todos e pensava até, ter sido abandonado pelo próprio Deus, o Pai.
Todos o abandonaram. Mas Ele permaneceu inabalável.

Que emocionante a declaração de Isaías aproximadamente sete séculos antes dizendo que Jesus foi levado como um cordeiro para o matadouro e como ovelha muda ele não abriu a sua boca. Isaías 53:7.

I I – O Servo Sofredor:

Durante toda sua vida Cristo soube o que era ser odiado, desprezado e rejeitado.
Quando tomou sobre si a forma de homem, Jesus assimilou em sua própria carne a dor, a tristeza e os desenganos que o homem conhece. Por meio da humanidade de Jesus, a Divindade experimentou tudo o que o homem havia herdado.
A Jesus tocou a sorte de sofrer todos os maus tratos e as maldades que os homens ímpios e os anjos caídos puderam causar-lhe. E isto culminou com a crucifixão.
Em vez de partilhar a aflição de Cristo, os homens se apartaram dele com amargura e desprezo. Não se apiedaram dele, senão que o reprovaram por sua desdita e sorte. (Mateus 26: 29-31; 27: 39-44). Até seus discípulos o abandonaram e fugiram. (Mateus 26: 56).

Não podemos deixar de destacar a natureza vicária dos sofrimentos e da morte de Cristo. O ato de que sofreria e morreria por nós, e não por causa de si mesmo, é repetido nove vezes nos versos de Isaías 53. Sofreu em nosso lugar. Tomou sobre si a dor, a humilhação e o maltrato que nós merecíamos.
Digno de nota também é o fato de que Jesus não protestou, nem se queixou para defender-se. O silêncio foi a evidência de uma submissão total e incondicional. (ver Mat. 26: 39-44). O que o Messias fez, o fez voluntariamente e com alegria, a fim de que o pecador condenado pudesse ser salvo.
O servo piedoso foi morto como pecador, não como santo.

Deus não se alegrou de que seu servo, o Messias, tivera que sofrer; mas por causa do bem estar eterno dos homens e segurança do universo. Deve entender-se por esta frase que tal foi a vontade de Deus. Unicamente assim teria êxito o plano de salvação. Os sofrimentos de Cristo eram parte do plano eterno.
Por causa do pecado, o homem perdeu sua inocência, a capacidade de amar e obedecer a Deus, seu lar, seu domínio sobre a terra e a própria vida. Cristo veio para restaurar todas estas cosas de forma permanente.
A morte do servo de Deus proporcionou uma expiação aceitável e efectiva do pecado que havia ocasionado a perdição. Esse sacrifício era essencial para e redenção e a restauração do homem.

Tudo o que se perdeu por causa do pecado será restaurado. Cristo se converteu no herdeiro de todas as coisas, e compartilha sua herança com os que resgatou das mãos do inimigo. Eles compartilharão seu triunfo, não como vassalos e nem como escravos, senão como homens e mulheres redimidos pelo sangue de Cristo, e destinados a reinar com Ele para sempre.

I I I – O Cordeiro do Calvário:

O Cordeiro das Profecias é o Cordeiro do Calvário. É Jesus, nosso Redentor.
A Inspiração nos convida a olhar para o Homem do Calvário. Olhai para Aquele cuja cabeça foi coroada com a coroa de espinhos, que suportou a cruz da ignomínia, que desceu passo a passo o caminho da humilhação. Olhai para Aquele que foi um homem de dores e que sabia o que é padecer, que foi desprezado e rejeitado pelos homens.
Devemos olhar para o Calvário até que o nosso coração se enterneça diante do maravilhoso amor do Filho de Deus. Ele não deixou nada por fazer para que o homem caído pudesse ser elevado e purificado. O cordeiro das Profecias levou sobre si a nossa culpa.
Mesmo a maneira de Sua morte foi prefigurada. Como a serpente de bronze foi levantada no deserto, assim devia ser levantado o Redentor por vir, “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
“E se alguém Lhe disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos Meus amigos”. Zacarias 13:6.
“E puseram a Sua sepultura com os ímpios, e com o rico na Sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na Sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar”. Isa. 53:9 e 10.

Mas Aquele que havia de sofrer a morte às mãos de homens vis, devia ressurgir como conquistador sobre o pecado e sobre a sepultura. Sob a inspiração do Todo-poderoso, o suave cantor de Israel tinha testemunha as glórias da manhã da ressurreição. “Também a minha carne, proclamou jubiloso, repousará segura. Pois não deixarás a Minha alma no inferno [a sepultura], nem permitirás que o Teu Santo veja corrupção”. Salmo 16:9 e 10.
Poderia haver detido os passos da morte e recusado ficar sob seu domínio; mas voluntariamente entregou a vida, a fim de poder trazer à luz a vida e a imortalidade. Suportou o pecado do mundo, sofreu-lhe a maldição, entregou a vida em sacrifício, para que o homem não morresse eternamente.

Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele afligido. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes e, portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. Ele é o grande missionário médico. Tomou sobre Si a humanidade e colocou-Se à cabeceira de uma nova dispensação, a fim de que possa reconciliar justiça e compaixão.

Caso queiramos afinal ser salvos, cumpre-nos aprender todos, ao pé da cruz, a lição de penitência e de fé. Cristo sofreu humilhação a fim de salvar-nos da vergonha eterna.
Consentiu em receber escárnios e zombarias e maus tratos, para que nos pudesse proteger. Foi nossa transgressão que Lhe adensou em torno da divina alma o véu da escuridão, e arrancou-Lhe um brado como de pessoa ferida e abandonada por Deus. Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades; e as nossas dores levou sobre Si, por causa de nossos pecados. Fez-Se oferta pelo pecado a fim de que, por meio dEle, pudéssemos ser justificados perante Deus. Tudo quanto é nobre e generoso no homem despertará em correspondência à contemplação de Cristo crucificado.

Foi para nos remir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Tornou-Se um Varão de dores, para que pudéssemos tornar-nos participantes das alegrias eternas. Deus permitiu que Seu Filho amado, cheio de graça e verdade, viesse de um mundo de indescritível glória para outro mareado e corrupto pelo pecado e obscurecido pela sombra da morte e da maldição. Consentiu em que Ele deixasse Seu amoroso seio e a adoração dos anjos, para sofrer a ignomínia, a injúria, a humilhação, o ódio e a morte.
Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito.
Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertence.
Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade

I V – O Cordeiro Vitorioso:

Jesus via sempre diante Si o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o carácter segundo o modelo de Seu próprio carácter, e torná-lo belo com Sua própria glória.

Cristo viu os resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Olhou através da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de receber o perdão e a vida eterna.
Enquanto Jesus pendia no Calvário, todo o Céu atentava com profundo interesse para a cena. O glorioso Redentor de um mundo perdido, sofria a pena da transgressão do homem contra a lei do Pai. Ele estava prestes a redimir Seu povo com o próprio sangue. Estava pagando as justas reivindicações da santa lei de Deus. Era o meio pelo qual se poria, enfim, termo ao pecado e a Satanás, e sua hoste seria vencida.
Será que já houve acaso sofrimento e dor iguais àqueles que foram suportados pelo moribundo Salvador?

Não, realmente não. Foi o senso do desagrado do Pai que Lhe tornou o cálice tão amargo. Não foi o sofrimento físico que pôs tão rápido fim à vida de Cristo na cruz. Foi o peso esmagador dos pecados do mundo, e o senso da ira de Seu Pai. A glória de Seu Pai, Sua mantenedora presença, haviam-nO abandonado, e o desespero fazia sentir sobre Ele o peso esmagador da treva, arrancando-Lhe dos pálidos e trémulos lábios o angustioso grito: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Mateus 27:46.

Jesus unira-Se ao Pai na criação do mundo. Por entre os angustiosos sofrimentos do Filho de Deus, unicamente os homens cegos e iludidos permaneciam insensíveis. Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos ofendiam o querido Filho de Deus em Suas ânsias de morte. Todavia a natureza inanimada geme em simpatia com Seu ensanguentado e moribundo Autor. A Terra treme. O Sol recusa-se a contemplar a cena. O céu se enegrece. Os anjos assistiram à cena de sofrimento até que não mais puderam contemplá-la, e ocultaram o rosto da horrenda visão. Cristo está morrendo! Está como que sem esperança! É retirado o sorriso aprovador do Pai, e aos anjos não é permitido aclarar as sombras da hora terrível. Não podiam senão olhar em assombro a seu amado Comandante, a Majestade do Céu, a sofrer o castigo da transgressão do homem à lei do Pai.
Foi o amor pelos pecadores que levou Cristo a pagar o preço da redenção.
V – Conclusão:

Os frutos do sacrifício de Jesus só serão conhecidos realmente em toda a sua intensidade, quando estivermos na eternidade.
Nesta vida nossa mente não tem capacidade para alcançar plenamente os resultados do grande sacrifício de Jesus por nós na cruz do Calvário.

A única coisa que podemos fazer além de aceitar a salvação provida na cruz, é dizer: Louvado seja o Senhor nosso Deus por tão grande amor.
Pessoalmente cada um deve dizer: Senhor, eu aceito o Cordeiro de Deus nas profecias, o Cordeiro do Calvário e seu sacrifício em meu favor.

O SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS

I – Introdução:

Nesta semana especial estamos estudando sobre Jesus, O Cordeiro de Deus.
Louvado seja Deus que já havia providenciado um meio maravilhoso para nos resgatar do pecado.
O tema de hoje é: O sangue do Cordeiro de Deus.

Já aprendemos que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e que por séculos e milênios os filhos de Deus manifestaram sua fé em Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, oferecendo sacrifícios de animais.
Porém, é necessário compreender também que todos os animais imolados no Antigo Testamento apontavam para Jesus o Cordeiro de Deus.
Vamos ler juntos I Pedro 1:18-21. (Ler o texto).

Em Apocalipse 7 verso 14 está escrito dos que estarão com o Senhor glorificados, que lavaram sujas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro. E esta é uma referência ao sangue de Jesus.
Se fosse possível ser resgatado, isto é: perdoado, sem derramamento de sangue, Jesus não precisaria ter morrido.
Acontece que, segundo a Escritura, sem derramamento de sangue não há remissão de pecados.

I I – Entendendo o Plano de Deus:

Também devemos entender o plano que Deus estabeleceu em Seu relacionamento com o ser humano.
Deus disse ao jovem casal (Adão e Eva) que não comessem do fruto da árvore do bem e do mal para que não morressem. No entanto comeram e ficaram sujeitos à morte.
O que Adão e Eva não sabiam é que Deus havia elaborado um plano para redimir o ser humano.

O plano de Deus envolvia a morte de Jesus Cristo como o nosso libertador e redentor.
Deus cumpriu Seu plano redentor, e o iniciou imediatamente após o pecado ter penetrado no Planeta.
Foi Deus quem procurou Adão e Eva e chamou: “Adão onde estás?” Gênesis 3:8-9.

Foi Deus quem procurou a Adão e Eva. Não foram eles que tomaram a iniciativa. Foi Deus. Foi Deus também que procurou a Elias que se escondera na caverna, foi Deus também que procurou a Pedro junto ao mar.
A salvação é iniciativa de Deus. Deus tomou as providências, Deus provê os meios, Deus completa em nós a Sua obra de salvação conforme Filipenses 1 verso 6.


I I I – Lavados no Sangue do Cordeiro:

Todos os que estarão na eternidade, só estarão lá, porque suas vestiduras foram lavadas no sangue do Cordeiro. As roupas brancas aqui mencionadas não podem ser a justiça de Cristo, pois esta não pode ser lavada e tornada branca no seu próprio sangue. Estas roupas brancas são indicadas como sendo a justiça dos santos, uma justiça comunicada aos homens pelos méritos do sangue de Cristo e pelo poder do Espírito Santo.

Vejam o que diz o próprio Jesus:
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

Jesus viu os resultados de Seu sacrifício e sentiu-se animado a prosseguir. Ele viu os resultados do trabalho de Sua alma, e ficou satisfeito. Olhando para dentro da eternidade, contemplou a felicidade dos que receberam por intermédio de Sua humilhação, perdão e vida eterna. Seus ouvidos perceberam os louvores dos remidos. Ouviu-os entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro.

Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade do Céu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua igreja. Pela fé podemos chegar até o limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa. Ao serem pronunciadas as palavras: “Vinde, benditos de Meu Pai”, (Mateus 25:34), eles lançam suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graça.

Há muitos que pensam que a salvação é só para pessoas idosas, mas isto não é verdade.
O Salvador anela salvar os jovens. Ele Se regozijaria, vendo-os em redor de Seu trono, vestidos nos trajes imaculados de Sua justiça. Ele está esperando para lhes colocar sobre a cabeça a coroa da vida, e ouvir-lhes as vozes felizes unirem-se ao tributarem honra, glória e majestade a Deus e ao Cordeiro, no cântico de vitória que ecoará pelas cortes celestiais.

Aqueles que estão trajados de vestidos brancos, e que rodeiam o trono de Deus, não são compostos daqueles que eram mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, e que preferiram deixar-se levar pela corrente a enfrentar as ondas da oposição. Redimidos, entoarão o cântico do triunfo no reino da glória. Aqueles que com Cristo sofrem serão participantes de Sua glória.

O cântico dos remidos inclui: louvor, glória, sabedoria, ações, honra, poder e força.
I V – Felicidade para os Filhos de Deus:

Jesus comunicará a seus filhos tudo que for necessário para assegurar-lhes, garantir-lhes e aumentar sua felicidade.
Da maneira mais paternal e afetuosa possível Deus enxugará dos olhos dos redimidos toda lágrima - tudo que traga desconforto e dor. Os santos terão uma felicidade imperturbada.
Amigo, esta é a felicidade daqueles que tem os seus pecados lavados. Você já foi lavado? Não descanse até ter a certeza de estar preparado para aparecer perante Deus e o Cordeiro.

Quando todo conforto é retirado de nós, somos obrigados a procurar nossa segurança e plenitude em Deus apenas; e não há nada que busquemos de Deus que não encontremos em Deus.

V – Conclusão:

Os que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro, são chamados bem-aventurados, isto é: felizes. Porque terão o direito de entrar na cidade de Deus pelas portas.
O Texto fala de uma específica aptidão para viver na cidade celestial, para a vida na Nova Terra. Certa qualidade de vida é requerida em contraste com os que terão de ficar de fora. “Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça. Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dEle sejais achados imaculados, irrepreensíveis e em paz.” II Pedro 3:13-14.

Como cristãos, vivendo na Terra agora, isto é particularmente significativo. Agora é nosso tempo de preparo para a vida por vir no Céu e na Nova Terra. Por nossa vida aqui com Jesus, o Cordeiro de Deus, somos capacitados para viver lá. Este é o valor da obediência do homem. A vida, que vivemos agora é de suprema importância. Nosso direito ao reino do céu não se funda em nossa obediência. Este direito foi-nos conquistado por Cristo. Mas a obediência prova que estamos na posse desse direito.

Abra agora o seu coração e aceite os méritos do sangue do Cordeiro de Deus e tenha os pecados perdoados e receba a justiça do Senhor Jesus.

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Cântico ao Cordeiro de Deus

Introdução:

Jesus é o Cordeiro de Deus e por Seu sacrifício, todos os remidos O louvarão.
O Céu vive um clima de música e louvor. Esta é uma das características do Paraíso de Deus. O louvor está sempre presente na ordem do dia.
Embora por toda a eternidade passada, presente e futura, o Céu viva o clima do louvor, haverá um momento especial na história do Universo quando os redimidos vão cantar um cântico de vitória.

Será um hino de louvor ao nosso Deus e ao Cordeiro.
Será o cântico da vitória sobre o pecado, sobre este mundo e sobre Satanás. Será também um cântico de vitória sobre a morte, pois a vida florescerá para os remidos de uma maneira interminável. Começa para os remidos a vida eterna que é conferida aos vencedores. Jesus afirmou: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus”. Apocalipse 2:7. “Ao vencedor dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu também venci e me sentei com meu pai no seu trono”. Apocalipse 3:21.

Comer da árvore da vida significa viver eternamente com o Senhor e assentar no trono com Ele significa reinar com Jesus para sempre.
Vamos ler sobre o Cântico do Cordeiro no livro de Apocalipse 15:2-4. (Ler o texto).
Se compararmos este texto que retrata o Cântico do Cordeiro, com o que está escrito em Apocalipse 7:9-14, vamos ter uma visão mais ampla dos que estarão no mar de vidro cantando o Cântico do Cordeiro.

I – Cântico dos Vencedores:

Quem vai cantar o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro?
Na visão que João teve dos glorificados, ele viu uma grande multidão, tão grande que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Uma representação fiel dos habitantes do Planeta. Uma seleção composta de pessoas de todos os lugares do mundo.

Os redimidos ou remidos, estavam vestidos de vestiduras brancas, símbolo de pureza; e com palmas nas mãos, símbolo de vitória.
João diz também que estavam numa praça semelhante a um mar de vidro, mesclado com fogo. Esta foi a melhor maneira de definir a beleza da praça onde ele viu os redimidos.
João os chama de vencedores. Venceram pelo sangue do Cordeiro e estavam de pé, tinham nas mãos as harpas de Deus.
Estavam de pé porque venceram.
Venceram a besta e sua imagem quer dizer que venceram as provações e perseguições impostas aos filhos de Deus pelos poderes do mal.
No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, a receberem o sinal da besta, o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro.

Em Êxodo 15, está o cântico de Moisés. Cântico de louvor a Deus após a passagem pelo Mar Vermelho. É um cântico comemorando a vitória de Deus ao tirar Seu povo do Egipto.
Quando rompeu a manhã, esta revelou às multidões de Israel tudo que restava do seu poderoso adversário: os corpos, vestidos de malha, arremessados à praia. Do mais terrível perigo restara um completo Livramento. Aquela vasta e indefesa multidão - escravos não acostumados à batalha, mulheres, crianças e gado, com o mar diante de si, e os poderosos exércitos do Egipto fazendo pressão na retaguarda - vira seu caminho aberto através das águas e os inimigos submersos no momento do esperado triunfo. Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para Ele volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de acções de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas.

Este cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam.
Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que "saíram vitoriosos", em pé sobre o "mar de vidro misturado com fogo", tendo as "harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2 e 3.

O Cântico do Cordeiro será o cântico dos remidos após vencerem este mundo de pecado, quando estivem do outro lado da eternidade.
O Cântico retrata o poder de um Deus que ama Seus filhos. Fala das admiráveis obras de Deus, o Senhor Todo-Poderoso. Fala de Sua justiça e de Seu reino. E por Sua santidade todos O adorarão.
É um cântico com sabor de liberdade e amor, gratidão e reconhecimento, louvor e adoração.
O desejo de Deus é que você e eu façamos parte daquela multidão que cantará o Cântico do Cordeiro lá no Mar de Vidro.

I I – Jesus é o Cordeiro do Cântico:

João viu a misericórdia, a compaixão e o amor de Deus de mistura com Sua santidade, justiça e poder. Viu encontrarem os pecadores um Pai nAquele a quem eles, por pecadores que eram, foram levados a temer. E olhando para além da conclusão do grande conflito, contemplou Sião e também os que saíram vitoriosos, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro. Apocalipse 15:2-3.
O Salvador é apresentado perante João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá”, e de um “Cordeiro, como havendo sido morto”. Apocalipse 5:5-6. Esses símbolos representam a união do omnipotente poder e do amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis.

Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, lembrar-nos-emos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançar-Lhe-emos aos pés nossas coroas, erguendo o cântico: “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor. Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra e glória e o domínio pelos séculos dos séculos”. Apocalipse 5:12-13.

Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação.
A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplandecentes serafins se deleitavam em adorar - humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele arrostou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário.
O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue.

III – O Cordeiro é nosso Resgatador:

O Antigo Testamento fala do resgatador como uma pessoa ligada à família, isto é: um parente. Quando alguém do povo de Deus no Antigo Testamento ficava endividado e suas terras tinham que ser vendidas, de acordo com a lei, a terra e também os familiares podiam ser resgatados por um parente próximo. (Para compreender isto, ler o livro de Rute).
Nosso planeta e nós mesmos, vivíamos uma situação idêntica. A terra e seus moradores foram entregues a Lúcifer com a queda de Adão e Eva.
Alguém deveria nos resgatar e Jesus tornou-se nosso irmão para ser o nosso resgatador.
O Cordeiro é digno de louvor porque como nosso parente chegado Ele abriu os selos, isto é: Ele nos resgatou. Em Apocalipse 5:9 está escrito: Com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniquidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão.
Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança da ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.

Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, digno é o Cordeiro que foi morto e reviveu. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.

Esta reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura a todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor. O próprio Jesus vendo os frutos de seu trabalho, exulta também.
O mistério da cruz explica todos os outros mistérios.
Ver-se-á que Aquele que é infinito em sabedoria não poderia idear plano algum para nos redimir, a não ser o sacrifício de Seu Filho. A compensação desse sacrifício inunda o coração dos remidos de alegria. E majestosa é também a alegria de Deus ao povoar a Terra com seres resgatados, santos, felizes e imortais. O resultado do conflito entre o Salvador e os poderes das trevas é alegria para os remidos, redundando para a glória de Deus por toda a eternidade. E tal é o valor de cada alma que o Pai está satisfeito com o preço pago; e o próprio Cristo, contemplando os frutos de Seu grande sacrifício, exulta e fica satisfeito.


Conclusão:

Nunca em toda a história se viu ou se ouviu algo semelhante. O Universo inteiro rejubilará com o Cântico que será prestado ao Cordeiro.
Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele é digno de louvor.
Pela graça de Deus você e eu estaremos lá, louvando a Jesus o Cordeiro de Deus.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ESCOLHA ENTRE A VIDA E A MORTE, O BEM E O MAL, A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO

Deuteronómio 30:15-20
"15 Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. 16 Se guardares o mandamento que eu hoje te ordeno de amar ao Senhor teu Deus, de andar nos seus caminhos, e de guardar os seus mandamentos, os seus estatutos e os seus preceitos, então viverás, e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que estás entrando para a possuíres. 17 Mas se o teu coração se desviar, e não quiseres ouvir, e fores seduzido para adorares outros deuses, e os servires, 18 declaro-te hoje que certamente perecerás; não prolongarás os dias na terra para entrar na qual estás passando o Jordão, a fim de a possuíres. 19 O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, 20 amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; e para que habites na terra que o Senhor prometeu com juramento a teus pais, a Abraão, a Isaque e a Jacó, que lhes havia de dar".
1. A vida impõe não raramente "escolhas", decisões a tomar. Se não soubermos optar por decisões sábias corremos o risco de perder privilégios e suportaremos grandes desilusões. No mundo em que vivemos somos pressionados a assumir posição entre obedecer ou desobedecer, estudar ou não estudar, trabalhar ou não trabalhar, casar ou não casar, etc. Certamente tais decisões poderão trazer bênçãos sobre nossa vida, ou maldições. Daí a necessidade de fazermos a escolha certa para não vivermos de maneira frustrada, convivendo com fracassos!
2. O texto de Moisés já velho, em fim de carreira, prestes a passar a liderança do povo de Israel a Josué. A sua missão até ali, tinha sido um sucesso! Deus o abençoara profundamente à frente de seu povo! Agora, antes de transmitir a incumbência a Josué, Moisés, sob a inspiração divina, transmite princípios que se observados pelo povo, fariam deles uma nação poderosa para desbaratar os seus inimigos na conquista da terra da promessa. Porém a negligência em observar tais princípios, traria sobre eles a derrota e o fracasso.
3. Quais são, então, as escolhas propostas? Vejamos:
DEVERIAM ESCOLHER:
I – ENTRE A VIDA E A MORTE V. 15
"Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal..."
1. A questão de "vida" ou "morte" na forma como é colocada por Moisés envolvia uma avaliação séria do povo na tomada de decisão. A palavra "vida" vem do termo hebraico "yx – chay" que significa "vivente", "vivo", uma referência tanto à vida animal e vegetal, como também à vida humana. Considerando a palavra em termos humanos, a vida aqui é "longa" e "prospera". Já a palavra "morte", é o hebraico "twm - maveth", "morrer prematuramente". Podemos afirmar que diante da escolha proposta, o povo de Deus iria, ou prolongar a vida de maneira próspera, ou morrer na miséria prematuramente.
2. A Palavra de Deus nos mostra como a vida ou a morte podem determinar o nosso estilo de vida e consequentemente os nosso destino na terra.
a) Morte:
1) Veja como Jób em momento de estrema desgraça descreve a morte – "O meu rosto está todo afogueado de chorar, e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte", Jób 16.16. A sua desventura, fazia com que ele presumisse a morte prematura. A expressão "...sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte", descreve de maneira clara o estado de Jób, que antevia a morte, caso a sua sorte não fosse mudada. A sua previsão é clara em 30.23:, "Pois eu sei que me levarás à morte e à casa destinada a todo vivente".
2) David assusta-sefrente à morte, "Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me assaltam", Sal. 55.4. O seu sofrimento era tão intenso que David antevê o fracasso, que certamente o levaria à morte. Isto causava-lhe terror. Certamente a morte causa pavor àqueles que não tem vida eterna! Porém, quanto aos verdadeiros filhos de Deus, temos a promessa da Palavra de que somos libertos do pavor da morte: "...e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida", Hb 2.15.
3) Porém existem pessoas que fazem aliança com a morte, "A vossa aliança com a morte será anulada, e o vosso acordo com o além não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, sereis esmagados por ele", Is 28.18. Este textoo refere-se aos acordos políticos de Israel com o Egipto e Samaria. Mais adiante estas nações seriam instrumentos de morte para o povo. Estes acordos eram abomináveis ao Senhor, tanto é, que Ele tomava a iniciativa para anulá-los. Certamente, temos aqui uma referência àqueles que não conhecem o real significado da morte, e caminham no limiar do perigo! Fazer aliança com a morte significa preparar-se para colher a calamidade, o infortúnio e desgraça.
b) Vida:
1) Jób reconhece que a vida está nas mãos de Deus, "Na sua mão está a vida de todo ser vivente, e o espírito de todo o género humano", Jób 12.10. Ver também Jób 33.4, "O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida". Quando morre uma pessoa prematuramente, é comum ouvirmos alguém dizer: "Esta pessoa tinha muito para viver". Ao pensarmos assim, esquecemo-nos que a vida está nas mãos de Deus. É Deus quem permite que alguém continue a viver ou morra. Há exemplos na Palavra de Deus de vidas que foram ceifadas prematuramente pela interferência direta do Todo-Poderoso. Um desses exemplos sobre a acção de Deus provocando uma morte antecipada, podemos ver em Atos 12.21-23, "21 Num dia designado, Herodes, vestido de trajes reais, sentou-se no trono e dirigia-lhes a palavra. 22 E o povo exclamava: É a voz de um deus, e não de um homem. 23 No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e, comido de vermes, expirou".
2) O Temor a Deus é a fonte de Vida, "O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte", Pv 14.29. Quando alguém vive debaixo do cuidado e do temor do Senhor, a sua vida é prolongada na terra. Embora a expressão "...laços da morte", possa designar uma acção do nosso arqui-inimigo, ou dos seus demónios usando pessoas para nos atingir, é bem verdade que ela também descreve a morte iminente daqueles que não vivem debaixo do temor do Senhor. Não raramente, os demónios provocam acidentes, impulsionam guerras, devastações, etc., para destruir vidas humanas. Porém aquele que vive pelo temor de Deus, será certamente preservado de muitas situações de risco. A sua vida é guardada pelo Poderoso!
3) A vida está associada à prática da justiça e à bondade, "Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra", Pv 21.21. Neste texto podemos ver claramente que o servo de Deus que vive na prática da verdadeira justiça, e ao mesmo tempo é bondoso no trato com os seus semelhantes, encontrará a "vida, a justiça e a honra". Vale a pena viver em justiça, que a colheita é farta!
3. Pelas descrições acima acerca entre a morte e a vida, podemos dizer que uma escolha sábia não penderá pelo lado da morte.
II – ENTRE O BEM E O MAL
V. 15 "Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal..."
1. Da mesma forma, o homem precisa aprender a escolher entre o bem e o mal. A palavra "bem", vem do hebraico "bwj - towb" – Aquilo que é "bom", "agradável", "amável", "que traz benefício", etc.. E a palavra "mal", vem do hebraico "er - rá", significando "ruim", "desagradável", "infeliz", etc.
2. Desde o princípio, e isto podemos ver no livro de Génesis, há uma descrição do homem como sendo mau na sua natureza: "Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente", Gén 6.5. Esta visão de Deus em relação ao homem é compatível com as acções deste após a queda no Éden e a sua consequente degradação. É certo, porém que a geração do início de Génesis, foi engolida e dizimada pelas águas do dilúvio. Porém a semente do mal não foi totalmente erradicada, como podemos ver mais tarde no registo bíblico:
a) Sl 5.9, "Porque não há fidelidade na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua". Observe as expressões "suas entranhas são verdadeiras maldades" e "sua garganta é um sepulcro aberto". Estas expressões mostram claramente que o mal é residente no interior do homem. No dizer de Jesus ele vem de dentro, do coração e exterioriza acções destrutivas, "18 Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias", Mt 15.18-19.
b) Ec 9.3, "Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos". Novamente podemos observar como Salomão descreve o mal como sendo algo ligado ao "coração dos filhos" e há "desvarios no seu coração". Certamente é através do coração do homem que o mal é irradiado, provocando ações pecaminosas!
c) Rm 7.18-20, "18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. 19 Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim". Neste texto, Paulo nos apresenta o dilema de sua vida e consequentemente o dilema da vida de todo filho de Deus. Como filho de Deus, ele desejava praticar somente o bem, porém em razão de sua natureza pecaminosa propensa para o mal, se vias às voltas com atos contrários à sua vontade.
3. Com esta inclinação para o mal, a raça humana tem caminhado a passos largos para a destruição e a morte. Não há quem busque o bem! No dizer de Paulo aos romanos, "todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só", Rm 3.12.
4. Voltando nossos olhares para proposta divina em nosso texto básico, o homem precisa fazer uma escolha entre o bem e mal. É evidente que por si só, em razão de sua natureza pecaminosa, este homem não poderá chegar a lugar algum. Porém através de Cristo, uma nova possibilidade surgiu! Temos a garantia de que através dEle, podemos trilhar o caminho do bem. Veja nos textos abaixo como o retorno ao bem é possível:
a) Lc 6.45, "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca". É verdade que não há qualquer homem bom na terra. Um só é bom (Mt 19.17), e este "um" é Deus. O "homem bom" nas palavras de Jesus é aquele que passou pela sua cruz. Através da cruz de Cristo, podemos agora nos tornar bons e praticar atos de bondade.
b) Jo 5.29, "...os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo". Observe a expressão: "os que tiverem feito o bem", que é uma expressão alusiva àqueles que foram salvos pela graça de Deus. Somente se levantarão na "ressurreição da vida", os redimidos, aqueles que tiveram suas vestes lavadas no sangue do Cordeiro, "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas", Ap 22.14.
5. De acordo com os textos acima, podemos ver que existe uma possibilidade do homem deixar o mal e praticar o bem. Esta possibilidade nos vem através do Senhor que derramou seu sangue como remissão de nossos pecados. Ao nos entregarmos a Cristo sem restrições, Ele criará em nós pelo seu Espírito, condições reais para praticarmos o bem e nos prepararmos para a "ressurreição da vida".
III – ENTRE A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO
V. 19 "O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição..."
1. Temos ainda o contraste entre duas palavras significativas: a bênção e a maldição. A palavra "bênção", vem do terno hebraico "hrkb - Barakah", e quer dizer "prosperidade", "presente", "dom"; a palavra "maldição", é o hebraico "hllq - qalalah", e significa "difamação".
2. A palavra maldição está sempre ligada à desgraça, miséria, ou a uma desventura, ou a um acontecimento funesto. Vejamos o uso desta palavra nas Escrituras:
b) Is 24.6, "6 Por isso a maldição devora a terra, e os que habitam nela sofrem por serem culpados; por isso são queimados os seus habitantes, e poucos homens restam". Temos aqui o cumprimento relativo ao texto anterior. Houve desobediência ao Senhor e a nação teve que amargar grandes maldições, como a invasão inimiga, queimando suas casas juntamente com seus habitantes.
c) Jr 23.10, "Pois a terra está cheia de adúlteros; por causa da maldição a terra chora, e os pastos do deserto se secam. A sua carreira é má, e a sua força não é reta". Aqui até mesmo os animais sofrem, pois as pastagens secaram deixando-os sem alimentos, fruto da maldição lançada sobre o povo.
3. Já a palavra bênção, descreve a bem-aventurança do justo, daquele que teme a Deus e anda em seus caminhos:
a) Gn 12.2, "Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção". Temos aqui uma descrição da chamada de Abraão, onde Deus promete abençoar-lhe, perpetuando seu nome na terra, transformando-o numa bênção para outras nações.
b) Gn 39.5, "Desde que o pôs como mordomo sobre a sua casa e sobre todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor estava sobre tudo o que tinha, tanto na casa como no campo". José, um símbolo de Cristo, enfrentou o dissabor e a revolta de seus irmãos, que o venderam como escravo. No Egito, na casa de Potifar, que o comprara dos ismaelitas, começou a provar a bênção de Deus, bênção esta, também extensiva ao seu dono.
c) Is 44.3, "Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre a tua descendência". Aqui, temos a promessa da bênção divina, não somente sobre nós, mas também sobre nossa posteridade. Quando caminhamos debaixo da bênção de Deus, nossos filhos e netos também serão abençoados. A promessa divina é que a sua misericórdia atingirá "...até mil gerações daqueles que me (o) amam e guardam os meus (seus) mandamentos", Êx 20.6.
4. Quando escolhemos a maldição em lugar de bênção, não precisamos dizer que fizemos uma escolha desastrosa!
CONCLUSÃO
1. Pudemos ver nesta noite o contraste entre "vida ou morte", "bem ou mal", "bênção ou maldição". Tais palavras e conceitos foram colocados ao povo de Israel como opção de escolha. Teriam eles liberdade para escolher entre viver ou morrer, praticar o bem ou o mal, serem abençoados ou amaldiçoados. Porém ao optarem pelo lado mal, iriam sofrer as conseqüências da funesta escolha.
2. Hoje também, como povo de Deus, a mesma opção nos é dada pelo Senhor. Muitos acabam a trilhar o caminho da morte, do mal e da maldição. Por esta razão, estão em constante sofrimento e dor. Que sejamos sábios para escolher a vida de Deus para gozarmos dos privilégios da sua Palavra!