terça-feira, 16 de setembro de 2014
VICIO DOENÇA OU PECADO?
Traficantes e
dependentes enchem as ruas das grandes cidades. Precisando de dinheiro para
sustentar seu hábito, prostitutas e ladrões andam pelos becos. Pessoas chegam a
cometer homicídios por causa de uma ampola de crack. A fronteira sul da América
é um canal do tráfico de drogas, sabia? A polícia vem travando uma batalha
perdida... Para cada rei das drogas que ela consegue agarrar, surgem dois em
seu lugar. E o mais perturbador de tudo é que os americanos tem uma demanda
insaciável por esse produto químico.
Curiosamente, a questão
da droga surgiu durante a campanha presidencial de 1988 como o problema número
um da América. O presidente Bush no dia de sua posse enfatizou sua promessa de
lutar contra o abuso das drogas. Eu estava sentado na plataforma atrás desse
líder recém-empossado quando ele disse estas palavras: "Este flagelo tem
que acabar."
O flagelo da
dependência das drogas foi particularmente perverso na capital dos Estados
Unidos. Como prova disso, em 1988 a cidade de Washington teve o mais alto
índice de homicídios da nação. Quando as mortes atingiram o máximo durante o
primeiro trimestre de 1989, percebeu-se que algo drástico tinha que ser feito,
e rapidamente. O presidente Bush nomeou
William Bennett como o novo diretor do gabinete, na Casa Branca, do Conselho
Nacional de Entorpecentes, o Czar federal das drogas.
Com um desafio maior do
que seu título, Bennett lançou um ataque sem precedentes sobre o problema das
drogas em Washington. Foi um projeto de 80 milhões de dólares para derrubar os
traficantes e seus comparsas.
Os pais sabem que o
contingente policial não é suficiente para salvar seus filhos do uso de drogas.
Ficam em dúvida sobre o que dizer aos adolescentes... Especialmente quando a
geração mais jovem ressalta a inconsistência de muitos adultos. Eles dizem: "Vocês
me chamam de dependente, mas e quanto às suas bebidas? O álcool também não é
uma droga? E quanto aos seus cigarros cheios de nicotina?"
Esses jovens tem sua razão,
temos que admitir. Muitos adultos dão um exemplo fatal ao ter seus próprios
vícios. Mais de mil fumantes morrem por dia devido a esse hábito. E quem pode
computar o custo do alcoolismo em lares desfeitos, ossos quebrados e promessas
não cumpridas?
Bem, chega de falar
sobre o problema. Ouvimos a respeito todos os dias. Vamos procurar soluções. A
verdadeira batalha deve ser ganha na mente e no coração dos consumidores. Se a
demanda de drogas não parar, os fornecedores sempre acharão um meio de contrabandear
sua mercadoria. Portanto a demanda de
drogas, a dependência em si, deve ser confrontada. Isto levanta uma questão:
estamos discutindo uma doença ou um pecado? A resposta é importante. Sabe,
alguns sugerem que a dependência é um destino pré-determinado, algo programado
desde o nascimento nos gens. Se isso for verdade, como você pode culpar um
dependente por cumprir seu destino? Mas, por outro lado, se a dependência é um
comportamento que pode ser evitado, um pecado a ser destruído, não há desculpa
para a dependência da cocaína, ou o hábito do fumo e da bebida.
A primeira página de um
jornal da Califórnia trouxe o triste relato de uma motorista bêbada que matou
três adolescentes na rodovia 101. Eles caminhavam pelo acostamento da estrada
em busca de ajuda para o seu carro enguiçado, quando foram atropelados por ela.
Seu nível de álcool no sangue era o dobro do limite legal de intoxicação na
Califórnia. Tragicamente, na noite anterior essa mesma motorista tinha sido
detida por dirigir embriagada, e em seguida solta. As autoridades estão
acusando-a de assassinato. Bem, se essa motorista é uma vítima indefesa de uma
doença que ela não pode controlar, então a sociedade não deve responsabilizá-la
pela morte daqueles adolescentes. Mas se ela pode ter escolhido, quanto a
embriagar-se de novo na noite em que matou os garotos, será que ela não deve
ser responsabilizada?
Não faz muito tempo um
grupo de pessoas suscitou muita controvérsia ao desafiar a crença de que o
alcoolismo é uma doença. Na verdade, foi só a partir dos anos sessenta que essa
noção de que o vício é uma doença tornou-se popular. E muitos psicólogos
cristãos e pastores, quase que por omissão, aceitaram as conclusões de
pesquisadores seculares. Agora, muitos especialistas reconhecem que o
alcoolismo é um problema de comportamento em vez de meramente uma doença.
Herbert Fingarette é
consultor sobre alcoolismo e dependência
da Organização Mundial de Saúde e pesquisador do Centro Stanford para estudos
avançados e ciência comportamental. Ele recentemente escreveu o livro: Beber
Excessivamente: o Mito do Alcoolismo como Doença. O mito, notou? Ele sugere no
livro que ver o hábito como uma doença é ignorar a responsabilidade e "negar a dimensão
espiritual" da dependência do álcool. Fingarette nos lembra que não existe
qualquer evidência científica que indique que os alcoólicos são incapazes de
fazer algo para banir seu hábito. É a fixação do que bebe que determina o
consumo do álcool. Atualmente, ele acrescenta: "Nenhuma autoridade de
expressão aceita o conceito clássico de doença para o alcoolismo."
Suponha que algumas
pessoas sofram de uma fraqueza genética
para o alcoolismo. Todos nós sofremos compulsões e predisposições para pecar de
um modo ou de outro. E toda vez que cedemos a estas fraquezas, temos que enfrentar
as conseqüências. Os alcoólicos e todos
os demais com dependências devem assumir a responsabilidade por seu
comportamento. Eles não são vítimas indefesas, do mesmo modo como as vítimas
que eles costumam atingir. Considere isto. Pode parecer bonito e compassivo
dizer aos amigos dependentes que eles não tem culpa por seu problema, que eles
são vítimas de uma doença que não podem controlar. Mas pense bem nisso,
amigo... O que estarão ouvindo realmente de nós é que eles não tem mais jeito.
Isto é péssimo para eles, e não é verdade. Os dependentes podem se erguer e
obter ajuda. Mas enquanto não assumirem a responsabilidade por sua dependência
eles jamais agirão de modo responsável. Portanto vamos incentivar as pessoas
para que mudem. Isto é importante. Quando unimos nossa vontade com a força de Deus, podemos fazer tudo através de
Cristo. Seu amor nos dá força.
Há anúncios na TV
americana para que os dependentes busquem ajuda para seu problema. Obviamente o
dependente pode desprezar a ajuda, ao contrário das doenças em que não temos
saída a não ser buscar ajuda. Portanto, o alcoolismo é uma "desordem de comportamento",
não apenas uma "doença". E francamente, "desordem de
comportamento" é apenas um outro meio de dizer "pecado".
O que a Bíblia diz
sobre a dependência? Bem, a Palavra de
Deus não exalta a natureza humana, eu lhe garanto. Ela é muito franca sobre o
problema do pecado que todos nós sofremos. Jeremias dezessete, nove diz:
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente
corrupto..."
Este problema do pecado
é considerado um tipo de doença, de certo modo. Vemos isso em Isaías um,
cinco. "...Toda a cabeça está
enferma e todo o coração fraco."
Evidentemente a
dependência pode ser considerada uma doença no sentido de que todo pecado é uma
doença... Mas não é uma doença como o sarampo, sobre o qual não temos controle.
E desde que a responsabilidade humana está envolvida na dependência, é de se
esperar que a Bíblia tenha alguma advertência sincera sobre esse comportamento
destrutivo, você não acha? E ela tem.
No Novo Testamento o
apóstolo Paulo enumera vários pecados, incluindo entre eles coisas como o
adultério e o ódio. Gálatas cinco, versículo vinte e um descreve isto de modo
bem forte: "Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas
semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus."
Esta é uma declaração
forte da Palavra de Deus. A bebedice é relacionada com várias práticas
pecaminosas que nos desqualificam para o Céu. Por favor, entenda que o Senhor não nos considera
culpados quando nos arrependemos de nossos pecados e vamos honestamente até Ele
buscar ajuda, mesmo quando lutamos e falhamos. O que nos rouba a vida eterna é
a teimosa recusa em enfrentar nossos pecados e trocá-los pelo que Jesus tem a
nos oferecer. Esse é o problema.
Lembra da história que
Cristo contou sobre o filho pródigo? Aquele jovem abandonou seu pai e saiu de
casa indo para bem longe, onde desperdiçou tudo numa vida dissoluta.
Finalmente, a Bíblia diz, ele "caiu em si". Em outras palavras, ele
confrontou o seu comportamento. Aí ele tomou a grande decisão e disse a si
mesmo. "Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: pai, pequei
contra o céu e perante ti..."
(Lucas 15:18) Chega de viver
erradamente aqui. Chega de desculpas. O pródigo assumiu total responsabilidade
por suas bebedeiras e as chamou de pecado. Ele disse: "eu pequei." Aí
ele fez algo a respeito... Ele agiu indo para casa. O pai correu para receber
seu filho arrependido, perdoando-o total e livremente com a declaração:
"porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado."
(Lucas 15:24) Note que o filho tinha-se
perdido, estava espiritualmente morto. Não apenas doente, mas perdido. Graças a
Deus, agora que o rapaz havia confrontado seu comportamento de dependência e
ido para a casa de seu pai, ele estava vivo e salvo.
Os alcoólicos não estão
perdidos por beberem, mas apenas por rejeitarem a Jesus Cristo como seu refúgio
e buscarem em vez disso, seu consolo na garrafa. Os dependentes de drogas não
estão perdidos por causa do desejo insaciável. Acontece que eles se entregam a
uma falsa realização em lugar daquela que jesus oferece.
Vamos sondar um pouco
mais fundo a natureza do pecado, o porquê da entrega à dependência ser pecado.
Em Romanos 13, versículos 13 e 14 encontramos o seguinte: "Andemos
honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em
desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja; mas revesti-vos
do Senhor jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas
concupiscências."
Toda imoralidade,
inclusive bebedeira, é um fraco substituto de Jesus em nossa vida. Quando
estamos solitários, Ele quer que encontremos companhia Nele, não no pecado.
Quando sofremos stress, ele nos convida para ir até Ele e descansar. Quando
estamos felizes, Ele sente prazer ao compartilharmos nossa alegria com Ele.
Amigo, por quais quer que sejam as razões que levem as pessoas a beber ou usar
drogas, sejam essas drogas cocaína, fumo ou qualquer outra... Jesus quer que em
vez disso dependamos Dele. É por isso que o texto citado nos diz para
"revestirmos do Senhor Jesus Cristo".
Para ter um tal
relacionamento, a Bíblia diz, devemos
evitar provisão para a carne e satisfazer seus desejos. Portanto diga não ao
pecado e diga sim a jesus!
Vamos tornar tudo isto
prático: Se a sua luta é contra o
álcool, retire as cervejas da sua geladeira. Livre-se delas. Se cocaína é o seu
problema, jogue-a pelo esgoto. Você fuma? Jogue fora seus cigarros. Talvez você
precise de aconselhamento profissional... Encontre alguém que possa ajudá-lo
com sua dependência. Não confie naqueles que pensam que sabem mais do que Deus
sobre enfrentar e confessar nossos pecados. Acima de tudo, meu amigo, ponha
Jesus em primeiro lugar na sua vida!
Lembre-se, as
dependências são a expressão do vazio sem Cristo. Podemos encontrar nossa
realização Nele e no que ele oferece, em vez de ficarmos brincando com as
falsidades do diabo. Há uma razão muito especial para tratarmos nosso corpo com
responsabilidade. O Senhor jesus sacrificou Sua vida para que pudéssemos
pertencer a Ele. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e
no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." (I Coríntios 6: 19,20).
Pense nisso... O Deus
vivo e amoroso faz residência dentro de nosso corpo e da nossa mente!
Naturalmente, tal privilégio traz suas responsabilidades. Se Deus faz de nosso
corpo humano Seu templo, o mínimo que podemos fazer é cuidar bem dele. Você não
acha?
Os cristãos previdentes
reconhecem isso agora. Os adventistas do sétimo dia, há mais de um século,
entendem que a boa religião se interessa pela boa saúde. Por isso eles não
fazem uso do fumo e das bebidas e dão ênfase às vantagens dos exercícios, do ar
puro, da luz do sol e de uma dieta balanceada. O viver saudável compensa? É
claro que sim. O estilo de vida dos adventistas abstendo-se das bebidas
alcoólicas e do fumo, e fazendo uma dieta de alimentos naturais os ajuda a
viver de sete a nove anos mais do que a população em geral, segundo as
pesquisas... Com 50 por cento a menos de casos de câncer e doenças do coração.
Amigo, estou com 73 anos de idade e agradeço a Deus pela boa saúde. Juntamente
com os cristãos mais conservadores, os adventistas do sétimo dia ensinam a
total abstinência no álcool. Não podia ser de outro modo, se encontramos na
Palavra de Deus essa instrução em Coríntios 10, versículo 31: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou
façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus."
O que existe, mesmo em
um copo de vinho que possa glorificar a Deus? Você acha que o álcool nos ajuda
a sermos melhores pais e melhores cônjuges? Ele nos torna cidadãos mais
responsáveis? Mais trabalhadores? Cristãos mais fiéis? Não, amigo, eu não
consigo ver nada no álcool que glorifique a Deus. E você, consegue? Alguns
dizem que um copo ocasional de vinho tem
efeito medicinal... Mas os médicos atualmente sugerem alternativas que não tem
o potencial de uma arma carregada do vinho. Sem dúvida nossa única segurança
contra o alcoolismo é a total abstinência. A dependência entra sorrateiramente,
e se instala até nos que bebem social e responsavelmente. Porque no momento de
crise pessoal, eles se vêem dependendo cada vez mais de um gole, e depois disso
eles sentem dificuldades em diminuir a dose. Foram fisgados. E o custo da
dependência é assustador, especialmente hoje em dia.
Nos tempos bíblicos se
uma pessoa se embebedasse ela poderia cair do seu jumento. Atualmente, a
intoxicação causa acidentes fatais. E quando consideramos o aumento do índice
de divórcios e as muitas tentações que empanam a nossa integridade, percebemos quão importante
é nos dias de hoje ouvir o alerta das Escrituras quanto a orarmos e sermos
sóbrios. Sim, a Bíblia nos oferece um substituto maravilhoso para o álcool.
Efésios 5:18 diz: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão,
mas enchei-vos do Espírito."
De que modo somos
cheios do Espírito? Confiando a nossa vida a Jesus dia a dia, nos submetendo à
orientação de Deus através da Sua palavra. Lembre-se, para vencer o álcool, a
cocaína, o fumo ou qualquer outra coisa, não é o bastante "apenas dizer
não". Devemos também dizer "sim" a Jesus, confiando nossa vida a
Ele. Aí o Espírito de Deus poderá nos fortalecer para honrá-Lo com nosso
corpo... O seu templo.
Recordo-me agora de Tom
Benefiel. Em certa época ele era um dependente de drogas em Long Beach,
Califórnia, vivendo loucamente com sua namorada. aí, sem que Tom soubesse ela
começou a assistir o programa "Está Escrito" tornando-se uma
expectadora regular. Logo ela começou a pensar diferente sobre o modo como estava
vivendo com Tom.
Quando convidei nosso
público de casa para assistir uma série de reuniões que eu estava realizando na
comunidade ali perto, ela compareceu. De algum modo ela conseguiu levar o Tom
com ela. E lá estavam eles na primeira fila, Tom com seus cabelos longos e
contas coloridas. Ele estampava um largo sorriso... Não porque estava
particularmente feliz por estar na igreja. Tom sempre estampava aquele sorriso
quando estava drogado. Eu o vi ali sorrindo para mim, de modo que retribuí o
sorriso. Eu não sabia porque ele estava sorrindo, eu só achei que ele era um
hippie feliz. Mas naquela noite o bom Deus abriu a mensagem do seu amor para a
mente drogada do Tom. Noite após noite ele voltou, sempre na primeira fila. O
Espírito Santo trouxe o arrependimento a seu coração e o ganhou para Cristo. Um
ponto crucial na conversão de Tom foi quando ele decidiu enfrentar o seu
problema de drogas e considerar pecado aquela dependência. E sabe duma coisa, o
dia do batismo dele foi uma experiência gloriosa.
Aí surgiu a questão: O
que Tom iria fazer de sua vida? Seu corpo e mente de vinte e sete anos tinham
sido castigados pelas drogas. Um emprego rentável parecia impossível. Mas o
pastor local deu uma sugestão surpreendente... Por que não pensar em seu
pastor?
Um pastor, mas justo
isso? Tom orou quanto à idéia e reconheceu a orientação de Deus. Uma série de
milagres dramáticos abriu o caminho para ele cursar a Universidade de Loma
Linda, onde Tom obteve sempre ótimas notas. O Senhor curou a mente marcada
pelas drogas de Tom.
Após ter se formado, a
Igreja Adventista do Sétimo Dia o convidou para trabalhar em um programa de
testemunhos para estudantes em Oxnard, Califórnia. Foi lá que ele conheceu sua
esposa, Annie.
Hoje eles formam uma
dinâmica dupla pastoral, e grandes amigos meus, ganhando almas para o Senhor
Jesus Cristo.
Deus transformou a vida
de Tom, trazendo a ele a paz e o poder de Jesus Cristo... E sabe, Ele pode
fazer o mesmo por você.
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