“Porque por Ele foram criadas todas as coisas,
tanto as que estão nos céus, como as que estão na terra; quer visíveis, quer
invisíveis, sejam tronos, domínios, principados, ou potestades; tudo foi criado
por ele e para ele." Colossenses 1:16
A palavra “mordomia” define a relação entre o homem e Deus. O
homem há de usar as dádivas confiadas por Deus para promover os interesses de
Deus no mundo. Um mordomo é aquele a quem são confiados os bens de outros.
O termo grego “mordomo” significa “administrador da casa”
(Lc 16:2)
Características distintas do mordomo cristão:
a) Aceita Cristo como o Senhor (Mt 6:33)
b) Reconhece que Deus é o legítimo dono de tudo (Sl 24:1, Dt
10:14)
c) Esforça-se por descobrir o propósito de Deus para o uso
adequado de cada bem que possua (Lc 12:42, 43).
d) Segue os propósitos de Deus em toda a sua maneira de
viver:
1. Reflete o controlo de Cristo na aquisição de bens;
2. Dá testemunho do seu amor a Cristo através do uso dos
bens materiais (Rm 10:13, Mc 12:41-44).
O Mal da
Filargyria:
O termo grego “filargyria” aparece em I Timóteo 6:10, onde a
Bíblia nos ensina que o “amor ao dinheiro” é a raiz de todos os males. O verbo
“fileo” conjugado neste termo significa amar com emoção, ter amizade por alguém.
É justamente esta a doença que Jesus afirmou encontrar nos fariseus, dizendo
que os que dela sofrem não podem servir a Deus (Lc 16:13, 14).
O Mal da Pleonexia:
Realmente, a avareza é igual à idolatria, não somente na sua
expressão emocional, mas nos seus resultados. Onde existe avareza, não há lugar
para o amor Agápe, para o amor de Deus, e a ausência do amor de Deus é a raiz
de todos os males (leia Rom 13:8-10).
O Mordomo e o “seu”
Corpo
Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é
fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não
sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós,
proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? I Coríntios 6:18 e 19
Que maravilhoso o corpo que o Senhor nos deu!
Os nossos olhos, por exemplo; quanta perfeição! Cada olho
humano contém 107.000.000 de células. Destas, sete milhões são “cones”, sendo
que cada uma delas encarregada de transmitir uma mensagem ao cérebro quando uns
poucos fótons de luz as atravessarem. Os “cones” nos dão a plena percepção do
aspecto das cores e, são eles, que no permitem distinguir mil nuances de cores.
As outras cem milhões de células do olho são “bastões”, usadas especialmente na
penumbra. Quando apenas os “bastonetes” estão a funcionar não vemos as cores
(como numa noite de luar, quando tudo aparece indistintamente em sombras de
cinza), mas podemos distinguir um espectro de luz tão amplo que a luz mais
brilhante que percebo é um bilião de vezes mais brilhante do que a mais
obscura.
E os nossos ouvidos, então! As frequências sonoras
produzidas por uma orquestra fazem vibrar os meus tímpanos tão debilmente
quanto um bilionésimo de centímetro (a distância de um décimo do diâmetro de um
átomo de hidrogénio). Esta vibração é transmitida para o meu ouvido interno por
três ossos familiarmente conhecidos como martelo, bigorna e estribo. Quando a
frequência do dó médio do piano se faz ouvir, o pistão dos ossos do nosso
ouvido interno vibra 256 vezes por segundo. Mais para dentro há pestanas
individuais, comparáveis aos bastonetes e cones do olho, que transmitem
mensagens sonoras específicas ao cérebro, que combina essas mensagens.
I. O corpo é um bem precioso que nos é confiado por Deus. Não
é correto, portanto, lhe causar dano. Alguns exemplos de falta de mordomia do
corpo:
a) A exposição do corpo à fadiga excessiva;
b) O esforço físico ou mental que penalize a vida;
c) A retaliação da saúde no trabalho pela ambição de lucro
maior;
d) A prostituição;
e) As relações sexuais fora do casamento;
f) Vícios (drogas, álcool, fumo, comida, remédios).
II. O mordomo cristão jamais aceitará participar de um
trabalho que comprometa a saúde ou que reduza a qualidade de vida do seu
próximo, ainda que esse trabalho seja o único disponível.
Pode um médico cristão praticar aborto? Ou diagnosticar
operações cirúrgicas desnecessárias com fins lucrativos, ou ainda praticar atos
cirúrgicos ou terapêuticos que coloquem a vida em risco desnecessariamente, com
finalidade de lucro? Pode um cristão permitir que um veículo da sua propriedade
circule sem condições de segurança, pondo em risco a vida dos usuários ou do público?
O lucro de uma indústria justifica o derrame de ácidos, resíduos tóxicos ou
elementos poluentes nos rios ou lagos? Deve um operário cristão trabalhar em
funções de risco sem utilizar instrumentos de proteção?
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