História:
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa feira.
Todos os domingos ele chegava muito cedo e ficava a encher os balões... eles
eram lindos de todas as cores...
Ficavam presos com as suas linhas ao carrinho...
O homem era um bom vendedor, as crianças compravam e ficavam
felizes desfilando com os seus balões amarrados ao pulso...
Em um domingo um dos balões escapou, um balão azul soltou-se
antes de ser amarrado... e começou a subir ganhando altura, subindo lentamente,
bailando no ar e atraindo, desse modo, uma multidão de garotos. Alguns tentaram
correr atrás pulando mas ele foi subindo levado pelo vento... Sem querer o
acontecimento atraiu muitos meninos e meninas que vieram comprar balões naquela
manhã... Os balões foram vendidos rapidamente.
Havia ali perto um menino. O garoto observava os balões a
serem cheios e sairem amarrados pelo vendedor nos braços de outros meninos...
O vendedor entendeu que os balões a voar atraiam compradores
e soltou. Então ele soltou o balão vermelho, algum tempo depois soltou um
verde... O pequeno pediu ao avô que lhe
comprasse um balão. Recebeu duas moedinhas... enquanto se dirigia na direção do
vendedor viu um balão amarelo a subir e em seguida um branco.
Ele olhou para alto, os balões subiam, subiam, subiam até...
até desaparecerem da vista.
O menino, de olhar atento, seguiu a cada um por mais alguns
instantes. Outros balões tinham sido soltos das crianças e o céu parecia estar
com estrelas coloridas
Ficava imaginando mil coisas... Mas uma coisa o aborrecia, o
homem não tinha solto nenhum balão preto. Ele tinha achado aquele tão bonito.
Então aproximou-se do vendedor e perguntou:
- Senhor, se soltasse o balão preto, ele subiria como os
outros ?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino,
cortou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares
disse:
- Não é a cor, filho, É o que está dentro dele que o faz
subir.
Reforma
Muito se fala hoje em reforma e reavivamento na igreja. Essa
é a nossa mais urgente mensagem. Mas, o que
significa verdadeiramente essa reforma? Existe algum modelo bíblico que nos ensine a praticá-la? Que princípios envolvidos no texto bíblico podem ser aplicados hoje?
significa verdadeiramente essa reforma? Existe algum modelo bíblico que nos ensine a praticá-la? Que princípios envolvidos no texto bíblico podem ser aplicados hoje?
II Crónicas 29 a 31 traz oito princípios fantásticos a
respeito da tão sonhada e necessária reforma. Se estes princípios forem
devidamente incorporados na nossa vida pessoal e coletiva, teremos a
oportunidade de experimentar o refrigério do Espírito Santo, o “reavivamento da
verdadeira piedade”.
O texto fala a respeito da reforma executada pelo rei
Ezequias. Quem foi esse rei?
Ezequias era filho de Acaz, um dos piores reis que o reino
do sul, Judá, teve. O reinado de Acaz foi tão terrível que o cronista não achou
nenhuma qualidade para elogiar. Ele seguiu os passos do seu “pai” Jeroboão.
Idólatra, teve a resolução maligna de queimar os seus próprios filhos a deuses
pagãos. Que filho de Belial!
Ao contrário de seu pai Acaz, Ezequias seguiu os passos do
seu “pai” David - fez o que era reto ao Senhor. Ele promoveu o verdadeiro culto
em Israel. Ele consultava constantemente ao Senhor, antes de tomar alguma
decisão. (Essa era uma grande virtude espiritual de David).
Deste relacionamento pai/filho podemos extrair uma grande
lição: não importa quem são nossos pais ou a forma como fomos criados. Quem
determina o nosso destino e caráter somos nós mesmos. Somos fruto das nossas
próprias escolhas. Parece que Ezequias seguiu o melhor caminho – escolheu a
vida. (Dt 30:19). O mais curioso ainda é que o filho de Ezequias foi o famoso
rei Manassés. Rei ímpio e perverso que também queimou os filhos no vale de
Hinom. (II Cr 33:6) Dentro desta genealogia, Ezequias foi um recheio positivo
dentro de dois personagens maquiavélicos na história de Judá!
Então vamos aos oito princípios na reforma efetuada por
Ezequias, a partir do ano 715 a.C.:
1. Ezequias não
apenas abriu as portas do Tempo – Ele removeu as impurezas e imundícias que
estavam ali. II Cr 29:5, 16. Os líderes de Judá tinham levado todo o tipo de
ídolos e práticas imundas para dentro do Templo, um lugar que deveria ser
separado para fins puros e santos. Até imoralidade sexual e depravação tiveram
espaço ali. Ezequias agora faz uma faxina espiritual e retira tudo aquilo que
promovia um sincretismo vil e maligno dentro do povo de Deus.
Esse é o primeiro passo para a verdadeira reforma nos nossos
dias: remover do nosso coração, ouvidos, olhos e mãos tudo aquilo que mina e
destrói a verdadeira comunhão com Deus. Precisamos abandonar o egoísmo,
orgulho, soberba, ganância, sexualidade depravada, inveja e muitos outros maus
traços de caráter. Deixem que eu diaga: pelas nossas próprias forças não
conseguiremos remover esses vícios do coração. Precisamos urgentemente e
sinceramente do Espírito Santo de Deus, para que queime e destrua toda a
escória de pecado que existe nos lugares mais recônditos do nosso coração. (João
16:8) Peça isso a Deus hoje!
2. Reforma implica em
promover um culto e liturgia que honrem a Deus. II Cronicas 29:25; 30:21.
Um dos textos bíblicos que mais apoiam o ministério da música em toda a Bíblia
são estes. Eles informam que a instituição da música e dos líderes de louvor no
Templo vieram segundo o “ordem do Senhor”. Além disso, o texto informa que eles
faziam isso “em honra ao Senhor”. Portanto, a ideia de se fazer música na
igreja não foi originada por mentes humanas, mas sim, pela mente infinita de
Deus. Ele é o criador da música. E Ele nos informa ainda qual é o objetivo desta:
“honrar ao Senhor”. Qualquer ministério de música que possui um fim em si mesmo
e não procura honrar ao Senhor acima de tudo, está a ir de encontro ao
verdadeiro propósito instituído por Deus.
Além destas importantes informações, o verso 34 afirma ainda
que “os levitas foram mais retos de coração para se santificarem, do que os
sacerdotes”. Ou seja: os músicos, os ministros da música buscaram mais ao
Senhor do que os próprios sacerdotes. Será que isso nos indica alguma coisa?
Será que o mesmo Deus que lê os corações faria esta mesma distinção hoje entre
os músicos e os pastores?
3. Reforma implica em
organização: Ezequias organizou o turno dos sacerdotes e levitas. Aplicou
devidamente os dízimos e recolheu fielmente as ofertas. II Cr 31:2 Não existe
Reforma espiritual sem organização, planeamento, sem o uso correto do tempo e
dos recursos financeiros e humanos. O nosso Deus é um Deus de organização. Ele
quer ver lares organizados, mentes organizadas, instituições organizadas,
igrejas organizadas, liturgias organizadas, ministérios organizados... Qual uma
engrenagem que funciona num sincronismo perfeito, as instituições da igreja
devem coexistir, tanto a nível local como geral.
4. Reforma deve
promover a unidade. “Dando-lhes um só coração”. II Cr 30:12. Tem gente que
busca a reforma sozinho. Quer o poder pra si. Não se importa com os outros e
com o que os outros pensam. Mas a reforma possui uma face coletiva. Ela deve
contagiar o próximo e promover a unidade de pensamento e sentimento. Esse era o
sonho do apóstolo Paulo para os Filipenses em sua epístola da alegria. (Fp
2:3,4). Seria tão bom se a igreja buscasse a reforma visando a unidade EM AMOR!
Esse é o vínculo que deve reger nossos relacionamentos.
5. Na verdadeira
reforma, Cristo está no centro da vida e da pregação. Ezequias mandou que o
povo de Judá celebrasse novamente a Festa da Páscoa. Eles imolaram o cordeiro
pascal, símbolo da redenção e libertação em Cristo Jesus. (I Pe 1:19) A tónica
da reforma é a justificação pela fé. Lembremos que a salvação não é uma reforma
“de fora para dentro”, mas “de dentro para fora” - que vem primeiramente do
coração.
Muitos hoje buscam uma reforma apenas exterior. Pensam que a
reforma é apenas uma mudança na forma de se alimentarem. Pensam que se deixarem
de comer açúcar, por exemplo, alcançarão um nível superior de religiosidade.
Eles se equivocam, porém, que a reforma começa de dentro para fora. Eles se
esquecem de buscar e exaltar a Cristo em sua vida. Preocupam-se com a letra da
Lei e não com a espiritualidade da mesma. Você não acha que deveríamos colocar
novamente a Cristo como o foco de nossa reforma espiritual? Você não crê que a
mensagem da justificação pela fé está intrinsecamente ligada à mensagem da
santificação? Então por que costumeiramente disassociamos uma da outra em nossa
vida? Por que queremos buscar a santificação sem o constante depender de
Cristo? Precisamos fazer como Ezequias: relembrarmos que sem o sacrifício
vicário de Jesus, o Cordeiro de Deus, não existe Reforma espiritual.
6. Reforma gera
oposição em alguns. Muitos riram e zombaram ao saberem que Ezequias queria
promover novamente a Páscoa. II Cr 30:10. Para alguns, querer mudar de vida e
atitudes é algo quase impossível, pois irá gerar grande oposição ou
ridicularização por parte de amigos e familiares. Mas não existe outro caminho.
Quem quiser experimentar a reforma espiritual, deverá estar preparado para
críticas.
7. A oração intercessora
é indispensável na reforma. II Cr 30:18-20. Deus age quando oramos pelos
outros. Da mesma forma como ocorreu com Salomão (I Rs 8:46-50) e Daniel (Dn
9:5), Deus ouviu as orações de Ezequias em favor do Seu povo. Que exemplo para
nós hoje! “Muito pode por sua eficácia a súplica do justo”. Tg 5:16.
8. O resultado da
reforma é a pregação do evangelho. Depois de enviar cartas, correios para o
grande ajuntamento em Jerusalém, vieram muitos estrangeiros. Esse é o objetivo
da reforma pessoal e coletiva – a pregação das boas novas de salvação!
Certa vez, acharam escrito no diário de um pastor a seguinte
oração: “Senhor, reaviva a Tua igreja, mas começa comigo”. Precisamos fazer
essa mesma oração a Deus hoje. Precisamos aplicar esses princípios na nossa
vida, para que alcancemos a verdadeira reforma e reavivamento que tanto
necessitamos para o nosso tempo, se quisermos ver Jesus voltar na nossa
geração. Aí sim, receberemos o refrigério da chuva serôdia do Espírito Santo.
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