terça-feira, 29 de abril de 2014

SOFRENDO POR AMOR

I-         INTRODUÇÃO: S. Marcos 14-12-16.
Durante o dia de quinta-feira, os discípulos prepararam a Páscoa, sob a direcção de Pedro e de João. Esta Páscoa consistia em pães sem fermento, sumo de uva, e principalmente do sacrifício do Cordeiro pascal, cuja carne era assada em fogo e comida de imediato, com o sangue aspergia-se os umbrais das portas.

Na ausência de servos e na falta de iniciativa dos doze apóstolos, Jesus lavou os pés a todos, dando com isso um exemplo ímpar de humildade e serviço. Instituindo desta forma, e em substituição da pascoa, a Santa Ceia e o ritual do lava-pés.

Depois da Ceia, naquele mesmo lugar, no cenáculo o sermão do capítulo 14 de São João, no qual promete que depois de preparar moradas para os fiéis na casa do Seu Pai, voltaria para buscar os Seus discípulos. Prometeu enviar o Espírito Santo, outro Consolador igual a Ele, para que estive com ele para sempre.

Com as palavras: “Levantai-vos, vamo-nos daqui.” São João 14:31, de seguida saiu dali com o Seus discípulos, passando pelo portão oriental, que fica no sopé do monte Sião, frente ao Monte das Oliveiras, neste lugar demorou-se com os seus apóstolos.

Debaixo de uma videira, tendo como luz o luar, disse: “Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto, sem mim nada podeis fazer” São João 15:5.

Jesus reforça a promessa de enviar o Espírito Santo para ensinar os discípulos dos acontecimentos presentes e futuros, “...Tendo dito estas coisas, Jesus levantou os olhos aos céus...” (João 17:1) e fez a oração sacerdotal que se encontra no capítulo 17 de São João, na qual comunga com o Pai a vitória antecipada da salvação da humanidade. Ora pelos seus seguidores de todas as épocas, incluindo a vós e a mim. “Mas não rogo somente por estes, mas também por todos os que hão-de crer em mim, através das suas palavras” João 17:20.

Esta oração reflecte o desejo de Jesus no sentido que todos os Seus filhos estejam unidos uns aos outros, especialmente com Deus.

João 18:1. Agora Jesus está só, bebendo o cálice amargo da agonia, sabendo que brevemente será mal tratado e morto de forma cruel.

Um ódio satânico contra Jesus o Filho de Deus, fez dessa noite a noite mais negra da historia deste mundo.
Acompanhemos os passos de Jesus até à Sua agonia.

II- JESUS LAVA OS PÉS DOS DOZE APÓSTOLOS: 1ª João 13:2-5.
Este costume oriental de lavar os pés aos convidados, permitiu a Jesus de realizar pelos seus discípulos mais que uma lavagem dos pés. Com este acto, lavou-os da discórdia, da rivalidade, dos desejos de supremacia e do orgulho. Jesus quer lavar também a nossa vida. “Se não te lavar os pés não terás parte comigo” e dá-lhes um mandamento “Pois se eu Senhor e Mestre, vos lavo os pés, vós também deveis lavar os pés uns aos outros” João 13:8-15. A água é o símbolo do perdão para uma vida purificada. Ela limpa a alma e a torna mais branca que a neve.

III- PROMESSAS MARAVILHOSAS.
Depois da ceia, Jesus pronuncia uma promessa especial, naquele mesmo lugar – o cenáculo – “Na casa de meu pai há muitas moradas...vou preparar-vos lugar...e virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também.” João 14:1-3.

Que promessa! Viver para sempre com o nosso Criador nesta casa, no céu, esta promessa pertence-nos. Jesus em breve voltará e com Ele viveremos para sempre.

Naquela hora, a promessa das mansões não era suficiente para confortar os apóstolos. Nada, nem o céu, podia substituir a pessoa de Jesus. Então Jesus disse: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre”. João 14:16

Jesus deixou o Espírito Santo para que esteja connosco e nos guie em “Toda a verdade”, para dar-nos uma nova esperança.

IV- A AGONIA E O SOFRIMENTO DE CRISTO TRAZ-NOS A PAZ.
São Mateus 26:36-38,45,46.

Todo o trabalho pessoal e público de Jesus como mestre terminou. Agora inicia o Seu caminho para a cruz, para redimir aos pecadores. O verdadeiro cordeiro de Deus estava preparado para ser crucificado.

No jardim sofre a agonia, e dirigindo-se ao Pai diz: “Meu Pai se é possível, passa de mim este cálice” Mateus 26:39. Podia abandonar este mundo à sua sorte, voltar para o Seu trono de glória no céu, mas continua, vai até ao fim. Tão grande foi a Sua angústia que o seu suor “era como grandes gotas de sangue que corria e caía por terra.” Lucas 22:44.

V- AMOU-OS ATÉ AO FIM.
A atitude de Cristo naquele dia de Quinta-feira, está resumida em São João 13:1 “...sabendo Jesus a sua hora tinha chegado para que passasse deste mundo par ao Pai, como tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”

Ao lavar os pés dos discípulos Jesus deu uma demonstração inequívoca do seu amor incondicional pelos seus discípulos; ao participar na ceia com ele demonstrou o Seu grande amor. O pão era o símbolo do seu corpo oferecido em favor da nossa salvação.

Ao suportar a angústia e a agonia no Getsémani, Jesus estava indo até às últimas consequências do amor.

Qual será a nossa atitude perante tanto amor?

VI- APELO
Neste dia de Quinta-feira, Judas, Anás e Caifás e muitos outros fizeram a escolha errada, desprezaram a Jesus e o Seu amor. Pedro também falhou na hora da prova. Negou O que o amava, mas arrependeu-se, deu meia volta e converteu-se ao seu querido Senhor.


Qual é hoje, a nossa resposta a esse amor de Deus? Mesmo fracos e vacilantes, podemos experimentar o amor de Jesus na nossa vida.

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