sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Segredo de um Casamento Bem-Sucedido

Provérbios 30:18-19
Os estudiosos afirmam que Salomão escreveu Cantares na sua juventude; Eclesiastes na sua velhice e Provérbios no auge de sua maturidade. Em Provérbios ele trata dos mistérios da vida. A vida segue por caminhos que muitas vezes, são tidos pelos nossos olhos como sendo caminhos de mistérios. O sábio contempla a vida ao seu redor e evoca situações da própria existência que ele chama de maravilhosas demais, para explicar uma outra situação que nem ele consegue abarcar – o caminho de um homem com uma donzela, o caminho do casamento bem-sucedido.

O casamento está em crise. São inúmeras as questões que se sobrepõem ao casamento e que acabam por reduzir e banalizar a meras temporadas de vivência em conjunto. O Dr Bernardo Jablonski, no livro: “Até que a vida nos separe”, traz alguns números que apontam esta geração como a geração da falência conjugal. Destaca pesquisas do National Center for Health Statistics nos EUA que apontam que: 20% dos casamentos terminam antes do quinto ano de união. Este sobe para 33% até aos dez anos e 40% entre o décimo quinto ano de casamento. Isto comprova em tese a afirmação do Sociólogo Zigmund Baumann:
“Vivemos na era do amor líquido”. Um tempo em que NADA é durável e permanente
E para explicar a arte da vida conjugal bem-sucedida num mundo de casamentos líquidos, o sábio aponta três metáforas maravilhosas que nos ensinam:

1. Neste caminho há dinamismo.
As três metáforas descritas pelo sábio apontam para situações de movimento: a águia quando voa, a cobra que rasteja nas pedras e o navegar de um navio no meio do mar. O casamento não é estático. O casamento é dinâmico, tem movimento como as ondas do mar, tem crescimento, tem frutificação.

A grande lição deste texto é ensinar-nos que o caminho de amor de um homem com uma mulher não pode estacionar, não pode paralisar, não deve cair em rotina. Muitos são os lares em crise devido à falta de percepção que o casamento é algo dinâmico, intenso e que necessita de investimento diário.

2. Neste caminho há obstáculos.
Os três exemplos apresentados pelo sábio evocam elementos naturais que o homem não pode dominar: o ar, o mar e as pedras. Até hoje o homem não consegue por meio da tecnologia dominar as correntes de ar para favorecer a lavoura.

Não consegue subjugar a força dos oceanos que eclodem muitas vezes, em tsunamis arrasadores. E nem as pedras que teimam em ceder deslizando nas encostas e provocam mortes, terramotos e tragédias sem fim.

O casamento tem obstáculos naturais. Ilude-se quem não os considera. O Poeta Carlos Drumond de Andrade escreveu: “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas netinhas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho estava uma pedra, uma pedra estava no meio do caminho no meio do caminho havia uma pedra.” Talvez, o melhor título para este poema fosse: Casamento: a arte de enfrentar as pedras no meio do caminho.

3. Neste caminho manifestam-se virtudes.
A águia tem seu voo rectilíneo, majestoso e altivo. A águia no seu voo busca coisas vivas para se alimentar. Os abutres voam em círculos e alimenta-se de carne podre. Os casamentos necessitam ser alimentados com vida, com voos em rectidão e nobreza (Hebreus 13.4). A cobra que rasteja encontra pedras no caminho. Não deixa nelas rasto. Não se fere, pois aprendeu a deslizar entre elas de maneira habilidosa.

Muitos casamentos são marcados pela dor, amargura e desilusão, pois ambos não souberam caminhar entre as pedras sem se ferir. E, por fim, o caminho do navio no meio do mar, que aponta para a necessidade da busca de orientação segura e precisa que vem dos céus, que vem de Deus.

Os navegadores não dispunham de GPS, nem de bússola. Olhavam para os céus, para o firmamento em busca de direcção segura. O salmista dizia: “Elevo os meus olhos para os montes… de lá me virá o socorro”. Salmo 121:1, vou ler o Salmo todo. Será o Salmo do vosso casamento.

Conclusão:
O caminho de um homem com uma donzela para ser bem-sucedido tem todos estes desafios. Deus nos ajude a vivê-los com a sabedoria da Palavra!

1 comentário:

Prof. Helio O. LIma disse...

ESTE PROVÉRBIO NAO É DE SALOMÃO E SIM DE AGUR