Um fenómeno intrigante assalta nossas mentes nos dias atuais: Por que está cada vez mais difícil vivermos juntos até que a morte nos separe? Essa questão não é uma realidade apenas dos nossos dias, bem o sabemos, mas acentua-se drasticamente.
Se na Bíblia está escrito que o casamento deve perdurar por toda a vida, cabe uma explicação dessa recomendação diante do que parece ser uma imposição semelhante a um castigo. Aliás, muitos o entendem como uma ordem que impõe algo impossível. Em muitos casos, o cumprimento do que parece ser uma ordem, torna-se uma vida de tortura. Mas, em algum lugar, há algo que não está sendo bem entendido. Ou não haveria tantos fracassos no casamento, assim como também não haveria tanta infelicidade em todos os ambientes. Não haveria tanta necessidade de procura por felicidade, sem que seja encontrada. Estariam as pessoas procurando de maneira errada? Em lugar errado?
Partamos do pressuposto verdadeiro de que DEUS não se enganou quando determinou a indissolubilidade do casamento. Se Ele, que é o Criador, fez tal recomendação, por certo sabia do que estava falando! Será que Ele, que é todo amor, que só pensa o bem a nosso respeito, conforme o diz em Jeremias 29:11 “Eu é que sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais”, teria dado uma ordem inviável de ser cumprida. Será que o amor está superado, na realidade não existe? Será utopia, um sonho irreal? Ou, não se daria que nós, numa esmagadora maioria, não sabemos o que é o amor? De duas uma: ou DEUS está exigindo demais, ou nós estamos enganados quanto ao que seja o amor.
Se DEUS verdadeiramente pensa assim a nosso respeito, por certo o modo como determinou a relação entre homem e mulher, no casamento, deve ser a melhor, o modo perfeito de se viver. Por que então não dá certo? Estaria a falha em DEUS, como da parte de muitos se houve falar? Não podemos aceitar isso. Tal postura, sem dúvida, dificulta mais ainda que encontremos a solução e, o que é pior leva-nos a um sofrimento cada vez mais intenso, confuso, aparentemente sem solução. A persistência no erro agrava a situação, qualquer pessoa pode concluir isso. E, se DEUS está certo, então há solução para os que se sentem infelizes, “para DEUS tudo é possível!” (S. Marcos 10:27).
Quando DEUS criou Adão e Eva, os pais da humanidade, Ele os fez puros. Adão amava a sua esposa e sentia forte atração por ela. Eva amava o seu esposo e sentia-se atraída a ele. O amor é assim, atrai os que se amam, um para perto do outro.Isto é de tal maneira verdadeiro que, quando nos amamos, sentimos muito as eventuais separações, até mesmo as temporárias. São crianças que não querem separar-se de seus amigos, são pais que não querem ficar longe dos filhos para estudar em outra cidade, são amigos que sentem o afastamento uns dos outros… Até o pequeno bebezinho, quando separado da mãe, sente que algo está errado e anuncia em alto e bom som. O amor une, nunca afasta. A natureza do amor é unir as pessoas, quanto mais amor, maior o desejo de permanecerem unidas. Quanto mais amor, mais intensa a união, também mais permanente ela será. Foi feito assim no original por parte do Criador. É que unidos somos mais felizes. DEUS tem pensamentos de paz e de felicidade para com aqueles que Ele mesmo criou. Sendo Ele um DEUS de amor, e esse é o Seu caráter, como poderia Ele criar situações onde a felicidade se tornasse inviável? Inadmissível, você não acha?
Uma das principais características do amor é a atração mútua, o desejo de permanecermos juntos. Isso se evidencia entre os namorados, que se alegram quando se encontram e sentem o afastamento, mesmo que por poucas horas. Assim deveria ser sempre, a sensação de querer estar junto de quem se ama, junto o tempo todo. O próprio DEUS, que é todo amor, e fonte de amor, diz: ”Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
A atração mútua é a chave da felicidade e o modo de ser do amor. O amor jamais impõe, nunca exerce domínio, não força a situação, não controla. O amor não desconfia, não pensa maldade do outro e não age falsamente. Nunca! Sob a influência do amor, é impossível o uso da força, a imposição da vontade própria sobre a de outro, o constrangimento. Isso jamais acontecerá; não existe essa possibilidade. O amor atrai, une e, deste modo, age sempre na direção do bem e da felicidade. Por isso tem condições de ser eterno, sem fim, pode durar sempre. Seu caráter de eternidade torna-se desejável. Amar é bom! JESUS, em Sua passagem entre nós, demonstrou isso. Ele, que era DEUS, que nos criou e, portanto, sabe como todas as coisas devem ser para que seja bom, mostrou a natureza do amor. Ele jamais impôs qualquer coisa sobre as pessoas. JESUS, revelando a natureza de DEUS, atraía as pessoas por onde andava. Livre e espontaneamente O procuravam para estar com Ele e ouvi-lo, sem que fizesse para isso qualquer propaganda. Por onde andava, multidões O seguiam, sentindo-se atraídas por algo que a elas era misterioso. Essa atração deu-se porque JESUS amava as pessoas, tão somente pensava em querer e fazer o bem a todas, não importando o que pensassem dEle ou que retribuição recebesse em troca. O amor não se preocupa com retribuição, quer seja recompensa, quer ingratidão. A tal ponto chegou a atração que JESUS exercia sobre as multidões que, em certa ocasião, disse aos seus discípulos: “Vamos descansar um pouco!” (S. Marcos 6:31). Era tanta gente a segui-lo a todo o momento que Ele e os discípulos necessitavam de um pouco de repouso à parte.
Nós fomos criados seres sociais e, como tais, necessitamos uns dos outros. Por isso é que a essência do mandamento diz: “Amai-vos uns aos outros” (S. João 13:34). Os seres humanos, por não entenderem o quanto necessitam uns dos outros, acarretam sobre si enorme carga de desentendimento, problemas insolúveis e muita desgraça. Se entendêssemos bem o que significa sermos seres sociais, compreenderíamos como nos devemos relacionar uns com os outros. Seríamos inclinados a pensar em como beneficiar o nosso semelhante, não em como explorá-lo. Nós fomos criados assim, seres sociais. Essa é uma das condições para sermos felizes. Mas, ao longo desse período de degradação, a que já vão em torno de seis mil anos, desenvolvemos outros princípios de vida, contrários a nossa própria natureza. Dessa forma, tornamo-nos “néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres (busca ilusória da felicidade), vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros” (Tito 3:3). Em decorrência, nossos intentos mais íntimos estão relacionados a como obter dos outros benefício, não em dar benefício. Daí por diante, nada mais funciona direito. Isso é ilegal do ponto de vista do Criador.
Com esses princípios ilegais, queremos que tudo dê certo. Mas não nos convencemos pelos fatos do dia-a-dia, de que tal forma de vida resulta numa infinidade de consequências desastrosas, não só para aqueles que pertencem ao nosso círculo íntimo, mas para todas as nossas relações, atingindo inclusive a natureza, que DEUS nos deu para cuidarmos (Génesis 2:15). Os problemas daí decorrentes estendem-se para muito além da família, atingem as empresas, a sociedade, os países e o planeta todo. A perfeita Lei de DEUS não está sendo observada. As consequências desastrosas decorrem disso. Pense, o mal jamais poderia advir do amor, ou da obediência ao amor, jamais!
Um dos princípios que muito utilizamos, e que entendemos ser inteligente - somos orgulhosos demais para admitir que nos prejudica e nos deixa infelizes - que destrói a família tal como originalmente foi concebida, é o ódio. O ódio é o contrário do amor. Pode parecer incrível, mas é isso mesmo: ódio. Como humanidade, temos orgulho do uso do ódio. Ele até tornou-se uma próspera indústria para ganhar dinheiro, desde armas até filmes e muitas coisas que o envolvem.
Um casal, após o casamento, aos poucos permite o infiltramento do ódio em seu lar e imperceptivelmente, ocorre o afastamento um do outro. Se no amor somos atraídos uns aos outros, no ódio somos levados ao afastamento uns dos outros. No extremo, nos separamos definitivamente. Em grande escala, fabricamos armas e vamos à guerra para matar nosso semelhante. Qual a causa? O ódio, nas suas mais incríveis e diversificadas formas.
São, inicialmente, pequenos desentendimentos não resolvidos, diferenças de opinião que se tornam num oceano impossível a de ser transposto, expectativas não correspondidas, falta de capacidade para ver o ponto de vista do outro, falta de cortesia e muito mais. Há milhões de maneiras de praticar o ódio sem nos darmos conta.
Essas pequenas coisas não podem ser resolvidas havendo ódio entre um casal, mesmo que em quantidade tão pequena que se torne imperceptível. Sob o amor, todas as diferenças são identificadas e resolvidas, é impossível haver falha permanente. Sob o amor, tanto o que é bom quanto o que acontece de mau, tudo, por fim, acaba contribuindo para o fortalecimento do próprio amor e para maior felicidade entre as pessoas. O amor é diferente do que estamos acostumados a ver em nosso redor. Multidões que desconhecem o verdadeiro amor procuram soluções em lugares onde somente se conhece a experiência e o conhecimento do ódio.
Vejamos isso um pouco mais de perto. No dia-a-dia, onde quer que for, resolvemos quase tudo na base do ódio. É uma resposta indelicada ou, simplesmente do tipo que demonstra que não gostamos. Por exemplo: “Já lhe disse isso, quer que repita?” “Você não entende nada mesmo!” “Outra vez atrasada?” Isso sem falar nas famosas “pegadinhas” pelas quais nos satisfazemos por humilhar o nosso próximo, mesmo por um pequeno momento, até obtermos uma “resposta a altura”. O nosso viver diário é assim, na base da disputa, do ódio. Fazemos, na maioria das vezes, inconscientemente, sem nos darmos conta das consequências. Passa a ser normal.
O amor não age dessa maneira. Nós agimos sob a influência do ódio e sequer percebemos. Ainda pensamos estar utilizando de muita inteligência; quando é o contrário. Para amar, é necessário inteligência, para odiar, basta ter ódio, mais nada.
DEUS, quando nos criou, não nos fez para que nos odiássemos uns aos outros, mas para que nos amássemos uns aos outros. Um pouco de ódio numa relação de amor fermenta tudo, e em pouco tempo, desaparece o amor. Então, inventamos uma “solução inteligente”(?): separação ou divórcio, a legítima consequência do ódio. O ódio gera soluções de ódio, que nada resolvem, apenas enganam.
Pessoas que verdadeiramente se amam jamais alcançam uma situação tal em que não possam mais suportar-se. Elas sentirão, ao longo do convívio, crescente atração entre si, a ponto de se desejarem cada vez mais. Cada dia surpreendem com novas atrações. Elas querem ficar unidas sempre, tal como DEUS disse. A novidade de vida entre aqueles que verdadeiramente se amam é inesgotável. Esse é o normal, ou melhor, o original, a condição que vigorava quando fomos criados. Nunca se tornarão insuportáveis um ao outro, muito menos hostis.
A necessidade de separação não é normal, é uma cunha na felicidade e sempre resulta em tristeza para alguém, muitas vezes um ser inocente. JESUS explica que o divórcio existe por causa da dureza do coração dos seres humanos (S. Marcos 10:5). Ele explica que no princípio, antes que houvesse pecado, homem e mulher viviam felizes, sem que houvesse necessidade de separação. Ele os fizera assim (S. Marcos 10:6 a 9).
Na sociedade atual, faz tempo que esquecemos como se vive bem. Pensamos saber o que é o amor. Na realidade, não sabemos. O que entendemos por amor, na maioria dos casos, é até o contrário. Essa é a razão por que brigamos, nos separamos, por que guerreamos, por que exploramos nossos semelhantes. É o porquê das crises sociais e económicas. É também a razão da destruição da natureza. É a razão das dificuldades que atingem a humanidade. Todas as dificuldades são geradas dessa forma.
Se é assim, parece fácil resolver, não acha? E é fácil mesmo, basta amar com autenticidade. Mas é necessário conhecer bem o amor e a sua natureza. É preciso conhecer o seu Autor. Se você persistir na leitura desse livro, vai descobrir muitas coisas interessantes sobre o amor e sobre o seu Autor. Vai surpreender-se sobre quão fácil é ser feliz e promover a felicidade de todos aqueles com quem entra em contato.
Professor Sikberto Renaldo Marks
Se na Bíblia está escrito que o casamento deve perdurar por toda a vida, cabe uma explicação dessa recomendação diante do que parece ser uma imposição semelhante a um castigo. Aliás, muitos o entendem como uma ordem que impõe algo impossível. Em muitos casos, o cumprimento do que parece ser uma ordem, torna-se uma vida de tortura. Mas, em algum lugar, há algo que não está sendo bem entendido. Ou não haveria tantos fracassos no casamento, assim como também não haveria tanta infelicidade em todos os ambientes. Não haveria tanta necessidade de procura por felicidade, sem que seja encontrada. Estariam as pessoas procurando de maneira errada? Em lugar errado?
Partamos do pressuposto verdadeiro de que DEUS não se enganou quando determinou a indissolubilidade do casamento. Se Ele, que é o Criador, fez tal recomendação, por certo sabia do que estava falando! Será que Ele, que é todo amor, que só pensa o bem a nosso respeito, conforme o diz em Jeremias 29:11 “Eu é que sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais”, teria dado uma ordem inviável de ser cumprida. Será que o amor está superado, na realidade não existe? Será utopia, um sonho irreal? Ou, não se daria que nós, numa esmagadora maioria, não sabemos o que é o amor? De duas uma: ou DEUS está exigindo demais, ou nós estamos enganados quanto ao que seja o amor.
Se DEUS verdadeiramente pensa assim a nosso respeito, por certo o modo como determinou a relação entre homem e mulher, no casamento, deve ser a melhor, o modo perfeito de se viver. Por que então não dá certo? Estaria a falha em DEUS, como da parte de muitos se houve falar? Não podemos aceitar isso. Tal postura, sem dúvida, dificulta mais ainda que encontremos a solução e, o que é pior leva-nos a um sofrimento cada vez mais intenso, confuso, aparentemente sem solução. A persistência no erro agrava a situação, qualquer pessoa pode concluir isso. E, se DEUS está certo, então há solução para os que se sentem infelizes, “para DEUS tudo é possível!” (S. Marcos 10:27).
Quando DEUS criou Adão e Eva, os pais da humanidade, Ele os fez puros. Adão amava a sua esposa e sentia forte atração por ela. Eva amava o seu esposo e sentia-se atraída a ele. O amor é assim, atrai os que se amam, um para perto do outro.Isto é de tal maneira verdadeiro que, quando nos amamos, sentimos muito as eventuais separações, até mesmo as temporárias. São crianças que não querem separar-se de seus amigos, são pais que não querem ficar longe dos filhos para estudar em outra cidade, são amigos que sentem o afastamento uns dos outros… Até o pequeno bebezinho, quando separado da mãe, sente que algo está errado e anuncia em alto e bom som. O amor une, nunca afasta. A natureza do amor é unir as pessoas, quanto mais amor, maior o desejo de permanecerem unidas. Quanto mais amor, mais intensa a união, também mais permanente ela será. Foi feito assim no original por parte do Criador. É que unidos somos mais felizes. DEUS tem pensamentos de paz e de felicidade para com aqueles que Ele mesmo criou. Sendo Ele um DEUS de amor, e esse é o Seu caráter, como poderia Ele criar situações onde a felicidade se tornasse inviável? Inadmissível, você não acha?
Uma das principais características do amor é a atração mútua, o desejo de permanecermos juntos. Isso se evidencia entre os namorados, que se alegram quando se encontram e sentem o afastamento, mesmo que por poucas horas. Assim deveria ser sempre, a sensação de querer estar junto de quem se ama, junto o tempo todo. O próprio DEUS, que é todo amor, e fonte de amor, diz: ”Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
A atração mútua é a chave da felicidade e o modo de ser do amor. O amor jamais impõe, nunca exerce domínio, não força a situação, não controla. O amor não desconfia, não pensa maldade do outro e não age falsamente. Nunca! Sob a influência do amor, é impossível o uso da força, a imposição da vontade própria sobre a de outro, o constrangimento. Isso jamais acontecerá; não existe essa possibilidade. O amor atrai, une e, deste modo, age sempre na direção do bem e da felicidade. Por isso tem condições de ser eterno, sem fim, pode durar sempre. Seu caráter de eternidade torna-se desejável. Amar é bom! JESUS, em Sua passagem entre nós, demonstrou isso. Ele, que era DEUS, que nos criou e, portanto, sabe como todas as coisas devem ser para que seja bom, mostrou a natureza do amor. Ele jamais impôs qualquer coisa sobre as pessoas. JESUS, revelando a natureza de DEUS, atraía as pessoas por onde andava. Livre e espontaneamente O procuravam para estar com Ele e ouvi-lo, sem que fizesse para isso qualquer propaganda. Por onde andava, multidões O seguiam, sentindo-se atraídas por algo que a elas era misterioso. Essa atração deu-se porque JESUS amava as pessoas, tão somente pensava em querer e fazer o bem a todas, não importando o que pensassem dEle ou que retribuição recebesse em troca. O amor não se preocupa com retribuição, quer seja recompensa, quer ingratidão. A tal ponto chegou a atração que JESUS exercia sobre as multidões que, em certa ocasião, disse aos seus discípulos: “Vamos descansar um pouco!” (S. Marcos 6:31). Era tanta gente a segui-lo a todo o momento que Ele e os discípulos necessitavam de um pouco de repouso à parte.
Nós fomos criados seres sociais e, como tais, necessitamos uns dos outros. Por isso é que a essência do mandamento diz: “Amai-vos uns aos outros” (S. João 13:34). Os seres humanos, por não entenderem o quanto necessitam uns dos outros, acarretam sobre si enorme carga de desentendimento, problemas insolúveis e muita desgraça. Se entendêssemos bem o que significa sermos seres sociais, compreenderíamos como nos devemos relacionar uns com os outros. Seríamos inclinados a pensar em como beneficiar o nosso semelhante, não em como explorá-lo. Nós fomos criados assim, seres sociais. Essa é uma das condições para sermos felizes. Mas, ao longo desse período de degradação, a que já vão em torno de seis mil anos, desenvolvemos outros princípios de vida, contrários a nossa própria natureza. Dessa forma, tornamo-nos “néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres (busca ilusória da felicidade), vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros” (Tito 3:3). Em decorrência, nossos intentos mais íntimos estão relacionados a como obter dos outros benefício, não em dar benefício. Daí por diante, nada mais funciona direito. Isso é ilegal do ponto de vista do Criador.
Com esses princípios ilegais, queremos que tudo dê certo. Mas não nos convencemos pelos fatos do dia-a-dia, de que tal forma de vida resulta numa infinidade de consequências desastrosas, não só para aqueles que pertencem ao nosso círculo íntimo, mas para todas as nossas relações, atingindo inclusive a natureza, que DEUS nos deu para cuidarmos (Génesis 2:15). Os problemas daí decorrentes estendem-se para muito além da família, atingem as empresas, a sociedade, os países e o planeta todo. A perfeita Lei de DEUS não está sendo observada. As consequências desastrosas decorrem disso. Pense, o mal jamais poderia advir do amor, ou da obediência ao amor, jamais!
Um dos princípios que muito utilizamos, e que entendemos ser inteligente - somos orgulhosos demais para admitir que nos prejudica e nos deixa infelizes - que destrói a família tal como originalmente foi concebida, é o ódio. O ódio é o contrário do amor. Pode parecer incrível, mas é isso mesmo: ódio. Como humanidade, temos orgulho do uso do ódio. Ele até tornou-se uma próspera indústria para ganhar dinheiro, desde armas até filmes e muitas coisas que o envolvem.
Um casal, após o casamento, aos poucos permite o infiltramento do ódio em seu lar e imperceptivelmente, ocorre o afastamento um do outro. Se no amor somos atraídos uns aos outros, no ódio somos levados ao afastamento uns dos outros. No extremo, nos separamos definitivamente. Em grande escala, fabricamos armas e vamos à guerra para matar nosso semelhante. Qual a causa? O ódio, nas suas mais incríveis e diversificadas formas.
São, inicialmente, pequenos desentendimentos não resolvidos, diferenças de opinião que se tornam num oceano impossível a de ser transposto, expectativas não correspondidas, falta de capacidade para ver o ponto de vista do outro, falta de cortesia e muito mais. Há milhões de maneiras de praticar o ódio sem nos darmos conta.
Essas pequenas coisas não podem ser resolvidas havendo ódio entre um casal, mesmo que em quantidade tão pequena que se torne imperceptível. Sob o amor, todas as diferenças são identificadas e resolvidas, é impossível haver falha permanente. Sob o amor, tanto o que é bom quanto o que acontece de mau, tudo, por fim, acaba contribuindo para o fortalecimento do próprio amor e para maior felicidade entre as pessoas. O amor é diferente do que estamos acostumados a ver em nosso redor. Multidões que desconhecem o verdadeiro amor procuram soluções em lugares onde somente se conhece a experiência e o conhecimento do ódio.
Vejamos isso um pouco mais de perto. No dia-a-dia, onde quer que for, resolvemos quase tudo na base do ódio. É uma resposta indelicada ou, simplesmente do tipo que demonstra que não gostamos. Por exemplo: “Já lhe disse isso, quer que repita?” “Você não entende nada mesmo!” “Outra vez atrasada?” Isso sem falar nas famosas “pegadinhas” pelas quais nos satisfazemos por humilhar o nosso próximo, mesmo por um pequeno momento, até obtermos uma “resposta a altura”. O nosso viver diário é assim, na base da disputa, do ódio. Fazemos, na maioria das vezes, inconscientemente, sem nos darmos conta das consequências. Passa a ser normal.
O amor não age dessa maneira. Nós agimos sob a influência do ódio e sequer percebemos. Ainda pensamos estar utilizando de muita inteligência; quando é o contrário. Para amar, é necessário inteligência, para odiar, basta ter ódio, mais nada.
DEUS, quando nos criou, não nos fez para que nos odiássemos uns aos outros, mas para que nos amássemos uns aos outros. Um pouco de ódio numa relação de amor fermenta tudo, e em pouco tempo, desaparece o amor. Então, inventamos uma “solução inteligente”(?): separação ou divórcio, a legítima consequência do ódio. O ódio gera soluções de ódio, que nada resolvem, apenas enganam.
Pessoas que verdadeiramente se amam jamais alcançam uma situação tal em que não possam mais suportar-se. Elas sentirão, ao longo do convívio, crescente atração entre si, a ponto de se desejarem cada vez mais. Cada dia surpreendem com novas atrações. Elas querem ficar unidas sempre, tal como DEUS disse. A novidade de vida entre aqueles que verdadeiramente se amam é inesgotável. Esse é o normal, ou melhor, o original, a condição que vigorava quando fomos criados. Nunca se tornarão insuportáveis um ao outro, muito menos hostis.
A necessidade de separação não é normal, é uma cunha na felicidade e sempre resulta em tristeza para alguém, muitas vezes um ser inocente. JESUS explica que o divórcio existe por causa da dureza do coração dos seres humanos (S. Marcos 10:5). Ele explica que no princípio, antes que houvesse pecado, homem e mulher viviam felizes, sem que houvesse necessidade de separação. Ele os fizera assim (S. Marcos 10:6 a 9).
Na sociedade atual, faz tempo que esquecemos como se vive bem. Pensamos saber o que é o amor. Na realidade, não sabemos. O que entendemos por amor, na maioria dos casos, é até o contrário. Essa é a razão por que brigamos, nos separamos, por que guerreamos, por que exploramos nossos semelhantes. É o porquê das crises sociais e económicas. É também a razão da destruição da natureza. É a razão das dificuldades que atingem a humanidade. Todas as dificuldades são geradas dessa forma.
Se é assim, parece fácil resolver, não acha? E é fácil mesmo, basta amar com autenticidade. Mas é necessário conhecer bem o amor e a sua natureza. É preciso conhecer o seu Autor. Se você persistir na leitura desse livro, vai descobrir muitas coisas interessantes sobre o amor e sobre o seu Autor. Vai surpreender-se sobre quão fácil é ser feliz e promover a felicidade de todos aqueles com quem entra em contato.
Professor Sikberto Renaldo Marks
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