terça-feira, 2 de agosto de 2011

A NOSSA VIDA É ENTRE FERAS E ANJOS

Mc 1:9-13
9 – E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no rio Jordão.
10 – E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.
11 – E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.
12 – E logo o Espírito o impeliu para o deserto.
13 – E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.
As experiências vividas por Jesus Cristo no Jordão, por ocasião do Seu batismo e no deserto da tentação durante quarenta dias, retratam a realidade de cada um de nós, os momentos felizes e de tristezas, de altos e baixos, de dias cheios de bonança e de tempestades, de fartura e de escassez, de saúde e de enfermidades, etc. São as contradições da vida humana.
Nesta MENSAGEM, Jesus ensina como administrar estas contradições e como tirar proveito delas. Vamos a elas:
1. EXISTEM DIAS DE CÉUS ABERTOS E DIAS DE PORTAS FECHADAS.
1.1 Céus abertos no Jordão e portas fechadas no deserto.
• Provar a benção de ter na vida os céus abertos, não protege ninguém de passar por momentos de aflições e problemas; é o que Jesus nos ensina na experiência de seu baptismo no Jordão e na dura prova no deserto.
• Salomão fala em Eclesiastes 7:14, resume toda a história humana ao mencionar sobre o dia da prosperidade e o dia da adversidade. Quem não gostaria de viver todos os seus dias sobre a terra, em plena alegria e felicidade, e que a passagem pela existência fosse um verdadeiro Édem; penso que todos desejariam. No entanto, a nossa realidade é constantemente regida pelo contraditório: Bençãos e tribulações, alegrias e tristezas, saúde e doenças, mesa farta e fome, etc...
1.2 Lições que podemos tirar do Jordão e do deserto.
• O mesmo Deus que abre os céus para abençoar pode fechar as portas, porque Ele é Soberano – Ap 3:7
• O facto de num dia termos céus abertos e em seguida as portas se fecharem, não significa que Deus nos abandonou – João 16:33; Is 43:1,2
• O Deus que nos declara debaixo de céus abertos também declara que somos seus filhos amados (Mc 1:10,11) é o mesmo que nos dá poder para vencer o diabo no deserto da tentação (Ap 12:11), e que pelo poder da Sua Palavra nos faz triunfar. Lembremo-nos que Jesus venceu o diabo pela autoridade da Sua Palavra (Mt 4:1-11)(Ef 6:17) (Sl 149:6)
2. O MESMO ESPÍRITO QUE NOS UNGE, NOS LEVA PARA O CAMPO DE BATALHA.
2.1 Deus unge para os grandes desafios.
• Pensar que fomos ungidos para estar nesta terra, como alguém que faz um “tour” pela Dysney World é verdadeiro engano. A unção divina nas nossas vidas fala de delegação de poder e autoridade para as grande lutas e desafios. A maioria dos pregadores que temos ouvido quando pregam ou ensinam sobre o glorioso Baptismo do Espírito, enfatizam com extremada ênfase, que tal revestimento de poder, leva o crente a uma elevada dimensão de glória, a ter visões e revelações do Céu, a falar com audácia, a operar com poder através dos dons do Espírito. Dificilmente alguém prega sobre este assunto, e assevera que tal poder também é capacitação para a prova, para as terríveis batalhas espirituais.(Lc 10:18,19)
• A exemplo notemos que Davíd no Salmo 23, ao falar da unção recebida do Senhor, que fez seu cálice transbordar; menciona o lugar onde isto se deu, um lugar interessantemente estranho para alguém ser ungido: No deserto sob a guerra, rodeado por toda sorte de inimigos. “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” (Sl 23:5)
2.2 Duas palavras que andam juntas: Unção e Batalha.
“E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.” “E, logo o Espírito o impeliu para o deserto.” (Mc 1:10, 12)
• Mateus 4:1, diz que o Espírito Santo conduziu Jesus para o deserto com o propósito de ser tentado pelo diabo. Não nos esqueçamos que ao nos ungir, o Senhor está nos está a preparar para a guerra. Ao nos ungir está a levar-nos ao campo da prova.
• Ungidos para guerra:
David não recebeu a unção apenas para cantar salmos e tocar harpa, mas também para vencer gigantes e exércitos (1 Sm 16:13; 17:32-58)
Paulo não foi ungido apenas para ter visões do terceiro Céu, mas para enfrentar lutas e tribulações (At 9:17,18; 14:22) (2 Co 6:4-10; 11:23-28) (Rm 8:31-39)
Querido(o) leitor(a), guardemos esta verdade nos nossos corações, e que diante dos grandes desafios e das terríveis batalhas da vida, vençamos por Cristo que nos ungiu (2 Co 1:21) (Is 10:27)
3. A NOSSA VIDA É ENTRE FERAS E ANJOS.
“...E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.” (Mc 1:13)
3.1 Viver entre feras e anjos significa, que a vida cristã não é somente alegria e prosperidade material; mas também é senda de lutas e tribulações. Como bem descreve Cantares 2:2, somos como um lírio entre espinhos. Tem beleza e encanto, mas tem também feridas e dor. Mas, lembremo-nos sempre que a tribulação não vem contra nós para nos destruir, mas para gerar em nós mais crescimento e maturidade (Rm 5:3-5)
3.2 Viver entre feras e anjos significa, que apesar da ameaça presente dos ataques infernais, somos protegidos pelo Senhor (Sl 34:7)(Sl 91:13)(Hb 1:14). Vivemos diariamente a experiência do profeta Daniel na cova dos leões. Que ao tocar com seus pés naquela cova, pode certamente dizer: “Aqui há feras, mas também há anjos”
(Dan. 6:16-23)

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