sexta-feira, 26 de março de 2010

A IGREJA NECESSITA DE MEMBROS COMO ESTÊVÃO

HISTÓRIA: CRIANÇAS
Esteja contente!
Conta-se a história de um rei que um dia foi ao seu jardim e encontrou tudo murchando e morrendo.
Perguntou ao carvalho que estava perto do portão o que estava acontecendo, e descobriu que ele estava cansado de viver e tinha decidido morrer porque não era alto e lindo como o pinheiro. O pinheiro estava todo desconsolado porque não dava uvas como a videira.
A videira ia desistir da vida porque não conseguia estar direita e dar frutos lindos como o pessegueiro. O alecrim estava todo choroso por não ser alto e perfumado como o lilás; e assim por diante, em todo o jardim.
Quando chegou a um pequenino amor-perfeito, encontrou-o de rostinho levantado, radiante e animado como sempre. "Finalmente, amor-perfeito, ainda bem que no meio de todo este desânimo há uma florzinha corajosa. És a única que não está desanimada."
"Não, eu não sou muito importante, mas pensei que se o senhor quisesse um carvalho ou um pinheiro, um pessegueiro ou um lilás, teria plantado um, mas eu sabia que o senhor queria um amor-perfeito, por isso estou determinado a ser o melhor amor-perfeito que eu puder."
Estêvão certamente se enquadrou no perfil daqueles a quem o autor aos Hebreus se refere: “dos quais o mundo não era digno” (Hb 11:38).

I. UMA VIDA ÍNTEGRA
No capítulo 6 de Actos temos o relato de como a comunidade cristã lidou com uma dificuldade que surgiu face ao crescimento do número de discípulos. Os apóstolos sugeriram à Igreja a escolha de 7 pessoas que pudessem se responsabilizar por aquela importante área. O verso 3 contém o perfil dos tais varões a serem indicados pela Igreja: de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”.
Destaco por hora uma das qualidades: “boa reputação”. A Igreja continua carecendo de ter à frente pessoas de boa índole cristã, irrepreensíveis, de boa reputação. Exactamente como Daniel, no AT e Estêvão, no NT. Pessoas que se coloquem como referenciais para dizerem como Paulo: Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. (I Co 11:1).
A integridade de Estêvão era tanta que o recurso usado pelos incrédulos judeus foi o de subornar falsas testemunhas contra ele: Então subornaram uns homens, para que dissessem: ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. (At 6:11).

II. UM HOMEM CHEIO DO PODER DO ESPÍRITO SANTO
Observe nos dois capítulos bíblicos que fazem menção a Estêvão como o fato dele ser cheio do poder do Espírito Santo é realçado:
E elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo... (Actos 6:5);
E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. (6:8);
E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava... (6:10);
Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus. (7:55)
Uma vida cheia do Espírito é consequência de se viver integralmente para o Senhor (como visto no 1o. ponto). Estêvão não cometia o erro que denunciou nos judeus para quem ele testemunhou no conselho: vós sempre resistis ao Espírito Santo (7:52).
Fé, poder, autoridade, milagres, prodígios, sinais, sabedoria... são qualidades que encontramos neste homem, tudo decorrência da acção do Espírito Santo em sua vida.

A Igreja precisa de pessoas que se submetam ao Espírito de Deus. O Espírito é o responsável por transformar tais vidas, como transformou Saul em I Samuel. A palavra que o profeta Samuel deu ao jovem benjamita, que não conseguira encontrar as jumentas perdidas de seu pai e por isso recorreu ao profeta foram: (I Samuel 10) E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e te mudarás em outro homem (v. 6). Sucedeu pois que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro: e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia (v. 9). E aconteceu que, como todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava, então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? Está também Saul entre os profetas? (v. 11).

III. UM HOMEM CHEIO DE AMOR
O que o texto bíblico de Actos 7:59 e 60 relata me parece suficiente para dizer com certeza que Estêvão tinha uma grande unção de amor. Sua última oração assemelha-se à que Jesus fez na cruz: E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu (60). (Lucas 23:34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...)
Este unção leva a pessoa a servir aos irmãos e a buscar os perdidos com o Evangelho. E isto Estêvão fez muito bem.
No capítulo 8 temos a referência ao sepultamento do corpo de Estêvão (que não morreu, mas “adormeceu”): E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto (v. 2). Ninguém é insubstituível na Igreja, afinal, Jesus é a pedra angular. Por outro lado, pessoas como Estêvão fazem muita falta. Deixam muitas saudades.
Muitas lições podemos tirar do episódio do encontro de Jesus com Pedro, após a ressurreição, junto ao mar de Tiberíades, conforme João 21:15ss. Três vezes o Senhor inquiriu a Simão: amas-me? Após cada resposta dada por Pedro, o Senhor disse a mesma coisa: Apascenta as minhas ovelhas. A ausência deste amor tornaria o ministério de Pedro junto ao rebanho inócua.

Que o Senhor encha esta Igreja de crentes como Estêvão: vida íntegra, cheios do Espírito Santo e amor.

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