TEXTO: Lucas 23:33-49
INTRODUÇÃO:
Calvário: um lugar de tragédia ou de glórias? Por mais paradoxal que pareça, o Calvário reúne estas duas realidades. Em quase tudo, há um lado triste e outro alegre, conforme o ponto de observação. Um médico corta, e, enquanto o paciente geme e agoniza, ele se alegra com as glórias da ciência, com o maravilhoso resultado da sua sabedoria e pricipalmente porque sabe que como resultado de sua atuação como médico, uma vida poderá ser salva. Assim, se de um lado, no Calvário vemos o crime mais cruel, revestido da mais requintada perversidade humana, por outro, contemplamos, no auge do maior esplendor, as glórias da tragédia do Calvário. Um estudo de Lucas 23:33-49, nos permite identificar, quais foram os aspectos da glória do Salvador, que foram manifestas no Calvário.
A GLÓRIA DO SALVADOR
A pessoa de Cristo, o humilde nazareno, é o grande conquistador do coração dos homens e o eixo bendito em torno do qual hão de girar, através dos tempos, a ordem e a paz, o amor e o bem de que precisa o mundo para sua felicidade presente e porvir.
Na tragédia do Calvário, brilha no maior fulgor a glória do Salvador:
Nos fenómenos maravilhosos que ali se deram, a saber:
a.a) trevas sobre toda a terra da Judéia (Luc. 23:44)
a.b) terramoto que fez partirem-se as pedras e os túmulos se abrirem, de onde ressurgiram muitos corpos de santos que apareceram em Jerusalém, logo após a ressurreição do Senhor (Mat. 27:51-53)
a.c) o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Luc. 23:45)
Nas palavras do centurião romano, o chefe dos executores: “Verdadeiramente este homem era justo”. (Luc. 23:47)
No choro das mulheres piedosas (Luc.23:48)
Na confissão do ladrão arrependido (Luc. 23:42). Na verdade, este foi um dos resultados imediatos, eficazes e gloriosos do sacrifício de Jesus Cristo, como oferenda a Deus.
No cumprimento integral das profecias que se relacionavam como o Seu sofrimento, a saber:
e.a) que Ele seria contado entre malfeitores (Isaías 53:12 e Luc. 23:33)
e.b) que Ele oraria pelos seus inimigos (Isaías 53:12 e Luc. 23:34)
e.c) que as Suas vestes seriam repartidas por sortes (Salmo 22:18 e Luc. 23:34)
e.d) que Ele seria escarnecido e insultado (VER O TEXTO e Luc. 23:35)
e.e) que lhe dariam vinagre para beber (Salmo 69:21 e Luc. 23:36)
e.f) que os Seus ossos não seriam quebrados (Salmo 34:20 e João 19:36)
e.g) que Ele seria sepultado com os ricos (Isaías 53:9 e Mat. 27:57-60)
Na maneira como se portou em toda a Sua via dolorosa, pois vemo-Lo:
f.a) sofrendo pacientemente, sem uma palavra de amargura comtra os Seus inimigos; ao contrário, rogando ao Pai que lhes perdoassem (Luc. 23:34). Nenhum pedido mais divino do que este subiu ao céu, desde que os homens vivem e pedem.
f.b) prometendo o Paraíso ao ladrão arrependido (Luc. 23:43). A salvação oferecida àquele que outrora fora ladrão foi presente, pessoal, perfeita e eterna. Enquanto morria, tinha poder para salvar!
f.c) glorificado no cumprimento da Sua obra, quando disse “Está consumado”. Cristo foi o único homem que morreu tendo cumprido a sua obra sobre a terra.
Ellen G. White descreve a glória do Salvador na cruz nas belíssimas palavras “Em Sua humilhação, era Cristo glorificado. Aquele que, a todos os outros olhos, parecia vencido, era Vencedor...morrendo, dá testemunho em favor de sua divindade e da glória do Pai”.[1]
Vimos que o primeiro aspecto da glória do Salvador manifesta no Calvário, foi o próprio Salvador sendo morto por amor a cada um de nós.
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