segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

3ª SÉRIE DE CONFERÊNCIAS PÚBLICAS

POR QUE SOFREM OS INOCENTES?

INTRODUCÃO:

1. Resultaria sumamente difícil pretender negar que o mundo oferece o quadro de duas realidades antagônicas:
a) O amor de Deus – força do bem.
- As evidências o fazem inegável.
b) A realidade do mal – força do mal.
- Expressada pelas injustiças.
- O sofrimento dos inocentes, etc.
2. As duas coisas não provêm da mesma fonte:
a) São forças diferentes.
b) Forças opostas.
3. Ao analisar o fenômeno do mal torna-se evidente que surgiu como uma ação de rebelião contra a força do bem – Deus.
E nosso mundo é evidentemente um planeta em rebelião.
4. Quantas lágrimas correm diariamente em nosso mundo! Cada um vive sua dor. Mas, você já pensou quantas lágrimas são derramadas no mundo?
a) Suponhamos que, como média, cada pessoa der rama uma lágrima por semana.
(1) Alguns não choram.
(2) Mas outros choram muito mais que isto.
(3) Seria uma média baixa.
b) Isto daria 52 lágrimas por pessoa por ano.
(1) Os 4.000.000.000 de habitantes derramam pelo menos 208 bilhões de lágrimas anualmente.
(2) Encheríamos mais de 75.000 barris de um metro de altura. Quantas lágrimas!
c) Em 100 anos faríamos um rio de lágrimas ao redor do mundo. Quantas lágrimas!
5. Que é uma lágrima?
a) Para o químico:
- Apenas uma solução aquosa composta por clorato de sódio e outras substâncias químicas.
b) Para o fisiólogo:
- Um líquido lubrificante para manter os olhos úmidos.
c) Para o estóico:
- Um sinal de fraqueza.
d) Para o epicurista.
- Não tem valor.
"Coma, beba, goze a vida à sua maneira que amanhã morrerá". (nos dirá)
e) Os animais não podem rir a gargalhadas nem derramar lágrimas.
(1) Somente o homem tem a faculdade de exteriorizar assim suas emoções.
f) Para o ser humano, as lágrimas têm significado.
(1) Desde a infância até a velhice, nossa vida está escrita com lágrimas.
g) Que nos dizem as lágrimas?
(1) Falam de um coração ferido.
(2) Falam de uma criança chorando por um brinquedo estragado.
(3) Falam da namorada chorando diante da decepção do ídolo de sua vida.
(4) Da mãe angustiada junto ao caixão do filho.

I. QUAL É A ORIGEM DO MAL

1. Alguém quis defini-lo e disse que "o mal é uma tênue sombra projetada sabre a bem."
2. Nesse caso cabem duas deduções:
a) Não vem da mesma direção que o bem.
- Origina-se no campo oposto.
- E avança em sentido contrário ao bem.
c) Se há uma sombra, necessariamente há um corpo que a projeta. S. João 8:44.
3. Atrás da sombra do antagonismo contra o bem; da rebelião contra Deus, há um grande rebelde: Satanás.
4. A Palavra de Deus diz que a dor e o sofrimento se devem ao pecado. Isaías 24:4-6.
5. a) I S. João 3:8.
b) É saltar o cerco da Santa Lei de Deus.
c) É um viver fora da esfera de obediência aos mandamentos de Deus.
6. E quem inventou o pecado? Quem foi seu Criador? I S. João 3:8.
a) Satanás foi o primeiro em saltar a cerca da santa Lei de Deus.
b) Como pôde o pecado entrar neste mundo?

II. FAÇAMOS UM POUCO DE HISTÓRIA

1. Deus criou o ser humano perfeito. Eclesiastes 7:29.
a) Sentia os melhores desejos para com ele.
b) Essa atitude divina não variou.
2. Para garantir a felicidade e estabilidade de Suas criaturas, estabeleceu leis chamadas a cumprir a função de um cerco protetor. Deuteronômio 6:24.
3. Sendo que as máquinas e os robôs são incapazes de desfrutar, decidiu fazer da criatura humana um ser moralmente livre.
- Com capacidade de escolha - livre arbítrio.
4. Esse é um atributo do próprio Criador.
5. Isso sim, deu-lhe a capacidade de demonstrar.
a) Seu amor.
b) Lealdade ao Supremo Criador.
c) Fé.
Vivendo em harmonia com as leis que lhe foram dadas.
6. Também instruiu terminantemente:
a) Se permanecesse dentro dos limites da obediência, reteria a alegria com as quais havia sido dotado.
b) Se decidisse quebrantar Suas leis, como conseqüência natural, perderia esses bens.
7. A árvore do Éden foi a situação objetiva que pôs à prova a lealdade e o amor do primeiro casal humano diante de Deus, o Criador.
8. Como se concretizou a rebelião:
a) Satanás materializou sua rebelião contra Deus revoltando-se contra Suas leis.
(1) Esta ação é definida na Bíblia como o termo teológico pecado.
b) Depois exportou o pecado.
(1) E o fez sob o disfarce da filosofia de uma pseudo liberação.
9. O homem e a mulher modernos criam estar muito atualizados ao enunciar seus conceitos de "a nova moral" e manejar-se de acordo a seus pró-cânones.
a) Mas se pensarmos um pouquinho descobriremos que essa filosofia não é tão nova como supúnhamos.
- os que conhecem o relato bíblico de Adão e Eva já a encontram ali.
10. A Filosofia de uma estranha liberação.
a) Através da serpente, Satanás sugeriu à primeira mulher que viveu sobre a terra as aparentes bondades de viver à sua maneira.
(1) Que era possível desobedecer à Lei de Deus sem conseqüências reais.
(2) Mais ainda: Gênesis 3: 4,5.
b) Era como dizer:
(1) Vamos lá, moça: Não seja antiquada nem boba!
(2) Está atada por tabus ridículos!
(3) Deve liberar-se!
(4) Quando cortar suas ataduras à Lei de Deus será uma mulher superior; haverá de progredir.
(5) Não creia mais nisso de que haverá juízo ou castigo por desobedecer a Deus.
(6) Não é Deus que deve decidir como viver. É você mesma.
(7) Faça como quiser e não acontecerá nada.
c) E a filosofia de "a nova moral" teve boa aceitação por Eva.
(1) E colocou-a em prática.
(2) E também Adão.
(3) Mas não lhes deu bom resultado.
d) Agora era uma mulher "livre" e Adão um homem "livre". Mas: Livres de quê?
(1) De uma Lei da qual disse S. Paulo:
Romanos 7:12 e em Deuteronômio 4:40.
e) E ocorreu a que ainda costuma ocorrer:
Sofreram conseqüências mais tristes das que imaginavam.
(1) Lástima que, ao menos aparentemente, não aprendemos a lição...
a) O resumo da tragédia pode ser feito com uma só Palavra:
- Impopular
- Resistida
- Produz algo assim como reações alérgicas: Pecaram
- Por que isso é pecar? I São João 3:4.

III. CUSTA ENTENDÊ-LO

1. Por que sofre um inocente? Nem sempre é por causa de um pecado direto ou por culpa de seus pais. S. João 9:1-2.
a) Uma é a culpa direta (culpa individual)
b) Outra a conseqüência de participar da raça humana que, como tal, carrega uma culpa (culpa coletiva).
2. Como explica S. Paulo a expansão do pecado.
Romanos 5:12.
a) Adão e Eva, que haviam sido criados à imagem e semelhança de Deus, depois da queda, trouxeram ao mundo filhos a sua própria imagem e semelhança.
(1) Em conseqüência, Caim e Abel estavam afetados da mortífera enfermidade do pecado, que haviam herdado de seus pais e que desde então haviam de transmitir a todas as gerações.
(2) Somos pecadores hereditários e, por mais que tentemos, não podemos evitar o patrimônio.
3. É difícil encontrar lógica no mistério da iniquidade.
a) Na harmonia eterna, pecar é dissonância; pecar projeta sombras na brancura astral
O justo é uma música e um verso, uma fragrância e um cristal.
Na madeixa santa de luz dos destinos, pecar é negro nó, tosco nó isolador.
Pecar é uma pedra atirada nos caminhos do amor.
Pecar é uma rede de aço para a plumagem sutil.
Membrana na pupila que quer contemplar o ideal, paralisia é do sonho, ávido de voar.
Oh, minha alma, já não cubras tua pura essência obscura, não te afastes do bando que, veloz, traça um grande V trêmulo na expansão remota
Oh, minha alma, une ao coro dos mundos a nota de tua voz!
Amado Nervo
4. O problema do pecado que traz dor e sofrimento
a) Não só ao culpado direto.
b) Também aos inocentes.
É um mistério. Assim o chama S. Paulo: 2 Tess. 2:7.
5. O problema da dor nunca será entendido totalmente.
a) Porque é conseqüência do pecado que reina no mundo.
b) E o pecado não é lógico.
c) Deus não o criou.
Não o planejou.
Não o introduziu no mundo.
Não a quer.
d) O pecado foi fruto do capricho das criaturas que o Senhor fez, e os caprichos são ilógicos.
- Quiseram ser independentes das leis sábias produzidas pelo amor de Deus.
- E não deu certo.
- Não Podia ser de outra maneira.
e) O pecado é uma loucura com maiúsculas.
- E a loucura está divorciada da lógica.
- Tem sua própria lógica, mas está errada.
6. E se torna mais ilógico ainda, porque queremos responsabilizar a Deus.
a) É uma tendência mais antiga do que imaginávamos.
b) Cunharam-na Adão e Eva. Gênesis 3:9-13.
7. Alguns lançam a culpa em Deus. É porque não sabem muito destas coisas.
a) ILUSTRAÇÃO: Operação presenciada por alguém do campo, ou da selva, que tem o seu primeiro contato com a civilização. Tomaria por assassinos o médico cirurgião e sua equipe. Mas na realidade são heróis e estão procurando salvar vidas.
(1) Como era a criação de Deus. Gênesis 1:31.
(2) Pensamentos de paz, e não de mal..." Jeremias 29:11.
8. Por que Satanás se irrita com o ser humano?
a) ILUSTRAÇÃO: Anos atrás, na sul das EE.UU. muitos dos montanheses conservavam rancores. Suponhamos que a família de um ferreiro houvesse declarado a guerra, a morte contra outra família vizinha. O ferreiro era um homem dos mais fortes que havia em toda a região enquanto que o chefe da outra família era um homem magro, que por vários anos não pôde trabalhar... O homem fraco viu que a filha do ferreiro vinha em sua direção. Toma-a, bate-lhe dos pés a cabeça, etc. O ferreiro ao voltar da trabalho, ouve os gemidos, vai até o lugar de onde provém os mesmos e encontra a menina agonizando. O ferreiro pergunta a sua filha como aconteceu; quem foi que a maltratou. E em meio da dor o único que a menina pôde fazer foi dizer o nome da pessoa que a bateu e depois morre nos braços do pai. O ferreiro sofreu a agonia com sua filha. Era o pior que podia haver feito seu inimigo.
b) Da mesma forma, em seu ódio e impotência diante de Deus, Satanás quer ferir o coração do Pai ao bater em suas criaturas.
9. Mesmo que a nossa mente não consiga entender plenamente o problema, valeria a pena que recordássemos, pelo menos, este outro:
a) ILUSTRAÇÃO: Um homem jovem enviuvou. Tinha uma filhinha. Um de seus amigos o convidou para passar alguns dias em sua casa. Ele decidiu enfrentar a situação em sua própria casa, onde teria tantas lembranças de sua esposa. Quando chegou a noite, leu a Bíblia para sua filhinha, orou ao Senhor, vestiu sua filha e a colocou em sua caminha e ele deitou em sua cama. O jovem viúvo não conseguia dormir.
Era meia-noite e ouviu a menina chorar. Levantou-se, tomou-a em seus braços. Ela lhe disse: "Papai, eu não quero chorar, quero ser forte, mas não posso... Papai, você já viu uma noite tão escura como esta?... É tão escura que não posso ver seu rosto. Mas, é verdade papai, que mesmo que não veja o seu rosto, você me ama?" O pai apertou-a contra o seu peito, e em poucos momentos ela dormia.
O pai deitou-a e logo, colocando-se de joelhos, falou as mesmas palavras de sua filha e orou a seu Pai Celestial: "Pai, a noite é muito escura; quase não posso ver o Teu rosto, mas sei que me amas, e em Ti confiarei."

CONCLUSÃO:

1. Embora não possamos entender tudo, sabemos que o Senhor nos vigia, nos compreende e tem poder para ajudar-nos.
2. Em Seu amor, veio "para desfazer as obras do diabo."
I. S. João 3:8.
3. Vamos a Ele com toda confiança. Hebreus 4:14-16.

O GRAVE PROBLEMA DO ALCOOLISMO
Dr. Pedro Tabuenca

Em sua incessante busca da felicidade, o homem e a mulher avançam, amiúde, por caminhos equivocados. Enganando-se a si mesmos, muitas vezes adquirem necessidades artificiais cuja satisfação proporciona ...aparente bem-estar, mas que na realidade os distancia cada vez mais do verdadeiro prazer da vida. A estas necessidades artificiais e malignas as chamamos de vícios, e muitos deles não são outra coisa que intoxicações habituais.
Os tóxicos utilizados vão perturbando as reações normais do organismo frente à agressão química, até que se cria o hábito. Este produz efeitos muito prejudiciais no organismo, como veremos a seguir.

Ação do Álcool sobre o Fígado
O fígado é o grande laboratório químico do organismo; ali realiza-se em grande medida a desintoxicação do sangue. Diversas toxinas são destruídas ou neutralizadas no fígado para sua posterior eliminação. A célula hepática requer uma provisão adequada de vitaminas, proteínas e açúcar, a fim de poder cumprir cabalmente sua função antitóxica.
A pessoa que ingere álcool habitualmente, submete seu fígado a uma constante agressão tóxica, já que todo o álcool que ingere é absorvido pelas mucosas do tubo digestivo e passa através do fígado antes de difundir-se pelo organismo. Além disso, o álcool perturba a nutrição do indivíduo. Isto ocorre, porque não somente dificulta a assimilação de algumas vitaminas, mas também diminui as proteínas e açúcar que se ingerem, devido à perversão do apetite que se produz no alcoólatra.
Tudo isto leva a uma insuficiência da função antitóxica do fígado, que até então está danificado cada vez mais pelo álcool. Afinal se desenvolve a cirrose hepática, enfermidade de lenta evolução, mas freqüentemente fatal. O fígado se endurece. Sua superfície volve-se completamente irregular. Suas veias são comprimidas pelo tecido fibroso e, em conseqüência, é perturbada a circulação do sangue através do órgão. Além disso a síntese das proteínas, que normalmente se realiza no fígado, é afetada.
Estes fatores e outros mais que entram em jogo fazem que se produzam grandes derrames de líquido dentro do abdome. As veias do estômago e do esôfago se dilatam. O mesmo ocorre com as veias do reto, e como resultado produzem hemorróidas. O fígado deixa assim mesmo de produzir algumas substâncias que intervêm na coagulação do sangue, o que contribui para produzir nestes enfermos graves hemorragias.

Ação do Álcool sobre o Estômago
O álcool ingerido com as bebidas produz em primeiro lugar uma ação cáustica e irritante sobre a mucosa do estômago. Esta aumenta a produção de muco e de ácido clorídrico, e perturba deste modo a função digestiva até causar gastrite crônica, atrófica, ou hipertrófica, causa de graves perturbações nutritivas do organismo. Este aumento de secreção ácida do estômago induzido pelo álcool pode favorecer a aparição de úlceras gástricas e duodenais, e contribuir ao fracasso de seu tratamento, fazendo que estas lesões passem à cronicidade.

Ação do Álcool sobre o Pâncreas
O álcool irrita a mucosa duodenal onde desemboca o conduto excretor do pâncreas, e em conseqüência, perturba o livre fluxo do suco pancreático. Por este mecanismo, associado a outros fatores, pode produzir-se uma grave infecção do curso muitas vezes fatal: a pancreatite aguda. Diversas estatísticas assinalam que por volta de 50% destes casos têm como antecedente o álcool.

Ação do Álcool sobre o Aparelho Genital
O álcool causa lesão nas delicadas células germinativas que intervém na formação da descendência. Desse modo causa diversos transtornos nervosos e da personalidade que constituem a herança alcoólica, entre cujas manifestações se observam casos de debilidade mental, imbecilidade, epilepsia e outras enfermidades mentais.

Ação do Álcool sobre o Sistema Nervoso Periférico
O álcool produz a polineurite alcoólica, afeição consistente em lesões dos nervos que conduzem o estímulo motor e sensitivo das extremidades. O resultado é uma perda da força muscular principalmente nas pernas, que dificulta a marcha e pode chegar à paralisia.

Ação do Álcool sobre o Sistema Nervoso Central
É justamente aqui, no sistema nervoso central, onde exerce o álcool as suas ações mais nocivas. O efeito reiterado do álcool sobre o sistema nervoso central produz lesões bem definidas que podem ter distinta localização. No córtex cerebral dos lóbulos frontais pode produzir-se uma esclerose que afeta a terceira capa das células nervosas.
Se tal é o caso, o paciente apresenta crises repetidas de delírium-tremens, durante as quais experimenta intensa agitação, tremores e visões terroríficas.
As fibras nervosas que ligam entre si ambos hemisférios cerebrais, podem também provocar lesões. Como resultado perdem sua capa isolante e sobrevem uma demência de rápida evolução. Esta demência alcoólica ou etílica antes de chegar ao grau extremo de alienação mental, produz uma notável perda da responsabilidade moral do afetado.
Outro tipo de lesão alcoólica é a poliencefalite hemorrágica de Wernicke, caracterizada pela presença de pequenas focos hemorrágicos que constroem os núcleos de substâncias cinzentas, situadas na profundidade do cérebro. Suas manifestações são: transtornos visuais ocasionados pela paralisia dos músculos que regem o movimento dos globos oculares, transtornos do equilíbrio, febre e suores copiosos. Esta infecção pode ser curada ou ao menos ficar estacionada se suprimir totalmente o álcool; mas costuma também evoluir rapidamente para a morte ou para a demência.
O álcool exerce além disso ações imediatas sobre o sistema nervoso central. Podem ser resumidas estas reações dizendo-se que o álcool deprime todas as funções cerebrais, começando pelas mais elevadas como a autocrítica e o autocontrole, e continuando com a ideação e coordenação motora para terminar com as mais simples ou vegetativas, como a respiração ou a circulação. Tudo isto em proporção direta a sua concentração no sangue. Uma vez deprimidas as altas funções psíquicas e anulada a vontade, o álcool reduz a sua vítima à mais desprezível escravidão ao degradar sua personalidade até os mais baixos níveis.

A Embriaguez e os Traumatismos do Crânio
Uma circunstância muito comum é a do ébrio que cai e bate a cabeça contra o solo, de onde é recolhido em estado de inconsciência. Os que o atendem percebem o hálito francamente alcoólico e atribuem a profunda inconsciência tão-somente à embriaguez. É comum que abandonem o sujeito à sua própria sorte pensando que já despertará quando passarem os efeitos do álcool.
Assim é que o bêbado fica estendido onde estava ou é alojado no centro policial mais próximo. O despertar esperado não se produz, mas persiste um profundo estado de coma, com pulsação lenta e respiração estertorosa. O quadro se agrava pouco depois. Aparece febre elevada e o indivíduo morre. A autópsia revela contusão cerebral, hematoma, ou hemorragia meníngea com ou sem fratura craniana.
A fim de evitar a evolução relatada, terá que se pensar na possibilidade de um sério traumatismo craniano diante de qualquer sujeito que é encontrado inconsciente, embora tenha o odor forte de álcool. Deverá, nestes casos, prestar-se ao paciente uma atenção médica adequada. Esta incluirá radiografias de crânio e o controle constante de suas funções vitais e do psiquismo, a fim de oferecer-lhe o tratamento médica ou cirúrgico mais adequado a sua grave situação.

O Álcool e os Acidentes de Trânsito
Uma circunstância que torna sumamente perigosa a ingestão mesmo moderada de bebidas alcoólicas é a condução de veículos. O álcool, inclusive em pequenas doses, deprime os centros coordenadores do cérebro e, em conseqüência, retarda sensivelmente as reações normais de motorista esperto. De modo que apesar de sua lucidez mental aparente e de sua habilidade no volante, o motorista que bebeu álcool demora muito além do normal em atuar ante circunstâncias imprevistas. Isto é a causa constante de numerosos e graves acidentes de trânsito.
Um fato que se torna realmente arriscado é dirigir carro depois de haver bebido. É que os transtornos neuro-musculares tais como o retardamento nas reações psicomotoras, a diminuição da atenção e da perturbação dos reflexos com prolongação do tempo de reação, ocorrem muito antes de que apareçam sintomas de embriaguez. De modo que, nem o motorista, nem os que a acompanham se dão conta do transtorno até que aparece uma circunstância imprevista que requer uma rápida decisão e reação por parte do motorista. Mas as decisões e as reações rápidas são impossíveis quando há álcool na organismo, mesmo em pequenas quantidades.
Isto explica as estatísticas de quase todos os países mais de 50% dos acidentes de estradas são produzidos por conseqüências do álcool.

Tratamento do Alcoolismo
Difícil e desigual é a luta do homem contra o vício. Com o intelecto embotado, a consciência adormecida e a vontade praticamente aniquilada, o alcoólatra se encontra à mercê de seu vício, tão impotente e sem esperanças como o náufrago que se debate só em meio do mar agitado. Unicamente a intervenção sábia e oportuna de uma mão amiga pode ajudá-lo a libertar-se. Sobretudo, temos de mencionar a influência religiosa como arma da maior eficácia na luta do homem contra seus vícios, inclusive a álcool. O estudo fervoroso e sincero da Bíblia dá consolo ao entristecido, proporciona esperança ao oprimido e mostra um novo caminha ao extraviado. Sua influência elevadora não pode ser discutida, pois constantemente sabemos de vidas libertas e de lares transformados, onde a miséria e o vício desapareceram para dar lugar à felicidade e à sobriedade, como testemunho de seu poder.

Fisiologia
Farmalogicamente, o álcool é um veneno protoplasmático, que afeta todas as células, mas especialmente o aparelho digestivo e sistema nervoso, produzindo transtornos da conduta, da personalidade e afetando os nervos periféricos. 90% do álcool ingerido, o fígado se encarrega de transformá-lo em bióxido de carbono e água, que é a última etapa de vários processos prévios.

Etapas Para Chegar ao Alcoolismo
Costume: Consiste na administração repetida de uma droga sem que disto se faça uma verdadeira necessidade, nem a falta de sua administração ocasione nenhum transtorno ao sujeito.
Hábito: É a dependência psíquica, a necessidade compulsiva. A abstenção ocasiona transtornos puramente psíquicos. (Ansiedade, inquietude, desassossego, tal como quando o fumante não tem o cigarro.)
Tolerância: Com a constante administração e sobretudo o aumento progressivo de doses, o organismo 'aprende' a metabolizar quantidades cada vez maiores da droga.
Vício: Enfermidade crônica, progressiva, adquirida, que implica a ingestão compulsiva de quantidades excessivas de álcool e que leva seus estágios mais avançados a seqüelas psicológicas, sociais e físicas, freqüentemente irreversíveis.Com o tempo e o desenvolvimento de tolerância, acrescenta-se a dependência física à dependência psíquica.
Não existem limites bem marcados entre o simples costume e o hábito, nem entre o hábito e o vício. No hábito há a necessidade subjetiva da droga, e a administração da mesma satisfaz essa necessidade e alivia o estado de ansiedade e tensão emocional do indivíduo, dando-lhe a tranqüilidade e sossego. Se não administrar a droga, a sensação angustiosa de todas as formas vai diminuindo ao passar do tempo e por fim desaparece. No vício, por sua vez, a falta da administração produz um síndrome de abstenção, quadro patológico que pode ser mortal se não se tomam as medidas específicas de tratamento.
O vício, pois, é um fenômeno que se desenvolve em fases sucessivas começando com o simples costume, depois do hábito, depois se desenvolve a tolerância e finalmente sobrevém o vício. Tomemos em consideração que as características mais comuns na personalidade do alcoólatra são as seguintes:
1. Baixa tolerância de frustração e angústia.
2. Incapacidade de resistir tensão, ansiedade ou conflitos.
3. Má estruturação da personalidade, que leva à negação da realidade dolorosa.
4. Sensação de isolamento.
5. Depressão afetiva que leva a buscar estimulo ou satisfação.
6. Tendência a atos impulsivos.
7. Narcisismo extremo, exibicionismo, tendência autopunitiva.
8. Freqüentes mudanças de humor, hipocondria.
9. Rebeldia ou hostilidade inconsciente.
10. Sensibilidade anormal.
11. Inibições permanentes.
12. Necessidade bocais intensas.
13. Imaturidade.
14. Conflitos sexuais inadvertidos.
15. Na bebida, o descontente busca consolo; o covarde, valor, o tímido, confiança.
Samuel Johnson 17-09-1974 Lexicógrafo inglês.

Por que se bebe?
A maioria o faz por ignorar ou subestimar seus tremendos efeitos; outros arrastados pelas obrigações sociais ou incitados pela profusa propaganda. Mas ninguém pensa que um de cada quatorze bebedores moderados terminará sendo alcoólatra crônico.
Contudo, a maioria bebe para escapar da realidade da vida. Passado o efeito da bebida suas dificuldades são iguais ou piores, pelo que recorrem ao álcool para libertar-se de seus problemas. Passando o efeito da bebida suas dificuldades são iguais ou piores, pelo que recorrem novamente à bebida.

Desastrosas Conseqüências Sociais
Cada mês nos fazia uma visita ao colégio interno onde estudávamos, um velho e esfarrapado mendigo. Mas não foi pobre sempre. Em sua mocidade estudou e obteve três títulos de doutorado, chegou a ser um próspero industrial. Mas perdeu tudo, sua fábrica, seu lar, seus amigos. Qual é a razão? Entregou-se à bebida.
Entre os efeitos terríveis do álcool está a degradação da personalidade. De nada valem a boa criação, a educação, o êxito comercial. O álcool se apodera do indivíduo e o torna um irresponsável capaz de cometer os piores atentados contra os bons costumes, a moral e a vida de seus semelhantes.
Talvez os efeitos piores são sentidos no âmbito familiar onde a esposa e os filhos são humilhados e vivem em constante tensão e insegurança. Os mais sagrados deveres são abandonados e às vezes se desemboca na dissolução do vínculo matrimonial. O filho fica confuso diante do espetáculo vergonhoso de um pai relaxado pela bebida.
Muitas vezes a tragédia se abate sobre o lar diante do ataque impiedoso de um pai ofuscado pelos efeitos da bebida. O alcoolismo atenta contra a grandeza dos países, constitui uma pavorosa sangria em sua economia, empobrecendo a população, diminuindo sua capacidade de trabalho e sua potencialidade econômica.

É Possível Vencer o Vício do Álcool?
Neste, assim como em outros problemas relativos à saúde, é válida a sentença: "Melhor é prevenir que curar." Portanto, a primeira medida é divulgar por todos os meios possíveis os males do álcool.
Lembremo-nos de que nos Estados Unidos o álcool tem que ver com 95% dos crimes, 20% das mortes por acidentes e é direta ou indiretamente responsável por 75% dos divórcios. No folheto do serviço de propaganda e educação higiênica do departamento de salubridade do México diz: "À ruína econômica e à miséria orgânica agrega-se o fracasso moral. O alcoólatra perde o amor pela família e se converte no verdugo de sua mulher e de seus filhos. Em vez de ser seu sustento, é uma carga intolerável, e os filhos educadas nesse ambiente estão expostos a seguir o mesmo caminho. O alcoólatra perde toda noção de justiça. Faz-se iracundo e cruel, e num ímpeto de loucura, ocasionado pelo veneno que consome, fere ou mata com a maior facilidade. A maior parte dos delitos são cometidos sob a influência do álcool. os presídios estão cheias de vítimas do álcool."
O Dr. Winton Beaven, presidente do Instituto para Prevenção do Alcoolismo, nos Estados Unidos, diz que há que ter em conta os dois seguintes fatos: "Primeiro, o álcool é uma droga que forma hábito. Ninguém está livre de tornar-se alcoólatra; sempre se começa como bebedor ocasional. Segundo, o álcool é uma droga depressiva e freqüentemente é bebida por aqueles que buscam um caminho de escape. É muito possível ser bebedor moderado durante anos e logo, após um choque emocional, converter-se em alcoólatra. A abstinência é o único meio ou método científico garantido para evitar tornar-se alcoólatra.
Há medicamentos como "antabus" "abstensil" e outros que provocam mal-estar ao ingerir o álcool. Tais remédios devem ser prescritos por um médico.
Existem associações como Alcoólatras Anônimos que, mediante um sistema de terapia de grupo conseguiram excelentes resultados.
Transcrevemos a seguir os doze passos tradicionais desta associação:
1. Admitimos que éramos impotentes frente ao álcool, e que nossas vidas haviam se tornado ingovernáveis.
2. Chegamos a acreditar que um poder Superior a nós podia devolver-nos ò razão.
3. Tomamos a decisão de pôr nossa vontade e nossa vida ao cuidado de Deus segundo nossa interpretação dEle.
4. Fizemos um sincero e honesto inventário moral de nós mesmos.
5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outros seres humanos, a exata natureza de nossas faltas.
6. Estivemos inteiramente dispostos a permitir que Deus nos tirasse todos estes defeitos de caráter.
7. Humildemente pedimos a Deus que nos livrasse de nossas defeitos.
8. Fizemos uma lista das pessoas que havíamos prejudicado e estivemos dispostos a reparar o mal que pudemos haver-lhes ocasionado.
9. Reparamos diretamente nossos erros às pessoas às quais havíamos prejudicado, exceto nos casos em que ao fazê-lo, prejudicamos a essas pessoas ou outras.
10. Continuamos fazendo nosso inventário pessoal, e quando nos enganarmos estaremos prontos a admiti-lo.
11. Buscamos através da oração e da meditação melhorar nosso contato consciente com Deus, segundo nossa interpretação dEle, pedindo somente que nos fizesse conhecer Sua vontade.
12. Tendo um despertar espiritual como resultado destes passos, procuremos levar esta mensagem a outros alcoólatras e de praticar estes princípios em todos os nossos assuntos.

Nestes conselhos ressalta a necessidade de confiar em Deus para vencer as cadeias opressoras do vício. Ao confiar em Deus contamos com o imenso poder que representa a oração. Todos os conceitos morais são reativados; a personalidade passa por uma radical e dinâmica transformação. A prática genuína do cristianismo nos leva a compreender que nosso corpo é sagrado. A força de vontade se robustece com a convicção de que Deus está ao nosso lado.
Você pude vencer o vício! Convença-se de que o está prejudicando gravemente. Use todo o poder de sua vontade e procure a ajuda inapreciável do Altíssimo. Então não será um escravo, mas uma pessoa livre, sadia e útil.


O QUE FOI QUE QUEBRANTOU O SAGRADO CORACÃO DE JESUS?

INTRODUÇÃO:

1. Se algum de nossos médicos houvesse vivido há 20 séculos e o houvessem levado a 200-250 metros da porta de Damasco, para assinar o atestado de óbito do condenado cujo cadáver pendia de um madeiro naquela colina do Calvário, que teria escrito nesse atestado de óbito?
a) "Certifico que no dia da data, à hora sexta, faleceu Jesus o Nazareno..." de quê?
b) O que quebrantou o sagrado coração de Jesus?
2. Talvez alguém poderia argumentar que não podemos, assim à distância praticar-lhe uma autópsia.
a) É verdade. Contudo, a Bíblia nas dá vários elementos de juízo que nos permitiriam tirar conclusões de confiança.

I. FOI ACASO DEVIDO AOS TORMENTOS E À CRUZ?

1. Em 1977 publicou-se um livro escrito por Martin Hengel cujo título é Crucifixão, que trata da história da crucifixão e outros aspectos que incluíam a forma como se levava a cabo.
a) Estes dados permitem-nos entender que as dores de um crucificado eram muito mais cruéis do que habitualmente imaginamos.
b) Os pintores começaram a pintar quadros de Jesus crucificado depois que esta forma de execução se havia extinguido. Os achados arqueológicos nos indicariam que "ficam a dever muito" em seus quadros.
2. Os condenados à crucifixão primeiro eram cruelmente açoitados.
a) O açoite era um instrumento de castigo sumamente desumano.
b) O chicote que utilizavam consistia em quatro ou cinco bolas de chumbo que estavam unidas a um cabo de madeira por meio de cadeias. De cada bola, que media uns 2 cm de diâmetro, saíam pequenos aguilhões de ferro em todas as direções.
c) O açoitamento não somente rasgava a pele, mas também destroçava os músculos e os tecidos, e se o açoitassem com excesso o réu poderia morrer por isso.
d) Os carrascos que o açoitavam cuidavam para que o condenado não morresse durante os açoites e que estivesse suficientemente vivo e consciente para sofrer as agonias da crucifixão que viriam depois. Isso é o que fizeram cm Jesus nosso Senhor. S. Mateus 27:26.
- Que dizer que Seu sagrado coração, embora sofreste muito, não foi quebrado pelos açoites?
- De que morreu Jesus?
- Vejamos o que significava ser crucificado.
3. A execução foi pública.
a) Depois de açoitado, todo ensangüentado, o réu era conduzido a alguma rua, praça ou lugar repleto de público para Sua execução.
b) Era submetido a escárnio e castigo de vergonha pública.
4. Os condenados à cruz eram despidos completamente de suas roupas e pendiam da cruz completamente despidos, expostos ao ridículo e às críticas do público.
5. Sêneca refere que os impiedosos e sádicos soldados cravavam às vezes, inclusive, os órgãos sexuais dos homens crucificados.
a) Embora os artistas cobrissem em seus quadros piedosa e compassivamente a Jesus com uma tanga, Jesus não foi poupado da vergonha de ser despido antes de ser crucificado.
Assim testemunham os quatro evangelhos.
S. Mat. 27:35; S. Mar. 15:24; S. Luc. 23:14; S. João 19:23,24.
a) Foi Deus o Pai que, mediante escuras trevas, ocultou misericordiosamente a indecorosa cena dos olhos impudicos da multidão durante as últimas três horas de vida de Jesus.
S. Mateus 27:45,46; S. Marcos 15:33; S. Lucas 23:66.
6. Embora as dores da cruz fossem muito intensas, outros detalhes do relato bíblico nos sugeririam que não foram os tormentos da cruz que mataram a Jesus.

II. ALGUNS DETALHES SIGNIFICATIVOS

1. São Lucas, que era médico, escreveu em seu evangelho que o Senhor, havendo clamado em grande voz, morreu. S. Lucas 23:46.
2. São Mateus, declara o mesmo: "E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito". S. Mateus 27:50.
3. Do monte da Caveira, Seu corpo se convulsionou e enquanto densas trevas cobriam a terra, um agudo e penetrante grito de dor rasgou os ares e morreu.
4. São João, que esteve ali e viu tudo com próprios olhos, acrescenta: "Contudo um soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água." S. João 19:14.
a) Dois líquidos diferentes. Se estivessem misturados, se teriam visto como sangue, mas eram sangue e água.
5. Seu tétrico grito ao morrer e a água e o sangue brotando de Sua ferida poderiam mostrar que Cristo morreu de angústia mental. Sob o peso da intensa angústia mental quebrantou-se-lhe o coração.

III. QUAL FOI A ANGÚSTIA QUE QUEBRANTOU SEU SAGRADO CORAÇÃO?

1. Podemos ter a certeza de que não foi porque sentira pena de Si mesmo.
a) Assim demonstra Sua atitude enquanto caminhava rumo ao Calvário. S. Lucas 23:27,28.
b) Da cruz pensou melhor na proteção e amparo de sua mãe que em Sua dor. S. João 19:25-27.
c) Longe de se compadecer por todas as injustiças e humilhações às quais estava sendo submetido, orou em favor de seus malfeitores. S. Lucas 23:33,34.
2. Depois de convertido, São Paulo recebeu uma revelação que esclarece completamente o quadro. I Coríntios 15:3.
3. A piedosa escritora cristã, Ellen G. White, dá a seguinte e significativa explicação em seu livro inspirador O Desejado de Todas as Nações, págs. 752, 753:
"Não era o temor da morte que O oprimia. Nem a dor e a ignomínia da cruz Lhe causavam a inexprimível angústia. ... mas Seu sofrimento provinha do senso da malignidade do pecado, o conhecimento de que, mediante a familiaridade com o mal, o homem se tornara cego à enormidade do mesmo. ...
"Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniqüidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de que nos redimisse da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre a alma. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniqüidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho. ... Mas agora, com o terrível peso de culpas que carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física. ...
"Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus."
4. Certo cristão sonhou que estava presenciando o momento em que açoitavam a Cristo. Seu coração se comprimia de dor diante da temível cena a tal ponto que no sonho se lançou sobre o malfeitor para impedir que continuasse com o castigo. Agarrado em sua mão, deteve o chicote. Foi então quando o malfeitor virou o rosto e olhou fixamente para o cristão que, horrorizado, comprovou que o rosto da malfeitor era o seu. Desesperado despertou sentindo que foi ele que havia ferido a Jesus.
5. Isso é justamente o que nos dizia São Paulo. I Coríntios 15:3.
6. Por que foi assim?
a) Não foi por incapacidade. Poderia haver chamado as legiões de anjos para que O protegessem. S. Mateus 26:52-54.
b) De fato, o poder do Senhor derribou a terra. S. João 18:4-6.
c) Fê-lo para salvar-nos.
ILUSTRAÇÃO: Devido à desordem reinante em uma classe, o professor e os alunos resolveram redigir um regulamento que garantisse a disciplina. Como um regulamento sem sanções não vale nada, decidiram que o castigo mínimo seriam dez fortes reguadas sobre as costas despidas. A oportunidade para colocar em prática o documento não se fez esperar. Roubaram o lanche que João, um rapaz forte da classe levava para comer durante o recreio.
No momento não se sabia quem havia cometido tal roubo; mas dias depois, o professor anunciou diante de todos o nome do culpado; o ladrão do lanche era Pedrinho, um pequeno e raquítico rapazinho. Todos, inclusive o professor, teriam perdoado com gosto ao malfeitor; mas era passar por cima do regulamento. Fizeram passar Pedrinho em frente do professor e ordenou-lhe que tirasse seu velho casaco. O rapazinho, desfeito em lágrimas, suplicou que lhe perdoassem, pois havia roubado o lanche porque em sua casa não havia o que comer. Sua mãe, o único sustento da casa, estava prostrada em cama.
Ao perceber que não lhe perdoariam, fez uma última súplica: que não lhe fizessem tirar o casaco. Mas o professor, compreendendo que tinha que ser inflexível para o bem de todos, não aceitou a petição. Então aconteceu algo que encheu de lágrimas os alhos de muitos: ao tirar o casaco de Pedrinho viu que não tinha camisa e que sustentava sua calça com uns cordões que passavam sobre seus ombros!
O professor pegou a régua e começou a bater as costas despidas do rapazinho, mas não chegou a dar mais que duas reguadas pois João, o ofendido, se apresentou com as costas nuas dizendo: "Não o batas mais professor. Se o regulamento tem que ser cumprido eu estou disposto a receber o castigo. As outras oito reguadas, dê-as em mim."

Nós temos violado, e muitas vezes não por fome, e a lei de Deus exige justo castigo. Mas um compassivo Salvador disse: "Não os condenes, Senhor, eu pago o que eles devem." I Timóteo 1:15.

CONCLUSÃO:

1. O que quebrantou o sagrado coração de Jesus?
2. Não foram os sofrimentos dos açoites nem da cruz.
3. Nós o fizemos:
a) Com nossas mentiras, cobiças, adultérios, roubos, idolatrias, ou qualquer outro pecado.
4. E porque nos amou e quis pagar nossas culpas a fim de dar a Deus Pai o direito legal de perdoar-nos, ocupou nosso lugar, carregou nossos pecados e estes fizeram estalar Seu coração de dor.
5. Que fará você agora? Diante do sacrifício do Senhor, somente aparece uma decisão sensata: Crer nEle. S. João 3:16.

COMO LIBERTAR-NOS DO SENTIMENTO DE CULPA

INTRODUÇÃO:

1. Dias atrás falamos da parte que Deus fez para nos salvar. Hoje diremos algo sobre a parte que o homem deve fazer para receber o perdão.
2. Na verdade, ao falar acerca do tema que foi o que quebrantou o sagrado coração de Jesus, explicamos que é necessário aceitar pela fé a Cristo como Salvador pessoal, mas hoje queremos explicar três passos que aqueles que aceitam a Jesus devem dar para receber o perdão.

I. PRIMEIRO PASSO: RECONHECER QUE TEMOS PECADO

1. ILUSTRAÇÃO: A prática não é comum nos nossos dias, mas houve um tempo quando as forças armadas dos Estados Unidos expulsavam a toque de tambor aos de má conduta. O agressor devia marchar diante do oficial e três tambores enquanto se executava a "Marcha da morte". Eram lidas em alta voz as acusações de má conduta e a seguir o acusado marchava por entre os pelotões formados. À medida que passava em frente deles, o oficial ordenava aos soldados: Meia voltai e assim davam as costas para o condenado. Quando, em abril de1962, um marinheiro foi expulso mediante essa grave e dura cerimônia, comentou o seguinte: "Creio que o merecia pelo que fiz."
2. A Palavra de Deus declara que "todos pecaram" e que como conseqüência, além de merecer a "morte" - Romanos 6:23 - estamos destituídos da glória de Deus - Romanos 3:23; ou seja, perdidos eternamente.
a) O pecado não é só uma questão moral, é assunto de vida.
b) Não é somente questão de código, é relação entre o homem e Deus.
c) I São João 3:4. É só uma parte do quadro.
- É rebelião contra uma pessoa.
- Por isso uma pessoa transgride depois o código.
- Por isso há uma separação de Deus que termina na morte eterna. Não se pode evitá-la.
3. É mais fácil ver o problema no outro. Perguntaram a uma menina: "Sabe o que é consciência?" Ela respondeu: "Sim, eu sei. É alguma coisa dentro de mim indicando que aquilo que o meu irmão está fazendo, não está bem.
4. Devemos reconhecer nossos pecados.
a) Mesmo no caso de não querer reconhecê-los, não ganharíamos nada, pois Deus tem conheci mento de nossa situação real.
b) ILUSTRAÇÃO: Um rico proprietário oprimia cruelmente a uma pobre viúva que tinha um filho pequeno. Quando este cresceu, chegou a ser pintor e reproduziu na tela uma das tristes cenas de que havia sido testemunha, pintando com toda nitidez o rosto do fazendeiro. Anos mais tarde o malvado proprietário, ao ver o quadro em lugar proeminente, ficou pálido; tremia como uma folha e oferecia qualquer soma para comprar o quadro e tirá-lo da meio. Mas há um pintor que lá no céu vai desenhando um quadro que reflete exatamente todas as nossas paixões e ações terrestres.
5. O reconhecimento do pecado é o primeiro passo para receber o perdão. S. Lucas 18:13, 14.

II. O SEGUNDO PASSO: ARREPENDIMENTO – RENUNCIAR AO PECADO – ABANTONÁ-LO

1. ILUSTRACÃO: Fiquei surpreendido ao inteirar-me que a Índia é o país que está na linha de frente quanto ao número de cabeças de gado. Os cento e sessenta milhões de vacas que pastam em seus campos excedem às que há nos Estados Unidos, Argentina e Austrália juntos. A Índia tem mais vacas per capita que os carros que cada pessoa possui nos Estados Unidos. A razão desta grande quantidade de vacas encontra-se na religião hindu que considera esse animal um ser sagrado que não tem que ser morta nem comi do. As vacas sagradas da Índia dão pouco porém exigem muito. Consomem uma tremenda quantidade de forragem, e em troca devolvem somente uma pequena quantidade de leite.
Assim também acontece com as "vacas sagradas" do pecado acariciado. "Um só pecado que se conserva irá depravando o caráter e sujeitará ao mau desejo, todas as suas faculdades mais nobres. A eliminação de uma só salvaguarda da consciência, a gratificação de um só hábito pernicioso, uma só negligência com respeito aos altos requerimentos do dever quebrantam as defesas da alma e abrem a caminho a Satanás para que entre e nos extravie."
2. Apesar do pouco que nos pode dar o pecado, e ao trágico de suas conseqüências, muitos não abandonam completamente.
a) ILUSTRAÇÃO: Uma menina orava da seguinte maneira: Faze-me boa porém não muito; somente o suficiente para que não me castiguem.
3. O arrependimento é imprescindível.
a) "Cuidais vós que esses galileus... foram mais pecadores do que todos os galileus? Vos digo: Não, antes, se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis" S. Lucas 13:2,3.
- Em outras palavras, o que quis dizer foi que, não importa que uma pessoa marra voluntariamente, por acidente ou de morte natural; sua ruína será a mesma, a menos que se haja voltado para Deus arrependida.
4. Muitos têm ensinado que para arrepender-se têm que chorar certo tempo por seus pecados e preparar-se para a salvação.
5. Como é o verdadeiro arrependimento:
a) Nenhum arrependimento que não opere reforma é genuíno. A justiça de Cristo não é um manto para cobrir pecados que não tenham sido confessados, nem abandonados; é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta. A santidade é integridade para com Deus: é a entrega total do coração e da vida para que revelem os princípios do céu".
b) "O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e abandono do mesmo. Não renunciamos ao pecado a menos que vejamos sua pecaminosidade; enquanto não o repudiarmos de coração, não haverá mudança real na vida".
c) "Arrepender-se é distanciar-se do eu e dirigir-se a Cristo, para que pela fé Ele possa viver em nós; as obras boas se manifestarão."
6. O emocionalismo produzido artificialmente em algumas reuniões tem sido um tropeço para muitas almas sinceras. Mas o tipo de arrependimento de que necessitamos é a verdadeiro arrependimento bíblico, que envolve três coisas:
§ O intelecto
§ As emoções
§ A vontade
7. Que significa para Jesus a palavra arrepender-se? Por que se repete tanto na Bíblia?
a) Segundo os dicionários modernos, arrepender-se é "ter pesar de faltas ou delitos cometidos, mudar de parecer, etc."
b) Mas a palavra que Jesus empregava em grego ou hebraico significa muito mais que sentir simplesmente pesar ou lamentar o pecado.
c) A palavra bíblica arrepender-se significa "mudar ou voltar".
d) É uma palavra de poder ou ação.
e) Significa uma completa revolução no indivíduo.
f) Quando a Bíblia nos admoesta a arrepender-nos do pecado, quer dizer que devemos dar meia volta e marchar na direção oposta ao pecado e tudo o que ele implica.

III. O TERCEIRO PASSO: CONFESSAR OS PECADOS A DEUS POR MEIO DE JESUS NOSSO SENHOR

1. Todos temos pecado. Talvez neste momento não nos apercebamos de que há em nossa vida grandes faltas. Satanás murmura: "Oculta-as. Nega-as. Talvez nunca sejam descobertas." Mas o Espírito Santo insta: "Confessa-as, arrepende-te".
2. Devemos confessar nossos pecados a Deus assim como nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou fazê-lo:
a) Ensinou-nos a orar: "Pai nosso que estás no Céu..." e entre outras coisas devíamos orar: "e perdoa-nos ..."
b) Portanto nosso Senhor Jesus Cristo ensinou que devemos confessar nossos pecados diretamente a Deus por meio da oração.
3. Por meio do nome de Jesus há perdão e salvação. Atos 4:11, 12.

V. O QUE FAZ DEUS

1. A Medicina dispõe de uma quantidade de substâncias que têm ação específica sobre diferentes doenças. A insulina atua sobre a diabete. A quinina combate a malária. Os antibióticos são empregados contra as infeções. No espiritual o sangue de Cristo é de uso específico contra o pecado. Só ele pode limpar o coração da mancha do pecado. Só ele pode lavar a culpa que se adere com tanta persistência à alma. Nada há que o homem possa fazer; é um remédio específico para o pecado.

2. Há poder no sangue de Jesus para limpar todo pecado. I João 1:7.

3. Se confessarmos, por meio da oração, Ele perdoará. I João 1:9.

4. Ele promete esquecer para sempre nossos pecados. Isaías 43:25.

CONCLUSÃO:

1. Não acha você que este é um bom momento para confessar nossos pecados a Deus? Eu creio que sim.
2. Que lhe lhes parece se nos ajoelhássemos respeitosamente diante de Deus, em uma atitude de humilde arrependimento e orarmos ao Senhor para pedir perdão? Ele prometeu perdoar e esquecer para sempre.
3. A todos aqueles que junto comigo quiserem pedir perdão a Deus por seus pecados, convido-os a ajoelharem-se, assim como eu estou fazendo. (Uma vez ajoelhados, continue explicando.)
4. Cada um, mentalmente, sem pronunciar palavra audível, confesse seus pecados a Deus. Fechemos os olhos, para que nada nos distraia e confessemos ao Senhor todas as nossas faltas.
5. Depois que tenhamos orado todos em silêncio, eu orarei em nome de todos a Deus.
6. (Oração silenciosa de uns 10 segundos a um minuto.)
7. Oração em voz alta (faça-a você).

A LUTA PELO PÃO E A NOVA MORAL

INTRODUÇÃO:

1. A vida é uma verdadeira e contínua luta.
2. A luta pelo pão é dura.
a) Podemos conseguir muitas coisas mais do que há 200 ou 300 anos, mas é necessário lutar arduamente.
b) Dois trabalhos.
c) O pai e a mãe trabalhando.
d) Atraso do pagamento.
e) Falta de trabalho.

I. EVIDENTEMENTE HÁ UM SÉRIO DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO NA SOCIEDADE ATUAL

- Isto tem levada muitos a lamentáveis extremismos.
- Que comentário faz a Bíblia, sobre o tema, para os nossos dias?
1. Todos têm direito às riquezas naturais. Eclesiastes 5:9.
2. O mandamento "NÃO FURTARÁS" - Êxodo 20:15 - garante os direitos individuais.
- Este mandamento é violado atualmente no mundo, de diversas maneiras.
a) Exploração.
b) Desonestidade.
c) Não pagar o salário justo. Jeremias 22;13.
d) Não trabalhando irresponsavelmente. Colossenses 3:22-25.

II. TEM ALGUM SIGNIFICADO A ATUAL LUTA PELO PÃO?

1. O que dizem as estatísticas:
a) Apesar do fabuloso aumento da ciência, há fome.
b) Segundo J. Fourastié e C. Vimont "A maior parte da humanidade
- 80% - vive em países de miséria, cujas condições de vida são inferiores às européias ou dos Estados Unidos em uma desproporção tão grande como a que existe entre um e dez ou doze.
c) As Nações Unidas informaram que "quase a METADE dos habitantes de nosso planeta encontram-se em estado grave de desnutrição. Deste total, uns 500 milhões padecem fome em grau perigoso. A deficiência na alimentação é a causa, cada ano, da morte de 25 milhões de seres humanos e de que muitos milhões mais sofram de fraqueza."
d) A isto somamos o clima de greves e violências, e teremos um panorama bem fúnebre.
2. A Bíblia diz que como sinal de identificação da época quando Jesus nosso Senhor viria para julgar os vivos e os mortas, viveríamos os sucessos atuais.
a) Haveria uma luta pelo pão. Tiago 5;1-8.
b) E fome. S. Mateus 24:7.

III. HÁ AINDA MUITOS SINAIS

- Vejamos somente alguns deles, rapidamente.
1. A "nova moral" 2 Timóteo 3:1-6.
a) Dá quase a sensação de que estivéssemos lendo um jornal de nossos dias, refletindo a tremenda perda de moralidade. Estes sucessos ocorrerão "nos últimos dias" da história humana. Nos dias da segunda vinda de Cristo.
b) Estão se cumprindo estas coisas?
São "dias perigosos" e de pouca moral?
ILUSTRAÇÃO: As duas revoluções sexuais nos Estados Unidos. A revista Time (em inglês) fez uma interessante revelação:
(1) Depois da primeira guerra mundial, a conflito das meninas de 15 anos era se deixariam seus namorados beijarem nos lábios ou não.
(2) Depois da segunda guerra mundial, o conflito das meninas de 15 anos é se terão relações sexuais com seus namorados ou não.
ILUSTRAÇÃO: O Dr. Alfredo C. Kinsey (autor de dois livros sobre moral pública, muito discutidos) entrevistou (nos Estados Unidos) 5.940 mulheres e 5.300 homens. (11.240 entrevistados)
· Experiência sexual pré-marital: Homens: 83%; Mulheres: 50%
· Infidelidade conjugal: Homens: 50%; Mulheres: 26%
(Tenhamos em conta que nem todos contam o que têm feito)
ILUSTRAÇÃO: Na Argentina "Uma pesquisa de SETE DIAS" - realizada nos primeiros dias de Agosto de 1969 - permitiu estabelecer que 70% dos apartamentos de um ambiente que foi construído na Capital Federal são adquiridos ou alugados por homens casados para serem utilizados em suas aventuras extraconjugais."
ILUSTRAÇÃO: Enumerarei algumas das muitas notícias aparecidas ultimamente nos diários:
Hamburgo: "As autoridades de Hamburgo estão muito alarmadas pelo crescente número de alunas de segundo grau em estado de gravidez na cidade. Atualmente são umas 465 estudantes próximas de ser mães. A média da idade não passa dos 16 anos. O que mais preocupa é o aumento... nos últimos oito anos se duplicou.
Bonn: "Meu avô é o pai de meu filho." Esta e a patética confissão de uma menina de 18 anos. Faz quase um mês havia tido um menino cujo cadáver foi encontrado no banheiro da escola que freqüentava. O avô que conta 67 anos de idade, está preso."
São Domingos: "Uma menina de 9 anos engravidou..."
Mar del Plata: A polícia deteve na localidade de Los Pinos a João Antonio Cabucoy Liempe, chileno, viúvo de 40 anos de idade por abusos e por violentar a sua filha de 14 anos. A menor encontra-se próxima à maternidade.
c) E que diremos...?
- As experiências nos países nórdicos com casamentos coletivos.
- Homossexualismo.
- Relações sexuais ilícitas, etc.
3. Embora nos doa, devemos reconhecer que tudo está se cumprindo.
(Volte a ler 2 Timóteo 3:1-6.)

CONCLUSÃO:

QUE SIGNIFICADO TEM O CUMPRIMENTO DE TODAS ESTAS PROFECIAS BÍBLICAS?

Nosso Senhor Jesus Cristo, pessoalmente e através dos santos apóstolos e santos profetas, indicou que nos ajudaria a saber em que época viria para julgar os vivos e os mortos.
1. Ele disse que ninguém sabe o dia nem a hora. S . Mateus 24:36.
2. Mas nos deu os sinais para conhecer a época. O cumprimento desses sinais estava destinado a fortalecer nossa fé. S. João 14:29.
a) Eu creio que tudo está se cumprindo. Por isso creio firmemente que o Senhor breve voltará para julgar os vivos e os mortos.
b) Quantos crêem também que tudo está se cumprindo e que breve o Senhor virá?
(Peça para que levantem as mãos.)

10 - 1 = 0

INTRODUÇÃO:

1. Nosso tema: 10 - 1 = 0
2. Creio que para entendermos ou deixar bem claro o tema, deveríamos definir ou determinar conceitos.
a) O resultado depende da matéria ou assunto com a qual está relacionado.
b) Mas também poderia depender das conseqüências ou alcances finais.
3. Quando se trata de laranjas, cruzeiros, aviões, coisas, pessoas, etc. 10 - 1 = 9.
a) Desde o ponto de vista contábil, é assim.
4. Mas há outras coisas onde 10 - 1 não é igual a 9, mas a zero.

I. QUANDO É QUE 10 - 1 = 0?

1. Suponhamos que seu carro estrague enquanto está subindo pela encosta de uma montanha. Suponhamos também que um caminhoneiro compreensivo ata uma corrente de 10 anéis no pára-choque de trás do caminhão e no pára-choque dianteiro de seu carro e começa a rebocá-lo. Que aconteceria se quebrasse um elo?
a) Mesmo que desde o ponto de vista numérico, 10 - 1 = 9, neste caso você não aceitaria esta premissa como válida.
b) Pensando nos resultados ou conseqüências, ao cortar um dos 10 anéis e mesmo aceitando que os outros 9 estejam bons, você reconhecerá que é como se não existissem, ou seja, 10 - l = 0.
2. Ou imagine você diante de um enorme cachorro feroz procurando avançar, mas que está atado por uma corrente de 10 elos... Quantos elos teriam que quebrar para você demonstrar sua forma física.
a) Ocorre-me que você não aceitaria o argumento de que, depois de tudo, ainda ficam 9 anéis perfeitos.
b) Depois de ver as conseqüências, você entende que, neste caso, 10 - 1 = 0.
3. Suponhamos que você está dependurado.
Debaixo de você há um imenso precipício. Você pendurado por uma corrente de 10 elos
(leve uma corrente para ilustrar o tema, ou desenhe uma no quadro-negro. Explique o que é um anel ou elo porque – embora pareça mentira, alguns não conhecem a palavra).
Suponhamos que eu chego. Dirijo-me ao precipício, olho a corrente e falo para você: "Estou necessitando de um pedaço de ferro para adornar um tinteiro. Vou cortar um elo e você está pendurado...
Que diria você?
- NÃO!
- Mas, o que você faria se eu lhe cortar um elo? Não são por acaso 10? Você ficaria com 9. Quantos elos lhe faltaria cortar para que você caia embaixo? UM. São 10, mas se cortar um, é como se não houvesse nenhum. Nesse caso, 10-1 = 0.

II. ASSIM OCORRE COM A MATEMÁTICA DE DEUS

1. A Santa Bíblia de Deus considera nossa atitude a respeito dos Dez Mandamentos não desde o ponto de vista numérico, mas desde o ponto de vista das conseqüências finais. Tiago 2:10-12.
a) Na matemática de Deus:
10 mandamentos
- 1 mandamento
0 mandamento
(Escreva-o no quadro-negro ou no flanelógrafo).
b) Por diversas razões, muitos querem iludir esta realidade.
2. ILUSTRAÇÃO: Hoje em dia todos estão buscando bons negócios e liquidações. Queremos comprar alguma coisa pagando menos que seu valor real e, se é possível, ganhá-la sem pagar nada. Por isso as loterias e os jogos estão progredindo cada vez mais. Por isso milhares de pessoas que poderiam estar trabalhando estão pedindo esmolas. Outros estão roubando. Fazem qualquer coisa por não trabalhar e ter uma vida fácil.
Este espírito já contaminou a igreja moderna. Há pessoas que buscam uma religião mais fácil. Buscam religião a preço de liquidação. Uma religião sem responsabilidades; sem obediência a Deus; sem normas. Mas não há caminho fácil para o céu.
3. Tomam a Lei de Deus e buscam descontos.
a) Crêem que guardar a maioria dos mandamentos é suficiente. Que de qualquer modo continuarão sendo bons cristãos, aceitos diante de Deus.
b) Pensam que se desobedecerem a um só dos 10 mandamentos, isto não tem nada de mau. E os demais seres humanos – que "olham o que homem olha" – dizem que os tais são bons cristãos.
c) Mas Deus "olha, não o que o homem olha" Que opina Ele? Tiago 2:10-12.
4. ILUSTRAÇÃO: Certa senhora estava assistindo a um jogo de tênis. Como ela não compreendia as regras do jogo exclamou: "Por que não tiram a rede?" Ela, na sua opinião, achava que a rede incomodava aos jogadores porque a bola sempre batia na rede e que deviam tirá-la para que o jogo se tornasse mais fácil. Mas que seria do jogo sem a pede? Ela não compreendia o jogo.
E quem retira a lei do caminho cristão, não compreende o plano da salvação.
a) De acordo ao que líamos em I S. João 3:4, se tirarmos a lei estamos em pecado, e os que estão em pecado não estão na graça; não são salvos. O que tira a lei não sabe bem o que está fazendo.
5. Outros pensam que os que querem se salvar e entrar no reino dos céus não devem guardar a lei de Deus. Esse é outro erro. Vejam o que disse nosso Senhor Jesus Cristo ao "jovem rico". S. Mateus 19:16-17.

III. JESUS E A LEI DE DEUS

1. Alguns entendem mal algumas coisas e chegam a afirmar que Jesus, nosso Senhor, esteve contra a lei. Esse é um grave erro.
2. Ele guardou os mandamentos de Deus. S. João 15:10.
a) É lógico. Se não houvesse pecado. E Ele não pecou, (I S. João 3:4, onde explica que o que não guarda a Lei está pecando.)
b) Guardou todos os mandamentos, pois "10 - 1 =0"
3. Outros dizem que Jesus nosso Senhor mudou os mandamentos. Isso não é verdade. Jesus não mente, e vejam o que Ele próprio disse em: S. Mateus 5:17, 18.
a) Não veio para mudar a lei (5:17).
b) Enquanto houver céu e terra não se poderá mudar nem uma letra nem um sinal (5:18).
c) Portanto:
(1) Não mudou,
(2) Não autorizou ninguém para mudar nada.
d) Então tenham bem em conta que 10 - 1 = 0.
Guarde os 10 ...
ILUSTRAÇÃO: É reconfortante saber que há algumas coisas que não mudam em um mundo onde as transformações são a norma. Tal é, por exemplo, uma barra de platina iridiada que se encontra na Repartição de Pesos e Medidas da cidade de Washington.
Em 1962 foi substituída por um instrumento que mede o metro Padrão em termos de 1.656.763,83 longitudes de onda da luz vermelha alaranjada que provem do gás crípton 86, excitado eletricamente. Esta mudança efetuou-se para dar-lhe uma exatidão ainda maior.
Em 1956 levou-se a Paris a barra métrica norte-americana para ser conferida com a medida internacional que durante mais de 150 anos havia sido conservada em uma temperatura constante. Em 65 anos somente três vezes foi efetuada uma comprovação desta espécie.
Encontrou-se que a barra não havia sofrido mudança alguma.
Há outras coisas que não mudaram. Dois e dois ainda são quatro. O tempo que necessita a Terra para girar em torno de seu eixo não mudou. Assim também acontece com a Lei de Deus. O salmista disse: "A Lei de Deus é perfeita". É a norma pela qual devem ser medidas todas as idéias, ações e leis menores. Jesus disse quanto a sua permanência: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei." S. Mateus 5:17, 18.
Enquanto virmos que o sol brilha no céu; enquanto percebermos debaixo de nossos pés o sólido terreno, poderemos saber que a lei de Deus não foi cancelada, mudada ou destruída.
4. Isso foi o que S. Paulo ensinou.
Depois de explicar, brilhantemente, que somos salvos do pecado, ou seja, justificados, unicamente pela fé na graça de Deus, esclarece que essa fé não nos autoriza a pecar (desobedecer à lei). Romanos 3:31.

IV. ALGO MAIS

1. ILUSTRAÇÃO: Ouvi um pregador afirmar: "Não guarde mais os Dez Mandamentos, porque foram abolidos na cruz. Se eu guardasse demonstraria falta de fé no sacrifício de Cristo, e é como se Cristo houvesse morrido em vão."
Será que Ele morreu para nos dar licença de pecar? Não gostaria de ter esse pastor como vizinho. Teria de sempre fechar bem a minha casa, porque para ele não é pecado roubar. Teria de me proteger sempre contra ele, porque para ele não é pecado matar. Teria que duvidar sempre de suas palavras porque ao não estar obrigado a guardar a lei pode-se também mentir. Teria que proteger a minha esposa porque para não guardar a lei ele teria que adulterar de vez em quando.
Eu digo com humildade, com respeito: Qualquer religião que não guarda os dez mandamentos, está contra Deus. Jesus não morreu para permitir que pequemos. Ele morreu para nos livrar do pecado.
2. Alguém poderia dizer: "Que pensa você a meu respeito, que não guardo os Dez Mandamentos? A verdade é que não me faltaria vontade de dizê-lo, porque eu sei o que diz a Bíblia. Mas é muito difícil.
O apóstolo S. Joio tinha mais coragem que eu. Vejam o que escreveu na Bíblia sobre os que se julgam bons cristãos e não guardam os mandamentos. I S. João 2:4.
3. O amor de Deus deve ser demonstrado:
a) Não guardamos os Mandamentos para que nos ame. Ele nos ama desde antes que nascêssemos. Diz a Bíblia: "desde antes da fundação do mundo".
b) Guardamos Seus Mandamentos, porque o amor de Deus tem feito que cheguemos a amar, e como prova de amor queremos obedecer Sua lei. I S. João 2:3.
4. Permita-me dizer que os Dez Mandamentos não são leis somente, são amor. Os primeiros quatro nos dizem que amemos a Deus sobre todas as coisas; os últimos seis nos dizem que amemos às outras pessoas tanto como nos amamos a nós mesmos.
5. ILUSTRAÇÃO: Um velho violinista era pobre, mas tinha um violino que encantava com seu belo som. Alguém perguntou-lhe sobre o seu instrumento. Tomou-o ternamente em seus braços e disse: - Muita luz do sol deve haver entrado nesta madeira, e agora sai o que entrou.
a) É tanto o amor de Deus que entrou em nossa vida, que o pouco que podemos fazer é permitir que saia de nossa alma a doce música da obediência.
b) Assim nos diz a Palavra de Deus. I S. João 5:3.
6. "As relações de um homem são estabelecidas em duas direções: por um lado tem uma obrigação para com Deus e pelo outro uma obrigação para com o homem; tem tanto uma relação vertical como horizontal."

CONCLUSÃO:

Se até aqui fomos rebeldes quando a obedecer a Lei de Deus, ou alguns de Seus mandamentos, sigamos os passos do plano divino para ocultar-nos sob a graça.
a) Reconheçamos que agimos mal; pecamos.
b) Arrependamo-nos.
c) Confessemos ao Senhor; peçamos perdão.
d) Abandonemos essa idéia de desobedecer e sejamos obedientes.
"POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTA LECE" - Filipenses 4:13.
1. Não neguemos a Jesus essa prova de amor. S. João 14:15.
2. Apelo a ser fiéis. Oração.

A PREPARAÇÃO PARA A ÚLTIMA NOITE DA TERRA

INTRODUÇÃO:

1. Queiramos ou não, o Senhor virá.
a) E os que estiverem com sua vida em harmonia com a Sua vontade, terão a liberação definitiva e o gozo da vida eterna, e
b) Os que não estiverem adequadamente preparados receberão a condenação conforme as suas obras. Sendo assim, a pergunta mais significativa que poderíamos fazer é: Que devo fazer para ser salvo?
2. Esta pergunta foi feita a nosso Senhor Jesus Cristo e também a S. Paulo. As respostas que ambos deram, e que a alguns religiosos extremistas pareceram contraditórias, apresentam duas fases da mesma verdade que são complementadas maravilhosamente.
a) Segundo Paulo, para ser salvo é necessário crer em Jesus. Atos 16:30,31.
b) Segundo nosso Senhor Jesus Cristo, para entrar na vida eterna é necessário guardar os mandamentos. S. Mateus 19:16,17.

I. CRER EM JESUS

1. A santa Bíblia nos ensina que o ser humano, infelizmente, por natureza está perdido.
a) "O salário do pecado é a morte." Romanos 6:23.
b) E não pense: "Morro e irei direto para a glória de Deus." Romanos 3:23. Em outras palavras: perdido.
c) E essa é a condição de todos, "porque todos pecaram", Romanos 3:23.
2. A melhor coisa que somos capazes de fazer, como seres humanos, é obras de pecadores; obras pecaminosas. Isaías 64:6.
a) Essa é uma razão pela qual ninguém se pode salvar acumulando obras, pois seria acumular obras pecaminosas, nada mais.
3. Por isso é que Deus derramou Sua graça, que não merecíamos, e nos dá a salvação por meio de Jesus Cristo. Romanos 3:23-25.
4. E podemos ter confiança absoluta de que esse presente é eficaz, pois brota da justiça e misericórdia puras de Deus. Não intervém nenhuma obra humana pecaminosa. Efésios 2:8,9.
5. Como podemos receber essa graça salvadora?
a) Já vimos que não por obras.
b) O único caminho é pela fé. Romanos 5:1,2.

II. E QUE FAZEMOS COM A LEI?

1. Como meio ou tábua de salvação, não serve. Romanos 3:20.
2. Quer dizer que não mais temos que obedecer a ela?
a) Na linguagem secular, desobedecer à lei (que S. João chama pecado) é delinqüência, A lógica me diz que nenhum indulto que me dêem por graça significa que se me confira o direito de ser um delinqüente.
b) Segundo o apóstolo S. João, violar a lei é cometer pecado.
I João 3:4. A lógica me diz que Jesus, nosso Senhor, não me perdoa do pecado para dar-me o direito de ser um pecador (desobediente à lei).
c) O mesmo ensina S. Paulo:
(1) A lei não me perdoa. Ela é a norma que me indica se estou limpo ou sujo. É algo assim como um espelho, que não me lava, mas me diz: "Está sujo, necessita lavar-se."
(2) O único que me lava do pecado é o sangue de Cristo, cujos méritos recebemos por fé e nos são outorgadas pela graça.
(3) Que fazemos então com a lei? Não obedecemos mais a ela? E ele respondeu enfaticamente: NÃO, PELO CONTRÁRIO! Agora que somos salvos ou perdoados, estamos moralmente mais comprometidos que antes a obedecer a ela. Lemos isto em Romanos 3:31.
3. Por isso Jesus disse ao jovem rico: "Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos". S. Mateus 19:17.
a) Ao menos teoricamente, havia ido a Jesus, era porque cria nEle.
b) Por isso é que Jesus falou da conduta natural do crente: guardar os mandamentos.

4. Não guardamos os mandamentos para nos salvar. Guardamo-los porque somos salvos. Igual a uma figueira: não dá figos para ser figueira, mas dá figos porque é figueira. De súbito, Jesus amaldiçoou a figueira que não deu frutos, pois não tinha razão de ser se não os desse. Assim também, a cristão sem frutos não é tal.

5. Se lhe custa trabalho captar todo o quadro, não se preocupe. Vejamos um só exemplo, e para não nos equivocarmos, tomemos um caso onde Jesus atuou. Se Jesus ensinou o que lemos na Bíblia, logicamente era verdade. S. João 8:1-11.
a) Trouxeram-lhe uma mulher condenada. Não importa o que fizera ou prometera, já se havia comprovado que era adúltera e isso já a condenava. Suas futuras obras não podiam mudar essa realidade. O único que merecia era morrer.
b) Quando Jesus a perdoou, fê-lo só pela graça. Não havia outro caminho para salvá-la.
Tinha direito de continuar adulterando (violando a lei)?
c) Disse-lhe Jesus: "Nem eu também te condeno – te perdôo – vai-te e não peques mais." S. João 8:11.
d) Dito em outras palavras: Salva pela graça para obedecer. O mesmo ensinou S. Paulo em Romanos 3:31.

III. SOMOS SALVOS POR UMA FÉ VIVA

1. O que a Bíblia quer dizer é que somos salvos somente Pela fé, mas uma fé viva.
a) A fé me permite receber o presente da graça e nascer para uma nova vida.
b) A nova vida não é a existência de uma múmia.
Atua, e quando atua o faz guardando os mandamentos de Deus que não podia guardar antes de se converter. Filipenses 4:13.
2. Por isso é que São Paulo disse aos convertidos: "Aquele que furtava, não furte mais." Efésios 4:28.
3. Porque a fé que não opera não é uma fé viva.
Não é a fé que salva. Tiago 2:18-20.

CONCLUSÃO:

1. Que devo fazer para estar preparado para a vinda do Senhor? Que devo fazer para ser salvo? Ter uma fé viva.
a) Crer em Jesus, aceitá-Lo como o único meio de salvação. Aceitar a justificação pela fé em Jesus, atentando para Suas palavras.
(1) Ele disse à mulher adúltera a quem perdoou pela graça, para viver uma nova vida: "Vai-te e não peques mais" (Não desobedeças mais à lei).
(2) Ao jovem rico, que manifestava crer nEle, disse: "Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos."
2. Tudo isto podemos entender melhor estudando cada dia a Bíblia.
3. Sente resistência para guardar os mandamentos?
a) ILUSTRAÇÃO: Na época da escravidão estavam arrematando um escravo robusto, chamado José. Mas o homem não queria obedecer a seu amo. Entre o grupo dos compradores presentes, havia um homem com semblante muito bom, que subia sistematicamente as ofertas. E José notou-o. Cada vez que alguém oferecia mais, este cavalheiro subia novamente a oferta. Então José começou a dizer-lhe: "Não desperdice seu dinheiro, porque eu não vil trabalhar!"
Mas o cavalheiro não fazia caso dos comentários do escravo José. Continuava subindo a oferta, e José insistia: "Não vale a pena que me compre, não vou trabalhar!
Finalmente ninguém se animou a pagar mais, e esse cavalheiro recebeu a documentação que testemunhava que era o legítimo dono de José. Enquanto iam na carruagem, José, com os braços cruzados com desprezo sobre seu robusto peito sem roupas, repetia: "Embora me mate, eu não vou trabalhar!"
Ao chegar à residência do novo amo de José, entraram no escritório e o escravo rejeitou o oferecimento bondoso de se assentar. José viu que o patrão escrevia em papel ofício e finalmente assinava algo que parecia ser uma espécie de documento. Enquanto isso José continuava dizendo com acento de desprezo: "Eu não vou trabalhar!"
- José - perguntou o patrão - você sabe ler?
- Sim, mas não trabalharei, mesmo que me mate!
- Bem, - disse o patrão - este documento é seu, leia-o.
De má vontade José estirou a mão e começou a ler. De súbito mudou de semblante. Começou a ficar emocionado e as lágrimas lhe corriam pelo rosto. Finalmente, comovido ao ver que esse documento dizia que lhe era concedido o direito de ser um homem livre, exclamou:
- Mas senhor, o senhor pagou tudo isso por mim Para dar-me a liberdade?
- Efetivamente, José, e agora você é um homem livre.
Mais comovido ainda José exclamou:
- Pois então, senhor, serei seu escravo voluntário. Mande, que José obedece!

4. O homem não convertido é um José que, mesmo que o matem, não vai obedecer. Romanos 8:7.
5. Aquele que aceita a Jesus, nasce para uma nova vida pela graça e por amor: "Serei um escravo voluntário. Manda, senhor, que eu obedeço." S. João 14:15.
6. Qual dos dois momentos da experiência de José está vivendo você?

O Senhor vem buscar os Seus amigos.

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