quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ALEGRIA NA COLHEITA

Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Sal. 126:6. Thomas Johannes Bach, estudante de Engenharia, caminhava por uma rua de Copenhague certo dia, quando um rapazinho se aproximou dele com um folheto na mão.- Aceita este folheto? - perguntou o menino. - Ele tem uma mensagem para o senhor.Olhando para o folheto, Thomas viu que era religioso. Não estava interessado e não gostou de ter sido incomodado na rua por causa de um folheto.- Porque razão estás a incomodar as pessoas com a religião? - quis saber - Sou perfeitamente capaz de tomar conta de mim mesmo.Como o rapazinho continuasse com a mão estendida, Thomas pegou o folheto de modo grosseiro, rasgou-o e colocou-o no bolso. O garoto virou-se e foi-se embora muito triste. Mas Thomas não conseguiu tirar os olhos do menino.Dirigindo-se ao vão de uma porta, a criança curvou a cabeça e orou silenciosamente. Thomas observava e percebeu que lágrimas corriam pela face do menino. O coração de Thomas foi tocado. Ali estava alguém que se importara tanto com a sua alma, a ponto de oferecer-lhe um folheto, e ele tinha-o rejeitado. A partir daquele momento, a vida de Thomas tomou um rumo diferente. Em vez de se tornar engenheiro, tornou-se missionário na América do Sul.Alguns, ao lerem sobre o método que o menino usou para testemunhar, podem achar que não foi o melhor "impor" a religião aos outros- e talvez ele o estivesse a fazer. Alguns podem concluir que as lágrimas dele provinham de sentimentos feridos, e não de preocupação pela alma de Thomas - e podem estar certos! Mas outros ainda podem ver nas lágrimas do rapazinho um interesse genuíno pelas almas, como se estivesse clamando: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jer. 8:20) – e talvez estejam certos! Por que não dar ao garoto o benefício da dúvida?Testemunhar por Cristo deve ser feito de modo cativante e inofensivo; as lágrimas derramadas devem provir da preocupação pelas almas e não de sentimentos feridos. Mas quem pode contestar o facto de que o Espírito Santo usou o testemunho do menino para ganhar uma alma para Cristo? Estamos nós a fazer a mesma coisa por Ele?Não posso deixar de crer que no grande dia da colheita, no fim do mundo (ver S. Mat. 13:39), aquele rapazinho virá com regozijo, trazendo o seu "feixe" de almas!

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