À luz do recente e extravagante casamento real entre o
príncipe William e a plebeia Kate Middleton, muitos ainda se lembram do
casamento do milénio: De Diana Spencer com o príncipe Charles.
Amplamente anunciada como uma história de conto de fadas de
uma menina bonita que se casa com um príncipe, o casamento real foi transmitido
para todo o mundo com uma audiência de 750 milhões de telespectadores, enquanto
600 mil pessoas tomavam as ruas apenas para terem um vislumbre de Diana a
caminho da cerimónia.
Diana usou um vestido caro, e a lista de convidados era
composta pelos cidadãos mais ricos e famosos do mundo.
Era uma imagem maravilhosa de esperança e promessa, mas um
casamento luxuoso não faz dele um casamento amoroso. Como todos sabemos, dentro
de uma década o “casamento do milénio” desemaranhou-se em somente mais um matrimónio
miserável que terminou em histórias sórdidas de infidelidade e divórcio. O que
o tornava ainda mais triste era que Diana tinha vindo de um lar desfeito. Sua
mãe se divorciara de seu pai quando Diana era muito jovem. No dia em que a mãe
de Diana saiu de casa, ela disse para sua filhinha: “Estarei de volta muito em
breve.”
“Muito em breve” acabou resultando em nunca, e esse
acontecimento marcou profundamente Diana pelo resto de sua breve vida. De fato,
depois do primeiro encontro de Diana com o príncipe Charles, que ao que parece
saía de fato com sua irmã naquele tempo, ela contou às amigas que ia casar-se
com ele. Suas amigas lhe perguntaram como ela poderia saber isso. Diana respondeu:
“É porque ele é o único homem no planeta que não teria permissão para se
divorciar de mim.”
Infelizmente, nenhuma promessa humana, sabedoria, ou posses
podem manter um casamento; o pecado infectou as nossas vidas demais para isso.
A Mais sagrada Instituição
Em 03 de janeiro de 2004, a pop star Britney Spears chocou
os fãs quando impulsivamente se casou com seu amigo de infância Jason Alexander
em Las Vegas.
Dentro de 55 horas o casamento estava anulado.
Spears disse: “Eu acredito na santidade do casamento, eu
acredito totalmente”. Mas ela confessou: “Eu estava em Vegas, e isso tomou
conta de mim, e, você sabe, as coisas saíram fora de controlo”.
Uma razão óbvia para muitas pessoas entrarem de forma
imprudente em um casamento é que se ele não der certo elas podem rapidamente
saltar para fora dele. Os votos solenes, eles raciocinam, são apenas uma
formalidade necessária.
No entanto, a Bíblia não é omissa quanto a santidade do
casamento. Como poderia ficar em silêncio quando o casamento foi criado por
Deus? Devemos esperar que a Bíblia traga algumas diretrizes estritas sobre o
que é permitido para cancelar um casamento. As muitas leis civis e religiosas
estabelecidas para preservar o casamento existem por causa da alta prioridade
da instituição.
Afinal, quão importante seria o casamento se ele pudesse ser
tão facilmente dissolvido? Se você pudesse ser liberado deste pacto solene pela
mais trivial das razões, então o casamento em si seria trivial e, como nós já
observamos, é exatamente isso que está acontecendo em nossa cultura porque está
fácil escapar dele.
A salvação também é um pacto sagrado. Poderíamos ter motivos
para nos preocupar, se Deus honrasse a sua aliança para nos salvar da mesma
forma que muitas pessoas nestes dias honram seus votos matrimoniais.
Fort Knox é um dos locais mais vigiados na América do Norte.
Por quê? Porque os seus cofres contém cerca de 4.600 toneladas de lingotes de
ouro. No entanto, mercearias não são construídas como pequenas fortalezas, com
paredes grossas, guardas armados, e complicados cofres para proteger uma goma
de mascar. O valor do que está dentro de um local muitas vezes é melhor
revelado pelo nível de segurança que o protege.
É a mesma coisa com o casamento. Deus colocou um muro
formidável, uma proteção santa, em torno desta instituição, a fim de
protegê-la, precisamente porque é tão valiosa, tão sagrada e tão importante. O
voto de casamento não é como as crianças em um playground fazendo promessas
fantasiosas. Quando um homem e uma mulher se casam, eles se comprometem um com
o outro nos termos mais fortes possíveis. É um juramento solene na presença de
Deus, feito para durar, enquanto os dois corações continuarem batendo. “pois o
que tu, Senhor, abençoas, abençoado está para sempre”.” (1 Crónicas 17:27
NVI).”
Compromisso
Condicional?
Joseph Campbell disse: “Um casamento é um compromisso com
aquilo que você é. Essa pessoa é literalmente a sua outra metade. E você e o
outro são um. … O casamento é um compromisso de vida, e um compromisso de vida
significa a principal preocupação de sua vida. Se o casamento não é a principal
preocupação, você não está casado.”
Mas e se você está completamente convencido que se casou com
a pessoa errada? Será que o voto precisa realmente ser mantido? O Salmo 15:1
diz “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte?”.
Em outras palavras, quem há-de ir para o céu? Parte da resposta é encontrada no
versículo 4: “…aquele que jura com dano seu, e contudo não muda”. Ele está
falando sobre uma pessoa que
fez uma promessa que realmente não quer mais mantê-la, mas ele a mantém de qualquer maneira porque prometeu.
fez uma promessa que realmente não quer mais mantê-la, mas ele a mantém de qualquer maneira porque prometeu.
Alguém como Jefté, que prometeu dedicar ao Senhor Aquilo
que, saindo da porta de sua casa, lhe saísse ao encontro, quando ele voltou
para casa vitorioso. (Veja Juízes 11:30, 31). Ele provavelmente pensou que seria
uma cabra ou uma vaca, mas acabou por ser sua filha. Quem poderia culpá-lo por
voltar atrás naquela promessa? No entanto, com o coração partido, ele manteve
seu voto, e ela foi dada para servir no templo pelo resto de sua vida sem se
casar.
Quando você estava no altar e fez o seu voto, você não sabia
que um dia o seu marido ou esposa podiam ter dias em que estariam mal-humorados
e com aspecto desmazelado? Será que você nunca considerou que a sua beleza
exterior e músculos ondulando acabariam por ceder? Que eles poderiam até roncar
ou um dia tornar-se senis e precisar do seu cuidado constante. Não há nenhuma
desculpa para abandonar o seu voto sagrado porque ele o prejudica.
Lembre-se, o tipo de amor de que fala a Bíblia é um amor
incondicional. “Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor
eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3). Este é o
modo como Jesus nos ama. Não é porque somos sempre amáveis, mas porque Ele
escolheu nos amar apesar das nossas falhas. Ele não é um amor condicionado por
causa do que você faz para Ele. “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a
vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem
o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos
poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos
8:38-39).
É uma escolha para amar independentemente de haver ou não um
cônjuge que seja sempre amável.
Amor inseparável? Isto é compromisso.
Martinho Lutero disse: “O cristão deve amar o seu próximo, e
desde que sua esposa é seu vizinho mais próximo, ela deve ter o seu amor mais
profundo.”
Um mais um equivale a
um
O peixe-pescador de águas profundas é um peixe oceânico
muito interessante. A fêmea é quase tão grande como uma bola de volei. Por
outro lado, o macho é desproporcionalmente pequeno, como um feijão preto com
nadadeiras. Ele tem pequenos dentes de gancho que utiliza para morder a fêmea
dos seus sonhos e anexar-se a ela. Uma vez conectado, seus vasos sanguíneos na
verdade, se juntam com os da fêmea e ele vai passar o resto de sua vida fundido
à ela como um apêndice extra, recebendo todos os nutrientes de seu corpo em
troca de fertilizar seus ovos. A carne dos dois peixes consequentemente se
fundem, e eles permanecem permanentemente unidos.
Esta pode não ser a ilustração mais elegante, mas acrescenta
um novo significado para a Escritura: “Por essa razão, o homem deixará pai e
mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” (Génesis 2:24).
Considere a palavra “unirá” usada neste verso, ela vem da
palavra hebraica dabaq, que significa
“aderir” ou “colar” Em outras palavras, maridos e esposas devem ser supercolas
um ao outro em seu casamento.
Existem várias maneiras de um marido e mulher tornarem-se
uma só carne. O mais óbvio é quando seus cromossomos se misturam através de um
ato de amor para dar forma a uma nova criatura, uma criança feita à sua imagem.
No entanto, quer tenham ou não tenham filhos, esta unidade também se aplica aos
aspectos espiritual, mental e físico de suas vidas e relacionamento.
De acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia em
São Francisco, quando um homem e uma mulher se envolvem em intimidade sexual, o
hormônio oxitocina é liberado, o qual ajuda a vincular o relacionamento. A
oxitocina tem mostrado estar “associada com a capacidade de manter
relacionamentos interpessoais e laços psicológicos saudáveis com outras
pessoas”. Quando ela é liberada durante o sexo, ela começa a criar um vínculo
emocional entre os indivíduos. A oxitocina também está associada no vínculo
entre mãe/bebé, porque ela é liberada durante o parto e amamentação.
Vamos ser claros: Quando um homem e uma mulher se casam,
tornando-se “uma só carne” isto vai muito além da questão sexual ou química. As
emoções, os sonhos, as responsabilidades, e as relações estão todos fundidos.
Todos nós já ouvimos histórias de como é difícil e perigoso ter que separar gémeos
siameses quando as artérias, nervos e órgãos são compartilhados. Da mesma
forma, a separação dos que Deus uniu raramente acontece sem grande risco.
Um homem e uma mulher no casamento tornam-se tão intimamente
unidos em propósito, essência e existência, que é como se fossem literalmente
“uma só carne”. E duas vidas tão entrelaçadas não podem ser divididas, sem
causar grande dor, hemorragia emocional, e cicatrizes. É por isso que o
divórcio é sempre tão devastador.
Dicas para um
casamento feliz
O casamento pode ser um desafio. Mas como vimos, é destinado
a ser um dom maravilhoso de Deus, uma bênção, não um fardo. “Quem encontra uma
esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor” (Provérbios 18:22
NVI).
A chave, claro, é a
comunicação.
Há uma história sobre um velho homem e a sua esposa, que comemoravam
o seu aniversário de bodas de ouro – 50 anos de vida conjugal. Tendo passado a
maior parte do dia com parentes e amigos numa grande festa dada em sua
homenagem, voltaram para casa. Eles decidiram, antes de irem dormir, tomar um
pouco de chá com pão e geleia. Sentados na cozinha, o marido abriu um novo
filão de pão e entregou a parte final (a ponta) à sua esposa. Após uma longa
pausa, ela explodiu, dizendo: “Durante 50 anos você tem-me dado a ponta do pão
para comer. Mantive a minha paz, mas já é o suficiente. Recuso-me a comê-la
novamente, pela falta de preocupação sua para comigo em relação aquilo que eu
gosto”. Sem parar ela continuou a repreendê-lo. O marido ficou absolutamente
espantado com o discurso. Quando ela terminou, outra longa pausa se fez entre eles.
Finalmente, com os olhos húmidos, ele suavemente disse: “A ponta do pão é a
minha parte favorita”.
Eu digo novamente:
Comunicar!
Todo casamento enfrenta desafios, alguns grandes e alguns
pequenos. A vida é preciosa e curta; por isso, concentre-se mais nas grandes
batalhas, trabalhando através delas como uma equipe, enquanto deixa de ir aos
incidentes que, no grande esquema das coisas, não importam realmente.
Infelizmente, discussões não resolvidas são um grande problema no casamento,
muitas vezes levando ao divórcio. Portanto, a menos que a questão seja algo
significante, aprenda a deixar algumas coisas para tráz. Quando vocês
discutirem grandes coisas, esperem até que estejam sozinhos. Se as crianças se
sentirem como se estivessem na arquibancada de uma luta de boxe entre mãe e
pai, isso pode ser muito perturbador.
Abaixo estão mais alguns pontos que podem ajudar a tornar o
casamento a bênção que está destinado a ser. Algumas dessas dicas podem soar
como clichés de biscoitos da sorte, mas no entanto, elas são verdadeiras.
Primeiro, um dos aspectos mais cruciais do casamento é
praticar o perdão. Ben Franklin disse: “Mantenha os olhos bem abertos antes do
casamento, e meio fechados depois.” Precisamos aprender a pedir desculpas
quando estamos errados e se formos espertos, podemos encontrar algo pelo que se
desculpar, mesmo quando sabemos que estamos certos.
Assim como fomos perdoados por Deus, devemos também perdoar
os nossos cônjuges, mesmo quando não o merecem. “Casamento”, alguém disse, “é
de três partes de amor e sete partes de perdão”. Isso é o que o perdão bíblico
significa: perdoar a quem não merece. Se não aprendermos a perdoar, o
casamento, se sobreviver, será como o purgatório.
Mas você poderia estar se perguntando, “Como posso amar e
perdoar a uma pessoa quando ela me prejudicou tão profundamente? Depois de eu
ter visto o seu lado mais escuro e feio. Como posso amá-la quando ela demonstra
tão pouco amor por mim? Quando você pensar sobre essas questões, tenha em mente
que essas são perguntas que Jesus pode perguntar sobre cada um de nós. Apesar
de nosso egoísmo e pecado, Ele nos ama e nos perdoa. Ele deu a Sua vida para
ser um conosco. “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e
entregou-se a si mesmo por ela” (Efésios 5:25 NVI).
Em segundo lugar, assim como a Bíblia ensina que somos
pecadores, devemos aceitar o fato de que estamos casados com alguém que é
fisicamente, emocionalmente e espiritualmente danificado pelo pecado. Supere
isso. O seu cônjuge tem falhas. O casamento é a arte de duas pessoas
incompatíveis aprenderem a viver de modo compatível. Você pode ter que conviver
com essas falhas, mas você não tem que ficar obcecado por elas. Se você
realmente se obcecar, elas devorarão consequentemente você e o seu matrimónio.
Um perfeito e santo Deus, por Cristo, nos aceita como somos; você, que
dificilmente é santo e perfeito, deve fazer o mesmo para com seu cônjuge. Deus,
então, nos transforma pelo amor.
Nem sempre pense em si mesmo em primeiro lugar. Como seres
humanos caídos, o nosso modo padrão é “Eu, Eu, Eu”. Como um compasso que aponta
sempre para dentro, nosso primeiro impulso em qualquer situação é pensar em nós
mesmos e em nossas próprias necessidades, sobrevivência e conforto antes de
qualquer outra pessoa, e isso infelizmente, inclui os nossos cônjuges. Tente,
pela graça de Deus e do Espírito, colocar seu cônjuge antes de você mesmo,
assim como Cristo nos coloca antes de Si mesmo. Tal atitude pode, e certamente
vai, fazer maravilhas por qualquer casamento.
E assim como Cristo colocou-se em nossa situação, pois Ele
“como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (Hebreus 4:15),
tente se colocar no lugar do seu cônjuge. Em outras palavras, quando surgir uma
situação tensa, retroceda durante alguns momentos e tente ver as coisas da
perspectiva do seu cônjuge. Como tal situação o impacta? É incrível como esse
entendimento pode aliviar um monte de situações estressantes que inevitavelmente
surgem em um casamento.
Passem tempo de qualidade Juntos. Tempo é o material de que
o amor é feito. Enxuguem a louça juntos, arranquem as ervas daninhas no jardim
como uma equipe, ou faça qualquer outra atividade que os mantenham unidos.
Lembre-se que imediatamente após Deus ter feito o casamento, Ele fez o sábado –
criando um tempo para se construir o relacionamento.
“Se um homem se tiver casado recentemente, não será enviado
à guerra, nem assumirá nenhum compromisso público. Durante um ano estará livre
para ficar em casa e fazer feliz à mulher com quem se casou” (Deuteronómio 24:5
NVI).
Todo casamento tem seu próprio conjunto de desafios, e
nenhuma fórmula garante o sucesso. Mas através destes princípios simples,
pode-se percorrer um longo caminho que ajudará a tornar o casamento melhor e
melhor à medida que os anos passam.
O casamento é sagrado. Se você entender que ele é sagrado,
você fará tudo que for possível, na graça de Deus, para protegê-lo, tornando-o
um compromisso para a vida.
Então, medite agora nas palavras de Rute:
“Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe.
Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus
será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me
castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti!”
(Rute 1:16, 17).
Texto de autoria do Pr. Doug Batchelor, publicado no site Amazing Facts.
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