sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Filho Pródigo na casa do Pai

Texto: Lc 15.11-32
Introdução: Na maioria dos cultos, quando falamos deste texto pensamos no filho que gastou toda a sua herança, tudo o que pai lhe tinha dado. Mas nesta parábola tem três personagens principais: o filho mais novo – o que se foi - o pai e o filho mais velho - que ficou. Faremos uma comparação entre o que se foi e o que ficou.

1) Onde estava o filho que ficou? Onde o pai queria que ele estivesse?
Ele estava no campo, junto dos servos.
Ele identificava-se com os servos.
Por que razão ele não estava junto do pai naquele momento?
Será que o pai o obrigassse a estar no campo junto aos servos? Será que ele se importou em perguntar ao pai qual era a sua vontade; afinal era filho e não servo.
Quando o filho mais moço voltou e pediu ao pai que o tratasse como um dos servos, não foi isto que ele fez, e sim, chamou os servos para lhe darem a melhor roupa, colocarem um anel no dedo e colocarem sandálias nos pés. Ou seja, o pai sabia diferenciar muito bem um filho de um servo.



2) A primeira atitude diante do pai com o retorno do irmão:
(v.28 e v. 29) Ele indignou-se. Por quê?
Porque ele achava que o pai deveria tratá-lo melhor; achava que o pai deveria enchê-lo de presentes da fazenda, porque não entendia que tudo que tinha na fazenda também era seu. Ele não se sentia filho, sentia-se servo, logo, não se achava no direito de desfrutar daquilo que já tinha por direito legal, por ser filho. Ele condenava a atitude do pai, que além de perdoar ao seu irmão, deu uma festa. No seu conceito, aquele sujeito que havia feito tudo errado, não era merecedor, ele sim, pois sempre fazia tudo para agradar, no entanto nunca havia recebido sequer um cabrito, como ele disse.
Diga: “Pai! Eu não quero ser tão egoísta e sem misericórdia, ao ponto de não saber perdoar e ainda condenar ao Senhor pela Sua infinita misericórdia com meu irmão. Ajuda-me a deixar de ser servo, e me tornar filho. Amém”

3) A Sua insatisfação:
Ele estava na casa do Pai, porém sentia necessidade de se alegrar com os amigos (v.29). Isto demonstra quanta insatisfação tinha no coração. Na verdade ele sentia-se obrigado a servir o pai, talvez ele não tenha feito o mesmo que o seu irmão por uma questão de moralismo, mas ele estava tão insatisfeito, ou até mais. Isto demonstra que ele não tinha uma aliança com seu pai, o que ele tinha era medo de ser julgado pelos outros como ele julgava o seu irmão.

Conclusão: Tudo que o Pai tem é nosso por direito legal, mas para conseguirmos desfrutar das Suas bênçãos, precisamos ser filhos de verdade.
O filho mais moço entendia isso, o mais velho não.
É assim que o Senhor faz conosco, Ele não nos manipula ao ponto de querer a nossa obediência com fardo e jugo, fazendo somente aquilo que Ele nos ordena como imposição, mas Ele quer que tenhamos liberdade de conversar com Ele, perguntar para Ele como acharia melhor que fizéssemos.
Ele quer que preparemos um banquete junto com Ele por estarmos alegres e não para nos alegrarmos.
Aplicação:
Será que nós não estamos a agir da mesma maneira que este filho?
Será que este filho conseguia ter intimidade com o pai?
Será que ele tinha coragem de encostar a cabeça no peito do pai e contar-lhe todas as suas dificuldades e medos?
Será que na verdade ele não tinha uma ponta de inveja do irmão, porque ele fazia aquilo que ele tinha vontade e não tinha coragem?
Digamos ao Senhor como nos sentimos.
Digamos que queremos ter uma aliança verdadeira com Ele.
Digamos que não queremos estar em casa como servos, mas como um filho de verdade.
Digamos O não queremos serví-Lo com culpa e com jugo, porque decidimos ser filhos e filhas e servi-Lo como Pai por amor

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