sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ENTREGO A MINHA VIDA NAS TUAS MÃOS

Estudaremos a sétima e última declaração de Jesus Cristo que se encontra registada em Lucas 23: 44 a 46.

DESENVOLVIMENTO:
A missão de Jesus chegava ao fim e as Suas últimas palavras foram: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”Dizem que geralmente as pessoas morrem do jeito que vivem. A vida de Cristo foi de dependência do poder de Seu Pai. Ele foi capaz de entregar Sua vida a Deus na hora da morte, porque passara toda a vida em completa entrega ao Pai. Queira Deus que, quando chegar o fim de nossa existência, as nossas palavras revelem o que foi a nossa vida. Consegue imaginar-se a escrever a sua última mensagem para um ente querido? As suas últimas palavras para um filho ou cônjuge?
O que diria?


Como pronunciaria as suas palavras finais?
Com certeza, cuidadosamente, escolhendo cada palavra. A maioria dos seres humanos possui apenas uma oportunidade de fazer o seu último pronunciamento. Foi o que aconteceu com Jesus. Sabendo que as Suas últimas palavras seriam para sempre ponderadas, não acha que Ele as escolheu cuidadosamente? Sim Ele fez, e o fez por você.


Que lições podemos tirar dessas palavras?

1. Jesus viveu e morreu com as Escrituras nos lábios. Citou as palavras do Salmo 31:5. Quando o rei David foi caluniado e perseguido exortou todos os que podiam ouvir a serem fortes, cientes de que o Senhor os protegeria no momento de dificuldade. As últimas palavras de Jesus não seriam de confiança. Foi então que exclamou: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito, tu me remiste, Senhor, Deus da verdade!” Sal 31:5.

2. Jesus iniciou as Suas palavras na cruz usando a expressão: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34). Ao proferir as últimas palavras, começou assim: “Pai”. Assim sempre foi a Sua vida. Ele começava com o Pai, vivia com o Pai e concluía com o Pai. Cristo ia morrer, mas não era vítima dessa tragédia. A entrega de Sua vida não era o resultado de uma derrota. Foi um acto livre da Sua própria vontade. “Ninguém a tira de mim. Pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” (João 10:18). A morte não foi até Jesus. Ele foi ao encontro dela. Agostinho disse: “Ele desistiu de viver porque quis, quando e como o quis.” Jesus morreu de acordo com os propósitos divinos, não por causa do capricho de homens covardes.

3. Jesus morreu nas mãos do Pai. “Pai, nas Tuas mãos...” Que magnífico significado é encontrado nesta expressão! O poder das mãos! Por diversas vezes Jesus disse que seria entregue nas mãos dos homens. Aos cansados discípulos, no Getsémani, disse: “Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se e vamos. Aí vem o traidor.” (Mat 26:45 e 46). Pedro disse que Jesus foi crucificado por “Homens perversos.” (Act 2:23). Mãos perversas formaram a coroa de espinhos, pondo-a sobre a fronte de Jesus. Mãos perversas o esbofetearam. Mãos perversas dilaceraram as suas costas. Mãos perversas cravaram pregos nas Suas mãos e pés.

Mas chegou o momento em que as mãos dos homens não podiam fazer mais nada, e as mãos de Deus detiveram o derradeiro poder de decisão. Quando David estava a ser perseguido pelos inimigos, ele percebeu que mesmo quando estamos nas mãos de homens perversos, podemos estar nas mãos de Deus. “O meu futuro está nas tuas mãos; livra-me dos meus inimigos e daqueles que me perseguem”.

Da mesma forma mesmo que estejamos nas mãos de enfermidades e acidentes, podemos estar nas ternas e protectoras mãos de Deus. Jesus Se entregou voluntariamente nas mãos de pecadores e, voluntariamente, entregou-Se nas mãos de Deus. Cercado pelos que O odiavam, consciente de que ninguém tinha importado com as injustiças contra Ele; sabendo que os discípulos tinham, na maior parte, desertado, nessas circunstâncias Ele podia contar com o Pai. Ele podia entregar-Se nas mãos do Pai. Nas mãos do Pai, Ele foi elevado a uma posição de autoridade e, hoje, espera que Seus inimigos sejam se dobrem reconhecendo que foram instrumentos do mal. Estar nas mãos do Pai é estar nas mãos do Filho. As mãos do Filho e do Pai estão em harmonia, estão entrelaçadas.

Assim o segredo da vida é estar nas mãos do Pai. Estar nas mãos do Pai é estar no melhor, no mais seguro e aconchegante lugar do Universo. Você está nas mãos do Pai? Veja se está nas mãos do Pai não é tudo do que precisamos? Leiamos Isaías 41:10,13. Na

terça-feira, 16 de setembro de 2014

VICIO DOENÇA OU PECADO?

Em Washington, pessoas estão matam-se. Tudo por causa de uma ampola de crack (cocaína cristalizada). Os viciados em cocaína são vítimas de uma doença? E quanto aos viciados em álcool e fumo... Isso é uma doença, ou pecado? Seja o que for, existe ajuda se você precisar dela hoje.

Traficantes e dependentes enchem as ruas das grandes cidades. Precisando de dinheiro para sustentar seu hábito, prostitutas e ladrões andam pelos becos. Pessoas chegam a cometer homicídios por causa de uma ampola de crack. A fronteira sul da América é um canal do tráfico de drogas, sabia? A polícia vem travando uma batalha perdida... Para cada rei das drogas que ela consegue agarrar, surgem dois em seu lugar. E o mais perturbador de tudo é que os americanos tem uma demanda insaciável por esse produto químico.

Curiosamente, a questão da droga surgiu durante a campanha presidencial de 1988 como o problema número um da América. O presidente Bush no dia de sua posse enfatizou sua promessa de lutar contra o abuso das drogas. Eu estava sentado na plataforma atrás desse líder recém-empossado quando ele disse estas palavras: "Este flagelo tem que acabar."

O flagelo da dependência das drogas foi particularmente perverso na capital dos Estados Unidos. Como prova disso, em 1988 a cidade de Washington teve o mais alto índice de homicídios da nação. Quando as mortes atingiram o máximo durante o primeiro trimestre de 1989, percebeu-se que algo drástico tinha que ser feito, e rapidamente.  O presidente Bush nomeou William Bennett como o novo diretor do gabinete, na Casa Branca, do Conselho Nacional de Entorpecentes, o Czar federal das drogas.

Com um desafio maior do que seu título, Bennett lançou um ataque sem precedentes sobre o problema das drogas em Washington. Foi um projeto de 80 milhões de dólares para derrubar os traficantes e seus comparsas.

Os pais sabem que o contingente policial não é suficiente para salvar seus filhos do uso de drogas. Ficam em dúvida sobre o que dizer aos adolescentes... Especialmente quando a geração mais jovem ressalta a inconsistência de muitos adultos. Eles dizem: "Vocês me chamam de dependente, mas e quanto às suas bebidas? O álcool também não é uma droga? E quanto aos seus cigarros cheios de nicotina?"

Esses jovens tem sua razão, temos que admitir. Muitos adultos dão um exemplo fatal ao ter seus próprios vícios. Mais de mil fumantes morrem por dia devido a esse hábito. E quem pode computar o custo do alcoolismo em lares desfeitos, ossos quebrados e promessas não cumpridas?

Bem, chega de falar sobre o problema. Ouvimos a respeito todos os dias. Vamos procurar soluções. A verdadeira batalha deve ser ganha na mente e no coração dos consumidores. Se a demanda de drogas não parar, os fornecedores sempre acharão um meio de contrabandear sua mercadoria. Portanto a  demanda de drogas, a dependência em si, deve ser confrontada. Isto levanta uma questão: estamos discutindo uma doença ou um pecado? A resposta é importante. Sabe, alguns sugerem que a dependência é um destino pré-determinado, algo programado desde o nascimento nos gens. Se isso for verdade, como você pode culpar um dependente por cumprir seu destino? Mas, por outro lado, se a dependência é um comportamento que pode ser evitado, um pecado a ser destruído, não há desculpa para a dependência da cocaína, ou o hábito do fumo e da bebida.

A primeira página de um jornal da Califórnia trouxe o triste relato de uma motorista bêbada que matou três adolescentes na rodovia 101. Eles caminhavam pelo acostamento da estrada em busca de ajuda para o seu carro enguiçado, quando foram atropelados por ela. Seu nível de álcool no sangue era o dobro do limite legal de intoxicação na Califórnia. Tragicamente, na noite anterior essa mesma motorista tinha sido detida por dirigir embriagada, e em seguida solta. As autoridades estão acusando-a de assassinato. Bem, se essa motorista é uma vítima indefesa de uma doença que ela não pode controlar, então a sociedade não deve responsabilizá-la pela morte daqueles adolescentes. Mas se ela pode ter

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

PIONEIROS PRECISAM-SE

(Filipenses 1:12-26)
Mais que qualquer outra coisa, o desejo de Paulo como missionário era pregar o evangelho em Roma. Centro do grande império, Roma era a cidade chave do seu tempo. Se Paulo conseguisse ganhá-la para Cristo, isso significaria alcançar milhões com a mensagem da salvação. O facto era realmente importante na agenda de Paulo, pois ele afirmava: “Depois que houver estado ali (Jerusalém), importa-me ver também Roma” (Rom. 1:15).
Paulo queria ir a Roma como pregador, mas em vez disso foi como prisioneiro! Podia ter escrito uma longa carta só a respeito desta experiência, mas afinal resume tudo nestas palavras: “As coisas que me aconteceram” (Fil. 1:12). O relato dessas coisas aparece em Atos 21:17-28:31 e começa com a prisão ilegal de Paulo no templo de Jerusalém. Os judeus pensavam que ele havia profanado o seu templo ao entrar lá com gentios, e os romanos consideravam que se tratava dum egípcio renegado que fazia parte da sua lista de “mais procurados”. Paulo tornou-se assim o ponto fulcral das conspirações políticas e religiosa e permaneceu como prisioneiro em Cesareia durante dois anos. Quando finalmente apelou para César (que era um privilégio de todo o cidadão romano), foi enviado para Roma. Durante a viagem, o barco sofreu um naufrágio! O relato dessa tempestade e da coragem e fé de Paulo é um dos mais dramáticos da Bíblia (Atos 27). Após três meses de espera na ilha de Malta, o apóstolo embarcou finalmente para Roma e para o julgamento que havia requerido na presença de César.

Para muitos, tudo isto teria parecido um fracasso, mas não para este homem que possuía uma “mente integral”, preocupado com a comunicação de Cristo e do evangelho. Paulo não baseava a sua alegria em circunstâncias ideais; encontrava-a, sim, em ganhar outros para Cristo. E, se as suas circunstâncias promoviam o avanço do evangelho, era quanto bastava! A palavra proveito (usada em 1:12) significa “avanço pioneiro”. Tratava-se dum termo militar no grego aos engenheiros do exército que vão à frente das tropas abrir caminho para novos territórios. Em vez de se considerar limitado na sua condição de prisioneiro, Paulo descobriu que as circunstâncias que estava a atravessar lhe abriam, na realidade, novas áreas no ministério.

Toda a gente tem ouvido falar de Carlos Haddon Spurgeon, o famoso pregador britânico, mas poucos conhecem a história de sua esposa Susana. Logo no princípio da sua vida de casada, a senhora Spurgeon ficou inválida. Parecia que dali em diante o seu único ministério seria o de animar o marido e orar pelo seu trabalho. Mas Deus deu-lhe a responsabilidade de partilhar os livros do seu marido com pastores que não tinham possibilidade de os comprar. Esse senso de missão levou em breve à organização do “Fundo do Livro”. Sendo uma obra de fé, o “Fundo do Livro” equipou milhares de pastores com os instrumentos necessários para o seu trabalho. Tudo isso era feito sob a orientação da senhora Spurgeon, na sua casa. Tratava-se dum ministério pioneiro.

Deus continua a desejar que os Seus filhos levem o evangelho para novas áreas. Ele quer que nos tornemos pioneiros e por vezes arranja circunstâncias tais que nós não podemos ser outra coisa senão pioneiros. De facto, foi assim que o evangelho chegou pela primeira vez a Filipos! Paulo havia tentado entrar noutro território, mas Deus fechou-lhe repetidamente a porta (Actos 16:6-10). O apóstolo queria levar a mensagem na direcção do leste, para a Ásia, mas Deus dirigiu-o no sentido do ocidente, para a Europa. Quão diferente seria a história da humanidade se Paulo tivesse podido prosseguir o seu plano!

Deus usa por vezes instrumentos estranhos para nos ajudar como pioneiros do evangelho. No caso de Paulo, houve três instrumentos que o ajudaram a levar o evangelho mesmo para a guarda pretoriana,
as tropas particulares de César: as suas prisões (vs. 12-14), os seus críticos (vs. 15-19) e a sua crise (vs. 20-26).

1.      As Prisões de Paulo (1:12-14)
O mesmo Deus que usou a vara de Moisés, os cântaros de Gedeão e a funda de David, usou também as prisões de Paulo. Mal supunham os romanos que as algemas que colocaram nos seus pulsos iriam

POSTOS DE COMBATE


(Filipenses 1:27-30)
A vida cristã não é um campo de recreio; é um campo de batalha. Nós somos filhos da família, gozando, portanto, da comunhão do evangelho (1:1-11); somos servos que participam no avanço do evangelho (1:12-26); mas somos igualmente soldados que defendem a do evangelho. E o crente com uma fonte convertida pode ter a alegria do Espírito Santo, mesmo no meio da batalha.
“A fé do evangelho” é esse corpo de verdade divina dado à igreja. Judas chama-lhe “a fé que uma vez foi dada aos santos” (v.3). Paulo alerta-nos em 1 Timóteo 4:1 para o facto de que “nos últimos tempos apostatarão alguns da fé”. Deus entregou este tesouro espiritual a Paulo (1 Tim. 1:11), e ele por sua vez entregou-o a outros, como Timóteo (1 Tim. 6:20), cuja responsabilidade consistia em transmitir esse depósito a outros (II Tim. 2:2). E por isso que a igreja se deve envolver num ministério de ensino de modo que cada nova geração de crentes conheça, aprecie e use a grande herança da fé.
Mas existe um inimigo que está em campo para roubar o tesouro do povo de Deus. Paulo tinha-se encontrado com esse adversário em Filipos e enfrentava-o de novo em Roma. Se Satanás conseguir simplesmente roubar aos crentes a fé cristã, as doutrinas que a distinguem de qualquer outra, então ele poderá perturbar e destruir o ministério do evangelho. É triste ouvir pessoas dizer: “Não me interessa o que tu creias, contanto que vivas de maneira correcta.” O que cremos determina a maneira como procedemos, e uma crença errada significa em última análise uma vida errada. Cada igreja local não está senão a uma geração duma extinção potencial. Não admira que Satanás ataque particularmente a nossa juventude, tentando afastá-la “da fé”.
Como é que um grupo de cristãos pode lutar contra este inimigo? “Porque as armas do nosso combate não são da carne” (II Cor. 10:4, NBPA). Pedro pegou numa espada, no jardim, e Jesus repreendeu-o (João 18:10-11). Nós usamos armas espirituais – a Palavra de Deus e a oração (Hebr. 4:12; Ef. 6:11-18); temos de depender do Espírito Santo para nos conceder o poder de que carecemos. Contudo, um exército tem de lutar em união e é por isso que Paulo envia estas admoestações aos seus amigos em Filipos. Ele explica neste parágrafo que existem três elementos essências para se conseguir a vitória na batalha para defender “a fé”.
1.      Coerência (1:27)
A palavra portar relaciona-se directamente com andar. “Somente deveis conduzir-vos de modo digno do evangelho de Cristo (NBPA). A arma mais importante contra o inimigo não é um sermão empolgante ou um livro poderoso; é a vida coerente dos crentes.
O verbo que Paulo usa está relacionado com a nossa palavra política. Ele está a afirmar: “Procedei da maneira como os cidadãos devem proceder”.
Quando cheguei à cidade do Porto, fiquei impressionado, ao caminhar nas ruas, ouvia homens e mulheres, mesmo, jovens meninas com uma linguagem muito feia. Eu não me recordava de alguma vez ouvir tantos palavrões, nem na tropa. Eu pensei estas pessoas estão a dar um mau exemplo do país, ainda bem que os estrageiros não sabem falar nem compreendem a língua portuguesa.
Paulo dá aqui a ideia de que nós, cristãos, somos cidadãos do céu e enquanto estamos na terra temos de nos comportar como cidadãos dos céus. Ele apresenta de novo este conceito no capítulo 3:20. Essa expressão era rica em significado para os filipenses, porque essa cidade era uma colónica romana e os seus cidadãos eram de facto cidadãos romanos, protegidos pela lei de Roma. A igreja de Jesus Cristo é uma colónia do céu na terra! E nós devemos portar-nos como cidadãos do céu.
“Estarei eu a comportar-me de modo digno do evangelho?” é uma boa pergunta para fazermos regularmente a nós próprios. Devemos “andar… como é digno da vocação” que temos em Cristo (Ef. 4:1), que significa andar “dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Col. 1:10). Nós não fazemos isso com vista a ir para o céu, como se pudéssemos ser salvos pelas nossas boas obras, mas procedemos desse modo, porque os nossos nomes já estão escritos no céu e a nossa cidadania é no céu.
É bom lembrar que o mundo que nos rodeia conhece unicamente o evangelho que vê nas nossas vidas.
“Um Evangelho escreves,
Cada dia uma secção,
Com as obras que realizas
E qualquer exclamação,
Os homens lêem esse livro
Em todo o seu pormenor:
Como é, pois, o Evangelho
De que tu és o autor?”
(autor desconhecido)

“O Evangelho” é a boa nova de que Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou (1 Cor. 15:1-8). Só há uma “boa nova” de salvação; qualquer outra mensagem é falsa (Gál. 6:10). A mensagem do evangelho é a boa nova de que os pecadores podem tornar-se filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus (João 3:16). Acrescentar alguma coisa ao evangelho é despi-lo do seu poder. Nós não somos salvos dos nossos pecados pela fé em Cristo mais alguma coisa; somos salvos pela fé em Cristo somente.
“Nós temos alguns vizinhos que acreditam num falso evangelho” – disse um membro duma igreja ao seu pastor. “Tem alguma literatura que eu lhes possa dar?”
O pastor abriu a sua Bíblia em II Coríntios 3:2 e leu: “Vós sois a nossa carta, escrita nos nossos corações, conhecida e lida por todos os homens”. Disse-lhe então: “A melhor literatura deste mundo não pode substituir a sua própria vida. Deixe-os ver Cristo na sua conduta e isso abrirá oportunidades de partilhar com eles o evangelho de Cristo.”
A maior arma contra o diabo é uma vida verdadeiramente piedosa. A igreja local que pratica a verdade, que “vive o que crê”, irá destruir o inimigo. Este é o primeiro elemento essencial para se conseguir a vitória nesta batalha.

2.      Cooperação (1:27b)
Paulo passa agora a usar a ilustração do atletismo. A palavra traduzida por “combatendo juntamente” dá-nos o termo “atletismo”. Paulo vê a igreja como uma equipa e recorda aos crentes que é o trabalho em equipa que ganha vitórias. Não nos esqueçamos de que havia divisão na igreja de Filipos. Um dos motivos era que havia duas mulheres que não estavam a dar-se bem (4:2). Aparentemente, os membros da comunidade tomavam partido, como acontece muitas vezes, e a divisão daí resultante estava a prejudicar o trabalho da igreja. O inimigo fica sempre feliz ao ver divisões internas no ministério local. “Dividir para conquistar” é o seu lema, e muitas vezes o consegue. É só combatendo juntos que os crentes podem vencer o inimigo.
Ao longo desta carta, Paulo usa um interessante esquema para salientar a importância da unidade. Na língua grega, o prefixo sun significa “com, juntamente”, e quando usado com diferentes palavras reforça a ideia de unidade. (É, de certo modo, semelhante ao nosso prefixo co. Paulo usa-o) pelo menos 16 vezes na epístola aos Filipenses e os seus leitores não podiam deixar de reparar nessa mensagem. Em 1:27, o termo grego sunathleo – “combatendo juntos como atletas”.
Uma ou outra vez, ouço um atleta brilhante seja no futebol, ciclismo ou outra qualquer modalidade dizer: “Foi graças aos meus colegas …” ele tem consciência que ele faz parte de uma equipa e é esta que trabalha para que um brilhe. É essa atitude que favorece a vitória ou a derrota no caso de cada um pensar no individual e não no colectivo. Infelizmente, temos também nas igrejas tais “caçadores de louros”. João teve de lidar com um indivíduo chamado Diótrefes, porque ele queria “ter entre eles o primado” (III João 9). Mesmo os apóstolos Tiago e João pediram que lhe fossem atribuídos tronos especiais (Mat. 20:20-28).
A palavra importante é junta: permanecer firmemente juntos no Espírito, combatendo juntos contra o inimigo e fazendo isso com uma só mente e um só coração.
Não seria difícil propagar este conceito de igreja local como uma equipa de atletas. Cada pessoa tem o seu lugar e trabalho designado e se cada uma cumpre a sua tarefa, está a ajudar todos os outros.
Nem todos podem ser capitão de equipa ou outro elemento chave! A equipa tem de seguir as regras e a Palavra de Deus é o nosso “Livro de regulamentos! Há um alvo – honrar Cristo e a Sua vontade. Se todos trabalharmos juntos, podemos atingir esse alvo, ganhar o prémio e glorificar o Senhor. Mas no momento em que um de nós começa a desobedecer às regras, interrompendo o treino (a vida cristã requer disciplina), ou buscando glória pessoal, o trabalho de equipa desaparece e passam a imperar a divisão e a competição.
Por outras palavras. Paulo recorda-nos de novo a necessidade duma mente convertida. Há alegria nas nossas vidas, mesmo quando lutamos contra o inimigo, se vivermos para Cristo e para o evangelho e praticamos “trabalho cristão em equipa”. É certo que existem pessoas com as quais não podemos cooperar (II Cor. 6:14-18; Ef. 5:11); mas há muitas outras com quem o podemos fazer – e devemos fazê-lo!
Somos cidadãos do céu, portanto, devemos andar de modo coerente. Somos membros da mesma “equipa” e devemos trabalhar em cooperação. Mas existe um terceiro elemento essencial para termos êxito no nosso embate com o inimigo, e esse é a confiança.
3.      Confiança (1:28-30)
“Em nada vos espanteis dos que resistem!” A palavra que Paulo usa aqui aponta para um cavalo que foge da batalha. É claro que ninguém vai arremessar-se cegamente para a luta; mas por outro lado, nenhum crente verdadeiro deve deliberadamente evitar enfrentar o inimigo. Nestes versículos, Paulo dá-nos palavras de encorajamento para nos transmitir confiança na batalha.
Primeiro, essas lutas provam que somos salvos (v. 29). O contexto da salvação não é; salvo uma vez salvo para sempre, mas antes, “fui salvo, sou salvo, serei salvo”. Fui salvo quando aceitei a Jesus Cristo como meu Salvador pessoal, sou salvo, cada dia ao renovar o meu pacto de confiança n´Ele, serei salvo quando Ele vier em glória e majestade. É nesta relação crente, salvação e Cristo que o cristão de mente convertida sofre com Cristo. Paulo define isto como “a comunicação das suas aflições” (3:10). Por qualquer razão, muitos novos crentes têm a ideia de que confiar em Cristo significa o término das suas lutas. Na realidade, significa exactamente o começo de novas batalhas. “No mundo tereis aflições” (João 16:33). “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (II Tim. 3:12).
Mas a presença de conflito é um privilégio; sofremos “por amor dele”. De facto, Paulo diz-nos que este conflito nos é “concedido” – é um dom! Se sofrêssemos por nós mesmos, isso não constituiria nenhum privilégio; mas, porque sofremos por Cristo e com Cristo, é uma honra elevada e santa.
Afinal, Ele sofreu por nós e uma disposição da nossa parte para sofrer por Ele é o mínimo que poderemos fazer para Lhe demonstrar o nosso amor e gratidão.

Conclusão: “O mais profundo interesse manifestado entre os homens nas decisões dos tribunais terrestres não representa senão palidamente o interesse demonstrado nas cortes celestiais quando os nomes inseridos nos livros da vida aparecerem perante o Juiz de toda a Terra. O Intercessor divino apresenta a petição para que sejam perdoadas as transgressões de todos os que venceram pela fé em Seu sangue, a fim de que sejam restabelecidos em seu lar edénico, e coroados com Ele como co-herdeiros do "primeiro domínio". Miq. 4:8. Satanás, em seus esforços para enganar e tentar a nossa raça, pensara frustrar o plano divino na criação do homem; mas Cristo pede agora que este plano seja levado a efeito, como se o homem nunca houvesse caído. Pede, para Seu povo, não somente perdão e justificação, amplos e completos, mas participação em Sua glória e assento sobre o Seu trono.” Cristo em Seu Santuário, p. 113.

José Carlos Costa, pastor

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cuida do mais Importante


Ilustração

Um jovem recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada...
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! Disse o soberano ao despedir-se.
Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente a sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam a sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal. Quando parava numa estalagem, deixava o cavalo ao relento, não o aliviava da sela e nem da carga, tão pouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.
- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.
- Não me importo - respondeu ele.
- Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará.
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente amaldiçoou-o e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "Cuida do mais importante!" Seu passo tornou-se curto e lento. As paradas eram frequentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada, onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, encontrou-o e cuidou dele. 
Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
- "Porém, majestade, conforme me recomendaste, "Cuida do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer!"
O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: 
"Ao meu irmão, rei da terra do Norte! O jovem que te envio é candidato a casar-se com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faze-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e a força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido, nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha e nem àqueles que o servem".



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

AINDA EXISTE UMA ESPERANÇA

1- INTRODUÇÃO: Lucas 23:53-56

Jerusalém  estava repleta de gente que vinha para a festa. Era Sábado, era um dia diferente de todos os outros. Todavia ouvia-se o som das trombetas chamando o povo para as celebrações, e o ambiente festivo parecia normal. No entanto havia uma atmosfera sombria sobre Jerusalém.

Especialmente, os sacerdotes e príncipes estavam inquietos. Temiam mais a Cristo agora que estava morto que quando estava vivo.

O templo encheu-se de adoradores, muitos dos quais passaram a noite examinado as Sagradas Escrituras, estavam convencidos de que as profecias messiânicas se tinham cumprido. Os sacerdotes estavam confusos, olhando a grande e majestoso véu que dividia o lugar Santo do lugar Santíssimo, rasgado por mãos invisíveis de alto abaixo. O lugar Santíssimo nunca tinha sido visto pelo povo, agora estava exposto à vista de todos.

Muitos doentes vinham à procura de Jesus para serem socorridos. Nunca antes Cristo atraíra tanta a atenção como naquele Sábado. Cumpriam-se as palavras: “E eu quando, for levantado da terra, a todos atrairei a mim.” São João 12:32.

O seu nome estava agora em milhares de lábios. No entanto o Salvador estava em silencio, na sepultura fria, as suas mãos dobradas sobre o peito indicavam que a Sua obra na terra tinha terminado.

Descansava naquele Sábado depois de trabalhar pela redenção do mundo. Assim  como quando concluiu a obra da criação da terra e de ter feito o homem e a mulher no sexto dia, obra feita juntamente pela Trindade. Os discípulos não somente estavam desconcertados e com medo, mas sentiam uma tristeza indescritível.

No cimo do monte do Calvário, viam-se três cruzes vazias e manchadas de  sangue, recordação da história dos seus ocupantes.

Havia ainda uma esperança ? Sim, pois aquela aparente derrota era na realidade a maior vitória alcançada na terra.

II- A ESPERANÇA, TORNA-SE REALIDADE: Lucas 23:43.
A vitória estava garantida, quando a um dos malfeitores foi prometido o paraíso. O mesmo ladrão frente à morte e tendo uma vida cheia de crimes, desprezado pela sociedade, não foi abandonado pelo Salvador.

A promessa do paraíso foi a esperança duma nova vida,  uma oportunidade de ser feliz e viver eternamente. Não é esta a promessa que você mais gostaria de ouvir ? Pode porventura haver maior benção que receber a segurança da salvação eterna ?

Esta noite pode ouvir Jesus oferecer-lhe esta promessa. Em São João 3:16 “...Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna...” Basta aceitá-Lo como seu Salvador pessoal e abandonar a vida de pecado. Cristo é a nossa esperança de salvação.

III- JESUS, FOI A ESPERANÇA DE BARRABÁS.
     Naquele sábado, Barrabás festejava a sua liberdade com a sua família. Alegrava-se com os seus amigos, celebrava a Páscoa mais feliz da sua vida. Jesus morreu em seu lugar. Jesus tinha levado a pesada cruz que tinha sido feita para Barrabás e nela morreu. Ter-se-á convertido Barrabás ?

Quando Barrabás foi solto, ouviu a interrogação feita por Pilatos: Que farei de Jesus ?
A turba assassina possessa pelos demónios escolheu crucificar o amado Filho de Deus. Que triste escolha ! Que farei de Jesus ? É a nossa resposta a esta pergunta que nos colocará de um lado ou do outro da cruz. Desprezar a Jesus, não o conhecer como Deus e não permitir que o nosso coração se abra para O amar e isto é o maior pecado para a alma. Jesus é a única esperança; tudo depende de como você responde a esta pergunta: “Que farei com Jesus ?”

IV- APELO.
Nicodemos passou aquele Sábado a recordar as palavras de Jesus. Nicodemos e José de Arimateia aceitaram a Jesus, e fizeram uma escolha acertada. Meus amigos já tomaram a decisão definitiva por Jesus ?

Em breve, Jesus voltará a este mundo, se o aceitarmos, quando Ele voltar a esta terra levar-nos-á para a Santa Cidade, para o reino de glória e de perfeição, estaremos longe das aflições e das consequências do pecado, que reinam no mundo.

Jesus nos diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos darei descanso” Mateus 11:28.

Hoje queremos concluir de uma forma muito especial. Queremos aproveitar a oportunidade para fazer de Jesus nossa esperança.

Sofremos, temos muitas necessidades, enfrentamos problemas que parecem não ter solução.

Tenha no seu coração a segurança de que Jesus vive e que voltará em breve para dar-lhe uma vida melhor.


Faça a sua decisão ! Decida entregar a direcção da sua vida a Jesus, decida conhecer mais o plano de Deus para si e conheça que ainda existe uma esperança, essa esperança é Jesus !