sexta-feira, 26 de março de 2010

A IGREJA NECESSITA DE MEMBROS COMO ESTÊVÃO

HISTÓRIA: CRIANÇAS
Esteja contente!
Conta-se a história de um rei que um dia foi ao seu jardim e encontrou tudo murchando e morrendo.
Perguntou ao carvalho que estava perto do portão o que estava acontecendo, e descobriu que ele estava cansado de viver e tinha decidido morrer porque não era alto e lindo como o pinheiro. O pinheiro estava todo desconsolado porque não dava uvas como a videira.
A videira ia desistir da vida porque não conseguia estar direita e dar frutos lindos como o pessegueiro. O alecrim estava todo choroso por não ser alto e perfumado como o lilás; e assim por diante, em todo o jardim.
Quando chegou a um pequenino amor-perfeito, encontrou-o de rostinho levantado, radiante e animado como sempre. "Finalmente, amor-perfeito, ainda bem que no meio de todo este desânimo há uma florzinha corajosa. És a única que não está desanimada."
"Não, eu não sou muito importante, mas pensei que se o senhor quisesse um carvalho ou um pinheiro, um pessegueiro ou um lilás, teria plantado um, mas eu sabia que o senhor queria um amor-perfeito, por isso estou determinado a ser o melhor amor-perfeito que eu puder."
Estêvão certamente se enquadrou no perfil daqueles a quem o autor aos Hebreus se refere: “dos quais o mundo não era digno” (Hb 11:38).

I. UMA VIDA ÍNTEGRA
No capítulo 6 de Actos temos o relato de como a comunidade cristã lidou com uma dificuldade que surgiu face ao crescimento do número de discípulos. Os apóstolos sugeriram à Igreja a escolha de 7 pessoas que pudessem se responsabilizar por aquela importante área. O verso 3 contém o perfil dos tais varões a serem indicados pela Igreja: de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”.
Destaco por hora uma das qualidades: “boa reputação”. A Igreja continua carecendo de ter à frente pessoas de boa índole cristã, irrepreensíveis, de boa reputação. Exactamente como Daniel, no AT e Estêvão, no NT. Pessoas que se coloquem como referenciais para dizerem como Paulo: Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. (I Co 11:1).
A integridade de Estêvão era tanta que o recurso usado pelos incrédulos judeus foi o de subornar falsas testemunhas contra ele: Então subornaram uns homens, para que dissessem: ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. (At 6:11).

II. UM HOMEM CHEIO DO PODER DO ESPÍRITO SANTO
Observe nos dois capítulos bíblicos que fazem menção a Estêvão como o fato dele ser cheio do poder do Espírito Santo é realçado:
E elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo... (Actos 6:5);
E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. (6:8);
E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava... (6:10);
Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus. (7:55)
Uma vida cheia do Espírito é consequência de se viver integralmente para o Senhor (como visto no 1o. ponto). Estêvão não cometia o erro que denunciou nos judeus para quem ele testemunhou no conselho: vós sempre resistis ao Espírito Santo (7:52).
Fé, poder, autoridade, milagres, prodígios, sinais, sabedoria... são qualidades que encontramos neste homem, tudo decorrência da acção do Espírito Santo em sua vida.

A Igreja precisa de pessoas que se submetam ao Espírito de Deus. O Espírito é o responsável por transformar tais vidas, como transformou Saul em I Samuel. A palavra que o profeta Samuel deu ao jovem benjamita, que não conseguira encontrar as jumentas perdidas de seu pai e por isso recorreu ao profeta foram: (I Samuel 10) E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e te mudarás em outro homem (v. 6). Sucedeu pois que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro: e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia (v. 9). E aconteceu que, como todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava, então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? Está também Saul entre os profetas? (v. 11).

III. UM HOMEM CHEIO DE AMOR
O que o texto bíblico de Actos 7:59 e 60 relata me parece suficiente para dizer com certeza que Estêvão tinha uma grande unção de amor. Sua última oração assemelha-se à que Jesus fez na cruz: E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu (60). (Lucas 23:34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...)
Este unção leva a pessoa a servir aos irmãos e a buscar os perdidos com o Evangelho. E isto Estêvão fez muito bem.
No capítulo 8 temos a referência ao sepultamento do corpo de Estêvão (que não morreu, mas “adormeceu”): E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto (v. 2). Ninguém é insubstituível na Igreja, afinal, Jesus é a pedra angular. Por outro lado, pessoas como Estêvão fazem muita falta. Deixam muitas saudades.
Muitas lições podemos tirar do episódio do encontro de Jesus com Pedro, após a ressurreição, junto ao mar de Tiberíades, conforme João 21:15ss. Três vezes o Senhor inquiriu a Simão: amas-me? Após cada resposta dada por Pedro, o Senhor disse a mesma coisa: Apascenta as minhas ovelhas. A ausência deste amor tornaria o ministério de Pedro junto ao rebanho inócua.

Que o Senhor encha esta Igreja de crentes como Estêvão: vida íntegra, cheios do Espírito Santo e amor.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A CARTA À IGREJA DE ESMIRNA

Apocalipse - 2: 8-11
Este texto que acabamos de ler é a segunda carta das sete enviadas às igrejas na Ásia Menor. Todas as cartas são o próprio Senhor Jesus Cristo que escreve através do seu apóstolo João. Ele é aquele que anda no meio dos candeeiros, que são as igrejas. Ele é o dono delas. E por isso, Ele pode, tanto exortar como advertir, animar como ameaçar.
Esta segunda carta foi dirigida à igreja em Esmirna. Esmirna era uma bela cidade. Ela era rival da cidade de Éfeso. Ela reivindicava o direito de ser a “primeira Cidade da Ásia em beleza”. Já que Éfeso ocupava este posto. Esmirna era uma cidade gloriosa. Ela com seus lindos edifícios públicos situados no alto da colina Pagos, formavam o que se chamava “a coroa de Esmirna”. A brisa ocidental vinda do mar soprava por toda cidade. Que mesmo durante o verão era uma cidade com um clima agradável. Desde o começo da ascensão do império romano, mesmo antes dos seus dias de grandeza, Esmirna era aliada e reconhecida como tal por Roma.
Com toda probabilidade a igreja de Esmirna foi fundada por Paulo durante a sua terceira viagem missionária (Act. 19.10), entre 53 e 56 d. C. É possível que Policarpo fosse bispo da igreja de Esmirna naquela época. Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerando líder foi queimado vivo num poste. E esta igreja é uma das duas igrejas que o Senhor Jesus Cristo não critica e nem ameaça. A outra igreja é a de Filadélfia. Ela sendo fiel e sem motivo de ameaça, o Senhor se dirige de uma maneira a fortalecer ainda mais aquela igreja a permanecer firme. Ele se apresenta assim: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta a sua igreja amada como o Cristo vitorioso. Isto nos leva ao seguinte tema desta pregação:

1. Conhecendo o Seu Sofrimento (vs. 8-9).

Irmãos, a semelhança da carta a igreja em Éfeso, Jesus Cristo também faz sua auto-apresentação a igreja em Esmirna. Na igreja de Éfeso, Ele se apresenta da seguinte maneira: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”. Ele se apresenta como aquele que estar andando no meio da igreja. Para mostra que Ele conhece o que estar acontecendo dentro da igreja. Ele conhece a vida de cada membro. Por isso, Ele pôde ver que aquela igreja tinha deixado o seu primeiro amor. O seu amor havia esfriado em servi-lo.
Mas agora Ele se apresenta a Igreja em Esmirna desta maneira: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Por que Jesus Cristo se apresenta desta maneira? Porque tem haver com a mensagem que Ele tem para aquela igreja. Ele se apresenta aqui como o conquistador. Mas não como qualquer conquistador. Ele é o primeiro e o último. Ele é o ser eterno. Que sempre existiu com o Pai. Quando se encarnou a nossa semelhança e baixou a amarga cruz em nosso lugar, Ele foi morto e sepultado. A morte tentou vencê-Lo, mas não conseguiu vencer. Ele é aquele que mesmo quando estava morto, vivia. Porque Ele é o ser eterno. Ele é o conquistador da morte. Ele venceu a morte que veio sobre ele com toda sua força. Porém, ele se levantou dentre os mortos. Ele agora tem domínio sobre a morte. Ele está qualificado para ser nosso Mediador e Salvador. Porque a morte não tem poder sobre os filhos de Deus. Por isso, Ele se apresenta desta maneira a igreja em Esmirna. Ele quer deixar bem claro que Ele é o conquistador da morte. E por isso ele pode dizer a igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Ele tem a vida em suas mãos e a dar a quem Ele quiser.
Jesus Cristo, como o conquistador da morte pode dizer aquela igreja fiel: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza mas és rico e a blasfémia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”. O Senhor quer encorajar aqueles irmãos em Esmirna. O Senhor conhecia o sofrimento daqueles amados. Eles sofriam muito por causa do nome de Cristo. Jesus Cristo diz que conhece tanto as tribulações como a sua pobreza extrema. Como pessoas convertidas naquela época eram perseguidos. Por servir a Cristo eram despedidos de seus empregos constantemente. Além disso, eles eram pobres, materialmente falando, e fazer-se CRISTÃO era, do ponto de vista terreno, um verdadeiro sacrifício, ou seja: pobreza, fome, aprisionamento, com frequência a morte por meio de feras ou de estacas do martírio. Ser cristão naquela época era bem difícil. Porque uma hora você poderia está livre mas em outra hora poderia está preso e preste a ser lançado para alimentar as feras ou ser queimado vivo como espectáculo para o público. Diferente da nossa época, que gozamos de liberdade para servir a Deus. Podemos vir a igreja sem medo. Sem correr o risco de ser preso por servir a Jesus Cristo. Mas, mesmo assim muitas vezes colocamos obstáculos para servir a Jesus Cristo com toda a nossa força e vontade. Que possamos seguir o exemplo dos irmãos em Esmirna. Que apesar de toda perseguição e pobreza, não abandonaram a sua fé. Antes permaneceram firme.
Por isso, o Senhor quer exortar aqueles fiéis a não sentir pena de si mesmos. Pelo contrário, deveriam se alegrar. Eles podem ser pobres materialmente falando. Mas o Senhor Jesus disse: “mas tu és rico”! Por que eles eram ricos? Porque o seu tesouro não está aqui na terra, mas no céu. Eles seguiram o que Jesus Cristo tinha ensinado em Mateus 6.20: “Ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam”. O coração daqueles irmãos estava no céu. Estava ligado a Cristo que é o conquistador da morte e do seu poder. Por isso eles são ricos. Porque eles têm Cristo em suas vidas. Eles não precisam ser ricos materialmente. Apenas espiritualmente. Esta é a maior de todas as riquezas que uma pessoa pode ter na vida. A riqueza que vem dos céus. Que transforma sua vida e o torna fiel a Cristo, seu Senhor e Salvador.
Eles também não deveriam temer a “blasfémia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”. Os judeus difamavam o Messias e negavam a sua vinda. Esses judeus desprezaram com toda sua força o Cristo. Eles alimentavam um ódio maligno contra os cristãos. Eles arrastavam os cristãos diante dos tribunais e os acusavam injustamente. Como lemos em Actos 13.50: “Mas os judeus instigavam as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e levantam perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território”. Também Actos 14. 2, 5 e 19 (ler).
Esses judeus se achavam que eram a “sinagoga de Deus”. Eles falavam de Deus, mas não viviam para Deus. Antes, praticavam as cosias do diabo. O Senhor os chama de “Sinagoga de Satanás”. São casas de Satanás. Praticam as mesmas coisas que seu pai pratica. Satanás é o principal acusador dos irmãos. É ele que acusa os fiéis. E os judeus estão fazendo as mesmas coisas. Eles levantam falsas acusações contra os cristãos. Mentem perante os tribunais e contratam homens malignos para testemunharem falsamente. E assim lançam os cristãos na prisão e consequentemente serem mortos. Tudo isto eles fazem com muito entusiasmo e empolgamento. Eles têm prazer em praticar o mal. Eles se alegram em matar os cristãos. Assim eles também estão rejeitando Jesus Cristo. Por isso eles são chamados de sinagogas de Satanás. Casa de maldade e iniquidade. Porque são incrédulos. São descrentes. Não crêem em Deus, mesmo que falem e digam que estão adorando a Deus. Na verdade estão adorando Satanás com seus actos. Eles estão lutando contra Deus e seu domínio. Porque todos eles são filhos do diabo.
Porém, o Senhor sabe sobre essas falsas calúnias. O Senhor sabe o que aqueles crentes de Esmirna estão sofrendo. Ele diz no início do verso 9: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza”, quer dizer, Ele sabe o que cada crente passa. Se sofre ou se está feliz. Ele encoraja os fiéis dizendo que Ele não se afastou do seu povo. Pelo contrário, Ele está do nosso lado, para nos ensinar a andar. Nos ensinar a confiar e a esperar inteiramente nEle, dá-nos grande ânimo saber que Cristo conhece a nossa vida e está disposto a nos confortar? Na vida ou na morte o nosso conforto é o Senhor Jesus Cristo em nossas vidas. Não existe conforto maior do que este na vida de um cristão.

2. Exortando a Permanecer Fiel (v. 10).

Irmãos, o Senhor Jesus Cristo conhece nosso sofrimento. Ele sabe o que cada um passa e sofre. Mas, devemos estar consolado no Senhor Jesus. Porque Ele disse que não nos deixaria órfãos. Ele prometeu sempre estar do nosso lado. Por isso, quando Ele subiu ao céu, para reinar de lá tudo em nome do Seu Pai, a primeira providência dEle foi enviar o seu Espírito Santo. O Espírito Consolador. Enquanto Ele está preparando um lugar no céu para nós, Ele manda seu Espírito para nos consolar. Assim, Ele cumpre a sua promessa de não nos deixar órfãos. Dessa maneira, Jesus Cristo sempre está perto de nós. Isso Ele deixou bem claro para a igreja de Esmirna. E também quer deixar bem claro para nós. Ele está do nosso lado. Ele não se afastou de nós. Nós é que muitas vezes nos afastamos dele. Mas, Ele sempre esteve e estará convosco.
Por isso, Ele no versículo 10 do texto do sermão diz: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulações de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Os romanos perseguiam os cristãos constantemente. Eles eram acusados de traição e rebeldia. De estarem tramando a queda do império. Mas os judeus estavam incitando a praticarem também esses actos cruéis. Eles também acusavam os cristãos perante os tribunais. Eles eram instrumentos de Satanás para destruir os cristãos. O texto diz que “o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova”. Satanás ia fazer com que muitos cristãos fossem lançados na prisão. Os cristãos iriam ser forçados a negar a Jesus. Porque ser preso significa a morte se não negasse a Cristo em público. Então, seria uma tentação muito grande para aqueles fiéis. Em meio ao sofrimento, terem que decidir em quem deveria confiar. Em Cristo ou negá-Lo para ter sua vida aqui na terra?
A vida do cristão não é nada fácil. Veja o que o apóstolo Paulo diz em 2 Timóteo 3.12: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Se você quer servir a Cristo fielmente, você tem que sofrer. Não há outra maneira. Não existe outro caminho. O único modo de permanecer e viver fiel a Jesus Cristo, é através do sofrimento pelo seu nome. Cristianismo é sinónimo de sofrimento, angústia, aflição, tentação e perseguição. Se você não sofre nada disso, significa que você precisa olhar no que está errando. Se você quer viver piedosamente em Cristo Jesus, você será perseguido.
O Senhor disse aqueles irmãos de Esmirna, que eles só iriam sofrer por dez dias. Isso significa um tempo definido. Eles deveriam guardar sua fé pura. Porque através daquele sofrimento, o Senhor estaria também provando aqueles crentes. Purificando e aumentando a fé daqueles fiéis. O Senhor diz: “Não temas as coisas que tens de sofrer... Sê fiel até à morte. Como Jesus tinha dito a seus discípulos em Mateus 10:28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a lama; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”. O homem só pode fazer perecer nosso corpo e não a nossa alma. Por isso Jesus disse: “Sê fiel até à morte”. Isto não significa meramente “ser leal até morrer”, mas “ser fiel ainda que isto lhe custe a vida”. Mesmo que o mundo inteiro venha sobre mim, eu como cristão, vou manter minha fé em direcção do Senhor. Vou permanecer firme, mesmo que o mundo me mate. Mesmo que custe a minha vida. Esta é a convicção de um cristão genuinamente cristão em Cristo.
E você irmão, está disposto a servir a Cristo mesmo que isto custe a sua vida? Se está disposto a se sacrificar, a morrer por amor ao Senhor Jesus, a você é prometido a coroa da vida, ou seja, a vida de glória no céu. Mas, aos covardes e traidores são reservados o lago de fogo.
Irmãos, a igreja de Esmirna não foi criticada pelo Senhor e isto deve chamar nossa atenção. Por que não foi criticada? Porque eles se empenhavam em tudo para servir a Cristo com fidelidade. Em nada eles deixavam de fazer para Cristo. Eles não negavam seu amor a Cristo. Que é o seu dono. Eles amaram ao Senhor Jesus Cristo acima de sua própria vida. Eles preferiam morrer do que negar ao Senhor Jesus Cristo.
Eu disse na introdução que Policarpo era bispo da igreja de Esmirna. Vocês sabem por quê e como ele morreu? Eu vou dizer a vocês o porquê e como ele morreu.
Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerado líder foi queimado vivo num poste, cerca de 155 d. C. Foi-lhe exigido que dissesse: “César é Senhor”, mas recusou. Levado ao estádio, o governador lhe instou, dizendo: “Jura, nega a Cristo, e eu te porei em liberdade”. Policarpo respondeu: “Oitenta e seis anos O tenho servido, e Ele nunca me fez qualquer injúria: Como posso eu, pois, blasfemar contra o meu Rei e meu Salvador?”. Quando outra vez o governador o pressionou, o ancião respondeu: “Posto que vãmente insistes que eu jure pela felicidade de César, e pretendes ignorar quem e o que sou, ouve-me declarar com toda intrepidez: Eu sou um cristão...”. Pouco mais tarde o governador respondeu: “Tenho feras ao meu alcance, a elas te lançarei, a não ser que te arrependas. Eu farei que sejas consumido pelo fogo, já que deprecias as feras, caso não te arrependas”. Mas Policarpo disse: “Tu me ameaças com fogo que queima por uma hora, mas depois se apaga; não obstante ignoras o fogo do juízo vindouro e da punição eterna, reservado para os maus. Por que te demoras? Faze o que queres”. Pouco depois as pessoas começaram a trazer a lenha; os judeus, especialmente, segundo o seu costume, assistiram com entusiasmo. Assim Policarpo foi queimado num poste.
Isto é ser fiel até a morte. Mesmo que venha a morrer, não negar a sua fé em Cristo.

3. Confirmando a Vitória Sobre a Segunda Morte (v. 11).

O que é a segunda morte? A segunda morte é o dia do juízo final. Naquele dia Cristo julgará a todos e condenará os que se rebelaram contra Ele. Em Apocalipse 21. 8 descreve quem são essas pessoas. Vamos irmãos ler este versículo.
Naquele dia os incrédulos que rejeitaram o Senhor, serão lançados no lago de fogo. Serão atormentados por toda eternidade. Quem não tiver seu nome inscrito no livro da vida, sofrerá eternamente. No juízo final haverá choro e ranger de dentes para aqueles que não se submeteram a autoridade de Cristo. Todo que não se converteram ao Senhor. Todos que fingiram ser fiéis a Ele. Todos que negaram sua fé pelos prazeres do mundo. Naquele dia não haverá mais esperança para se converter e nem se arrepender. Porque tiveram toda sua vida para se arrependerem. Para essas pessoas só resta o lago de fogo, que é a segunda morte.
Mas, e para os que permanecerem fiéis? O verso 11 diz: “O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte”. Irmãos, no verso 8 Jesus se apresenta como “o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta como o Vencedor. Ele é o Cristo Vitorioso. Ele venceu a morte. A morte não teve poder sobre Ele. Mas Ele é que tem o poder sobre a morte. Ele decide quem vai ou não morrer. E para aqueles que guardaram sua fé, Ele diz: “Você não sofrerá no juízo final. Eu venci a morte. Eu venci por você. Para que você no juízo final tenha a vida eterna. Você irá reinar comigo para sempre. A segunda morte não te ameaçará mais. Porque eu decidi te dar a vida eterna”.
Isso é um consolo para nós em saber que Jesus tem o poder sobre a morte. Isto dá-nos força para vivermos fiéis. Esmirna foi leal ao seu chamado para ser portadora de luz. O testemunho de Policarpo, apresentado na presença de judeus e pagãos, foi imitados por outros. Que possamos imitar a lealdade daquela igreja e sermos crentes vivos. Crentes que não se envergonham do evangelho. E tendo a certeza que Cristo nos dará a coroa da vida.
Amém.

A VISITA DE JESUS

Esta história foi contada por Bertold Brecht, um escritor de peças de teatro, que escreveu muito durante a primeira guerra mundial. Ele nos conta uma história de uma velha mulher que esperava a visita do Senhor, a visita de Jesus. Ela cuidou de tudo. Preparou a casa com muito mais cuidado do que Marta, aquela da Bíblia. Cuidou de cada detalhe, pois sabia que hoje o filho de Deus viria até a sua casa. Lógico, ela também cuidou de si mesma. Penteou o cabelo, botou uma roupa bem bonita, afinal, quem vinha era simplesmente o filho de Deus. Quando ela achou que tudo estava bem, tudo estava de acordo com a importância do hóspede. Sentou-se perto da lareira e esperou... O tempo passou e nada de Jesus chegar. Ela já estava ficando preocupada, quando alguém bateu à porta. Ela saltou ligeiro da cadeira, colocou rapidinho o tapete no lugar, ajeitou o cabelo e foi abrir a porta. Mas que decepção! Não era o Cristo. Era um mendigo querendo um pedaço de pão. Ela nem pensou duas vezes. Me desculpe, estou esperando uma visita muito importante e não tenho tempo para você agora. Por favor, vá para um outro lugar. Agora não dá! Voltou para a sua cadeira e esperou... De repente, alguém bateu à porta. - Agora é Ele! Puxou um pouquinho para a direita o vaso de flores que estava sobre a mesa, passou ligeirinho na frente do espelho e correu para abrir a porta. Mas não era ele. Era um pobre velho que não tinha casa e que sempre buscava um abrigo na casa das pessoas bondosas da vila. Hoje eu não tenho tempo para você, estou esperando o Senhor Jesus, por favor não me deixe mais nervosa! Voltou para o seu lugar. Na terceira vez que alguém bateu à porta, ela já levantou furiosa, pois pensou que não seria Jesus. Abriu a porta rapidamente, pronta para dar uma bronca em quem quer que fosse que viesse atrapalhar neste momento tão importante na sua vida. E não deu outra. Desta vez era uma forasteira que chegou na cidade e não tinha onde pernoitar. Ela queria um local para dormir e passar a noite. Mas a velhinha não quis conversa, despachou logo a mulher e disse que tinha coisa muito mais importante para fazer e desabafou dizendo: Parece que sempre quando a gente quer ficar perto de Deus alguma coisa atrapalha. Que coisa! A velhinha acabou adormecendo na cadeira e teve um sonho. Neste sonho, Jesus chegou perto dela e disse: estive três vezes na tua porta, pedindo para ser recebido, mas você não quis me receber.

terça-feira, 23 de março de 2010

SENTIR O MESMO SENTIMENTO DE CRISTO

Filipenses – 2:5-9

Fernando e Alicia, um casal cristão da cidade de Orlando, Estados Unidos, tinham um filho a quem amavam muitíssimo. Esse filho, ao chegar à adolescência, transformou-se em um jovem rebelde, desobediente, insensato e, às vezes, desafiante! Isso ocasionava muito sofrimento aos seus pais. Um dia, ao chegar em casa, voltando da escola, o pai pediu-lhe para cortar a grama antes de sair de bicicleta. Mas, ele desobedeceu e saiu. Um caminhão que vinha em alta velocidade na direcção contrária, o atropelou. O motorista do caminhão levou o rapaz quase sem vida para o Hospital. Telefonaram para a casa dele e deram a notícia ao seu pai. O pai, angustiado, foi informado pelo médico das várias fracturas que seu filho havia sofrido, e recomendou que o levasse a especialistas que poderiam, depois de um longo tratamento, trazê-lo de volta à normalidade da vida. O pai aceitou a recomendação, apesar dos custos elevadíssimos que isso significaria. À medida que o tratamento ia prosseguindo, ele teve que vender a casa, os carros e os objectos de valor e ainda empenhou vários meses de seu salário para pagar as contas. Desligou-se de tudo o que possuía porque em seu coração havia apenas amor pelo seu filho. Quando o rapaz ficou completamente recuperado, perguntou ao pai: - Pai, como fez para pagar essa dívida tão grande? O pai respondeu: - Vendi tudo o que possuía e renunciei ao nosso conforto para vê-lo com saúde. Agora não temos bens, mas temos a ti, a quem mais queremos. Essa demonstração de renúncia e amor mudou o filho, de rebelde e ingrato para obediente e agradecido.

Queremos apresentar também o melhor e maior exemplo de renúncia e amor abnegado de Jesus por todos nós. Leiamos Filipenses 2:5.

II - Tende em vós este mesmo sentimento - Filipenses 2:5

A Podemos ter o mesmo sentimento e pensamento que Jesus teve.

Somente o Espírito Santo tem poder para incutir em nós a mesma maneira de sentir e pensar de Jesus. Ele tem poder para revelar e colocar em nós os atributos do carácter de Cristo. São João 15:26.

B Qual foi o sentimento que houve em Jesus?

De todos os maravilhosos atributos do carácter de Jesus destacaremos dois, pelos quais somos salvos em Cristo Jesus:
a) o Seu amor abnegado.
b) Deu-Se a Si mesmo - Filipenses 2:6.

Em três entregas, em três renúncias e em três despojamentos de Cristo estão expressas claramente estas duas características.

III - Esvaziou-se de Si mesmo - Filipenses 2:7

A Despojou-se a Si mesmo, de continuar sendo igual a Deus - Filipenses 2:6

Esvaziou-Se a Si mesmo voluntariamente. Renunciou usar Seus atributos divinos em Seu benefício.

Dos traços característicos de Sua divindade, renunciou a:
a. Sua omnipotência
b. Sua omnisciência
c. Sua omnipresença
d. Sua igualdade com Deus Pai e com Deus Espírito Santo.
e. Sua glória. Decidiu abandonar a glória celestial de Sua altíssima condição; da adoração dos anjos.

Ele não reteve todos os traços característicos da divindade, não Se apegou a eles, mas despojou-se a Si mesmo. Isto é amor abnegado.

B Despojou-se a Si mesmo tomando forma a de servo, semelhante aos homens - Filipenses 2:7

Cristo era um ser humano no mais completo sentido da expressão. Cobriu-Se com a forma humana, e ainda humilde.

Há uma enorme diferença e contraste entre a "forma de Deus" e a "forma humana" de servo. Ele assumiu os atributos de um escravo. Quais são eles?

a) O escravo deve OBEDECER totalmente. É uma obediência dócil. Cristo comprometeu-se a obedecer ao Pai. Hebreus 5:8; Romanos 1:1.

b) O escravo deve SERVIR e SERVIR.
Pertence ao seu amo. Não tem direito a comprar propriedades, não tem direito à sua vida. Cristo viveu para servir. Mateus 20:28.

Não Se apegou à Sua soberania divina; dedicou-Se a servir e isto tornou-se a paixão mais dominante da Sua vida. Toda Sua vida estava subordinada ao Pai.

C Despojou-se a Si mesmo até à morte, e morte de cruz - Filipenses 2:8

a) Cristo tinha os mesmos desejos humanos, inclusive o de conservar a sua vida, mas Seu amor por nós era tão grande que Sua obediência O levou a entregá-la Sua vida.

b) Despojou-Se de Sua vida eterna. Como nós, ficou sujeito à morte.

c) Despojou-Se da paz e do poder para submeter-Se à dor e à angústia que provém da morte.

d) Despojou-Se da amizade e da sociedade com os seres celestiais, para sentir a separação, a saudade e o desespero que o pecado produz.

e) a Sua morte foi na cruz. Ele submeteu-Se à morte mais ignominiosa, que lhe ocasionou grande vergonha e intenso sofrimento. Este tipo de morte era somente para:
a. os escravos
b. os não romanos
c. os mais vis criminosos

Aquele que trouxe a vida existência dos mundos e universos, agora estava sujeito à mortalidade. E despojou-Se a Si mesmo.

IV - Conclusão:
A Podemos experimentar este mesmo sentimento de Jesus. Filipenses 2:5.

a) O profundo e intenso amor a Cristo pode levar-nos a despojar-nos do:
a. Egoísmo
b. Orgulho
c. Cobiça
d. Vanglória
e. Vaidade
f. Avareza
e experimentar o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.

b) Quando nos despojamos destas coisas, também podemos despojar-nos das coisas materiais:
a. Dinheiro
b. Posses
E para doar tudo para a Causa de Deus, tendo o mesmo sentimento dEle.

B Que tenhamos o mesmo sentimento de Jesus, é o chamado de Deus para nós, hoje, agora. Ao compreendermos como Cristo desceu da glória para a humilhação, da vida eterna para a morte cruel saberemos o que é renúncia e abnegação, e a dar de acordo com o Modelo, que é Jesus.

O sermão mais difícil de pregar é o da negação própria. A avareza e o eu fecham as portas para o bem. Cristo não agradou a Si mesmo mas gastou e apagou a Sua vida em serviço dos demais. Era rico, mas por amor a nós Se fez pobre, para que por Sua pobreza fôssemos enriquecidos.

V - Apelo:

Cristo fez tudo por si e por mim, por amor. Você e eu podemos ter este mesmo sentimento. Por amor, poderemos ofertar generosamente. Tomemos esta decisão hoje. Que o Espírito Santo nos dê este mesmo sentimento. Amém.

terça-feira, 16 de março de 2010

A VIDA ETERNA

Introdução: A renovação da águia
"A águia é a ave que possui a maior longevidade de espécie. Chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a esta idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já não é tão fácil.
Então, a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação, que irá durar cerca de 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, a águia passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para então viver mais 30 anos".
Haverá algum processo pelo qual possamos passar por uma renovação e viver para sempre com órgãos novos?
1.Que preciosa promessa faz Deus aos seus filhos?“ E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.” 1ª João 2:25
Nota: Esta é a promessa, numa mensagem anterior (1:5) há uma expressão semelhante. Primeiro dá-se a segurança da promessa, e posteriormente se dá a promessa. A promessa é feita por “Ele”, por Cristo, mediante quem se fazem e se cumprem todas as promessas de Deus (2ª Cor. 1:20). Algumas das promessas referentes à vida eterna encontram-se nos Evangelhos (Mat. 5:1-12; João 3:15-17; 6:47; etc.).
2.Como alcançar a vida eterna?“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.
3.Quem tem a vida eterna?“ E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.” 1ª João 5:11
Nota: “O testemunho”, o testemunho consiste na dádiva divina da vida eterna mediante a Pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo. Esta dádiva é a mais eficaz de todos os testemunhos da verdade de Deus. É um feito histórico Jesus incarnou, o crente recebe na conversão o testemunho da oferta de Deus, ou então, não passou pela conversão. Conversão é possível só por Jesus (João 14:6).
“Mas "Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigénito, para que todo aquele que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Oh, que mistério da redenção! O amor de Deus por um mundo que O não amou! Quem pode conhecer as profundidades daquele amor que "excede todo o entendimento?" Durante séculos eternos, mentes imortais, procurando entender o mistério daquele amor incompreensível, maravilhar-se-ão e adorarão.
Deus ia ser manifesto em Cristo, "reconciliando consigo o mundo". II Cor. 5:19. O homem se tornara tão degradado pelo pecado que lhe era impossível, por si mesmo, andar em harmonia com Aquele cuja natureza é pureza e bondade...
O plano pelo qual poderia unicamente conseguir-se a salvação do homem, abrangia o Céu todo em seu infinito sacrifício. Os anjos não puderam regozijar-se ao desvendar-lhes Cristo o plano da redenção; pois viram que a salvação do homem deveria custar a indizível mágoa de seu amado Comandante. Com pesar e admiração escutaram Suas palavras ao contar-lhes Ele como deveria descer da pureza e paz do Céu, de sua alegria, glória e vida imortal, e vir em contacto com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte. Ele deveria ficar entre o pecador e a pena do pecado; poucos, todavia, O receberiam como o Filho de Deus. Deixaria Sua elevada posição como a Majestade do Céu, apareceria na Terra e humilhar-Se-ia como um homem, e, pela Sua própria experiência, familiarizar-Se-ia com as tristezas e tentações que o homem teria de enfrentar. Tudo isto seria necessário a fim de que Ele pudesse socorrer os que fossem tentados. Heb. 2:18. Quando Sua missão como ensinador estivesse terminada, deveria ser entregue nas mãos de homens ímpios, e ser submetido a todo insulto e tortura que Satanás os poderia inspirar a infligir. Deveria morrer a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a Terra como um pecador criminoso. Deveria passar longas horas de agonia tão terrível que anjos não poderiam olhar para isso, mas velariam o rosto para não verem aquele quadro. Deveria suportar aflição de alma, a ocultação da face do Pai, enquanto a culpa da transgressão - o peso dos pecados do mundo inteiro - estivessem sobre Ele.
Os anjos prostraram-se aos pés de Seu Comandante, e ofereceram-se para serem sacrifício para o homem. Mas a vida de um anjo não poderia pagar a dívida; apenas Aquele que criara o homem tinha poder para o redimir. Contudo, deveriam os anjos ter uma parte a desempenhar no plano da redenção.” Patriarcas e Profetas, p. 64
4.Porque razão depois do pecado o homem foi afastado da árvore da vida?
“Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.” Génesis 3:22.
Nota: Depois que o homem pecou foi necessário evitar que o homem voltasse a comer do fruto da árvore da vida, para não se converter numa pessoa imortal. Pelo pecado o homem ficou sob o poder da morte. O fruto que produzia a imortalidade agora só poderia provocar dano. A continuar a comer produziria o dano de um pecador condenado à morte, viver uma estranha vida, não uma vida tal como Deus a tinha concebido. Negar ao homem o acesso a esta árvore da vida, foi um acto da misericórdia de Deus, talvez não apreciado por Adão naquele tempo, mas pelo qual ficaria agradecido o mundo futuro.
Ao participar nos emblemas do sacrifício de Cristo, temos o privilégio de comer pela fé do fruto daquela árvore, e de perspectivar a promessa de comer da árvore da vida (Ap. 22:2,14) com todos os redimidos no Paraíso de Deus.
5.Que prometeu Cristo ao vencedor?“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7.
6.A que é comparada a vida dos redimidos?“Porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos, gozarão das obras das suas mãos.” Isaías 65:22
Nota: Compreendeu agora porque razão os dias do povo de Deus são comparados aos dias da árvore?
Se estão no Paraíso que árvore será essa?
7.Quando será concedida aos santos a imortalidade?“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” 1ª Coríntios 15:51-53.
Nota: Ao aceitar a Cristo o crente recebe “a vida eterna, que estava com o Pai,” e essa vida eterna ele retém enquanto Cristo habitar no seu coração pela fé. Esse maravilhoso dom poderá ser perdido se deixarem de manter a fé que se apossa de Cristo. Por ocasião da ressurreição, é conferida a imortalidade aos que tenham dormido em Cristo, tornando-se assim a posse da vida eterna um acontecimento permanente.
Atitude de perdão
No livro O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, o personagem central é acusado injustamente por três falsos amigos. Por causa disso é atirado na masmorra no dia do seu casamento. Ali fica durante doze anos. Perde a esposa, a juventude, os bens, tudo. Quando finalmente consegue fugir da prisão, dedica sua vida a vingar-se de seus detractores. Vai atrás de um por um e consegue arruinar a vida de todos. No final da história, apesar de concluir sua vingança, ele descobre que com aquilo não conseguia aliviar as dores do seu coração. Tornara-se uma pessoa amarga e infeliz. Arruinara a vida de seus inimigos, mas não pudera impedir que eles destruíssem a sua. Existe uma outra alternativa possível diante das feridas do coração: é a atitude do perdão.

terça-feira, 2 de março de 2010

O TRANSPLANTE DIVINO

O Dr. Christian Barnard, médico sul-africano e cientista de reputação mundial, foi o primeiro médico a realizar um transplante de coração humano, num hospital na cidade do Cabo. O coração de uma jovem de 22 anos, Deniser Darvall, morte num acidente de automóvel, foi transplantado em Dezembro de 1967 em Loniz Washkansky de 54 anos, cujo órgão estava muito afectado.
1- Transplante Divino.
Certa noite, um famoso doutor da lei, homem rico chamado Nicodemos (João 3), teve um feliz encontro com o nosso Senhor Jesus Cristo. O Salvador falou-lhe da necessidade que o homem tem de nascer de novo.
O Mestre não se referia a um renascimento físico, mas a um renascimento espiritual.
Nesse renascimento o homem recebe um novo coração que se compraz em fazer a vontade de Deus obedecendo aos Seus mandamentos. Ezequiel 36:26.
Mediante o sacrifício expiatório de nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz do Calvário, Ele ocupou o nosso lugar, somos levados a três passos essenciais:
2- Três Passos Indispensáveis do Plano Divino.
2-1 Primeiro passo: ARREPENDIMENTO.
* A Escritura afirma: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados.” Actos 3:19.
O verdadeiro arrependimento leva-nos a sentirmos tristeza pelos pecados que cometemos e também nos leva a abandoná-los. A mulher pecadora que foi trazida aos pés de Jesus a fim de ser condenada à morte, o divino Salvador, disse: “…ninguém te condenou? Eu também não te condeno, vai e não peques mais.” João 8:11.
O verdadeiro arrependimento leva-nos à confissão e também a uma súplica de perdão de Deus. Preenchidas estas condições, Deus perdoa. Eles é fiel e justo para nos perdoar. 1ª João 1:9.
Ao pedir-Lhe perdão, o Espírito Santo convence-nos de cada pecado e lembra-nos que pecamos contra Deus e ofendemos alguns dos nossos semelhantes, somos impelidos a refazer a paz com eles. Ao fazer isto, sentimos a paz de Deus. a confissão deve ser feita directamente a Deus o Pai, de modo simples e por meio da oração. Ele perdoa o pecador arrependido, aceita a sua condição. Deus perdoa e esquece – ler Hebreus 8:12.
2-2 Segundo Passo: CONVERSÃO.
A palavra conversão indica a volta do pecador para Deus. quando nos convertemos deixamos o pecado e nos consagramos a Cristo Jesus. O Espírito Santo cria em nós uma nova natureza, faz com que nos tornemos uma nova criatura. Uma pessoa regenerada. – Assim diz são Paulo “se alguém está em Cristo, é uma nova criatura.” 2ª Coríntios 5:17.
Toda esta transformação é alcançada sob a firme base da fé no sacrifício expiatório de Cristo, como nosso Salvador pessoal.
Quando o carcereiro da cidade chamada Filipos perguntou a Paulo e Silas: “Que devo fazer para que seja salvo?”, eles responderam: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa.” Actos 16:31.
Na conversão, o ser humano consagra-se a Deus e, em gratidão, volta as costas ao mundo e dedica-se de corpo e alma a Deus.
2-3 Terceiro Passo: OBEDIÊNCIA E SANTIFICAÇÃO.
A lei de Deus é uma lei de amor e a verdadeira norma de santificação. Chama-se santificação ao esforço diário que a pessoa convertida realiza para abster-se de pecar.
João 3:9 p.p.
Se involuntariamente o cristão pecar, não deve afligir-se. Deve ir ao nosso Supremo Advogado, nosso Senhor Jesus Cristo: 1ª João 2:1,2. Ele está sempre pronto para perdoar.
O segrego da santificação inclui o crescimento na experiência cristão. Col. 1:10.
Deve andar como Ele (Cristo) andou. 1ª João 2:6.
Na vida do ser humano consagrado a Jesus Cristo, vêem-se os frutos da operação do Espírito Santo, a saber: “Caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.” Gálatas 5:22,23.

3- Conclusão:
* Ilustração – um menino índio cristão, certo dia orou: - “Querido Jesus, faz-me como Tu eras quando tinhas sete anos – como eu tenho hoje.” Amigos, este é o segredo da santificação: Ser semelhante a Ele.
* O Salvador está interessado no nosso coração. Ele pede entrada no teu e no meu coração: Apocalipse 3:20.
* O Santo Livro admoesta-nos: “Hoje, se ouvires a Sua voz, não endureças o coração.” Hebreus 4.7.
Sim, o compassivo Salvador diz: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas.” Mateus 11:28,29.

Pensamentos e Textos para Enriquecer o Tema:

O carácter do cristão é manifesto na sua vida diária. Disse Cristo: "Toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus." Mat. 7:17. Nosso Salvador Se compara a uma videira, da qual Seus seguidores são os ramos. Ele declara positivamente que todos aqueles que desejam ser Seus discípulos precisam produzir frutos; e então mostra como podem tornar-se ramos frutíferos. "Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim." João 15:4.
O apóstolo Paulo descreve o fruto que o cristão deve produzir. Diz ele que "está em toda bondade, e justiça e verdade". Efés. 5:9. E outra vez: "O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." Gál. 5:22 e 23. Estas preciosas graças são apenas os princípios da lei de Deus, demonstrados na vida.
A lei de Deus é a única norma verdadeira de perfeição moral. Essa lei foi praticamente exemplificada na vida de Cristo. Ele diz de Si mesmo: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Nada menos que esta obediência satisfará às exigências da Palavra de Deus. "Aquele que diz que está n´Ele também deve andar como Ele andou." I João 2:6. Nós não podemos alegar que somos impotentes para fazer isso, porque temos a afirmativa: "A Minha graça te basta." II Cor. 12:9. Ao olharmos no espelho divino - a lei de Deus - vemos a excessiva malignidade do pecado e nossa própria condição de perdidos, como transgressores. Mas, pelo arrependimento e fé, somos justificados perante Deus, e, mediante a graça divina, habilitados a prestar obediência aos Seus mandamentos.
Paulo não hesitava em salientar, em toda ocasião oportuna, a importância da santificação bíblica. Diz Ele: "Vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." I Tess. 4:2 e 3. "De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo." Filip. 2:12-15.
Paulo procura impressionar-nos a mente com o fato de que o fundamento de todo serviço aceitável a Deus, ao mesmo tempo que a própria coroa das graças cristãs, é o amor; e de que somente no coração em que reina o amor é que habitará a paz de Deus. "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afectos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em acção, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai." Col. 3:12-17.
Santificação, pp. 86-88